RESENDE E ITATIAIA - Agosto de 2015 Nº 232. ANO 21 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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Uma Folha muito a propósito...
Hoje tem marmelada? Tem, sim senhor!
George Savalla Gomes, o Carequinha, nasceu numa família circense, na cidade de Rio Bonito, interior do estado do Rio de Janeiro, há 100 anos. Além do Circo pelo Brasil afora, atuou na rádio, cinema e na TV Tupi – Rio, com o programa local, “O Circo do Carequinha”. Foi pioneiro (no Brasil) no formato de programas infantis de auditório. Carequinha agitava a criançada com seu bordão “Tá certo ou não tá?”, e animando os encontros com as tradicionais cantigas de roda brasileiras.
2 - O Ponte Velha - Agosto de 2015
1) PENSAMENTO DO MÊS - “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta“. Maquiavel 2) DEDICATÓRIA - Dedicamos a coluna deste mês ao Orlando Martins de Almeida, da Padaria Nossa Senhora de Fátima, simpático representante da segunda geração da laboriosa Colônia Portuguesa em Resende 3) A ESCOLHA DOS RECHUANS - Dr. Rechuan e Dra. Ana Paula – pelo resultado das duas últimas eleições – são os maiores líderes políticos de Resende, na atualidade, exercendo os mandatos de Prefeito e de Deputada Estadual, respectivamente. Aquele bateu seu principal adversário na razão de 3 por 1 (Eleição Prefeito, em 2012, 46.317 votos contra 15.470). Esta, venceu seu principal concorrente na razão de 2,37 por 1 (Eleição Deputado Estadual, em 2014, 23.841 votos contra 10.066, em Resende). Rechuan é do PP, partido do Dr. Dornelles, Vice-Governador do Rio de Janeiro, com 4 Deputados na Alerj. Ana Paula é do PMDB - partido do Governador Pezão e do Presidente da Alerj, Jorge Picciani, com 14 Deputados Estaduais no Rio. Pela lógica, os dois terão forte influência na indicação de um candidato a Prefeito de Resende, filiado a um partido da base aliada do Governo Pezão. Os três principais partidos da base do Governador do Rio são o PMDB, o PP e o PSD, que conta com 7 Deputados Estaduais. Aqui em Resende, além de bons candidatos em cada um desses partidos, os Rechuans têm um forte candidato filiado ao PDT, que tem 3 Deputados na Alerj. Desse modo, julgamos que o candidato dos Rechuans será um dos seguintes:
POLITICÁLYA
óbvio, não interessa ao Prefeito e à Deputada cantarem desafinados com o Pezão e seus aliados; 3.2) DANIEL BRITO:
Segundo o pessoal da CICC (Comitê Informal da Cozinha do Chefe) é o candidato do coração dos Rechuans. Além de ter sido Professor de Cirurgia do José Jr, é amigo do casal, de longa data. É um dos pouquíssimos secretários que dialogam de igual para igual com o Rechuan, merecendo deste a maior consideração possível. Mesmo quando o Rechuan sobe nas tamancas, Daniel comporta-se como aquele mineirinho da piada. Titular de ótimo currículo, Dr. Brito tem feito uma excelente gestão na Secretaria de Saúde, sem prejuízo das severas críticas na prevenção da dengue. Filiou-se ao PMDB no mesmo dia da Dra. Ana Paula, com suas fichas abonadas pelo poderoso Jorge Picciani. Naquele instante nasciam dois fortes candidatos, concebidos pelos visionários BJ e Mascate. Coronel da Reserva do Exército, Médico-Cirurgião, Professor Universitário, Dr. Daniel Brito é um excelente nome, pois reúne sólidas formações intelectual e moral. O fato de hoje não liderar em pesquisas não quer dizer nada. No momento em que os Rechuans disserem (se for o caso) “este é o nosso candidato”, ele saltará, imediatamente, para os primeiros lugares. Todavia, se quiser mesmo ser o Prefeito de Resende, Dr. Brito precisará aprender um pouco de política com os Rechuans, principalmente a convivência com outras lideranças; 3.3) SANDRO RITTON:
3.1) PEDRA:
Rrepresenta o conforto da largada. Certamente, nas primeiras pesquisas, aparecerá em posição de destaque. Seu último e excelente desempenho eleitoral está muito vivo na memória dos eleitores (18.379 votos em Resende, para Deputado Federal em 2014) e Pedra é um político muito atuante. Trabalha o tempo todo, não sendo destes que só aparecem às vésperas das eleições. Não sendo do PMDB nem do PSD, dificilmente empolgará a cúpula do governo fluminense, e, por vias reflexas, o casal Rechuan. Poderá ser cozido com pouco fogo, até a final decisão por um candidato mais afinado com os partidos dominantes no Estado do Rio. Por
3.4) DR. DIOGO BALIEIRO: -
O contabilista Sandro, filiado ao PP, é um respeitado coringa dos Rechuans, podendo ser aproveitado em várias formações importantes, inclusive como candidato a Prefeito ou a Vice. Certamente teria o aval da cúpula do governo fluminense, especialmente do Vice Governador Dornelles, que apreciaria ter um partidário disputando a Prefeitura de uma cidade importante como Resende. Sandro tem todas as mais importantes qualidades de um bom político, tais como a finíssima educação, simpatia e competência profissional;
Para muitos, este é o candidato a candidato que representa uma sadia novidade na política de Resende. Por todos os quadrantes da cidade, temos colhido várias manifestações receptivas à candidatura do Dr. Diogo. Além de seus próprios atributos, seu sobrenome é uma respeitada referência. Médico cirurgião, empresário de renome, titular de sólida reputação e elevado espírito público, Dr. Diogo tem o entusiasmo da juventude e uma larga experiência administrativa, com seu currículo forjado no trabalho. Filiado ao PSD, maior aliado do PMDB no Rio, certamente teria o aval do Governo Pezão e do Presidente da Alerj. Além do apoio do casal Rechuan, Diogo também seria o candidato natural do Deputado Federal do PSD, Dr. Alexandre Serfiotis, um dos três maiores líderes da Região das Agulhas Negras, ao lado dos Rechuans, segundo os resultados das duas últimas eleições. Alexandre obteve 22.743 votos na Região das Agulhas Negras, sendo: 3.341 em Itatiaia; 6.305 em Porto Real; 10.075 em Resende e 3.022 em Quatis. Ana Paula alcançou 34.243 votos, sendo: 6.178 em Itatiaia; 2.071 em Porto Real; 23.841 em Resende e 2.153 em Quatis. 4) SONHAR NÃO CUSTA NADA Temos ouvido de eleitores algumas chapas de seus sonhos, como as do Silvinho/Julianelli ou Noel/Julianelli. A nosso sentir, muito pouco prováveis, mas em política não existe o impossível. Aqui em Resende também não é diferente. Depois que o Noel de Oliveira – histórico adversários dos Carvalhos – gravou uma declaração de apoio para o Silvinho, em 2000, tudo é possível. Achamos difícil, mas sonhar não custa nada ... 5) SORAIA BALIEIRO NÃO É LEITORA DO PONTE VELHA -
Descobrimos, consternados, que Soraia e sua fiel escudeira Cristina não são leitoras do Ponte Velha. Perde o Ponte e a nova Presidente do PSB, pois não fica sabendo de algumas novidades políticas de Resende, como a
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de que muitos de seus correligionários sonham e tramam o ingresso de uma grande liderança no PSB. Grande o bastante para destronar Soraya. 6) A GUARDA MUNICIPAL PRECISA CUIDAR MELHOR DO PARQUE DAS ÁGUAS - nossa laboriosa GM precisa atuar melhor na proibição de ciclistas e de cachorros no interior do Parque das Águas. Do jeito que a coisa anda, especialmente aos domingos, os caminhantes irão perder o espaço. 7) SÁ MARIQUITA MUDOU-SE PARA RESENDE !
