Ponte Velha - Abril de 2013 by Jornal Ponte Velha

RESENDE E ITATIAIA - ABRIL DE 2013 Nº 204 . ANO 18 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Uma edição com oito páginas e vários tipos de voo. Até parece uma Ponte Aérea.

Escritora resendense, Martha Carvalho Rocha, fala de seu novo livro PV- Poderia falar sobre o livro que irá lançar em junho? Estou com dois livros no prelo. Um deles, a ser lançado no começo de junho, no Museu de Arte Moderna de Resende, leva o título de “Priscas Eras”, e tem como subtítulo “Autobiografia de quem chegou à escrita sem conhecer as letras”. É um livro de prosa, obviamente, com arremates e entremeios poéticos. Bainhas de laçadas e festonês. Falo da minha infância e adolescência na fazenda – período mais rico da minha existência. Dos lugares que vivi vários, como mulher de militar. Do período que participei do mundo literário no Rio de Janeiro – fascinante! Dos achaques – da saudade... Dos meus filhos, na razão direta da minha existência. Dos meus netos, do Zé Leon. Quase fechando o livro, dos meus pais: - Augusto e Adriana Carvalho, eu os saúdo na imortalidade! PV- Existe alguma relação entre este livro e a fase atual da sua vida? Melhor dizendo – no ocaso da minha vida – não é? Penso que nem tanto, embora, naturalmente isto encontra-se permeando Priscas Eras. O início da reclusão que a minha vontade, há muito, vem me impondo. Detendo-me no cotidiano silencioso do campo. No cotidiano da minha casa, galantemente enfeitada com esteiras e chita. Sinto que a velhice é o meu tempo de ventura, apesar dos meus olhos cavados e embaciados. Uma velhice em tons pastéis, com a nona de Beethoven, e uma vela a fremir. Uma velhice do velho testamento, na Casa de Davi. PV- O que significa escrever para você? Difícil responder essa pergunta. Sempre escrevi quando chegava dos meus trabalhos, e aos domingos, ou dia de folga. Nos 15 anos que trabalhei no hotel não caligrafei uma frase sequer:

da Existência Humana e Ode para um Cãozinho Notável.

não havia domingo, dia de folga e – quiçá – o após trabalho. Hoje, escrever é uma espécie de profissão, de ofício, de alimento, a me fazer sentir existindo. Dividindo com “poucos” o que carrego na alma. Digo “poucos”porque, poesia à primeira vista, é algo descartável. Bom quando se escreve um verso apenas, e este mexe com as entranhas alheias. PV- Há outros livros inéditos? Quantos você já publicou? Como já disse, há outro livro no prelo, numa editora no Rio. Penso ser meu último livro, e, segundo a escritora Rachel Jardim, o melhor que já escrevi. Amei fazê-lo, lidar com as palavras, trançá-las e destraçá-las.

São “Cantos”, como fizeram os escritores clássicos – Virgílio, Dante... Aí, sim, repetindo Baudelaire, são poemas em prosa. Nele eu sou uma e sou várias, ou sou nenhuma. De quem falo, é um, e são vários e nenhum. São cento e oito cantos curtos. O título do livro é “Clausura” e o subtítulo - “Cantos”. Nele agradeço a Deus a largueza do gesto, a me dar o privilégio da escrita. E como sinto que ele é o último, digo ao Senhor que não quero-me póstuma em seus altares. Com este livro serão treze editados. E uma peça de teatro encenada e outra para colégio. Cinco livros estão escritos e sem edição. De verdade, não tenho vontade de editá-los. Gosto dos títulos deles: O Guerreiro Pacifista; Murmúrio Interior; Esperança Malograda; Catados

PV- Como você se situa dentro do mundo atual? Penso que não me situo. Explicando, não me acomodo, não tomo assento. Vejo o mundo atual como uma espécie de barbárie amornada em banho-maria. Penso na minha infância na roça. Nos colonos trabalhando felizes, com seus filhos, ajudando. As lavadeiras, cantando, rindo e contando causos, e à noite, rachavam na sanfona, dançavam o calango. Coavam café, e o perfume dele parecia elevado ao mais alto grau de apuramento. A caneca e o bule de ágata, davam um toque de nobreza àquelas casas clericais. Os pequenos hábitos. A riqueza de detalhes, a singeleza dos costumes... Agora, parece-me que tudo é muito, e nada basta... corpo quase enlutado, pedindo a alma que lhe pertence... pedindo cortesia. Eu pretendo o caminho de volta, que o instante está me consentindo. E o que eu quero é o que o que dinheiro não compra! É o ouro de dentro! Tardes fiandeiras e um violino para bem-aventurança. PV- Bravo!

