Jornal P.PORTO n º2

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DEZ20 16 O Jornal P.PORTO é uma publicação do Politécnico do Porto, distribuído gratuitamente. Além da atualidade e de artigos de fundo sobre temas de interesse para o universo P.PORTO, é um veículo de promoção e divulgação de todo o espectro cultural, científico, social e académico da Instituição. Porque importa mostrar a produção intensa que habita nas nossas escolas e que motiva uma comunidade de 22 mil pessoas a fazer mais. Pensamos em rede, concretizamos em rede.

“O país está-vos grato” Marcelo Rebelo de Sousa elogia os Politécnicos TeresaSilva©

O Presidente da República abre seminário sobre o Contributo dos Politécnicos para o Desenvolvimento do País

O seminário, organizado pelos Presiden-

abertura do seminário, que decorreu no

politécnicos na união e homogeneização

O Presidente – que confessa ter o sonho

tes dos Conselhos Gerais dos Institutos

auditório das Escolas Superiores de En-

do território nacional, na democratização

de dar aulas num politécnico - falou ainda

Politécnicos, decorreu por ocasião dos

fermagem e de Tecnologias da Saúde, em

do ensino e no combate ao desemprego.

das dificuldades que persistem numa so-

40 anos da Constituição da República

Lisboa, e que contou com a presença dos

“Não há coesão territorial sem coesão so-

ciedade que atravessou uma fase crítica,

Portuguesa e foi nesse contexto que Mar-

Presidentes dos Politécnicos e de várias

cial” afirma, sublinhando como os politéc-

elogiando a capacidade de ajustamento

celo Rebelo de Sousa frisou o “contributo

personalidades, entre as quais Marçal

nicos favoreceram de forma inequívoca a

que os politécnicos têm tido ao longo dos

único das instituições politécnicas para

Grilo, ex-ministro da educação.

circulação interclassista, “possibilitando

anos. “A flexibilidade é essencial para

Apesar de reconhecer a existência de de-

o acesso ao ensino superior de um maior

acompanhar o ritmo das mudanças tec-

“O país está-vos grato” – declarou

sigualdades, desequilíbrios e assimetrias,

número de pessoas, ajudando na sua pro-

nológicas”, frisou “e a escola deve estar

Marcelo Rebelo de Sousa no discurso de

o Presidente destacou o “papel único” dos

gressão social, comunitária e pessoal”.

na primeira linha desse ajustamento”.

a coesão territorial”.

Entrevista ao Professor do P.PORTO Presidente da ANI Presidente do Turismo ganha Bolsa Fullbright elogia vantagens Porto e Norte para projeto nos EUA competitivas da ESTG

Centro de Estudos Interculturais, Viagem à Aurora da Cultura

“A ESHT do P.PORTO tem sido um

Diogo Ribeiro, docente do ISEP,

O engenheiro José Carlos Caldeira foi

São 10 anos de investigação

parceiro permanente e eficaz na

participa em projeto de linhas

uma das personalidades presentes

fundamental e aplicada no

afirmação do desenvolvimento turístico

ferroviárias de alta velocidade da

no 17.º aniversário da única IES do

âmbito disciplinar das teorias e

sustentável da nossa região” > 1 6

Universidade de San Diego > 1 9

Vale do Sousa e Baixo Tâmega > 1 10

práticas interculturais > 1 11


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EDITORIAL

Porque querem os Politécnicos conferir o grau de doutor?

Ministro Manuel Heitor elogia a investigação aplicada no P.PORTO

Rosário Gambôa

Presidente do Politécnico do Porto

dimensão social, cultural e económica,

a questão emergiu na

a incorporação de conhecimento nos

Comunicação Social.

bens e serviços, e o conhecimento

O assunto foi tratado

constrói-se no estudo e na investigação.

superficialmente e, em alguns casos,

O grau de doutor é, assim, como o

envolto em imprecisões, apelando, de

dizem em uníssono os presidentes dos

forma populista, a falsas representações

Conselhos Gerais dos Politécnicos,

ou velhos preconceitos.

um repto ao desenvolvimento do país

Mas a seriedade do assunto exige uma

e das instituições. Caberá à Agência

clarificação, mesmo que breve. Porque

de Avaliação e Acreditação do Ensino

pretendem os Politécnicos conferir o grau

Superior (A3ES), em autonomia e rigor,

de doutor? Capricho, desejo de promoção

avaliar o cumprimento dos critérios

fácil? E têm capacidade para tal? Quem

exigidos, independentemente do nome

avalia essa competência? E qual a

da instituição.

vantagem para o país e para as regiões se esta pretensão for conseguida?

A impossibilidade administrativa de conferir o grau de doutor limita o desenvolvimento da I&D e, num círculo sistémico, o acesso a fontes de financiamento e desenvolvimento (candidaturas a projetos internacionais), o posicionamento na comunidade académica e científica internacional, a competitividade junto de empresas, a atratividade de estudantes internacionais

Marçal Grilo (ex-ministro da Educação) dizia numa sessão pública em Lisboa, no dia 22 do mês passado, que se há uma “norma estúpida” que impede os politécnicos de lecionar doutoramentos, então que se elimine tal norma. Nos últimos anos, mais de 120 investigadores obtiveram o grau de Doutor sob supervisão principal de docentes do Politécnico do Porto

A visita decorreu, dia 23 de novembro, no

Acompanhado pelos Presidentes dos

quer estes estivessem na figura de

âmbito da apresentação pública de pro-

Institutos Superiores Politécnicos e das

orientadores quer na de coorientadores.

jetos Investigação & Desenvolvimento.

Escolas Superiores Politécnicas Não In-

O Ministro da Ciência, Tecnologia e En-

tegradas, assim como o Diretor Geral do

também, em laboratórios e outras

sino Superior, Manuel Heitor, esteve pre-

Ensino Superior, o Presidente da Fun-

instalações do P.PORTO. Mas o grau,

sente no Instituto Superior de Engenharia

dação para a Ciência e a Tecnologia e a

como determina a norma, foi atribuído

do P.PORTO, na sequência da apresenta-

Coordenadora da Estrutura de Missão

por universidades nacionais e,

ção pública das propostas submetidas ao

para o Interior, o ministro aproveitou para

ocasionalmente, por estrangeiras!

concurso de projetos I&D 2016.

visitar o Centro de Investigação na área

Tais doutoramentos decorreram,

A impossibilidade administrativa de conferir o grau de doutor limita o desenvolvimento da I&D e, num círculo sistémico, o acesso a fontes de financiamento e desenvolvimento

Hoje, o doutoramento ocorre num

(candidaturas a projetos internacionais),

momento e com objetivos pragmáticos

o posicionamento na comunidade

diferentes dos de há uns anos: condição

académica e científica internacional,

de entrada na carreira e não o termo

a competitividade junto de empresas,

de um percurso, o doutoramento visa

a atratividade de estudantes

o desenvolvimento de “competências,

internacionais.

aptidões e métodos de investigação

MarianaSantos©

N

as últimas semanas,

Será isto condigno? Pode o país

associados a um domínio científico”

desbaratar valor e capacidades

(D-L n.º 74/2006). As sociedades

instaladas quando pretende atrair

de conhecimento exigem na sua

investimento e gerar valor?

Manuel Heitor sublinhou a importância da investigação aplicada e da pesquisa sistemática produzida no sistema politécnico, cada vez mais vocacionado à internacionalização e criação de networks multidisciplinares

da Robótica, CROB/LSA. Foi este centro de investigação do Politécnico do Porto o exemplo que o ministro apresentou a uma plateia internacional que assistia à 11.ª edição da Conferência EAPRIL, subordinada ao tema Desafios da Era Digital para a Educação, Trabalho e Aprendizagem: Investigadores e Profissionais em Diálogo. Seguiu-se a reunião com os Presidentes dos Institutos Superiores Politécnicos e das Escolas Superiores Politécnicas Não Integradas, onde foram debatidos os novos desafios da investigação e inovação no ensino superior.


