RESENDE E ITATIAIA - Abril de 2015 Nº 228. ANO 21 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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Devagar com a tecnologia que o cérebro é de barro (GP)
Oh, tempora! Oh, mores! O sexto anjo tocou a trombeta. Ouvi então uma voz que vinha dos quatro cantos do altar de ouro, que está diante de Deus, e que dizia ao sexto anjo que tinha a trombeta: Solta os quatro Anjos que estão acorrentados à beira do grande rio Eufrates. Então foram soltos os quatro Anjos que se conservavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano da matança da terça parte dos homens...
2 - O Ponte Velha - Abril de 2015
1) PENSAMENTO DO MÊS - Criticar é muito mais fácil do que fazer! Luiz Geraldo de Paiva Whately. 2) DEDICATÓRIA - Esta coluna é dedicada ao novo Secretário de Governo de Resende, Ubirajara Garcia Ritton, nosso amigo Bira, que se dispôs a encarar esta árdua tarefa de “tocar o Governo”, no início da vigência de um Decreto de contenção de despesas.
3) DOUTOR DIOGO BALIEIRO COMBATENDO O BOM COMBATE - Louvável a postura do Dr. Diogo Balieiro (foto), trabalhando com afinco neste difícil momento para a Saúde de Resende, em uma diretoria do Hospital de Emergência, lutando contra a epidemia de dengue. Ele conseguiu irmanar-se com a excelente equipe do Hospital, que se desdobra, dia e noite, para amenizar a situação dos enfermos. É isso aí, Dr. Diogo, o melhor discurso é o exemplo. A melhor resposta é o trabalho! 4) CARGO EM COMISSÃO - o famoso CC, também conhecido como cargo comissionado ou cargo de confiança, tem previsão constitucional no artigo 37,II. Segundo o celebrado administrativista José dos Santos CARVALHO FILHO, “seu titular é nomeado em função da relação de confiança que existe entre ele e a autoridade nomeante”. Observe-se que a confiança que dá nome ao cargo deve ser recíproca, isto é, o nomeante deve confiar no nomeado, e vice-versa. Se acontecer a quebra da confiança por parte do nomeado, pressupõe-se que o nomeante deverá exonerá-lo. Ao revés, quando o CC perde a confiança em quem o nomeou, deve pedir demissão. É um ato de deslealdade falar mal de um governo no qual exerce um cargo em comissão. Quem insiste em desacreditar o governo ao qual pertence acaba ficando mal com a situação e com a oposição. Perde a confiança dos dois lados. Se o nomeado sabe de alguma coisa que deslustra a Administração da qual é membro, deve levar ao conhecimento de seu superior e/ ou denunciar. Se não conseguir corrigir as falhas apontadas, deve pegar seu boné e ir cantar em outra freguesia.
POLITICÁLYA
5) TROCA DE DIRETORIA NA ACIAR - Marcelo Cavaleiro Duarte é o
novo Presidente da Associação Comercial de Resende, substituindo o Nêgo (Antonio Carlos Sinhoreli Rinaldo). Luiz Geraldo de Paiva Whately foi eleito Presidente do Conselho Fiscal e o competente Cel. Thirso Naval Colvero permaneceu na Diretoria Administrativa. O Nêgo, Presidente desde março/13, fez uma excelente gestão, introduzindo vários melhoramentos na sede da Aciar e em seu mobiliário, e, ainda, aumentando as disponibilidades da Associação em 35%. Gastar dinheiro qualquer um brocoió sabe, mas realizar obras e ainda aumentar o Disponível da entidade é coisa para administrador competente! Marcelo, eleito por unanimidade, em votação secreta, no dia 24 de março p.p., prometeu, não só dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Nêgo, como também ser o guardião da filosofia de austeridade e transparência na administração, vivenciada pelo Luiz Geraldo e mantida pelo Nêgo. Na Assembleia, foram apresentados os balanços da ACIAR, como também uma minuciosa prestação de contas da 47ª Exposição Agropecuária, por ela dirigida. Franqueou-se para os presentes o exame dos balanços e de todos os documentos que lhes deram origem, os quais continuarão na ACIAR, à disposição dos interessados. É assim que se procede quando o dinheiro não é nosso: presta-se contas de forma clara e tempestiva, disponibilizando-se a documentação a quem interessar possa. A Associação Comercial de Resende fez 88 anos em 27/03/2015 e se mantém como um exemplo de instituição gerida com competência e honestidade, sem qualquer espécie de remuneração para os diretores e conselheiros. Ficamos felizes em poder noticiar coisas de um Brasil sério, que resiste ao mar de lama que corre pelo País. Nós somos ACIAR!
6 - AINDA AS FAIXAS DE PEDESTRES NO MANEJO - Ignorando totalmente os apelos e desprezando a segurança das
pessoas, os “donos do trânsito” de Resende insistem em manter um trecho de 400 metros sem faixas para travessias de pedestres (entre o Grupo Oliveira Botelho e a Padaria Luso-Brasileira), além de deixarem dúvidas se algumas faixas estão funcionando ou não. Cobriram muito mal as faixas desativadas, Como se vê na foto, defronte ao Restaurante Celeiro e ao Açougue Pica Pau. Além dessa da fotografia, existem outras duas faixas confundindo o trânsito –– defronte ao Rei dos Queijos e defronte ao Mercado Rosado –– , deixando dúvidas se estão valendo ou não. Do jeito que está é péssimo para os pedestres e também para os motoristas. Será que os “donos do trânsito” estão esperando acontecer um acidente sério para tomarem uma providência? Nós não vamos desistir, porque a nossa luta é em benefício da comunidade. Não é possível que, por capricho de maus servidores públicos, os pedestres tenham que arriscar a vida para atravessar a Avenida e os motoristas tenham que conviver com riscos de atropelamentos.
