O Ponte Velha | Fevereiro de 2015

RESENDE E ITATIAIA - Fevereiro de 2015 Nº 226. ANO 21 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Ordem e Progresso:As águas (ainda) vão rolar?

Aspecto do lago da Represa do Funil, próximo ao Clube Náutico - Foto de Rodrigo Carvalho, Fevereiro de 2015

Rio Paraíba do (Sul, Transposição Não! marcha rancho) Rio amigo... Amigo rio...

São Paulo quer alterar O seu curso natural E não podemos deixar Este mal acontecer, Pois o povo desta região Depende muito de você!

Bem alto cantaremos: Não e Não Pra esta nefasta transposição (Bis)

Autor : Claudionor Rosa Tema do Rancho Carnavalesco Chuveiro de Prata para o Carnaval 2015

Generosa fonte de vida Para o verde e os animais Você sacia toda sede...

Suas águas recebem o pranto E lava o corpo da população Defende-lo sempre e sempre É nossa legitima Obrigação!

2 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2015

POLITICÁLYA

1) PENSAMENTO DO MÊS - Pior do que a porcada gorda que sai é a porcada magra que entra comendo até as tabuas do chiqueiro.

Senador Severo Gomes.

2) DEDICATÓRIA - Dedicamos a coluna deste mês ao nosso amigo Professor Antonio Robson Dias, que exerceu, com seriedade e competência, importantes funções públicas aqui em Resende: Diretor de Cultura (1983-1988), Secretário de Educação (1997-2000) e Secretário de Cultura (2001-2007), além de Diretor da Ciretran. No Governo Rechuan, exerceu várias funções.

Atualmente, enquanto aguarda nova convocação, curte a sua casa, na aprazível Serrinha.

3) PSB: DO PC AO MDB

A presidência do PSB em Resende –– antes ocupada pelo combativo e entusiasmado filiado Paulo César de Oliveira Pinto, o PC –– poderá ser ocupada pelo Miguel Dias Balieiro, o MDB. É bom lembrar que o nome completo do Dr. Miguel é Miguel Gilberto Dias Almeida Balieiro Diniz Mariano Moreira Camarinha. A propósito, a Executiva Provisória do PSB, em Resende, é também formada por uma Balieiro (Soraia) e um Dias (João Pedro Dias Vieira), primos do Miguelzinho. A candidatura do Miguelzinho já subiu a serra e chegou nas Minas Gerais, lá em Arimatéia.

Sá Maroquinha, política e agitadora cultural, logo que ficou sabendo da candidatura do Dr. Miguel, pegou o primeiro ônibus para Resende, e, à noite, já estava na reunião da Saá, a Sociedade de Amigos de Arimatéia. Foi a primeira a falar, após a abertura dos trabalhos: –– Premeramente, meu banoite a todos. Segundamente, quero dizê que, prá Presidente, lá em casa, nóis sempre votô na Dirma, mas agora o negócio ficou deferente: com a candidatura do Miguézinho, fio do falecido cumpadi Juca, nóis vai votá nele!

O Diretor da Saá tentou explicar para Sá Maroquinha: –– Sá Maroquinha, quero lembrar à distinta conterrânea que o Miguelzinho é candidato a Presidente aqui em Resende!

Sá Mariquinha não deixou por menos: –– Meu fio, dá prá vê que vancê não tem muita experiença política. Prá Presidente a gente póde votá de quarqué lugá. Num interessa de adonde o candidato seja!

O Diretor tentou, mais uma vez: –– Desculpe, Sá Maroquinha, mas acho que a Sra. não entendeu que o Miguelzinho é candidato a Presidente do PSB! –– Meu fio, pra nóis num importa de que partido o Dotô Miguézinho seja.

Nóis vai votá nele, e pronto!

além de deixarem dúvidas se algumas faixas estão funcionando ou não.

Cobriram muito mal as faixas desativadas, Como se vê na foto, defronte ao Restaurante Celeiro e ao Açougue Pica Pau. Além dessa da fotografia, existem outras duas faixas confundindo o trânsito –– defronte ao Rei dos Queijos e defronte ao Mercado Rosado –– , deixando dúvidas se estão valendo ou não. Será que os “donos do trânsito” estão esperando acontecer um acidente sério para tomarem uma providência?

4) AINDA OS “DONOS DO TRÂNSITO” DE RESENDE Pesquisas revelaram, nas eleições de 2008, que uma das principais reivindicações dos eleitores resendenses era a melhoria no trânsito. Rechuan venceu as eleições e enfrentou o problema, com coragem e determinação. Após várias e inteligentes mudanças, amplamente discutidas com toda a sociedade, houve uma considerável melhora no trânsito da cidade, ainda que o número de veículos tenha aumentado muito. De uns tempos para cá, porém a postura dos responsáveis pelo trânsito mudou muito ... e para pior. Parece que esses agentes públicos não entenderam a verdadeira dimensão de suas funções.

Não percebem que, acima de estarem lidando com o trânsito, estão lidando com vidas humanas. Não estudaram o Código de Trânsito Brasileiro para entenderem que o sistema é protetivo ao pedestre. Assumiram uma postura imperial e não atendem aos reclamos populares –– nem mesmo aos registrados na Ouvidoria Municipal (muito bem conduzida pelo Celso Dutra) –– em inequívocas demonstrações de abuso de poder, como segue:

4.2 - A DISCUTÍVEL INTERVENÇÃO NA AVENIDA GENERAL AFFONSECA - Uma pedra no meio do caminho do Rechuan, essa intervenção na Avenida General Affonseca, que funcionava muito bem, obrigado! Querem fazer um calçadão em uma avenida repleta de casas residenciais, o que parece fadado ao insucesso, pois teria que ser secionado, em inúmeros pontos, para a entrada das garagens. Até agora a “não obra” só serviu para prejudicar os moradores e comerciantes da Avenida. Seria prudente fazer consulta aos moradores e comerciantes da Avenida. Convém lembrar que todas as mudanças de trânsito anteriormente feitas pelo Governo Rechuan foram precedidas de amplo entendimento com os envolvidos. Talvez seja a razão de terem sido bem sucedidas!

4.1 - AS FAIXAS DE PEDESTRES NO MANEJO -

4.3 - A CARGA E DESCARGA NO ROYAL CAMPOS ELÍSEOS - Ali defronte uma banca de jornais, funcionava a carga e descarga do Royal Campos Elíseos. O trecho foi fechado com cavaletes, e agora não serve para nada. Apenas está fechado. Os caminhões são forçados a atrapalharem o trânsito. Vamos rever essa atitude?

5) A SUCESSÃO em Resende

Insistem em manter um trecho de 400 metros sem faixas para travessias de pedestres (entre o Grupo Oliveira Botelho e a Padaria Luso-Brasileira),

Em nossa opinião, o Prefeito Rechuan e Deputada Estadual Ana Paula serão os cabos eleitorais mais fortes

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nas próximas eleições de Resende.

Como, pela legislação eleitoral, não poderão ser candidatos a Prefeito, certamente escolherão um candidato para a sucessão do Dr. Rechaun. A importância do apoio dos Rechuans é evidente, sob várias análises. Para quem gosta de números, o Pedra, como candidato a Deputado Federal em 2010, obteve 12.198 votos em Resende. Agora em 2014, como candidato da base do Rechuan, subiu para 18.379 votos na cidade. Uma ameaça à influência rechuanista repousa no recurso que aguarda julgamento no Tribunal Superior Eleitoral. Se o TSE confirmar (toc, toc, toc!) a sentença do TRE, o Rechuan terá que voltar para o final da fila. Caso o TSE reforme a sentença do TRE, Rechuan continuará nadando de braçada na política resendense. Basta que ele atue em três áreas: a) conclua algumas prometidas obras; b) não descuide da administração de pequenas obras (Avenida Cel. Mendes; Av. Gen. Affonseca; Cemitério de Automóveis; Coreto da Praça Oliveira Botelho; reforma das Praças da cidade etc); c) escolha uma boa dupla de candidatos.