Nesta edição: Polyticália: alianças se afunilam A vaca amuada Domésticas Marco Feliciano Vampiros brasileiros Meteoro cai na Capital Um soldado de fibra O Vitória dos festivais

2 - O Ponte Velha - Abril de 2013

POLITICÁLYA 1) CANDIDATOS A GOVERNADOR INFLUENCIARÃO A ELEIÇÃO EM RESENDE - Os prováveis candidatos a Governador do Estado do Rio de Janeiro (Pezão, Lindberg e Garotinho) são fortes e a eleição deverá ser muito disputada, também aqui em Resende, com reflexos nas candidaturas a deputado. 2) E AGORA, JOSÉ? – Quando todos achavam que a expansão rechuanista tinha chegado ao final, com a cooptação de inúmeros carvalhistas e com apoio de vários e expressivos partidos (PP-PDT-PTB-PRTB-PSB-PV-PSDB-PC do B e PSC), eis que o PMDB resendense é tomado de assalto (no bom sentido), à revelia de sua estrela mor, Noel de Carvalho Neto. O próprio Presidente Regional, Jorge Picciani veio a Resende e, em reunião solene, abonou a ficha da Dra. Ana Paula Rechuan e, também, filiou o Secretário de Saúde, Dr. Daniel Brito Pereira; o Secretário de Comércio, Reinaldo Lombardi Raely e o Primeiro Ministro, Marcial Correa, o famoso Cial, que deverá ser o Presidente da nova comissão provisória de Resende. O Presidente Picciani aproveitou para dizer que a Dra. Ana Paula é pré-candidata do partido a Deputado Estadual. O Deputado Estadual Pedro Fernandes seguiu a mesma linha da fala de Picciani, lançando as bases da futura candidatura da Dra. Ana Paula. Não se falou sobre a longínqua candidatura a Prefeito, mas o provável candidato do Rechuan estava entre os recém filiados ao PMDB. Ah, o candidato a Vice-Prefeito, conhecido nos corredores do poder como Camerlengo, também estava presente, mas não saiu de seu partido. 3) E AGORA, NOEL? Engana-se quem pensa que o Noel de Carvalho é carta fora do baralho. Seu cacife eleitoral, mesmo em baixa, é respeitável. Na eleição para Prefeito do ano passado, ele obteve 24,53% dos votos válidos, ou seja, um quarto do eleitorado da cidade o acompanhou. Além disso, sua amizade com o Pezão, pré candidato a Governador pelo PMDB, é muito antiga e (espera-se) muito sólida. O próprio Picciani destacou a importância de Noel no PMDB. Noel tem, pelo menos, 3 caminhos a escolher: 3.1 - NOEL DE CARVALHO FICA NO PMDB - o partido certamente não lhe negará uma vaga para disputar a Câmara Federal. Assim, o PMDB marchará unido em Resende e a cidade poderá, enfim, reconquistar seus Deputados Estadual e Federal. Nesta hipótese, muitos eleitores certamente votarão em Noel Federal e Ana Paula

Estadual, atendendo a apelo pelo voto útil e pró Resende. Para o partido e para o Pezão é a melhor opção. 3.2- NOEL DE CARVALHO ACOMPANHA GAROTINHO - Noel tem uma história muito grande com Garotinho e Rosinha. Já foi candidato a vice do Garotinho, além de secretário deste e da Rosinha. É verdade que essa relação ficou muito estremecida com a aliança Sergio Cabral x Noel. Mas, em política, nunca se fecham caminhos. Garotinho precisa de um candidato forte aqui em Resende, onde o Noel poderá perfeitamente voltar ao convívio do Garotinho. Quem sabe, até se converter (rsrs). 3.3 - NOEL DE CARVALHO SE UNIRÁ A LINDBERG - Assim como os outros fortes candidatos, Lindberg disputará voto a voto, e Resende é uma cidade estratégica para todos. O PT resendense, apesar de abrigar ótimas pessoas, é ruim de voto. O ingresso de Noel na legenda poderia quebrar este estigma do PT resendense. Eventuais resistências ao ingresso do Noel não seriam impossíveis de resolver: Lindberg Governador é um projeto maior do que uma embirrância municipal. De mais a mais, o Noel já ostenta uma barba de respeito, há muitos anos. Quer saber mais? O próprio Lula bateria palmas para a filiação de Noel! 4) ANIBAL ROCHA PONTES HOMENAGEADO - a Câmara Municipal de Resende, em fevereiro p.p. prestou merecida e bonita homenagem ao “Eterno Vereador” Anibal Rocha Pontes, orgulho da política resendense. É muito bonito, nesta época tão carente de valores na política, ver um Político (assim mesmo com pê maiúsculo) ter suas qualidades morais plenamente reconhecidas. Aníbal é um exemplo de pessoa, de quem o Professor Silva se orgulha de ser amigo. 5) VAGAS DE ESTACIONAMENTO PARA CARROS DE DEFICIENTES FÍSICOS - Diariamente, observamos carros, sem as identificações de deficientes físicos, ocupando as vagas a estes destinadas. Trata-se de falha grave que deve ser exemplarmente punida. Sugerimos a nossa

