100 Anos - Paróquia São Roque - Boituva/SP

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Início da construção da Igreja Matriz (1940)

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Carta ao leitor

Carta ao leitor

Amados Paroquianos

É chegado o momento de rendermos graças a Deus por tanto bem derramado sobre nossa amada Paróquia. Passados 100 anos de sua criação e instalação, estamos nós aqui, para em nome de todos que por ela passaram, agradecermos a bondade do Senhor que nos chamou a sermos Igreja, Corpo de Cristo, Povo de Deus, Rebanho do Senhor. Sim, agradecermos por nos chamar a fazermos parte de uma comunidade cristã, de entrarmos na dinâmica de seu amor que nos quer unidos, vivendo como irmãos, fazendo a experiência de sua presença em nosso meio, pois, se existe lugar onde Jesus gosta de estar, é quando a comunidade está reunida. A Igreja existe para evangelizar, para ser sacramento de Cristo no mundo. Estamos felizes, pois, nestas terras de Boituva, essa mesma Igreja de Jesus, presente há mais de 100 anos, mas como paróquia, há exatos 100 anos, tem cumprido essa missão. E hoje fazemos parte disso. Existe graça maior? Pois digo que não, essa graça Deus nos dá em seu infinito amor. Ao rendermos graças, queremos também pedir ao Senhor da Igreja, que nos ajude a fazermos cada vez mais de nossa Paróquia uma verdadeira escola do amor, a vivenciar a cada dia essa missão maravilhosa dada pelo próprio Cristo, de fazermos crescer o número dos discípulos e discípulas que se apaixonando por Ele, passam a segui-lo. Louvamos a Deus por tão grande dádiva e fazemos nosso compromisso de continuar essa missão, iniciada pelos

Apóstolos, assumida por tantos irmãos e irmãs nossos ao longo dos séculos, vivida com carinho e dedicação por tantas pessoas que por aqui passaram nesses 100 anos e hoje celebrada e também vivida por nós. Tenho a alegria de fazer parte dessa história, apesar do pouco tempo que estou aqui, como pároco, mas Deus me concedeu essa graça de poder vir aqui celebrar este momento tão importante e único em nossas vidas. Que nosso Padroeiro interceda por nós e por tantos outros que ainda irão fazer parte dessa história paroquial. Quero ainda agradecer a tantas pessoas de boa vontade que se colocaram a serviço para planejar e executar tudo o que foi pensado e inspirado para marcar a passagem deste Centenário, citando a “Equipe do Centenário” e nela, todas as demais, meu sincero muito obrigado.

Pe. Edson Roberto Daros Pároco. Revista Comemorativa

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Índice / Expediente

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Comunidade Santa Cruz Comunidade São João Batista Comunidade Santo Antônio Comunidade Nossa Sra. Aparecida Comunidade Santa Cruz Comunidade Santa Rita de Cássia Comunidade São Judas Tadeu Comunidade Santa Luzia Comunidade Nossa Sra. de Lourdes Comunidade Nossa Sra. Imaculada Conceição Comunidade Nossa Sra. do Perpétuo Socorro Decreto de Criação Paróquia São Roque Festa de São Roque História de São Roque Grupos Paroquiais Paróquia São Francisco de Assis Porta Santa Social Agenda A Palavra Crônica

Expediente Coordenação Geral: Padre Edson Roberto Daros Pároco da Paróquia São Roque Jornalistas Responsáveis: Francine Maria Calegare Lemes Monteiro – MTB: 39426 Morgana Tayze de Almeida Ribeiro Santos – MTB: 39761 Departamento Comercial: Giovana Maria Calegare Lemes Moreti Juliano Aparecido Ribeiro

Coordenador Geral Rafael J Pereira Coordenador de Criação André Maffeis

Fotografia: Morgana Tayze de Almeida Ribeiro Santos Acervo Paróquia São Roque Acervo Paróquia São Francisco de Assis Acervo Prefeitura de Boituva

Projeto Gráfico | Diagramação P&M Editora

Fotos Aéreas: Daniel David Haddad

Empresa Pereira & Maffeis Editora LTDA

Revisão Camila Patekoski Marcusso - MTB: 58960

CNPJ: 13.970.830/0001-93 Avenida Pereira Ignácio, 378 – 2º andar – sala 07

Colaboradores: Coordenadores das Comunidades Paróquia São Roque Paróquia São Francisco de Assis Paulo Henrique Tirabassi Wilson Alves

Telefone: (15) 3263-5028

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Impressão Gráfica Santa Edwiges

A Revista não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores, assim como conteúdo de informes e anúncios publicitários


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Comunidade

Santa Cruz

Capela de Santa Cruz resiste ao tempo e atrai fiéis Festividades Todos os anos a comunidade promove a tradicional festa de Santa Cruz no início de maio, com Missa Solene. A festa conta, também, com comes e bebes, o tradicional leilão de prendas e campeonato de futebol.

Missas e Celebrações As celebrações acontecem todas as quartas-feiras, às 20h. E as missas na segunda quarta-feira do mês, também às 20h.

Localização A capela Santa Cruz Sítio está localizada na estrada rural João Cristo, s/nº, bairro Santa Cruz.

Antigos moradores do bairro rural de Santa Cruz dizem que a pequena capela já existia muito antes da Paróquia São Roque e era feita de barro, bem simples. Ela pertencia à vizinha cidade de Tietê e eram os padres redentoristas que zelavam por ela. Cuidavam da catequese, coordenavam os grupos Marianos e do Sagrado Coração de Jesus e faziam as celebrações na capela de Santa Cruz.

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Registros do Livro Tombo da Paróquia São Roque apontam que a Capela de Santa Cruz passou a pertencer a Boituva em 1927. Desde então, a comunidade passou a ter missas mensais e celebrações semanais, ministros da Eucaristia, equipe de canto e liturgia e continuou com a catequese.

Procissão realizada na Capela de Santa Cruz


Comunidade

São João Batista

Às margens da ferrovia nasce a comunidade São João Batista Festividades Todos os anos, desde 1947, as festividades em louvor a São João Batista são realizadas próximas ao dia 24 de junho.

Missas e Celebrações Todo dia 24 de cada mês, às 19h30.

Localização A Capela de São João Batista fica na Estrada Vicinal Boituva/ Cerquilho – Bairro Anísio de Moraes.

Às margens da estrada vicinal Boituva-Cerquilho, ladeada pela ferrovia, mais precisamente, no bairro Anísio de Moraes, encontrase a Capela de São João Batista. O atual coordenador, Valmir Antonio Provasi, conta que tudo começou com uma pequenina capela com a imagem de São João Batista em um terreno da família Macruz e, depois, os moradores do bairro foram conversar com o bispo da época para construir uma igreja

maior próxima à estação ferroviária. “Com a autorização do bispo e a doação do terreno por João Macruz, iniciaram-se os trabalhos para a construção da igreja, que foi concluída e inaugurada em 1947 pelos fundadores e familiares de Benedito Sonego, Domingos Paes de Camargo, Enertino Pádua Fleoi, Emanoel de Oliveira, Frederico Provasi, Guerino Moretti, José Provasi, João Moretti, João Batista de Oliveira, Julio Fogaça, João

Pedro Candiotto, Jorge Macruz, Luiz Hungaro, Natalim Denadai, Pedro Provasi e Otavio Denardi”, explica Valmir. No início, a comunidade tinha grupos de catequese, Filhos de Maria e Congregação Mariana dos Homens. Atualmente, com a mudança das famílias do bairro para a zona urbana, não há mais trabalhos pastorais. No entanto, todo mês acontece a missa e, em junho, as festividades em louvor a São João Batista.

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Comunidade

Santo Antônio

Comunidade Santo Antônio nasce a partir de promessa de fé Festividades Já existiram grandiosas festas na comunidade em louvor a Santo Antônio, mas hoje somente missa no dia 13 de junho.

Missas e Celebrações Toda primeira quinta-feira de cada mês, às 19h30.

Localização A Capela de Santo Antônio fica na Fazenda Santa Rosa - Bairro Quilombo - Estrada Boituva/ Porto Feliz.

Diferente de outras comunidades da cidade que surgiram durante a realização das Missões Redentoristas, a de Santo Antônio, na Usina Santa Rosa, se iniciou com uma promessa. A senhora Benedita Sanson Labronici, esposa de Luiz João Labronici - imigrante italiano que se estabeleceu na Fazenda Santa Rosa, no Bairro Quilombo – foi atendida em uma promessa e mandou construir uma capela dedicada a Santo Antônio. Moradores do local contam que Benedita não viu a construção da capela, que ficou a cargo de seus filhos Sylvio Antonio Labronici e

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Ítalo Labronici. As missas eram celebradas, aos sábados ou domingos, pelo então Monsenhor Vianna e existiam grupos do Sagrado Coração de Jesus, Filhas de Maria, Congregação Mariana e os Congregadinhos, que usavam fitas amarelas. A comunidade de Santo Antônio, desde sua fundação, realiza a Via Sacra, que começou com Guilherme Soncim Calegare, já falecido, e hoje está a cargo de Valdomiro Claro Natel. Na época não existiam coordenadores como agora, mas pessoas que

eram responsáveis pela guarda da chave da capela e cuidavam da limpeza para as rezas e missas mensais. Exerciam essa função: Antonio Infante, depois Olivia Prudente do Amaral – ainda atuante na irmandade Sagrado Coração de Jesus da comunidade São Roque -, e em seguida Aurora Maria Modanese Galera, mais conhecida como Ivete e já falecida. Atualmente a coordenadora é Elizabete Galera Alves. Um fato interessante é que, desde a sua construção, a capela não fica um dia sequer fechada. Todos os dias, às 18h, é possível encontrar lá o senhor José Gonçalves, conhecido como Zé Flor, rezando o santo terço.


Comunidade

Nossa Sra. Aparecida Procissão em louvor a Nossa Senhora Aparecida atrai centenas de fiéis Festividades A festa em louvor a Nossa Senhora Aparecida acontece todos os anos no dia 12 de outubro, no barracão da comunidade ao lado da capela.

Missas e Celebrações A Santa Missa é realizada toda primeira sexta-feira de cada mês, às 19h30. As Celebrações da Palavra são realizadas nas sextas-feiras seguintes, também às 19h30.

Localização A Capela Nossa Senhora Aparecida está localizada na Rua Batista Favoretti, s/nº – Bairro Água Branca.

A comunidade de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Água Branca, reúne centenas de fiéis numa procissão anual, que acontece em outubro, em louvor a Santa Padroeira. Os católicos saem da Igreja Matriz São Roque e seguem, a pé, até o bairro Água Branca, onde é celebrada Santa Missa e, em seguida, é realizada a festividade, com almoço e campeonatos esportivos, que já se tornaram tradição no município. Segundo dados, a comunidade teve

início por meio de uma iniciativa, em 1972, do então pároco da cidade de Boituva, Padre Hilário Henn, quando precisou visitar um doente acamado no bairro rural. Durante sua passagem pela estrada ele avistou uma pequena capela e questionou aos moradores se havia missas naquele local. Informado de que as pessoas somente se reuniam ali para rezar o terço, tomou a iniciativa de começar a celebrar missas naquela capela.