No cenário atual, uma dupla se destaca como provável merecedora do apoio dos Rechuans: os competentes e carismáticos Diogo Balieiro e Sandro Ritton. Aquele, médico e cirurgião oftmalmologista. Este, sócio de consagrado escritório de contabilidade. Filhos de tradicionais políticos de Resende, desfrutando de excelentes conceitos pessoal e profissional, despontaram como uma nova força política de Resende. Dificilmente não serão cogitados como candidatos da base aliada do Rechuan, embora tenham possibilidades próprias de concorrer. Resta saber se virão juntos ou separados.

A oposição também parece ter encontrado o seu candidato, o Dr. Julianelli, Deputado Estadual do PSOL, recém

empossado. Sem prejuízo de não ter obtido uma grande votação, com seus 10.066 votos em Resende e 11.805 no total, conseguiu ser Deputado Estadual, coroando a estratégia política que adotou. Julianelli está plenamente convicto que precisa fazer alianças para vencer a eleição e tem claramente definido que despreza as alianças meramente pessoais, mas se dispõe a fazer alianças programáticas. Além do mais, não se descarta uma aliança do Julianelli com o Noel de Carvalho.

Eles têm manifestado uma recíproca simpatia, e, se aprofundarem conversações, logo encontrarão identidades programáticas, em torno das quais poderá ser construída uma aliança - o que causaria um enorme frisson na oposição e muitas rugas na situação.

Por último, costeando o alambrado, como dizia o Brizola, nota-se grande movimentação, inclusive a do poderoso Pedra, respaldado na estrutura não menos poderosa do PDT, competentemente administrada pelo dedicado Totonho Zerodoze e equipe. O Dr. Miguelzinho Dias, competente Secretário de Agricultura (e Pecuária), também vem sendo lembrado como candidato.

O PP é um partido muito forte em Resende e poderá entrar na disputa.

Soraia Balieiro figura em todas as listas e abrilhanta a competição.

Alea jacta est!

6) CONTINUAM BAGUNÇANDO O CORETO - Apesar de nosso Prefeito ter mandado resolver o problema, continuam bagunçado o Coreto da Praça Oliveira Botelho, usado como motel/hotel de moradores de rua, em flagrante atentado ao pudor e desvirtuamento do uso do coreto. Gente, é a Praça principal da cidade, defronte a nossa Igreja Matriz, palco da futura sede da Câmara Municipal. É uma pena que o governo tenha investido tanto na reurbanização da Praça e não consiga coibir o

Expediente

Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho Reg. 12 . 923

Arte gráfica: Afonso Praça Edição: Marcos Cotrim 21-98833. 2248 24- 99301 . 5687

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seu uso indevido. Está mais do que na hora de os Secretários Municipais responsáveis pelo assunto resolverem o problema. Suas inércias estão prejudicando a imagem da Administração.

7) TESTE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE A POLÍTICA DE RESENDE - Com relação ao desenho abaixo, marque a opção certa:

( ) Morales Piegas medita sobre seu importantíssimo cargo de Tesoureiro, mais conhecido como Camerlengo. ( ) O famoso ator/cantor Renatito Morales em cena do filme “As Sandálias do Pescador”, no qual teve uma pequena participação. ( ) O Camerlengo medita sobre o Orçamento Público, em sua nova sala no Complexo Administrativo. ( ) O Camerlengo medita sobre Contas a Pagar e seus pesadelos com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Afinal, 2016 está aí ... ( ) Apenas a 2ª opção não está correta.

J.Carlos-Capa d’A Cigarra, 1915

Piloto queimado vivo, piloto jogando bomba em aldeia, Palestina tomada na mão grande, os Grandes financiando o tabuleiro do joguinho infantil de War, quem tem mais território, a criança que corrre queimada desesperada no Vietnan, o agente laranja, as bruxas queimadas nas fogueiras, a Joana Darc, as cruzadas, quem tem mais território, o Tim Lopes queimado no meio dos pneus, a polícia subiindo o morro do cais do Valongo dando tapa na cara dos pretos, mas nois agora tem fuzil HK, bota aí no yutube que nois agora cruza a cabeça dos homi com HK, os alemão..., ressentimento da Alemanha com a humilhação depois da primeira guerra, quem tem mais território, cremação, Lampião, ressentimento do povo do sertão, humilhação, coroné, Virgulino, vamos capá esse cabra, cidadania, a cidadania está na nossa cara a toda hora, a escola não ensina ela, não ensina a dignidade, a dignidade é ser com a Terra, é possuir três alqueires e uma vaca, é exercer seu empreendimento, é não estar submetido a nenhuma entidade de Deus, é ser Deus porque Deus está apenas em tudo, não à parte das coisas como uma entidade em si, o mistério é o universo, é o tempo, auto-obra aberta de quem somos consciência, e a consciência de si respeita a si mesmo, tudo é um, tudo é a origem, o movimento, não tem sentido inventar um segundo mistério, um misté-

Vergonha

rio de segunda, pra justificar o mistério inominável, e os mistérios de segunda vão brigar, e é tudo tão sagrrado que devíamos cortar a grama com as unhas, falta terra na sopa da cultura, as nossas pernas são raízes, e quando forem vão sair das nossas cabeças uma ciência e uma técnica que não nos envergonharão, se a nossa perna for raiz, se a gente for uma espécie de árvore, porque as árovres têm sido ultimamente mais bonitas do que os homens, mas se o homem agir enraizado no humus pode ser tão bonito quanto a árvore.

PS: Hoje não tem PS.

Fevereiro de 2015 - O Ponte Velha -

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4 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2015

E ela chegou

ITATIAIA em Pauta NOVA MESA DIRETORA NA CÂMARA

Vegetação que se alimenta de exagerado teor de matéria orgânica despejada no Paraíba.

Foto de Eliel Queiroz, registrando as águas a montante da mini-hidrelétrica de Queluz, SP.

Chegou com força total e veio para ficar. A primeira vez que falei sobre ela foi no final dos anos de 1980. Não sou um especialista no assunto, mas conversei bastante com gente que a conhece profundamente. Nos últimos meses ocupei este espaço do jornal falando várias vezes dela. Nem eu aguentava mais, tanto que prometi esquece-la e falar da novela das oito. Não consegui. Estou eu aqui falando dela novamente. Ela tem nome e sobrenome: crise hídrica.

Quem me apresentou a dona crise hídrica, foi o Pedro Braile, renomado engenheiro sanitarista. Ele me dizia, lá em 1988, que ela viria, dava uns trinta anos para que isso ocorresse. Ocorreu antes, assim como está acontecendo com as previsões para a elevação das temperaturas do planeta e o derretimento das geleiras.

Besteira de ambientalista. Sempre ouvi isso ao longo desses últimos anos.

Claro que não gostei, principalmente de ser rotulado de ambientalista. Quem quiser me rotular de alguma coisa, me chame de humanista, tricolor, pai da Camilla e do Thiago.

Finalmente, a classe política acordou para o problema. Antes tarde do que nunca. O problema, como sempre acontece, pode ser o uso apenas político dessa crise, aproveitando que a mídia só fala nisso, e deixar de lados as soluções, que são muitas e necessárias, para apenas começar o enfrentamento de uma catástrofe que se avizinha. Sem alarmismo.

Políticos enaltecem a necessidade de obras de engenharia, ambientalistas dizem que a preservação do meio ambiente é primordial. Vamos precisar de obras e também de ações de recuperação de nascentes, matas ciliares e topo de morros, principalmente essas. Reduzir consumo, reusar, aproveitar a da chuva e racionamento são inevitáveis.