7) O INEVITÁVEL ENCONTRO DO RECHUAN POLÍTICO COM O RECHUAN ADMINISTRADOR - Mais dia, menos dia, o Rechuan Político iria sentar-se defronte ao Rechuan Administrador. Ainda bem que aquele piscou primeiro. Rechuan, pressionado pelo arrocho financeiro do Estado do Rio e do Governo Federal –– dos quais não se pode esperar nenhum aporte de recursos, a curto prazo –– teve que se voltar para o otimização dos recursos próprios, comprometidos até a raiz, dentro da camisa de força orçamentária. Não teve alternativa, a não ser cortar a própria carne: editou o Decreto 8.524, de 31/03/15, versando sobre uma expressiva redução de despesas. Fazia muito tempo que o político andava ofuscando o administrador. Algumas coisas do varejo da Administração vinham sendo delegadas a marcadores de gols contra, gente que não consegue resolver problemas de faixas de pedestres, de cemitérios de automóveis, da Avenida General Afonseca ... Agora, obrigatoriamente dedicado às coisas mais simples da cidade, nosso prefeito certamente vai cobrar eficiência dessa gente que não vinha cumprindo as suas ordens. A cidade está pedindo um pouco de administração “feijão com arroz”. 8) A NOVELA DO CORETO DA PRAÇA OLIVEIRA BOTELHO PARECE QUE VAI TERMINAR -
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Participamos de uma reunião informal com o Secretário de Ação Social, Alfredo Oliveira; com o diligente Dalmo Ribeiro (braço direito do Alfredo), e com o Cel. Arataú, novo Superintendente de Ordem Pública em Resende. Excelente escolha do Rechuan, Ney Arataú tem uma sólida formação técnica (Advogado, Coronel do Exército e Professor Universitário), tem sensibilidade política e costuma concluir os trabalhos que inicia, atributos desejáveis –– mas nem sempre presentes –– em todos os homens públicos. O Coreto, localizado em um dos cartões postais de Resende, a Praça da Igreja Matriz, onde será a sede da Câmara Municipal, vem sendo, indevidamente, utilizado como motel e hotel de moradores de rua. Finalmente, será devolvido ao uso que se destina. Estamos contando com a ação desse trio para por um fim a essa inconveniente situação, que tem sido uma vergonha para o poder público resendense. 9) O PT RESENDENSE NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES Tudo indica que o PT de Resende irá disputar as próximas eleições para Prefeito. No dia 28 p.p., o Diretório Municipal decidiu que não integrará
o Governo Rechuan. Em conversa com vários petistas locais, formamos a impressão de que o partido não irá a reboque de ninguém. Caso não atraia um forte candidato para suas fileiras, tornará competitivo um “prata da casa”. Hoje, o nome mais forte é o do Professor Elon (foto), político que certamente honrará a disputa resendense. Trata-se de profissional competente, com ilibada reputação. 10) O HÁBITO NÃO FAZ O MONGE - Esta história nos foi lembrada por Alceuzinho Vilela Paiva, nosso amigo e amigo do protagonista. Por indicação da Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL e
da Associação Comercial, o Prefeito Eduardo Meohas nomeou, em 2000, Miguelzinho Dias para Secretário de Indústria e Comércio de Resende. Fazendeiro, Miguel sempre usou botina, calça jeans e camisa xadrez. Continuou comparecendo às reuniões com empresários, vestido de caubói, até que quase foi barrado em uma reunião no Pólo Industrial, na qual se exigia traje passeio completo. Aí se emputeceu com aquilo, foi lá no Magazine Tufick e comprou (com o excelente vendedor Mauro Paiva) ternos, gravatas, camisas e sapatos sociais. Passou a andar nos trinques. Todo mundo elogiava e ele apanhou gosto de andar enfatiotado. Um ano depois –– ocasião em que precisava de um profissional capaz de recuperar todas as estradas rurais do Município –– Meohas o transferiu para a Secretaria de Agricultura. Àquela altura, Miguelzinho já havia incorporado sua nova indumentária e só andava engravatado. Foi assim que Resende teve um Secretário de Indústria e Comércio que andava de botina e camisa xadrez e um Secretário de Agricultura que andava de paletó, gravata e sapato de cromo alemão. Para provar que “o hábito não faz o monge”, foi bom nas duas Secretarias. 11) TOC, TOC, TOC! - A confirmação da cassação do mandato do Prefeito Neto (Volta Redonda) pelo TSE acendeu uma preocupação entre os admiradores do Rechuan. Embora os motivos de cassação sejam diferentes, o comum entre os processos é que se tratam de cassações feitas pelo TRE/RJ, com recursos ao Tribunal Superior Eleitoral. Se acontecer o mesmo com o Rechuan (toc, toc, toc!), a oposição em Resende será muito fortalecida, especialmente o Noel de Carvalho –– ainda o político não rechuanista com os resultados mais expressivos –– e o Deputado Estadual Julianelli. Por essas razões é que o saudoso Senador Magalhães Pinto dizia que “Política é igual nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
Expediente
Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho Reg. 12 . 923
Arte gráfica: Afonso Praça Edição: Marcos Cotrim 21-98833. 2248 24- 99301 . 5687
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Abril de 2015 - O Ponte Velha -
1- Embora eu não acredite numa entidade arquiteta do universo - acho mais provável que a eternidade exista “a zóio” (expressão da roça mineira para alguma coisa meio sem planejamento) -, ainda assim me benzo várias vezes ao dia, dando graças ao Mistério que me concede a vida. O Mistério é o que nos obriga ao louvor; não vejo sentido na tão citada frase atribuída a um personagem de Dostoieviski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Como assim? A existência de qualquer coisa, a do rio das Pedras, por exemplo, é o que obriga qualquer ser humano ao respeito. Mas o caso é que vira e mexe eu faço o sinal da cruz, porque foi assim que aprendi e porque Jesus foi um grande mestre. Em geral a primeira vez que agradeço é pela manhã, quando abro a porta e vejo o rio das Pedras distribuindo uma enormidade de água cristalina, sem parar, sem miséria, sem registro que feche um pouco, pelo menos à noite, aquela prodigalidade. Meu tio Augusto gostava de dizer que quando a gente abrisse a torneira em casa devia pensar no valor do político, do administrador público, que providencia os açudes, as caixas de água das cidades, os encanamentos da rua. Ele está certo; devemos agradecer também a todo o engenho dos cientistas e técnicos. Mas mais do que a isso, bem mais do que a isso, temos que agradecer a esses monumentos de pedra como a Mantiqueira, que jorram água pelo mundo, a esses sistemas naturais de contínua realimentação da vida, de
Pra trás é pra frente
sintonia fina, que só em parte compreendemos. Só em parte compreendemos, e aí é que está a obrigação de ser humilde, de não sair por aí estragando as coisas em nome da tecnologia. Somos pequenos. É como se fôssemos todos medíocres jogadores de futebol e o Mistério fosse o Lionel Messi. Na dúvida, em vez de dar um chutão na arquibancada, toquemos a bola para o Lionel Messi, pouco importa que ele seja autista – ele tem clarividência, visão do todo, rapidez de raciocínio. Respeito ao Lionel Messi, respeito ao Mistério. Ser pequeno e deixar o Messi e a Mantiqueira distribuirem o jogo e a água em paz. Mas não, a gente quer ser gigante, quer “pensar grande”, quer tudo dominado, e aí come com agrotóxico, contamina o aquífero Guarani com agrotóxico, se amontoa em cidades/tumores. Tanto capitalismo quanto socialismo tendem para o tumor porque não respeitam o que é próprio do homem, a sua propriedade, o seu tamanho,
que se estende desde a sua roupa à sua casa, aos seus três alqueires e à sua vaca, como prega um certo pensamento cristão muito prezado por nosso editor Marcos Cotrim. E por falar no Marcos, cito aqui, como parte da comemoração desses 20 anos de Ponte Velha, o começo de um artigo dele da edição de março de 2000: “Quando a luz se apaga, principalmente numa tempestade, e o mundo fica pequeno, os homens voltam a conversar e a fazer política. Nossas sombras ficam enormes e conferem suas diferenças antes de nós chegarmos. É que aí o outro fica ao alcance da mão, quer dizer, volta a ter um tamanho compatível com a escala humana, de que todos participam. O Ponte Velha, nesta edição completando sua quinquagésima aventura, por ser um jornal com luz indireta, lampiões a querosene e alguns tocos de vela como esta coluna, tem tornado suportável a violência holofótica da idade das trevas que atravessamos”.