A primeira missa celebrada na comunidade Nossa Senhora Aparecida foi em 19 de julho de 1972 e os fundadores foram o Sr. Anísio de Miranda e Anésia Soncim de Miranda, o Sr. Vicente Antonio de Miranda e Maria Inês de Miranda. Na comunidade são desenvolvidos trabalhos com a Pastoral da Catequese, responsável pela orientação das crianças e adolescentes para a Primeira Eucaristia e o Crisma.

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Comunidade

Curiosidade: Por volta de 1900, houve uma epidemia que matou muitas pessoas em Boituva, entre elas muitas crianças pobres. Na época, a cidade não dispunha de um cemitério e os corpos eram enterrados em Porto Feliz ou Tatuí. Essas crianças pobres, sem condições de serem encaminhadas para as cidades vizinhas, receberam a autorização de Alexandrina Vercellino para que fossem enterradas atrás da antiga capela.

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Santa Cruz

Comunidade Santa Cruz marca o início do desenvolvimento de Boituva

Festividades A comunidade promove todos os anos a festa da “Exaltação da Santa Cruz”, que acontece geralmente entre os dias 10 e 15 de setembro, quando é realizado o tríduo com missa solene.

Missas e Celebrações As missas e celebrações são realizadas aos sábados às 19h30 e aos domingos às 9h.

Localização A capela Santa Cruz está localizada na Rua Professora Célia Lourdes Vercellino, 754.

A primeira capela erguida em louvor a Santa Cruz, em meados de 1886, foi graças aos esforços de Estanislau de Campos Ferraz, morador do então bairro de Boituva, pertencente a Porto Feliz. Na época, Estanislau procurou o bispado de São Paulo para pedir permissão para erguer uma capela sob a invocação de Santa Cruz. No documento de provisão d’ereção da capela Santa Cruz na estação de Boituva, datado de 6 de fevereiro de 1886, o Cônego Ezequias Galvão da Fontoura, então secretário do bispado, subscreve a ata que concede autorização para fundar a capela sob invocação de Santa Cruz e descreve que “a mesma deve estar localizada em local alto, livre de umidade, desviado o quanto possível de lugares considerados imundos e também de casas particulares e que tivesse âmbito em roda para que pudesse se andar em procissão”. O local deveria ser designado pelo então pároco, o qual deveria benzer a primeira pedra da construção. A capela Santa Cruz foi construída então na bifurcação entre a Avenida Mário Pedro Vercellino e a Rua Professora Célia Lourdes Vercellino.

Com a edificação da capela, em terras de propriedade da família Vercellino, os moradores de Boituva se utilizavam do local para realizar cultos e recepção de sacramentos quando conseguiam a vinda de algum sacerdote, o que ocorria de tempos em tempos. Quando isso acontecia, não era raro ocorrer batizados e oficialização de casamentos. A capela Santa Cruz é considerada o ponto inicial de desenvolvimento de Boituva. Pelo que consta, sempre foi propriedade particular, não houve transferência da obra para a Diocese, portanto, sem poder canônico, por motivos incertos, a capela foi demolida em torno de 1970. Na noite de Natal de 1977, foi inaugurada oficialmente a comunidade Santa Cruz na Rua Professora Célia Lourdes Vercellino, tendo como pároco o padre Hilário Henn. Ao longo dos anos, a capela passou por reformas e ampliações desde sua construção para aulas de catequese e cozinha. A pastoral mais antiga e mais numerosa existente na comunidade é a Pastoral da Catequese, mas a comunidade já teve trabalhos com a Pastoral do Dízimo e a Pastoral da Saúde.

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Comunidade

Festividades Em 1999, aconteceu pela primeira vez a Festa de Santa Rita de Cássia, com eleição de festeiros, e até hoje a festa continua sendo realizada sempre no mês de maio.

Missas e Celebrações No 1° e 3° sábados de cada mês é realizada a Celebração da Palavra às 19h30. No 2° e 4° sábados de cada mês é realizada a Santa Missa às 19h30. Todo domingo é realizada a Celebração da Palavra às 9h. Todo dia 22 de cada mês acontece a Santa Missa Votiva em honra a Santa Rita de Cássia às 15h. Toda quinta-feira é realizado o Santo Terço de Nossa Senhora e de Santa Rita às 19h30.

Localização A Capela Santa Rita de Cássia está localizada na Rua Argentina Giovanetti Rosa da Silva, 39, Residencial Luvizotto.

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Santa Rita de Cássia

Missão Redentorista faz surgir nova comunidade em Boituva: Santa Rita de Cássia A comunidade Santa Rita de Cássia surgiu em 1987, ano em que aconteceu a 1ª Missão Redentorista em Boituva. Na época, o bairro foi dividido em setores, e um deles era o setor de Santa Rita, que futuramente se tornou a comunidade de Santa Rita de Cássia. De acordo com pessoas da comuni-

dade, as missas da Missão Redentorista aconteciam no próprio terreno onde hoje está localizada a Igreja de Santa Rita. Quem vivenciou o surgimento da comunidade conta que foram momentos de muito acolhimento, evangelização e espiritualidade, mesmo com uma estrutura precária de bambu e lona.


Coordenadores da comunidade

De 1987 a 1991, foram coordenadores Paulo Rolim de Moura e Dulce Maria Rodrigues de Moura. De 1992 a 1994, foram coordenadores Antonio José Cuan e Maria da Penha Colodetto Cuan. De 1994 a 1996, foram coordenadores Irineu Hungaro e Carmela Provazi Hungaro. De 1996 a 1998, foram coordenadores Getúlio Benedito Tirabassi e Benedita Paludetto Tirabassi. De 1998 a 1999, foram coordenadores Airton Tavares Dias e Maria Aparecida Tavares. De 1999 a 2000, foi coordenadora Maria Rita dos Santos. De 2000 até a presente data, são coordenadores José Antonio Birelo e Terezinha dos Anjos Birelo.

Com o fim das Missões, as missas e celebrações passaram a ser realizadas no pátio da Escola Estadual Alferes Mário Pedro Vercellino e na sede do Planalto Country Club. O terreno utilizado para as Missões foi doado por Antonio Serafim Frizzo e Kalil José para a comunidade. A construção da capela de Santa Rita de Cássia, localizada na rua Antonio Mescolotto, no Jardim São Paulo, foi realizada entre os anos de 1990 e 1991 em sistema de mutirão pelos moradores do bairro, com apoio da Prefeitura de Boituva. A inauguração da capela aconteceu em 5 de janeiro de 1992, com a Santa Missa presidida pelo Padre Milton de Campos Rocha. Após cinco anos do início da construção, inaugurou-se no dia 14 de maio de 2010 uma igreja para a comunidade Santa de Rita de Cássia, com uma missa presidida pelo Padre Almir Flávio Scomparim. O terreno para a construção dessa nova igreja foi doado pelo senhor Otávio Luvizotto e a Igreja Matriz São Roque adquiriu os lotes complementares. A comunidade de Santa Rita trabalha com quatro pastorais e com o Plano Missionário. A Pastoral da Criança, composta por quatro membros, faz acompanhamento das famílias, das

gestantes e do desenvolvimento das crianças, por meio de auxílio com mantimentos, roupas, atendimento médico, acompanhamento pré-natal, preparação de enxoval do bebê, orientação de amamentação e cuidados com a criança, entre outras ações. Atualmente atende cerca de 11 famílias e 17 crianças. A Pastoral da Saúde conta com um responsável que, juntamente com os servos do Plano Missionário, realizam visitas para os doentes e são encarregados pela Sagrada Comunhão. Outra pastoral bastante ativa é a Pastoral do Batismo, na qual os membros preparam pais e padrinhos para o Sacramento do Batismo. Além dessas duas, há a Pastoral da Catequese, que é a mais antiga, e realiza o trabalho de evangelizar e preparar as crianças e os adolescentes para os Sacramentos da Eucaristia e do Crisma. Na comunidade ainda existe o Plano Missionário, que tem como objetivo principal evangelizar na rua, visitar famílias e levar a igreja para dentro das famílias afastadas do convívio comunitário religioso. Outro movimento atuante desde 2003 é a Renovação Carismática Católica, com o Grupo de Oração “Jesus, o Bom Pastor”, que acontece todas as sextasfeiras, às 19h30, na capela.

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Comunidade

São Judas Tadeu Capela foi construída em 18 meses

Festividades As festas em louvor a São Judas Tadeu existem desde a fundação da comunidade e são realizadas sempre no final de outubro e/ou começo de novembro, próximo ao dia 28.

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Missas e Celebrações Aos domingos, às 9h. Toda quinta-feira, às 19h30, missa da esperança em memória aos falecidos. Todo dia 28 de cada mês, às 19h30, com sorteio de quatro capelinhas de São Judas para passar um mês na casa dos fiéis. Nesses dias, a igreja é aberta para visitação a partir das 13h.

Toda quarta-feira, às 19h30, Santo Terço de Nossa Senhora.

Localização A Igreja de São Judas Tadeu está localizada na Rua Oswaldo Leite de Lima, 387, Jardim Esplanada.


Comunidade Coordenadores da comunidade

- Francisco e Maria Querubina Calegare Lemes - Oswaldo e Marli Petri - José Luis e Rita Botecchia Galera - Osvaldo e Cleyde Melaré de Almeida - Adalberto e Aparecida Sakamoto - Ednaldo e Luiza Souza - Luis Antônio da Silva e Olívia Marina Dal Bó Moro

Foi em um barracão, que servia como garagem para guardar os ônibus e caminhões do senhor Dorelio Cardoso, que a comunidade São Judas Tadeu começou a se reunir, logo após a 1ª Missão Redentorista em Boituva, em 1987. Depois desse local, a garagem da residência do casal Elpidio e Nadir Moro passou a abrigar as celebrações e a catequese. No início dos anos 90, a comunidade alugou uma capelinha na Rua Tatuí até que a tão sonhada igreja ficasse pronta. Foram apenas 18 meses de construção, sob a supervisão do então pároco Ramiro Lourenço de Olivei-

ra e do coordenador Francisco Eurides Lemes. “Fazíamos rifas, barraca de pastel no final das missas e celebrações, quermesses e os mutirões com os membros da comunidade. Tudo para beneficiar a construção da igreja São Judas”, relembra a devota Nadir Moro. O templo é um dos maiores de Boituva, com 450 m² e mais quatro salas anexas para cursos, reuniões e catequese. Um fato marcante dessa construção são os vitrais doados por famílias boituvenses e que estampam as estações da Via-Sacra e algumas passagens da Bíblia. A inauguração e a consagração

foram em outubro de 1995, por Dom José Lambert, com missa celebrando o sacramento do Crisma para mais de 300 adolescentes e jovens. Atualmente, a comunidade de São Judas Tadeu conta com grupos e pastorais, como: Catequese, Dízimo, Acolhida, Saúde, Música, Grupo de Jovens Aliança de Misericórdia, Grupo de Oração Imaculado Coração de Maria, Grupo de Terço Mariano, Equipe de Batismo e Liturgia. Dessas, a mais antiga e numerosa é a Catequese, com cerca de 150 crianças e adolescentes, tendo também, a pré-catequese para crianças com idade inferior a 9 anos.