O Pedro Braile me falava da necessidade de estocar água. Na cheia, estoca, usando depósitos de água que seriam construídos nas margens do próprio rio.

Na escassez, volta com a água do estoque para o rio, ou a transporte direto para o sistema de abastecimento. Funciona como uma caderneta de poupança.

Mas isso não se faz com varinha de condão. Tem que planejar e executar.

Planejamento, essa palavra tão ausente do dicionário dos nossos “gestores públicos”. Você já ouviu algum dos nossos prefeitos da Região das Agulhas Negras propondo alguma solução? Nem eu. O negócio, literalmente, deles é outro.

Tenha uma boa crise.

Eliel de Assis Queiroz/Presidente do Comitê Pela Transparência de Resende

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Na noite do último dia 03 de fevereiro, foi realizada a primeira Sessão Ordinária, que tratou dentre outros assuntos, da votação do afastamento temporário do prefeito Luis Carlos Ypê, que por recomendação médica, tirou licença de 15 dias, com o objetivo de dar continuidade a um tratamento de saúde.

Com a licença, o vice prefeito Edmar Barbosa da Silva, assume o cargo provisoriamente. Logo em seguida, foi realizada a Sessão Especial de Apresentação da Nova Mesa Diretora para o biênio 2015/2016: presidente: Jair Balbino da Silva, o Jair Porquinho, vice-presidente: Imberê Moreira Alves, o Imberê, 1º Secretário: Eduardo Guedes da Silva, o Dudu, e para 2º Secretário: Carlos César de Paula, o De Paula (foto). Com Marlene Modesto/CMI

IDOSO NA PISCINA Os idosos da cidade estão aproveitando o verão para entrar e forma e se refrescar simultaneamente. O Centro de Convivência do Idoso (CCI) oferece aulas de hidroginástica para cerca de 100 idosos em academia situada no bairro Jardim Itatiaia.

As atividades reúnem quatro turmas com aulas todas as terças e quintas-feiras, pela manhã (7h e 8h), e à tarde (17h e 18h). De acordo com a coordenadora do CCI, Simone Siqueira, para ter acesso às aulas, o morador precisa estar cadastrado no CCI, no CadÚnico e deve apresentar atestado médico comprovando aptidão para o exercício físico. “A primeira aula foi um sucesso.

Eles adoraram fazer os exercícios. No calor, a hidroginástica é a melhor opção para a terceira idade”, frisou a coordenadora.

Os interessados em fazer aulas de hidroginástica gratuita em Itatiaia devem fazer cadastro no CCI, a Rua Coronel José Mendes Bernardes, nº 441, no bairro Vila Paraíso.

ATLETA SUPERA O RECORDE BRASILEIRO DE HIGHLINE O highliner catarinense Rafael Bridi bateu o recorde nacional de uma travessia de highline nesta quinta-feira ao completar os 100 metros de fita estendida a 60 metros de altura no Maciço das Prateleiras do Parque Nacional do Itatiaia (Resende, RJ), a 2400 metros de altitude. A marca supera o recorde de 92 metros, também de Bridi, realizado na Itália. (Com SMTR)

Opinião- CRISE HÍDRICA O País vive uma estiagem histórica, sem precedentes, que vem diminuindo drasticamente os níveis das represas deixando preocupado as autoridades do Sudeste que vem pedindo o uso consciente do recurso evitando o desperdício.

O nível dos quatro principais reservatórios do Rio Paraíba do Sul é o pior em quase 40 anos. O reservatório do Funil que fica em Itatiaia, atingiu o nível mais baixo da história. Os últimos dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que o volume do reservatório caiu para 3,49% de sua capacidade, o menor desde que ele começou a operar, em 1969.

Itatiaia vem sendo alvo de reportagens que vem destacando a abundância dos recursos hídricos da cidade, já que somos abastecidos por nascentes do Parque Nacional, e a falta de tarifação na utilização desse recurso. Algumas reportagens chegam ao cúmulo de acusar o cidadão por desperdícios e até por furto através de ligações “clandestinas”.

A cidade que vive com um sistema de captação, distribuição e armazenamento com mais de 20 anos, que não teve nenhuma obra nos últimos anos para melhoramento. Com a vinda das Indústrias o consumo tem aumentado e a falta de planejamento e ações concretas do Governo faz com que muitos bairros, mesmo com essa abundância toda noticiada, vem sofrendo com falta de abastecimento, pois os poucos reservatórios que temos já não são mais suficientes.

A Prefeitura de Itatiaia noticiou há duas semanas a realização, com recursos próprios, de uma obra de extensão de rede de água do Bairro Vila Esperança, com a instalação de 700 metros de tubos de PVC de 110 milímetros, trocando a rede já existente com tubulação de apenas 85 milímetros de diâmetro, aumentando a pressão da água que chega às residências.

Outra meta anunciada é a construção de uma ETA [Estação de Tratamento de Água] e uma ETE [Estação de Tratamento de Esgoto] em Penedo ainda em 2015, mas tudo depende, segundo o Secretário de Meio Ambiente, de parcerias com os Governos do Estado e Federal.

Enquanto as “grandes obras” não saem dos discursos e do papel a população além de sofrer com os problemas no abastecimento continuará sofrendo com as reportagens que mostram uma realidade distorcida do que vivencia.

Fica a questão: será que Itatiaia é a culpada da falta de água no Estado??? Ou será que mesmo com a estiagem não reduziram o suficiente a vazão das represas para não perderem a produção de energia??? Dizem que a prioridade é o uso humano da água, será mesmo???

Jorge Botelho

I - A verdade é inexprimível porque não pode ser traduzida em palavras, está fora do reino mental, segundo o Tao. E o Tao engloba todos os lados; a luz e a sombra, uma não existe sem a outra.

Enquanto nós insistimos na dualidade e no julgamento entre bom e mau, o ensinamento taoísta implica em simplesmente aceitar ser levado pelo rio da vida, de modo simples e fácil. Enquanto julgamos que valioso é o sacrifício e o caminho dificultoso, ele indica ser correto o fácil, e seguir o fácil, natural. Esses ensinamentos lembram o que hoje chamamos de decrescer, ser ambientalmente correto, estar em concordância com a natureza, e não contra.

Decrescer, reduzir, consumir menos, pode significar simplesmente atuar dentro do fácil, sem ganas de acumular, mas apenas viver com o essencial. O mestre taoísta diz: seja o melhor e o mundo vai se aproveitar de você (ou traduzido para hoje, o “sistema” se aproveitará de você), siga o caminho do fácil e ninguém julgará que pode se aproveitar de ti.

II- E cá estamos de volta na cidade, no caso essa mesma em que faltam árvores ¬– esses tais poderosos seres que trazem sombra e beleza, além de essenciais no ciclo da água, que tanto nos preocupa atualmente.

Pois estes elementos maravilhosos podem ainda trazer frutos, e ando cá matutando com meus botões: se existe tanta fruta boa, que dá aos montes no pé, cada uma em sua época, por que é que não as vemos por aí, a florear e perfumar nossos bairros, ruas e avenidas? Essa é uma

Pílulas locais

Fevereiro de 2015 - O Ponte Velha -

Lila Almendra

boa alternativa que sozinha oferece sombra, comida, integração social (vizinhos juntos subindo as árvores, fazendo geleias, dividindo com os amigos), e incentiva a autonomia alimentar local, economizando petróleo e tantas coisas mais envolvidas na logística das mega corporações alimentícias. Pode parecer presunçoso, mas como não querer sempre um pouco mais no sentido da utopia, que é o máximo do possível?