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Gustavo Praça
Devagar com a tecnologia que o cérebro é de barro. E o gigante é sempre mau, como as crianças sabem desde que leem as primeiras estórias. Agora a TV Globo está na campanha Menos é Mais (podia fazer um pouco menos de novela). Quando a crise se agrava, voltamos às ponderações de gente como o alemão Schummacher, que nos anos 60 ou 70 escreveu o livrinho “Small is beautiful”, ou o Capra com “O Ponto de Mutação”. Por trás do risco de escrever palavras, muitas vezes paira o respeito pelo Mistério, paira o apelo à prudência. Tomara que haja tempo para nos rearrumarmos neste mundo, com pequenos empreendimentos agrícolas circundando cidades menores; ou talvez isso aconteça depois de uma imensa tragédia, de uma sacudida do Planeta. Que potencial tem o Brasil! Que tradição tem a nossa região, que foi formada pela cultura da Mantiqueira! A montanha que guarde um pouco da tradição, porque está chegando a hora de “pra trás ser pra frente”. 2 – Vida longa ao nosso co-irmão Pêlos Bigodões, do professor Luciano. O Ponte fica honrado em ser citado como inspiração, e eu agradeço particularmente por ele ter reeditado um poema meu que havia sido publicado com um erro. Em vez de coleiros, coelhos ficaram pousados nos fios elétricos cambados de uma estradinha de terra. Meu poema ganhou uma dimensão surreal, o que, quem sabe, pode até tê-lo melhorado. Me lembrei, a
propósito de coelhos surreais, de um episódio ocorrido com o jornalista Ivan Lessa, da lendária turma do Pasquim. Convidado a participar de um juri de redações infantis, ele ia se enfadando com lugares-comuns até que se deparou com um texto que começava assim: “Era uma vez um coelhinho que queria ser preta”. Ôpa! Que menino doido! Que coisa original um coelho querer ser uma preta, uma nega maluca, uma baiana da cocada! Separou aquela redação entre algumas outras para ler com calma. Mas quando leu com calma veio a decepção. Não era preta. O coelhinho queria era ser poeta, coisa mais sem graça, mais padrão. A letra do moleque é que era muito ruim, igual a minha, que escrevi o texto a mão no balcão da Gregos e Troianos, a melhor livraria de Resende, quiçá do sul-fluminense. 3- E por falar em livros, li com imenso prazer “Ao sol, no quintal”, da professora e psicóloga Angela Alhanati, cronista das boas, observadora do ouro em pó do cotidiano. E, pensando no que escrevi aí acima – e também o Marcos – sobre o tamanho humano, vejo a Angela irmanada a nós. As pessoas não precisam muita coisa a mais do que estar ao sol no quintal. Angela já colaborou com o Ponte Velha e bem podia voltar a faze-lo. A Gregos e Troianos na certa deve ter o livro dela. As ilustrações de Ana Cristina Maciel são uma graça e o projeto gráfico é do Sérgio Ornellas, ou seja, é do maior bom gosto.
4 - O Ponte Velha - Abril de 2015
E a corrupção municipal? Montagem com foto de João Saboia- 12/4/15
ITATIAIA em Pauta
O povo saiu da frente da TV e foi para as ruas protestar contra a corrupção. Ótimo, mas que este gesto não fique restrito a um eventual modismo, ou manipulação das massas, e se torne uma prática, uma cultura. E a corrupção municipal, aquela que é praticada no nosso quintal, na nossa cara, por prefeitos e vereadores? Fica por isso mesmo? Ou alguém acha que a corrupção municipal é menor do que a federal e as estaduais? Não acredito na hipótese do desconhecimento da presidente Dilma sobre os escândalos da Petrobras. Afinal, ela foi Ministra de Minas e Energia, Chefe da Casa Civil, Presidente do Conselho de Administração da Petrobras e presidente da república nos últimos quatro anos. Mesmo assim, um processo de impedimento tem um rito legal que deve ser cumprido. Inquérito, processo, e, se for o caso, a cassação. No grito, é golpe. E sendo golpe, estou fora. Já vi esse filme antes. Enquanto isso, prefeitos cassados se mantém no cargo graças às artimanhas e armações jurídicas da nossa legislação eleitoral, feita sob medida para manter corruptos no poder. A alegação do ministro que deu a liminar para o prefeito de Resende ser ser mantido no cargo é uma pérola: “garantir a governabilidade”. E a corrupção dos vereadores que barganham voto em troca da manutenção dos seus “cabos de confiança” no governo? Tudo bem? Isso não merece também uma manifestação exigindo a expulsão desses maus elementos da política? Em Resende, empreiteiros denunciam o governo municipal de corrupção. Vereadores que deveriam fiscalizar o prefeito não o fazem. Ao invés de convocar o prefeito e os servidores públicos que fizeram vista grossa na fiscalização da obra da creche que desabou, convidam um dos empreiteiros responsável pela obra para prestar depoimento. Puro jogo de cena. Pelo jeito colou. Não tomei conhecimento de qualquer manifestação na porta da prefeitura nem da câmara municipal. É isso mesmo? Onde estavam os manifestantes de Resende enquanto tudo isso acontecia e continua acontecendo? Acorda Resende, acorda resendense. A dengue está aí, matando gente. O nosso município foi considerado o mais caótico no tratamento dessa epidemia. O jornal O Globo noticiou com destaque essa posição desagradável. Isso também não merece uma manifestação? E a violência descontrolada, assassinatos no atacado, diariamente, isso também não merece uma manifestação? E a nossa queda na arrecadação do ICMS ECOLÓGICO, mesmo tendo um Parque Nacional e um Estadual dentro do nosso território? Isso também não merece uma manifestação? Subimos no ranking, mas da poluição, o que é deplorável, principalmente se considerarmos que essa poluição já está afetando a sanidade das nossas unidades de conservação. E a crise hídrica, você já ouviu alguma manifestação do prefeito ou do presidente da câmara municipal sobre como vamos enfrentar mais essa? Eu não ouvi nada até agora. Resumo da ópera: se você quiser fazer uma revolução, comece primeiro por você, pelo que acontece no seu quintal. Eliel de Assis Queiroz/Presidente do Comitê Pela Transparência.
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Itatiaia recebe na França título de reconhecimento turístico, de qualidade de vida e de investimento Itatiaia foi uma das cidades em destaque no fórum “A Cidade e o Mundo”, realizado entre os dias 3 e 5/4, em Paris, na França. Durante o seminário, que discutiu, entre outros temas, o Turismo como capital das cidades, medidas simples e eficazes para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), desenvolvimento autossustentável e captação de recursos no exterior, o município foi agraciado com o título de “Cities in Brazil: To Visit, to invest, To Live”, ou seja, Cidade para Visitar, Investir e Viver, concedido pela organização não governamental Institut International Culturel Castro Alves. De acordo com o prefeito Luís Carlos Ypê, o seminário foi uma grande oportunidade para as cidades divulgarem seus potenciais turísticos, uma vez que destacou roteiros diferentes daqueles já badalados. “O momento é propício porque todas as atenções estão voltadas para o Brasil como sede das Olimpíadas, evento que trará ao país milhares de turistas”, disse o prefeito. O fórum “A Cidade e o Mundo”, contou com a participação de representantes de agencias de viagens e empresas, além de autoridades, empresários e personalidades de diversas nacionalidades. Itatiaia foi representada pelo procurador Geral do Município, Dr Geraldo Couto.
