Jornal P.PORTO n º3

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FE V20 17 O Jornal P.PORTO é uma publicação do Politécnico do Porto, distribuído gratuitamente. Enquanto veículo de promoção e divulgação de todo o espectro cultural, científico, social e académico da Instituição, esta publicação seleciona artigos de fundo, atualidade e interesse para o universo do Politécnico do Porto. Porque importa mostrar a produção intensa que habita nas nossas escolas e que motiva uma comunidade de 22 mil pessoas a fazer mais. Pensamos em rede, concretizamos em rede.

DR

32 anos de Politécnico do Porto em palco na Casa da Música

P

assado, presente e futuro são ma-

Orquestra Sinfónica da ESMAE abrem a gala

rio grupo com já 20 anos de atividade. Os

to P.PORTO atravessa gerações, o nome de

téria de trabalho permanente e

com o Concerto para Violino e Orquestra

Galandum Galundaina, grupo de música

Hélder Guimarães, licenciado na ESMAE,

cartão de visita do P.PORTO. Por

de Tchaikovsky, conduzidos pelo maestro

tradicional mirandesa vão estar também

em 2002, é conhecido em várias línguas. O

isso, e aproveitando a celebração

António Saiote. Também António Durães

presentes. Portugal de Jorge Sousa Braga

premiado ilusionista vai marcar presença

de mais um ano de intensa atividade, o

e Cláudia Marisa abrem as Audições para

vai ganhar outra dimensão na interpreta-

na Casa da Música. E a encerrar uma noite

palco da Sala Suggia recebe a Gala Co-

uma Ópera muito especial e o Teatro Frio

ção de António Durães e Carlos Azevedo e

de magia, Fanfare of Barcs, de Kerry Turner

memorativa P.PORTO.

apresenta Das Línguas, leitura encenada a

vultos como Pedro Burmester, Victor Viei-

conduzida pelo maestro Bohdan Sebestik.

partir de oito poemas do livro de Regina

ra, Jorge Alves, António Augusto Aguiar

Alumni, estudantes, professores e fun-

Guimarães Comer a Língua.

Em palco artistas de referência nacional e

e Filipe Quaresma interpretam A Truta,

cionários partilham o mesmo palco. Cum-

ção basilar ao Politécnico do Porto. Assim, a

Paulo Preto e Paulo Meirinho, Alumni

nome popular do Quinteto em Lá maior, D.

primos mais um ano e hoje, todos juntos,

partir das 21h30, a solista Sara Cymbron e a

da ESE, fazem parte de um extraordiná-

667, Op. 114 de Franz Schubert. E se o talen-

somos 32 vezes P.PORTO.

PDF lança dois programas de aceleração

Entrevista a Manuela de Melo, Presidente do Conselho Geral

Cister trabalha em

Porto Design Accelerator e Beta

Em final de mandato, Manuela de

O KhronoSIM é o mais recente

Criado em 1998, o CIPEM está instalado

Sound System foram apresentados,

Melo deixa a função convicta de que

projeto deste Centro de

na unidade técnico-científica

na presença do Secretário de Estado da

o Politécnico do Porto é hoje uma

Investigação do Instituto Superior

de música da Escola Superior

Indústria, e arrancam em abril > 1 7

instituição fortalecida e una > 1 8

de Engenharia do Porto > 1 13

de Educação do Porto > 1 14

internacional com um ADN comum: a liga-

Centro de Investigação plataforma para testes de em Psicologia da Música sistemas ciber-físicos e Educação Musical


2

EDITORIAL

O futuro constrói-se unindo, nunca separando conjunturais. Uma comunidade é

escolha do caminho ou método é o meio

inovação, cultura e empreendedorismo,

uma força viva que se ergue, coesa,

essencial de realização dos objetivos

intersectando o ensino e a investigação

E

plural, animada por uma determinação

desejados.

com os reais interesses da sociedade.

exercício de crítica, erigido sob o signo

separando.

Rosário Gambôa

Presidente do Politécnico do Porto

m 2010, o Politécnico do

consciente, uma vontade. E a

Porto encetou um processo

reconstrução deste valor, como capital

mudança define-se em ambiente de

validada e aperfeiçoada ao longo de

de redefinição do seu

base da Instituição, foi o primeiro pilar

debate e participação, e os consensos

décadas, atualizada em função das

posicionamento estratégico

da refundação que encetamos.

(re)constroem-se no quotidiano e

transformações nos processos e nos

atualizam-se no tempo. E foi, pois,

mercados de trabalho, é hoje um traço

na abertura, no diálogo, que nos

distintivo, uma marca de identidade

reencontramos e reconhecemos, que nos

diferenciadora que reforça o nosso

unimos e forjamos como comunidade

posicionamento competitivo e que se

na rede de ensino superior. Esse da autonomia e responsabilidade, conduziu a uma reflexão abrangente

O futuro constrói-se unindo, nunca O compromisso comum, onde o sentimento genuíno de coesão se

Nas instituições democráticas, a

e sistemática, que, resistindo ao

revela no como fazemos.

predomínio de soluções rápidas e aparentemente finalizadoras, redescobrisse e aprofundasse um perfil próprio, adequado à nossa matriz histórica, atualizada à luz das políticas nacionais e transnacionais do Ensino Superior, da nova cartografia do mercado, do trabalho, da ciência e da formação. O interrogarmo-nos sobre o nosso presente-futuro, sobre a nossa identidade histórica projetada no horizonte a construir, devolveu-nos como principal realização a consciência crítica de duas dimensões centrais que nos configuram como comunidade, e que em dia de aniversário importa recordar, reafirmando pontos nucleares de um trajeto em permanente

A nossa matriz politécnica,

Claro que queremos fazer mais do

O compromisso comum, onde o sentimento genuíno de coesão se alicerça, só pode nascer e desenvolver- se pelo (re)conhecimento mútuo das mais-valias das diferenças e pela partilha de interesses e motivações, desenhando sentidos, estratégias, que se solidificam e reforçam na ação conseguida.

elaboração: a consciência de Si, a forma

que os limites administrativos legais nos impõem. Não se trata de uma lógica reativa, mas da continuação do trabalho diário, do que fazemos e somos capazes dando um sentido mais efetivo à cadeia de valor que anima a nossa formação e investigação. Um trabalho de melhoria contínua, problematizando cada ação, cada medida, cada opção estratégica, renovando a identidade no questionamento e na abertura, mas sem perder o centro. É nesta conquista, onde ancoramos o nosso presente, que projetamos o nosso futuro como atores e não espectadores das circunstâncias que o enformam, sendo “parceiros” de viva voz na construção das políticas públicas e na sua realização concreta.

como nos vemos e perspetivamos,

O cimento de uma comunidade está

gerimos e organizamos enquanto

na solidez dos valores que a agregam e a

comunidade autónoma, socialmente

alicerça, só pode nascer e desenvolver-

responsável; a abertura ao mundo,

se pelo (re)conhecimento mútuo das

o modo como nos revelamos, nos

mais-valias das diferenças e pela

se a si mesmo, abriu-se ao meio.

relacionamos com o meio enquanto

partilha de interesses e motivações,

Reconfigurámos canais de diálogo com

união das pessoas que fazem o P.PORTO:

ecossistema global e local onde

desenhando sentidos, estratégias, que

instituições congéneres, nacionais

a comunidade interna (estudantes,

existimos e agimos.

se solidificam e reforçam na ação

e internacionais, com o poder

funcionários, docentes e investigadores)

conseguida.

autárquico, com o tecido empresarial

e externas os nossos stakeholders:

e outras organizações da sociedade

parceiros empresariais, autarquias,

Um dos traços mais caracterizadores do Politécnico do Porto é a diversidade

A convergência real requer diálogo

- conquista maior do nosso caminho. O Politécnico do Porto abriu-

mobilizam. Na relevância social da sua missão, nos seus produtos e realizações. Hoje celebramos a nossa união. A

das suas unidades orgânicas, que

real. A opção por um modelo de gestão

civil, mostrando ideias e projetos,

instituições congéneres, sociedade civil…

possuem uma história e uma identidade

participada significou, como tal, a

perspetivando e gerindo oportunidades

com quem renovamos o contrato de

próprias. Mas uma comunidade é mais

procura de um modo de estar e de

de parcerias e redes de influência,

confiança que nos une.

do que a soma de partes ou do que

fazer consentâneo com os princípios

concebendo-se e projetando-se

uma federação reunida em objetivos

anteriores, e a consciência de que a

como agência de desenvolvimento,

Celebramos, juntos, o futuro. Felizes, porque conscientes do trabalho feito.


3

A internacionalização é uma prioridade

especificamente, apenas atrás das centená-

para a missão do Politécnico do Porto e

rias universidades do Porto e de Coimbra.

vetor fundamental da estratégia de desen-

A estratégia de parceria com os Institu-

volvimento institucional. Os programas

tos Federais no Brasil (mobilidade, duplas

de cooperação internacional com mais

titulações, I&D, inovação, captação de

de 700 instituições distribuídas nos cinco

estudantes internacionais) têm-se reve-

continentes fazem do P.PORTO uma comu-

lado ano após ano um exemplo modelo de

nidade fervilhante, incoming e outgoing.

internacionalização institucional.

Segundo o Erasmus Statistic Study

Também a liderança/parceria em pro-

(2013/14) Portugal é o 8.º país mais pro-

jetos de I&D internacionais dinamizam

curado pelos estudantes Erasmus e, neste

o panorama global da instituição, não só

panorama bastante favorável, o Politécnico

pela ligação a outros espaços internacio-

do Porto é a 6.ª Instituição do Ensino Su-

nais fora da UE, como pela significativa

perior (IES) com maior número de estu-

captação de orçamento. Um exemplo

dantes In (3,92% do total de Portugal, num

disso é a participação no projeto de in-

total de 59 nacionalidades). E a tendência

vestigação EKRUCAmI (Europe-Korea

observada é claramente de crescimento.

Research on Ambient Intelligence and

Os programas de mobilidade permitem

Ubiquitous ), que pertence ao programa

não só estudantes, mas também docentes

IRSES - International Research Staff Ex-

e funcionários a experiência única de

change Scheme, envolvendo parceiros

pensar, estudar, investigar e trabalhar

como Portugal, Espanha e Coreia do Sul.

globalmente. Em 2015/16 o P.PORTO as-

A Porto Design Factory, pela sua as-

segurou a totalidade dos estágios e mo-

sociação à rede Design Factory Global

bilidade out solicitados.