III- A Associação Beneficente Arcanjo Gabriel, em Penedo, promove a cada dois meses a Feira da Roça, cuja última edição aconteceu em 8 de fevereiro. Além de oferecer delicioso almoço no agradável centro cultural, a associação vende as hortaliças ali produzidas, pães, geleias, compotas de molho pesto, chutneys e doces, como o brigadeiro de capim-limão. Para completar a festa, produtos regionais – frescos e beneficiados –

como ovos, queijos, mel, melado, banana, leguminosas e muito mais. Além de apoiar uma escola que atende há mais de quinze anos a jovens e adultos especiais, trata-se de uma oportunidade de encontrar os amigos. A próxima feira será em 12 de abril, pode-se confirmar a data em breve na página da Arcanjo Gabriel no facebook.

IV- No Butão, localizado entre China e Índia, onde 80% do território é composto por florestas, o país espera que sua agricultura seja totalmente ecológica até 2020.

Lá, o ministro da agricultura manifestou sua preocupação quanto aos efeitos nocivos do uso de pesticidas e agrotóxicos para o valor nutricional dos alimentos e na contaminação das águas (vide o que acontece no Brasil com a contaminação de nossos lençóis). Acontece que lá, um país pequeno que não depende da exportação do agronegócio, o interesse principal parece ser o da

Rei das Trutas (Direção Irineu N. Coelho)

Desde 1985

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manutenção da saúde de seus habitantes e do meio ambiente, enquanto nós não precisa nem dizer, basta que se soletre: c-o-m-m-o-d-i-t-i-e-s. E tem mais: na Rússia, mais de 50% dos alimentos são produzidos organicamente pelas famílias. Tal fenômeno acontece porque muitos deles receberam uma porção de terra na época da União Soviética para fins de lazer. Acontece que na crise do regime esse espaço passou, por necessidade, a ser utilizado para agricultura, o que se tornou um hábito cultural, da mesma forma que ainda o é o compartilhamento da colheita. Já em 2003, um decreto instituiu que as propriedades (entre um e três hectares) seriam jardins privados de propriedade hereditária e que seus produtos não estão sujeitos à tributação.

V- Não custa lembrar o que cientistas apontam: alimentos geneticamente modificados (transgênicos) alteram o para endas Encom Hotéis

comportamento do organismo estimulando a formação de doenças como câncer.

Pesquisas mostram que ao alimentar o bebê com soja (geneticamente modificada), ele recebe o equivalente a cinco pílulas anticoncepcionais por dia, e certamente sofre algum dano daí decorrente (este tipo de soja integra o leite ou suco de soja em caixinhas, salvo exceções, todas transgênicas). Enquanto antes acreditava-se que a soja solucionaria problemas de menopausa, rapidamente o panorama inverteu-se e a soja atual é responsável pelo aumento rápido da incidência de leucemia nas crianças.

Conclui-se daí a importância de se consumir alimentos frescos (preferencialmente sem agrotóxicos) e pouco processados, pois a soja modificada é utilizada como subproduto em quase todas as guloseimas prontas dos supermercados, como biscoitos, sorvetes, chocolates, etc.

VI- A vida é um sopro, dizia Niemeyer. Na vida, além de coisas (de acordo com o nosso julgamento) boas e ruins acontecerem incessantemente, os momentos se vão rapidamente; ela é efêmera. Ao encarar a vida como ela é, efêmera e frágil, nos desapegamos de picuinhas desimportantes as quais nosso ego cisma em cavucar.

Para além, podemos pairar iluminados que somos na sensação prazerosa do dar e receber, da imensidão de vazio – entre inspiração e expiração ¬– que nos preenche e nos satisfaz simplesmente pelo ser. Neste momento de tomada de consciência provavelmente o mundo reinará tranquilamente em harmonia.

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6- O Ponte Velha - Fevereiro de 2015

Permacultura - Uma alternativa em tempos de escassez e desperdício O nome de batismo pode não ser lá muito significativo - um híbrido apenas tolerável de “permanente” e “cultura” - mas a proposta chama atenção pela simplicidade e efeito prático. A ideia de juntar sabedorias múltiplas e milenares a respeito do uso sustentável de recursos naturais surgiu na Austrália nos anos 1970 e de lá até esta data tem feito escola e seduzido adeptos num compasso que contrasta com a ineficácia de ações governamentais e o imediatismo e ganância dos interesses de mercado.

O Ponte Velha foi à Fazenda da Serra conhecer o professor de Permacultura, gaúcho de Bagé, João Rockett, e sua mulher , a designer paulista Tatiana Cavaçana, com quem tivemos dois dedos de prosa, que também contou com as provocações do experiente engenheiro agrônomo, Claudio Barcellos. Ética da Permacultura: cuidar da Terra, cuidar das pessoas, partilhar recursos e aplicar limites ao consumo.

Ponte Velha- João, que palavra estranha...

João- A palavra Permacultura não existe no dicionário, vem da união das palavras agricultura permanente, evoluindo depois para cultura permanente.

Permacultura é um sistema de desenho aplicado, interdiciplinar, para criar comunidades humanas sustentáveis, paisagens cultivadas e outros sistemas de apoio, com um visão generalista, que contribuam neste processo. Sua metodologia é baseada em princípios ecológicos, para produzir um sistema integrado de plantas,animais, água, edificações e energia natural. A Permacultura é um sistema de cuidar do Planeta Terra, que tem suas raízes em uma filosofia de abundância.

PV- Como surgiu a ideia? Digo, desde os anos 1970, havia uma coleção de ideias não muito orquestradas, como macrobiótica, e textos do Lutzenberger, da Primavesi etc.

João- Exatamente, nos anos 70, o australiano Bill Mollison viajou pelo mundo conhecendo culturas que não destruíam o solo para se sustentar. Percebeu que há uma oposição entre agriculturas que seguem a diversidade dos povos e aquelas que derivam de um modelo universitário cujo ápice hoje é a trasngênica, que só se adapta a todos os ambientes devido à adubação e uso de inseticidas.

Ele viu que estava em curso uma predação da biodiversidade ainda inexplorada!

PV- Uma espécie de inversão do conceito de obsolescência programada.

João- Quanto tu pensas que o BNDES financia gado confinado... Ou se redesenha o sistema ou estanca-se o processo.

PV- E tem o nexo político do problema... nada de visão de futuro da própria economia.

João- Um governo patriótico cuidaria do patrimônio SOLO... Não têm visão: o Saara já foi floresta!

Somos muito infantis como humanidade.

Consumimos Big Brother, que revela o nível de nossa loucura. Há excesso de informação, naufraga-se na internet. A manipulação é uma barbaridade.

A Monsanto [empresa transnacional que comercializa sementes] vai enlouquecer as pessoas, treinando debatedores com psicólogos: a palavra a ser assimilada é “agronegócio”; tem lavrador gaúcho que passou a usar a palavra “agriculture” estampada nos estandes das feiras de máquinas agrícolas.. É um plano de colonização explícito!

PV- Mas que toma um aspecto atraente, convincente...

Tatiana- Há uma substituição de sistemas permanentes por sistemas cuja lógica é o preço. Não se planta para comer, mas para ganhar dinheiro.

Não há limites. Permacultura é cultura do óbvio.

João Rockett na entrevista

“A filosofia da permacultura é trabalhar com, e não contra a natureza; de observação prolongada e pensativa ao invés da contínua ação irrefletida; de olhar para os sistemas em todas as suas funções em vez de exigir somente o desempenho; e de permitir que os sistemas demonstrem sua própria evolução.”

Bill Mollison PV- A indústria está construindo sua própria obsolescência programada.

João- Os sistemas têm que ser sustentáveis, relacionando água, alimento, habitação, energia, animais, plantas e homem. Então é preciso relacionar as profissões que tratam da área ambiental com o fio ético. O que se está perdendo são os valores.

Valor é diferente de preço. O leite materno tem valor, o leite em pó tem preço...

PV- Parece que onde a Nestlé chega, a mortalidade infantil aumenta. Como é isso?