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Marçal Grilo identifica assimetrias na outorga de doutoramentos: “Acabe-se com uma norma estúpida” Seminário sobre o Contributo dos Politécnicos Para o Desenvolvimento do País teve como pano de fundo o debate sobre o futuro dos Politécnicos

A Escola Superior de Educação no ALUMIA da Porto Lazer

“Não se crie uma norma. Acabe-se com

Em carta enviada à tutela, em outubro,

ção com universidades, assumindo isso

Entre 5 de dezembro e 8 de janeiro vão

uma norma estúpida.” Foi assim que res-

os presidentes dos conselhos gerais dos

como um problema real para a agência:

ser conduzidas diariamente visitas guia-

pondeu Eduardo Marçal Grilo, antigo Mi-

politécnicos defendiam que a impossibi-

“Temos algumas áreas científicas onde as

das, uma parceria Porto Lazer com a

nistro da Educação, quando questionado

lidade de outorgar doutoramentos “é uma

universidades só conseguem atribuir o

Escola Superior de Educação do Poli-

sobre o quadro normativo que impede

penalização” e constitui “uma limitação

grau de doutor recorrendo a competências

técnico do Porto.

legalmente o sistema politécnico de atri-

ao serviço que têm capacidade de prestar

do ensino politécnico. São áreas muito

O Serviço Educativo ESE/PortoLazer,

buir o grau de doutorado. “Acabando-se

ao país e às regiões em que se inserem,

específicas, perfeitamente identificadas

integrado na programação do projeto

com a norma, cria-se a condição para se

bem como para o seu próprio desenvol-

e – reconhece – “esta é uma situação bas-

ALUMIA, assegura a dinamização de

poder ter [doutoramentos].”

vimento institucional”.

tante ingrata para o ensino politécnico.

diversas ações, integradas na programa-

Este é que tem competências mas quem

ção, que assentam em dois eixos princi-

atribuiu o grau é a universidade.”

pais: a realização de visitas guiadas e de

As declarações decorreram durante

O painel identificou assimetrias na

a mesa redonda subordinada ao tema

atual Lei de Bases do Sistema Educativo,

O Desenvolvimento dos Politécnicos, que

levando Marçal Grilo a questionar o atual

“Na verdade”, concluiu, “a agência não

visitas com workshops (À luz das estre-

contou também com a presença de João

enquadramento e a destacar a importân-

está a cumprir integralmente a legislação,

las; Vamos desenhar constelações; Elogio

Duarte Silva (membro do conselho de

cia inequívoca do sistema politécnico no

mas a alternativa seria não haver douto-

da Luz; STOP-MOTION 360º), abertas

administração da A3ES – Agência de Ava-

desenvolvimento social: “Os politécnicos,

ramentos nestas áreas. E então o país é

ao público e orientadas por estudantes

liação e Acreditação do Ensino Superior),

pela sua inserção regional, pela juventude

que seria prejudicado.”

do Curso de Artes Visuais e Tecnologias

Joaquim Morão (antigo autarca de Cas-

que têm, pela falta de peso tradicional, o

Joaquim Morão, ex-autarca de Castelo

telo Branco), e Jorge Santos (da NERLEI

que é uma vantagem, são as instituições

Branco e Jorge Santos, empresário, tes-

As visitas guiadas seguem um percurso

– Associação Empresarial da Região de

com maior capacidade para inovar.”

temunharam a importância da adoção

mapeado por cinco intervenções artísti-

de uma designação mais internacional,

cas no espaço público do centro histórico

facilitadora da captação de estudantes

da cidade, constituindo um real convite

e da criação de parcerias transfronteiri-

à conversa entre participantes, a cidade

ças. A designação University of Applied

e as obras expostas. Os workshops rea-

Sciences facilitará o relacionamento

lizam-se a partir de percursos definidos

externo, tanto ao nível da formação e

por marcos patrimoniais da cidade e pelas

da investigação, como da capacitação

intervenções artísticas no espaço público

da própria malha empresarial.

do centro histórico da cidade.

Leiria). Manuela de Melo, Presidente do Conselho Geral do Politécnico do Porto, moderou o debate. Organizado pelos Presidentes dos Conselhos Gerais dos Institutos Politécnicos, o seminário que esteve na origem do debate, O Contributo dos Politécnicos Para o Desenvolvimento do País, contou também com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que frisou a extrema importância das instituições politécnicas para a coesão territorial. Este evento decorreu dia 22 de novembro, no Auditório das Escolas Superiores de Enfermagem e de Tecnologias da Saúde, data essa que coincidiu com a comemoração do quadragésimo aniversário da Constituição da República Portuguesa.

A mesa redonda contou também com a presença de João Duarte Silva (membro do conselho de administração da A3ES), Joaquim Morão (ex-autarca), e Jorge Santos (da Associação Empresarial da Região de Leiria). Manuela de Melo, Presidente do Conselho Geral do Politécnico do Porto, moderou o debate

O seminário analisou as tendências

Artísticas da ESE do P.PORTO.

Pedro Lourtie, representante dos Presi-

Esta oferta visa adequar, organizar e

dentes dos Conselhos Gerais desenvolve

fomentar uma ampla e efetiva participa-

esta questão, ao defender que “a desig-

ção, numa relação que procura reconhe-

nação de politécnico está desvalorizada”

cer e valorizar o património histórico-

ou por outra perspetiva “a designação de

cultural do Centro Histórico do Porto,

universidade está hipervalorizada”. E se

agregando os seus atores, quer sejam

estas questões não se impõem na realidade

habitantes ou turistas.

europeia, “no nosso país é um facto”, acres-

Pretende-se estabelecer uma relação

centando que “se olharmos para a nossa

do público participante com um conjunto

vizinha Espanha, eles têm universidades

de intervenções artísticas, que têm em

e têm universidades politécnicas.”

comum a cidade como palco vivo e a LUZ

do sistema binário português e os cami-

João Duarte Silva, enquanto Membro

Já no final do encontro, Daniel Proença

como elemento de conceptualização, ex-

nhos de futuro para o ensino superior,

do Conselho de Administração da Agên-

de Carvalho concluiu o seminário com

ploração simbólica e plástica. Deste modo,

tendo subjacentes as reivindicações dos

cia de Avaliação e Acreditação do Ensino

uma questão: “Se os politécnicos deram

tanto as visitas guiadas como os work-

politécnicos para oferecerem cursos de

Superior frisou a significativa evolução

um forte contributo para o país, porque

shops organizam circunstâncias para a

doutoramento e adotarem a designação

dos politécnicos, sobretudo no panora-

é que devem ser menorizados?”. E deixa

interação e mediação com as obras e o seu

internacional de Universidade de Ciên-

ma científico internacional, “onde há

um aviso: “Vamos continuar a lutar para

contexto, oferecendo um enquadramento

cias Aplicadas (University of Applied

mais escrutínio”. Recorda que a legisla-

que aos politécnicos seja reconhecido o

conceptual e os materiais, assim como a

Sciences), acompanhando uma tendên-

ção portuguesa já prevê, para o sistema

direito a conferir doutoramentos.”

orientação para uma ação sustentada dos

cia europeia.

politécnico, doutoramentos em associa-

O debate continua.

participantes, que dê forma às suas ideias.


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DESTAQUE

P.PORTO detém a 1.ª Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Norte e o único hotel-escola do país, de 5 estrelas Elga Costa, Diretora do Porto School Hotel destaca a qualidade formativa de nível internacional (numa unidade hoteleira de 5 estrelas) da teoria à prática efetiva, nas mais variadas áreas que gravitam à volta do Turismo, da Hotelaria e da Restauração. O Politécnico do Porto tem uma reconhecida tradição na formação ligada à hotelaria, através dos cursos ministrados pela antiga ESEIG, agora com um leque de formação mais alargado na ESHT, que abriu no presente ano letivo e que registou uma procura que superou todas as expectativas, tendo esgotado todas as vagas disponíveis logo na 1.ª fase. Este investimento que o P.PORTO Escola Superior de Hotelaria e Turismo | MarcoAscenção©

tem feito na formação na área da Hotelaria/Turismo tem resultados visíveis no setor, na região norte, sendo por isso co-responsável pelos mesmos. Elga Costa corrobora, “a forma como levamos a cabo toda a oferta formativa de que dispomos – tanto a ESHT com as suas diferentes licenciaturas, mestrados e pós-graduações nestas áreas como o PSH com o seu portefólio de formações pré-graduadas, altamente especializadas – em muito tem Hotelaria ou na Restauração, mas com

de espanhol (aplicado à Hotelaria) destaca

contribuído para o reconhecimento da

marcado interesse e motivação pela área.

a sensibilidade e perceção estratégica do

excelência do serviço prestado nas mais

s anos dourados do crescimen-

De uma parceria entre o Politécnico do

P.PORTO que cedo percebeu esta necessi-

diversas unidades hoteleiras e estabeleci-

to do setor turístico e hoteleiro

Porto e a JASE – Empreendimentos Turís-

dade de reforçar a sua intervenção nestas

mentos de restauração por onde os nossos

em Portugal foram determi-

ticos, Lda (entidade detentora do Douro

áreas de formação. “Também é verdade

diplomados vão passando”.

nantes para o interesse e para

Royal Valley) nasceu o Porto School Hotel.

que o crescimento que temos vindo a ve-

A qualidade do serviço prestado refle-

a definição de uma estratégia de formação

Este projeto era a concretização da estra-

rificar, nas últimas décadas, do número

te-se na dimensão da procura que tanto

por parte do Politécnico do Porto, que fosse

tégia do P.PORTO, que há algum tempo

de estabelecimentos de restauração, de

os clientes nacionais como os turistas

ao encontro das necessidades de formação

tencionava concretizar um investimento

unidades hoteleiras e de organizações

estrangeiros fazem dos diferentes espa-

do mercado nacional e até à procura por

concertado na formação pré e pós-gra-

associadas ao turismo levou claramente

ços onde estes serviços são prestados. É

parte dos mercados internacionais.