Network e à prestigiada Universidade

A nível das IES portuguesas, o Politéc-

de Stanford (ME310), é responsável por

nico do Porto é a terceira que mais tem

colocar o P.PORTO num mapa de inúme-

promovido a mobilidade internacional dos

ros parceiros internacionais, de Riga a

seus docentes e staff out, 112 pessoas mais

Tóquio, de Melbourne a Santiago do Chile.

RuiPinheiro©

Mobilidade Internacional do P.PORTO é a terceira do ranking nacional

Politécnico do Porto promove Ensino à Distância no Brasil Na sequência da extensa estratégia co-

de curta duração para 30 funcionários

O acordo envolve também a área de in-

ções Internacionais do IFS, refere que estas

laborativa do P.PORTO com os Institutos

e docentes, organizado pela unidade de

vestigação. Está previsto o acolhimento de

ações são cruciais para o processo de inter-

Federais do Brasil foi assinado, dia 16 de

e-Learning e Inovação Pedagógica do

estudantes e docentes do IFS em unidades

nacionalização, pois agilizam fortemente

fevereiro, na sede do Conselho de Rei-

P.PORTO (e-IPP).

e projetos I&D do Politécnico do Porto. O

o contacto entre setores de Ensino à Dis-

tores dos Institutos Federais do Brasil,

Paula Peres, Pró-Presidente do P.PORTO

estágio será de três meses e os projetos

tância e de Pesquisa do IFS com os setores

mais um acordo que visa promover a

e coordenadora do e-IPP refere a im-

terão a supervisão coordenada de docen-

correspondentes do Politécnico do Porto.

área do Ensino à Distância através de

portância estratégica deste acordo ao

tes/investigadores das duas instituições,

O acordo foi assinado pelo Reitor do IFS,

cursos de curta duração. A iniciativa

ampliar a colaboração da Instituição com

tendo continuidade quando os estudantes

professor Ailton Ribeiro de Oliveira, e pelo

começa já em maio, no Instituto Federal

os Institutos Federais do Brasil, também

voltarem para o IFS.

Vice-Presidente do P.PORTO, professor

de Sergipe (IFS), com um primeiro curso

na área de Ensino à Distância.

Daniele Almeida, Assessora de Rela-

Carlos Ramos.


4

DESTAQUE

PDF – Porto Design Factory

TeresaSilva©

A fábrica de inovadores globais do P.PORTO que colocou a cidade numa plataforma mundial

fábricas, espalhadas por quatro continen-

plena 4.ª revolução industrial, mas não

4.0 e do empreendedorismo tecnológico

tes, onde a moeda oficial é o conhecimento

nos apercebemos que esta é uma revo-

e criativo exigem.”

Politécnico do Porto tem

e em que os utilizadores têm que dar 5% do

lução que não pode ser encarada com as

Modelo de triplo impacto

uma unidade de extensão

seu tempo a apoiar outros projetos.

mesmas ferramentas, com as mesmas

O modelo da PDF foi desenvolvido para

Olga Leite

O

onde professores e alunos são

A PDF, enquanto estrutura que quebra

competências e com a mesma forma de

trabalhar diretamente com estudantes de

coaprendizes. Sem dogmas

conceitos, assenta num modelo de triplo

pensar que nos trouxe até aqui. Na PDF o

licenciatura, mestrado ou pós-graduação,

ou elites, o processo de coaprendizagem

impacto. Virtudes que assentam que nem

que queremos fazer é experimentar novas

em três fases diferentes: educação, inovação

acontece em rede, de forma colaborativa,

uma luva a um mundo de possibilidades

formas de aprendizagem, integralmente

e aceleração. Neste percurso desenvolvem-

solidária até. Onde o mérito dos feitos não

infindáveis, que aguarda, avidamente,

focadas nos estudantes, que permitam

se diferentes competências críticas e trans-

é de um ou de outro, é de todos.

por uma geração de inovadores globais,

um desenvolvimento mais aprofundado

versais, que respondam aos novos desafios

A Porto Design Factory (PDF), inspirada

empreendedores responsáveis e deciso-

de um conjunto de competências trans-

e exigências do mercado e complementem

no conceito da Universidade de Aalto, na

res de futuro. Rui Coutinho, coordenador

versais críticas, que este mercado de tra-

e valorizem a formação altamente especia-

Finlândia, foi a 5.ª de uma plataforma de 13

da PDF, explica o conceito. “Estamos em

balho da economia digital, da indústria

lizada adquirida no P. PORTO.


5

PARCERIAS DA PDF Design Factory Global Network Aalto Design Factory - Aalto University (Helsínquia), Aalto-Tongji Design Factory - Tongji University (Shanghai), Design Factory Javeriana – Pontificia Universidad Javeriana Colombia (Bogotá), Design Factory Korea - Yontsei University (Seul), Design Factory Melbourne Swinburne University of Technology (Melbourne), Design Factory New York - Pace University (Nova York), DUOC Design Factory - Universidade Católica (Santiago Chile), Frisian Design Factory - NHL University of Applied Sciences (Leeuwarden), IdeaSquare - CERN (Genebra), METU Design Factory - Middle East Technical University (Ankara), Phila U Nexus Design Factory - Phila U (Filadélfia), RTU Design Factory - Riga Technical University (Riga).

MarianaVasconcelos©

Colaborações Académicas Ativas Estonian Business School (Tallinn), Ghent University (Ghent), Instituto Federal de Santa Catarina (Santa Catarina, Instituto Federal de Santa Maria (Santa Maria), Massachussets Institute of Technology (Cambridge), Nottingham Trent University (Nottingham), Polytechnic Uni-

Educação

Inovação

internacionais, que buscam elevado impacto

versity of Hong Kong (Hong Kong), Stanford

A Porto Design Factory oferece vários pro-

Em matéria de inovação, os estudantes

social e económico através de uma metodo-

University (Palo Alto), Tokyo University of

gramas educativos, diversos em duração,

mergulham profundamente nos quatro

logia que coloca os utilizadores finais, as pes-

Technology (Tóquio), Universidade de Sala-

objetivos ou até mesmo em metodologias

domínios da exploração criativa – Ciência,

soas, no centro de todo o processo. A partir

manca (Salamanca), Universidade Federal do

pedagógicas, que podem envolver estudan-

Engenharia, Design e Arte – em provas de

daqui, tudo é possível e estimulamos mesmo

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Università degli

tes de cursos de licenciatura, mestrado, pós-

conceito disruptivas que envolvem estu-

a experimentação. “Somos agnósticos no

Studi di Modena e Reggio Emilia (Modena),

graduação, doutoramento e pós-doc, ou até

dantes e empresas em atividades de co-

que diz respeito a tecnologias, pedagogia ou

University Hradec Králové (Hradec Králové),

mesmo profissionais e empreendedores.

desenvolvimento, procurando levar essas

modelos de negócio”, salienta Rui Coutinho.

Warsow University of Technology (Varsóvia).

Nos programas educativos, equipas

provas de conceito ao mercado.

Em suma, a PDF existe à escala global,

internacionais interdisciplinares (mis-

Aceleração

para formar uma nova geração de inova-

Parceiros Empresariais

turando estudantes de engenharia, de-

Esta etapa está focada não apenas na qua-

dores, mas respeitando sempre princípios

ABB, Berg Cycles, CEI by ZIPOR, Cross Hands

sign, comunicação, ciências empresariais,

lificação dos empreendedores, mas tam-

humanistas, éticos e de sustentabilidade.

Architecture, Ford, IKEA Industry, LBF Mobiliá-

educação, etc, do P.PORTO e estudantes

bém na contribuição para a consolidação do

Rui Coutinho explica-o, convictamente:

rio, Leeluu, Kone, Móveis Costa Pereira, Muski,

de um vasto conjunto de universidades

ecossistema de empreendedorismo global

“Humanistas, compreendendo que o nosso

Nokia, Novibelo, Philips, Places4All, Rios/AS-

internacionais parceiras) trabalham em

no Porto, centrando-se nas ideias e equi-

trabalho só faz sentido se impactar, positi-

PEA, Rios+, RMV, Silampos, Sonae, Sonae MC,

desafios de inovação propostos por par-

pas em fase embrionária, permitindo que

vamente, na vida das pessoas; em segundo

Sport Zone, Toot, Worten, Zé Picolé.

ceiros empresariais nacionais e interna-

essas equipas e projetos reforcem as suas

lugar, eles terão que ser tecnologistas, terão

cionais, desde startups e PMEs a grandes

estratégias de desenvolvimento de clien-

que compreender as suas tecnologias e

Parceiros Institucionais

multinacionais. Através dos projetos, os

tes, produtos e negócios, e na melhoria da

também aquelas que os rodeiam, mesmo

AIMMAP, Beta-i, BIC Minho, Big Smart Cities,

estudantes passam por um processo in-

qualidade do pipeline de startups que, mais

que de outras áreas científicas; em terceiro

Câmara Municipal de Amarante, Câmara Muni-

tenso e interativo de needfinding, ideali-

tarde, trabalharão com outros stakeholders

lugar, terão de ser futuristas, não receando

cipal do Porto, Casa da Música, Cowork Lisboa,

zação e prototipagem rápida, para criar

do ecossistema. Nesta área, a PDF vai ar-

o desconhecido e idealizando, conceptua-

Comissão Europeia – DG Educação e Cultu-

e desenvolver novas ideias de produto ou

rancar em breve com dois programas de

lizando e experimentando novas ideias

ra, Fábrica de Startups, Founders Founders,

serviço e provas de conceito.

aceleração: o Porto Design Accelerator e o

disruptivas; por fim, terão de fazer da sus-

Fundação Calouste Gulbenkian, HEInnovate,

O ME310 – Pós-Graduação em Inovação

pioneiro e único, Beta Sound System. Este

tentabilidade, em todas as suas dimensões,

iMatch, Instituto de Empreedendorismo Social,

de Produto, é um destes exemplos, resul-

modelo de aprendizagem condensa outras

um imperativo ético e moral. Acreditamos

IntEntSem, NewCo Portugal, OCDE, Porto Digi-

tado de uma parceria com a Universidade

características da PDF como o trabalho em

que no P. PORTO e, em especial na PDF,

tal, PRA – Raposo, Sá de Miranda e Associados,

de Stanford, em Silicon Valley, Califórnia.

equipas, sempre interdisciplinares e sempre

estamos a contribuir para isto”.