Cabo Euclides e Professor Silva

laboriosa Guarda Municipal que, pelo menos três vezes ao dia, faça uma ronda por essas vagas multando os infratores. A Guarda Municipal tem realizado um trabalho neste sentido, mas não incorporou a tarefa como uma prática diária e mais do que urgente. Solicitamos aos nossos leitores que nos ajudem nessa campanha, ligando para a Guarda Municipal (telefone 181), indicando o local onde está havendo a infração. 6) PARQUE DAS ÁGUAS INVADIDO POR CÃES E BICICLETAS - Não conseguimos entender porque a Guarda Municipal não patrulha o parque das Águas, especialmente nos finais de semana. Cães e bicicletas invadem o Parque, em frontal desrespeito aos usuários. Uma das funções da Guarda Municipal é cuidar dos espaços públicos. Não é só de trânsito, não. No próprio sítio da Prefeitura está escrito que a primeira função da Guarda Municipal é “proteger os próprios municipais”. 7) CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS NA ENTRADA DA CIDADE - A antiga sede de nossa conceituada Guarda Municipal virou cemitério de automóveis, uma coisa horrível de se ver e criatório dos mais variados insetos. É uma questão até de saúde pública! O Prefeito investiu tanto na entrada da cidade, e agora uma ideia de jerico quer por tudo a perder? Quem foi o gênio por trás dessa ideia? 8) DESTAQUES EMPRESARIAS DE 2012 A ACIAR realizou sua tradicional Festa dos Destaques Empresariais, na Casa da Lua, sexta-feira, dia 05/04/13. Pelo Comércio, venceu o Mercado Panamil (Comercial Santa Isabel Ltda - irmãos Arilson e Alaércio Ribeiro da Fonseca); na área industrial, a Resitamix (Gentil Pereira Fonseca e Expedito Pimenta Alves); no setor Serviços, ganhou a Joalheria Imperial (Ronaldo e Vanusa Gomes); na Agropecuária, foi homenageado Afonso Roberto de Souza (o Beto do Tizinho), da Fazenda Pedra Preta. Luiz Geraldo Whately, brilhante, como sempre. Antonio Carlos Sinhoreli Rinaldo (Nego), o novo Presidente da ACIAR apresentou sua Diretoria. O Prefeito Rechuan encerrou o evento, com belo discurso, no qual homenageou, além dos escolhidos, o Ex-Prefeito Augusto Leivas, presente na cerimônia. Rechuan destacou a importância do Governo Augusto Leivas, no desabrochar na nova Resende. É sempre bom ver a História resgatando a imagem do competente Governo Augusto Leivas.

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Abril de 2013 - O Ponte Velha - 3 o Gustava Praç

Conversa sobre lei no açougue

- Me veja dois bifes de alcatra, por favor. - Eu não compro carne vermelha pra não ajudar o desmatamento da Amazônia... Parece que o prefeito vai ser cassado, sabia? - Quem vai financiar? - Como assim? - Quem vai botar o dinheiro? Tem que ter um grupo forte de oposição pra botar o dinheiro. - Cassação não tem nada a ver com dinheiro... Há provas contundentes de compra de votos; parece que até um juiz foi abordado por um corruptor na boca da urna e lavrou o flagrante. E a lei é clara... - A lei não é clara, não: dependendo de onde venha a verba, ela funciona de um jeito ou de outro; e precisa que alguém banque, pra fazer ela sair do papel, você não sabe disso não? -Igual se aloca verba para realizar um projeto? - Igualzinho. É igual a um projeto para fazer uma obra, por exemplo: está tudo ali no papel, muito claro, muito objetivo, mas alguém tem que por a grana para realizar a obra. E conforme de onde vem a grana o projeto muda. - E se puserem a grana? - Aí pode ser, mas vou lhe dizer que é difícil... - Por quê? - Porque em geral quem tem a grana para botar a lei em andamento é justamente quem está no poder. Quem está lá tem muita grana, a nossa grana, tipo 10 milhões por mês. Sem falar no que se agrega... - Mas tem político aí que já está fora do poder, sem acesso ao nosso dinheiro, e não é preso e nem têm os direitos cassados .... - Esses aí não são presos porque têm potencial de voto. Nesses casos, os grandes sócios dos empreendimentos políticos liberam a verba para a lei, tipo apostando no mercado futuro. Os sócios têm grana mais pesada ainda. - As empreiteiras. - Humhum, os grandes acionistas das empresas de