Olga Leite

O

duada nas áreas do Turismo, da Hotelaria

à perceção, por parte dos seus agentes pro-

sabido que a excelência de um bom ser-

Em 2015, ano de inauguração do Dou-

e da Restauração, como resposta direta

motores, de que a formação especializada

viço hoteleiro ou de restauração deixa a

ro Royal Valley Hotel & SPA e, por conse-

às necessidades daquele que representa

é uma necessidade evidente e que, sem ela,

sua marca em quem visita o país e, por

quência, do Porto School Hotel (PSH), era

um dos principais setores da atividade

qualquer negócio ficará deficitário e dimi-

consequência, em tudo contribui para

por demais evidente a necessidade, no

da economia portuguesa, unanimemente

nuído, no que aos seus serviços prestados

o aumento significativo – como se tem

mercado formativo português, de uma

considerado como estratégico e prioritário.

diz respeito”, acrescenta a Diretora do PSH.

vindo a comprovar – da procura por estes

escola especializada nas grandes áreas

Esta seria a unidade de extensão per-

Esta filosofia de parceria, inovadora e

serviços na grande região norte do país.

do Turismo, da Hotelaria e da Restaura-

feita da Escola Superior de Hotelaria e

única, entre o P.PORTO e a JASE, em prol

Mas o trabalho desenvolvido não pode

ção, que colmatasse a óbvia procura de

Turismo (ESHT), que resultou, este ano

da satisfação de uma carência formativa

ficar por aqui. Elga Costa considera que há

formações especializadas pré-graduadas,

letivo, de uma reestruturação da oferta

óbvia, culminou no lançamento, pela 1.ª

ainda muito a fazer para atingir aquilo que

tanto por parte de profissionais já no ativo

formativa, no Politécnico do Porto.

vez no nosso país, de um portefólio de

todos pretendem no P. PORTO, que a apos-

como de pessoas sem qualquer formação

À frente do PSH está Elga Costa. Formada

formações especializadas que permitem

ta inicial, estratégica, da atual Presidência

ou percurso profissional no Turismo, na

em Línguas e Literaturas, esta professora

a aplicação direta, constante e imediata

na área do Turismo, da Hotelaria e da Res-


5

tauração – que, por um lado deu origem

de hotéis). Em todos estes casos, o for-

to, e como poderá calcular, sofremos da

brigada de uma unidade hoteleira e suas

a toda uma reestruturação interna, que

mando reside, em permanência, no PSH,

enorme concorrência que se impõe pelo

relações com as chefias), e numa outra área

culminou na especialização de uma das

tendo, como tal, a oportunidade única de

fator histórico. O PSH é ainda uma escola

de extrema importância, que se prende

suas Escolas exatamente nestas áreas e,

aplicar toda a teoria recebida à prática

muito jovem, com pouco mais de um ano

com as formações especializadas para não

por outro lado, promoveu o surgimento

direta, em ambiente real e num formato

de existência e, como tal, precisa ainda de

especialistas (entenda-se, formações em

do primeiro hotel-escola em Portugal –

diário. Ao viverem e aprenderem no PSH,

calcorrear muito caminho para que se im-

cozinha para não cozinheiros, em paste-

venha a colher os ambicionados frutos

torna-se inevitável que usem o próprio

ponha, efetivamente, num mercado onde

laria para não pasteleiros, etc).

de reconhecimento das suas formações,

hotel (os seus serviços, os seus clientes,

a oferta (similar, não igual) é grande e

Este é o portefólio formativo do PSH,

tornando-se na instituição de referência

as suas necessidades) como autêntico

competitiva. No entanto, contamos com a

fruto de um aturado estudo de necessida-

nacional e internacional nestas áreas tão

laboratório experimental, elevando, ao

capacidade de podermos competir com as

des do mercado atual, sempre em busca da

particulares e fundamentais para alimen-

expoente máximo, o caráter de aplicação

escolas de referência em termos de valor

apresentação de soluções e da promoção

tar o motor da economia nacional.

à realidade que estas formações exigem.

da propina, porque não esqueçamos que

da excelência formativa que corresponda

se trata de uma formação com carácter

à alta competência dos formandos.

As grandes entidades empregadoras têm reconhecido e valorizado o trabalho que o Politécnico do Porto desenvolve ao nível da formação que “(...) de forma recorrente, dirigem-se a nós em busca dos nossos mais recentes diplomados. Como sabe, a taxa de empregabilidade nestas áreas é bastante alta, dado que o próprio mercado é o primeiro a reconhecer a necessidade

É um privilégio poder estudar e viver num hotel de 5 estrelas, integrado numa região Património Mundial da Humanidade, o Douro

de se munir de colaboradores altamente

imersivo (com alojamento e alimentação

O conjunto de parcerias que se têm vin-

incluídos), o que significa uma vantagem

do a desenvolver são essenciais para um

competitiva em termos de valores prati-

trabalho em rede, de forma concertada.

cados em relação às demais escolas com

Neste sentido, o PSH tem vindo a estabe-

oferta formativa similar. Desta forma, e

lecer uma série de parcerias estratégicas

pela crescente procura que tem vindo a

com distintas entidades e instituições,

revelar, seguramente que muito em breve

de forma a acompanhar as alterações, a

conseguirá tornar-se numa referência

evolução e as reais necessidades do amplo

internacional, pelo modelo formativo em

espectro em que se insere o Turismo, a

que aposta e pela inegável qualidade do

Hotelaria e a Restauração. O PSH é hoje

quadro de formadores que apresenta”.

parceira da Entidade Regional de Turismo

especializados e conhecedores nas suas

Este modelo e a qualidade da formação

áreas de atuação, por força do reconheci-

conferem à ESHT e ao PSH uma capaci-

mento de que essa é uma das exigências

tação de formação internacional. O fator

O PSH tem em curso neste momento as

do Porto e Norte de Portugal, Turismo

prioritárias por parte de qualquer cliente.

diferenciador potencia a capacidade de

segundas Edições de dois Cursos de Espe-

de Portugal, AHRESP e a recentemente

Assim sendo, tendo nós os meios, a opor-

captação e atração do mercado estrangei-

cialização - o Porto School Hotel Best Of

criada Rede de Instituições Públicas do

tunidade e a felicidade de poder formar

ro de estudantes/formandos, no sentido

(na área da Gastronomia) e o Porto School

Ensino Superior Público com Cursos de

grandes profissionais, altamente dotados

em que, a nível europeu, não existe, clara-

Hotel Best Cocktail Contest (na área das

Turismo, entre tantas outras de igual re-

das competências que o mercado define

mente, concorrência direta. Elga Costa ex-

Bebidas e Serviço de Bar) – e com um con-

levo e importância estratégica.

e das quais não prescinde, em muito te-

plica, “não a temos, em termos de formato

junto de outras Formações Especializadas

O seu perfil internacional tem contribuí-

mos contribuído para que a denominada

(formação recebida e aplicada num hotel

e Executivas, que têm vindo a ser requisi-

do para estabelecer contactos e encontros

Marca Portugal vingue e se imponha como

real, de ambiente e contexto de 5 estrelas,

tadas pelo próprio mercado do setor, por

potenciadores de parceiras e protocolos

marca distintiva e sinónimo de qualidade

de elevadíssima qualidade) e em termos

força de uma notória carência a este nível.

com instituições de ensino similares, no

e saber”, afiança Elga Costa.

de localização, pelo privilégio de poder

É o caso do Revenue Management (no cam-

sentido de avaliar e firmar possibilidades

Até aparecer o PSH não se imaginava

estudar numa região considerada patri-

po da Gestão), na área da Liderança (no

de parceria que permitam não só o inter-

em Portugal uma Escola integrada num

mónio, como é o caso do Douro. No entan-

campo do dia-a-dia de trabalho de toda a

câmbio de estudantes e corpo docente

hotel de 5 estrelas – o Douro Royal Valley

como, e sobretudo, que possibilitem o

Hotel & Spa, com vista privilegiada para

acesso à realidade de ensino-aprendiza-

o Douro - em que o estudante vive no pró-

gem praticada por diferentes Escolas (eu-

prio hotel. É também nesta diferenciação,

ropeias e não só) com uma vertente similar

no processo de aprendizagem e com uma

à do Porto School Hotel. Elga Costa salien-

integração no mercado real de trabalho,

ta “as visitas já efetuadas e as conversa-

no 4.º e último semestre, que reside grande

ções já desenvolvidas com escolas como

parte do sucesso do PSH, mas não é só.

a École Hôtelière de Lausanne (Suiça), a Emirates Academy of Hospitality Management (Dubai), entre outras. Estou segura

duração (no caso dos Cursos Superiores

de que todas estas parcerias, protocolos e

de Especialização, que têm uma duração

contactos estabelecidos potenciam o en-

de dois anos letivos), a de Educação Contínua (no caso dos Cursos de Especialização intensiva) ou a de Formação Executiva (no caso das Formações Executivas destinadas às chefias intermédias e à alta direção

Porto School Hotel | RuiPinheiro©

A qualidade da formação é de facto o maior selo distintivo, seja ela a de longa

grandecimento do nosso projeto formativo e ampliam a nossa visão estratégica em relação ao que pretendemos que o Porto School Hotel venha a tornar-se num curto espaço de tempo”.