Scaleup Porto, Startup Pirates, UPTEC.


6

Investigação e Ensino Superior em debate O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, respondeu às questões da comunidade de investigadores do P.PORTO. No âmbito do conjunto de debates sobre

captação de investimento empresarial,

sistema de C&T subordinada a questões

a diversificação da prática investigativa

como a avaliação institucional e o estí-

ou a outorga de doutoramentos foram

mulo ao emprego científico, o Politécnico

matéria de reflexão.

do Porto recebeu no dia 27 de janeiro, o

RuiPinheiro©

ministro Manuel Heitor.

Na sequência dos pedidos de esclarecimento formulados durante o debate, o

Concluiu-se assim a ronda de deba-

ministro garantiu que todos os centros de

tes públicos sobre o Sistema de C&T, o

investigação poderão, no quadro do pro-

Ensino Superior e o Emprego Científico,

cesso de avaliação, realizar investigação

promovido pela FCT e em colaboração

de todo o tipo, renunciando a uma ideia

com o Ministério da Ciência, Tecnologia

dicotómica de investigação aplicada e

e Ensino Superior.

investigação fundamental que os docu-

Estiveram presentes no debate Rosário

mentos orientadores para o sistema de

Gambôa, Presidente do Politécnico do

avaliação poderiam pressupor. “A minha

Porto, assim como os diversos coorde-

orientação para a avaliação é que cada

nadores dos centros de investigação do

unidade defina a sua missão e seja ava-

P.PORTO. Questões como a mobiliza-

liada em função da sua missão”, assevera

ção dos docentes para a investigação, a

Manuel Heitor.

Projeto da ESTG

A nova imagem do Andante

A Triple S é agora certificada pela ISO 9001:2015 junto da Associação Portuguesa de Certificação.

Marion Mazer é licenciada em Tecnologia da Comunicação Multimédia pelo Politécnico do Porto.

No âmbito de um projeto do Mestrado

Sistema de Gestão da Qualidade surge

em Gestão Integrada da Qualidade, Am-

com o objetivo fundamental de integrar

biente e Segurança (MGIQAS) da Escola

e envolver todos e todas as áreas numa

Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG),

cultura de melhoria na arte de bem-fazer

desenvolvido por Sílvia Vaz, a Triple S

e bem-servir.

é agora a primeira empresa do setor

Com estes objetivos estratégicos de-

do calçado a ser certificada pela ISO

finidos, a Triple S viu nesta nova versão

9001:2015 com a entidade certificado-

da norma uma mais-valia pela sua abor-

ra APCER (Associação Portuguesa de

dagem num modelo de gestão focado na

Certificação).

busca da melhoria e no aumento da sa-

DR

ganha certificação única no setor do calçado foi desenhada por alumni do P.PORTO

A Triple S dedica-se, desde 2005, ao fa-

tisfação dos clientes, a partir da estrutu-

brico de calçado, tendo-se especializado

ração de uma gestão por processos e de

Marion Mazer, licenciada em Tecnologia

portugueses, fazendo lembrar azulejos,

na produção de calçado impermeável di-

uma análise de riscos e oportunidades.

da Comunicação Multimédia pela Escola

que evoluem para linhas curvas que ex-

recionado para nichos de mercado muito específicos como a caça e a pesca.

A ISO 9001 é a norma de sistemas de

Superior de Música e Artes do Espetáculo

primem movimento. O cartão azul subs-

gestão mais utilizada mundialmente,

(esta licenciatura entretanto transitou para

titui o atual cartão de papel, para viagens

Em 2015, para celebrar a primeira dé-

constituindo-se como referência inter-

o Campus 2, integrando a oferta formativa

ocasionais, enquanto que o cartão cinzento

cada de atividade, apostou num conjunto

nacional para a Certificação de Sistemas

da Escola Superior de Media Artes e De-

ocupa o lugar do cartão de plástico, para

de iniciativas no âmbito da gestão, tec-

de Gestão da Qualidade. A nova versão

sign), foi a vencedora do concurso para a

assinaturas mensais.“É uma imagem que

nologia e inovação que visam fomentar

da norma ISO 9001 foi publicada em se-

nova imagem dos títulos Andante. Os dois

fala alto, mas não berra”, foi como Marion

o seu crescimento sustentável, onde o

tembro de 2015.

novos cartões mostram padrões típicos

descreveu o seu trabalho ao Público.


7

Programas de aceleração na área do design e música arrancam em abril

DinoVázquez©

Porto Design Accelerator e Beta Sound System foram apresentados, na presença do Secretário de Estado da Indústria, na Porto Design Factory.

F

Acordo entre a Porto Executive Academy e a SONAFI

tria musical, e com mentores, peritos e

O Politécnico do Porto, através da Porto

recursos de prototipagem necessários

Executive Academy (a sua Unidade de

para transformar ideias promissoras em

Extensão para a formação de altos qua-

produtos inovadores. Para ambos os pro-

dros) e a SONAFI, Sociedade Nacional

gramas, os interessados deverão candida-

de Fundição Injetada, assinaram recen-

tar-se entre 3 de janeiro e 28 de fevereiro.

temente um protocolo de colaboração

Segue-se um período de avaliação e de-

visando estreitar relações no âmbito da

cisão, começando as dez start-ups ven-

formação executiva.

cedoras a trabalhar a partir de 1 de abril

A SONAFI foi fundada a 6 de abril de

e ao longo de seis meses. As primeiras 12

1951 pela Société Génerale de Bélgique e

semanas serão dedicadas ao desenvol-

foi a primeira fábrica de fundição injecta-

vimento de produto, com um programa

da em Portugal, sendo hoje uma empresa

educativo tailor made e mentoria espe-

especializada em fundição e mecanização

cializada, culminando num demo day.

de peças técnicas de pequena e média

Nas restantes 12 semanas, as start-ups

dimensões em alumínio. Tem um volume

receberão um programa ready to scale,

de proveitos operacionais superior a 30

oi a partir do Porto, mais con-

portugueses e não só: novos produtos

focando-se nas fases de financiamento,

milhões de euros e emprega cerca de 250

cretamente da Porto Design

para infraestruturas urbanas, mobiliá-

produção e acesso ao retalho. As start-ups

colaboradores.

Factory, que foram lançados

rio, moda, metalomecânica e moldes,

vão trabalhar, em permanência, na Porto

em janeiro, com a presença do

setor automóvel e aeroespecial, cortiça,

Design Factory ao longo das diferentes

Secretário de Estado da Indústria, João

cerâmica e novos produtos emergentes,

fases do projeto.

Vasconcelos, dois programas de acele-

entre outros.

“Na plateia [da apresentação pública]

ENPHE Spring Seminar Porto

ração pioneiros e únicos a nível nacional.

O Beta Sound System é o primeiro pro-

tínhamos a IKEA, a Sonae, muita indús-

O Porto Design Accelerator é um pro-

grama português de aceleração de novas

tria, o que prova que a relação da Porto

grama que alia o design à manufatura

ideias de negócio para a indústria da mú-

Design Factory e do Politécnico do Porto

A European Network Physiotherapy in

portuguesa, apoiando start-ups focadas

sica, desenhado para apoiar o trabalho dos

com a indústria é longa e que a indús-

Higher Education (ENPHE) é uma rede

no desenvolvimento de bens de consumo

mais brilhantes artistas, investigadores

tria reconhece essa relação como muito

de Instituições de Ensino Superior onde

produzidos em setores industriais, desde

e empreendedores e as mais promisso-

proveitosa. Estes dois aceleradores vão

são ministrados cursos de fisioterapia.

a moda à metalomecânica, dos produtos

ras start-ups na indústria da música. Este

permitir criar um sistema, um método,

O objectivo da rede ENPHE é reunir e

urbanos ao mobiliário ou da área automó-

acelerador foi concebido e será gerido pela

para que novas ideias de negócio se cru-

reforçar a colaboração entre instituições

vel à cortiça e à cerâmica, entre outros.

Porto Design Factory e pela Casa da Mú-

zem com a indústria, que sejam fonte de

europeias e as instituições de ensino de

Este acelerador será desenvolvido pela

sica, contando com a parceria estreita da

inovação em setores na música e no de-

fisioterapia na região europeia.

Porto Design Factory, em parceria com o

Antena 3. As candidaturas decorrem entre

sign”, comentou o Secretário de Estado

A ENPHE desenvolve atividades em

TICE.pt - Pólo das Tecnologias de Infor-

3 de janeiro e 28 de fevereiro. Serão sele-

da Indústria. “A fronteira entre indústria

grupos de trabalho de professores e alu-

mação, Comunicação e Eletrónica e com

cionados cinco projetos para cada um dos

e criatividade é muito ténue e no futuro

nos que se reunem regularmente. Para

a Câmara Municipal do Porto.

programas, que começam a desenvolver

ainda mais ténue será, talvez até desapa-

reunir os grupos de trabalho e o Inter-

os seus projetos a 1 de abril.

reça. Isso tem sido claro em vários setores

national Student Body será realizada na

dústria do design de bens de consumo

Destina-se a apoiar a inovação na in-

Pretende apoiar o surgimento de uma

(confeções, vestuário, calçado, cerâmica,

próxima primavera o seminário ENPHE,

através da criação, lançamento e cresci-

nova geração de negócios, produtos e

mobiliário), mas vai acontecer em todos

no Porto, organizado pela Escola Superior

mento de start-ups focadas em produtos

tecnologias da música, desde a criação

os setores (tecnologia, metalomecâni-

de Saúde (ESS) do Politécnico do Porto.

físicos. Este acelerador fornecerá suporte

musical até às novas formas de consumo

ca, etc). O que a Porto Design Factory

De 11 a 13 de maio na ESS.

aos empreendedores, conectando-os à co-

de música, fornecendo apoio 360 graus a

está a fazer é antecipar isso, preparar-se

O Physioterapy E-Training Re-Habilita-

munidade crítica, educadores, mentores,

equipas de empreendedores com ideias

com a indústria para encarar esse temp

tion (PETRHA), projeto europeu coorde-

especialistas, fabricantes e retalhistas.

inovadoras de negócios music-driven.

o e para encarar o design como fonte de

nado na ESS pelo docente Rui Macedo, é

O grande objetivo é transformar ideias

O programa ligará os empreendedores

inovação tão ou mais importante do que

o primeiro a fazer a apresentação.

em produtos físicos de grande consumo,

com o ecossistema de empreendedorismo,

a ciência ou a tecnologia”, concluiu João

aliando o design a setores industriais

com os principais stakeholders da indús-

Vasconcelos.