A Comarca de Itatiaia não será extinta ou fundida Será criado grupo de estudo para analisar propostas e resolver os problemas da Comarca de Itatiaia. Haverá mutirão Judiciário com acompanhamento da OAB A Câmara Municipal de Itatiaia, na noite de 24/03, ficou lotada com a presença da comunidade, advogados, presidentes de associação de moradores de Itatiaia, representantes de diversas entidades ligadas aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atendendo a convocação do presidente da Câmara Municipal de Itatiaia, Jair Balbino da Silva, para discutir as possíveis alternativas visando melhorias no atendimento prestado no Fórum da cidade, bem como a possibilidade da junção das Comarcas de Resende e Itatiaia. Representaram o prefeito o vice, Edmar Barbosa da Silva e o procurador Geral do Município Geraldo Santos Couto. Também esteve presente o promotor da Comarca de Itatiaia, Diego Abreu. A juíza da Comarca única de Itatiaia, Marcele Moura França Pamponet e o defensor público de Itatiaia, Fernando Hadime Naruse, não compareceram por motivo de compromissos agendados anteriormente. Segundo Samuel Carreiro, presidente da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil/Resende: “Toda iniciativa do Poder Legislativo de fazer uma audiência pública é sempre louvável”, disse Carrero, acrescentando ainda: “Atingimos o objetivo, a Comarca não será extinta, ela não será fundida, isso já é um consenso. Agora vem a segunda parte do nosso trabalho e da nossa luta. O mutirão judiciário vai acontecer e a OAB acompanha, esse mutirão acontece de forma mais regular, ele não é extraordinário, a OAB faz o acompanhamento, nós vamos vir ajudar o mutirão em outros lugares também”, informou Carrero. Na opinião do Juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de Resende e dirigente do Núcleo da Corregedoria, Hindenburg Brasil Cabral Pinto da Silva a audiência foi extremamente válida: “Porque prestou os esclarecimentos necessários, e demonstrou a boa vontade dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo em solucionar os problemas aqui da população de Itatiaia”, ressaltou o Juiz. Para o Juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Resende, Marvin Ramos Rodrigues Moreira: “A audiência foi muito positiva, a iniciativa da Câmara Municipal de Itatiaia em convocar para esclarecer para população essa extinção da Comarca de Itatiaia, que não é o interesse do Tribunal, a prioridade é sempre a melhoria do serviço. Hoje a gente saiu com boas idéias para levar para a administração do Tribunal”, defendeu Marvin. O presidente da Câmara Municipal de Itatiaia, vereador Jair Balbino da Silva, também afirmou que o objetivo da audiência foi atingido: “O que a população gostaria de saber, foi esclarecido por parte dos juízes, pelo presidente da OAB representando os advogados, por parte do Legislativo e do Executivo”, finalizou o presidente satisfeito com a convocação. Com Marlene Modesto/CMI
Academia de História dá posse a professor No último 21 de março, o professor e artista Thiago Ferreira (foto) tomou posse na Cadeira 38 da ACIDHIS, cujo patrono é o intelectual Jorge Jaime de Souza Mendes. A atual presidente, prof. Eliane Barros, conduziu a solenidade que ocorreu no Centro Cultural Estalagem, do Instituto Campo Bello, e contou com a presença de amigos, familiares e personalidades da cena cultural itatiaiense.
Abril de 2015 - O Ponte Velha -
Péssimo informe para aqueles que se consideram amigos da Mantiqueira
Foto de Tiaraju Fialho, ilustra um incêndio ocorrido no maciço Marins-Itaguaré em 19 de outubro de 2014.
A equipe da APASM (Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira) recebeu notificação do ICMBio determinando o cancelamento da Brigada para o Combate a Incêndios Florestais da APA da Serra da Mantiqueira em 2015. O cancelamento está diretamente relacionado ao contingenciamento de verbas por parte do governo federal e atinge também o curso de formação de brigadistas, que costuma ser um momento crucial para a formação de brigadas de voluntários capacitados. A equipe da APASM está preparando uma manifestação técnica a respeito deste cancelamento para ser enviada ao governo federal. Os conselheiros do CONAPAM (Conselho Consultivo da APA da Serra da Mantiqueira) estão buscando apoio junto a outros conselhos regionais, associações, ONGs e sindicatos rurais para o envio de documentação firmada por estas entidades, Prefeituras e órgãos estaduais ao Governo Federal. Cumpre lembrar que a brigada de incêndios, além de atuar no território da APA da Serra da Mantiqueira, sempre fornece apoio ao combate de incêndios florestais que venham a ocorrer em unidades de proteção integral como o Parque Nacional do Itatiaia (PNI), Parque Estadual da Serra do Papagaio (PESP), Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS), Parque Estadual de Campos do Jordão, Floresta Nacional (FLONA) de Passa Quatro, além de eventualmente dar apoio às outras 42 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) em seu interior. Este acontecimento demonstra de forma clara a importancia dos estados e municípios, como componentes do SISNAMA, cumprIrem com suas obrigações e implantarem as suas brigadas de combate a incêndio. Não podemos esquecer que as previsões técnicas para este ano de 2015, são de um longo período de estiagem e grandes riscos de incêndios na região. Com Amigos da Mantiqueira (www.facebook.com/amigosdamantiqueira)
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Questão maior
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Otanes Solon
A discussão da redução da maioridade penal revelou um Brasil muito curioso. Os defensores dos direitos da criança e do adolescente ficaram indignados. O governo e a esquerda também. O que veio em seguida à apresentação da proposta, como principal argumento, foi o tipo de internação de menores infratores e que os presídios seriam “escolas do crime”. Um cidadão afirmar isso, não vejo qualquer problema mas quando quem afirma é o estado a coisa fica estranha. O estado admite então sua total incompetência em gerir um sistema que deveria garantir a civilidade. Privar alguém de liberdade deve ter um caráter punitivo associado a um processo de reeducação social. Na verdade o estado não tem solução para nada mas aponta a responsabilidade de tudo: Jovem assassino? Questão social. Presidiários? Questão social. Violência? Questão social. A questão social livra a cara de qualquer governo, de qualquer um. É um problema sem solução, porque a questão social é algo insolúvel porque é abstrato, foge do pragmatismo necessário ao enfrentamento do problema . É simples de compreender. O crime é algo que está presente nas sociedades humanas. As mais evoluídas passaram por um processo da longo das eras, baseado nas punições exemplares, que hoje seriam bárbaras. De fato eram, porém foram esses “exemplos” que ficaram ao longo do tempo. O olho por olho, de certa maneira, forjou estas sociedades. Nestas, o respeito à lei é diretamente proporcional à certeza das consequências do seu não cumprimento. Desenho de Thiago Losant Aqui é diferente, a cadeia é para o preto e para o pobre. É um depósito de esquecidos. É o lugar de de uma sociedade paralela, com códigos próprios, com moral e ética particulares. O estado? O estado simplesmente capitulou. É uma questão social! Com isso se encerra a discussão. Assim como o dinheiro público, a questão social não é problema de ninguém. É a cultura da empulhação, do discurso vazio, da esquerda descolada. Enquanto isso, nas periferias, a violência praticada por “menores” se torna cada vez mais bárbara. A impunidade garante o direito do assassino, do homicida. Os defensores da teoria da “questão social” normalmente vivem em bairros bem servidos de segurança pública e em condomínios dotados de segurança privada. Enquanto a inépcia perdura, as soluções adiadas e a retórica passa a ser a única prática efetiva. para endas Encom Hotéis
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6- O Ponte Velha - Abril de 2015
José J. Veiga – Centenário de um mestre do realismo fantástico Rosel Ulisses Vasconcellos*
Corria a década de 1990. Eu era então um estudante de Letras da Universidade Federal do Ceará, onde viria a me graduar e onde faria, em etapa posterior, o mestrado em Literatura Brasileira. Já conhecia José Jacinto Veiga – ou simplesmente José J. Veiga – através da sua obra, mas não pessoalmente. Qual não foi minha surpresa e satisfação quando me informaram que ele estaria presente no Campus do Benfica, em visita à nossa instituição. Obviamente, fui ao seu encontro e me deparei com um senhor grisalho e de aparência simpática. O escritor já era octogenário ou quase. Por um instante eu hesitei em dirigir-lhe a palavra, mas como, justo naquele momento, ele estivesse sozinho, julguei que talvez não houvesse oportunidade igual. Criei coragem e me aproximei, apresentando-me de modo um tanto acanhado. Ele sorriu e se portou com absoluta naturalidade quando lhe pedi um autógrafo. Em seguida alguém veio chamá-lo, pois o esperavam no auditório do Campus. Tudo transcorreu em poucos minutos, um rápido contato, mas bastou para me inspirar quando, anos mais tarde, concorri a uma vaga no já referido mestrado. O tema da dissertação que eu pretendia defender e que expus na entrevista de seleção era, não por coincidência, relacionado ao autor – “O conto fantástico de José J. Veiga”. Fui aprovado na seleção para o mestrado em 1998, mas alterei o tema inicialmente proposto. Acabei optando pela poesia filosófica e com forte intertextualidade do parnasiano Raimundo Correia. Defendi com sucesso minha dissertação em 2001. Mas fica o registro de que, em um primeiro momento, José J. Veiga foi meu autor escolhido. Nascido em uma fazenda entre Corumbá e Pirenópolis, GO, em 1915 – portanto, há cem anos – José J. Veiga é um dos grandes mestres da ficção nas letras nacionais. Ele costuma ser enquadrado pelos críticos literários em duas categorias ou duas correntes, se preferirem. Há aqueles que o colocam como um representante do sertanismo goiano-mineiro, que, a partir de 1944, passou a competir em prestígio com a ficção regionalista nordestina da década anterior. Fazia parte de um time composto por autores como Bernardo Élis, Mário Palmério e, acima de tudo, Guimarães Rosa. Embora estreando tardiamente na literatura – Os Cavalinhos de Platiplanto, sua primeira obra publicada, é de 1959 – o escritor colaborou na tarefa de atrair a atenção da crítica e do público para um novo sertão, distinto da caatinga e do agreste: o sertão dos cerrados, dos chapadões e dos campos gerais.