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Comunidade

Santa Luzia Bairro mais populoso ganha comunidade

Festividades Todos os anos, as festividades em louvor a Santa Luzia são realizadas próximas de 13 de dezembro.

Missas e Celebrações Todo dia 13 de cada mês é celebrada a missa, às 19h30. Todos os sábados, a celebração é realizada às 19h30. Todo domingo acontece celebração às 9h.

Localização Rua Carmela Tirabassi Coan, 45 – Parque Residencial Novo Mundo.

Em um dos bairros mais populosos de Boituva, o Novo Mundo, surgiu a comunidade de Santa Luzia, em 1993, quando a população católica do bairro se reunia nas casas para celebrações aos domingos. Foi durante essas celebrações que o pároco da época, padre Ramiro Lourenço de Oliveira, juntamente com a população, escolheu Santa Luzia como padroeira. Em 1996, a comunidade recebeu a permissão e a concessão do terreno para a construção da Igreja de Santa Luzia, que fica localizada na Praça Central do bairro. O lançamento da pedra fundamental para a construção da igreja aconteceu em novembro de 1997, com a realização da Santa Missa, na presença de

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populares e autoridades. Logo após, deu-se início a construção do templo, um dos maiores do município em capacidade. Já em 1998, as celebrações deixaram de acontecer nas residências e também na quadra da escola e passaram a ser realizadas já na sede da nova igreja. A comunidade de Santa Luzia desenvolve pastorais como Catequese, Batismo, Vicentinos, Música, Leitores, Liturgia, Acolhida e Grupo de Oração e tem como coordenadores atuais Rubens e Maria Conceição Birelo.

Lançamento da pedra fundamental da Igreja Santa Luzia


Comunidade

Nossa Sra. de Lourdes

Comunidade Nossa Senhora de Lourdes realizava celebrações em residências Festividades O dia da padroeira Nossa Senhora de Lourdes é comemorado em 11 de fevereiro, no entanto, desde 2012 não há festividades para comemoração da data.

Missas e Celebrações Aos domingos, às 9h.

Localização A Capela Nossa Senhora de Lourdes fica na Estrada Municipal Natale Módolo, 1110 – Bairro Retiro.

Era o ano de 1997 e acontecia em Boituva as Pequenas Missões. O então pároco, padre Ramiro Lourenço de Oliveira, junto com moradores do bairro Retiro e caseiros do condomínio Rancho dos Arcos começaram as reuniões da primeira comunidade de Nossa Senhora de Lourdes. O local era um barracão cedido por um judeu que tinha sítio ao lado do condomínio e as celebrações ocorreram entre 1997 e 1999, tendo como coordenadores o casal Aparecido da Graça Souza e Marli Cinto Souza. Dois meses após ter a capela reformada, o genro do dono do sítio pediu para que desocupassem o local e a comunidade foi extinta. Mas, em 18 de outubro de 2004, a co-

munidade Nossa Senhora de Lourdes voltou a se reunir na residência de um casal do bairro, juntamente com o padre Almir Flávio Scomparim. O casal Benedito Mazulquim e Zeneide de Lourdes Módolo Mazulquim coordenaram as visitas nas casas das famílias. Da segunda missa em diante, por dois anos, as celebrações ocorreram no barracão de Adelino e Maria Lucatto. Em seguida, no barracão do Frigorífico Cowpig até a construção da capela na casa de Jurandir dos Santos e Luzia Aparecida Soares dos Santos. O terreno para a construção da capela foi doado pelo casal Alfredo e Angela Sebastiani. A pastoral mais antiga é a da Cate-

quese, mas a pastoral do Batismo também é ativa na comunidade. A atual coordenadora, Deise Sebastiani Lobas, conta que a escolha do nome da padroeira foi porque naquele bairro já havia existido uma capela em homenagem a essa santa. “Um fato curioso é que a data da primeira reunião da comunidade foi em 18 de outubro, dia do aniversário de Isolina Brasil Módolo, antiga moradora do bairro, que sonhava em comprar um terreno para construir uma capela. Quando soube que o casal Alfredo e Angela tinha feito a doação do terreno, ficou muito feliz, porque de alguma forma viu seu sonho realizado”, comenta Deise.

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Comunidade

Nossa Sra. Imaculada Conceição Desejo de família faz nascer nova comunidade: Nossa Senhora Imaculada Conceição Festividades Durante oito anos, sempre no mês de dezembro, próximo ao dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição, houve festa na capela, com missa seguida de almoço, bingo, leilão e música.

Missas e Celebrações As missas acontecem toda última segunda-feira do mês, às 19h30.

Localização A Capela Nossa Senhora Imaculada Conceição fica na Rua Terezinha Paludeto Marson, 245 Bairro Campo de Boituva.

Foi em um almoço de domingo da família Marson, no ano 2000, que surgiu a ideia de construir uma capela no sítio, localizado no bairro Campo de Boituva. Todos os irmãos e irmãs concordaram e, por sugestão da senhora Amélia, esposa do irmão mais velho Luiz, o nome de Nossa Senhora Imaculada Conceição foi dado à capela. O terreno foi cedido pelo senhor An-

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tonio Marson e, para iniciar a construção da igreja, seus filhos e irmãos doaram uma quantia em dinheiro por família, além da comercialização de diversas rifas. Algumas empresas da cidade, e também da região, fizeram doação de materiais de construção e mão de obra para colaborar com a construção da capela. A primeira missa foi celebrada no dia

de Pentecostes - 19 de maio de 2002 - às 11 horas, pelo então pároco de Boituva, Padre Almir Flávio Scomparim. Na época, a coordenadora era Maria Gorete Marson. Logo depois vieram Madalena Prestes Marson, Virginia Marson Oliveira, Valéria Marson Simonetti e, atualmente, Orlando de Zanardo Marson e Maria Gorete Marson.


Comunidade

Nossa Sra. do Perpétuo Socorro Plano Missionário faz surgir nova comunidade em 2014: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Missas e Celebrações As celebrações são feitas nos três primeiros domingos de cada mês, às 9h, na quadra da Escola Elisa Ferreira da Silva Mello. A Santa Missa acontece sempre no último domingo de cada mês, às 9h, na quadra da Escola Elisa Ferreira da Silva Mello.

Localização Rua Profª Dora Maria Giulia Pierotti Honorato, 6 – Terras de Santa Cruz

Projeto arquitetônico Nossa Sra. do Perpétuo Socorro A comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro surgiu a partir das atividades do Sistema Integral da Nova Evangelização (Sine), desenvolvido em Boituva em 2014 num processo de evangelização casa a casa. Essa iniciativa despertou nos moradores do bairro Terras de Santa Cruz, um dos mais novos do município, a necessidade de continuar com os trabalhos católicos no local e assim formar uma comunidade. Com a iniciativa do pároco da época, padre Almir Flávio Scomparim, a comunidade passou a realizar missas

nas residências e, posteriormente, a realizá-las na quadra da Escola Municipal Elisa Ferreira da Silva Mello, no próprio bairro. Em 2015, padre Almir recebeu a doação do terreno ao lado da escola para a construção da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Recentemente, o atual pároco de Boituva, padre Edson Roberto Daros, concluiu o projeto arquitetônico da Igreja e deve iniciar a construção em breve. A comunidade tem como primeira e atual coordenadora a senhora Roseli

Aparecida Trivia Miguel. Atualmente, o Ministério dos Ministros conta com três integrantes; a Pastoral do Dízimo tem a participação de 10 pessoas; o Ministério de Leitores conta com 13 colaboradores; e o Ministério de Música está com quatro pessoas. Por ser uma comunidade extremamente nova, ainda não foram realizadas festas em louvor à santa padroeira, mas a coordenadora afirma que já estão planejando os eventos para os próximos anos. No momento, a expectativa é pela construção da Igreja.

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O Nascimento

Decreto de Criação da Paróquia

Confira na íntegra o texto do Decreto de Criação da Paróquia

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os que o presente Decreto virem, saudação, paz e bençam em Nosso Senhor. Fazemos saber que, tendo nós em vista o bem espiritual de nossos mui amados diocesanos, e usando das “attribuições”, que Nos confere o S. Concílio Tridentino (Sess. 21 De Reform. C. 4 e 5), por bem desmembrar e separar, como de facto desmembramos e separamos da Freguesia de Tatuhy a circumscripção comprehendida entre os limites abaixo indicado, no qual erigimos e canonicamente instituímos uma nova parochia, que dedicamos ao glorioso São Roque, em Boituva, traçando à mesma os seguintes limites: - Começam no rio Sorocaba pela fazenda de Antonio de Araujo Freitas, com o bairro de Santo Antonio, em direção à Fazenda de Amaro José de Oliveira; continuam em linha reta até a cabeceira da agua do Morro Grande; descem por esta até a fazenda de Pedro Holtz e dahi em linha reta, abrangendo as fazendas de Jannuario Benedicto Alves, Alípio Ferreira de Moraes até às divisas do Município de Tietê, seguindo estas até o rio Sorocaba, e por este acima até o ponto da partida, coincidindo portanto, os limites da nova parochia com as do Distrito de Paz de Boituva, creado pela Lei n° 1014 de 16 de outubro de 1906. A esta nova parochia de Boituva ora creada, dividida, e desmembrada da de Tatuhy, concedemos pleno direito e faculdades para ter Sacrario em que se conserve o Santíssimo Sacramento da Eucharistia, diante do qual arderá dia e noite, uma lâmpada accesa; pia baptismal e todos os demais direitos, privilégios, honras, insígnias e distincções de uma Egreja Parochia, o Revdo. Sacerdote, desginado e deputado para reger e administrar a nova parochia, haverá todos os emolumentos, próes e percalços, que legitimamente lhe pertencerem, de accordo com a Tabella do Bispado.