O programa completo pode ser consultado na página da ESS.


8

ENTREVISTA

Manuela de Melo

Presidente do Conselho Geral “A reestruturação que o Politécnico do Porto levou a cabo, em termos de escolas e de áreas, há universidades que não a conseguiram fazer” Olga Leite

ro de professores por escola, processos

apenas um manto - para a noção de que

E

disciplinares, entre muitos outros, tem

a instituição P.PORTO era o fundamen-

x-jornalista, rosto da RTP-Porto,

a grande missão de eleger o Presidente

tal, mas enriquecida pela existência de

na década 1970/80, vereadora

e contribuir para a definição de linhas

oito escolas, com múltiplas formações.

da Cultura e Turismo na Câmara

estratégicas para a Instituição.

Este fortalecimento institucional do Po-

do Porto, programadora geral

Há decisões que não cabem neste órgão.

litécnico do Porto contribuiu para que o

da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultu-

A Presidência tem uma grande capacidade

Plano Estratégico não seja o somatório

ra e deputada na Assembleia da República.

de decisão e ao nível executivo as decisões

dos planos estratégicos das diferentes

Em tudo o que foi e é, só o consegue ser de

da Presidência são fundamentais. Em áreas

escolas. Esta alteração, que eu noto muito

corpo inteiro. E o trabalho desperta-lhe

de representação, o Presidente do Con-

no Conselho Geral – as pessoas interes-

o interesse pelas coisas, numa espécie de

selho Geral não representa o P.PORTO. O

sam-se, de facto, pelo que se passa com as

ciclo que a remete para outros projetos,

poder executivo tem um poder muito espe-

outras escolas – traduz-se numa institui-

dando um novo estatuto à sua reforma.

cífico e que não lhe é retirado pelo facto do

ção una e enriquecida, porque tem várias

Conselho Geral ter as outras atribuições.

linhas de oferta formativa, várias áreas de

E de todos os lugares por onde já passou, lega contributos, experiências e saberes

investigação, contribuiu para diferentes territórios. Quanto mais interpenetra-

litécnico do Porto é hoje uma instituição

Vai acabar no final deste ano o mandato como Presidente do Conselho Geral. Enquanto pessoa que já ocupou diversos cargos públicos, tendo deixado em todos uma marca própria, qual é a que, em seu entender, é a sua marca distintiva no Politécnico do Porto?

independentemente da unidade orgânica

meira vez que uma causa foi defendida não pelos presidentes das instituições, mas pelos representantes dos Conselhos Gerais?

fortalecida e una, sem o qual a Cidade do

MM – Eu já estive no Senado da Universi-

onde estão.

MM – Sim, foi muito interessante também

Porto e a região não seriam as mesmas.

dade do Porto e uma das coisas que sem-

aos desafios onde está. É o caso do Politécnico do Porto, onde é Presidente do Conselho Geral desde 2011. Antes, integrou este órgão, desde 2009, como membro cooptado. Deixa esta função cívica no final deste ano, com a certeza que o Po-

pre me chocou, de alguma maneira, é que

O Conselho Geral é um órgão macro, de decisões, de estratégia e a quem compete eleger o presidente da Instituição. É um órgão muito discreto que aparece nos momentos-chave e que representa a sociedade civil dentro do P.PORTO. Como é que vê este órgão numa instituição de quase 20.000 pessoas?

dentro do senado era muito evidente a

Manuela Melo (MM) – Sim, é o órgão que

função ainda senti muito nítida a cliva-

elege o presidente do P.PORTO e que tem

gem entre as diferentes escolas. Daí o

por missão definir linhas estratégicas.

facto de eu sentir que o trabalho mais

Além de ser a última instância na apro-

importante que foi feito pelo Conselho

vação final de documentos importantes,

Geral e pela Presidência foi passar dessa

como o Plano de Atividades e Orçamento,

fase segmentada de cada escola – em que

compra e venda de património, núme-

cada escola é uma escola e o P.PORTO era

divisão por faculdades. Eu achava aquilo quase incompatível com o conceito de Universidade, que é o cruzamento de saberes, e ali não, eram muito estanques. Quando cheguei ao Politécnico do Porto, como membro do Conselho Geral, vinha com esse receio. No princípio da minha

das elas estiverem, quanto mais elas se cruzarem mais forte e consolidada será a instituição. Uma instituição fica muito mais forte quando é toda a instituição que é defendida por todos os seus elementos,

por isso. Creio que foi a primeira vez que

“Quando a tutela coloca elementos externos no Conselho Geral e lhes dá visibilidade, não pode depois esquecer essas opiniões, não pode deixar de ouvir essas pessoas.”

chegou à Assembleia da República – neste caso à Comissão de Educação – um assunto que não estava a ser defendido pelos presidentes das IES, mas sim por elementos externos à instituição, representantes da sociedade civil que, sentindo-se responsáveis pela definição das linhas estratégicas, se sentiam também responsáveis por apresentar à tutela as razões por que achavam errado, entre outros pontos, essa

Recentemente os Conselhos Gerais dos Politécnicos do país uniram-se a uma só voz, para sensibilizar o poder central para a existência de um sistema binário em Portugal, que impede os politécnicos de lecionar doutoramentos. Foi a pri-

questão dos doutoramentos. Isto foi muito interessante por isso. Se o RGIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior) estabeleceu que o Conselho Geral das IES tinha de integrar elementos externos e que um deles seria o presidente


9

o que muitas vezes é igual e isso é injusto

do Politécnico do Porto na cidade e em todo o território envolvente, a nível cultural, social e outros?

e, sobretudo, um grande desperdício de

MM – É muito visível nessas áreas, mas

recursos. Eu penso que estas lutas entre

há outras áreas onde isso acontece. A

os subsistemas deviam acalmar e as pes-

ESMAE tem uma visibilidade e presença

soas deviam olhar para coisas concretas.

muito significativas na cidade e é cada

Não me digam que hoje os politécnicos

vez mais procurada. A Câmara do Porto

trabalham com as empresas e as univer-

aproveita essa estrutura e muito bem.

sidades não — claro que trabalham com as

Tudo o que tenha a ver com as áreas do

empresas, não há diferenciação.

conhecimento, da inovação, da cultura,

cos. Não é apenas tratar diferentemente o que é diferente, é tratar desigualmente

das artes, do património, é fundamen-

O que é que distingue o Politécnico do Porto (a sua casa, digamos)?

tal numa cidade como o Porto, que tem

MM – Não é bem a minha casa porque eu

atividade produtiva que não sejam as que

sou externa. Efetivamente, estes mais

estão relacionadas com estas. Por isso a

de dez anos que eu levo – comecei como

ligação das IES com a cidade têm de ser

membro do conselho externo ainda estava

dentro desta realidade social e física. É

na Assembleia da República e agora como

evidente que toda a Área Metropolitana

presidente em dois mandatos – e o facto

e a região Norte são tocadas por isso. A

de se estar a passar de um momento de

Cidade do Porto não seria a mesmo se

divisão de várias instituições para uma

não tivesse o Politécnico, a Universidade

instituição forte, foi um dado fundamen-

e outras Instituições de Ensino Superior.

tal. Tudo o mais resulta deste trajeto. To-

Não seria a mesma coisa, seguramente!

44 km 2 e onde não cabem mais áreas de

das as instituições, de uma forma ou de A reestruturação que o Politécnico do

Vai deixar saudades. Leva saudades também?

Porto levou a cabo, em termos de escolas e

MM – Sim, sem dúvida. Dos grandes ciclos

de áreas, há universidades que não a con-

que eu tive – embora este ciclo seja de

seguiram fazer. E fez-se com pouquíssimo

trabalho cívico – eu considero que é dever

atrito, com serenidade. Conseguiu-se um

de alguém, que como eu fez uma grande

AnnaAlmeida©

outra, nem sempre o conseguem.

plano estratégico e a consequente reestru-

parte da sua carreira ligada a entidades

do órgão, convém que se passe da teoria

foi feito a pensar que os professores dos

turação da oferta formativa e pedagógica,

públicas, na Câmara e na Assembleia da

para a prática. Quando a tutela coloca ele-

politécnicos, para fazer a sua carreira,

de uma forma muito serena. Eu acho que

República, ter alguma obrigação de par-

mentos externos no Conselho Geral e lhes

tivessem de fazer um doutoramento numa

isso foi muito importante na Instituição.

tilhar com os outros a experiência que me

dá visibilidade, não pode depois esquecer

universidade. Eu penso que não foi para

Hoje o P.PORTO – eu vejo muito isso no

permitiram construir e isso é um elemento

essas opiniões, não pode deixar de ouvir

as universidades terem mais uns tantos

Conselho Geral - fala muito seriamente

muito importante para a minha realização

essas pessoas. Os elementos externos – são

doutorandos a fazer doutoramentos.

dos problemas da Instituição, embora os

pessoal, agora que estou na reforma. Te-

dez no Conselho Geral – dedicam parte

Considero que esses doutorados - que o

seus elementos falem dos problemas de

nho muitas coisas para fazer, mas é muito

do seu tempo e da sua disponibilidade às

são em igualdade de circunstâncias com

cada uma das escolas, mas olha a Institui-

importante para mim sentir que a minha

instituições de ensino superior, não é justo,

os doutorados que seguem carreiras na

ção no seu todo e isso é muito importante.

reforma não é um ponto de paragem, mas

e é até um desperdício de recursos, que

universidade - não podem ser tratados de

não sejam ouvidos quando se pronunciam

forma diferente. Eu não sou pela genera-

sobre assuntos estratégicos e relevantes

lização das coisas, todos os politécnicos

para as instituições.

têm de dar doutoramentos? Não! Assim

Passados alguns anos do RGIES e do

como também não é por ser universidade

Estatuto da Carreira Docente é impossí-

que faz doutoramentos, é por ter condi-

vel ver as coisas dicotomicamente como

ções de investigação, pedagógicas e de

naquele momento, porque eu pressupo-

instalações até. Portanto, vamos ver onde

nho que as exigências que foram pos-

estão essas capacidades. Se me dissessem

tas aos politécnicos, de qualificação dos

que só estão nas universidades, eu concor-

seus quadros, cuja carreira docente é

daria que só seriam viáveis nesses locais,

equiparada à universitária, tem de ter

mas não é verdade nesta altura. Estão

consequências. Eu não acredito que isso

em universidades e estão em politécni-

sim uma diferente forma de adaptar toda

“A Cidade do Porto não seria a mesma se não tivesse o Politécnico, a Universidade e outras Instituições de Ensino Superior”

a experiência, todo conhecimento que adquiri ao longo dos anos para instituições ou para organizações que precisem dela e na medida em que precisem dela. Vou ter saudades, na medida em que eu gosto de recordar todo o trabalho empenhado que desenvolvi. Nunca tenho saudades do que passou, gosto sempre de verificar

Retomo a questão da ligação de que falou atrás, das IES às sociedades, fundamentais pelo saber, pelo conhecimento e pela investigação. Sente a influência

que houve uma continuidade no trabalho, que deu frutos. É importante para mim e espero que também o tenho sido para o Politécnico do Porto.