João e Tatiana- A Nestlé diz: o leite materno é fraco; e indica o leite em pó. É uma mentalidade da nutrição mineral, com fórmulas, que seduz principalmente os pobres. Tem também o predomínio do critério de atratividade que orienta as famílias. Um produto saboroso e bonito atrai, mas não nutre.

Em geral há um enorme desperdício com a ruptura das cadeias alimentares. A Permacultura é uma ferramenta para resolver problemas, criando conexões e interdisciplinaridade capaz de manter ambientes favoráveis à vida, com diversidade, estabilidade e resiliência dos sistemas naturais.

Bill Mollison nasceu em 1928 na pequena aldeia de pescadores em Stanley, Tasmânia, é pesquisador, autor, cientista, professor, naturalista e é considerado o pai da Permacultura, junto com David Holmgren.

Desde que deixou a universidade em 1978, Bill Mollison dedicou todas as suas energias para promover o sistema de Permacultura, difundindo seus princípios em todo o mundo. Ele tem ensinado milhares de estudantes e contribuiu com muitos artigos, relatórios e recomendações para projetos agrícolas, aglomerados urbanos e órgãos governamentais locais. Em 1981, recebeu o Right Livelihood Award (também chamado Prêmio Nobel Alternativo) por seu trabalho em design ambiental.

Bill Mollison é o fundador do primeiro Instituto de Permacultura, que foi criado em 1979 para ensinar o planejamento prático do uso sustentável do solo, da água, plantas, animais e sistemas jurídicos e econômicos para os estudantes de todo o mundo. Atualmente em Sisters Beach na Tasmânia.

Seu trabalho foi compilado e organizada a partir do trabalho da humanidade em sua experiência de convívio com a natureza, e seu principal inspirador foi o microbiologista, fitopatologista e agricultor Masanobu Fukuoka, que desenvolveu a agricultura natural apartir de sua “filosofia verde”.

PV- E a Permacultura dispõe de tecnologia para alimentar tanta gente? Temos um problema de fome no Planeta.

João- O argumento da fome não cabe. É urgente a inserção cooperativa do homem no ambiente, otimizar o espaço em busca do melhor. Cada elemento do sistema tem duas funções: a típica, que todos conhecem e estão acostumados, e a função “perma”, preservacionista. Incas e Maias produziam sem sair do lugar...

Claudio- As pesquisas com o “solo índio” [incorporação de carvão e restos orgânicos profundamente ao solo] apontam para a grande produtividade de técnicas tradicionais.

João- O controle biológico das pragas é efetivo e já empregado em escala, a verticalização do cultivo em projetos de agro-floresta, o plantio direto, a seleção de sementes mais resistentes... Tecnologia tem, falta vontade e política corajosa.

A agricultura impacta mais que a indústria. Da anta ao tratorzão de 8 toneladas, a compactação do solo é um custo enorme para o negócio, se visto na perspectiva certa. Nessa crise de água, esquecem que os antigos 6 minutos para infiltração da chuva passaram para 200 minutos!

O governo bota 2% de óleo vegetal no combustível dos ônibus e chama isso de biodísel! Minha camionete anda com óleo de cozinha filtrado...

Fevereiro de 2015 - O Ponte Velha -

Uma experiência alemã

“Ainda que os problemas do mundo sejam cada vez mais complexos, as soluções permanecem embaraçosamente simples.”

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Bill Mollison PV- E a organização da Permacultura?

João- Permacultura é um sistema integrativo, uma releitura de povos tradicionais, mistura de Feng-Shui e bom senso ancestral que fica no inconsciente coletivo. Mas é preciso se organizar...

Temos três focos: cuidado com o planeta, cuidado com as pessoas e repartição de excedentes. Aqui, “menos é mais”. Para isso fundamos o IPEP - Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa - há 15 anos. Mas eu comecei antes disso, trabalhando com sementes.

O IPEP foi fundado no inverno de 2000, em parceria com a PAL - Permacultura América Latina, em Bagé, no Rio Grande do Sul, onde mantém o Centro de Referência em Permacultura. Aí são pesquisadas e demonstradas soluções práticas em Permacultura e tecnologias apropriadas à crescente necessidade de práticas sustentáveis e de baixo impacto ambiental. Nosso trabalho é difundir a Permacultura e seus princípios como ferramenta chave para uma vida harmônica, inteligente e sustentável. Realizamos projetos e parcerias voltados para as comunidades rurais e urbanas com base na visão ética e sistêmica da permacultura.

Somos 4 pioneiros aqui, contando com os do Cerrado em Pirenópolis, da Amazônia em Manaus e Mata Atlântica na Bahia.

PV- América Latina?

João- Quando comecei, produzindo sementes orgânicas de hortaliças, a articulação que propiciou a atenção à Permacultura contava com assentamentos, Ongs, Pastoral da Terra, quilombolas e indigenistas.

A ideia veio do Equador, por meio de Ali Sharif, e já

Programa de Construções Sustentáveis 2015 Com Paulo Pfeil

Entrevista na Fazenda da Serra. Marcos, João e Tatiana. Foto Karla Carvalho

Permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis. alcançamos a África, onde iniciamos o trabalho em 2010, em Moçambique e Etiópia.

PV- Essa óbvia necessidade de mudança de paradigma econômico e social às vezes parece tornar-se “religião” para alguns militantes.

Evitar fundamentalismos...?

João- É preciso difundir a Permacultura nas cidades, entre os estudantes, que se percebam os elementos de sustentabilidade no meio urbano também. Somos filhos do Planeta, e a analogia homem/natureza é fundamental. O respeito à diversidade leva ao amor.

Aliás, todo problema é uma oportunidade de solução.

Tatiana- Nosso trabalho é uma aventura: pela natureza com os espetaculares reinos, com o ser humano e com Deus presente no esplendor da vida e alma de cada criatura. Uma comunhão com todos os sentidos e todo coração.

Ali Sharif é um professor iraniano de 61 anos, que aprendeu a filosofia e as técnicas de Permacultura com Mollison, nos EUA em 1984. Em 1994 fundou a primeira unidade no Equador.

A pioneira no Brasil foi a de Manaus, em 1997, com auxílio do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

“Agricultura natural não é direita ou esquerda, não é mais nem menos, não é oeste ou leste. O mundo não tem grandes ou pequenos, lentidão ou rapidez. Isso é o mundo da verdadeira natureza. A agricultura natural começa por apanhar a verdadeira natureza. A verdadeira natureza é o mundo da Verdade. Você pode dizer que o mundo da Verdade é o mundo de Deus. Tudo começa a partir de Deus.”

Masanobu Fukuoka (1913-2008)

O III Programa de Construções Sustentáveis 2015, que será realizado entre os dias 20 e 24 de abril de 2015 na Alemanha, é organizado pela Escola Técnica de Arquitetura de Biberach e pela Fundação Steinbeis de Tuebingen Conta também com os apoios institucionais do LATEC/ UFF, Consulado Geral da Alemanha do Rio de Janeiro, Câmara de Comércio Brasil-Alemanha e pela Sociedade Alemã de Construções Sustentáveis (DGNB) de Stuttgart, Alemanha.

Desenvolvido em Inglês, o Programa consta de palestras em Inglês, dentre as quais se destacam um panorama das construções sustentáveis na Alemanha; gestão de projetos em projetos multidisciplinares; interação de profissionais e mão de obra em geral nas construções sustentáveis da Alemanha; simulações térmicas de materiais nas construções sustentáveis; tecnologias sustentáveis em edificações, eficiência energética e de recursos hídricos. Além disto, a utilização de madeira e outros artefatos nas construções sustentáveis integradas Quanto às visitas, se destacam as da Câmara Internacional de Mão de Obra e Secretaria de Economia de Baden-Württemberg; do Conselho de Construções Sustentáveis da Alemanha (DGNB); das Escolas Técnicas de Arquitetura de Biberach e Stuttgart; do Departamento de Meio-Ambiente da Prefeitura de Tübingen; do Sistema de transporte de materiais e resíduos (AWT) do Hospital das Clínicas de Tübingen; bem como de sites de diversas Bioconstruções na Região de Stuttgart.