- Há um grande comentário de que Sá Mariquita (querida Presidente da SAÁ - Sociedade Amigos de Arimateia) – fielmente retratada pelo competente traço de Jandir Queiroz – transferiu seu título eleitoral para Resende, onde pretende fazer campanha política para seu ídolo. Consultada pelo Ponte Velha, Sá Mariquita declarou:” Transferir título, não, mêo fio, eu transferi meu domicilo eleitorar, com orientação do Dr. Lexandi Generar. Eu se mudei, difinitivo, pra minha casa de Resende, ao lado da SAÁ. Lá em riba já tava memo muito frio e, dispois dessa possibilidade do meu afilhado se candidatá, resorvi descer a serra, de vez. Já se filiei no partido do rapaz e tô só lubrificano os armamento. Ocês vai ver o que é trabaiá em eleição!” 7) E O NOEL DE CARVALHO? Muitos nos perguntam por que estamos falando pouco do Noel como candidato a Prefeito. Ora, todas as vezes que falamos no Silvinho, não falamos no Noel. Pois o candidato será um ou outro. Temos notado o Silvinho mais
animado do que o Noel, mas isso não significa que o Noel não se animará. Noel ainda tem o maior currículo, de todos os tempos, da política resendense e pode surpreender se houver um racha na base aliada do Rechuan, acontecimento que acreditamos praticamente certo. Um ou mais daqueles que forem preteridos como candidatos a Prefeito irão debandar. Resta saber se correrão para os braços dos Carvalhos ou do Julianelli. É claro que quem receber os dissidentes sairá muito fortalecido. Muitos também nos perguntam por que o Noel é fraco na oposição. Nossa visão sobre isso é cristalina: O Noel sabe administrar e o seu conjunto de obras em Resende fala por si só. Em todos os setores da cidade existem obras de substância realizadas nos governos do Noel. Em campanha, o grupo do Noel pode até jogar pesado. Porém, por incrível que pareça, o Noel não sabe fazer oposição, porque não é de sua natureza ficar torcendo para o “quanto pior, melhor”. Não é da natureza do Noel ficar colocando defeitos nas realizações alheias. O Noel não consegue torcer contra Resende. Quem, como o Noel, está acostumado a construir, não consegue ficar no calçadão distribuindo sorrisos e abraços de R$1,99 e fazendo futrica dos outros. O estilo do Noel é mostrar o que pode e sabe fazer, ao invés de tentar desqualificar a capacidade alheia. Ele pode até perder a eleição, mas não perde o estilo. E se tiver um bom marqueteiro e um bom político coordenando sua campanha, será páreo duro na próxima eleição! 8) LEMBRANDO AS PREVISÕES DO VIDENTE DE SILVEIRAS/ SP, CONHECIDO COMO VOVÔ LANDRACE Segundo o famoso vidente, o candidato a Prefeito do Rechuan será médico e suas iniciais são “D” e “B”.
Expediente
Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho Reg. 12 . 923
Arte gráfica: Afonso Praça Edição: Marcos Cotrim 21-98833. 2248 24- 99301 . 5687
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Um paletó, uma gravata, um microfone, uma cadeira macia e estofada, um carpete, um data show, um carro preto com vidro fumê, certas expressões como “envidar esforços”, “galgar patamares”, etc. São símbolos de poder, de afastamento entre o político e a população. Quando possível, esse afastamento é mesmo o da distância física, como acontece em Brasília com relação ao Brasil e em Itatiaia com relação a Penedo. Daí que foi contrastante com tudo isso a reunião do dia 31 de julho entre a população de Penedo e as “autoridades”, realizada no Clube Finlândia e motivada pela notícia de que a Prefeitura ia acabar com o médico plantonista no posto de Penedo, o que irritou a população e resultou num grosso abaixo-assinado organizado pelo cidadão Valdir Dutra. (coloco a palavra autoridades entre aspas para lembrar que ela vem de autor, aquele que sabe fazer algo e que, por isso, pode orientar os outros; no caso do político, algo em prol do bem comum). Vieram então a Penedo, à noite, o Prefeito, o Secretário de Saúde e a maior parte dos vereadores. O Clube Finlândia estava lotado. Não tinha microfone nem mesa alta, e rolou uma certa democracia
O olho do dono
Agosto de 2015 - O Ponte Velha -
Gustavo Praça
Chão Bruto (1977) de Dionísio Azevedo - Fotógrafo José Amaral
direta. O Ypê falou dos custos da área médica, do momento de crise e menor arrecadação que justificariam a ideia de acabar com o plantonista, mas, já sabedor da reação negativa da população, tinha no bolso do colete a solução: em reunião com os vereadores, ficara acertado que a Câmara devolveria ao Executivo parte da verba que lhe é repassada, cobrindo assim a despesa com o plantonista até o final do ano, quando se dá a nova previsão orçamentária. A questão estava resolvida. Mas aquela rara proximidade entre Executivo, Legislativo e população não poderia passar em branco, ainda mais nesse momento que o país vive,
de tanta revolta com o descaso com o dinheiro público. Há a crise econômica citada pelo Ypê, mas há também a crise moral. E a população cobrou, muitas vezes aos gritos: que a Câmara poderia ter usado para o médico a verba com que pagou cadeiras para sua sede a mais de três mil reais a unidade. O presidente da Câmara, Jair Porquinho, disse que aquilo não era verdade, que a TV distorcera os fatos, que os quase R$ 80 mil gastos com móveis incluía mesas, carpetes e outros itens. Foi contestado: que a Câmara podia prescindir daquilo, que não precisava de luxo, que a sede era relativamente nova. - Esse conforto é para
vocês, é para a população! - defendia-se o Porquinho. - A Prefeitura também poderia gastar menos com a terceirização de limpeza de rua e de lixo! – gritava um popular. Pelo salão passavam de mão em mão folhas de caderno com frases como “ a vida humana é o mais importante”. Muitas mulheres exibiam os papéis de pedidos de exames de mamografia e outros, que vêm sendo postergados, sem data para realização. Falavam do descaso com que eram recebidas na Sec. de Saúde. Ypê, quando conseguiu falar, disse que em breve entrará em funcionamento um mamógrafo doado por uma mon-
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tadora. E ali, no calor da luta, abafado, determinou que a partir daquele dia o Secretário de Saúde ficaria todas as terças-feiras na sede da Administração de Penedo, com a sua equipe, para dar solução rápida e objetiva àqueles casos. Eu saí da reunião pensando que também devíamos exigir de nossos funcionários que se reúnam uma vez por mês na nossa casa, realizando aqui a sessão da Câmara. De preferência sem microfone, sem gravata e sem muito papel – esse elemento postergador dos acontecimentos – para que nossos futuros funcionários não se isolem amanhã num ambiente acarpetado. E quando falo em futuros funcionários penso no Valdir Dutra, que encabeçou o abaixo-assinado. Como estamos vendo a nível nacional no caso do José Dirceu, é muito fácil um jovem inteligente que arrisca a vida por um ideal se tornar o grande articulador da corrupção entre os que andam de carro preto com vidro fumê. Os seres humanos são assim, cheios de tentações, e é por isso que é preciso uma relação cordial mas também próxima fisicamente de nossos funcionários. Como diz o fazendeiro, é o olho do dono que engorda a boiada.
4 - O Ponte Velha - Agosto de 2015
Como será o amanhã?