10

CULTURA

SOCIAL

O projeto eFinLit (Desenvolvimento de

constituiu o desenvolvimento de um curso

Competências Financeiras para os Cida-

sobre Literacia Financeira, disponível de

dãos da UE Utilizando a Aprendizagem

forma gratuita, online. Os módulos que

Online e a Alfabetização Digital) terminou

compõem o curso são: Literacia Digital

no final de 2016 e teve como objetivo pro-

e Acesso a Informação Financeira, Ma-

mover, direta e indiretamente, a capacida-

temática Básica, Orçamento, Poupança,

de numérica digital, linguística, de leitura,

Endividamento, Créditos e Empréstimos,

de colaboração e de comunicação junto

Direito do Consumidor e Investimento e

dos jovens europeus mais desfavorecidos

Empreendedorismo. O consórcio é cons-

da UE (18-35). Um dos resultados finais

tituído por oito parceiros de sete países.

DR

Projeto Saúde vai à rua

NunoTudela©

Estão abertas as audições para a ópera

ISCAP parceiro em consórcio Erasmus+ para jovens desfavorecidos

Uma pequena companhia e um empresá-

pontânea das noites vadias; de Quarteira,

rio pouco conhecido preparam a produ-

os irmãos rappers gagos; de Santa Maria

ção de um espetáculo de ópera para a qual

da Feira e do mundo da pop miserável, a

não têm orçamento. Porque as grandes

frustrada Lady Gaga da portugalidade; de

estrelas, os nomes mais cintilantes do

Fafe, o vencedor do concurso de karaoke

canto lírico luso, são proibitivos, e porque

ibérico; de Cabeceiras, a velha cantora

nem o cachet é atraente, nem o nome do

reformada que nunca chegou a estrear;

empresário sedutor, têm de se voltar para

de Rio Tinto a filha talentosa que a mãe

outras possibilidades canoras, abrindo es-

agencia; de Gondomar, a cantora que afi-

paço à chegada de outros seres cantantes.

nal é um cantor; e todos os outros tantos.

Os cantores são criaturas à procura de

Uma coisa é certa. Se o desesperado em-

salvação para as suas vidas pequenas.

presário está disposto a ceder no elenco

Pela música, pois. Pela ópera. Pelo espe-

para levar a termo o seu empreendimento,

táculo dos espetáculos. A oportunidade é

não cede nos conteúdos: Mozart será sem-

única, sentem. Virão audacionar de todas

pre a referência. Quem entra na grande

as partes do mundo: do Canadá, o emi-

ópera? Para ver, gratuitamente, no Teatro

grante saudoso; de Lisboa, a fadista es-

Helena Sá e Costa, a 5 de março.

Diplomados da ESMAD no Fantasporto 2017

Academia Júnior de Música Barroca

O projeto Saúde vai à Rua, lançado em

A intervenção considerou a comunidade

2015 pela Escola Superior de Saúde (ESS)

ao longo do seu ciclo de desenvolvimento

do Politécnico do Porto, visa o estabeleci-

e foi mediada por associações locais, com

Começou no dia 24 de fevereiro, no Teatro

O Curso de Música Antiga da Escola Su-

mento de pontes e ações de proximidade

um conhecimento privilegiado das áreas

Municipal Rivoli, mais uma edição do

perior de Música e Artes do Espetáculo

entre a Escola e as comunidades locais,

geográficas abrangidas e dos que nelas ha-

Fantasporto. Na 37.ª edição do Fantas-

(ESMAE) organiza, de 24 a 26 de fevereiro,

em particular as mais desfavorecidas.

bitam, como a Associação de Solidariedade

porto, o P.PORTO irá estar representado

a terceira edição da Academia Júnior de

Aqui, estudantes e docentes colocam as

e Acção Social de Ramalde - Asas. Com esta

pelos estudantes diplomados dos cur-

Música Barroca. Durante estes três dias,

suas competências ao serviço dos mais

iniciativa foram envolvidas as populações

sos da Escola Superior de Media Artes e

jovens alunos de música tomam contato

desprotegidos.

em risco, contribuindo para as aproximar

Design (ESMAD) para o Prémio Cinema

direto com a música barroca através de

No âmbito deste projeto foram dispo-

de serviços na área da saúde, que de outra

Português – Escolas de Cinema. Com

masterclasses de instrumento e parti-

nibilizados de forma sistemática, ser-

forma não teriam acesso. Em simultâneo,

quatro filmes nomeados, os estudantes

cipação no coro e orquestra barroca. O

viços gratuitos na área da saúde, como

este projeto contribuiu igualmente para

da ESMAD exibem Post-Mortem de Bel-

concerto de encerramento decorre no

rastreios, ações de informação e sensi-

uma formação modelar dos nossos estu-

miro Ribeiro, Monte Zumba FM de Joana

domingo, dia 26, no Teatro Helena Sá e

bilização, levando-os onde as pessoas

dantes, através do desenvolvimento de

Lopes, Instalação do Medo de Ricardo

Costa (entrada livre). A Academia Júnior

se encontram - a sua rua. Os serviços

competências técnicas e transversais, de

Leite e Marvin’s Island de António Viei-

de Música Barroca destina-se a alunos

prestados envolveram diferentes áreas de

modo integrado, e para o reforço de uma

ra, Filipa Burmester e Pedro Oliveira. O

com idade igual ou superior a dez anos

formação da ESS, tais como Audiologia,

visão multidisciplinar da intervenção que,

Fantasporto prolongar-se-á até ao dia 4

de idade. Recorde-se que a Licenciatura

Análises Clínicas, Anatomia Patológica,

desejamos, seja próxima e presente.

de março. Recorde-se que Instalação do

em Música Variante de Música Antiga foi

Medo venceu, em ficção, o Prémio Sophia

criada em 2004 e conta atualmente com

Estudante no passado mês de dezembro.

formação em 11 instrumentos.

Farmácia, Saúde Ambiental, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, entre outras.

Em 2017 a saúde vai (continuar a sair) à rua.


11

INTERNACIONAL

II Conferência Ibérica em Registos e Notariado A Licenciatura em Solicitadoria, o Mes-

Ordem dos Solicitadores e Agentes de

trado em Solicitadoria e a Unidade Téc-

Execução, Armando Oliveira. Dorabela

nico-Científica de Ciências Jurídicas e

Gamboa fez referência ao sucesso da edi-

Sociais apresentaram, no final do ano

ção anterior da conferência, sublinhando

passado, na Casa das Artes de Felguei-

a importância de debater temas atuais

ras, a II edição da Conferência Ibérica

e de elevada relevância no domínio dos

em Registos e Notariado (CIReN). Esta

registos e notariado. Inácio Ribeiro enal-

conferência ibérica surgiu na sequência

teceu a ESTG enquanto Instituição de

da primeira edição realizada no ano pas-

Ensino Superior de referência nacional,

sado a qual superou todas as expectativas

sublinhando a importância da área de

quanto ao nível científico e à adesão do

solicitadoria, frisando o modo como a

público-alvo.

Escola poderá ser um importante meio

A sessão de abertura contou com a in-

Anna Almeida©

Welcome Week no P.PORTO

de apoio do setor terciário.

tervenção da Presidente da Escola Su-

Armando Oliveira defendeu que o re-

Com o objetivo de integrar os novos es-

tiveram assim a oportunidade de conhecer

perior de Tecnologia e Gestão (ESTG),

gisto tem um papel central na garantia

tudantes que este semestre chegaram à

e desfrutar de locais paradigmáticos da

Dorabela Gamboa, do Presidente da

da segurança jurídica, agradecendo à

cidade, no âmbito de programas de mo-

cidade que agora os acolhe. A iniciativa

Câmara Municipal de Felgueiras, Inácio

ESTG por valorizar a temática e propor-

bilidade, o P.PORTO dinamizou um Bus

foi organizada pelo HOPP – Connecting

Ribeiro, e do presidente do Colégio de

cionar o debate sobre o papel do registo

Tour pela cidade do Porto.

International Students, organização cons-

Especialidade de Agente de Execução da

e do cadastro.

Mais de 80 estudantes internacionais

Politécnico do Porto junta 40 empreendedores mundiais em academia de verão em Amarante

DR

Memorando de entendimento entre grupo de I&D do P.PORTO e universidade macaense

tituída por estudantes do P.PORTO.

A apresentação do projeto ficou a cargo

crucial manter o contacto com as em-

de Rui Coutinho, docente da Escola Su-

presas, pois são muitas vezes, pequenos

perior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e

empresários e empresas familiares.

responsável pela Porto Design Factory,

André Magalhães, revela que se tra-

e André Magalhães, vereador da Câma-

ta de um projeto, inspirado em muitos

ra Municipal de Amarante, anfitrião da

outros projetos a nível internacional,

iniciativa. Trata-se de um projeto de

de elevada importância para a região,

dimensão internacional do Município

que tanto contribui para a economia, e

de Amarante, da Comunidade Intermu-

que reunirá vários empreendedores e

nicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS), da

potenciais empreendedores que queiram

InvestAmarante, do P.PORTO através

trabalhar na área industrial e sobretudo

da ESTG e da Porto Design Factory, que

na criação de produtos reais. Realçou

consiste numa academia de verão que

ainda o gosto que é trabalhar com a ESTG

reunirá durante duas semanas mais de 40

e com o maior politécnico do país, o Po-

empreendedores e que tem como objetivo

litécnico do Porto.