Este, portanto, é um Programa único e exclusivo, que permitirá a seus participantes conhecer de perto o estado da arte do país que é líder mundial em tecnologias e melhores práticas de design e construções de edificações sustentáveis.

O Certificado de Participação será emitido pela Escola Técnica de Arquitetura de Biberach e pela Fundação Steinbeis de Tuebingen.

Conheça mais http://www.ipep.org.br/ https://www.facebook.com/es coladepermacultura?ref=ts& fref=ts https://www.facebook.com/ terrauna?fref=ts http://www.ecocentro.org/ http://www.institutooikos.org. br/index.html http://www.crescentefertil.org. br/agenda21/crescentefertil. htm

http://www.programasnaalemanha.com.br/iii-programa-de-construcoes-sustentaveis-2015/

8 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2015

Bom palpite na subida da Serra Empório do Alto Trata-se de um pizzaria no alto de uma colina, como o próprio nome indica, na localidade de Engenheiro Passos, à esquerda na subida da Estrada que vai para Caxambu.

A pizza é muito saborosa, preparada com materiais de primeira qualidade e muito bem confeccionada. Mas, o local fica a 30 km da minha casa, sendo que para comer uma pizza, tenho que percorrer 60km - ida e volta.

Pode-se concluir que não vou lá só por causa da pizza!

O empreendimento pertence a um casal harmonioso. Ele, Neto, super talentoso, arquiteto nato,carpinteiro, pintor e pizzaiolo, que levantou o imóvel com as próprias mãos.

Admiro muito seu valor.

Ela, Kiria, uma “public relations” nata, atendendo as pessoas no salão, com alegria, simpatia, graça e carisma.

Sem esquecer a bondade do Jô-Jô , garçom e pessoa da nossa amizade.

Além de tudo, mais do que Neto e Kiria, mantenho um amor quase secular pela família Carvalho. O velho Augusto, Adriana*, a mulher mais fidalga que conheci e toda a família, Martha, Noel, etc.

Por tudo isso, além de me alimentar bem, sinto- me em casa, gozando das energias positivas.

George Godoy * Adriana Marchesini de Carvalho (1915-1997) foi esposa, mãe e avó dos ex-prefeitos de Resende, respectivamente: Augusto, Noel e Silvio. Candidata a prefeita pelo MDB em 1972, presidente da Apmir e dona do Hotel Três Pinheiros.

A vaca canta Haroldo Lobo e Nássara Ô maiada, cum essa tar de jihad pipocando por aí, vancê vai é esconder o leite, num vai?

Huummmmm “Alalaô, ôôô, ôôô, mas que calor, ôôõ, ôôô...

Atravessamos o deserto de Saara, o sol estava quente e queimou a nossa cara...”

Centenário de Adriana Marchesini “Não é de hoje que penso que há muito mais gente boa que má. É comum nestes dias que estamos vivendo aqui nesta sua terra de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, dizer-se que precisa-se tomar muito cuidado, tanto são os maus e caloteiros. São mesmo muitos. Mas acontece que a gente marca e enumera esses, esquecendo-se em contra-partida de fazer o mesmo para os bons, para os leais. Para os amigos, para os verdadeiros. E bom, aliás, que assim seja, pois não se teria tempo de fazer outra coisa na vida, tantos são eles.

Ainda agora, leia lá você, meu caro amigo, o que está acontecendo: Li uma carta e a levei a Adriana para me dar o mais importante dela. Sabe o que aconteceu? Uma porção de senhoras estão se preparando para levar fazendas, vestidinhos e pijamas solicitados pela Adriana. Ela fez, como você, já leu aí,meu caro Simão, um relato da situação angustiante da mulher e da criança que precisam se amparadas e terminou mesmo com um grito ouvido e já começaram a atende-la.

Hoje à tarde me entrou aqui no escritório um senhor acompanhado de uma menininha que terá no máximo seis anos. Veio direto a mim, cumprimentou-me amavelmente, e disse:

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- Sr. Pedrinho, a minha filha veio trazer esse embrulhinho de fazenda para as crianças de D. Adriana. Peço entregar a ela.

Já imaginou o que foi de emoção para mim? Pois então, meu caro Simão, receber daquelas mãozinhas mimosas, e com um sorriso angelical, um embrulhinho para outras crianças, justamente “as crianças de D. Adriana”.

Disse-lhe “Deus lhe pague”, meu amigo, por estar desde cedo pondo no coração dessa flor de menininha o amor ao próximo. Algo me diz que Deus, na sua infinita misericórdia, fará o grito de socorro da Adriana ecoar através dos vales, das montanhas, dos chapadões, dos campos e das florestas, voltando em forma de roupinhas e panos para as crianças da APMIR. E vou ficando pro aqui, meu caro Simão. Até segunda-feira, se Deus quiser.

Lá vai um abraço do seu amigo e certo, Pedro.”

A Lyra, 13 de Outubro de 1962.

NR- Pedro Braile Neto, o Pedrinho Braile, manteve durante anos uma coluna no jornal A Lyra - Cartas ao Simão, com uma crônica da cidade.

A que aqui reproduzimos focaliza a personalidade de Adriana, então Primeira Dama e presidente da Apmir.

Vendemos pelo Construcard da CAIXA e pelo CDC do Banco do Brasil

Fevereiro de 2015 - O Ponte Velha -

Parque Estadual da Pedra Selada - Plano de Manejo Luis Felipe Cesar

Encerrou-se em dezembro de 2014 a primeira rodada de oficinas participativas, com foco no diagnóstico, parte do processo de elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Pedra Selada. A série de reuniões envolveu cerca de cento e cinquenta participantes nas atividades realizadas em Maringá, Serrinha do Alambari, Vargem Grande, Visconde de Mauá, Bagagem e Capelinha, durante os dias 27, 28 e 29 de novembro e 11, 12 e 13 de dezembro de 2014.

As oficinas reuniram lideranças locais, moradores, representantes de associações, gestores públicos federais, estaduais e municipais, além de membros da equipe do projeto “Ações Prioritárias para a Implantação do Parque Estadual da Pedra Selada”. O projeto vem sendo executado pela Detzel Consulting, empresa contratada pelo Fundo Brasileiro para Biodiversidade - Funbio com a supervisão do Instituto Estadual do Ambiente - Inea, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro SEA-RJ. Com a realização de atividades em seis dias e localidades diferentes pretendeu-se garantir a participação de uma diversidade de lideranças e representantes das comunidades onde insere-se o parque.

Neste contexto, os objetivos das oficinas foram: Nivelar o conhecimento sobre o que é uma Unidade de Conservação (UC), o que é um Plano de Manejo e como é o seu processo de elaboração;

coletar informações relativas à percepção das comunidades quanto à UC e quanto a diversos aspectos da região com o sentido de subsidiar o processo de elaboração do Plano de Manejo; promover o intercâmbio de conhecimentos e vivências, incluindo sensibilização e mobilização dos principais grupos e instituições para a gestão participativa do Parque.

A metodologia utilizou ferramentas de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP).

A dinâmica “Obra de Arte Conjunta” teve como intuito promover a integração e revelar de forma criativa as visões dos participantes sobre o parque e a região. Os desenhos elaborados pelos grupos incluíram desde uma

mandala representativa das inter-relações dos diversos aspectos que se articulam em função da existência do parque, até uma ilustração com a visão da comunidade antes da sua criação. A maioria dos desenhos, no entanto, retratou a própria geografia local, com elementos da paisagem e destaque para pontos de maior interesse, como trilhas, cachoeiras, cumes, elementos culturais e impactos socioambientais.

