PALAVRAS E IDEIAS 2ยบ Ciclo
JUNHO 2017
PALAVRAS E IDEIAS 2º Ciclo
ordem
Nome da escola/turma
1º
Escolas Paulo da Gama - Turma 5º C - "Ser sementinha"
2º
Escolas Eng. Fernando Pinto de Oliveira - Turma 5º 1 - "O Príncipe Mistério"
3º
EB de Moure e Ribeira do Neiva - Turma 6º C - "Lê o livro e diverte-te"
4º
Escolas de Pe. Benjamim Salgado - Turma 5º A - "Não ao Bullyng"
5º
Escolas Santa Bárbara, Fânzeres - Turma 6º A -"Tesouro sob as cinzas"
6º
Escolas de Pombal - 5º C - Grupo 1 - "O pobre e o pombo"
7º
Escolas de Pombal - 5º C - Grupo 2 - "O Rapaz e a Macaca"
8º
Escolas Escultor António Fernandes de Sá - Turma 5º C - "Por vezes, o que luz…"
9º
Escolas de Arronches - Turma 6º A - "A Ilha dos Canibais"
10º
Escolas de Pombal - 5º C - Grupo 1 - "D. Ana e a Arara Celeste"
"A Vida Mágica da Sementinha", de Alves Redol
Ser sementinha A Sementinha estava cada vez mais encantada com a sua beleza: os colmos crescidos, as espiguetas floridas, as tranças verdes que começaram a ficar loiras. Como estava agradecida à Terra-Feiticeira e ao Sol: tinham transformado a Sementinha, um baguito moreno, na Menina Espiga. E aquelas flores iriam ser bagos. Enquanto à sua volta as papoilas vermelhas, os malmequeres amarelos e campainhas azuis bailavam ao som da orquestra de pássaros, a Menina Espiga recordava os bons e os maus momentos que até ali tinha passado. A saída repentina do campo do António Seareiro, quando foi raptada pelo Rouxinol, o tempo bem passado deitada na teia de aranha a ouvir a passarada a cantar, o roubo pelo Pardal, o sr. Espantalho que, sem querer, a tinha ajudado a libertarse do bico do segundo raptor e a voltar, de novo, à sua casa. Estas recordações foram interrompidas, quando o Amarelo de Barba Preta lhe falou da ceifa: ela e todas as outras espigas estavam prestes a ser cortadas e atadas em grandes molhos, a ir para a eira, a serem debulhadas para darem o trigo, a ir para a moagem e a transformarem-se em farinha branca que serviria para fazer o pão. Estava ela ainda meio assustada na seara, quando um agrónomo a escolheu e lhe cortou todas as espigas. Afinal, tinha razão quando se achava linda: o agrónomo achara-a um belo exemplar! Agora, sobrevivia em dezenas de bagos de trigo: eram as filhas da Sementinha. Lá iam elas muito entusiasmadas para uma escola que as preparava para resistirem em regiões onde não havia trigo ou onde o clima era mau. Asa de Corvo, morena como a mãe, vivia no Alentejo e cantarolava… Sou um grão moreno e formoso. Serei uma bola? Tenho rabinho airoso. Vou ter flores e lindas tranças. Já fui à escola. Não estou para danças!
Escolas Paulo da Gama - Turma 5º C
"O Príncipe Nabo", de Ilse Losa
O Príncipe Mistério
Escolas Eng. Fernando Pinto de Oliveira - Turma 5º 1
"A Máquina de fazer palavras", de José Vaz e Marta Madureira
Muxagata
EB de Moure e Ribeira do Neiva - Turma 6º C
"Uma Questão de Azul Escuro "
Não ao bulling
Escolas de Pe. Benjamim Salgado - Turma 5º A
"A Viúva e o Papagaio", de Virgínia Woolf
Tesouro sobre cinzas Eram várias as propostas de leitura. Já tínhamos lido outras histórias, algumas de João Pedro Mésseder (que até teve a gentileza de nos responder, numa minientrevista, a um email que enviámos), mas ficamos muito curiosos com o livro “A Viúva e o Papagaio” e quisemos conhecer melhor a escritora inglesa. Não sabíamos quem era Virginia Wolf, por isso, em pequenos grupos, fomos pesquisar dados sobre a vida da autora. Não imaginávamos, então, quantas situações da vida real ela tinha transportado para a obra… E foi este o percurso de leitura que mais nos fascinou, porque parecíamos detetives a descobrir pistas na obra que pudéssemos associar à sua vida. Parecíamos o seu compatriota Sherlock Holmes. Foi logo com a análise da capa que começaram as nossas conjeturas: aquele papagaio era o animal de estimação da viúva? Por que motivo o olha com desconfiança? Durante a leitura, tentamos antecipar o que iria acontecer. Inventámos cenários possíveis. Nem sempre acertámos, mas era quase como um puzzle que íamos construindo. Estávamos preocupados com o facto de a história poder ter um fim triste porque foi isso que aconteceu com a própria escritora. Estava ali o rio “Ouse” para a viúva atravessar e queríamos que conseguisse fazê-lo. Parávamos sempre em momentos emocionantes para adivinharmos o que se seguiria. A nossa curiosidade aumentava à medida que avançávamos na história. Ficámos muito felizes com o desfecho. Queríamos que a viúva fosse recompensada, porque era bondosa e amiga dos animais. Respirámos de alívio ao saber que assim aconteceu. Bem, depois sugerimos imensos títulos para a história. Entre eles, escolhemos “Tesouro sob as cinzas”, porque nos pareceu o mais adequado. E foi assim que projetámos uma nova capa: a nossa capa. Estávamos mais do que preparados para participar no Concurso Literário da nossa Escola, exatamente sobre a obra “A Viúva e o Papagaio”. Sentíamos que conhecíamos todos os recantos da história e até tínhamos sofrido um bocadinho com a autora e com a “Viúva” e com o papagaio.