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ENTREVISTA Entrevista a Melchior Moreira, Presidente da Entidade de Turismo Porto e Norte

“A ESHT do Politécnico do Porto tem sido um parceiro permanente e eficaz na afirmação do desenvolvimento turístico sustentável da nossa região” Olga Leite enorme a responsabilidade de

Politécnico do Porto, que Melchior Moreira considera “uma mais-valia imensurável que me conforta quanto ao futuro”.

quem tem em mãos um dos se-

Sempre que pode, Melchior Moreira é

tores que mais contribui para le-

também turista. Em férias, na época baixa,

vantar a economia do país. Muito

prefere o campo, que troca pelos destinos

mais ainda quando se gere o turismo de

de cidade, com vivência cultural, na época

uma região que está entre os três primeiros

alta. Para escapadinhas não há como o

destinos turísticos do país. E o norte está.

nordeste transmontano. No paladar não

Melchior Moreira lidera a Entidade de Tu-

resiste a umas boas tripas à moda do Porto

todos percebemos que temos uma riqueza

humanos que pode começar no balcão

rismo Porto e Norte (ETPN) há sete anos.

e mesmo na pele de turista nunca deixa de

intrínseca que devidamente promovida

de informação de uma loja de turismo,

ser um bom observador.

tem todas as potencialidades de cativar

mas envolver tanto o taxista ou o dono

Traçou e implementou uma estratégia

visitantes. O intenso trabalho de promo-

de uma mercearia como o sommellier de

O Turismo é o sector que mais tem contribuído para o crescimento económico do país e com um papel muito importante na criação de emprego, como vê o panorama da formação/educação neste segmento?

ção que esta entidade tem concretizado

uma grande cadeia de hotéis. Temos que

no mercado ibérico tem-se refletido em

nos atualizar nos conteúdos, refinar nas

números excecionais. Mas nós somos mais

estratégias. Não temos só que ser os me-

ambiciosos. Queremos que os turistas nos

lhores temos que ser diferentes e isso só

venham conhecer mas que voltem e que

com uma contínua aposta na formação a vários níveis e transversal a vários setores.

de sucesso, reconhecida cá dentro e lá fora. O Turismo é um setor-chave, com indicadores económicos muito relevantes, que precisa, mais do que nunca, de recursos humanos qualificados com reconhecimento internacional. Melchior Moreira assenta a sua interven-

Melchior Moreira (MM) - A formação/edu-

o façam em qualquer altura do ano, au-

ção, enquanto Presidente da ETPN, num

cação é o pilar que realmente pode garantir

mentado a estada média e incrementando

trabalho em rede, que envolve desde o

a sustentabilidade do crescimento turístico

as economias local e nacional. E entre os

taxista, a loja de turismo, o chef de cozinha

no nosso território. É uma questão pela

fatores fundamentais para a criação de

ou o sommellier. No topo da cadeia está

qual me tenho batido e para a qual procuro

sustentabilidade, equilíbrio e constância

também a Escola Superior de Hotelaria e

sensibilizar os nossos parceiros no terri-

na procura turística está a aposta na for-

Turismo (ESHT) e o Porto School Hotel, do

tório e as nossas tutelas governativas. Já

mação de toda uma cadeia de recursos

Tanto ao nível da educação, reservada às entidades de ensino superior, como na área da formação, numa vertente mais prática, on the job, existe uma grande variedade de cursos ligados ao setor do tu-


7

A ESHT tem sido um parceiro permanente e eficaz na afirmação do desenvolvimento turístico sustentável da nossa região.

A ESHT preencheu a totalidade das vagas disponíveis logo na 1.ª fase. Entende que o crescimento deste setor em Portugal está a despertar nos jovens o interesse por esta área ou será também a atração por uma formação ajustada à possibilidade de ir mundo fora explorar o mercado global?

O norte tem uma multiplicidade de “turismos” como poucos países: cultural, de saúde, aventura, religioso, balnear, montanha, ecológico, entre outros. Em sua opinião qual o que poderá ter mais procura no futuro e que irá recrutar mais Recursos Humanos? MM - O Porto e Norte distinguem-se por proporcionar, como mais nenhum outro, várias e diferenciadoras experiências aos visitantes. Por esse motivo estabelecemos como produtos estratégicos:

MM - Nenhum outro setor contribuiu tanto

Turismo de Negócios, City & Short Brea-

para o crescimento da economia do país

ks, Gastronomia e Vinhos, Turismo de

como o turismo. A norte somos assumi-

Natureza, Turismo Religioso, Touring

damente um destino turístico, e agora

Cultural e Paisagístico e Saúde e Bem-Es-

também uma escolha de férias. Congra-

tar, e como produtos complementares o

tulo-me, obviamente, pelos resultados da

Turismo Náutico e Golfe. Isolados ou em

ESHT porque este crescimento tem que

articulação qualquer um destes produtos

ter alicerces fortes e bem sustentados.

turísticos permite ao visitante uma des-

Exige-se a um destino turístico de eleição,

coberta diferenciadora da região e a ca-

recursos humanos formados, nalguns ca-

pacidade de sermos diferentes depende

sos, altamente qualificados, com salários

também da capacidade que tivermos de

compatíveis com as suas funções. Há mui-

nos recriarmos na antecipação de vonta-

tos novos valores a surgirem na região,

des. Há nichos que têm apresentado um

pessoas que trazem know-how, outras

crescimento interessante e que nos têm

experiências e vivências e que querem

chamado a atenção: o turismo náutico

apostar na diferenciação do território.

e o turismo de natureza têm revelado

E a ligação do mundo real à academia é

grandes potencialidades de crescimento,

fundamental. Um e outro têm que estar

mas outros há, mais tradicionais, como

atentos às exigências do setor, saber con-

o touring cultural e paisagístico ou o tu-

certar sinergias e antecipar estratégias.

rismo religioso que continuam a bater recordes de procura. Não quero, por isso,

com qualidade e distinção. A formação

MM - É sabido que sou um defensor do tra-

e a qualificação dos recursos humanos

balho em rede. Só trabalhando em escala,

Foi deputado à Assembleia da Re-

de um território é cada vez mais fator

envolvendo o setor público e o privado,

pública, no VI, VII, IX e X governos,

diferenciador e distintivo que nos per-

com o envolvimento do conhecimento é

tendo integrado diversas comissões

mite alcançar patamares de excelência

que poderemos ter sucesso. Este tem sido

parlamentares; Presidente da Região

e de qualidade que estão na base das

o nosso caminho orientado nesta minha

de Turismo do Douro Sul e Presidente

preferências da procura de um destino

visão estratégica determinante para o

da Comissão Instaladora da TPNP;

MM - É inquestionável a importância

turístico. Esta nossa aposta estratégica

envolvimento de todos os players do setor

Vice-presidente da Comissão Parla-

que uma Escola Superior de Hotelaria

tem-se revelado eficaz pois os resultados

do turismo. O Porto é uma excelente porta

mentar do Euro 2004 e Coordenador

e Turismo tem para o desenvolvimento

alcançados permitem-nos assegurar de

de entrada para o território, mas só em

da Subcomissão de Turismo da As-

de uma Região de Turismo. Ter uma es-

uma forma confortável um destino sus-

harmonia com toda a região podemos

sembleia da República.

cola no nosso destino é uma mais-valia

tentável e com futuro.

continuar a crescer de forma inteligente.

Direitos Reservados

to à capacidade de nos reinventarmos

De acordo com o Presidente da CM Porto, Rui Moreira, a “visão policêntrica” do Politécnico do Porto tem sido determinante para a dinamização do território em que está implantado. Sente esta influência no setor do Turismo, e muito mais com o alargamento desta zona de influência, com uma escola de nível internacional, como é o Porto School Hotel, em Baião?

rismo. Poucas são, no entanto, as que têm, como o Politécnico do Porto, esta dupla capacidade - a Escola Superior de Hotelaria e Turismo e o Porto School Hotel. A ETPN tem no seu segmento dois parceiros importantes e uma credibilização superior no que toca à formação dos seus recursos humanos. Sente-se mais confiante pelo facto do norte estar agora servido por uma Escola Superior de Hotelaria e Turismo?

imensurável que me conforta quanto ao futuro, quanto à necessidade de termos sustentabilidade turística, quan-

afunilar a procura. Defendo que há todo um setor à espera de ser renovado e reforçado com sangue novo, com formas inovadoras de trabalhos. Melchior Moreira, 52 anos. Presidente da Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal desde 2009. Licenciado em Educação Física.