Seria como adepto do chamado realismo fantástico, contudo, que José J. Veiga acharia o seu lugar de destaque na literatura em língua portuguesa. Ao contrário do que ocorre na sua relação com os regionalistas – em que é naturalmente ofuscado pela presença de Guimarães Rosa, o gênio do grupo –, no que diz respeito ao realismo fantástico ocupa José J. Veiga uma importância central, ao lado de Murilo Rubião, outro expoente dessa corrente. O realismo fantástico ou realismo mágico foi um rebento do movimento modernista na América Latina, particularmente nos países de língua hispânica (no Brasil, a corrente não teve a mesma repercussão que em seus vizinhos latino-americanos). A sua característica mais forte é a fusão entre o universo mágico e a realidade, expondo elementos estranhos ou até mesmo irreais como se fossem corriqueiros, próprios do cotidiano. Em José J. Veiga, no conto que dá nome à sua obra de estreia, Os Cavalinhos de Platiplanto, esse caráter mágico se mistura a uma dimensão onírica e infantil, como podemos ler no trecho a seguir. O autor foi agraciado em 1997 com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1999, aos 84 anos. Em virtude do centenário do seu nascimento, não poderíamos deixar de lhe fazer aqui esta singela homenagem, esperando que, em muitas outras localidades deste imenso país, mais pessoas se lembrem de fazer o mesmo.
“(...) Do meio das árvores iam aparecendo cavalinhos de todas as cores, pouco maiores do que um bezerro pequeno, vinham empinadinhos marchando, de vez em quando olhavam uns para os outros como para comentar a bonita figura que estavam fazendo. Quando chegaram à beira da piscina estacaram todos ao mesmo tempo como soldados na parada. Depois um deles, um vermelhinho, empinou-se, rinchou e começou um trote dançado, que os outros imitaram, parando de vez em quando para fazer mesuras à assistência. O trote foi aumentando de velocidade, aumentando, aumentando, e daí a pouco a gente só via um risco colorido e ouvia um zumbido como de zorra. Isso durou algum tempo, eu até pensei que os cavalinhos tinham se sumido no ar para sempre, quando então o zumbido foi morrendo, as cores foram se separando, até os bichinhos aparecerem de novo.” José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto.
*Rosel Ulisses Silva e Vasconcelos é professor de português e literatura, graduado em Letras e com mestrado em Literatura Brasileira, pela Universidade Federal do Ceará. Em Resende, leciona desde 2002 na AEDB – Associação Educacional Dom Bosco.
Corumbá de Goiás
Matriz de Nossa Senhora da Penha de França
Arraial fundado em 1730 pelas bandeiras paulistas que acharam ouro no rio Corumbá, a semelhança de Pirenópolis, antiga Meia Ponte. Com a ex-capital, Goyás, Corumbá forma o trio das cidades históricas do estado. Com 10.000 habitantes hoje, foi o berço de J.J. Veiga e Bernardo Élis - outro centenário! -, que ombreiam com Cora Coralina (nascida em Goyás Velha) na literatura. Abriga anualmente uma famosa Cavalhada, em disputa com a de Pirenópolis, cidade onde nasceu o Sargento-Mor Joaquim Xavier Curado (1742), comandante da Guerra que aldeou os Puris na Fumaça, Campo Alegre, em 1782, ligando seu nome a Rezende.
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Verão-Outono de 2015: o filme
Luis Felipe César
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TRANSPOSIÇÃO Recado do Rio São Francisco ao Rio Paraiba Paraiba, meu irmão Preste muita atenção Um conselho vou te dar Só pra te ajudar Une teu povo em oração Pedindo a Deus proteção Pra te livrar de uma tal de TRANSPOSIÇÃO Que pra mim não deu certo não Fiquei côxo, já não corro Minha nascente em PIUIM secou... Peço a Deus nosso Senhor Que te livre desse HORROR !!!
Peixes. Painel de Lula Cardoso Ayres. Óleo sobre madeira
Março é um mês longo, sempre foi. Na infância, era aquele sofrimento do recomeço das aulas, o retorno à vida na cidade, o calor, as regras. Agora parece que não seria possível suportar março se não houvesse abril, com sua brisa de outono e sua Páscoa. O problema agora, também para os não estudantes, não é mais a volta às escolas com suas matérias em caixinhas (que alguns países começam a abolir), mas é aquilo que alguns chamam de realidade. Enquanto o desmatamento avança e a falta de água se agrava, os massacres de inocentes se multiplicam. Desde os ataques de radicais suicidas a igrejas e estudantes, as mortes de moradores e de policiais na ineficaz “guerra ao tráfico”, professores (e outras categorias) em greve por baixos salários, políticos que aumentam os próprios salários, até a deliberada colisão de um avião com a montanha. Mais recentemente, o absurdo (ia escrever apocalíptico) incêndio de oito dias em Santos revelou a desproporção entre os riscos potenciais que estocamos e os meios potenciais para seu controle. Como consequência, poluição do ar e da água, danos à saúde, peixes
mortos(*), pescadores sem alimento e renda, paralização de um porto, enfim, prejuízos de toda ordem para agravar o momento econômico nada favorável. Além disso, os números da corrupção não param de crescer. Parece o fim de qualquer noção de limites. De quebra, pessoas de ficha limpa são presas em casa porque tem algumas plantas em vasos para seu próprio consumo. Que mal elas causaram à sociedade? Absolutamente nenhum! Se esse parágrafo fosse adaptado a um filme muitos diriam que era mais um cine catástrofe inconsequente. Por isso quase derrapei na palavra apocalíptico, imaginando todos esses fatos escritos na forma de profecias. Acontecimentos tão absurdos e díspares podem ter um ponto em comum, que é a busca de caminhos completamente tortuosos e insensatos para se alcançar um determinado plano. Ainda que pareça estranho, somente a crença em algum plano e alguma (tosca) visão de futuro poderiam alimentar o desenvolvimento de estratégias tão complexas e caras, ainda que absurdas. Por completa oposição, isso me faz lembrar a jardinagem de mínima intervenção, na qual se busca acom-
panhar os processos naturais, intervindo apenas para valorizar a evolução natural e a interação entre as espécies. Ou seja, fazer o mínimo para se alcançar o máximo de resiliência, de complexidade e de beleza. A mesma lógica se aplicaria muito bem à gestão urbana, mas as soluções simples muitas vezes são preteridas por outras fórmulas, sempre mais caras e quase nunca mais eficazes. Com mais de 80% da população brasileira vivendo em cidades, é urgente intensificar a caminhada rumo à sustentabilidade urbana. Com o modelo de comando e controle (basicamente repressão e multas) apresentando baixa eficácia, resta usar a criatividade e buscar o desenvolvimento de medidas de incentivo às boas condutas. O pagamento pelos serviços ambientais é uma prática que tende a crescer, embora mais aplicável ao espaço rural. Os governos tem a fabulosa ferramenta dos impostos para motivar, com descontos e bônus, práticas como telhados e muros verdes, hortas urbanas, compostagem caseira, captação de água de chuva, uso de bicicleta, aproveitamento da energia solar, calçadas ajardinadas e tantas outras
possibilidades que tornariam a vida na cidade muito melhor e com maior resiliência às inevitáveis mudanças que estão acontecendo. E desta vez não é cinema. *Peixes são apenas o que foi visto e oficialmente recolhido (10 toneladas). Incontáveis seres de menor porte também morreram. Muitos outros, maiores, que se alimentam dos peixes (incluindo humanos) tiveram suas vidas dificultadas. Por quanto tempo? PS: A Philip Morris, grande fabricante multinacional de cigarros, moveu uma ação contra o governo do Uruguai porque o país tem algumas das melhores leis antitabagistas do mundo.