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fabricar manutenção de poder. Você não vê que o Lula está viajando o mundo aí arranjando negócios pras grandes sócias do governo federal? E que a lei não se realiza contra ele ou contra o FHC, ambos com muito potencial no empreendimento? - Mas você não acha que isso está mudando? Tem aí o Joaquim Barbosa... - É um só, que qualquer dia vai ser dado como maluco. E olha o oceano de municípios que tem por esse Brasil afora... - Eu tenho preferido comprar frango em vez de carne vermelha, como eu te disse, por causa do desmatamento, mas dizem que eles põem tanto hormônio... os bichos são criados naquelas espécies de campo de concentração... - Se houver um interesse forte de outro produto, pode até surgir verba que banque a lei que protege os animais. Mas é difícil porque a parada já é muito gigantesca. Eu compro qualquer negócio pra comer, desisti de querer discernir. - O município, que é menor, podia ter uma produção de comida saudável, investindo na tradição da cultura da roça... - O município obedece à lógica do gigante, à lógica da acumulação irrestrita. - Mas as pessoas em geral não são assim... Às vezes eu acho que uma minoria de desequilibrados, obcecados por dinheiro e por poder, obrigam todos a viver desta maneira insana. - Aí eu já não sei... Aí é complicado... E se for mesmo uma minoria, vai exigir os seus direitos ao desequilíbrio. Leva truta que é mais saudável. - É mais caro. - Não precisa levar o filé, leva ela inteira que é mais barato. - Mas aí tem que tirar a espinha, dá trabalho...

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CURTAS 1- Eila no MAM Estará vigorando até dia 10 de maio a exposição retrospectiva da artista finlandesa Eila, no MAM de Resende. Vale a pena ver. Eila é mais conhecida por suas tapeçarias coloridas, muito decorativas, que foi a fase de maior sucesso comercial do seu trabalho. A Eila mais jovem, porém, pintava telas a óleo, muitas delas retratando gente trabalhando em grupo (inclusive no seu atelier), crianças brincando e paisagens. Algumas destas telas estão expostas nesta retrospectiva. A curadoria é de Laura Ampula (filha de Eila) e Sérgio Fagerland, arquiteto descendente de finlandeses. Vanda Perantoni, como sempre, está de parabéns. A visitação é de segunda a sexta, das 9 às 17h30m. 2- ASSEMBLEIA DA ARDHIS Convocam-se os sócios efetivos da Academia Resendense de História para a Assembleia Geral Ordinária, dia 27 de abril de 2013, à Rua Raul Cotrim, n.302, às 16h com quórum de maioria simples dos associados, e às 16:30 com qualquer quórum, para aprovação de Relatório e Balancete anuais.

Marcos Cotrim de Barcellos, presidente

Não digo nada enquanto o Gustavo não voltar...

Uai, vaca, cê não se amuou com esse papo de alcatra aí?