Escolas Santa Bárbara, Fânzeres - Turma 6º A
"A viúva e o papagaio", de Virginia Wolf
O pobre e o pombo Era uma vez um pobre, chamado Manuel das Couves. Um dia, de tarde, o Sr. Manuel estava a arrumar a sua pequena barraca (casa). De repente, o carteiro, Sr. Carvalho, bateu à porta. O Manuel, ao ouvir aquele som, correu para a porta. O carteiro entregou-lhe uma carta que dizia: «Caro Sr. Manuel, lamentamos que o nosso banco tenha sido roubado numa quantia de 5000 libras esterlinas, e informamos que nessas 5000 libras, se encontravam as suas poupanças». Ao ler isto pensou - «E agora o que vou fazer? Fiquei só com 100 libras! Como vou pagar a renda?!». Com a falta de dinheiro não conseguia pagar as suas contas e, passados alguns meses, uma assistente social informou-o que teria de abandonar a sua casa. Com as malas na mão, o Manuel foi viver para debaixo da ponte Switle. Exausto de tanto caminhar, estendeu uma manta, para se deitar. De repente, apareceu um pombo branco e castanho claro, que trazia uma perna de frango assado no seu bico para ele. Manuel decidiu dar-lhe o nome de Perry Switle. Atirou-lhe um pedaço de pão e estendeu uma manta mais pequena, para o Perry dormir. Tornaram-se, desde esse dia, os melhores amigos. Nos dias seguintes, o pombo Perry levava todos dias um pedaço de carne ou peixe para o Manuel comer. Uma semana depois, o Sr. Manuel arranjou uma guitarra e começou a tocar nas ruas para ganhar dinheiro e poder comprar comida para ele e para o Perry. Ele tocava e cantava o que sabia. Um dia, à noite, o Perry adoeceu, pois não comia e o Manuel ficou preocupado, então levou-o ao consultório veterinário da Dr.ª Maria Amélia. Quando voltaram para a ponte, o Perry estava melhor. Na semana seguinte, o Perry já estava saudável e o Manuel ficou contente. Ele foi ao banco e disseram que ainda não tinham encontrado o dinheiro dele. Nessa noite, o Manuel acordou e o Perry fez uns gestos que o Manuel não percebeu: «O que é que ele quer dizer?» O Manuel não percebia que o Perry lhe queria mostrar alguma coisa. Então, ele seguiu o pombo até um armazém abandonado, onde de dentro se ouviam vozes estranhas. Eram os ladrões, Joaquim e Bruno, que tinham sido seus amigos de infância. O Manuel entrou com o Perry e descobriram que eles tinham roubado o dinheiro do banco. Manuel devolveu o dinheiro ao banco e o gerente do banco apresentou queixa na polícia, que prendeu mais tarde os dois ladrões. Manuel foi recompensado pelo seu ato, em mais 100 libras além do seu dinheiro. Ele e o pombo Perry apareceram nos jornais e na televisão que anunciavam: «Um homem e o seu pombo encontraram 5000 libras esterlinas roubadas a banco.» Com a alegria de ter sido recompensado, Manuel jogou no euromilhões. Dias depois e ainda vivendo debaixo da ponte, foi à papelaria ver se tinha ganho alguma coisa. Foi então que recebeu a notícia de que tinha ganho o 1º prémio no euromilhões. Ficou tão contente que ele e o Perry começaram a pular feitos malucos. Ele não conseguia acreditar no que lhe estava a acontecer. Agora, já podia viver a sua vida luxuosamente numa grande mansão. Manuel viveu o resto da sua vida com o seu pombo, com muito conforto e luxo. Todas as pessoas diziam que o Manuel era «o homem pobre que passou a ser um homem rico», mas que nunca esquecia os mais pobres e os mais necessitados. Escolas de Pombal - Turma 5º C - Grupo 1
"A viúva e o papagaio", de Virginia Wolf