Foi assinado a 3 de janeiro, com a medi-

de projectos de investigação, a apren-

primordial a cooperação no desenvolvi-

ção do Centro de Estudos Interculturais,

dizagem colaborativa internacional, a

mento de start-ups de base industrial.

um memorando de entendimento entre

organização de seminários, conferências

Rui Coutinho, destacou que o nosso

sarial português, com um programa de

o Instituto Superior de Contabilidade e

e encontros académicos e o intercâm-

país e essencialmente a região do Tâme-

formação único que ajuda a desenvolver

Administração do Politécnico do Por-

bio de informação científica em geral. O

ga e Sousa, onde o Politécnico do Porto

novas ideias empresariais e de base in-

to (ISCAP) e a Faculdade de Indústrias

Memorando entre o ISCAP e a FIC-USJ,

tem o seu terceiro campus, é rica em

dustrial essencialmente nos setores de

Criativas da Universidade de São José

assinado pelo presidente do ISCAP e pelo

indústrias tradicionais e de manufatura

metalomecânica, calçado, têxtil, madeira

(FIC-USJ), Macau. Este memorando de

dean da FIC vem na sequência do Acordo

que têm alavancado a economia do país,

e agroindústria.

entendimento visa o intercâmbio de es-

Geral de Cooperação estabelecido entre

sendo por isso importante continuar a

tudantes e docentes, o desenvolvimento

o P.PORTO e a Universidade de São José.

alimentar a sua cadeia de inovação e

É um projeto hands-on que pretende juntar o melhor do ecossistema empre-

A apresentação decorreu durante a Web Summit, Lisboa, no final de 2016.


12

EDUCAÇÃO

DESPORTO

SnowTrip‘17 Sétimo Campo de Inverno do P.PORTO

Este encontro nacional, de entrada livre e

este tipo de estudos através de investiga-

aberto a todos os interessados, realizou-se

ções já realizadas ou em fase de progres-

a 15 de fevereiro, entre as 9h30 e as 16h30,

so. O Encontro Nacional de Arquivos e

na Escola Superior de Educação (ESE), e

Espólios de Estabelecimentos de Ensino

veio no seguimento do desenvolvimento

em Portugal foi uma das iniciativas do

de linhas de investigação associadas à his-

projeto Contributos para uma história

tória de instituições escolares, sobretudo

da Escola Normal do Porto, integrado no

de formação de professores, tendo como

InEd – Centro de Investigação e Inovação

objetivo apresentar várias perspetivas em

em Educação (ESE), coordenado pela do-

torno do tratamento dos seus arquivos

cente Manuela Sanches Ferreira, sendo

históricos e respetivos espólios materiais.

o grupo de investigação constituído por

O seu foco principal foi compreender os

Cristina Maia, Carla Ribeiro, Carla Queirós e Amândio Barros. DR©

desafios e constrangimentos associados a

CentroDespoertivo©

Encontro Nacional de Arquivos e Espólios de Estabelecimentos

Um milhão de euros para a formação na terapia da fala

No âmbito das atividades promovidas pela

e funcionários do P.PORTO) praticaram

UTC de Desporto em colaboração com o

atividades de iniciação e aperfeiçoamento

Centro Desportivo do P.PORTO, realizou-

de esqui e snowboard.

se o 7.º Campo de Inverno, SnowTrip’17 – Esqui & Snowboard Camp.

A prática desta atividade, à semelhança dos anos anteriores, promoveu a aquisi-

Assim, de 25 a 28 de janeiro, em San

ção com sucesso das técnicas básicas dos

Isidro, Espanha, com as condições ideais

desportos de inverno abordados, bem

climatéricas (muito frio, neve e sol) 40

como o convívio e integração de todos

participantes (entre estudantes, docentes

os participantes.

CarlosMartins©

Equipas do Politécnico do Porto nos CAP a pensar nas fases finais dos CNU A Federação Académica do Porto (FAP)

seis jogos; no futsal feminino o P.PORTO

deu já início a mais uma temporada dos

está em sexto, e na variante masculina

Campeonatos Académicos do Porto (CAP),

em quinto lugar; já no voleibol o P.PORTO

A Escola Superior de Saúde (ESS) aco-

em finais de 2016 e terminará em 2019. Es-

que começaram, ainda em 2016, com os

está em terceiro (feminino) e em primeiro

lheu, nos dias 12 e 13 de fevereiro, a pri-

tão envolvidos 17 parceiros, coordenados

encontros relativos às supertaças. Esta

(masculino).

meira reunião do projeto Assisting Better

pela Ilia State University (Geórgia), a saber:

temporada de CAP juntou 2039 atletas

Em 2017 a competição regressou a 13 de

Communication (ABC). Este projeto tem

ESS do P.PORTO, Universidade de Aveiro,

distribuídos por 132 equipas para disputar

fevereiro. O Politécnico do Porto está na

como objetivos principais desenvolver e

Centro Hospitalar e Universitário de Coim-

os títulos regionais do Porto. A temporada

luta pelo lugar nas fases finais dos CNU

implementar programas de formação (BA

bra EPE e ARCIL (Portugal); Georgian Insti-

começou com as supertaças das várias

que, em abril, se realizam em Coimbra

e MA) para especialização e/ou reconver-

tute of Public Affairs, Shota Rustaveli State

modalidades.

nas modalidades de andebol feminino,

são profissional de profissionais de áreas

University, Georiationgian Portage Assoc,

No andebol feminino o P.PORTO está

basquetebol feminino, futsal masculino e

afins à Terapia da Fala (TF); habilitar as

Step Forward e Ministéria da Educação e

em segundo lugar com quatro vitórias e

feminino e voleibol masculino e feminino.

Instituições de Ensino Superior locais para

Ciência (Geórgia); Javna Ustanova Univer-

duas derrotas; no andebol masculino a AE

Na temporada passada disputaram-

o uso de modelos de ensino inovadores;

zitet U Tuzli Universitas Studiorum Tuzla

ISEP está em sexto lugar e a AE ISCAP em

se 482 encontros nesta competição pro-

promover a criação e consolidação da TF

e Univerzitet U Istocnom Sarajevu (Bós-

oitavo; no basquetebol feminino somos

movida pela Federação Académica do

enquanto profissão, nomeadamente atra-

nia e Herzegovina); University of Haifa,

primeiros com cinco vitórias em cinco

Porto com as várias AEs e clubes das Ins-

vés da criação de associações profissionais

Gordon Academic College of Education e

jogos; no basquetebol masculino a AE

tituições de Ensino Superior do Porto,

e ações de divulgação na comunidade.

Ono Academic College Association (Israel);

ISCAP é quinta com uma vitória e uma

que apura as melhores equipas para os

Rijksuniversiteit Groningen (Holanda); e

derrota; no futebol de 11 masculino a AE

Campeonatos Nacionais Universitários,

Sveuciliste U Zagrebu (Croácia).

ISEP é terceira com quatro vitórias em

promovidos pela FADU.

Financiado em cerca de um milhão de euros pelo programa Erasmus+, iniciou-se


13

CIÊNCIA

O KhronoSim é o mais recente projeto do

e virtuais conforme a necessidade dos

CISTER (Research Centre in Real-Time

cenários de teste”, explica o investigador

& Embedded Computing Systems), um

do CISTER/ISEP, Luís Miguel Pinho. Neste

dos vários grupos I&D do Instituto Su-

contexto, um “dos principais elementos

perior de Engenharia do Porto (ISEP). O

inovadores do projeto será a especifica-

arranque oficial dos trabalhos deu-se

ção e desenvolvimento dum emulador

no passado mês de outubro, sendo que

flexível de sistemas multi-core [área em

o principal objetivo é a criação de uma

que o ISEP é um ator de referência e, por

plataforma para testes em tempo-real

isso, assume a liderança desta parte],

de sistemas ciber-físicos em circuito

tendo em vista a análise de múltiplas

fechado.

configurações e cenários de execução”,

Projeto DETECT - a intervir na qualidade de vida

JoséMorais©

CISTER trabalha em plataforma para testes de sistemas ciber-físicos

Atualmente, os conceitos de Indús-

acrescenta o docente do ISEP. O Khro-

tria 4.0 (a chamada quarta Revolução

noSim reveste-se de particular impor-

O CEMAH, Centro de Estudos do Movi-

A aplicação desenvolvida procura avaliar

Industrial) e de Internet of Things (IoT)

tância, uma vez que nos seus setores de

mento e Atividade Humana da Escola Su-

e monitorizar variáveis quantitativas as-

são muito badalados, alcançando qua-

interesse – aeronáutica, aeroespacial e

perior de Saúde lidera o projeto DETECT

sociadas ao controle motor, que ajude no

se tanto os utilizadores da tecnologia,

transportes (automóvel e ferroviário)

- Desenvolvimento de tecnologias para

diagnóstico, prognóstico e reabilitação.

como aqueles que a desenvolvem. De

–, é importante o reforço da segurança

apoio à reabilitação do AVC. Este projeto

Estes sistemas de avaliação (plataformas

tal modo, que deveria haver uma maior

funcional dos sistemas.

destina-se, como o nome indica, a desen-

de força, electromiografia de superfície,

compreensão destes aspetos, nomeada-

Assim sendo, ambiciona-se a supressão

volver um sistema de apoio à reabilitação

acelerómetros, entre outros) só existem

mente ao nível da segurança e das suas

de falhas e erros de execução, que em

de pacientes com AVC, baseado numa

em laboratório. O objetivo é aplicar esta

implicações, sobretudo no que refere a

certos casos podem mesmo ter conse-

abordagem inovadora de intervenção, que

tecnologia em larga escala, desenvolven-

sistemas complexos que trabalham com

quências em termos de vidas humanas.

integra a evidência da disfunção bilateral

do um protótipo acessível nas unidades

pouca ou nenhuma intervenção humana.

O projeto KhronoSim é o segundo que

do controlo motor, de forma a maximizar

hospitalares e de fácil manuseio para os

“O KhronoSim criará uma plataforma

resulta da colaboração do ISEP com a Cri-

os ganhos em reabilitação.

profissionais de saúde.

modular e extensível, utilizável em múl-

tical Software neste tópico; o primeiro foi

O Acidente Vascular Cerebral represen-

O Projeto DETECT liderado pelo CEMAH

tiplos domínios e setores do mercado.

o V-SIS (Validation of Critical Systems),

ta uma das principais causas de morbi-

P.PORTO, é também uma colaboração com

O objetivo é que venha a permitir o

que abordou o desafio da validação de

lidade e mortalidade em Portugal, tendo

o Instituto Politécnico de Castelo Branco

controlo em tempo-real estrito e a in-

sistemas críticos através da criação de

grande repercussão na qualidade de vida.