De forma geral, a visualização do mapa do parque eliminou incertezas sobre o perímetro da unidade e permitiu, à grande maioria dos participantes, constatar que suas áreas se encontram fora ou apenas parcialmente incluídos nos limites da unidade. Ainda assim, sur-

giram dúvidas referentes às atividades permitidas na área de amortecimento, as condições de propriedade de reserva legal, obrigatoriedade de recuperação de áreas de preservação permanente, entre outros questionamentos mais específicos.

Os temas levantados abrangeram também diversos aspectos das infraestruturas e serviços locais, desde a precariedade das estradas rurais e problemas de saneamento até a dificuldade de comunicação por telefone. De forma geral, a implantação do parque é considerada pelos moradores como sendo uma possibilidade de alavancar melhorias nas localidades. Em Visconde de Mauá um dos destaques discutidos foi a estrada-parque na RJ 163 e o futuro pórtico

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de acesso à região, sendo esclarecido que a gestão dessas estruturas independe do parque.

No povoado da Bagagem, núcleo tipicamente rural, alguns aspectos citados foram o desmatamento, a caça, a estrada não pavimentada e a captura de aves nativas. Pontos positivos também foram lembrados, como localização privilegiada, beleza paisagística, fauna e flora diversa, rios e cachoeiras, potencial turístico, boa qualidade do ar e relação amigável das partes ligadas à produção e à preservação.

Entre as ações prioritárias foram citadas a demarcação física do Parque, cursos de capacitação para os jovens, melhorias na estrada e na comunicação por telefone.

O mapeamento colaborativo indicou diversos atrativos, como afloramentos rochosos e cachoeiras. O número foi significativo, com destaque para: Morro da Pedra, Pedra Selada (trilha local), etc.

Na Capelinha foram esclarecidas algumas dúvidas sobre regularização fundiária, pagamento por serviços ambientais, fiscalização, recursos para manutenção da Unidade e estrada-parque. alguns pontos negativos, incluindo o uso desordenado dos rios Pirapitinga e Alambari por banhistas de fim de semana, o corte ilegal de palmito e o pouco incentivo ao turismo, embora se ressalvando os riscos do turismo predatório.

A próxima etapa do processo participativo será constituída pelas oficinas de planejamento, ainda sem data definida.

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10 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2015

AEDB sedia primeira reunião para elaboração do Plano Municipal de Educação de Resende

Os participantes do encontro de gestores educacionais - Foto de Ocimar Silva

Na quarta-feira, dia 28 de janeiro, aconteceu, no campus da Associação Educacional Dom Bosco – AEDB, a primeira reunião do Comitê de Estudos do Documento Base do Plano Municipal de Educação de Resende, para o decênio 2015-2024, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação. A reunião contou com a presença de cerca de 30 profissionais e técnicos da área da educação do município.

Por exigência legal, os 5.570 municípios brasileiros devem adequar seus respectivos Planos de Educação ao Plano Nacional recém-aprovado. O PME deve estar em sintonia, também, com o Plano de Educação do Estado a que pertence o município.

Na reunião realizada na AEDB, os participantes se

dividiram em cinco Câmaras Temáticas: 1-Educação Infantil - Ensino Fundamental; 2-Ensino Médio – EJA – Educação Profissional; 3-Educação Superior – Educação à Distância e Tecnológica; 4-Educação Especial – Educação Campo; 5-Formação e Valorização dos Profissionais da Educação Pública Municipal – Gestão e Financiamento – Acompanhamento e Avaliação.

Para cada Câmara Temática foi destacado um articulador. Dois representantes da AEDB foram escolhidos para serem articuladores: o prof.

Antonio Carlos Esteves (CT de Educação Superior) e a profª Chrysley Pimenta (CT Ensino Médio).

Em seguida, foi elaborado o calendário de reuniões de estudo e assembleias gerais para discussão do Plano com toda a população interessada. No

mês de junho será realizado um grande Fórum em Resende, para aprovação do Plano Municipal de Educação.

O prof. Antonio Carlos fez questão de destacar o que ele considera um “fato louvável” nesse primeiro encontro, que foi a participação, pela primeira vez em uma reunião conjunta, de cinco instituições de Ensino Superior que possuem sede em Resende: AMAN, UERJ, Estácio, UAB/ CEDERJ e a AEDB, que foi a anfitriã. “E todas elas unidas pela educação e pelo desenvolvimento de Resende”, conclui o representante da AEDB no Comitê para elaboração do Plano Municipal de Educação de Resende.

Virgínia Calaes

Região no combate à DengueLixo e entulho dificultam O setor de Vigilância Ambiental de Itatiaia está trabalhando continuamente na prevenção e combate à Dengue. De acordo com o supervisor de Vigilância Ambiental, Ricardo Grijó, até o momento, o município contabiliza seis casos confirmados e 41 notificados.

O supervisor explica que “o trabalho em Itatiaia é contínuo. Além das cinco visitas domiciliares que realizamos durante o ano em casa residência, temos 16 pontos estratégicos que visitamos quinzenalmente, além de fazemos a verificação e a eliminação dos criadouros mensalmente. Entre esses pontos estão borracharias e o cemitério municipal”, afirma Ricardo Grijó, ressaltando que, os moradores devem ficar atentos aos locais que podem servir de criadouros dos mosquitos, tais como, caixas d’água, recipientes plásticos, entulhos, garrafas pets, lajes, piscinas, floreiras, calhas, toldos, pratinhos de plantas, degelo de geladeira, bebedouros, entre outros. “Evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida a ser tomada pela população”, orienta.

Ele lembra que embora seja grande a cobrança dos moradores pela passagem do carro fumacê, o uso do equipamento foi proibido pelo Ministério da Saúde em 2011. Segundo ele, a medida foi tomada devido a ineficiência do produto químico, que além de não matar o mosquito Aedes, ainda o torna mais resistente, e ser altamente tóxico para o funcionário que o manipula. O paliativo proposto pelo governo federal para ser usado pelos municípios no lugar do fumacê é o UBV (Ultra Baixo Volume), que não faz fumaça. “Mas que só pode ser usado quando for constada uma epidemia da Dengue, o que não é o caso da nossa cidade”, garante.

Grijó adianta que a população é fundamental no processo de prevenção da Dengue. “Informar a população sobre as ações que realizamos diariamente é muito importante. Por isso, vamos às comunidades, às escolas, visitamos as residências, borracharias, cemitério, áreas de reciclagem, depósito de veículos da Defesa Civil, além de distribuirmos material informativo e instalarmos telas nas caixas d’águas sem tampa”.

Reclamações e denúncias sobre possíveis criadouros podem ser feitas ou encaminhadas (fotos e endereços) diretamente ao Serviço de Vigilância Ambiental, que pode ser acionado através do telefone 3352-4243; pelo email vigambiental.itatiaia@yahoo. com.br ou na sede da unidade, que está localizada à Avenida dos Expedicionários, 425, no Centro. *** Em Resende, especialmente na Grande Alegria, foram 7090 imóveis inspecionados, 223 caminhões de entulhos dessas residências, dezenas de multas aplicadas, tudo isso em uma das maiores operações já realizadas no município, em conjunto com diversos segmentos do governo municipal, estadual, federal e várias entidades civis.

A operação foi dirigida pela superintendente de vigilância, Lúcia Helena Rocha Albuquerque, e contou com a solidariedade da Aman (150 homens), por meio de seu comandante, general de brigada Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, instituição sempre presente na vida da cidade, e com a Cruz Vermelha Resende (50 voluntários), sempre envolvida em diversas ações sociais e humanitárias no município, as diversas secretarias de governo com apoio logístico a tudo isso. Foram registradados 520 casos da doença, e um óbito.