O rapaz e a macaca No bosque das maldades, uma feiticeira transformou uma menina em macaca, porque não gostava que as pessoas entrassem no bosque. Mas uma menina chamada Raquel aventurou - se nele. Uns anos mais tarde, um rapaz de nome Tiago estava no seu quarto a ouvir música e, do nada, apareceu-lhe a macaca. O rapaz assustou-se e disse: - Ah! Quem és tu? - Eu sou a macaca Raquel! - Tu falas? - Sim, normalmente, sou uma rapariga. Um dia entrei no bosque das maldades e uma feiticeira transformou-me numa macaca, porque ela não gostava que as pessoas entrassem lá. -E se voltássemos lá? Se calhar voltavas a ser rapariga… Pensaram e decidiram ir. Quando chegaram viram tudo destruído: árvores abatidas; florestas queimadas e animais mortos. Depois caminharam algum tempo e logo viram uma feiticeira. Assustados, esconderam-se atrás de uma árvore. De repente, o Tiago agarrou numa pedra e atirou-a contra a feiticeira. Ao ter atirado a pedra, a feiticeira lançou o seu feitiço para se proteger, incendiando a pedra e tentando atingi-los, mas os dois conseguiram escapar. Entretanto, apareceu outra feiticeira por de trás deles e a Raquel ousou perguntar: - Quem és tu? - Sou a feiticeira boa, sou a irmã da feiticeira má, e tu? Quem és? - Eu chamo-me Raquel e a tua irmã transformou-me numa macaca e este rapaz é o meu amigo Tiago. - Bom, eu posso ajudar-te – disse a feiticeira. - Como? – retorquiu a Raquel. - Eu conheço todos os feitiços da minha irmã, portanto, vamos a isso. Só preciso que encontrem a banana dourada que se encontra em casa dela. Quando chegaram a casa da feiticeira má tentaram encontrar a banana dourada, mas em vão. Algum tempo depois, a feiticeira má apareceu e eles esconderam-se rapidamente, através de uma tábua partida, por baixo do soalho de uma sala. Como a feiticeira era muito esperta descobriu que eles estavam por perto e o melhor era sair dali. Começaram a correr o mais depressa que podiam e foram parar a um prado verdejante com cavalos. Aproximaram-se de um cavalo para se esconderem atrás dele. Mas quando se aproximaram dele levaram um coice e rebolaram pelo prado abaixo até uma gruta. Aí, repararam que essa gruta os levava, novamente, à casa da feiticeira má. Nesse instante, a feiticeira má estava a fazer uma magia no seu caldeirão e alguma coisa correu mal, pois a casa começou a arder. Quando a macaca e o rapaz repararam que estavam quase a chegar a casa da feiticeira má aperceberam-se do que estava a acontecer e, depois do fogo acalmar, decidiram entrar e repararam que a feiticeira má já não se encontrava ali. De repente, o Tiago que espreitava as diferentes divisões da casa encontrou a banana dourada. Felizes, foram logo ter com a feiticeira boa e gritaram: - Feiticeira! Feiticeira! Onde estás? - Alguém me chamou? - Feiticeira! Já temos a banana dourada. O que fazemos agora? - Agora, não fazem nada, é a minha vez de trabalhar. A feiticeira começou a fazer uma poção e deu-a a beber à macaca. Com uma luz muito forte, a macaca transformou-se de novo numa rapariga. Raquel e Tiago começavam agora uma nova vida. Mais tarde, descobriram que a feiticeira má tinha falecido por ter caído de um precipício, enquanto tentava fazer maldades a um animal que a estava a incomodar. Alguns anos depois, a Raquel e o Tiago casaram e tiveram dois filhos, uma menina chamada Mariana e um menino chamado Ricardo e viveram felizes para sempre.