HAIKAI Morto o rio Seu reflexo tumular Um triste leito vazio ... Rios do Brasil por Creusa Mascarenhas Penedo 13 /04 /2015
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Valor da água motiva concursos e debates na região
Nos dias 21 e 22 de março o Parque Nacional do Itatiaia (PNI), através da Câmara Técnica de Montanhismo e Ecoturismo, promoveu um concurso no Planalto com o intuito de sensibilizar os visitantes para a importância do parque como produtor de água. Cada participante registrou por meio por meio de uma frase, citação ou pequeno texto, sua impressão acerca do Parque ser a origem de inúmeras nascentes que dão origem a bacias hidrográficas de importância
EXPOSIÇÃO NA MANTIQUEIRA
regional e nacional. As três melhores frases foram selecionadas por uma comissão julgadora e são apresentadas abaixo: 1º lugar) “Conserve as águas do Itatiaia e mate sua sede de aventura” – autor Cristiano Rezende; 2º lugar) “Montanhas do Itatiaia, ser vivo que dos céus clama por lágrimas divinas para que, como sendo um esplendoroso favo, possa servir para nutrir os seres vivos, mesmo ao mais ingrato deles, o Homem” – autor Rogério Veiga; 3º lugar) “Itatiaia, origem nas pedras dando vida às águas” autor Fernando Parente. (Com PNI)
EDITAL
Pintura em vidro de Beatrijs T. Kindt, para o II Salão do Pinhão (2007)
“O Papel das Vilas – arte em papel botânico artesanal” A Exposição coletiva está na Galeria Rubens Gerchman, na Quinta da Prata, 4 kms após a vila de Mirantão (MG), na região de Visconde de Mauá. Seguindo sua itinerância, essa coletiva idealizada e articulada pela MR Papel – Papelaria Artesanal em parceria com o Centro Cultural Visconde de Mauá, e que já conta com a participação de mais de cem artistas, chega à sua décima quarta edição, comemorando os cinco anos desse projeto criativo! A exposição ficará aberta de 04 de abril a 04 de maio de 2015, abrindo de sexta à segunda, das 10 às 17h. Para essa edição, contamos com o precioso apoio dos amigos da aconchegante Pousada Quinta da Prata, Viviane Andreatta e Brian Fielding.
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AEDB promove consciência ecológica
Ô maiada, agora tem umas sacolinhas de mercado ecológicas. Deve de ser bom pra dengue?
A Associação Educacional Dom Bosco (AEDB) promoveu amplo debate sobre o uso consciente das águas. Por meio do Curso de Bilogia, coordenado pelo Prof. Luiz Sergio Sarahyba, debateu-se a gestão dos recursos hídricos e a participação cominutária no enfrentamento das questões de proteção, escassez e poluição. As atividades contaram com a animação da pesquisadora Suelen Medeiros e do ambientalista Luis Felipe César e tiveram o patrocínio da Sala Verde Timburibá e apoio do Parque Nacional do Itatiaia, da Ong Crescente Fértil, do Grupo de Escorteiros Campo Belo, COA Sul Fluminens e Voluntários em Unidades de Conservação.
Huummmmm A dengue? Ou é um tipo de câncer urbano ou de gigantismo oligofrênico.
O Presidente do Instituto Campo Bello, no uso de suas atribuições estatutárias convoca os sócios para a Assembleia Ordinária Anual que elegerá a diretoria para o quadriênio 2015-2019 e ampliará o quadro social. A Assembleia reunir-se-á na sede do ICB, à rua Raul Cotrim, 259, Itatiaia, no dia 25 de abril próximo, às 17h em primeira convocação para quórum de maioria simples, e às 18:00 com qualquer quórum.
Marcos Cotrim de Barcellos Vendemos pelo Construcard da CAIXA e pelo CDC do Banco do Brasil
O 12 de abril em Resende João Saboia
Manifestação popular em Resende dia 12/4/2015. Foto João Saboia
A manifestação de 12 de abril atingiu seus objetivos. Reuniu centenas de pessoas para protestar contra o governo de Dilma Vana Rousseff. A primeira passeata foi conduzida por um grupo de seis pessoas. Ercilio Galhardo, Julio Reymao, Lincoln Soares, Rosangela Hollanda, João Lopes e Carlos Henrique trabalharam colhendo assinaturas da população e divulgando tudo pelas Redes Sociais. O resultado foi surpreendente e culminou com a caminhada que reuniu 3.000 pessoas. O êxito do trabalho foi confundido com sucesso e a fogueira das vaidades fez com que Carlos Henrique passasse a ditar normas e, por isso, o grupo rachou. Só, Carlos Henrique pediu socorro na rede e acabou conseguindo apoio de Renato Serra. A crise foi tamanha que até um texto dizendo que estava fora da manifestação, ele chegou a publicar na Internet. Mesmo fora das duas organizações. Celso Dutra tentou de todas as maneiras promover um tratado de paz, para que a manifestação reunisse gregos e troianos. No domingo, dia 12, o que parecia impossível, acabou acontecen-
do. A concentração foi feita separadamente, com um grupo reunido em frente a Caixa Econômica e outro em frente a loja Playboy. A Guarda Municipal e a Polícia Militar, com carros e motocicletas, deram total o segurança aos manifestantes que, depois do canto do Hino Nacional, saíram em caminhada, unidos pelas circunstâncias alinhavadas pelo Celso Dutra. O microfone ficou na mão de Renato Serra que acabou conduzindo o grupo com palavras de ordem contra o governo federal. No Campos Elísios e no meio da ponte, tive a oportunidade de usar o som para conclamar os manifestantes para fazermos mais uma fotografia histórica. O resultado foi que apesar das diferenças, os dois grupos se uniram para mostrar sua indignação diante toda a população resendense. A despeito do menor número de manifestantes, o ato foi positivo pois que não é preciso superar a si mesmo, a cada vez, para dar o seu recado que foi retransmitido pelas redes sociais e pelos veículos de comunicação, atingindo um sem número de pessoas.