(IPCB) e o Centro de Reabilitação do Norte

tegração de modelos de simulação para

um centro de competências para lidar

Assume por isso grande importância a

(CRN). Neste projecto estão ainda envolvi-

criação dum ambiente de teste em malha

com as mudanças e a evolução dos sis-

reabilitação, ajudar o doente a readquirir

das as áreas de Engenharia Informática e

fechada. No fundo, a plataforma deverá

temas críticos provocadas por evoluções

capacidades perdidas e criar soluções que

Engenharia de Electrotécnica do Instituto

alternar facilmente entre sistemas físicos

normativas.

promovam uma possível independência.

Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

ESE recebe evento da European Society for Evolutionary Biology

Estudante cria app para profissionais de Saúde no cuidado de idosos

O EvoKE 2017 contou com a presença de

mente considerada pelo National Resear-

Nuno Cardoso, estudante em Engenharia

comum, uma das principais caraterís-

cerca de cem participantes que incluíram

ch Council como um dos quatro temas

Informática pelo Instituto Superior de

ticas demográficas no país respeita ao

investigadores, professores, comunica-

centrais da Biologia que devem nortear

Engenharia do Porto, desenvolveu uma

gradual envelhecimento da população.

dores e jornalistas de ciência, represen-

a construção dos programas desta disci-

aplicação para telemóveis com utilidade

Assim sendo, importa apostar-se no de-

tantes de museus e políticos de 15 países

plina desde o pré-escolar. A conferência

para os profissionais de saúde, uma vez

senvolvimento de soluções que possibi-

europeus. Nas celebrações do 208.º ani-

foi estruturada em torno de uma série

que permite a deteção do modo de trans-

litem melhores condições para o cuidado

versário de Darwin, este encontro pre-

de sessões de grupo durante as quais os

porte para o cuidado de idosos, facilitando

diário de idosos. Neste sentido, tem vindo

tendeu lançar uma discussão europeia e

participantes identificaram problemas

as tarefas de prevenção e monitorização.

a ser dada mais atenção aos sistemas de

fomentar colaborações internacionais e

comuns e exploraram ideias para projetos

Os resultados motivaram uma publica-

auxílio remotos para ajudar os pacientes

interdisciplinares que contribuam para a

colaborativos internacionais e interdisci-

ção na conceituada IEEE Healthcom 2016

a cuidarem de si mesmos, diminuindo a

literacia científica sobre evolução. Dada a

plinares que fomentem literacia científica

e vão ser implementados pela Fraunho-

necessidade de prestação de serviços de

sua importância, a evolução foi recente-

sobre evolução.

fer Portugal. Como é de conhecimento

saúde convencionais.


14

TEMÁTICO

A Música a pensar nela própria

Centro de Investigação em Psicologia da Música e Educação Musical (CIPEM) Inicialmente a área de reflexão do centro incidiu em duas disciplinas nucleares: a Psicologia da Música e a Educação Musical. Hoje abarca outros espectros de reflexão ligados a temas quentes como a música na comunidade e inclusão social. São terrenos de análise e atuação extensos, que passam pela pesquisa do contributo de programas inovadores nas escolas, construção de linhas orientadoras para a pedagogia da música, formação de docentes ou análise de “contaminação do terreno”, tais como a implicação da música em ambientes socialmente deprimidos, isto é, prisões, coros de sem abrigo ou lares de 3.ª idade. “Os nossos investigadores, com os seus interesses próprios ligados à musicologia histórica, cultura, composição, etnomusicologia e sociologia vieram enriquecer AnnaAlmeida©

a dinâmica investigativa: saímos fora da sala de aula e fomos perceber como é que a música chega, de modo não formal, a tanta gente.” O CIPEM foi o responsável pelos pri-

Gabriela Poças

Boston e Doutora em Psicologia da Músi-

uma bolsa de doutoramento em Psicologia

meiros mestrados em Educação Musical e

A

ca pela Universidade de Keele, no Reino

da Música – “as únicas categorias seriam

Psicologia da Música em Portugal, em co-

tradição da investigação em

Unido, Graça Mota cruza a paixão pela

para os instrumentistas e para o bailado.

laboração com a Faculdade de Psicologia

educação musical é recente

execução com a reflexão do fenómeno

Tivemos de desbravar caminho” – e de

e Ciências da Educação da Universidade

em Portugal. Começou na dé-

musical. Essa paixão resultou na vontade

facto a Gulbenkian foi depois determi-

do Porto. Como antes da segunda altera-

cada de 80, e apresentou uma

de criar uma estrutura organizada de

nante para instalar o primeiro espaço do

ção à Lei do Sistema Educativo de 2005

clara expansão durante a época de 90,

investigação e formar equipa. “Perce-

CIPEM nas antigas instalações do ISCAP,

os politécnicos não estavam habilitados

consequência da política educativa (as

bemos que os países onde a educação

da Rua Entreparedes.

a conferir o grau de mestre, associámo-

reformas curriculares de 1992) mais cen-

musical tem uma tradição mais forte são

Hoje o centro está instalado na Unida-

nos à universidade. Formalmente são

trada na educação musical e na formação

também os países onde se investiga mais

de Técnico-Científica de Música da ESE,

mestrados em colaboração, “mas foi o

em metodologias decorrentes. A criação

os fenómenos ligados à música, educação

com o qual tem uma relação orgânica:

CIPEM que os promoveu. Abrimos aqui

do CIPEM em 1998 foi um sintoma des-

e sua relação, esclarece a coordenadora,

não só garante base de dados para a

algum caminho”.

tas preocupações ainda tímidas e o claro

queremos saber como é que as crianças,

investigação científica, tais como soft-

Hoje há outras contingências e as par-

entendimento das necessidades locais.

os jovens e os adultos aprendem música.

ware para tratamento de dados quan-

cerias continuam a ser determinantes.

Graça Mota, coordenadora do centro, deu

Como é que a compreendem, ouvem, per-

titativos e qualitativos e outros recur-

A integração no Instituto de Etnomusi-

o primeiro fôlego a este movimento e a

cecionam e se emocionam.”

sua narrativa pessoal é indiscernível da

sos, como dinamiza cursos e técnicas

cologia – Centro de estudos em música

A génese do centro foi paralela às insta-

de investigação nas áreas de ação. É

e dança (INET-md) com sede na Univer-

lações das Escolas Superiores de Educa-

um espaço sempre aberto, afirma com

sidade Nova de Lisboa enquanto polo au-

Pianista, licenciada em Pedagogia Mu-

ção e da sua posterior inclusão no sistema

orgulho, sublinhando a equipa de 12

tónomo do Politécnico do Porto trouxe

sical pela Staatliche Hochschule für Musik

politécnico. Não foi um percurso fácil,

investigadores integrados, a presença de

novas dinâmicas, parceiros, projetos e

und Theater de Hamburgo, Mestre em

assevera Graça Mota. A Fundação Calous-

uma bolseira a tempo inteiro, a música

metodologias. O Projeto Orquestra Gera-

Educação Musical pela Universidade de

te Gulbenkian recusou-lhe inicialmente

a ecoar nos corredores.

ção, ligado a questões de inclusão social,

história do CIPEM.


15

OPINIÃO

Os nós e os laços

do Voluntariado Marisa Ferreira

Professora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão

a parceria com o Serviço Educativo da

P

Casa da Música deu origem a múltiplos

nos permite.) Há uma perceção, ainda

os argumentos sobre as atitudes

apresenta a sua intervenção direta

trabalhos apresentados internacional-

que difusa, que o mundo em que

assumidas pelos jovens apresentam

em três áreas distintas, todas sob a

mente. No panorama internacional o cen-

vivemos é um mundo em transição

dissonâncias, dividindo-se entre uma

alçada do Gabinete de Integração

tro tem, desde a sua criação, colaborações

para algo ainda indefinido, uma ideia

crescente apatia e uma tendência

Académica e Profissional (GIAP). A

com outros centros e com universidades

em aberto que se completa com os

contrária relativamente às atividades

primeira, os estudantes mediadores,

da Europa à América Latina, e pertence,

seus distintos recetores. Na tentativa

de voluntariado, ainda que este

integra projetos de responsabilidade

entre outros, à rede PerforMe Network e

de ativarmos mecanismos que possam

crescimento pareça ser mais intensivo

partilhada entre as Escolas, os

à ISME – International Society for Music

arrancar-nos da indiferença, uma

no voluntariado ocasional do que

Serviços da Presidência e/ou as

and Education.

indiferença abrigada entre as forças

no regular. A nível europeu foram

Associações de Estudantes, são

Para além da aposta na formação, na

que nos faltam, as desesperanças

definidas várias políticas com vista

projetos associados a problemáticas

organização e participação em confe-

e as variáveis infinitas das muitas

a promover a participação de uma

sociais, saúde e bem-estar baseados

rências e seminários, nas publicações

vidas, o Politécnico do Porto organiza

maior diversidade e quantidade de

numa metodologia one-to-one,

várias, o centro tem a Revista de Música,

e dinamiza diversos programas de

jovens em organizações da sociedade

ou seja apoio de estudantes por

Psicologia e Educação, primeira publi-

voluntariado, enquanto manifestação

civil, pelo que é expectável que a

estudantes. A segunda área, liderança

cação dedicada à educação musical em

visíveis da intervenção social que o

participação cívica dos jovens cresça

e empreendedorismo social, cuja

Portugal, que vai passar brevemente a

P.PORTO procura promover.

no futuro. Portanto, o sentido de

responsabilidade está mais centrada

O paradigma deverá estar centrado

atuação das várias organizações parece

no GIAP, segue uma metodologia de

na troca, a justaposição entre vontades

encaminhar-se para a mesma direção,

mentoring e foca o desenvolvimento

assim como a multiplicação de novos

genuínas e necessidades efetivas,

assumindo o pressuposto da inclusão e

e sustentabilidade social e ambiental.

projetos desde a musicografia braille

duas alças que se atam e desatam

da diversidade.