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1- “Doméstica” vem de domus que significava casa no latim. Em casa ressoava intimidade, personalidade, repouso, segurança e identidade. E muita negociação... Lógico que em meio a alguns cachações, como gostava de dizer Machado de Assis. Aí veio o Estado... Primeiro entrou na economia. Afinal, oikos também significava casa. Com a República, entrou no casamento, obrigando o casal a contribuir para os cartórios, e não descansou enquanto não instituiu o divórcio como cunha entre homem e mulher. Um cunhado intransigente. Então, chegou a vez dos filhos. Depois da “escola única e obrigatória”, os Estatutos de “proteção” (ái!) da criança e do adolescente se interpuseram entre pais e filhos, e ainda veremos a hora em que os pais serão denunciados por opção ideológica diferente do politicamente correto, como nas nações “libertas” da “escravidão patriarcal”. Certamente, antes disso seremos brindados com o crescimento do número de advogados especializados em causas dessa espécie, e mais contribuições aos cartórios. O adestramento obrigatório é agora desde os 4 anos. Mágica besta! Domesticada a família pelo Estado, chegou a vez de estatizar as domésticas. Para arrecadar das famílias, entendeu-se que são empresas. Nada melhor para o bolivarismo galopante do que um capitalismozinho de ocasião. Torna tudo anônimo, anódino, asséptico, e em pouco tempo, a higiene das muitas e variadas fraquezas humanas poderá ser “justificada” como mediação da luta de classes feita pelo Grande Irmão. Haja ódio! Haja avareza! Haja inveja! 2- Não sei o que pensa disso, a empregada do deputado Marco Feliciano. Como bom fundamentalista, o pastor quer ser a palmatória do mundo. Interessante, o episódio envolvendo sua gestão à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em que ficou claro que o nobre título é somente fachada para impor uma distorcida e singularíssima versão de direito, que só vale para terroristas, invasores de terras, traficantes, dimenores infratores, estupradores etc. Digo interessante porque reflete o uso tático do termo democracia, sempre que se trata de destruir a ordem natural da sociedade, fazer crer no dogma da conceição imaculada das leis e incensar o preceito de que a escolarização nos salvará. Enfim, sempre que o objetivo é destruir a capacidade dos indivíduos negociarem o melhor para si, o Estado se antecipa, totalitário. Os fundamentalismos são verdades teóricas presas em mentiras práticas. Quando invocam nomes sagrados, tudo piora. Por isso Feliciano está certo em sua “condenação do pecado”; apesar, não por causa, da verdade. Por que não minorias históricas como a dos evangélicos, e somente minorias histéricas como a dos homoafetivos, possuiriam o direito de defesa na famigerada Comissão? E no limite, por que seu fundamentalismo intolerante seria menos tolerável que a tolerância fundamentalista da militância homoafetiva? Virou o Congresso casa de tolerância? 3- O Brasil não vive num sistema capitalista. Talvez isso seja bom por um lado, mas por outro é trágico. Os mitos capitalistas - como a ascensão de Abraão Lincoln, ou a de sua versão de saias, Margareth Thatcher -, são aqui deformados pelo do “Lula - o doméstico que triunfou”. O ressentimento e a ideologia igualitária mataram na fonte a possibilidade mesma de participação nesse ambíguo capitalismo. Não temos a mentalidade. Não se admira o mérito, nem a competência. Quanto ao mérito, a iniciativa é punida pela tributação, o esforço se esfuma no incentivo à mediocridade, e a criatividade padece de incurável denuncismo. Está tudo engajado na construção da utopia. Desse jeito, do futebol ao meio ambiente, não haverá oikos nem domus “sustentáveis”. Quanto à competência, nossos projetos são ruins; quando bons, se dissolvem na corrupção; e quando algo escapa à sanha dos corruptos, não se faz manutenção do que deu certo. A sociedade doméstica – por milagre, certamente! – era das poucas coisas que o Brasil possuía funcionando. As medidas de dissolução da família que marcam a história brasileira são atos de terrorismo do Estado, que têm levado à insegurança pessoal. Os direitos ficaram abstratos; as domésticas foram carimbadas de “operárias” à revelia. Quem poderá nos salvar?!

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VAMPIROS, FANTASMAS E CORRUPTOS Vampiros e fantasmas estão na moda, não só nos cinemas, mas também nas listas de nomeações de cargos de confiança das prefeituras. Vampiros municipais ainda aparecem, de vez em quando, nos órgãos para os quais foram nomeados. Não para trabalhar, mas apenas para chupar o sangue dos servidores de carreira. Fantasmas municipais não aparecem nunca, nem para receber seus salários, que são depositados em conta corrente. Nem todo nomeado como cargo de confiança é vampiro ou fantasma. Muitos trabalham com dignidade e competência. Mas começo a achar que esses são exceções. Neste início de ano, em apenas uma prefeitura da Baixada Fluminense, foram exonerados 1.000 fantasmas, 400 deles estavam lotados no gabinete do prefeito. E os funcionários de carreira dessas prefeituras, que ganham muito menos que os nomeados, e ainda têm que carregar esses inúteis nas costas, o que acham disso? Na hora de participar de um seminário, de um curso ou de um congresso, quem vai é o nomeado e não o servidor de carreira. Ninguém se revolta, ninguém reclama, por que não denunciam ao Ministério Público a existência desses fantasmas e vampiros que sugam o dinheiro público? O dinheiro farto que sai pelo ralo da corrupção é o mesmo que faz falta na hora de remunerar melhor o servidor de carreira; na hora de equipar melhor um hospital, uma escola, asfaltar uma rua. Mas isso começa a mudar. Diariamente o Comitê de Transparência e Controle Social de Resende (ComSocial), recebe denúncias de servidores de carreira da Prefeitura de Resende relatando a existência de vampiros e fantasmas. Outros tipos de denúncias também estão chegando até nós. Nomear alguém para não trabalhar é desvio de recurso público, é roubo, é crime, é improbridade administrativa. Quem faz isso tem que ir para a cadeia. Se não tiver denúncia fica difícil isso acontecer. Portanto, caro servidor concursado, denuncie. Pode ser pela internet, sem necessidade de identificação, através do site do Ministério Público Federal. Além de roubo do dinheiro público, nomear alguém apenas por motivação política é um atentado contra a democracia. É através dessas nomeações políticas que o poder executivo, em todos os níveis, compra o poder legislativo, aniquilando-o. Hoje não existe mais oposição na política brasileira. Está todo mundo na base dos governos. E isso se faz comprando vereadores, deputados e senadores. Nomeação de cargos de confiança é a moeda de troca mais valorizada nesse mercado. Em Resende, o Comitê de Transparência está enviando uma planilha para a prefeitura com os dados que irão permitir que qualquer cidadão saiba