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Imagine there’s no heaven; above us only sky Marcos Cotrim
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1- Volto ao tema da últiinclusão social, taxa ma edição, mas volto por de juros etc. A utopia uma boa causa: tivemos máxima é a descoberta outra manifestação pode uma vacina contra pular contra a corrupção o erro: aí obriga-se a e “tudo isso que está aí”. multidão a frequentar, A lição das coisas: as leis sob as penas da lei, existem para ser ultrapasuma estrutura escolar sadas. Não negadas, mas em que se inocula o transcendidas em nome bacilo enfraquecido de seu espírito, capaz de da inerrância técnica, ler a história e os fatos. acrescentando-se a jusIsso mesmo, trata-se dos tificativa de que é um Antoine de Saint-Exupéri (1900-1944), criador direitos do espírito pedo Pequeno Príncipe, morto em acidente aéreo. “direito humano”ter a rante o achatamento das alma estuprada pela “instruções programatecnologia de um positivisEm outras palavras, pacificadas”, dos selos de qualimo grotesco. -nos a consciência saber de e dos clichês de telenoque não há pecados, apenas vela, cada vez mais imbecis; 3- A ruína da civilização, “corrupção”; não há erros trata-se do brado espiritual ou seja, a barbárie besuntamorais, somente falhas no do homem ante o sacrilégio da de gesticulação moralissistema. Refeito o cálculo, que submete a moral à ética ta e desespero legiferante, o trem volta a andar, agora do politicamente correto, não se mostra tanto na mais azeitado, ainda que não como se a sociedade fosse crise hídrica ou na corrupsaibamos bem para onde. um produto das leis e das ção sistêmica. Mostra-se na O pecado é uma questão engrenagens do estado. redonda certeza, na lisa sude orientação, de estar ou Dentre tais direitos, há o perfície da crença no poder não orientado para o fim de errar. E errar não é corregulador e ordenador da de nossa natureza, o bem romper a norma ou enganar- e a verdade. E é o espírito tecnologia. Quanto maior -se. É, originariamente, a é a assepsia que fecha os que des-cobre o caminho e errância do espírito, de onde poros do tecido social com o re-vela aos demais, jamais vêm as vanguardas e as amipodendo amarrar a liberdade o agenciamento do tempo zades, além das santidades, pela produtividade, menos da errância numa fórmula quase sempre dramáticas, nos cabe o adjetivo de ou receita. Normas e procepois suportam os acidentes. civilizados. Urbanizados, dimentos ajudam até certo Mas na civilização técnica, talvez... depende do númeponto, depois atrapalham. os acidentes se tornam fatais ro de helicópteros na busca Como os andaimes. A não erros de cálculo. dos despojos entre a sucata ser que nos esqueçamos do avião caído. da pro-cura que a errância 2- O avião da Germanwings Os erros das manadas instaura e, para nunca falhar, caiu, e a “falha técnica” são sempre falhas técnicas. preferimos não errar. Parece estatisticamente improvável Se as manifestações do dia ser esta a decisão morna que reclama espaço insistente 12 não passarem de uma funda a civilização da técnica. na mídia. A voracidade com golfada moralista contra Evitamos abrir a caixa que o mal é propagado é um nosso velho estigma de preta da modernidade e sintoma de que se pretenpecadores, cuidado! É que transformamos todo o mal de exorcizar a dor, e banir as elites não são mais que em uma questão de higiene definitivamente as perdas. um co-piloto deprimido. sanitária,
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A mentira com responsabilidade- 22
CIA, KGB, MI6 e extraterrestres por trás das manifestações no Brasil Após as contundentes denúncias feitas pelo líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), de que a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) estaria coordenando os bastidores das manifestações populares contra o governo no Brasil, o Itamarati resolveu investigar e pedir explicações a Washington sobre essa terrível possibilidade de interferência americana em negócios de estrito interesse nacional. A porta-voz da Casa Branca, Jennifer Psaki, disse que de forma alguma a CIA estaria envolvida em um assunto tão sério como a política brasileira, e que as denúncias do deputado são mais um desagradável incidente diplomático entre os dois países. Ela disse ainda que quem deve realmente estar por trás são espiões russos da extinta KGB (serviço secreto soviético), numa ação comunista internacional para recriar novas ditaduras na América Latina, desconfiança que o próprio presidente russo, Vladimir Putin, rechaçou, argumentando que, na verdade, quem anda articulando tais protestos mundiais são agentes da MI6 (o Serviço Secreto de Inteligência britânico).
Alex Younger, chefe da agência, negou a possibilidade afirmada por Putin, e disse que, em recente passeio de fim de semana com a família nos arredores de Stonehenge, observou alguns círculos ingleses em formação, bem como as naves espaciais que os formavam, e teve uma certeza intuitiva de que esses movimentos sociais ao redor do planeta só podem ser coisa de extraterrestres. Aprofundando as investigações, funcionários do Itamarati acabaram descobrindo que Osama Bin Laden, que, como todos sabem, não morreu, mas está escondido em uma suíte de luxo da área 51 dos Estados Unidos, também teria oferecido apoio logístico aos organizadores das manifestações Brasil afora. Esse apoio logístico foi criptografado por hackers contratados pelo governo, restando saber se a voz captada nas mensagens era mesmo de Bin Laden ou de Michael Jackson. Outros políticos da base aliada do governo foram ainda mais além, e denunciaram o envolvimento dos Vingadores nos protestos. Enquanto isso, na Sala de Justiça, Capitão América dava uma entrevista exclusiva ao enviado especial do Ponte aos Estados Unidos, dizendo ser impossível que os Vingadores tivessem alguma participação nos citados eventos, explicando que, na
Krishna Simpson
semana das manifestações, ele, Thor, o Incrível Hulk, Aquaman, os Super Gêmeos e o macaco Gleek estavam trabalhando na perigosa aproximação de um asteroide de proporções imensas em rota de colisão com a Terra, colisão essa que ocorreria provavelmente próxima às coordenadas 15º48’01,54’’S e 047º51’50,13’’O (onde fica o Congresso Nacional, em Brasília). O asteroide, por sorte do povo brasileiro, acabou sendo destruído. Apenas o Homem de Ferro e a Mulher Maravilha não puderam participar da empreitada, pois, em lua de mel na região sul do estado do Rio de Janeiro, acabaram contraindo Dengue, e precisaram ficar internados em confortáveis instalações hospitalares do Sistema Único de Saúde.