Decreto de Criação da Paróquia

Decreto de Criação da Paróquia Esta será publicada em um domingo ou dia sanctificado, a estação da Missa Conventual na Igreja Matriz da nova Parochia em bem assim na de Tatuhi, afim de que a notícia chegue ao conhecimento de todos, do que se se passará certidão no verso deste, para todo o tempo constar, sendo antes registrada em Nossa Camara

Ecclesiastica, no Livro o Tombo da nova parochia de S.Roque de Boituva, no da de Tatuhi e nas demais partes onde convier. Dada e passada em Botucatú sob Nosso Signal e Sello de Nossas Armas, aos 6 de Março de 1916. E eu Pe. João Belchior, Secretário do Bispado, o escrevi e subscrevo. + Lucio, Bispo de Botucatú”.

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Paróquia São Roque

São Roque Cem anos celebrando um legado de fé

A

Igreja Matriz São Roque completa, no dia 6 de março de 2016, 100 anos de existência. A comemoração do jubileu é um marco não só para a comunidade católica boituvense, como para todo o município, pois a Igreja Matriz faz parte da história da cidade e é considerada um símbolo e ponto turístico de Boituva. Em virtude desta data, o pároco Padre Edson Roberto Daros preparou uma série de eventos para que o Ano Jubilar seja muito comemorado. Em março de 2015, foi realizada a missa de 99 anos de existência da Paróquia e a abertura do Ano Jubilar. A partir daí, a comunidade se organizou para participar de diversos eventos em prol da comemoração, que acontece em março deste ano. A comunidade participou com barraca de comes, bebes e souvenirs do Centenário no Festival de Inverno, na Festa de São Roque e no Natal de Emoções, além de realizar um belíssimo jantar dançante que reuniu, aproximadamente, 280 pessoas.

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Paróquia São Roque

Dentre as ações em comemoração ao centenário, Padre Edson Roberto Daros também providenciou a reforma da Igreja Matriz, trocando o piso do presbitério e oratórios, restaurando todos os bancos e fazendo uma nova pintura interna e externa. Além disso, a imagem do Imaculado Coração de Maria, datada de 1918, voltou para o altar principal, resgatando assim a história da Matriz. No lado externo da Igreja, junto a capela do Santíssimo, foi providenciada uma estátua de São Roque, de 1,70 metros.

Dom Lucio, bispo de Botucatu

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A escolha do padroeiro e a construção da Capela de São Roque O padroeiro de Boituva, desde os tempos mais remotos, sempre foi São Roque. O santo padroeiro era tão popular que não era raro encontrar capelinhas ao longo das estradas ou oratórios familiares em devoção ao santo. O fato que veio ressaltar e firmar São Roque como santo padroeiro aconte-

ceu em 1900, onde em vários lugares, inclusive Boituva, houve um surto de febre amarela que se alastrou assustadoramente. Nessa época, Antonio Pereira Ignácio, comerciante, fez uma promessa a São Roque, santo protetor das pestes e doenças malignas, que se o mal fosse debelado, ergueria uma Igreja em sinal de gratidão, com a imagem de São Roque no altar. Deste modo, em 1901, diante da diminuição do número de casos da doença, Pereira Ignácio, apoiado por Alexandrina Vercellino, cumpriu sua

Capela construída em 1900


Paróquia São Roque

Lançamento da pedra fundamental da atual Igreja Matriz promessa e construiu uma capela de 4m x 4m, cujo fundo situava-se na atual Rua São Roque. Concluída a obra, ele trouxe de São Paulo uma imagem do santo padroeiro que media 1 metro de altura e a colocou no altar da Igreja, permanecendo ali por aproximadamente 43 anos. Posteriormente, a imagem foi transferida para o altar da Igreja Matriz. No livro Boituva de Ontem, de Francisco de Oliveira Filho, são narradas as primeiras ações para a criação da Paróquia de Boituva: “O primeiro pas-

so foi dado no dia 2 de setembro de 1915, quando às 18 horas, na Capela São Roque, reuniram-se um bom número de católicos dispostos a lutar pela criação da paróquia de Boituva, dentre eles, foi escolhida uma comissão”, diz o livro. A obra retrata que o trabalho ganhou a simpatia de autoridades eclesiásticas da época: “Ainda em 1915, Dom Lucio Antunes de Souza, Bispo de Botucatu, veio a Boituva, em visita pastoral. Visitou-o a comissão pró-criação da nova paróquia. Dom Lucio não teve dúvida

Capela São Roque (1915) de aprovar os ideais tão nobres daquela boa gente, mas também estabeleceu algumas condições”, narra. Para que a Igreja São Roque pudesse ter o aval para a criação de Paróquia, Dom Lúcio Antunes de Souza exigiu que o local fosse ampliado, incluindo uma casa paroquial e, assim, prontamente, a comissão não mediu esforços para que isso fosse concretizado. Com a doação do terreno feita pelos fiéis João Domingos Barreto e esposa, em 1 de dezembro de 1915, reunidos no largo da Capela São Roque, as se-

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Imagem aérea da Igreja Matriz (2016)

nhoras Dolores Trujillo, Alexandrina Vercellino, o professor Roque Vieira Dias, o Cônego João Batista de Carvalho - vigário da Paróquia de Tatuí -, as diversas autoridades locais e a população em geral, procedeu-se a benção e o lançamento da pedra fundamental da Casa Paroquial. Contudo, a instalação foi anunciada três dias mais tarde. Após a criação, em 9 de março de 1916, a comissão deliberava comunicar à autoridade Diocesana que estava de posse das

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chaves da nova Casa Paroquial e que tomara conhecimento do decreto de 6 de março, pelo qual se criava oficialmente a paróquia de Boituva. Pela mesma época, organizavam-se várias comissões de recepção do 1º Pároco de Boituva, Padre Natale Pagliari, que recentemente havia chegado da Itália. Em 20 de maio de 1916, chegava em Boituva Monsenhor Paschoal Ferrari, comissionado pelo bispo diocesano de Botucatu para realizar

visita pastoral e dar posse ao 1° pároco de Boituva. A Paróquia de São Roque compreendia a Igreja Matriz e a Capela de Santa Cruz. Segundo registros da época, o movimento espiritual de Boituva apontava a existência de 300 batizados, 40 casamentos, 30 encomendações e 2.500 comunhões. As associações católicas que ali funcionavam eram: Pia União das Filhas de Maria, com 60 integrantes, e Apostolado da Oração, com 80 integrantes.


Paróquia São Roque

A Construção da Igreja Matriz Por vários anos muitos padres passaram por Boituva, entre eles, o que permaneceu por maior tempo foi o monsenhor João Sandoval Pacheco. O pároco ficou a frente da paróquia por 18 anos e 9 meses e entre suas grandes realizações está a construção da atual Igreja Matriz São Roque. Com o crescimento da cidade, uma nova igreja fazia-se necessária. Com a doação do terreno feita por Maria de Jesus Barreto, no dia 2 de abril de 1939, consolidando a permanência do Monsenhor João Sandoval Pacheco, foi colocada a pedra fundamental para a construção de uma nova Igreja Matriz, bem maior do que a capela que existia. A missa e a benção da pedra fundamental aconteceram no dia 30 de abril do mesmo ano, pelo bispo diocesano de Sorocaba Dom José Carlos de Aguirre. A igreja, projetada pelo arquiteto Carlos Dorfmuller, seguia o estilo romântico-bizantino. A construção se deu por etapas. Na primeira etapa, sob a coordenação de uma comissão, foi construído do alicerce até a cober-

tura. Numa segunda etapa, em 1942, a igreja já foi entregue concluída e pronta para a inauguração. Em 1º de agosto de 1942, com uma grande festa, Dom Aguirre vem a Boituva para inaugurar solenemente a Igreja Matriz São Roque, contando com a presença do pároco monsenhor João Sandoval Pacheco, dos padres Francisco Linário de Almeida e José Ribeiro Viana, do prefeito Floriano Vilaça, do delegado Benedito Gianotti, de associações religiosas e de muitos fiéis. Em 6 de maio de 1956, o bispo diocesano Dom Aguirre esteve presente em Boituva para inaugurar a nova

casa paroquial, construída atrás da Igreja. Mesmo a Paróquia tendo como padroeiro São Roque, em 2001, o pároco Almir Flávio Scomparim constatou que não havia nos registros a realização do Rito de Dedicação da Paróquia ao Santo Padroeiro. Portanto, em 14 de setembro de 2011, com a presença do arcebispo metropolitano de Sorocaba, Dom José Lambert, foi realizada a festa da Exaltação de Santa Cruz para o Rito de dedicação da Matriz a São Roque de Montpellier. A placa em referência a essa iniciativa está fixada na entrada da Igreja.

Monsenhor João Sandoval Pacheco foi um dos mais atuantes cônegos que marcaram a vida religiosa na cidade.

Placa do Rito de dedicação da Paróquia ao santo padroeiro

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Paróquia São Roque

Curiosidade

Monsenhor João Sandoval Pacheco partiu de Boituva, no final da década de 40 depois de ter alguns problemas políticos envolvendo a cidade, que dividiu o município e influenciou negativamente no seu trabalho frente a paróquia. Com sua ausência, e com os boatos de que ele havia partido muito magoado, acreditava-se que ele havia jogado uma praga em Boituva, dizendo que a cidade jamais teria um administrador bom que fizesse a cidade se desenvolver. Diante da estagnação da cidade, a população cada vez mais acreditava na “lenda da praga” e isso gerava preocupações. Entre os que se preocupavam com o desenvolvimento de Boituva estava Gilberto Jorge, que numa iniciativa dirigiu-se ao bispo da época pedindo permissão para trazer ao município Monsenhor João Sandoval Pacheco. Com a permissão concedida, o monsenhor esteve em Boituva e abençoou os quatro cantos da cidade. Conta-se nas histórias de Boituva que, coincidência ou não, a cidade voltou a prosperar após este ato.

A pintura da Igreja Os 14 passos da Via Sacra, um quadro de Melquisedec, Discípulos de Emaús na Ceia, São João Batista e o painel de madeira da glorificação de São Roque estão entre as pinturas mais importantes do pintor italiano Bruno Di Giusti na Igreja Matriz. Ao total, são 20 obras do artista. Responsável pela pintura original da

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Igreja Matriz São Roque na década de 50, o pintor italiano nasceu em Mareno di Piave, província de Treviso, em 1920, e segundo os documentos da igreja, consta que quando aqui esteve, Boituva era um vilarejo com plantações de café e as pinturas foram feitas por etapas, conforme posses da igreja. Durante toda a existência da Matriz São Roque já foram realizadas diversas reformas e ampliações. Em uma dessas obras, em 1999, o pintor re-

tornou a Boituva para restaurar sua pintura original. Nessa passagem, ele realizou toda a obra da Capela do Santíssimo, recém-construída ao lado da Igreja. A reforma, nesta época comandada pelo pároco Almir Flávio Scomparim, consistiu em troca de fiação, telhas, revestimento do altar, troca do forro, dos ventiladores, lustres, reparos em geral, troca do sino e pintura interna e externa. Em agosto de 2001, a Igreja


Paróquia São Roque

Matriz foi reinaugurada com uma missa campal, show e barracas de comes e bebes. Durante a cerimônia, o pintor Bruno Di Giusti foi homenageado. O trabalho de Di Giusti pode ser

conferido também em igrejas como a Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba), onde pintou o teto, estátuas como as dos evangelistas e afrescos; em Porto Fe-

liz (Nossa Senhora Mãe dos Homens); em Tietê; e em Bragança Paulista. Foi desse mesmo artista a pintura original do Brasão do Município, entre os anos de 1952 e 1955.