8

SOCIAL

CULTURA

CIÊNCIA

INTERNACIONAL

P.PORTO em Matosinhos apoia Cidade Amiga dos Idosos

Lançamento de Livro EI! Estudar, Investigar e Intervir

PETRHA selecionado entre 140 projetos europeus

Desafio Empresarial: Europe Direct

Decorreu, no dia 28 de novembro, o pri-

O livro EI! Estudar, Investigar e Intervir

O projeto europeu PETRHA, coordenado

Na sequência da colaboração entre a

meiro Encontro sobre Envelhecimento

resultou do trabalho desenvolvido no

na Escola Superior de Saúde do P.PORTO

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Ativo – Desafios na Saúde e na Comuni-

âmbito do projeto Aprender a Aprender

pelo Professor Doutor Rui Macedo, foi

(ESTG) e as empresas, o Gabinete de Apoio

dade, no Salão Nobre da Câmara Muni-

organizado pelo Grupo de Apoio ao Tra-

selecionado de entre 140 projetos euro-

ao Empreendedor (GAE) desta Escola do

cipal de Matosinhos.

balho Académico G.A.T.A..

peus no âmbito de uma iniciativa que

P.PORTO promove um programa que

visa reforçar a inovação social na Europa.

consiste na apresentação de desafios à

O encontro, uma iniciativa conjunta da

O lançamento decorreu dia 25 de ou-

ULSM e da Escola Superior de Saúde do

tubro pelas 15h no auditório da Escola

A seleção destes projetos decorreu

P.PORTO em parceria com a Câmara de

Superior de Educação, com a presença de

após uma call lançada a 17 de junho e

O programa Desafio Empresarial proble-

Matosinhos (CMM), refletiu sobre ques-

António Guedes da ESE do P.PORTO, João

que tinha como objetivo chegar a um

matiza questões reais identificadas pelas

tões como a literacia em saúde, ambiente

Teixeira Lopes do Instituto de Sociologia

reconhecimento partilhado desta eco-

empresas e propostas à ESTG para que

amigo das pessoas idosas e as TIC nos

da Faculdade de Letras da Universidade

nomia de vanguarda no final de 2016.

sejam desenvolvidas soluções ou protóti-

cuidados de proximidade. No mesmo dia

do Porto e de João Arriscado Nunes do

Desta call, à qual se apresentaram cerca

pos de soluções por equipas de docentes/

foi assinado um protocolo que integrou

Centro de Estudos Sociais da Universi-

de 140 projetos, foram selecionadas, além

investigadores e estudantes. Este primeiro

Matosinhos na Rede Mundial de Cidades

dade de Coimbra.

do PETRHA, mais quatro iniciativas de

desafio empresarial, que incidiu sobre o

e Comunidades Amigas das Pessoas —

inovação social (Enercoop, Enerterre,

tema União da Energia e Clima, foi desen-

uma iniciativa da Organização Mundial

Kilti e Permafungi) por um júri que incluiu

volvido em colaboração com o Centro

representantes de governos europeus e

de Informação Europe Direct (CIED) do

da Comissão Europeia.

Tâmega e Sousa, um organismo oficial de

de Saúde, lançada em 2010. O protocolo assinado envolve, além da CMM, o P.PORTO e a Unidade Local de

Academia Portuguesa de Cinema atribui 1.º Prémio a estudante do P.PORTO

Os vencedores beneficiaram, de 31 de

informação europeia que, através dos seus

outubro a 4 de novembro de 2016, de uma

centros de informação locais, pretende

Os Prémios Sophia Estudante consagra-

“semana de aceleração” que no âmbito dos

atuar como intermediário entre os cida-

ram, no dia 7 de dezembro, Instalação do

princípios da economia social e solidária,

dãos e a União Europeia.

Medo, de Ricardo Leite, como o vencedor

os ajudará a implementar estruturas de

na categoria ficção.

financiamento, investigação, inovação

Saúde de Matosinhos.

Orçamento Participativo dos SAS do Politécnico do Porto

A Escola Superior de Media Artes e De-

social, parcerias europeias, apoio jurídico

No âmbito da estratégia global de reforço

sign (ESMAD) do P.PORTO esteva re-

e comunicação, entre outras, de forma a

da participação dos estudantes nos pro-

presentada em todas as categorias, a

consolidar a sua estrutura e apoiar o seu

cessos de decisão e gestão de recursos, os

saber: Marvin’s Island (3.º lugar em ani-

modelo de desenvolvimento.

Serviços de Acção Social do Politécnico

mação), Monte Zuma FM (2.º lugar em

do Porto (SAS do P.PORTO) entenderam

experimental), Hompesch Chez Moi (2.º

conferir prioridade à promoção de um

lugar em documentário), POST-MORTEM

Orçamento Participativo (opAS).

e Instalação do Medo (2.º e 1.º lugares,

Este é um instrumento democrático

respetivamente, em ficção).

que permite que qualquer estudante do P.PORTO intervenha responsavelmente nas atividades a desenvolver, através do envio de propostas e escolha dos projetos a implementar (votação online). Com esta iniciativa pretende-se manter uma gestão próxima entre todos os estudantes e a

comunidade académica.

DESPORTO Porto recebe, em 2019, o Europeu Universitário de Basquetebol 3x3

Acção Social do P.PORTO, na procura de

Sul-coreanos apresentam projetos no P.PORTO O Vice-Presidente do P.PORTO, Carlos Ramos, liderou, no dia 18 de outubro, o

EDUCAÇÃO ESTG inicia formação com a NATO e a AICEP

evento de apresentação dos projetos das cinco estudantes que desenvolveram as suas teses graças à parceria entre o Politécnico do Porto e algumas universidades da Coreia do Sul, parceria da qual o projeto EKRUCAmI é o melhor exemplo.

A Pós-Gradução em Cibersegurança e

O EKRUCAmI [Europe-Korea Research

Ciberdefesa iniciou em novembro, fruto

on Ubiquitous Computing and Ambient

da iniciativa da NATO em colaboração

Intelligence] é um projeto europeu no âm-

com diversas instituições de ensino su-

bito do programa Marie Curie IRSSES que

perior, entre as quais a Escola Superior de

envolve duas instituições europeias, o

Tecnologia e Gestão. Esta pós-graduação

P.PORTO e a Universidade de Salamanca,

soluções e novas ideias, fomentando um

A Federação Académica do Porto em

tem o apoio da delegação portuguesa da

e duas instituições coreanas, a Universi-

espírito cívico, onde as preocupações

parceria com o Politécnico do Porto e

NATO, da Agência para o Investimento e

dade Católica de Daegu e a Universidade

individuais sejam integradas no bem

a Universidade do Porto, e sob a égide

Comércio Externo de Portugal e da Dire-

Nacional de Sunchon.

público comum. O opAS é coordenado

da Federação Académica do Desporto

ção-Geral de Recursos da Defesa Nacio-

O projeto EKRUCAmI, que teve início

por uma Comissão onde está presente o

Universitário (FADU), foi escolhida pela

nal. A ESTG através do corpo docente da

em 2013 e acaba em dezembro deste ano,

Conselho de Acção Social, o Provedor do

Associação Europeia de Desporto Uni-

licenciatura em Segurança Informática

visa promover a investigação entre a Co-

Estudante e um representante de cada

versitário (EUSA) para organizar o 4.º

em Redes de Computadores, única no

reia do Sul e a Europa no âmbito dos am-

Associação de Estudantes. Esta é a pos-

Campeonato Europeu Universitário de

país, estará envolvida nesta formação,

bientes inteligentes com especial foco em

sibilidade de materializar uma ideia em

Basquetebol 3×3, que assim se realiza,

que inclui ainda docentes da Academia

três áreas distintas: saúde, agricultura e

prol do bem comum.

em 2019, na cidade do Porto.

Militar e de várias IES.

smart offices.


9

Professor do P.PORTO ganha Bolsa Fullbright para projeto nos EUA uma investigação hands-on, o que vai ao encontro dos pressupostos da investigação praticada no Politécnico do Porto. Eles são excelentes na formulação teórica e na perspetiva matemática do problema. No

Direitos Reservados

contexto de aplicabilidade prática damos

PDF na Web Summit 2016 O stand ScaleUp Porto foi dos mais visitados do evento

um contributo muito importante.”