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exatamente onde estão os servidores públicos (setor, endereço, telefone). Saber a quem estão subordinados os vampiros e fantasmas é vital para associar seus chefes como cúmplices dessas fraudes. Salários, adicionais, situação funcional também estão sendo solicitados, entres outros. Estamos solicitando que esses dados sejam mantidos permanentemente on-line, no site da prefeitura, na condição de transparência ativa. Além desses, outros dados serão solicitados. Queremos ver no site da prefeitura os contratos de concessão dos serviços públicos, quais os critérios de avaliação desses serviços, se foram aplicadas multas (como no caso do chorume lançado no Rio Paraíba), se as multas foram pagas. Precisamos abrir a caixa preta da administração pública municipal. E isso só irá acontecer se nós, sociedade civil, assumirmos o nosso papel. Não acredito em câmaras municipais compradas pelo prefeito; não acredito em vereadores que barganham votos em troca de nomeações de cargos de confiança. Esta conta está ficando cara demais para os nossos já combalidos bolsos. Semana passada uma criança morreu na fila do transplante de rins. Centenas de famílias continuam desabrigadas na região serrana. O dinheiro que deveria atender aquela criança e aquelas famílias está sendo desviado para a corrupção. Isso acontece diariamente, não mais na calada da noite, mas em plena luz do dia. Acorda Resende! Acorda Brasil! Eliel Queiroz é Presidente do Comitê de Transparência e Controle Social de Resende. Eliel

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Ku Klux Klan concederá prêmio a Marco Feliciano O diretor geral da organização americana Ku Klux Kan, James Cleaned White, virá ao Brasil em breve para conceder a medalha KKK, de honra ao mérito, para o deputado Marco Feliciano. Feliciano ficou muito feliz ao saber da novidade, e também muito lisonjeado por ser o primeiro latino-americano a receber esta honraria. White, autor do livro “Blacks: the devil people” (em tradução livre para o português “Pretos: povo do demônio”), ainda não editado no Brasil, tem feitos grandes elogios a Feliciano por seus serviços prestados à causa branca no mundo. Quem deve vir participar da cerimônia de premiação, marcada para daqui a dois meses, é Adolf Reichtagbundsenfrogdorf, representante no Brasil do partido neonazista Das Aftas Reichtagbundsenfrogdorf vem apoiando os testes nucleares norte-coreanos, e tem buscado financiamento para que estes testes se iniciem prontamente em diversos países africanos. Parte deste financiamento viria do fundo monetário pastoral da Igreja dos Santos Claros Alvos dos Últimos Tempos, da qual Marco Feliciano é membro-fundador.

A Mentira com Responsabilidade prometeu melhorar as condições da estrada do local para facilitar a visitação, bem como instalar eletricidade, até hoje um anseio das famílias que moram no entorno. Com a aquisição, o governo espera limpar a sua imagem diante da sociedade após os incidentes que ocorreram no antigo Museu do Índio, no Maracanã, bem como fomentar o turismo no interior do estado. É o Governo do Estado do Rio de Janeiro fazendo muito mais pela cultura e pelo social. NASA prevê queda de asteroide em Brasília Cientistas da NASA publicaram hoje um informe assustador: após a passagem do asteroide DA14, de 45 metros de diâmetro, que no dia 15 de fevereiro deste ano esteve a apenas 27 mil quilômetros de distância da Terra, outro grande pedaço de rocha, ainda maior que o DA14, poderá, desta vez, entrar na atmosfera do planeta e cair no entorno das coordenadas de latitude 15º sul e longitude 47º oeste, onde se localiza Brasília, causando a total destruição da cidade. Como não haveria tempo para uma rápida evacuação, está sendo estudada a transferência imediata da sede administrativa brasileira para outra cidade, provavelmente Palmas, no Tocantins,