ITATIAIA em Pauta
Na nossa vida pessoal cada um faz o que quer, ou o que pode. Se você faz parte da filosofia “viva o hoje como se não houvesse amanhã” isso é um problema seu. Mas na vida das cidades, que também são organismos vivos: nascem, crescem e morrem, não dá para agir assim. Tem que ter planejamento. Cidades também adoecem. Violência, trânsito caótico, desemprego, são algumas das doenças das cidades. Represa do Funil em 12/8/2015. Foto Wilson Moura Planejamento do crescimento ajuda a melhorar a saúde das cidades. Fui convidado para participar de um evento denominado “RESENDE + 30” cujo objetivo era discutir com pré-candidatos o futuro da nossa cidade. Independentemente dos erros e acertos desse evento (na minha opinião ele deveria ser extensivo a todos os pré-candidatos) a intenção foi boa. Dei a minha contribuição apresentando as seguintes questões para o debate: É possível a evolução social, ambiental, cultural e econômica de Resende mantendo um modelo de gestão pública que prioriza o critério político nas tomadas de decisões, em regra decididas apenas pelo prefeito, em detrimento dos critérios técnicos e dos preceitos administrativos? É possível essa evolução mantendo uma estrutura orgânica que contraria os preceitos da boa administração, que nomeia os mais importantes gestores da administração municipal com ênfase nos critérios políticos? (proliferação descontrolada de cargos de confiança) É possível essa evolução mantendo um quadro funcional na administração municipal carente de treinamento continuado, de capacitação técnica e administrativa, desprovido de condições de conforto e carente de tecnologia da informação? É possível essa evolução sem o estabelecimento de metas, objetivos, sistemas de avaliação funcional e da máquina pública em caráter permanente, desprovido de um modelo de gestão pública moderno, como Cidades em transição, Cidades inteligentes, Cidades sustentáveis, entre outros? É possível essa evolução com uma estrutura orgânica desprovida de um órgão de planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo, formado por técnicos concursados, imunes às interferências políticas, que desenvolva projetos de estado, e não de governo, que dirija a evolução do município de acordo com os interesses da sociedade e não do governo de plantão? É possível essa evolução baseada em um modelo de desenvolvimento econômico centralizado em um único segmento de mercado, cujas oscilações interferem maciçamente na economia local, desprezando as vocações naturais do município e da região? É possível essa evolução desprezando os conceitos da sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural? É possível essa evolução desprezando os princípios que norteiam a transparência na gestão dos recursos públicos? É possível essa evolução sem uma política estratégica de bom uso e recuperação do solo, sem o controle no uso dos recursos naturais e inexistência de sistemas de produção local de alimentos? É possível essa evolução com a existência de câmara municipal, primeira instância na fiscalização das contas públicas do município, subserviente e comandada pelo chefe do poder executivo? Existem mais questões que merecem fazer parte desse debate, como, por exemplo: É possível essa evolução sabendo de antemão que milhares de eleitores irão votar com base em interesses meramente pessoais, em detrimento dos interesses públicos? Aqueles candidatos bonzinhos, atenciosos, sempre dispostos a quebrar galhos dos cidadãos, principalmente dos mais humildes, que ajudam o eleitor a acelerar o seu processo de aposentadoria; que conseguem internação mais rápida na rede pública de saúde para os seus protegidos; que conseguem um emprego na prefeitura para os seus apadrinhados, entre outras e indecorosas ações, terão milhares de votos. Graças a esses votos, um desses candidatos bonzinhos corre o risco de ser o próximo prefeito, para azar de todos, inclusive de quem o elegeu. Além de correr o risco de eleger um prefeito despreparado para o exercício do cargo, os eleitores desse oportunista correm o risco também de perder o seu benfeitor. Ou você acha que depois de eleito prefeito esse cara vai continuar frequentando a fila do INSS, dos Postos de Saúde e do Hospital de Emergência? Eliel de Assis Queiroz/INSTITUTO AGULHAS NEGRAS (INAN)
Vandalismo no Campo Alegre
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Moradores do Campo Alegre reclamam que vândalos têm atacado as residências com pedras e ovos causando transtornos e prejuízos com a quebra de telhas. Segundo os moradores, cinco residências já foram atacadas e os ataques não têm hora para acontecer o que tem assustado muito devido ao tamanho das pedras (foto). Segundo o Sub-comandante da PM, Olavo Otávio Ramos, o batalhão realiza patrulhamento ostensivo e ações para coibir quaisquer tipo de delitos e solicita que a população abra ocorrência ou faça denúncias dos delitos para que essas ações possam ser melhor direcionadas, mas promete reforçar o policiamento para coibir este tipo de delinquência e prender os responsáveis. (Com Jorge Botelho, apud http://g1.globo.com/…/vandalos-estao-jogando-pedra…/4376520/) O Prefeito Luis Carlos Ypê recebeu no último dia 9, em seu gabinete, os representantes da Associação de Moradores do Campo Alegre, um dos bairros mais populosos do município. No encontro, o presidente da Associação, Nilson Neves, falou do trabalho realizado no bairro e apresentou as demandas da comunidade, entre elas, um pedido de reforma dos brinquedos da Praça da Emancipação, a limpeza dos rios locais e um trabalho reintegração dos dependentes químicos e população de rua. Ypê explicou que todos os pedidos já estão sendo atendidos e que a organização da associação no sentido de levar as necessidades ao executivo é muito importante para o planejamento das ações do governo. (Com PMI)
Enfim, transparência? Tendo em vista o disposto na Lei Federal 12.527 de 18/11/2011, a Lei de Acesso a Informação, o prefeito Ypê publicou Decreto n. 2.598 que dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela Administração Direta e indireta do Poder Executivo com o fim de garantir o acesso a informação. Pelo Decreto, fica criado o Serviço de Informações ao Cidadão - SIC, sob a responsabilidade do Gabinete do Prefeito e do Departamento de Comunicação que se encarregará de monitorar e alimentar o site eletrônico. O Setor de Protocolo deverá receber os formulários eletrônicos ou solicitações formais de Informações e proceder à abertura dos processos administrativos. Leia o Decreto na íntegra: http://flip.siteseguro.ws/pub/vozdacidade/?numero=13981
Prefeitura de Itatiaia irá assumir todo sistema de tratamento de esgoto nas vilas de Maringá e Maromba O prefeito Luis Carlos Ypê, disse que a partir de agosto, a Secretaria Estadual do Ambiente e o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) vão transferir para a prefeitura de Itatiaia toda a gestão e manutenção do sistema de tratamento de esgoto das vilas de Maringá e Maromba. Serão duas estações de tratamento de esgoto, três elevatórias e rede de coleta que a partir de agosto ficará sob a responsabilidade e gestão do município de Itatiaia, por isso a partir de agosto até dezembro manter-se-á uma equipe da prefeitura fazendo toda a manutenção e gestão das estações de tratamento de esgoto em Maringá e Maromba. As Estações de Tratamento de Esgoto das vilas de Maringá e Maromba, entraram em operação no ano de 2011, quando o INEA contratou a empresa Águas do Brasil para fazer manutenção nas redes de esgoto, elevatórias e operar o sistema nas duas estações de tratamento de esgoto. Inicialmente o INEA iria operar o sistema somente por dois anos, tempo previsto para que a prefeitura de Itatiaia obtivesse meios para assumir todo o sistema, mas, os anos foram passando e até hoje o INEA foi quem operou o sistema de tratamento de esgoto na região. (Com Blogg Assomar) Desde o primeiro governo Noel de Carvalho, no fim dos anos 1970, os sistemas tradicionais de fossas sépticas com sumidouro foram substituídos por redes de esgoto despejando diretamente nos rios Santo Antônio e Acará. Na seca, este vira uma vala negra, pela escassez de água e pela urbanização ao norte da cidade. Em 2011, foram investidos R$ 8 milhões, recursos do Fecam (Fundo Estadual para Conservação Ambiental) e do Fundrhi (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) na construção da ETE/ Maringá, mas a sede do município ainda carece de solução para o grave problema.