Párocos e vigários de Boituva

Bruno Di Giusti, responsável pela pintura artística da Igreja Matriz

Natale Pagliari - 1916 a 1921 José Martins Aguado - 1921 a 1923 Aurélio Fraissat - 1923 a 1925 Vicente Hipnarwsky - 1925 a 1926 Cônego Pascoal Quércia - 1926 Cônego João Sandoval Pacheco - 1927 Luiz Flóridi - 1927 a 1928 Cônego José Messias de Aquino - 1929 João B. Benedetti - 1930 a 1931 Monsenhor João Sandoval Pacheco - 1931 a 1949 José Veloso Gomes - 1949 a 1952 Oscar Ferraz do Amaral - 1952 a 1953 João Batista Riccio - 1954 Olavo Lázaro Munhoz Soares - 1954 a 1972 Hilário Henn - 1972 a 1984 Milton de Campos Rocha - 1984 a 1992 Ramiro Lourenço de Oliveira - 1992 a 1999 Ignácio Kriguer, tendo como coadjunto padre Edson Roberto Daros - 1999 Almir Flávio Scomparim - 1999 a 2015 Edson Roberto Daros - 2015 - atual, tendo como Vigários Paroquiais: pe. José Brasílio de Oliveira e pe. Carlos Eduardo de Moraes; e Diácono: Antônio José Dias da Silveira

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Festa de São Roque

Festa de São Roque Tradição boituvense volta a acontecer na Praça da Matriz

D

urante solenidade religiosa realizada em março de 2015, que marcou a celebração dos 99 anos de existência da Paróquia São Roque e a abertura do Ano Jubilar, o padre Edson Roberto Daros anunciou que as comemorações do padroeiro retornariam à Praça da Matriz. “Essa mudança é fundamental para o resgate do verdadeiro sentido das festividades: trazer de volta a participação das famílias”, disse o pároco. No mês de agosto, conforme prometido, a festa aconteceu no centro da cidade e teve grande aceitação da população, que mais uma vez prestigiou o evento religioso.

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Ano Jubilar Centenas de fiéis marcaram presença na solenidade de celebração aos 99 anos da Paróquia São Roque que abriu a contagem para as comemorações do centenário. A missa foi celebrada pelo padre Edson Daros, que é o 19º pároco a frente do ministério. Oficialmente, no dia 6 de março de 2016, a Paróquia São Roque completa 100 anos de criação canônica e de presença no município.

História da festa A comemoração ao santo padroeiro da cidade, São Roque, existe desde 1908, porém, segundo registros, nem sempre acontecia em agosto, próximo à data comemorativa de 16 de agosto. Em 1955, entretanto, a história da festa começou a mudar. A partir do ano seguinte, por iniciativa de um grupo de amigos, passou a ser realizada exatamente na data do Santo Padroeiro, nas ruas do centro da cidade e a celebração da Santa Missa foi realizada pelo Monsenhor Francisco Antonio Cangro, vigário geral da Diocese, muito admirado e respeitado pela população boituvense. Tradicionalmente, desde seu início, existe a procissão de São Roque, seguida por centenas de fiéis pelas ruas de Boituva. A tradição foi criada e mantida até os dias de hoje. A festa também conta com uma programação religiosa e festiva. A parte festiva é comandada pelos chamados festeiros e tem como objetivo promover a unidade religiosa e social do povo.


Festa de São Roque

Você sabia? A Festa de São Roque foi

inclusa no Calendário Turístico do Estado de São Paulo pela Lei Estadual 6.084/88 e é considerada uma das mais importantes tradições culturais do município de Boituva.

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História de São Roque

Tomando conhecimento de que a epidemia chegara a Roma, Roque partiu imediatamente. Lá chegando, foi ouvido em confissão pelo cardeal britânico que então tomou conhecimento dos dons que o Santo possuía. Pediu-lhe para que suplicasse a Deus pelo fim do flagelo que atingia a cidade. Roque fez a oração e sentindo que alcançara a graça, convidou o cardeal a agradecê-la juntamente com ele. Mas esse fato se creditou à virtude do Santo. Permaneceu em Roma por três anos, praticando a caridade na assistência aos enfermos. Ao retornar à França, foi passando por localidades da Itália, onde já havia estado. Ficou por alguns anos nas cidades da Lombardia, tratando os doentes a quem, muitas vezes, curava com o sinal da cruz. Em Piacenza (Palencia), acabou por contrair a doença. Certa noite despertou com febre e dor aguda na perna esquerda, o que o fazia gritar. A violência do mal não lhe permitia tranquilidade interior. Para não perturbar com seus gritos os outros doentes do hospital, dirigiu-se para fora da cidade, à entrada de um bosque, onde encontrou uma pequena cabana que lhe serviu de abrigo. Esse foi seu refúgio para não perturbar ninguém. Com a graça de Deus, Roque viu brotar perto da cabana um manancial de água cristalina. Com ela, sentia mais alívio ao lavar suas feridas. Se não fosse um cão que todos os dias lhe trazia pão roubado da mesa do dono, teria morrido de fome. O dono do cão, intrigado com a regularidade com que este lhe roubava o pão, seguiu-o certa vez, pela floresta, encontrando Roque, de quem se tornou amigo, fazendo o pos-

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sível para ajudá-lo. Curado da peste, Roque dirigiu-se para a França a fim de liquidar o restante de seus bens. Montepellier estava em guerra civil quando lá chegou. Tido como espião, foi levado à presença do governador que era seu tio. Diante dele, sequer afirmou sua identidade. Ninguém o reconheceu, pois os anos e a vida que levara alteraram-lhe a fisio-

nomia e a aparência. Preso, ficou num calabouço escuro durante cinco anos. Seu alimento era pão e água, passando os dias em oração. Sua consolação estava em Deus e na Virgem Maria. O carcereiro da prisão admirava-se da extraordinária paciência do Santo e considerava-o diferente dos outros presos. Sentindo que a própria morte se aproximava, Roque pediu a presença de um sacerdote para se confessar e comungar. Por tudo o que disse, o confessor notou que aquele era um homem extraordinário e comunicou suas impressões ao governador. Este, porém, desconsiderou a apreciação do sacerdote. Completamente abandonado, Roque faleceu pouco depois. Era o dia 16 de agosto de 1327. Ao descer ao calabouço, o carcereiro viu uma luz muito brilhante saindo pelas brechas da cela.

Abriu a porta e encontrou Roque morto, estendido no chão. Difundiu-se pela cidade, rapidamente, a notícia de que havia falecido um Santo na prisão. Muitas pessoas dirigiramse para lá. Entre os visitantes, estava também sua avó, que reconheceu o corpo de Roque por uma mancha cor de vinho, em forma de cruz, que ele tinha no peito. Ao ter conhecimento de que o morto era seu sobrinho, o governador ficou inconsolável pela dureza com que o tratara e providenciou suntuosos funerais. O corpo de Roque foi conduzido triunfalmente pelas ruas da cidade, acompanhado de clero, nobreza e povo. Em seu nome, logo apareceram diversos e prodigiosos milagres. Durante o Concílio de Constança, em 1414, São Roque foi invocado contra a peste que tomara conta da cidade. A partir dessa data, o culto de São Roque se estendeu por toda a Europa, particularmente à Itália e à Flandres. Este culto foi solenemente confirmado pelo Papa Urbano VIII e por dois decretos da Sagrada Congregação dos Ritos de 16 de julho e 26 de novembro de 1629.

Oração de São Roque Ó inefável padroeiro nosso, São Roque, pela ardente caridade com que amastes o próximo nesta terra, chegastes a expor vossa própria vida para assisti-lo nas necessidades e doenças, especialmente nas moléstias contagiosas. Oh! Fazei que estejamos sempre livres dessas terríveis enfermidades e livrainos da peste ainda perigosa que é o pecado. Amém.


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Grupos Paroquiais

Grupos paroquiais A vida e a força da igreja

O que seria de uma paróquia se não fossem seus fiéis, engajados em movimentos, pastorais e associações? São esses grupos, que trabalham em prol da igreja e da comunidade, que tornam a igreja mais humana, mais solidária, mais fraterna e mais viva. Alguns deles já existem desde os primórdios da nossa igreja, como a Catequese, e outros acabaram de ser criados, como o Ministério de Leitores, no final de 2015. E você? Já pensou em integrar algum desses movimentos e pastorais da Paróquia São Roque? Então, conheça um pouquinho sobre cada um deles e sinta-se à vontade para participar.

- Aliança de Misericórdia

O grupo faz parte do movimento Comunidade Aliança de Misericórdia, uma comunidade de leigos e consagrados que está presente em diversas cidades do Brasil, Europa e América Latina. Em Boituva, ele existe há sete anos e conta com cerca de 60 pessoas, incluindo leigos, jovens e adultos, que se reúnem em louvores, vigílias, evangelizações e formações tanto para jovens, quanto para adultos e casais. Algumas das evangelizações mais frequentes são: pastoral de rua e evangelização com as crianças, no asilo e nas praças. Realizam também retiros: Thalita Kum, para jovens; Ruah, para adultos; e Caná, para casais.

- Apostolado da Oração

O carisma do Apostolado da Oração é a intercessão; a oração. Todas as segundas-feiras, às 15h, na Matriz São Roque, os cerca de 120 membros se reúnem para rezar o terço e fazer horas santas por mais vocações sacerdotais, pela paz mundial e pelas dificuldades da paróquia, do município e do Brasil.

- Catequese

A catequese é uma educação da fé das

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crianças, dos jovens e dos adultos, despertando e alimentando essa fé na grandeza incomparável do dom que Cristo ressuscitado concedeu a sua Igreja. Ela está intimamente ligada com toda a vida da Igreja. Na Paróquia São Roque há, em média, 52 catequistas de crianças e adolescentes, uma catequista de adultos e 25 da catequese batismal. Somente em 2015 foram 303 catequizandos de Eucaristia e 217 catequizandos de Crisma.

