Com muita frequência, portanto, nos assuntos humanos estamos sujeitos a Saturno, através do ócio, da solidão ou da força, através da Teologia e da mais secreta filosofia, através da superstição, da Magia, da agricultura e através da tristeza. — Marsilio Ficino (1433-1499), O Livro da Vida
Saturno constitui um dos mais complexos arquétipos na mandala astrológica. A maior parte dos outros planetas revela seu lado problemático quando combinados com Saturno — e, realmente, Saturno é o capataz arquetípico entre os planetas. Escuridão, destruição, doenças e atraso são todos lançados sobre os ombros de Saturno. Mas, Saturno também era o regente da Idade de Ouro mitológica, a alegre primavera da humanidade. Reza a tradição astrológica que os benefícios de Saturno seriam maiores — ou ao menos mais substanciais — do que os de qualquer outro planeta. Claro, faz parte da natureza humana botar toda a culpa em um dos lados da cerca enquanto coloca simultaneamente todo o crédito em outro lugar e, na astrologia, esses papéis polarizados foram atribuídos a Saturno