Finalmente, a área da intervenção

a estudos de género nas bandas filar-

como um laço, que suscitam debates e

comunitária, incorpora projetos

mónicas. “Costumamos dizer, para um

vivências e que possibilitam o regresso

essencialmente da responsabilidade

projeto financiado temos de submeter

à capacidade de imaginar o que falta

seis”, desabafa. E se hoje é possível dizer

fazer, ou seja à materialização de um

que se alargou o âmbito de compreensão

futuro que se pretende completo, atento

dos fenómenos para além do paradigma

e inclusivo. Os voluntários podem

positivista, “o crivo continua sempre

fazer contribuições consideráveis,

mais exigente para as Ciências Sociais

suportando comunidades a vários

e Humanas”.

níveis através de um amplo espectro

e inspirado no projeto venezuelano El Sistema, foi feito em colaboração com o Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Também

e-revista. Este é um dos desafios para o futuro,

“Queremos pensar que ajudamos a

ensar o voluntariado é

um impacto futuro positivo. Portanto,

pensar em outros a partir de

um olhar mais atento permite-nos

componente da formação abrangente

nós. (Logo aqui percebemos

identificar um movimento de múltiplos

que esta instituição de ensino

as diversas e distintas

diálogos que articula diversas partes.

superior disponibiliza. Nas diversas

interpretações que a palavra “nós”

de atividades, contribuindo para a

contrariar esta tendência do que vale

humanização de cenários, nem sempre

ou não em investigação, valorizar o eixo

amigáveis. Ao mesmo tempo, podem

ibero-americano para além do anglo-

estar a fortalecer as suas motivações

saxónico, alargar a dinâmica investigati-

intrínsecas, a aprender, a valorizar a

va para além da tendência bibliométrica,

sua formação, a desenvolver as suas

que pouco tem a ver com ciência e inves-

competências, a fortalecer a sua rede

tigação e mais com o investigador, o que

de contactos e, eventualmente, a

produz, publica e quantas vezes é citado.”

encontrar uma vocação. Para além

A investigação deverá ser mais que

disso, alguns trabalhos científicos

Ao longo da última década,

Os referenciais que fazem parte integrante do P.PORTO abarcam preocupações com a formação de cidadãos íntegros e incluem a convicção de que o voluntariado é uma permanente afirmação de encontros

Como tal, é uma importante

abordagens possíveis, o P.PORTO

de entidades externas promotoras de voluntariado com interesse social e comunitário. Assim, o P.PORTO chama a si gestos e significados apropriados, validando experiências que se desmultiplicam permanecendo múltiplas na unidade, resultando dos nós e dos laços inerentes aos vários programas de voluntariado, tentando condensar o tempo numa atuação mais consciente e comprometida. É um esforço com o qual a instituição se identifica, criando oportunidades para que a comunidade do P.PORTO possa encontrar respostas dialogantes, esperando contribuir/ melhorar as experiências de todos

isso e conclui: “A investigação serve es-

mostram que o envolvimento cívico

sencialmente para melhorar a vida das

dos jovens, na instituição escolar, na

aparecimento de uma cultura de maior

pessoas.”

comunidade e na sociedade, poderá ter

envolvimento e responsabilidade.

os participantes, facilitando o


16

QUEM É?

SABIAS QUE?

Hélder Guimarães, o melhor ilusionista nacional, da ESMAE para o mundo

Os SAS estão a criar um novo conceito de oferta alimentar - Menu 4.0

NÓS NA NET Plataforma ALUMNI A Comunidade do P.PORTO num só clique!

AGENDA VIII edição do Colóquio de Finanças Empresariais - Inovar para Competir 3 de março | Auditório Luís Soares

Vive em Los Angeles, Estados Unidos, des-

Foi com os olhos (e o coração) postos nos

A sétima edição do Colóquio de Finan-

de 2012, mas nasceu em Miragaia, Porto,

nossos antigos estudantes (Alumni) que

ças Empresariais, subordinada ao tema

em 1982. Hélder Guimarães, licenciado

o Politécnico do Porto adquiriu a plata-

Inovar para Competir, decorre no dia 3

em Estudos Teatrais pela Escola Superior

forma P.PORTO Network. Utilizada pelas

de março, pelas 18h, no auditório Luís

de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE),

Instituições de Ensino Superior mais con-

Soares do Campus 2, em Vila do Conde.

é hoje o mágico português com maior

ceituadas a nível mundial (UCLA, Oxford,

renome internacional. Já foi convidado

entre outras), esta iniciativa do P.PORTO

Curso Livre de Corseterie

para atuar na festa de Natal da Google e,

é pioneira no contexto nacional.

Até 23 de março | ESMAE

em 2006, com apenas 23 anos, Hélder tor-

O P.PORTO Network é uma plataforma

O objetivo principal deste curso é o de uma

nou-se, na Suécia, no mais novo vencedor

digital que permite, depois de um registo,

formação complementar para figurinistas

do World Championship of Card Magic.

que os Alumni estreitem a sua relação com

e designers de moda ou modelistas, tendo

os atuais docentes, estudantes e funcioná-

em conta o desenvolvimento e a consolida-

Como estamos? Onde queremos estar?

rios do Politécnico do Porto. A principal

ção de um interesse específico no âmbito

Foram duas interrogações colocadas pelos

funcionalidade do P.PORTO Network é

das estruturas que definem a silhueta do

SAS e para as quais procuraram, durante

encontrar antigos colegas e docentes,

vestuário de determinadas épocas.

o ano de 2016, as melhores respostas.

divulgar eventos, criar páginas temáticas, partilhar fotografias e recordações,

de um processo de diagnóstico, realizado

ficar a par dos eventos e das novidades do

I Jornadas Científicas de Processo Civil

com a Comunidade P.PORTO, com as AEs

P.PORTO. Mas também pode servir para

31 de março | ESTG

encontrar ou anunciar um emprego ou

Este evento abordará novos temas, con-

de peritos na área da restauração coletiva.

estágio, divulgar uma empresa ou serviço,

troversos, essenciais para a Licenciatura e

Concluída a caraterização, foi definida a

ser ou encontrar mentores.

Mestrado em Solicitadoria e, consequen-

CatarinaMarques©

A primeira fase foi concretizada através

e com a FAP. Esta fase contou com o apoio

Anos mais tarde, em 2012, esteve vários

dade e personalização dos menus, centra-

exemplo: nome, Escola, curso, empresa,

levada a cabo pelo Solicitador, Agente

meses no Geffen Playhouse, sempre com

dos no público-alvo e no compromisso com

país, entre outros) e encontrar quem está

de Execução, Advogado, Juiz e demais

lotação esgotada, com Nothing to Hide,

uma alimentação saudável e sustentável.

disponível para fornecer orientação na

profissionais com interesse na área.

nova visão. Qualidade, inovação, simplici-

É já possível pesquisar por filtros (por

temente, para a atividade profissional

um espetáculo, muito bem recebido pela

Na fase seguinte foi desenvolvido o novo

criação do próprio negócio ou na procu-

crítica, em que Hélder misturava magia

conceito, focado em três objetivos. Primeiro:

ra de emprego; acompanhar estudantes

e performance teatral — essa é, de resto,

um novo serviço que ofereça novos produ-

ao longo do curso; responder a dúvidas

Are you ready for the Future of Internet?

a sua assinatura artística, fruto da sua

tos e novas ementas. Segundo: um porte-

sobre a sua área profissional; partilhar

5 de abril | ESMAD

formação em teatro e paixão pela magia.

fólio de produtos de cafetaria, com servi-

a sua experiência profissional em aula/

A primeira edição da Conferência de Sis-

Criou, desde então, três espetáculos a solo

ço inovador e diversificado. Terceiro: um

seminário/conferência; ou receber visitas

temas Interativos e Inteligentes abordará

que também andaram em digressão: The

modelo com uma visão comum, apto a ser

no seu local de trabalho.

temas como a User Experience, Sistemas

No-Show Show, This is Not Normal e Incom-

implementado em cada uma das unidades.

Aproveite esta oportunidade para ex-

Adaptativos e Responsivos, Realidade Vir-

plete. Este antigo estudante do P.PORTO,

A nova Cafetaria da ESS assumiu a res-

pandir a sua rede. São muitas as oportu-

tual e Aumentada e Inteligência na Web.

que já viajou um pouco por todo o mundo,

ponsabilidade de ser a unidade-piloto,

nidades de desenvolvimento académico

escreveu um livro para aspirantes a mági-

onde é possível provar um creme de ce-

e/ou profissional para os membros des-

cos profissionais, Reflections; foi consultor

noura com laranja, um wrap de salmão

ta comunidade exclusiva com mais de

artístico de vários programas de televisão,

fumado ou uma salada caprese.

100.000 pessoas.

como o The Tonight Show (com Jay Leno à

E porque os SAS procuram desafiar o

época), e peças de teatro, como The Dumb

dia-a-dia, está em curso a construção do

Waiter de Harold Pinter; fez formações em

Novo Conceito Global de Alimentação –

empresas; e esteve nas conferências TED.

Menu 4.0, baseado nos seguintes vetores:

Por duas vezes foi-lhe atribuído o prémio

oferta alimentar, conforto, complementa-

Parlor Magician of the Year pela Academy

ridade, monitorização e controlo.

of Magical Arts de Hollywood, uma espécie de Oscar para ilusionistas.

1

O Menu 4.0 será implementado em todas as Escolas no próximo ano letivo.

VII Conferência Investigação e Intervenção em Recursos Humanos 6 e 7 de abril | ISCAP Esta conferência dá voz, simultanea-

Junte-se a nós!

mente, à academia científica e ao tecido organizacional/empresarial, dando espaço para profissionais, investigadores

• IPP.PT/COMUNIDADE/ALUMNI • PPORTONETWORK.ORG

e estudantes, nacionais e internacionais, apresentarem boas práticas profissionais, projetos e investigações originais.

Direção Rosário Gambôa | Coordenação António Marques, Rui Pinheiro | Redação Gabriela Poças, Isaura Magalhães, Miguel Carvalho, Olga Leite | Design Dino Vázquez | Colaboração José Morais, Anna Almeida Ano I | N.º 3 | Tiragem 4000 | ISSN. 2183-8917 | Morada Rua Dr. Roberto Frias, 712 , 4200-465 Porto, Portugal | Telefone +351 225 571 000 | Web ipp.pt | Email ipp@ipp.pt


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