- Catequese de Adultos ou Catecumenato

Nos dias de hoje, é grande o desafio de catequizar os adultos, pois há muitos que ainda não receberam os sacramentos de iniciação cristã. O principal objetivo dessa catequese é a educação da fé dos catequizandos, que compreende a transmissão e o aprofundamento da doutrina cristã, dados em geral de maneira orgânica e sistemática, explicitando a fé cristã suscitada pelo Querigma. A acolhida ao catequizando (catecúmeno) é fundamental, para que ele se sinta inserido e participante do grupo. Com o decorrer dos encontros e da evangelização, isso o faz resgatar a dignidade de filho de Deus, como cristão e coparticipante da vida comunitária. A catequese de adultos em nossa paróquia

acontece aproximadamente há 12 anos de forma intensa e coparticipativa, ou seja, as turmas são formadas após inscrições realizadas na secretaria paroquial e/ ou direto com a catequista. A cada ano, a média de participantes é de 45 pessoas por turma. O início dos encontros se dá no período pascal e vai até a primeira semana de dezembro, finalizando com as celebrações dos sacramentos de iniciação cristã (Batismo; Eucaristia e Confirmação ou Crisma). Os encontros acontecem aos sábados, das 19h às 20h, no Centro Pastoral da Paróquia São Roque.

- Catequese Batismal

A Catequese Batismal é uma equipe com, aproximadamente, 30 pessoas que faz o primeiro contato com as famílias que procuram a igreja para o batismo. Ela prepara pais e padrinhos para a importância do sacramento do batismo e no dia da cerimônia auxilia o padre e as famílias em todos os ritos.

- E.C.C.

O Encontro de Casais com Cristo (E.C.C.) é um trabalho de evangelização da Igreja para com os casais. A função do E.C.C. é o engajamento dos casais nas pastorais e


Grupos Paroquiais

movimentos da Igreja e o fortalecimento das famílias com encontros periódicos, discutindo e trocando experiências de vida. O encontro está organizado em Boituva há cerca de 23 anos e, nesse período, aproximadamente, 570 casais vivenciaram os encontros.

- Legião de Maria

Fundada na Paróquia São Roque em 2004, a Legião de Maria realiza visitas semanais a famílias, enfermos – em hospitais e nas residências – e ao Lar São Vicente de Paula. O intuito é levar a Palavra de Deus. Os sete participantes da equipe se reúnem todas as terças-feiras, às 19h30, no Salão Paroquial, para rezar o terço, fazer leituras espirituais da bíblia e avaliar os trabalhos e visitas da semana.

- Liturgia

Na Paróquia São Roque, a equipe litúrgica conta com 34 membros que atuam nas diversas capelas. Sob a ação do Espírito Santo, eles preparam as missas ajudando no crescimento espiritual de cada um, para que a assembleia não seja mera espectadora e sim celebrante da missa. A equipe tem a colaboração de membros de pastorais e movimentos que atuam durante as celebrações. A manifestação central da liturgia é a Celebração do Mistério da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, no qual a comunidade se alimenta e cresce na espiritualidade da vida cristã. Essa celebração reúne os fiéis para terem um encontro com a Santíssima Trindade e para que deixem o Espírito Santo agir em suas vidas.

- Mãe Rainha

O Movimento da Mãe Rainha Vencedora Três Vezes Admirável de Shoenstatt está em Boituva desde 2000 e conta com 12 missionários e, aproximadamente, 380 famílias. A imagem da Mãe Rainha, vinda do Santuário de Atibaia, percorre os lares de um grupo de 30 casas, durante um mês, permanecendo cada dia em uma residência. Durante esse percurso, todo dia 18 de cada mês, é feita a reza do terço na casa de quem estiver com a imagem naquele dia. Vale lembrar que, em abril deste ano, a réplica da Mãe Rainha, visitará nossa cidade, permanecendo por três dias na Paróquia São Roque.

- Ministério Jovem

O Ministério Jovem - Grupo de Oração El Shadai busca evangelizar a juventude, proporcionando e incentivando momentos de evangelização, apoiando os grupos de oração nessas atividades, produzindo material e ajudando na formação de outros jovens evangelizadores. O objetivo é levar o jovem a ter uma vida cheia do Espírito Santo, sem exageros e excessos. São realizados encontros querigmaticos (primeiro anúncio), nos quais são abordadas questões referentes a essa faixa etária, como afetividade, sexualidade, encontro pessoal com Deus, incentivo a viver a fé cristã no meio de tantas dificuldades que o mundo oferece, entre outros assuntos. Todos os anos, entre os meses de junho e julho, também realizam a Semana da Juventude, com pregações, orações, louvores e dinâmicas voltadas diretamente aos jovens. O Grupo de Oração Jovem El Shadai reúne cerca de 50 jovens todos os sábados, às 19h30, no salão paroquial ou na igreja Matriz São Roque.

- Ministério de Leitores

Esse ministério começou no final de 2015, no entanto, já conta com 70 pessoas responsáveis por realizar as leituras bíblicas em todas as missas da Paróquia São Roque, seguindo uma escala mensal. Para atuar nesse ministério, os voluntários participaram de um curso preparatório com o padre Edson Roberto Daros, a fim de conhecer todo o ato litúrgico, como se portar e se vestir nas missas, tom de voz usado nas leituras, entre outros assuntos.

- Ministério de Música

O Ministério de Música é um instrumento de Deus posto a serviço da comunidade para atrair os homens, sendo a alegria da assembleia, pois faz parte da liturgia. Com os cantos, Deus chega ao coração humano para falar-lhe e atraí-lo para Ele. Deus usa os cantos para dar consolo, esperança, gozo, amor e paz. E o homem usa o canto para dar-lhe glória, louvá-lo, agradecerlhe e pedir-lhe. Na Paróquia São Roque, o Ministério de Música é formado por, aproximadamente, 80 pessoas que se encontram com Deus, converteram-se a Ele, frequentam os sacramentos, conhecem a Palavra de Deus, dão testemunho de vida, vivem uma relação pessoal com Deus e possuem aptidão musical.

- Ministros da Palavra Os ministros da Palavra preparam as celebrações da Palavra seguindo a liturgia da Igreja, atuando junto aos ministros da Sagrada Comunhão. Na Paróquia São Roque, são oito ministros escolhidos e provisionados pela Arquidiocese, que presidem a celebração da Palavra aos domingos e em outros dias da semana, quando não é possível a presença do sacerdote, para que a comunidade não fique sem partilhar a Palavra e a Eucaristia.

- Ministros das Exéquias

Os ministros das Exéquias também são pessoas escolhidas pelo pároco para fazer a encomendação do corpo do falecido. Na Paróquia São Roque são cinco membros que têm a missão de levar uma palavra de conforto para a família na hora do velório.

- Ministros extraordinários da Sagrada Comunhão

Este ministério sagrado deve ser exercido por leigos que tenham uma vida cristã autêntica, sejam maduros na fé e possam servir à Igreja. Além disso, devem ter uma boa formação doutrinária, pois podem também realizar a celebração da palavra e orientar as pessoas a quem levam a Eucaristia. Eles devem ensinar e viver o que a Igreja ensina, especialmente em relação à Eucaristia e às condições para recebê-la dignamente. Os 85 ministros da Paróquia São Roque ajudam os celebrantes na distribuição da Sagrada Comunhão em igrejas, capelas, hospitais, aos doentes nas casas e em outros lugares, desde que o sacerdote não possa fazer isso. A Santa Sé alerta, porém, que o exercício desse ministério deve conservar o seu caráter supletivo e extraordinário, não dispensando os Ministros Ordinários (bispos, presbíteros e diáconos) de fazer a sua parte.

- Oficina de Oração

As Oficinas de Oração e Vida são uma nova forma de evangelização, mais viva e com uma visão mais positiva do que se tem sempre mostrado. É uma apresentação mais vibrante e ativa de Jesus, que possui uma adaptação maior às necessidades da sociedade atual e ao que realmente as pessoas necessitam. Está baseada no amor e na capacidade de amar, mas não no temor, nem no castigo. Ignacio Lar-

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Grupos Paroquiais

rañaga, sacerdote franciscano da Espanha, foi o seu fundador, e, hoje, as Oficinas de Oração e Vida tem mais de 15 mil guias atuando pelo mundo inteiro. Em Boituva, as oficinas para adultos são compostas por 15 sessões, uma por semana. Elas são realizadas duas vezes por ano (uma no primeiro e outra no segundo semestre), com divulgação feita nas missas e na secretaria paroquial.

- Pastoral da Criança

A Pastoral da Criança é uma equipe de fiéis leigos que acompanha crianças desnutridas e gestantes com visitas nas casas das famílias cadastradas e pesagens uma vez por mês, oferecendo alimentação e cuidados alternativos, como multi mistura, leite alternativo, remédio para piolho e pomada de assadura. Há mais de 20 anos em Boituva, a equipe hoje tem 21 pessoas que acompanham 150 crianças e oito gestantes na Paróquia São Roque.

- Pastoral da Saúde

Fundada em Boituva no ano de 1997, a Pastoral da Saúde cuida e dá assistência aos enfermos, visitando-os no hospital ou na residência para levar a Santa Eucaristia, para conversas, palavras de consolo e leituras da bíblia. Na Paróquia São Roque são, aproximadamente, 50 pessoas, entre ministros dos enfermos e agentes da Pastoral.

- Pastoral do Dízimo

A Pastoral do Dízimo é um serviço de conscientização dos fiéis sobre a responsabilidade dele com a sua Igreja e com a sua comunidade, levando-o a refletir e organizar as contribuições. Seu objetivo é tornar o cristão responsável comunitariamente. O dízimo é prova de gratidão para com Deus, de quem tudo recebemos; é devolução a Deus, por meio da Igreja, de um pouco do muito que Ele nos dá; é contribuição para com a comunidade, da qual fazemos parte pelo batismo; é partilha que nasce do amor aos irmãos e irmãs, especialmente em relação aos empobrecidos; é expressão viva da fé que temos em Deus e do amor que possuímos para com a Igreja. O dízimo e as ofertas tem uma única e exclusiva destinação: a evangelização. Ele é aplicado com as seguintes finalidades: Religiosa - diz respeito ao culto (missas e celebrações); catequese e tudo o que

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é necessário para que a evangelização aconteça (material litúrgico, som, manutenção do espaço físico, templo, salas e casa paroquial); serviços de secretarias e pastorais; e combustível para visitas aos doentes, hospitais e para levar a palavra em diversos bairros. Social - consiste em ir ao encontro de quem precisa de auxílio imediato; ajuda aos mais necessitados. Missionária - se refere à missão além das fronteiras; despesas com a evangelização fora dos limites da comunidade; auxílio a outras paróquias e comunidades; e obras missionárias. Atualmente são 116 colaboradores voluntários da Pastoral do Dízimo, considerando todas as comunidades que compõe a Paróquia São Roque.