O stand ScaleUp Porto, uma parceria da

“O ISEP tem uma visão mais pragmática da Investigação”

Câmara do Porto com a UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e a Porto Design Factory, do Politécnico do Porto, foi dos mais visitados por empreendedores e startups no Web

Este projeto é um bom exemplo do cru-

Summit 2016, que decorreu em Lisboa.

zamento entre investigação fundamental

O stand contou também com a presença

Diogo Ribeiro, docente do Instituto Su-

os efeitos dinâmicos em pontes ferroviárias

e aplicada, e é uma parceria de futuro:

da Gema Digital, MOG Technologies e

perior de Engenharia do Porto (ISEP), vai

são relevantes para velocidades superiores

“Quando as ferramentas estiverem um

Impacting Digital, três scaleups da cidade,

participar num projeto americano sobre

a 200 quilómetros por hora. Esses efeitos

pouco mais desenvolvidas faremos uma

fazendo deste espaço um meeting point de

linhas ferroviárias de alta velocidade, que

podem colocar em risco a segurança estru-

apresentação conjunta da Universidade

empreendedorismo e inovação.

visa unir as cidades de Los Angeles e São

tural, a estabilidade da via e do contacto

de San Diego e o ISEP na California High

Pelo stand ScaleUp Porto, um labora-

Francisco, nos Estados Unidos, até 2022.

roda-carril, bem como o conforto dos pas-

Speed Railway Authority dando a conhe-

tório dinâmico de networking, passaram

Com uma experiência consolidada de 13

sageiros. São pressupostos a ter em conta,

cer o nosso trabalho. ” E isto a curto prazo

o secretário de Estado da Indústria, João

anos na área da Engenharia Civil de Estru-

associados à forte atividade sísmica que

porque o desenvolvimento do conjunto

Vasconcelos, o Comissário Europeu para

turas, Diogo Ribeiro junta-se à prestigiada

caracteriza a região da Califórnia.

de tarefas necessárias, sobretudo as fer-

a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos

equipa da Universidade de San Diego com

A experiência do ISEP ao nível da Enge-

ramentas numéricas, exige muito tempo.

Moedas, juntamente com o vereador da

o objetivo de criar modelos numéricos

nharia Civil de Estruturas, nomeadamente

Esta é uma excelente oportunidade para

Inovação e Ambiente da Câmara do Por-

avançados — ponte, via férrea e veículos

“a modelação da interação dinâmica entre

o Departamento de Engenharia Civil do

to, Filipe Araújo, o CEO da Porto Digital,

ferroviários de alta velocidade — investi-

veículos ferroviários e pontes” é uma va-

ISEP estreitar laços com um centro de in-

Paulo Calçada, o CEO da VENIAM, João

gando a interação entre estes subsistemas

lência ainda pouco explorada pelo grupo

vestigação de referência a nível mundial,

Barros, representantes da BLIP e da By-

de forma a simular a resposta dinâmica,

de investigação americano, cuja área de

sobretudo considerando que “no ISEP te-

Side, bem como representantes de outras

em termos de deslocamento, acelerações

ação está mais ligada à engenharia sís-

mos menos condições que outras escolas

startups e scaleups da comunidade.

e outras grandezas a considerar.

mica. “De alguma forma, vamos fazer um

em Portugal, sobretudo ao nível de finan-

No primeiro dia foi também lançado

“Nesta parceria somos responsáveis por

upgrade às valências que eles já têm. Somos

ciamento” – frisa o investigador - “mas

o Porto Start & Scale Guide, um guia de

alguns estudos específicos, na interação

complementares”, acrescenta. “Há diferen-

estamos a dar alguns passos, aumentando

apresentação de ecossistemas sustentá-

entre veículos ferroviários e as pontes”,

ças metodológicas nesta área de investi-

a nossa visibilidade e agregando mais

veis de empreendedorismo e inovação

declara o professor. A investigação sobre

gação. Somos mais práticos, possuímos

valências e mais massa crítica”.

da cidade.

Presidente da Federação Portuguesa de Futebol recebe Prémio Alumni Geração Platina 2016

e antigo estudante do ISCAP que recebeu

Fernando Gomes foi eleito Presidente da

o Prémio Alumni Geração Platina 2016.

Federação Portuguesa em dezembro de

Na comemoração do seu 130.º aniversário,

Numa cerimónia pública, Fernando Go-

2011, cargo para o qual foi reeleito em 2016.

mes foi distinguido pelo seu “percurso

O Presidente da FPF recebeu o prémio

profissional de excelência” e “por contri-

com “grande emoção”, recordando a Escola

buir para a promoção do prestígio e bom

base da sua formação académica que lhe

nome do ISCAP”.

serviu de “fundamento e suporte” para

Ao longo da homenagem foi sublinhado

entrar no mercado de trabalho. “Assalta-

rior de Contabilidade e Administração

o percurso profissional de Fernando Go-

ram-me várias memórias vivas, que me

do Porto está de parabéns. Uma escola

mes, com especial relevo para os cargos

encheram de enorme alegria, por um lado,

centenária que, para além da excelência

máximos que ocupou na Liga Portuguesa

mas também de uma carga emocional mui-

e notoriedade, promove o encontro e a

de Futebol Profissional, Federação Portu-

to profunda”, referiu o Presidente da FPF.

celebração das suas diferentes gerações.

guesa de Futebol e UEFA - União das Fede-

Foi o caso de Fernando Gomes, Presi-

rações Europeias de Futebol, onde ocupa,

dente da Federação Portuguesa de Futebol

desde 2015, um lugar no Comité Executivo.

Direitos Reservados

a comunidade escolar do Instituto Supe-

Na presença do homenageado e familiares, foi ainda recordado o seu percurso académico e profissional.


10

OPINIÃO

Ligamos o mundo académico Presidente da ANI elogia vantagens competitivas da ESTG às indústrias criativas Olívia Marques da Silva

Presidente da Comissão Instaladora ESMAD/P.PORTO

H

oje existem diversas

O pacto pela qualidade e inovação pode

entidades do movimento

ser aferido pelos prémios que a Escola

associativo com uma estreita

tem recebido, como foi a atribuição do

ligação ao tecido académico.

prémio de Melhor Escola de Cinema no

José Carlos Caldeira, da Agência Nacional de Inovação, foi uma das personalidades presentes no 17.º aniversário da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do P.PORTO

Esta rede colaborativa desenvolve-se

Fantasporto 2016, os vários filmes que

através de uma conjugação de esforços,

foram galardoados nos Prémios Sophia

que consubstancia um aproveitamento

Estudante 2016, a atribuição do 1.º Prémio

A

cia Nacional de Inovação (ANI), e com a

Rudá Mendes, presidente da Associa-

de sinergias entre associações de

da Identidade Visual do Município de Vila

presença de várias personalidades da

ção de Estudantes, salientou a evolução

âmbito nacional, regional e local e a

do Conde e os cursos selecionados em

região. O presidente da ANI, com uma in-

da ESTG a nível nacional e internacional,

comunidade académica, potenciando a

primeiro lugar no concurso de apoio às

tervenção onde as palavras “inovação” e

destacando a importância e o apoio pres-

descentralização cultural e diminuindo

escolas do Instituto Cinema e Audiovisual.

“conhecimento” foram predominantes,

tado pela Escola aos alunos e associação

reforçou a importância do trabalho em

que representa. Rosário Gambôa, Presi-

A ESMAD assume-se como

equipa e da transferência de conhecimento

dente do Politécnico do Porto, realçou o

uma referência nacional

entre setores e defendeu o reforço na in-

crescimento consolidado e sustentado

P.PORTO, promove a descentralização

vestigação para apoiar as empresas que

da ESTG na resposta às necessidades do

através de protocolos e cooperações

e internacional na formação

pretendem de alguma forma destacar-se

Tâmega e Sousa, referindo ainda a luta

de profissionais competitivos,

pela inovação, convicto de que a relação

pelo funcionamento dos doutoramentos

entre empresas e instituições de ensino

nos politécnicos. “Não se trata apenas de

superior é fulcral e que resultará em profis-

um desejo corporativo ou de um capri-

sionais altamente qualificados. José Carlos

cho, tem de ser visto pela sociedade civil

Caldeira identificou ainda três vantagens

como um legítimo direito dos politécni-

competitivas da ESTG: a localização, dada

cos em devolverem à sociedade o valor criado e de preferência em projetos que

desta forma as assimetrias. A Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD), localizada no Campus 2 do

que visam despoletar o diálogo entre os vários intervenientes culturais existentes no país. Um dos exemplos paradigmáticos desta cooperação entre o associativismo

criativos e inovadores nos domínios do Design, Cinema,

sessão de aniversário contou

dos estudantes e o facto da licenciatura

com uma palestra proferida

em Solicitadoria conseguir, pelo segun-

pelo Engenheiro José Carlos

do ano consecutivo, a média de entrada

Caldeira, presidente da Agên-

mais alta do país.

e o tecido académico é a relação

Fotografia, Multimédia,

estabelecida com o Cinanima. O Festival

Web Design, Jogos Digitais,

a importância da proximidade à indústria

de Cinema de Animação de Espinho,

Design Gráfico e Industrial

da região; o cluster de formação (Tecno-

possam ajudar o desenvolvimento do

logia & Gestão), estando a Escola inserida

tecido empresarial”, assumiu.

em estreita colaboração com a ESMAD, realizou, no seu 40.º aniversário, uma masterclass designada Passos para

Para o incremento e visibilidade dos

numa região de alta densidade empresarial

Na cerimónia estiveram presentes o

e industrial; e trabalho em rede, já que a

professor Eurico Lemos Pires, primeiro

ganhar um Óscar da Academia de Ron

cursos de Audiovisual e Multimédia,

ESTG é um elo fundamental numa rede

diretor da ESTG; o professor Luís Soa-

Diamond. A programação do 13.º ciclo

muito contribuíram o crescimento da

organizada de acordo com o conceito de

res, antigo presidente do Politécnico do

Imagens do Real Imaginado incluiu a

população universitária e politécnica,

um laboratório colaborativo.