Máquina arrecadadora do Estado tunga Itatiaia O Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que o poder de polícia de trânsito pode ser exercido pelo município, por delegação, já que o Código Brasileiro de Trânsito estabeleceu que esta competência é comum aos órgãos federados. Espera-se que a Secretaria da Ordem Pública atue preventivamente, ordenando o trânsito local e promovendo o transporte alternativo, as ciclovias etc., para que a pressão na mobilidade, que cresce já desordenadamente, e promete piorar, não favoreça a idústria das multas, recurso grosseiro para aumentar a arrecadação.
Agosto de 2015 - O Ponte Velha -
Recentemente, na página do Facebook denominada Ação Resende, uma discussão tomou corpo. A questão da cadeia pública de Bulhões. O que pude perceber em relação a nossa sociedade foi muito além deste fato. A grande maioria concorda que devemos ter presídios decentes, mas ninguém os quer perto de si. Ocorre assim todo tipo tipo de justificativa para ocultar o nosso preconceito velado. A clássica da esquerda redentora: “Melhor investir em escolas do que em presídios”, como a da direita: “É mais racional, economicamente falando, investir na modernização e ampliação de unidades já existentes.” Mas para mim ficou muito claro por detrás das “frases de efeito”: Nossa verdadeira índole. Queremos os benefícios do estado de direito , porém nos recusamos a assumir qualquer ônus necessário a sua afirmação. Esquivamos, empurrando para os outros o que é responsabilidade de todos. Através deste exemplo, poderia elencar várias questões pelas quais o estado funciona mal, seguindo esta lógica perversa de nossa sociedade. Vamos lá. Este equipamento é necessário? Sim. Sua implantação causa impacto ? Sim. Neste ponto a prefeitura deveria ter procedido a um estudo de impacto de vizinhança, previsto no Plano Diretor. Não o fez, ou por desco-
Cadeia para quem precisa de cadeia Renato Serra
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arcaica lei de execuções penais. Por que tudo isso? Voltamos ao início do texto. Não queremos essa responsabilidade. Queremos as ruas seguras , porém para onde os marginais irão, não é nosso problema. Essa mentalidade é a responsável pela crise que vivemos. Exigimos direitos e fugimos a todo custo dos deveres. Somos uma sociedade que deve repensar seus valores para que no futuro não nos tornemos ainda mais prisioneiros de nossas escolhas.
Ressocialização As obras da Cadeia Pública em Bulhões, ainda no início, em 2013
nhecimento da lei ou porque entendeu que não havia necessidade. Na verdade o presídio está longe da casa do prefeito e de seus secretários. Já a população rural do entorno gera pouco impacto eleitoral, isso por si só parece bastar. Se fosse feito um estudo sério, a prefeitura teria ciência de que o equipamento não pode existir por si só. Há necessidade de condições mínimas para o afluxo de familiares e trabalhadores da unidade. Questão de humanidade. Onde está a infraestrutura de apoio? Parada coberta para ônibus e vans, área de manobra, área de descanso. Estruturas com sanitários públicos, áreas de alimentação, informações,
etc... Nada disso foi pensado, e olha que a administração municipal tem em seu organograma um escritório de arquitetura completo, mas pelo que parece insensível a certas demandas. Para quem ainda é crítico da cadeia pública, cabe saber que é uma estrutura moderna, praticamente a prova de fugas e rebeliões, com instalações dignas para um detento. Um lugar onde o preso poderá refletir sobre seus atos sem ter ter que se preocupar com sua integridade física e sobrevivência. A humanização vem também da proximidade do apenado com sua família. Afinal a cadeia funcionará com presos região das agulhas negras.
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Não há nenhum sentido em deslocar as famílias destes presos para áreas das periferias das metrópoles, sob o pretexto de que é economicamente mais racional. Além disso, as grandes unidades propiciam a afirmação das facções criminosas onde o detento tem que se “filiar” a um lado, se profissionalizando no crime. Além do quê, é uma mentira. Existem outros custos embutidos que não são avaliados pela direita, principalmente os sociais. Quanto a população local, pequenos produtores rurais, poderiam se beneficiar desta atividade fornecendo gêneros alimentícios para a unidade. Coisa um pouco mais complicada em face ao loteamento do estado em conhecidas máfias de fornecedores. A das “quentinhas” pode ser uma delas. Depois é absurdo um presídio não ter autonomia para utilizar a mão de obra ociosa na sua própria manutenção e operação. Este é mais um problema da nossa para endas Encom Hotéis
Agentes da Pastoral Carcerária Diocesana visitaram as obras de construção da Cadeia Pública em Bulhões, em 2014, e ouviram do engenheiro responsável, Léo Ignácio, que a carceragem terá capacidade para 450 pessoas, sendo uma ala feminina para 150 e 300 masculino. “O material é de primeira, funcionários dedicados e um bom ambiente de trabalho”, declarou o engenheiro, acrescentando que a unidade terá sala de jogos, quadra poliesportiva, farmácia, gabinete odontológico, cela para portadores de deficiência física, espaço para parturientes, enfermaria, celas para visitas íntimas e familiares, biblioteca, refeitório e espaço ecumênico. A Pastoral Carcerária Diocesana vem trabalhando pela inclusão social dos presos, solicitando ao poder público municipal que acompanhe as reivindicações dos detentos, intermediando ações junto ao governo do estado. A nova Cadeia Pública vai favorecer o trabalho de acompanhamento nos processos e no aspecto social e moral que a Pastoral realiza com os presos, familiares e vítimas de violência na região, advoga o padre Romulo Saloto, da Paróquia N.S. Fátima, no Paraíso.
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6- O Ponte Velha - Agosto de 2015
Pílulas porteñas Como forma de exercitarmos a capacidade de interpretar e reescrever culturas através do ofício da tradução, temos publicado textos diversos em nosso blog (www.tecendootexto. com.br/blog). Escolhemos para o Ponte Velha a tradução de uma crítica publicada no Jornal Página12 , aqui acrescido da introdução de Heitor Levy, que também a traduziu. lila almendra
Um Detetive Bem Argentino*
Heitor Levy
Meu interesse na cultura argentina é já velho e nasceu na biblioteca da casa de minha família, muito sob a influência de meu pai. Desde então procuro me aproximar do que é cá produzido em termos de literatura. Um de meus caminhos habituais é a leitura das seções dedicadas à cultura na versão eletrônica do jornal Página12. Foi justamente aí que encontrei o texto que decidi traduzir, numa tentativa de aproximar o leitor brasileiro do escritor/desenhista argentino. Tentativa que, se por lado procura preencher (ainda que minimamente e quiçá de maneira vã) esse espaço entre culturas vizinhas, procura também preencher este espaço dentro de mim. Já faz quatro meses que vivo em Buenos Aires e acomodar brasileirismos e argentinismos é uma tarefa constante na constituição desse eu estrangeiro. O texto é traduzido também como forma de lidar com as saudades, nesse caso específico, de meu pai. A história em quadrinhos de que trata o texto me remete ao velho, à já citada biblioteca, à casa onde cresci. Nela há Argentina, literatura, história em quadrinhos, detetive particular e futebol. Tudo isso é, de certo modo, para mim, meu pai. Traduzo então como forma de lidar com as distâncias, entre estas duas culturas que trato de plasmar; e entre eu e meu pai, corresponsável pelo interesse literário que me trouxe até aqui. “Há uma teoria que sustenta que na Argentina o gênero dos super-heróis é impossível. Que os leitores não podem aceitar a ideia de um encapuzado nacional fazendo o bem desinteressadamente, sem aproveitar-se da ocasião para se dar bem. Algo similar poderia ser dito do clássico policial noir. Alguém pode imaginar um detetive particular à la Chandler? Difícil. Por isso, entre muitos outros motivos, é que La Sudestada, de Juan Sáenz Valiente e publicada por El Hotel de las Ideas, é um grande livro. Porque o quadrinista se sentou com um autêntico detetive particular argentino para saber como trabalha, aprender truques do oficio para obter dados de gente desprevenida e, além disso, para que diabos o contratam. Com isso fez uma grande, grande história em quadrinhos. Porque La Sudestada é, antes de mais
Em seu livro publicado por El Hotel de las Ideas, Juan Sáenz Valiente oferta um desenho que o confirma como um dos melhores desenhistas do país, e uma sólida história que segue as peripécias de um detetive particular envelhecido e em má forma.