(Com Daniel Brito Pereira)

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Poeta com letra maiúscula

Fevereiro de 2015- O Ponte Velha -

Martha Carvalho

“Há luzes que esclarecem como as da ciência, outras que insinuam como as da poesia, e outras ainda há que ofuscam, como as do obscurantismo”. MCB Foto de Jean Manzon, 1940

Aviamentos

(Memórias do ódio racial)

Não sou senhora do verbo, mas sou mulher dos “aviamentos”, o que permite-me dizer sem cerimônias, que Somavilla é poeta maior. Poeta com letra maiúscula. Se ele fosse resendense, atrever-me-ia colocá-lo como o melhor poeta vivo desta terra, que Pistarini cantou.

A poesia de Somavilla é tratada com maestria. Dispensa chavões e obviedades. É simples. Precisa.

Escrever é difícil. Quem escreve sabe. É preciso que se encontre a forma, o ritmo, o desnudamento necessário.

Escrever poesia é chorar pelo que se sente sem entender. Chegar as tais opiniões acima citadas, por extravio. É estar ás vésperas do nunca partir...

Tentar reformar um livro não nascido. Arar palavras e terras que não são da nossa herdade e, que excedem aos nossos conhecimentos. É perambular por onde nunca se esteve...

Escrever é uma felicidade dolorosa. É como tecer seda e bronze.

Somavilla se me mostra através da sua poesia, um ser comprometido

com o enigma da criação. Investigador da palavra, é aquele que lida com ruídos, quimeras, pergaminhos amarelados.

Há na sua poesia, pulsações aflitas e hiatos de úmidas sombras ecoando por milênios repetidos. Relíquias.

“Havia vento? De certo havia vento. (...) A virgem Maria num altar barroco não se dava conta de tanta solidão. Altas horas, 1944... mas havia agonia da máquina de costura deixada pela vó, um dos salvados do café.

Havia vento? Havia medo, mas também poesia. (...) E a dureza pela comida, né, mãe? E não se diga que a poesia se fazia só com palavras inconsúteis, abandonos, sentimentos: Era costura, agrura, linhas, dor, agulhas, aviamentos...”

Somavilla, preciso perguntar-me sob a sua presença: Que descoberta é esta da minha hora derradeira?

PS: Somavilla vive em Resende desde os sete anos, acabo de ser informada.

Havia vento? De certo havia vento Vindo da prainha, das matas do convento Na casa próxima ao portão do santuário.

A virgem da Penha, lá no altar barroco, Nem se dava conta de tanta solidão Altas horas, 1944...Mas ouvia a agonia Da máquina de costura deixada pela avó, Um dos salvados da ruina do café.

Havia vento? Havia pavor, suor, janelas arrombadas, meninas estupradas Pela turba patriótica em nome de uma guerra Muito distante da aldeia bíblica de pescadores Só por sermos louros com sobrenomes complicados.

Havia medo, mas também poesia.

Retalhos Aos montes de roupas verdes pelo chão, Recortes de mil fardas dos recrutas do batalhão.

Era a dureza da vida pela comida, né mãe?

E não se diga que a poesia se fazia só com palavras Inconsúteis, abandono, sentimentos: Era costura, Agrura, linhas, dor, agulhas, aviamentos...

Somavilla

Esta invocação é uma Prece Mundial Expressa verdades essenciais.

Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.

A Grande Invocação Desde o ponto de Luz na Mente de Deus, que aflua Luz às mentes dos homens.

Que a Luz desça à Terra.

Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens.

Que aquele que vem volte à Terra.

Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie as pequenas vontades dos homens.

O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra.

Unidade de Serviço para Educação Integral Av. Nova Resende, 320 – sala 204 CEP: 27542-130 – Resende RJ – Brasil Tels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065

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Seu carro agradece e seu paladar também

12 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2015

Fala, Zé Leon: Mais um e-mail de Tetê Para-lama Véspera de carnaval e recebo mais um e-mail de Tetê Para-lama.

Para quem não leu nem lembra quem é, foi uma velha (velha não, ela me mata) da Escola de samba do Manejo e que reencontrei graças ao Facebook. A idade dela e a de Glória Maria são segredos que nem NS. de Fátima revelaria.

Ela está nervosa, fevereiro é mês de carnaval, e ela nunca lembra onde guarda o seu tapa sexo. Liga para vários amigos e pergunta se dormiram juntos no tríduo de Momo, na esperança de tê-lo perdido na boca de um deles.

Mas o que a deixou mais nervosa foi a notícia de que o ex milionário Eike Batista saiu distribuindo parte de sua para a mulher, a ex-mulher e os filhos. Mas deixem Tetê contar seu drama: “Oi Zé. Evoé. Chegou o carnaval eu sem saber onde guardei meu tapa sexo. Kkkkkk Faço a relação dos homens que namorei no carnaval passado e ligo para cada um. Mas tem que ser de número privado, metade deles não em atende depois.

Acho que tô ligando pra pedir eles em casamento, ou uma grana pra pagar a conta de luz. Mas o que mais e deixou nervosa foi ver no jornal que o gato do Eike Batista, tadinho, está dando todo o seu dinheiro. Ele que tanto sonhou em ser o homem mais rico do mundo, agora, num surto de

Tempos de cólera ATENIENSE - (…) compete à lei determinar por miúdo, ora por meio da persuasão, ora obrigando, com recurso da violência ou da justiça, os que se mostrarem refratários a argumentos, para, assim como o favor dos deuses, deixar a cidade próspera e bem-aventurada.

(PLATÃO, Leis, 718a-b) ***

Abaixo, versos recolhidos por Euclides da Cunha no Arraial de Canudos parecem profetizar o artifício legiferante da República brasileira. generosidade, saiu distribuindo sua fortuna. Diz o jornal que é porque ele pode ter os bens bloqueados, ser preso, ser multado, mas isso você bem sabe que é bem típico de uma imprensa golpista, que não entende a elite branca.

Até a Luma de Oliveira recebeu 15 milhões de reais, nossa, queria um ex-marido assim. O meu ex-marido número 12 ou 13, não lembro bem, sempre fui ruim em matemática, não me dá um real para eu comprar um sacolé. Deu 25 milhões para a atual mulher, até aí tudo bem, mas o que me deixou nervosa mesmo foi ele ter dado 137 milhões para o Thor e só 15 milhões para o Odin (adoro esses nomes). Por que será? Se são irmãos?

Fico pensando aqui: puxa vida, se

Joel Pereira

Advogado - OAB.RJ - 141147 joelpereiraadvogado@joelpereira.adv.br Av. Ten. Cel. Adalberto Mendes, 21/201 CEP: 27520-300 - Resende - RJ Fones: (24) 3360.3156 / 3354.6379

Casa Sarquis

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para ex-mulheres deu 15 milhões, imagino o que ele não deve ter doado para o Greenpeace, Médicos Sem Fronteiras... Generoso esse Eike Batista.” *** Generosidade mesmo são as empresas com o PT, ao doarem em dez anos entre 150 e 200 milhões de dólares ao partido, coincidentemente empresas que prestam serviços a Petrobrás. E é impressionante a cara de pau dos dirigentes, dizendo que foram doações legais, informadas à Justiça eleitoral. Vence disparada a desculpa do mensalão, que chamava o dinheiro da corrupção de “valores não contabilizados”. Chupa Mário. *** No mais, ‘Ei, Ampla, vai tomar .....

Sahiu Dom Pedro II Para o reyno de Lisboa Acabosse a monarquia O Brasil ficou atôa!

Garantidos pela lei Aquelles malvados estão Nós temos a lei de Deus Elles tem a lei do cão!

Casamento vão fazendo para o povo iludir Vão casar o povo todo no casamento civil!

D. Sebastião já chegou E traz muito regimento Acabando com o civil E fazendo o casamento!

O Anticristo nasceu Para o Brasil governar Mas aí está o Conselheiro Para dele nos livrar!

Visita vem nos fazer Nosso rei D. Sebastião Coitado daquele pobre Que viver na lei do Cão!

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987. p. 139.