Porto; o presidente da Câmara Municipal

apresentação de projetos, projeção de

a requalificação das cidades e as

filmes, mesas redondas e masterclasses, marcando presença parceiros como a South Wales University e a CM do Porto.

A Presidente da ESTG, Dorabela Gam-

do Marco de Canaveses, Manuel Morei-

transformações no ambiente da cultura

boa, realçou a nova designação da Escola

ra; vereadores das Câmaras Municipais

associadas à contemporaneidade, assim

com o intuito de refletir a sua nova reali-

de Amarante, Lousada, Penafiel, Marco

como o impulso dado pelo Porto - Capital

dade, que estando em Felgueiras, não é

de Canaveses e Resende; Nuno Fonseca

Europeia da Cultura em 2001, que

apenas de Felgueiras, mas sim da região

do CETS; Alírio Costa da CIM-TS; Luís

e cooperação cultural são os Encontros

fomentou a proximidade direta com as

do Tâmega e Sousa, fazendo um balanço

Miguel Ribeiro do IET; presidentes das

da Imagem. A ESMAD tem em Braga

escolas existentes na época.

dos 17 anos da instituição, referindo que

Associações Empresariais do Tâmega e

Outro exemplo de descentralização

esta tem vindo a crescer de uma forma

Sousa; órgãos de gestão do Politécnico do

de dar corpo à sensibilização no

de excelência, na formação de

consolidada e cada vez mais envolvida e

Porto e das suas oito Escolas; represen-

mundo académico para as diversas

profissionais altamente qualificados,

presente na comunidade e no dia-a-dia

tantes da ACT, da Autoridade Tributária

manifestações artísticas existentes na

no desenvolvimento de competências

do tecido empresarial.

e da Ordem dos Engenheiros Técnicos;

região norte, estando tanto a contribuir

sistemáticas e na elevada

Dorabela Gamboa lembrou ainda os

presidentes das Escolas Secundárias e

para o enriquecimento cultural do país,

consciencialização artística,

excelentes resultados do arranque deste

Profissionais da região; representantes

como a participar de forma consolidada

estabelecendo pontes de colaboração e

ano letivo, como a taxa de 92,1% de ocu-

de Centros de Formação e representantes

e pró-ativa para a formação artística dos

partilha com agentes socioeconómicos e

pação na 1.ª fase do concurso nacional,

de diversas empresas locais; e de orga-

nossos estudantes.

culturais a nível nacional, regional e local.

a crescente e elevada procura por parte

nizações da sociedade civil.

uma rede de parcerias com o objetivo

A ESMAD é, por tudo isto, ensino


11

TEMÁTICO

Centro de Estudos Interculturais,

MarianaSantos©

Viagem à Aurora da Cultura

Gabriela Poças

comuns de entendimento, pois o diálogo

a aplicação de novas tecnologias na medi-

cultural é a base do futuro.

cina dentária. “À terça-feira”, refere Clara

Com uma equipa formada por mais

Sarmento, “temos aqui a trabalhar nas

de 40 investigadores das mais diversas

nossas instalações investigadores brasilei-

proveniências e nacionalidades, e uma

ros, portugueses, marroquinos, chineses, e

reputada Comissão de Aconselhamento

este é um dia normal de trabalho no CEI”.

Científico, o CEI dinamiza e acolhe con-

É uma prática quotidiana que refle-

ferências, colóquios e masterclasses, dois

te o seu próprio domínio académico e

Mestrados – em Estudos Interculturais

epistemológico, de movimento, diálogo

para Negócios (duplo diploma com a Uni-

e encontro entre culturas.

versité d’Artois) e em Tradução e Inter-

E o CEI faz do diálogo um paradigma:

pretação Especializadas – e mais de uma

“Porque a interculturalidade existe dentro

dezena de publicações. Disponibiliza uma

da sala de aula, nas diferentes, distantes

biblioteca especializada, a E-Revista, de

e antagónicas culturas que separam pro-

periodicidade anual e uma vasta base de

fessores e alunos, jovens e mais velhos, a

dados em open access.

academia e as massas, culturas de centro

A lista de parceiros, nacionais e inter-

e culturas de margem, o rural e o urbano,

nacionais, é extensa. Para além de ser

o local e o periférico.” E às vezes a comu-

uma unidade de investigação residente

nicação falha na nossa própria casa e no

tações, línguas, proveniências e opções

no ISCAP, o CEI é pólo de investigação

nosso próprio grupo. “A comunicação é

F

políticas ou nacionalidades, tanto à escala

do IELT da Universidade Nova de Lis-

essencial na formação, na cumplicidade

alar de interculturalidade implica

global, local como nacional. “A intercultu-

boa, contando com financiamentos da

com os nossos estudantes desde o início

falar exclusivamente de distan-

ralidade é a gramática que liga as palavras

FCT. Durante uma década de atividade

do CEI. Os nossos alunos estiveram sem-

tes geografias? Pode uma mesma

do texto cultural e as torna compreensí-

estabeleceu colaboração com Universi-

pre presentes, remunerados, acreditados,

comunidade, circunscrita e fami-

veis, comunicantes e traduzíveis.”

dades de Espanha, França, Alemanha,

em parceria e igualdade com qualquer

liar, acolher diversas e mesmo antagónicas

O prefixo INTER traduz esse duplo mo-

Roménia, Brasil, Polónia, Letónia, Macau,

docente. A presença dos alunos é paritária

culturas? Pode uma sala de aula albergar

vimento – “de mim para ti”, modelo de

Moçambique, Rússia, Macedónia, Esta-

com a dos docentes, para que esse tão

clivagens de tal ordem que representem um

comunicação baseado na descentração,

dos Unidos, Argélia, Sri Lanka e Índia. É

silenciado fosso intercultural entre aluno

real fosso cultural? Que filtros, conceitos e

reciprocidade e simbiose.

também parceiro da Unyleya, Associação

e professor aqui não funcione.”

pré-conceitos atuam na nossa capacidade

Simbiose porque interculturalidade não

Nacional de Empresárias, Alto Comissa-

Uma palavra sobre o futuro e de como

é um encontro entre blocos culturais, es-

riado para as Migrações, Associação de

este tão bem reflete o completar de um

Formular estas questões é já entrar no

tanques e impermeáveis. “As culturas só

Amizade Luso-Turca, e mantém proto-

ciclo. A génese do centro partiu de um

terreno de investigação do Centro de Estu-

são monolíticas quando vistas de fora ou de

colos de doutoramento específicos com

congresso internacional sobre a Condição

dos Interculturais do ISCAP do P.PORTO.

longe. Quando vistas de dentro ou de perto

as Universidades de Vigo, Santiago de

Feminina no Império Colonial Português.

“A interculturalidade é uma ação de

é fácil ver que são constituídas por várias

Compostela e Salamanca.

Deste conjunto de investigadores com um

tradução intercultural, não de aceitação,

e por vezes conflituais versões da mesma

São 10 anos de investigação fundamen-

propósito comum nasceram os funda-

não de irmandade plena (o que seria

cultura”, diz Boaventura Sousa Santos (in

tal e aplicada no âmbito disciplinar das

mentos informais do centro, devidamente

utópico)”, esclarece a coordenadora do

“A Filosofia à Venda, a Douta Ignorância

teorias e práticas interculturais, comuni-

concretizados em 2007. É possível dizer

Centro, Clara Sarmento, mas uma tenta-

e a Aposta de Pascal” – Revista Crítica de

cação e business intercultural.

que as questões de género são o núcleo

tiva de consciencialização “dos filtros que

Ciências Sociais n. 80, março 2008, pp.