nada isso: uma grande história em quadrinhos argentina. Com uma história sólida e com um desenho que confirma que o (ainda) jovem Sáenz Valiente é um dos melhores desenhistas de que dispõe o país. O que não é pouco, em um país repleto de desenhistas excepcionais. La Sudestada conta as peripécias de um detetive particular envelhecido e em má forma que é chamado a averiguar por que uma importante (e já madura) coreógrafa de dança contemporânea se reclui quase que diariamente em uma ilhazinha de Tigre. Com esse ponto de partida já batido, o autor constrói uma história interessante e sólida, narrada com um tempo quadrinístico impecável, e habitada por personagens de atratividade e verossimilitude pouco freqüentes. Que o detetive Jorge é um cínico por conta das más experiências se percebe facilmente, porque qualquer leitor conheceu alguém assim. E que o empresário que o contrata para seguir sua esposa é um aproveitador, também se identifica rápido. E Sáenz Valiente não tem que dizer “esse é um aproveitador”, os personagens mostram sua índole por si mesmos. Mas além da história, é seu desenho excepcional que faz o livro ainda mais redondo. Não há muitos desenhistas que possam captar o ar de Buenos Aires como Sáenz Valiente, tampouco há muitos que possam plasmar seus
habitantes tão bem quanto ele. Quase se pode dizer que sua prática não é o desenho naturalista, mas o essencialista. É desses que em cada traço sobre a folha colocam um pouquinho de verdade. Cada cena em que Jorge, em sua vida privada, joga uma peladinha de futsal com seus amigos, é quase uma revelação. Porque o autor não coloca um protagonista boa pinta com seus amigos jovens. Longe disso, coloca o decadente Jorge junto a seus amigos veteranos, em geral barrigudos e pouco atraentes, mas muito verdadeiros em seu toque preguiçoso para passar a bola, no pézinho estirado do goleiro em sua reação indolente, e nessa rede de gol pequeno que veste a bola porque não está nunca bem esticada. Juan Sáenz Valiente vê esses detalhes como ninguém e é capaz de plasmá-los como nenhum. Carlos Nine diz que Sáenz Valiente gosta de desenhar velhos, que presta atenção neles. É assim mesmo. A parte da festa a fantasia o confirma. Além desses retratos beirando a perfeição, também oferece lições de narrativa. A cena que abre o livro, com a experiente protagonista executando seu espetáculo em cena, ou qualquer um dos ensaios da investigada, são aulas sobre como mostrar o movimento da dança contemporânea em quadrinhos com seqüências convincentes. As passagens oníricas em que Jorge se vê perturbado, ensinam outro tanto. Sáenz Valiente já havia mostrado seu talento em Sarna, junto a Carlos Trillo, ou em El Hipnotizador, junto a Pablo de Santis. E, embora tenha outros livros como único autor, em nenhum deles havia alcançado a cota de qualidade que exibe em La Sudestada. Sem dúvidas um dos melhores quadrinhos do ano.” Andrés Valenzuela
* Texto original: http://www.pagina12.com.ar/diario/ suplementos/espectaculos/18-35951-2015-07-01.html
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Carta aberta aos governantes, aos cristãos e à população de Resende e Itatiaia Caros irmãos e irmãs, no último domingo, dia 19 de julho, fomos enviados por Dom Francisco Biasin [bispo diocesano] e por toda a comunidade diocesana de Barra do Piraí – Volta Redonda para realizar uma experiência missionária na Paróquia Sagrada Família, mais especificamente nas comunidades São Benedito (Bairro Baixada da Olaria, em Resende), São Francisco (Bairro Morada do Contorno, em Resende) e Nossa Senhora Auxiliadora (Bairro Jardim Manchete, em Itatiaia > foto). Ao longo dos dias que passamos nos bairros supra citados, algumas situações nos incomodaram profundamente e diante delas não podemos, não queremos e não vamos nos calar! Já nos lembra o saudoso beato Paulo VI na Encíclica Populorum Progressio que: se mantendo fiel ao exemplo do Cristo “que dava como sinal da sua missão o anúncio da Boa Nova aos pobres, a Igreja nunca descurou a promoção humana dos povos aos quais levava a fé em Cristo”(nº12). Nossa missão na Paróquia Sagrada Família teve como objetivo anunciar esta verdade, a Igreja reconhece o Cristo nos sofredores e marginalizados presentes nos bairros em que visitamos, e com essas experiências reforçar nossa opção preferencial por estes, sendo sua voz. “Tomando parte nas melhores aspirações dos homens e sofrendo de os ver insatisfeitos” (Populorum Progressio, nº13) resolvemos, por meio desta, DENUNCIAR o descaso do poder público para com a população mais carente presente nos bairros Baixada da Olaria e Jardim Manchete. No Bairro Baixada da Olaria, encontramos famílias vitimadas pelo desemprego, desoladas pela fome, escravizadas pela violência que se expande pela falta de segurança pública e políticas que propiciem a prevenção e a recuperação daqueles que frequentemente são expostos
ao mal da droga e da prostituição. É inadmissível constatarmos que com todos os avanços na medicina, doenças como a Hanseníase, a Tuberculose e a Pneumonia roubam a vida de filhos de Deus que lá habitam. No Bairro Jardim Manchete a situação é um pouco mais alarmante! Menores e portadores de necessidades especiais são abusados, famílias vivem com menos de um salário mínimo, não gozam de saneamento básico, transporte público, tampouco tem acesso a serviços de saúde e educação no Bairro. Diante disso há quem ouse afirmar que esta situação perdura por conta de morarem, a maioria das famílias, em uma terra “invadida”. Contudo, queremos aqui lembrar que “Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos; de modo que os bens criados devem chegar equitativamente às mãos de todos, segundo a justiça, secundada pela caridade. Sejam quais forem as formas de propriedade, conforme as legítimas instituições dos povos e segundo as diferentes e mutáveis circunstâncias, deve-se sempre atender a este destino universal dos bens. Por esta razão, quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns,
no sentido de que possam beneficiar não só a si mas também aos outros. De resto, todos têm o direito de ter uma parte de bens suficientes para si e suas famílias. Assim pensaram os Padres e Doutores da Igreja, ensinando que os homens têm obrigação de auxiliar os pobres e não apenas com os bens supérfluos. Aquele, porém, que se encontra em extrema necessidade, tem direito de tomar, dos bens dos outros, o que necessita.”(Gaudium et Spes, nº 69) Por isso também conclamamos ao poder público que, em nome do bem comum e do direito, dê um parecer final e favorável àqueles que lá sofrem temerosos por perderem o pouco que com suor e lutas conseguiram edificar. Rogamos àqueles que insensíveis diante do sofrimento usam dos mais simples do povo como massa de manobra política e religiosa enganando e persuadindo-os com interesses de lucros eleitoral e financeiro, que se convertam à justiça do Reino. Nossas palavras dirigem-se não só aos governantes e aos outros homens de boa vontade, mas também – e de forma mais especial- aos irmãos e irmãs cristãos para que nos lembremos como comunidade dos que creem que “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem,
indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos! Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! […] prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (Evangelii Gaudium, nº 48-49) Movamo-nos como Igreja, é hora de fazer alguma coisa de mais concretude para sanar as urgências que se nos apresentam, impelidos pelo Evangelho, pelo Cristo, nosso irmão e Senhor que são também as alegrias e espera nos dizer: “Tive fome as esperanças, as tristezas e e destes-me de comer, tive as angústias dos discípulos sede e destes-me de beber, de Cristo” (Gaudium et Spes, era peregrino e recolhestesnº1), assim sendo, é nossa tarefa, missão e responsabi- -me, estava nu e vestistes-me, enfermo e visitastes-me, lidade ser sinal do Reino e prisioneiro e viestes ver-me” força de Ressurreição para aqueles que jazem na morte (Mt 25, 35-36). Unidos, Igreja, poder púda fome, do abandono, do blico, homens e mulheres de desemprego, do vício… boa vontade, conseguiremos Como no exorta a Epístomudar as realidades de morte la de Tiago, “De que aproem vida. Basta de grilhões, veitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver a liberdade precisa chegar a obras? Acaso esta fé poderá este povo que dorme e acorda sob pesado jugo! salvá-lo? Se a um irmão ou Encerramos certos de que a uma irmã faltarem roupas nossa voz, a voz dos preterie o alimento cotidiano, e dos que o Cristo fez preferialgum de vós lhes disser: dos, precisa e começará a ser Ide em paz, aquecei-vos e mais ouvida. fartai-vos, mas não lhes der Que o Reinado de Deus se o necessário para o corpo, instaure e que a vida triunfe! de que lhes aproveitará? A fé sem obras é morta em si mesma.” (Tg 2, 14-17). Seminaristas Diocesanos Como nos lembra Francisco, “há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo Resende, 25 de julho de 2015. VENDO linda casa no Alto Penedo