- Plano Missionário e Pastoral

O Plano Missionário e Pastoral é a paróquia cumprindo a sua missão batismal. Não é movimento e nem é uma pastoral, mas soma-se aos já existentes. É a Paróquia realizando seu plano, de maneira que todos sejam alcançados na sua totalidade. Uma paróquia missionária tem por meta ir em busca dos afastados, sem no entanto se descuidar dos que estão dentro. A partir da experiência da pessoa de Jesus, feita num Retiro de Evangelização Querigmatico, os missionários passam a se reunir em grupos, de no máximo 15 pessoas, chamados de “Pequena Comunidade”, que se encontram semanalmente para oração, catequese (progressiva e sistemática) e crescimento na vida renovada pelo Espírito Santo. Não é somente uma reunião formal, mas aí se fomenta a relação comunitária, que vai além de reuniões e se expressa na vida em todos os aspectos, como irmãos que se cuidam e se preocupam com tudo e com todos. Como batizados, eles cumprem a missão dada por Jesus: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16,15). Para essa tarefa, cada evangelizado tem como missão visitar mensalmente, em média, 20 famílias do território que lhe foi atribuído, anunciando o Reino e sendo elo da paróquia com o visitado e trazendo para a paróquia as necessidades encontradas. Esse novo modelo de paróquia foi implantado em 2007 pelo padre Almir Flávio Scomparim, pároco na época, atendendo ao apelo da Igreja (em seus diversos documentos) e ao desejo do arcebispo

Dom Eduardo. Naquele ano, foi realizado o primeiro retiro nos moldes desse Plano, o pioneiro da Arquidiocese de Sorocaba. Atualmente há 10 pequenas comunidades, distribuídas em seis setores, num total de 84 missionários.

- R.C.C.

A Renovação Carismática Católica (R.C.C.) é um movimento da igreja que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 60. Tem como missão levar as pessoas a uma experiência pessoal com Deus, pela força do Espírito Santo e de seus dons, a fim de que todos se tornem discípulos de Jesus Cristo. A célula da R.C.C. reúne grupos de oração, semanalmente, com reuniões nas diversas comunidades da paróquia para evangelizar por meio da oração, do louvor e da pregação da palavra. A R.C.C., que está há mais de 40 anos na Paróquia São Roque, promove retiros de espiritualidade e formação e no exercício de cada ministério busca auxiliar o povo de Deus nas suas necessidades humanas e espirituais. Para isso, trabalha com seis grupos de oração com 70 servos. Semanalmente, participam dos grupos uma média de 350 pessoas.

- Vicentinos

A missão da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), Vicentinos, é aliviar a miséria espiritual e material dos que vivem em situação de risco social, colocando em prática os ensinamentos de Cristo e da Igreja Católica. Fundada por Frederico Ozanam, em 1833, ao lado de amigos, em Paris, na França, deu-se início a uma obra que ajuda milhões de famílias no mundo inteiro. As Conferências Vicentinas são grupos formados por homens e mulheres e também por crianças e adolescentes. Quem faz adesão a SSVP é chamado de Vicentino. Os grupos se reúnem semanalmente para debater e sugerir maneiras de atender famílias carentes, que são cadastradas após sindicância socioeconômica. As conferências são coordenadas por conselhos, que direcionam os trabalhos e atividades seguindo os princípios e fundamentos da Regra da Sociedade de São Vicente de Paulo. Em Boituva, apesar de ter ficado desativado por algum tempo, em meados de 1985 as atividades voltaram a ser realizadas e continuam ininterruptas até hoje, contando com sete conferências com, aproximadamente, 50 membros no total.


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Paróquia

Festividades A festa em louvor a São Francisco de Assis existe desde o início da Paróquia e é realizada sempre em outubro, ao lado da Igreja.

Missas na Igreja São Francisco de Assis Todos os domingos, às 9h30 e às 19h. A Missa de Cura e Libertação é realizada sempre na primeira segunda-feira de cada mês. A Missa do Sagrado Coração de Jesus é realizada sempre na primeira sexta-feira de cada mês.

Localização A Igreja São Francisco de Assis está localizada na Rua Benedito Antonio de Campos, 447 – De Lorenzi.

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Paróquia

São Francisco de Assis Boituva ganha nova Paróquia: São Francisco de Assis Com o crescimento da população boituvense e em atendimento ao pedido do então pároco Inácio Krieguer, em 2000, foi decretada pelo arcebispo metropolitano de Sorocaba, Dom José Lambert, a criação da Paróquia São Francisco de Assis. No decreto de criação da Igreja, o endereço é ainda da Capela São José, na Rua Santa Isabel, s/n°, bairro Vila Aparecida. Porém, hoje, a matriz de São Francisco está instalada na Rua Benedito Antonio de Campos, 447, bairro De Lorenzi. Com a criação da nova Paróquia, algumas comunidades do município, que a princípio pertenciam à Paróquia São Roque, passaram a fazer parte da São Francisco de Assis. Deste modo, de acordo com os documentos da Igreja, compreendem a nova paróquia as comunidades: Santa Adélia, no bairro Santa Adélia; Santo Antônio, no Parque das Árvores; Nossa Senhora Aparecida, no centro da cidade; São Benedito, no bairro Caçapava; São Cristóvão, na Água Salgada; Santa Cruz, no Sítio Grande; Santa Edwirges, no Jardim Oreana; Santo Expedito (ainda sem capela), no Jardim das

Palmeiras; Nossa Senhora de Fátima, no Campo de Boituva, também conhecido como Nalos; São José, na Águia da Castelo; São José, no bairro Pinhal; Santa Paulina, no Vitassay; e São Pedro e São Paulo, no Recanto Maravilha. O primeiro pároco da São Francisco de Assis foi o padre Inácio Krieger. Na sequência, em 8 de janeiro de 2006, com a realização de uma missa celebrada pelo arcebispo metropolitano de Sorocaba Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, no Salão São Vicente de Paula, padre Brasílio de Oliveira assumiu a responsabilidade de pároco. Em 1 de março de 2009, com uma Santa Missa celebrada na Igreja São José, tomou posse como administrador paroquial o padre José Roberto da Guia Azevedo. Dois anos depois, em 30 de janeiro de 2011, o mesmo padre José Roberto passa a ser pároco da Paróquia São Francisco de Assis, oficializado com uma missa na quadra da escola Olavo Lázaro Munhoz Soares, localizada atrás da Igreja São Francisco, em construção na época. As celebrações da Paróquia São Francisco de Assis começaram a ser

realizadas nas comunidades existentes. Posteriormente, no início da construção, os fiéis se reuniam em um container no terreno da Igreja e, logo depois, passaram a celebrar a missa na quadra da escola Olavo Lazaro Munhoz Soares. A Paróquia desenvolve trabalhos pastorais como Saúde, Catequese, Batismo, Dízimo, Ministros, Liturgia, Canto, Renovação Carismática Católica, Encontro de Casais com Cristo, Apostolado da Oração, Pastoral Familiar e Vicentinos. Um dos acontecimentos mais importantes da Paróquia é o Cerco de Jericó, realizado sempre em maio, desde 2013, com a presença de centenas de fiéis e também a festa em louvor a São Francisco de Assis, no mês de outubro. A igreja ainda não está totalmente concluída. Recentemente, em 2015, após uma campanha com a participação da comunidade, foram instalados os vitrais e o Centro Catequético ainda está em fase de acabamento. Agora, numa nova campanha, a comunidade está unida em prol da colocação dos pisos, que deverá ser concluída ainda este ano.

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Porta Santa

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Porta Santa

Porta Santa Ano Jubilar da Misericórdia Paróquia São Roque tem uma das quatro Portas Santas da Arquidiocese

Para o início de uma profunda experiência de graça e reconciliação, para inaugurar solenemente o Ano da Misericórdia e também para marcar as comemorações do Centenário da Paróquia São Roque foi aberta a Porta Santa da Misericórdia, em Boituva. A Porta Santa representa o passo do pecado à redenção, da morte à vida, do não crer à fé. Há também um simbolismo mariano, pois a Virgem Maria é a porta pela qual a salvação entrou no mundo. A celebração foi realizada pelo arcebispo metropolitano, Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, no dia 15 de dezembro de 2015 e reuniu centenas de fiéis, padres e religiosos por ocasião do Ano Santo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco.

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Porta Santa

Na Arquidiocese de Sorocaba, além de Boituva, também houve abertura da Porta Santa na Catedral Metropolitana, no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida - bairro de Aparecidinha e no Santuário Arquidiocesano de São Judas Tadeu, bairro Central Parque, todas em Sorocaba. Na tradição católica, o jubileu é o ano no qual a Igreja roga para que as pessoas se convertam em seu interior e se reconciliem com Deus por meio da penitência, da oração, da caridade, dos sacramentos e da peregrinação. Além disso, conforme estimula o Papa Francisco, o Ano da Misericórdia será um tempo para se retomar as obras de misericórdia corporais e espirituais.

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Coral de 100 vozes preparado especialmente para as comemorações do centenário Revista Comemorativa

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Em explicação, é dito que as obras de misericórdia corporais são: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos. Já

as obras de misericórdia espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defun-

tos. O início do Ano Santo marca as celebrações do 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II. A iniciativa convida os fiéis do mundo inteiro a celebrarem o sacramento da reconciliação.

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02 Trabalho voluntário em prol do Centenário

A Paróquia São Roque esteve presente em dois grandes momentos de festividades do município: o Festival de Verão e o Natal de Emoções. Nas duas ocasiões, a comissão da festividade do Centenário da Paróquia trabalhou na venda de mini pizzas. A iniciativa foi sucesso de vendas e de aceitação do público.

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01 Comissão Organizadora do Centenário da Paróquia São Roque: Ivana Maria Galvão; Edson Brunharo Tucunduva e Lilia Roma; Humberto Melaré Moreti e Giovana Maria Calegari Lemes Moreti (José Guilherme); Juliano Aparecido Ribeiro e Teresa Soares Ribeiro; Oswaldo David de Almeida e Maria Cleyde Melaré de Almeida e Adalberto Sakamuta.

02 Festeiros 2016: Ivana Maria Galvão; Roberto Maffeis e Janete Maffeis; José Luis Marson e Vania Maria da Silva Marson; Manoel Aparecido Ferraz de Almeida e Cláudia Tirabassi de Almeida; Agnaldo Moreti e Maria Aparecida Moreti - Nena (In Memorium) e suas filhas Ana Maria e Ana Julia; Valdecir José Melaré e Vania Aparecida Regina Antunes Melaré; Osmar Januário e Terezinha Birelo Januário.


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Social

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uito bem preparado e animado. Assim foi o jantar promovido pela Paróquia São Roque, no dia 14 de novembro de 2015, no Spazio La Bari, para marcar o início das comemorações do ano do Centenário da Igreja Matriz de Boituva.

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O evento contou com a presença de cerca de 280 pessoas, entre membros de lideranças da igreja católica, autoridades do município e cidadãos da comunidade boituvense. O pároco da Igreja São Roque, Padre Edson Ro-

berto Daros, foi homenageado na noite festiva, recebendo o título de Cidadão Boituvense da Câmara Municipal. Durante seu agradecimento, Padre Edson destacou as homenagens ao Centenário e agradeceu a todos os presentes.