deixando Brasília praticamente deserta. O problema é que muitos parlamentares alegam aumento de custos de moradia e deslocamento, bem como falta de infraestrutura de lazer de Palmas, e já pensam em votar um aumento salarial para poder compensar os deslocamentos que terão que fazer em busca de entretenimentos. Questionado sobre o impacto que este aumento poderia ter no orçamento da União, o deputado maranhense Afano Sarnento explicou que esta foi a melhor forma encontrada para evitar a morte de centenas de políticos devido à queda de um corpo celeste em plena área do Congresso Nacional, o que seria uma grande perda para a nação.

Novo Museu do Índio será construído no norte do estado do Rio de Janeiro E parece que finalmente os índios terão um tratamento digno em nosso estado: o governo desapropriou recentemente uma área de 100 metros quadrados para a construção do Novo Museu do Índio. A área em questão fica ao lado do curral da fazenda Milho Bom, no município de Varre Sai, ao norte do estado. O dono da fazenda, Seu Egumercindo Procopiano, ficou até feliz em saber que em sua propriedade será instalado um tão importante polo de cultura nacional. O governo

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expediente: Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho Reg.: 12 . 923

Arte gráfica: Afonso Praça 24 . 3351 . 1145 // 9301 . 5687 contato@pontevelha.com www.pontevelha.com

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NOSSA HISTÓRIA, NOSSA GENTE JOFFRE COELHO CHAGAS Joel Pereira (Editando memória de Lêodo Rocha Gonçalves) Neste mês, homenageamos Joffre Coelho Chagas, que dá nome a uma das mais bonitas avenidas de Resende, via de acesso ao Aeroporto Municipal de Resende. Filho de Hypólito Xavier das Chagas e de Maria Lectícia Coelho Chagas, Joffre nasceu em 16 de junho de 1925, na cidade do Rio de Janeiro - RJ, onde foi criado e cursou os ensinos primário e secundário. Após estudar o segundo grau na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre, RS, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio, de onde foi transferido para a AMAN, em Resende. Formou-se Aspirante a Oficial da Arma de Cavalaria, em 1947. Ainda Tenente, realizou o Curso Básico de Paraquedista no Núcleo da Divisão Aeroterrestre (atual Brigada Paraquedista), no Rio de Janeiro. O seu destacado desempenho resultou na indicação para o curso de Operações Especiais nos Estados Unidos da América. Ao regressar ao Brasil, comandou a Companhia DOMPSA Brasileira, ocasião em que um sério acidente de salto o deixou afastado da atividade militar, por longo tempo. A perspectiva de sua recuperação era sombria, podendo até chegar à inatividade. Mais uma vez a bravura e a vontade férrea daquele jovem oficial falaram mais forte. Afastado da atividade aeroterrestre, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais - ESAO e prestou concurso para o Magistério do Exército, sendo aprovado para a Cadeira de Geometria Descritiva, vindo exercer suas novas funções na AMAN. Organizou e comandou expedições compostas por Oficiais e Cadetes voluntários com a finalidade de integração com as comunidades indígenas do Parque Nacional do Xingu e também de iniciar os cadetes nas ações militares de orientação, vida e combate na selva. Realizou o curso de Piloto Privado no Aeroclube de Resende - ACR, do qual mais tarde assumiria a presidência. Percebendo naquele valoroso Oficial o grande potencial e sua aptidão para as atividades de viés operacional, o Gen Bda Ariel Pacca da Fonseca o escolheu para planejar, organizar e chefiar uma seção de instrução especial para todo o Corpo de Cadetes. Nascia, assim, o Departamento de Instrução Especial - DIEsp, que proporcionou estágios anuais para todos os cadetes da AMAN: montanhismo, patrulhas, operações contraguerrilhas, fuga e evasão. Alguns Exércitos de países amigos enviavam cadetes para freqüentarem esses estágios. O sucesso do DIEsp foi tamanho que o Comando da AMAN o transformou em Seção de Instrução Especial, da qual o Cel.Jofre foi, além de idealizador, o primeiro Comandante e Instrutor-Chefe. Ao longo de todo esse tempo, o Professor não se descuidou de sua Cadeira, escrevendo um livro sobre Geometria Descritiva. Formou-se em Engenharia Civil pela Faculdade deBarra do Piraí-RJ e lecionou, em período noturno, na Faculdade de Engenharia de Volta Redonda-RJ. Exerceu, ainda, a função de engenheiro Civil da Cecisa, concessionária da CSN, onde pode exercer, na plenitude, a construção civil em Volta Redonda e em Resende. Ao deixar a Cecisa, foi trabalhar na Nuclebras, nas áreas de manutenção e segurança. Joffre casou-se com Leda Corrêa e tiveram três filhos: Eneida, Jofre Jr. e Sérgio. Nosso homenageado faleceu em Brasília-DF, em 30 de maio de 2003 e foi sepultado, ao lado de sua esposa, aqui em Resende.