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Livros importantes
Fala, Joaquim
Na celebração do 167o aniversário da elevação de Resende a Cidade, no dia 13 de julho, foi lançado o livro “Resende, presente e passado”, produzido pela equipe do Arquivo Histórico, da Fundação Casa da Cultura. Segundo o presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, Angelo Tramezzino, o livro é um marco na história do município e reúne toda a parte documental e a historiografia de Resende, com a linguagem trabalhada para ser usado dentro da sala de aula. O secretário de Educação, Mário Rodrigues, também enfatizou a linguagem apropriada do livro para o uso em sala de aula, a qualidade das fotos e o fato de propor atividades para serem trabalhadas com os alunos a respeito dos assuntos. O diretor do Arquivo Histórico, Claudionor Rosa, ressaltou que o objetivo do livro é também o resgate e a valorização do patrimônio histórico de Resende. Segundo ele, foram produzidos 5 mil exemplares, e as escolas interessadas em ter acesso ao material podem procurar o Arquivo Histórico para solicitá-lo. (Com PMR)
Joaquim Maia desperdiçado As notas pitorescas e saborosas de Joaquim Maia, que ele chamou de “Recordar é Viver” (1898-1968), foram publicadas em maio último, sem selo editorial, apenas uma menção à Casa da Cultura na Ficha Técnica, no fim da obra. A apresentação do professor Mario Dias agradece à família Maia e aos patrocinadores, e embora encareça o material (“um tesouro a descobrir”), a edição frustra o leitor que há tempos esperava a publicação destas memórias. De fato, a comunidade dos interessados na história local sabia da existência dos manuscritos em posse da família, e aguardava sua publicação no melhor estilo. Bairros, becos, chácaras, logradouros, tipos humanos e toda uma antropologia naif de grande valor documental e afetivo acabou vindo a público sem o esperado lustro editorial e, aparentemente, sem revisão. O contraste com a edição quase luxuosa do supracitado “Resende - Passado e Presente” pode-se explicar pelo momento político, mas é injustificável perante o sentimento de quem preza o mais perene na tradição local. (MCB)
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“ ‘Saudade não existe, ela está entre nós’ - A recordar, como no caso, vivência de 70 anos de Resende (24 de janeiro de 1898 a 24 de janeiro de 1968), focalizando com saudade tudo que a memória guardou, do presenciado desde a infância, embora simples e até ingênua certa narrativa. Que não se pode ficar insensível ao seu encantamento; das ruas estreitas, seu leito calçado de pedras irregulares, dos edifícios respeitáveis, dos “frades” de madeira postados em quinas, resguardando determinada quina de casas de gente importante, das Aves Marias da nossa Igreja Matriz com dobres de profunda ressonância. Registros e imagens com outro aspecto bem diferente d’aqueles de méritos incontestes que tiveram a primazia descritiva dos grandes historiadores de Resende, [...] Recordar é viver, testemunho vivo de um período olvidado, mais de meio século vivido e, como passado, saudoso embora, o bastante para o desalento frustrado quando recordado da saudade do tempo que ficou para trás. [...] Essa Resende, embora a contingência da vida leve tudo ao afastamento, no coração do resendense abrigada como grata lembrança...” (Joaquim Maia)
Ô maiada, cum tanto money chegando na região, num sobra nem um tiquinho pros pobre, prá curtura, pro pequeno produtor, não? Homessa!!
Huummmmm A ganância atravanca o verdadeiro progresso! E a loucura não paga ingresso...
Vendemos pelo Construcard da CAIXA e pelo CDC do Banco do Brasil
Do orgânico, a seu tempo Caminhando (e tropeçando) pelas calçadas resendenses, vieram-me à lembrança trechos do livro de Joaquim Maia, Recordar é Viver, e de um post da Casa da Cultura sobre a Cerâmica São Carlos. Imaginem que o barro vinha da Fazenda da Barra em carros de boi, demorando cada viagem meio dia para vencer os 10 Km até o Manejo! O Joaquim Maia recorda as ruas calçadas com pedras irregulares, que tornavam o andar uma tarefa delicada. Sem abusar da metáfora, cada sentido poderia ser associado ao outro, para dar uma noção deste mistério que é caminhar pela vida. Assim, o olhar deve ter certo tato, e escutar pode carecer de luzes. Há sonoros apertos de mão, como sabores especiais em certas músicas. Não se deve generalizar, mas acho que posso sustentar que a falta de tato no andar se deve ao esquecimento do ritmo da realidade, do compasso que marca a cadência, não tanto de chegar, mas de dar-se o luxo de admirar. Nessa pauta se há-de achar o acorde que revela vizinhanças, paisagens e umas poucas surpresas, supérfluas mas indispensáveis. De alguma forma, esse ritmo propriamente humano depende da dificuldade de chegar. A dificuldade como graça, nela nos educamos; como dizia Píndaro, aí nos tornamos nós mesmos de um modo inesperado. Servidões do tempo, quando domesticamos a de-cadência.
Marcos Cotrim
Caminante, son tus huellas el camino y nada más; Caminante, no hay camino, se hace camino al andar. Al andar se hace el camino, y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. Caminante no hay camino sino estelas en la mar. António Machado, Proverbios y Cantares, Poema XXX
A ânsia de chegar nos tem trazido tantas metas... O trânsito é um desses sintomas de que a cidade adoeceu de morte. Todos querem chegar, não passar; e levam para as ruas e estradas o furor um tanto esquecido do seu destino andarilho. O filósofo Gabriel Marcel falava da gente como homo viator, isto é, caminhante. A presunsão de chegar era mal vista pelos gregos; tinham-na por hybris - desmedida. Pois sem medida ficamos sem as mesuras do trânsito. Sobram as metas; e dobradas! Quem nega que os condutores levam para as ruas sua falta de educação doméstica? Uma barbaridade, achar que o porte de carteira de habilitação promove alguém a decente transeunte. Nesse diapasão desafinado, entra o ritmo das máquinas. Melhor, nesse espírito mecânico engendram-se
as máquinas. Essencialmente, a máquina é feita para chegar sem transitar. É uma queimadora de etapas. Presume-se que não há necessidade de séculos de educação para criar um centímetro de humus na superfície do solo urbano; basta um treinamento competente para ajustar as peças no modo de chegada. Assim é com as profissões e os casamentos, as refeições e as malhações, os governos, os tratamentos médicos e os campeonatos de futebol... Na escola, a educação anda mancando tanto, que as pessoas se vão formando sem o mínimo pudor por sua inciência arduamente adquirida. Pífio suor. Pobre país. Soube de um professor da Ufrj que tentava implantar projetos de energia solar na Maré e desistiu depois de verificar que seus pobres consomem luz com “gatos” na linha; seus destinatários, excluídos por definição sociométrica, usam energia roubada para ter ar condicionado em todos os cômodos do barraco; num deles, a geladeira velha sempre aberta era o ar refrigerado da cozinha. Desistiu das bondades... Ninguém cuida do que não é seu. Se estudantes, motoristas e governantes não se acham herdeiros de uma tradição comum, não saberão que não nos é dado chegar. Caso não se vejam prestes a dar o glorioso último passo de uma caminhada iniciada há milhares de anos na senda da civilização, seus primeiros passos tropeçarão precocemente na linha de chegada. Recorde de alienação. Disso fala o “orgânico”: da participação na aventura de desbravar a realidade virgem, de transitar pela primeira vez no futuro, com toda a mesura cabível ante esse dom tremendo. A vida infiltra-se nas fissuras dos planejamentos, na penumbra dos fracassos do caminhante. Afinal, o mal é apenas (ai!) a ausência de um bem descurado. Recordar é viver, mas viver não é recordar; é caminhar.