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Agenda

Agenda de Festividades

As comunidades boituvenses são conhecidas pelas grandiosas festas e quermesses que promovem ao longo do ano em louvor aos seus santos padroeiros. Muitas dessas festas são tradicionais e esperadas pela população, como é o caso da própria festa de São Roque, que atrai centenas de pessoas de Boituva e região. As datas das festividades sofrem alteração de acordo com a decisão da comissão de festeiros, mas preferencialmente é mantida dentro do mês de comemoração do padroeiro. Confira a programação:

Maio

Comunidade Santa Rita Comunidade Santa Cruz - Sítio

Junho

Comunidade São João Batista

Agosto

Paróquia São Roque

Outubro

Comunidade Nossa Senhora Aparecida Comunidade São Judas Tadeu

Dezembro

Comunidade Nossa Senhora Imaculada Conceição Comunidade Santa Cruz - Cidade Comunidade Santa Luzia

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A Palavra

Querido leitor: Paz faz bem! Palavra Pe. Brasílio de Oliveira

Falar do Centenário da Paróquia São Roque é falar de um relacionamento que lembra um passado de muita saudade de pessoas e acontecimentos que marcaram muito minha vida e a vida da comunidade boituvense. Ao mesmo tempo, vivenciar um presente com projeto de crescimento na fé do povo que acredita na intercessão de São Roque glorioso, é também assimilar que o crescimento, em todos os sentidos, depende de mudanças. É buscar, com experiências passadas e presentes, caminhar em direção da unidade (comunhão) que Jesus e a Igreja ensinam. Impossível não lembrar de cada comunidade que pertence a essa Paróquia e as que já pertenceram, como cada uma delas começou, os fundadores e sustentadores fiéis, pessoas simples, famílias, pessoas de boa vontade que deram e dão o melhor para Deus por meio da comunidade (Igreja). A festa do padroeiro, que marcou a vida da comunidade e vem sendo mantida atualmente, resgatando caminhada, devoção do povo e um espelho de fé, nos faz lembrar da passagem de cada sacerdote que por aqui ficou, da contribuição pastoral, do exemplo de fé, do testemunho de vida e de cada um com seu perfil e carisma. Assim como a cidade é acolhedora, a Igreja (Paróquia São Roque) sem-

pre teve o seu desempenho acolhedor e missionário, sendo discípula do Mestre Jesus. Como atual vigário paroquial, tudo que tenho é que agradecer a minha vida em comum com a Paróquia São Roque, vida pastoral e fé, herança dessa comunidade, assim como

todo o povo católico que tem sua história envolvida com a da Paróquia São Roque. À Paróquia e aos paroquianos, meus parabéns, desejo de coração que este evento tão importante ajude a todos nós no crescimento da fé. Que São Roque interceda por todos.

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Crônica

Olhando para frente Paróquia São Roque

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues Há 100 anos, Dom Lúcio Antunes de Souza, então bispo de Botucatu, criava a Paróquia São Roque no município de Boituva. A Igreja Católica era então a fonte e a guardiã da cultura, de modo que toda a sociedade, indivíduos, família e ou-

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tras instituições funcionavam sob a influência da fé católica. Não havia TV e nem se podia sonhar com as redes sociais. O terço em família era prática comum e, em casa, as crianças aprendiam com os pais os rudimentos da fé e as orações propostas pelo catecis-

mo. As festas religiosas motivavam as concentrações do povo e permitiam que todos se conhecessem. Nesse contexto os jovens iniciavam seus namoros; e casar-se na Igreja era costume sagrado. Os tempos mudaram e como...! A TV, com suas novelas - uma fábrica de ilusões - substituiu o terço em família. A catequese, não mais oferecidos os rudimentos da fé pela família, passou a não atingir mais todas as crianças e jovens. E hoje as redes sociais, com frequência, substituem as relações reais a serem vividas em comunidade. O vácuo religioso de uma cultura cada vez mais secularizada abre espaço para a difusão de formas de experiência religiosa, as mais diversas. O individualismo hedonista substitui a busca por um sentido mais profundo para a vida. O Papa Bento XVI resume em brilhante síntese a essência da mudança de época sobre a qual nos fala o documento de Aparecida: “Enquanto, no passado, era possível


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reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas”. (PF 2). A Cristandade, expressão com a qual se designa o tempo em que, desde os inícios da Idade Média até o séc. XX, no ocidente, a cultura estava impregnada pelos valores e pelas práticas religiosas cristãs, entrou em dissolução, emergindo uma cultura secularizada, marcada pelo avanço das ciências e pelo senso de autonomia do sujeito humano sempre mais cioso de sua liberdade e de seus “direitos”. A Igreja, por meio do Magistério de João Paulo II, tomou consciência da necessidade de uma Nova Evangelização, ou seja, de novo e intenso esforço de anúncio do evangelho e iniciação à vida cristã. O Documento de Aparecida traduziu qual deve ser o empenho da Igreja na América Latina assim: “fazer de todos os seus membros discípulos e missionários de Cristo, Caminho, Verdade e Vida para que nossos povos tenham vida n’Ele”. (DAp n.1). O Papa Francisco, na “Evangelii Gau-

dium”, insiste com veemência na dimensão missionária, exortando-nos a sermos uma Igreja em “saída”, para levar a alegria do evangelho a todas as pessoas. As recentes Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil apontam-nos o caminho para evangelizar explicitando cinco urgências a que a Igreja deve responder no cumprimento de sua missão: 1 – Igreja em estado permanente de missão. 2 – Igreja, casa da iniciação à vida cristã. 3 – Igreja, lugar de animação bíblica da vida e da pastoral. 4 – Igreja, comunidade de comunidades. 5 – Igreja a serviço da vida plena para todos. Além das Diretrizes, em 2014, a CNBB elaborou um documento com o título: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, fazendo eco à orientação do documento de Aparecida: “A renovação das paróquias no início do terceiro milênio exige a reformulação de suas estruturas, para que seja uma rede de comunidades e grupos, capazes de se articular conseguindo que seus membros se sintam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão”. (Cf. DAp 154-163). Eis o desafio para a Igreja, para cada Paróquia, e, portanto, para a Paróquia

São Roque de Boituva: formar comunidades de discípulos missionários. Vivemos hoje um momento em que temos muitas pastorais e um número insuficiente de verdadeiros discípulos para assumi-las. A “mudança de época” coloca desafios novos para a Igreja. Donde a necessidade de formar verdadeiros discípulos de Jesus. Nesse sentido as atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil indicam para nós o caminho para tornar realidade as propostas do documento de Aparecida:

O CÍRCULO VIRTUOSO DAS URGÊNCIAS

As Diretrizes condensam de maneira objetiva aquilo que é a missão essencial da Igreja, colocando nas urgências os passos do processo evangelizador, que devem ser pensados como formando um círculo virtuoso: missão -anúncio, iniciação (inserção na comunhão eclesial), comunidades concretas (visibilização da comunhão) e missão-serviço à vida plena (testemunho acompanhado do anúncio explícito). Tocadas pelo testemunho e pelo anúncio querigmático haverá outras pessoas que passarão pelo processo de iniciação, e, inseridas na comunidade, se tornarão por sua vez discípu-

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las e testemunhas a serviço da vida plena. O processo integral é alimentado pela Palavra, que deve animar toda a vida da Igreja. Aqui não se trata de prioridades, trata-se da Prioridade, ou seja, da tarefa essencial da Igreja. A urgência de implantar esse processo na prática da Igreja é, sem dúvida, um apelo do Espírito. Imaginemos uma Paróquia - São Roque, por exemplo, - em que um grupo de pessoas, já participantes da vida da Igreja, refaçam a experiência do encontro com Cristo pela acolhida do querigma, “fio condutor de um processo que culmina na maturidade do discípulo de Cristo” (DAp 278) e que, em razão dessa experiência, se disponha a formar uma pequena comunidade de vida, que se reúne periodicamente para orar, aprofundar o conhecimento da fé e partilhar as experiências de vida. Imaginemos os membros dessa comunidade assumindo a tarefa da visitação mensal em um determinado setor da paróquia, em espírito de solidariedade e com a disposição de oportunamente anunciar Jesus. Imaginemos que muitas, ou algumas pessoas, se interessem pela vida cristã e se disponham a viver a mesma experiência, formando assim uma nova pequena comunidade que faça a experiência da comunhão eclesial e cujos membros comecem em outro setor da paróquia a visitação missionária. Imaginemos esse processo caminhando lenta e firmemente, superando os inevitáveis obstáculos que se colocam no caminho dos operários do Reino, e, então poderemos sonhar com a construção de uma Igreja - Paróquia - de discípulos missionários, comunidade de comunidades, a serviço da vida plena, para a glória de Deus e a salvação do mundo. Esse é o caminho proposto pelo documento de Aparecida e pelas nossas Diretrizes da Ação Evangelizadora. Este é o caminho que a Paróquia de Boituva vem fazendo e que deve ser aprofundado na oração, na catequese e na missão.

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Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues Arcebispo Metropolitano. Ao dar graças ao Pai, fonte inesgotável de misericórdia, pelo centenário da Paróquia de São Roque, neste Ano Santo da Misericórdia, abramos nossos corações em prece para o dom do Espírito Santo, pois é Ele quem renova todas as coisas. Sua luz e sua força hão de dirigir, nos próximos 100 anos, a caminhada da Igreja em Boituva. A sociedade boituvense será mais justa e fraterna na medida em que a Igreja em Boituva formar verdadeiros discípulos de Cristo, que testemunharão na vida familiar e nas instituições seculares - escolas, empresas, serviços de saúde, serviço público, entre outros -, o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. As novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil são o belo fruto de todo um caminho que vem sendo feito pela Igreja no pós-concílio. Longe de afastar a Igreja da história e do compromisso com os pobres, a evangelização, tal como vem formulada nas atuais diretrizes, au-

mentará em qualidade e número os discípulos, verdadeiros missionários no coração do mundo. Quanto mais profundamente o fiel mergulha no mistério da comunhão eclesial, tanto mais sua presença no mundo é fonte de vida para os irmãos: “A construção da cidadania, no sentido mais amplo, e a construção de eclesialidade nos leigos, é um só e único movimento”. (DAp 215). São Roque é para todos nós modelo de discípulo, sobretudo pelo seu desprendimento e por seu amor aos pobres e doentes. Ele viveu intensamente o que nos tem repetidas vezes proposto o Papa Francisco: ir ao encontro dos que vivem nas periferias existenciais. Que seu exemplo e intercessão iluminem as comunidades cristãs de Boituva para que aqui, nesse chão abençoado, a vida seja abundante para todos, conforme o desejo de Jesus: “eu vim para que tenham a Vida e a Vida em abundância.” (Jo 10,10).


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