Esta invocação é uma Prece Mundial Expressa verdades essenciais. Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.

A Grande Invocação Desde o ponto de Luz na Mente de Deus, que aflua Luz às mentes dos homens. Que a Luz desça à Terra. Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens. Que aquele que vem volte à Terra. Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie as pequenas vontades dos homens. O propósito que os Mestres conhecem e a que servem. Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal. Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra. Unidade de Serviço para Educação Integral Av. Nova Resende, 320 – sala 204 CEP: 27542-130 – Resende RJ – Brasil Tels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065

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8 - O Ponte Velha - Abril de 2013

Para falarmos do Cine Vitória, dos grandes festivais, é importante eu localizar nessa minha autobiografia de uma biografia coletiva, como eram os espaços culturais desse período, principalmente nos anos 80, antes da construção do teatro Monumental da AMAN. Quando começamos o grupo de teatro Boca de Cena, em 1983, ensaiavamos onde era a Escola Um, na rua do Rosário. Hoje é uma empresa de material de construção. E as apresentações foram no GSSAN, então, um clube em pleno funcionamento, com eventos, festas e casamentos. O SENAC ainda estava recém inaugurado e seu auditório não estava sendo usado ainda. Somente com o arrendamento daquele espaço pelo Michel Arbex e pelo Mario Gonçalves que ele viria a se transformar no grande polo irradiador da cultura de Rezende nos anos 80. Cinema? O velho e lindo auditório Médici, na AMAN, passava os filmes, mesmo que com algum atraso, que estariam passando nos cinemas das grandes capitais. Nem se pensava em inventar o DVD ainda. A projeção era ruim, o som então, péssimo, mas era que havia de melhor. O CCRR também tinha os seus salões e, diferente do GSSAN, era lá que a classe média alta de Resende fazia a festa. Ainda peguei os grandes bailes de carnaval do CC. Acho que terminaram nos anos 90, no seu início.

Antes que me esqueça (ou me esqueçam) - Capítulo XIII No final dos anos 80 se constroi o Teatro Monumental da AMAN, com seus quase 3 mil lugars. Muitas histórias povoaram a imaginaçao de todos durante aquela obra. De que estava sendo construído, inspirado numa visita que o Ministro do Exército da época, Leônidas Pires Gonçalves, havia feito em West Point, USA; e que o custo foi bancado pelo Banco do Brasil, sacrificando a construção de cinco centros culturais em várias capitais, que o número de cadeiras era exatamente o número de cadetes e militares que serviam na Academia, enfim, graças a essa obra, Rezende recebe também o que há de melhor em termos de shows e peças de teatro.

E deixei para fala, por último, nos cinemas da cidade. O Odeon e o Vitória. Estavam, os dois, vivendo seus momentos de decadência, com aqueles filmes de Karatê, ou pornochanchadas de quinta categoria. O destino de ambos seria virarem ou supermercado ou igreja, destino da maioria dos cinemas das cidades do interior. Vamos agora avançar mais alguns anos. O Cine Vitória fechado e com o risco de ser comprado pela Igreja Universal do reino de Deus. Isso era, se não me engano, 1994. Criamos, eu, Sônia Pozzato, Visgínia Calaes, Ana Maria Schineider, Celina e André Whately e nosso bravo e saudoso Simplício, o SOS

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Cine Vitória, com o objetivo de sensibilzar principalmente os proprietários, da importância histórica e afetiva do cinema. Ia aí um pouco de ingenuidade, ninguém é tão lúdico ao ponto de recusar uma nota preta em nome do romantismo. Pois bem, uma tarde, eu estava sentado na porta do Vitória, pensando naquele patrimônio virando uma igreja e, olhando para a lateral da matriz me veio a seguite questão: puxa vida, uma igreja em frente a outra... devia haver uma lei que proibisse isso. Foi a deixa para corrermos até o presidente da Câmara na época, o Gastão e propormos uma mudança no código de postura na cidade e estabelecer a distância

mínima de 300 metros entre uma igreja e outra. Hoje a lei mudou, é de setenta metros, o Odeon virou igreja, mas o Vitória está lá, reinando absoluto na cultura de Rezende.