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Mulheres vistas da janela de um trem suburbano
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Para trás vão ficando as mentiras dos comícios, os alaridos das feiras de subúrbio. Vagos alvoroços mal revelam escassas alegrias nas praças baldias sem jardins. Não mais se veem moleques se engalfinhando, se matando por esfarrapadas bolas em campos sem traves, propriedades particulares onde é proibido entrar, espaços emparedados, asfixiados por muros da especulação que parecem estar em conluio com o trem correndo rumo à solidão. E logo se percebem os ermos onde do nada brotam casas em profusão, todas sem reboco, sem pintura, sem quintais, terrivelmente iguais nas quais se pode ver efigies gordinhas, mulheres sozinhas nas varandas comezinhas com embrulhinhos nos cabelos gris, papelotes como se diz, em verdade embutidos de ilusões perdidas, entorpecidas, consumadas. E para trás, calcinadas pelo desamor, ficam também estátuas com os seios de fora se benzendo, desaparecendo na fuligem, no esquecimento, pensando no metrô que nunca chegará no ano que vem, esperando a novela, o desfecho que sempre vem ou quem sabe alguém, notícias, um toque de campainha, afagos, carícias, só isso... Nada de sexo... Espantando a mosca fictícia, a ideia sem nexo, abanando-se na tarde incandescente, de nada adiantando gritar para o trem que não escuta, desfalecendo exangues nos alpendres com bandeirinhas, comendo mangas de dezembro com gosto de cimento, ansiando por boas novas, coisas transcendentes, quem sabe a democracia de verdade que há de chegar um dia, mas que demora, não finca raízes nos restos indecentes das últimas eleições espalhados putrefatos pelo chão expondo cruamente a esperança em decomposição. Somavilla
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A fisioterapia no tratamento dos distúrbios da postura do corpo
“Preservar a saúde postural é mais do que uma necessidade estética, é sinônimo de qualidade de vida e bem-estar, é saúde, pois a má postura favorece o aumento das curvaturas e inclinações, com repercussão imediata para distúrbios no equilíbrio postural e do funcionamento de órgãos e sistemas”.
De uma maneira geral e cada vez mais precocemnte, nos tempos atuais, muitas pessoas são acometidas por dores nas articulações, por negligenciarem o trato da saúde postural, submetendo esta ao estresse. Tardiamente perceberão que a má postura, ao longo do tempo, contribui para o agravamento das disfunções articulares, circulatórias, respiratórias e musculares, acelerando a percepção da dor. Estar ereto, então é mais do que ficar em pé. É um evento complexo, envolvendo a configuração genética, o ambiente bioquímico, físico, o mecânico, o emocional e social, e muitas outras onde interagem todas as funções em prol da sustentabilidade da vida. Conseqüentemente, ao adotar uma posição vertical, postura bípede, com um engenhoso e harmonioso equilíbrio articular, isto é, quando as articulações se apóiam e se sustentam, harmonizando um alinhamento
DICA DE EQUILÍBRIO
Dr. Marinho Barros Bastos
e equilíbrio gravitacional adequado, mesmo assim, haverá desgaste articular, acelerado pelo fato do uso inadequado das alavancas. Cada corpo reflete uma postura única de um estilo ímpar de vida. Postura é o termo usado para denotar o adequado alinhamento articular e segmentar corporal, harmoniosos entre si nas diferentes posições funcionais que adotamos. É difícil prescrever uma postura normal e ideal padrão para todos, pois duas pessoas não têm as mesmas medidas em todas as dimensões proporcionais do corpo. Além dessas variações anatômicas (fenótipo), cada indivíduo em seu genótipo
usa o corpo de maneira diferente, dependendo da personalidade das reações ao meio ambiente. A orientação profissional do fisioterapeuta, como uma das medidas preventivas, orientará como cada indivíduo deverá usar adequadamente seu corpo. A má postura, inicialmente, não apresenta sintomas dolorosos, é silenciosa, traiçoeira, com efeitos tardios e, por isso, as pessoas acabam se policiando menos, com agravo ainda mais de seu quadro, levando muitas vezes a lesões irreversíveis. O descuido leva ao mau hábito postural, do qual advém um vício que se perpetua quan-
do encontra facilidades para sua instalação. Estes vícios posturais podem se instalar nas principais estruturas do nosso corpo, por exemplo: na coluna vertebral com os desalinhamentos da cifose, escoliose e hiperlordose; nos joelhos, favorecendo o desalinhamento para geno valgo (joelhos em tesoura); geno varo (joelhos arqueados); geno flexo (joelhos fletidos) e geno recurvato (joelhos recuados). Todos estes distúrbios repercutirão diretamente sobre o equilíbrio, acelerando o desgaste das articulações, entre outras secundárias complicações.
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Um corpo em equilíbrio proporciona uma postura balanceada, onde a linha de gravidade deve passar pela base de sustentação. O peso do corpo deve ser distribuído igualmente entre os 2 lados da base e também entre partes anteriores e posteriores. Manter as costas erguidas também é importante para ter uma boa postura corporal quando a pessoa se encontra sentada (por exemplo, em frente ao monitor do computador). Uma boa postura deve ser aquela em que todas as atividades do corpo possam ser realizadas com um mínimo de esforço (sem dor) e a partir da qual os sistemas do corpo (respiratório, circulatório, digestivo, etc.) possam funcionar normalmente. A postura ideal é aquela que envolve uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga conduzindo a um melhor aproveitamento do corpo. Considera-se que uma boa postura corporal é aquela em que o corpo se mantém ereto, o que permite ter uma circulação e oxigenação adequada, minimizando o desgaste articular e muscular, evitando problemas de desequilíbrio e dores musculares. .adas pela má postura. A postura correta melhora a qualidade de vida, melhora a desenvoltura para todas as atividades do cotidiano, a auto-estima e aumenta a sensação de prazer.
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Abençoadas tradições
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Esta invocação é uma Prece Mundial Expressa verdades essenciais. Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.
Escrevendo, s/d Daniel F. Gerhartz ( EUA, contemporâneo)
A Grande Invocação
Óleo sobre tela
Desde o ponto de Luz na Mente de Deus, que aflua Luz às mentes dos homens. Que a Luz desça à Terra.