Escolas de Pombal - Turma 5º C - Grupo 2
"A viúva e o papagaio", de Virginia Wolf
Por vezes o que luz... Aqui há atrasado (escusado será dizer que esta história se passa na cidade invicta), uma senhora de meia-idade (deixamos ao prezado leitor a tarefa de descortinar o que isso possa ser “quantitativamente”, como dizem os professores de matemática) viu a sua rotina diária de pouco dinheiro e muito trabalho (ela passava os dias na tasca “O Presuntinho”, a fazer Tripas à Moda do Porto) ser interrompida pela chegada de um email ao seu smartphone, que tinha o ecrã partido, mas fora uma pechincha na Feira da Vandoma. Atrapalhada com o assobio do telemóvel (que lhe fazia sempre lembrar os trolhas a meterem-se com as miúdas) quase deixava cair o aparelho no tacho de arroz branco, logo no dia em que andava por lá um inspetor da ASAE. Com as luvas gordurosas de cortar morcela, lá conseguiu ver a mensagem, que assim dizia: “Caríssima Srª Dª Alzira Neves, Vimos por este meio informá-la que, tendo o seu irmão perecido, lhe legou 30000 euros, bem como uma propriedade com todo o seu conteúdo, sita na Rua Barão das Caves, nº22, Oliveira do Douro. Os nossos sentidos pêsames e as nossas congratulações!” Ora, há muito tempo que a DªAlzira (mais conhecida por Zirinha dos óculos, por usar na armação grossa umas lentes que pareciam fundos de garrafa) não sabia do irmão, homem que aliás não passava cartão a ninguém (nem no natal, daqueles de boas festas!) e pensou que “perecido” queria dizer “aparecido”. Também não sabia o que queira dizer “legou”, nem “pêsames” (pois, quando alguém falecia, ela dizia sempre “Paz à sua alma” ou “Os meus sentimentos”)… mas a parte dos 30000 euros ela percebeu bem, pelo que, servido o último prato de tripas e pendurado o avental, foi logo à igreja mais próxima pedir ao sr. Padre que lhe explicasse o significado daquilo tudo. O padre, num discurso carregadinho do som “ch”, fartou-se de falar, mas só ficou na memória da Dª Zirinha que o irmão “tinha falexido” e que ela “ia rexeber” 30000 euros, mais uma casa e o que “houvexe” lá dentro. Despachada como era, fez dois pedidos ao Sr. Padre: que lhe explicasse onde ficava a tal rua e a ajudasse a pôr-se lá o mais rapidamente possível. De imediato, o sr.Padre Gabriel ligou o seu iPAD de última geração, comprado com um restinho de dinheiro que sobrara das ofertas dos paroquianos para as obras no telhado da igreja (embora ainda chovesse lá dentro) e, recorrendo ao Google Maps e à Uber, deu logo resposta a ambos os pedidos. Assim que chegou ao seu destino, a Dª Alzira nem acreditava no que viam os seus olhos: um casarão a cair de velho, completamente degradado, com o telhado em muito pior estado do que já estivera o da igreja do Padre Gabriel! Tomou logo a decisão de tirar fotos e pedir ajuda ao programa “Querido, Mudei a Casa”, mas resolveu dar uma vista de olhos primeiro. O portão enferrujado estava aberto e a Dª Alzira, andando pé ante pé num carreiro de pedras irregulares, por entre urtigas e altas ervas daninhas, lá chegou à velha mansão. Estando a porta fechada, espreitou por uma das janelas sem cortina, ficando desolada com o que viu lá dentro: já nada restava no interior da casa! O que não tinha sido roubado, fora vandalizado! Preparando-se para ir embora, ouviu um cão a ladrar. O som vinha das traseiras e não demorou muito até que a Dª Alzira tivesse perante os seus olhos um cão de médio porte, magro e com o pelo sujo, preso por uma coleira com uma corrente curta a uma casota ainda em pior estado que o casarão. A Dª Alzira teve pena do animal e decidiu adotá-lo; havia sempre restos de comida no restaurante e, em casa, ia sentir-se mais segura com um cão de guarda; além disso, sempre gostara muito de animais. Decidiu dar-lhe o nome de Snope e aproximou-se dele para o libertar, o que deixou o animal claramente satisfeito; porém, o cão recusava-se a sair da propriedade! De súbito, o Snope correu para um canteiro e começou as escavar com as suas frágeis patitas, mas era novembro e a terra estava molhada e fácil de ser revolvida. A Dª Alzira aproximou-se e ajudou a escavar, nada esperando encontrar que não fosse um osso velho. Qual não foi o seu espanto ao ver um baú pequeno e antigo de madeira e ferro, com a chave na fechadura! Enquanto o Snope tentava morder o próprio rabo como manifestação de alegria, a Dª Alzira abriu o baú e lá estavam os 30000 euros, em notas roxas (que ela nunca vira antes) embrulhadas em sacos de plástico resistente. Uma dessas notas de 500 euros (decidiu logo a DªAlzira) seria dada ao Padre Gabriel, desde que ele prometesse acabar as obras no telhado da igreja. O restante seria para que ela e o seu novo amigo vivessem uma vida regalada (sem tachos de tripas e com um smartphone de ecrã intacto).
