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LAURA LINKONEVA

TRANQUILIDADE E UMA NOVA CARREIRA NA FLORESTA

Laura Linkoneva, atualmente estudando para tornar-se operadora de máquinas florestais, recentemente se viu trabalhando em um turno da noite, em condições desafiadoras. Estava chovendo e a escuridão de outono havia invadido a floresta. “Me perguntei se eu preferia estar trabalhando em outro lugar. A resposta foi simples: definitivamente não. Isto é exatamente o que eu quero fazer”, afirma Laura, que deu uma reviravolta em sua carreira.

Até pouco tempo atrás, Laura Linkoneva era conhecida como uma estudante de investimentos e investidora ativista, que inspirava jovens e mulheres em especial para conhecerem o mundo dos investimentos e da economia.

No entanto, anos de estudo enquanto trabalhava, escrevia, blogava e atuava como influenciadora nas redes sociais ao mesmo tempo, tiveram um efeito no enfrentamento de todas essas atividades.

“Podemos dizer que a exaustão me levou para a floresta”.

Laura conta que ela gosta de estar na floresta desde criança, fazendo atividades de orientação, escotismo e exercícios ao ar livre com o cachorro dela. Toda vez que ela ia para a floresta, sua ansiedade passava e ela se sentia melhor.

“Comecei a pensar que talvez eu deveria fazer da floresta minha profissão. Encontrei informações sobre o treinamento online para operador de máquinas florestais, e fiquei empolgada. Na mesma hora preenchi a inscrição e, desde então, não olhei mais para trás”.

Depois de dez anos em Helsinki, Laura se mudou para a área “pé-nochão” de Pirkanmaa. Durante seus estudos, ela mora com seus pais em Mänttä-Vilppula, estuda em Kuru e o trabalho de operadora tem levado ela para Juupajoki e Ruovesi, por exemplo.

“Atualmente estou à procura de uma casa para mim, escondida na floresta e sem vizinhos próximos. Depois de encontrar meu lar, estou planejando comprar algumas terras com floresta para mim. Sinto que já vivi suficiente a vida na cidade grande”, afirma Laura.

UM OPERADOR DE MÁQUINA FLORESTAL É COMO UM TESOUREIRO Laura entrou na silvicultura com a mente aberta e sem preconceitos. Foi apenas depois que começou seus estudos que ela aprendeu, por exemplo, que forwarders e harvesters são máquinas diferentes.

“A diversidade, as exigências e o grau de responsabilidade me surpreenderam positivamente. Operar a máquina é apenas parte de todo o trabalho. Um bom operador é dinâmico, ambicioso e disposto a desenvolver sua expertise”.

Laura destaca que o operador de máquinas florestais também é um tesoureiro.

“Tesoureiro é um termo totalmente apropriado para descrever um operador de máquinas florestais, que cuida da propriedade de outra pessoa e recebe o capital do

“A indústria florestal e a responsabilidade caminham juntos. O estado de bem-estar social da Finlândia não existiria sem florestas e sem indústrias florestais”.

proprietário da floresta para produzir ganhos. Eu trabalho com a floresta dos outros com o mesmo cuidado como se fosse minha própria floresta, ou mais”.

UMA VERDADEIRA GAROTA PONSSE No começo dos seus estudos, Laura decidiu não favorecer nenhum fabricante de máquinas em particular, ela queria aprender a operar máquinas de todas as diferentes marcas. Ela também ficava feliz quando operava máquinas mais antigas. Conforme adquiriu experiência, ela começou a questionar sua decisão, já que as máquinas de um fabricante em especial se destacavam das demais em termos de ergonomia e conforto do operador.

“Não consegui evitar. Num instante me tornei uma verdadeira garota Ponsse. Talvez tenha algo a ver com minhas raízes Savonianas”, sorri Laura.

“A PONSSE Wisent me agradou mais do que os outros forwarders, e gostei de trabalhar com ele. Cheguei a operar um Scorpion na escola, e agora estou trabalhando com um Scorpion King. Sou apaixonada pela empresa. Mesmo agora estou usando um boné da Ponsse, e tenho investido em ações da Ponsse.

Laura irá se formar como operadora de máquinas florestais através de um estágio, o que significa que os estudos teóricos são concluídos na escola e o treinamento prático é feito no local de trabalho. Laura está empregada na Metsä-Multia Oy, uma empresa que fornece serviços de colheita e exploração florestal na Finlândia central. O trabalho é realizado em dois turnos.

“Sempre tenho um operador mais experiente como parceiro. Realmente é muito bom receber o feedback e dicas de um profissional. Temos uma boa cooperação, portanto é uma parceria muito boa”, agradece Laura.

“Na Metsä-Multia, todas as máquinas têm nomes, e o Scorpion King que eu opero chama-se Björn. Eu falo com Björn como falaria com um colega humano. Dou bom dia quando chego no trabalho e até logo quando termino. Elogio a máquina, quando faz um bom trabalho. Björn é meu parceiro de trabalho”.

A SILVICULTURA MOTIVA Laura comenta que muitos dos seus colegas de escola escolhem a indústria devido ao interesse em motores e máquinas potentes, e à possibilidade de operá-las. Laura é motivada principalmente pelo seu interesse na exploração florestal.

“A indústria florestal e a responsabilidade caminham juntos. O Estado de bem-estar social da Finlândia não existiria sem florestas e sem a indústria florestal”, afirma.

Quando se trata de exploração florestal sustentável e do respeito ao meio ambiente, o resultado final depende muito da expertise e da atitude do operador.

“Penso que deviam existir mais áreas protegidas mas, por outro lado, o que é muitas vezes esquecido quando falamos sobre este problema, é que os operadores tomam inúmeras boas decisões quando trabalham em florestas comerciais. Gostaria que tivesse mais diálogo no debate sobre a exploração florestal”.

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