Hoje eu quero espreguiçar, experimentar vestes, abrir antigas sombrinhas arrematadas com rendas. Quero uns metros de organdi, anjos dourados, o mistério da fé. Pés descalços por um pedaço de hora e uma tardinha serenada. Arrumar os latões de leite na carroça e chegar sem atinar pra’donde. Quero uma cozinha poética, carícias sutis, lembrando alvura das cambraias brancas de linho, onde minha mãe bordava. Alvas – tão alvas! Babados em pedras coloridas movendo-se como círios virginais. A luz tombando sobre objetos de outrora. Remexer as cinzas da lareira, ver homens e mulheres trajados pra missa de domingo. Os nossos finados cobertos de lírios com uma prece demorada. Quero singrar pelo fazer literário, com o que eu sou comprometida e que mal defino. As flores que você me trouxe no primado
do nosso amor. Silêncios amplos, sonoros fios de seda, pra melhor eu presidir as minhas dúvidas. Pender meus braços, desobrigados da espera. Não ouvir os gritos dos náufragos, por pouco tempo que seja. Que seja por pouco tempo! Quero o momento que precede o sono, a mão que acalenta. Encontrar um poema que dê conta daquilo que eu não consegui dar conta. Banhada e perfumada, dispensar as indecisões meio-amargas, meio-doces. As insensibilidades sem remédios. Receber a velhice chegando, e chegando, sem suores e nem lágrimas. Almejando-a! Quero deixar para os meus filhos e netos, a minha escrita feita com a água doce dos pequenos córregos, como se fosse o sangue dos nossos antepassados, alongados em suas veias. Deixar os livros, a escrivaninha do meu
avô – poeta. O acordeon do meu pai, a fleuma da minha mãe. Tudo Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, bem devagarinho... Devagar qual que aflua Amor aos corações dos homens. passo dos civilizados, de andadura Que aquele que vem volte à Terra. lenta, adquirindo um ritmo quase majestoso. Desde o Centro, onde a Vontade de Deus Meus filhos regem bem as é conhecida, que o propósito guie palavras, meus netos têm o dom as pequenas vontades dos homens. musical. O propósito que os Mestres conhecem Peço a Deus que não lhes e a que servem. pesem esses dons! Que não lhes pesem as tradições! A tristeza da Desde o centro a que chamamos estaçãozinha de trem, agora abanraça humana, que se cumpra donada, o cheiro da alfazema ano plano de Amor e Luz. cestralmente conhecido e usado. A questão dos bons princípios. As E que se feche a porta onde mora o mal. boas maneiras e educação. Abençoadas tradições! Somos Que a Luz, o Amor e o Poder extremamente gratos aos nosrestabeleçam o Plano Divino na Terra. sos mortos pela proteção e pelo exemplo. Pela sala penumbroUnidade de Serviço para Educação Integral sa – um dos últimos refúgios da Av. Nova Resende, 320 – sala 204 polidez. Pela biblioteca! CEP: 27542-130 – Resende RJ – Brasil Amém. Tels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065
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Fala, Zé Leon: Muita saúva e pouca saúde, os males do Brasil são Vivência em Mauá Com uma narrativa de caráter mítico, em que os acontecimentos não seguem as convenções realistas, a obra de Mario de Andrade escrito em 1928, procura fazer um retrato do povo brasileiro, por meio do “herói sem caráter”. E a frase título desta coluna era a que mais resumia as mazelas d Brasil na terceira década do século XX. Vamos agora transportar nosso Macunaíma para a segunda década do Século XXI. Saúva é um mal que não assusta mais, mas saúde, um dos principais males juntamente com educação, transporte, segurança, infraestrutura, cultura, esporte, meio ambiente, enfim, nosso herói teria dificuldade de montar uma frase de tão bom efeito como a do título. Muita corrupção e pouca vergonha na cara, os males do Brasil são. Taí, acho que ficou bom. Porque o que mais se vê e se lê são os escândalos, um atrás do outro. A gente que achava que o mensalão era o maior já produzido, ele todo não vale um Pedro Barusko. Pra se ter uma ideia, os desvios na Petrobrás representam o valor da dívida da falida Grécia. Quer dizer, se roubou o que vale um país europeu. E dona Dilma e seu Dilmês: (interrompemos nossa coluna para
Logo de autoria de Sérgo Ornellas
registrar as várias e brilhantes pérolas de nossa presidenta) “Não vamos colocar uma meta: deixaremos a meta em aberto e quando atingirmos ela, nós dobraremos a meta”; “E eu quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo”; “Os alimentos também começaram a registrar, mesmo com todas as tentativas de transformar os alimentos no tomate (sic), os alimentos começaram uma tendência a reduzir de preço”; “A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio”; “Primeiro, eu queria te dizer que eu tenho muito respeito pelo
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ET de Varginha. E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido;” “Eu quero, então, voltar aonde eu comecei. Eu vou falar agora que aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos O Goa Spa promoverá Vivência em Mauá, municípios, porque eu acho imporde 21 a 23 de agosto de 2015, com: tante que cada um de vocês possam Permacultura e Bioconstrução, Vinyasa, (sic) se identificar aqui dentro e, por Kundalini e Yoga Tibetana, Culinária Vegeisso… Eu ia ler os nomes, não vou tariana, Meditação, Terapias e Massagens mais. Por que não vou mais? Eu não e Cantos Harmônicos. Programa: -Dulce Continentino: banhos de ar e estou achando os nomes. Logo, não alternados, (técnicas do Dr. Yum) e os posso lê-los.” 8 pontos para o Prana (Jasmuheen) Ah, quer saber, tá todo mundo de -Vinicius Brand: Vinyasa, Kundalini saco cheio de se falar em corrupção e Yoga Tibetana, Meditação e Banho e não serei eu aqui que vou encher de Gongo (atendimento terapêutico) -Pedro Henrique: Culinária Vegetao saco dos meus poucos, mas fiéis riana, preparando o alimento, coleitores. lhendo na Horta e Pomar orgânicos. Quero aproveitar o ensejo para dei-Tom Martins: Bioconstrução, xar aquele abraço ao meu amigo Cid Compostagem, Permacultura e Canto do Gás, que prometeu vir conhecer o Harmônico. meu Costelão. Contato- Dulce Continentino goaspabrasil.dulce@gmail.com **************** Falar nisso, abri um pequeno espaço de cultura em Engenheiro Passos que serve de sexta e sábado feijoada, leitão a pururuca aos domingos, e uma deliciosa costela de boi e de porco. Compareçam, prestigiem o amigo aqui e me ajude a trocar meu Peugeot 1996 por uma Lamborghini igual à do Collor.
Diretora do Goa Spa (21) 3648-1809 (residência) (21) 2521-1603 (Neon Rio) (21) 99792-1809, 98498-3001 (24) 3387-2196 www.goaspabrasil.com.br
Desproporção Olha aí, Prefeitura Municipal de Itatiaia! A verba para melhorar a mobilidade na cidade! E do que adianta avenida nova em parque industrial se as ruas dos bairros onde o povo mora estão um caos? Segundo o Portal Federativo, estados, municípios e Distrito Federal podem acessar recursos para calçadas, travessias e ciclovias. O Orçamento-Geral da União disponibiliza recursos para municípios, Distrito Federal e estados financiarem obras de infraestrutura em calçadas, ciclovias, ciclofaixas, travessias, bicicletários, entre outros. Os recursos são da Ação 10ST do Programa 2048. Para conseguir as verbas, os entes federados deveriam ter aprovado o Plano de Mobilidade Urbana até o início de abril deste ano. O recurso é liberado de acordo com a execução física da obra, atestada por boletim de medição da Caixa Econômica Federal, mandatária da União. As medições são feitas ao longo da execução, de acordo com o contrato firmado entre a Caixa e o Proponente (Governo Estadual, Municipal ou do Distrito Federal). Conforme as etapas são executadas, o recurso é liberado. O Ministério das Cidades elaborou um “Manual para Apresentação de Propostas do Programa – 2048 – Mobilidade Urbana e Trânsito”. Com Henrique Castro