Escolas Escultor António Fernandes de Sá - Turma 5º C
"Robinson Crusoé", de Daniel Defoe
A Ilha dos Canibais Antes de lermos o livro «Robison Crusoé», de Daniel Defoe, na sala de aula, já alguns de nós o tinham lido, autonomamente, para realizar fichas de leitura. E a opinião foi unânime: trata-se de um livro muito interessante, cheio de suspense e aventura. Vimos o excerto do filme de animação com o mesmo título e ficámos entusiasmados. Quando a professora nos apresentou a iniciativa «Palavras e Ideias», pensámos neste livro para participar, pois fizemos alguns trabalhos a partir dele e até realizámos um pequeno debate, para saber quem era a favor e quem era contra a decisão que Robinson tomou de embarcar, para cumprir o seu sonho, sem dar conhecimento aos pais. Chegámos à conclusão de que é bom lutar pelos nossos sonhos, mas nunca deve-mos pôr em risco a nossa vida. Adorámos ler as peripécias pelas quais Robison passou, mas é claro que o episódio que nos despertou mais curiosidade foi o dos canibais… gostamos de um bocadinho de terror nos livros que lemos. Por isso é que, de entre os títulos propostos pelos 25 alunos da nossa tur -ma, escolhemos «A Ilha dos Canibais». Ainda bem que, após 25 anos de solidão, tudo terminou da melhor maneira.
Escolas de Arronches - Turma 6º A
""A viúva e o papagaio", de Virginia Wolf
A D. Ana e a Arara Celeste Numa manhã, a D. Ana estava a costurar e o carteiro chegou e colocou uma carta na caixa do correio, indo cair no seu colo. A carta dizia: “venho, por este meio, informar que a sua irmã Margarida morreu e deixou-lhe toda a sua herança em dinheiro e, ainda, uma casa. A D. Ana queria ir ver o que a irmã lhe tinha deixado, mas não tinha dinheiro e foi ter com o padre Manuel que lhe deu dinheiro para o táxi. Quando o táxi chegou a Flandes a D. Ana procurou os advogados nos seus escritórios. À entrada do edifício, foi ter com a rececionista Sandra que lhe perguntou: - Bom dia, em que lhe posso ser útil? - Gostava de falar com os advogados Afonso e Guilherme! - Então, entre na 3ª porta à direita. D. Ana assim fez. - Olá Dona Ana, o que a traz por cá? - Venho ver da herança que o meu irmão me deixou. - Qual herança? - A herança de que a carta falava. - Mostre-me essa carta, se faz favor! - Aqui a tem… -Hum! Parece ter havido aqui um engano, a sua irmã não tem nenhum dinheiro no banco e até tinha uma dívida de 3.000 euros e agora que ela morreu, terá de ser a Sr.ª a pagar. Bom, mas ainda tem a casa da sua irmã. Zangada e incrédula, D. Ana lá saiu do escritório dos advogados e dirigiu-se a casa da sua irmã. Bateu à porta e lá de dentro ouviu-se uma voz a dizer: “- não tá casa”. A porta foi aberta pela D. Bruna que a convidou a entrar, explicando-lhe, de seguida, tudo o que se tinha passado. Mas intrigada, a D. Ana perguntou: - Mas quem é que falou “não tá casa”? - Foi a arara da sua irmã – respondeu D. Bruna. D. Ana quis logo voltar para Pombal, mas como não tinha dinheiro teve de ir a pé. No caminho, perdeu-se e decidiu voltar para trás e quando viu uma coisa iluminada percebeu que era a casa da sua irmã que estava a arder e ficou preocupada com a arara, mas a D. Bruna foi muito gentil e deixou-a dormir em sua casa. A meio da noite, a D. Ana acordou assustada com um barulho e quando olhou pela janela viu que era a arara. Ficou tão contente por ela não ter morrido que lhe apetecia fazer-lhe umas festas, mas parecia que o bicho lhe queria mostrar alguma coisa. Então, seguiu-a até à casa da irmã e reparou que atrás de um quadro estava uma alavanca que pressionou e encontrou a fortuna da irmã. Agora que estava rica, pôde voltar para Pombal e não mais teve dívidas na sua vida, passando a viver tranquilamente na companhia da arara Celeste.
Escolas de Pombal - Turma 5º C - Grupo 1