Como não poderia deixar de ser, o dia-a-

duro donde emanam todas as outras áreas

atuam no nosso olhar e que dificultam a

29-30). As culturas sofrem influências, são

dia do centro não conhece fronteiras – é

de investigação do CEI, uma presença

compreensão e a aproximação ao outro”.

híbridas, abertas à miscigenação.

intercultural, em presença e em rede. A

habitual nestes 10 anos de atividade. Por

de comunicação com o outro?

Os Estudos Interculturais são esta

Por isso, as ideologias da pureza da

manhã pode começar com uma reunião

isso, foi agora criada uma plataforma de

reflexão e percepção da alteridade, a

identidade nacional, o discurso da con-

de colaboradores na Índia, seguir-se Ma-

estudos, The Genderweb, dedicada não

compreensão, interrogação e contex-

taminação pela exposição a diferentes

cau, terminar muitas vezes nos Estados

apenas a compilar recursos científicos de

tualização do outro. O que é aceitável,

culturas não têm aqui lugar. Nem tal é to-

Unidos. Atualmente o CEI colabora num

apoio à investigação na área, mas também

não aceitável e porquê, qual o contexto,

lerável. É crucial examinar as motivações,

projeto financiado com a Letónia e a Ho-

com o objetivo concreto de informar e

ideologia ou discurso subjacentes. E isso

discursos e representações do encontro

landa, fornecendo know-how na área dos

apoiar situações concretas de, e para,

é atuante entre gerações, géneros, orien-

intercultural e encontrar plataformas

serviços linguísticos e de tradução, para

pessoas reais.


12

QUEM É?

SABIAS QUE?

NÓS NA NET

AGENDA

Primeira mulher eleita Presidente da FAP

Podes praticar desporto connosco no P.PORTO

Instagram: Mostra-nos o que andas a fazer no campus

Resistir à Narrativa

Ana Luísa Pereira, 24 anos, licenciada em

Além da preocupação evidente na forma-

Casa Museu Abel Salazar

neurofisiologia e atual estudante no Mes-

ção e na educação, a identidade P.PORTO

Esta exposição é o culminar de uma inves-

trado em Gestão em Unidades de Saúde

baseia-se também nesta cultura de coo-

tigação practice based desenvolvida por

na ESS do P.PORTO, é a primeira presi-

peração, competição e responsabilização

João Leal no European Centre for Photo-

dente feminina da Federação Académica

própria da prática desportiva. Estamos

graphic Research da University of South

do Porto (FAP), para a qual foi eleita com

convictos da dimensão crucial do des-

Wales. Aqui materializa-se o principal

a maioria dos votos das 23 associações de

porto e da atividade física no desenvol-

estudantes federadas. Ana Luísa foi tesou-

vimento pessoal e social.

Escola Superior de Educação | MelissaMesquita©

De 26 de novembro a 7 de Janeiro

objetivo da investigação do autor: desenvolvimento de um corpo de trabalho que

reira na FAP nos dois últimos mandatos

É nesse sentid­o que promovemos a prá-

do anterior presidente, Daniel Freitas. A

tica desportiva junto da nossa comunida-

cerimónia de tomada de posse dos novos

de, seja com instalações desportivas, seja

órgãos sociais da FAP decorreu, no dia 5 de

com as mais diversas atividades, ou ainda

dezembro, no Ateneu Comercial do Porto,

através do apoio permanente prestado pelo

cerimónia na qual Rosário Gambôa, Pre-

Centro Desportivo a todos os estudantes

sidente do P.PORTO, e Sebastião Feyo de

desportistas. Este incentivo do P.PORTO

O Instagram, comprado em 2012 pelo Fa-

Azevedo, reitor da Universidade do Porto,

à prática desportiva está plenamente con-

cebook, é uma das maiores e mais ativas

13 de janeiro | ISCAP

marcaram presença.

sagrado no Estatuto de Estudante-Atleta e

redes sociais do mundo. Todos os dias,

Colóquio internacional organizado pelo

nas respetivas Bolsa de Mérito Desportivo

centenas de milhões de pessoas, marcas,

Centro de Estudos Interculturais que terá

Nacional e Internacional.

artistas e instituições partilham fotogra-

Maria de Deus Manso, da Universidade de Évora, como oradora convidada.

“Queremos construir com as AEs um plano de estratégia e de ação política que

potencie uma reflexão sobre a importância da narrativa pessoal de um artista e a forma como ela ajuda a contextualizar a sua prática e processos de trabalho.

Comunicação Intercultural: Passado e Presente

permita maximizar os resultados da nossa

O Pavilhão Desportivo permite a prática

fias e vídeos curtos dos seus momentos

atividade política em 2017”, explicou a

de andebol, basquetebol, badminton, fut-

mais inesquecíveis - seja isso uma paisa-

nova presidente ao JUP. Isto porque a FAP

sal, ténis de mesa, voleibol, entre outras

gem, uma selfie, ou um pequeno-almoço.

“atingiu hoje uma maturidade bastante

modalidades. Homologado para a realiza-

O P.PORTO inclui-se, desde fevereiro

significativa nas suas atividades, na sua

ção de provas oficiais, está equipado com

deste ano, nesse grupo. Queremos dar a

18 de janeiro a 21 de junho | Várias Escolas

representação política e nós queremos

uma bancada com 400 lugares. Há ainda

conhecer o nosso dia-a-dia, o que apren-

Neste curso serão abordadas as formas de

construir sobre esses alicerces”, concluiu.

os campos de jogos em relva sintética,

demos e como nos divertimos, o que nos

planificação e estruturação pedagógica

destinados preferencialmente à prática de

atrai e aquilo que nos emociona. É por isso

de um curso presencial, online ou misto,

futebol de 5 e ténis; os campos de areia, es-

que no nosso Instagram (@politecnicodo-

a definição de objetivos de aprendiza-

paço vocacionado para a prática de ténis

porto) se pode encontrar, muitas vezes

gem, estratégias de aprendizagem como o

de praia e voleibol de praia de recreação

em tempo real, uma amostra do enorme

flipped classroom, jogos na aprendizagem,

e competição; o circuito de manutenção

espectro de atividades que, diariamente,

aprendizagem colaborativa, utilização

que o P.PORTO partilha com a FEUP em

acontecem nas nossas oito Escolas e qua-

de vídeos na aprendizagem, estratégias

dois quilómetros e meio de extensão e

tro Unidades de Extensão.

anti-plágio, entre outros.

Mas esta partilha será tanto melhor

numa paisagem agradável; o Espaço Fit-

quanto mais abrangente for. Daí que a participação de todos seja essencial. Se

conjunto de atividades desportivas nas

estudas ou trabalhas no Politécnico do

áreas de cardiofi­tness e musculação, bem

Porto, ou se simplesmente estás de visita

como apoio especializado em fisioterapia;

por alguma razão, lembra-te de partilhar

Direitos Reservados

que permite a todos a prática de jogging ness proporciona aos seus utentes um

A FAP foi fundada em 1989 por Diogo

a Escola de Ténis resulta da parceria entre

a tua foto no Instagram com as hashtags

Vasconcelos e é o órgão interlocutor da

a nossa Instituição e a Federação Portu-

#PPORTO e #PolitécnicoPorto para que

maior academia do país. Constituída por

guesa de Ténis; a parede de escalada é

mais pessoas a possam ver. Ou então

27 associações, desta vez apenas puderam

uma torre multiatividades que pode ser

identifica-nos na tua fotografia, que foi

votar 23 associações, tendo duas dezenas

montada com várias alturas, permitindo

exatamente o que a Melissa Mesquita,

sido favoráveis à eleição de Ana Luísa

desse modo a prática de diversos despor-

estudante do primeiro ano de AVTA na

Pereira. A FAP representa os quatro sub-

tos de aventura em simultâneo (escalada,

Escola Superior de Educação, fez.

sistemas do ensino superior em Portugal:

slide, rappel, etc).

público, politécnico público, particular e

Anda fazer parte desta grande equipa.

aulas, mas que isso não te impeça de regis-

cooperativo e concordatário.

Para mais informações: cde@sc.ipp.pt.

tar o momento para mais tarde recordar!

1

Curso de Estratégias e Inovação Pedagógica

Podes ter de acordar cedo para ir às DECIDIR NO PRESENTE, LIDERAR O FUTURO

Direção Rosário Gambôa | Coordenação António Marques, Rui Pinheiro | Redação Gabriela Poças, Isaura Magalhães, Miguel Carvalho, Olga Leite | Design Dino Vázquez | Colaboração José Morais, Mariana Santos, Teresa Silva | Ano I | N.º 2 | Tiragem 2000 | ISSN. 2183-8917 | Morada Rua Dr. Roberto Frias, 712 , 4200-465 Porto Portugal | Telefone +351 225 571 000 | Fax +351 225 020 772 | Email ipp@ipp.pt


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