Spielberg aceita dirigir “A Lista de Janot”, e especulações sobre o Oscar já iniciam antes mesmo das filmagens
Essa semana, o famoso diretor Steven Spielberg aceitou o convite da Walt Disney Pictures para iniciar as filmagens de “A Lista de Janot”, prometendo uma das maiores bilheterias de todos os tempos, podendo desbancar até mesmo “A Lista de Schindler”, um de seus grandes sucessos de direção. Na trama, Rodrigo Janot, procurador-geral da república, prepara uma lista com os nomes de diversos envolvidos em um escândalo de corrupção ocorrido no Brasil, a maioria de políticos importantes ligados ao governo, em que teriam sido desviados bilhões de Reais dos cofres públicos. Enquanto aguardam julgamento, muitos dos acusados conseguem escapar para países como Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein, na Europa, obtendo asilo político e promessa de cargos públicos de confiança, podendo viver tranquilamente suas vidas, estabelecendo-se com novas famílias, em casas confortáveis, sem se preocupar em voltar para o Brasil e com os processos que enfrentariam aqui. Mas, para chegar até esses países, eles passarão por inúmeras aventuras, como
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se esconder em aviões de carga de cacau e contêineres de frango, fugir da Interpol, dos agentes da CIA, da KGB, do MI6 e de Ethan Hunt (de Missão Impossível). E eles terão uma ajuda especial dos Vingadores para a fuga, como o Homem de Ferro, que, depois de sua recuperação da Dengue, construirá para eles trajes metálicos especiais à prova de julgamentos do STF, e do Capitão América, que emprestará seu escudo para que os fugitivos não sejam atingidos pelo bombardeio de críticas das redes sociais. A fuga desse imenso campo de concentração de bandidos, mais conhecido pelo nome genérico de Brasília, contará ainda com a ajudinha de alguns personagens da Disney, uma exigência da companhia, como Malévola, Úrsula, a Rainha Má e a Bruxa Má do Oeste, que darão todo seu apoio para que os integrantes da lista cheguem sãos e salvos aos seus destinos. Em uma entrevista exclusiva com o enviado do Ponte aos Estados Unidos, Spielberg explicou que o grande desafio do filme, já com várias especulações sobre o Oscar, e que é baseado em fatos reais, será mesmo a de arrumar atores que aceitem usar maquiagem de óleo de peroba e que não se importem em ter suas imagens associadas a personalidades cujas mães sejam carinhosamente chamadas de “moças arrumadas que vão dar um agradável passeio logo ali mediante uma pequena e praticamente espontânea contribuição financeira”.
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Anúncio Martha de Carvalho Rocha
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Esta invocação é uma Prece Mundial Expressa verdades essenciais. Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.
A Grande Invocação Desde o ponto de Luz na Mente de Deus, que aflua Luz às mentes dos homens. Que a Luz desça à Terra.
“Vendo linda casa no alto do Penedo.” Melhor seria: “Vende-se a casa de Talitha.” De harmonioso trato, ela fareja o tempo em estado de aleluia. Suas alvoradas brilham com discrição e apreço, e são os galos matutinos que as anunciam. Rica em pormenores, resgata memórias, ruídos, hora boa para leitura, e gestos comoventes. Na penumbra, a lamparina mantém a tradição, e a ordem sacramental. O vento ralo balança as árvores com meiguice. Na janela, um vaso de avenca, um ramo de palha benta. Na cozinha tem água fresca na moringa de barro, sopa fumegante e um bule de café na chapa do fogão. Boa guardiã, e de imaginação fértil, ela criou um
lugar sacro, onde colocou pães, velas, terços, sonhos, fotos esmaecidas e as últimas verdades do ser. Dos seres. Lá fora, o rio límpido não perde a fleuma. Flores, passarinhos, borboletas, dão o colorido à cena. O terreiro é bem varridinho. E o silêncio reverbera... O brejo, com seus lírios brancos, oferece combinação de aromas, e condescendências. Há um encantamento, um delgado mistério neste mundo campesino. Há magia com os sinos repicando na hora da Ave Maria. O ritual diário leva a casa para a clareira, por tal, ela não deteriora, não envelhece.
Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens. Que aquele que vem volte à Terra. Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie as pequenas vontades dos homens. O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.
Tem vida própria, a casa de Talitha, tem murmúrio interior e vibração. Sabe-se vazia de sua dona e não reclama. Se junta ao coro dos pássaros, ao coaxar dos sapos e a uma silente sabedoria. Em surdina, ela suspira... Brejeira, Desde o centro a que chamamos tem ares de fidalga e poder de raça humana, que se cumpra transcendência. Elegante, não tem o plano de Amor e Luz. pose, não tem afetação. Está à esE que se feche a porta onde mora o mal. pera de um visitante singular para dizer-lhe: Seja bem vindo ao meu Que a Luz, o Amor e o Poder coração. Ele pulsa! Antes, deixe tombar as velhas mágoas. Rendarestabeleçam o Plano Divino na Terra. -se às boas lembranças, àquelas que não derretem. Sinta o cheiro Unidade de Serviço para Educação Integral do bolo saindo do forno, ouça a Av. Nova Resende, 320 – sala 204 sinfonia do capim, beba um gole CEP: 27542-130 – Resende RJ – Brasil de café, e celebre! Celebre que eu Tels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065 faço as honras.
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Fala, Zé Leon: Éramos felizes e sabíamos
Algumas coisas são surpreendentes e nos fazem acreditar que trilhamos o caminho do bem. Fui ao Rio gravar um depoimento para o site do jornal O Globo, e na volta, ao entrar no ônibus da Cidade do Aço, o motorista, ao pegar meu bilhete falou: “O senhor me proporcionou ver uma peça de teatro que mudou a minha vida – Aurora da Minha Vida, com o grupo de teatro Boca de Cena” [entre 1985 e 1987]. Minha reação imediata foi: Caraca, meu irmão, isso foi há trinta anos. Ele devia ter uns 45 anos, portanto era um adolescente de 15 anos. Que legal.
Alunas do Coégio Imaculada Conceição, Rio. Foto do Cartaz da peça Aurora da Minha Vida
Enfim defender o teatro como política pública é nos obrigar a homenagear a trajetória de um grupo de que tive a honra de fazer parte, como fundador e diretor de muitas peças. ************************ O artigo da Martha, esse mês, fala da venda da casa da Talitha, mãe do nosso maneger do Ponte Velha, Gustavo Praça. Me lembrei de uma história ocorrida com o escritor e poeta Olavo Bilac. Um amigo queria vender um sítio e pediu a ele que escrevesse um anúncio para publicar num jornal. O anúncio ficou tão lindo, tão poético, exaltando tanto a qualidade do local que o proprietário desistiu de vender; “Nossa, eu não sabia que tinha um sítio tão bonito”.
Como diz aquela música do Roberto e do Erasmo Carlos: “As tardes de domingo são doces recordações”. Nossas recordações vão muito além do que doces tardes, porque fazer teatro é muito mais que abrir mão de domingos. Foram 10 anos ininterruptos de Boca de Cena, madrugadas varadas em ensaios, textos decorados, marcações de cenas, montagens de cenários e brigas, muitas brigas, saudáveis brigas, amadurecendo cada um de nós, ocupando uma lacuna importante na cultura de Resende e região.
da Cidade do Aço, conduzindo a gente com segurança e simpatia.
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E – o mais importante – formando novas gerações que hoje carregam o piano do fazer teatro em nossa cida-
Joel Pereira
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Casa Sarquis
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de, com competência e dignidade. E do nosso motorista Felipe (será que é esse o nome dele? Ou Henrique?)
Recebi centenas de e-mails, na verdade, dezenas, na verdade um, a respeito da minha coluna do mês passado sobre as listas, reclamando que eu esqueci das sete maravilhas do mundo.
Chiste Num Colégio Americano: -Michael, o que você fez no recreio? Pergunta a professora. - Brinquei na areia, tia. - Muito bem, Michael. -Se você escrever no quadro a palavra areia corretamente você ganha um dez. O garoto escreve corretamente e a professora exclama: - Muito bem! Ganhou um dez. -Agora você, Peter. O que é que você fez no recreio? - Eu também brinquei na areia, Miss Anne. - Certo. Se você escrever na lousa a palavra brincar corretamente, você também ganha um dez. O garoto escreve corretamente e a professora exclama: - Ótimo! Um dez para você também. Sua vez, Ahmed. O que você fez no recreio? - Eu também queria brincar na areia, mas eles não deixaram. - Mas que horror! Isso é discriminação contra um grupo étnico minoritário! Olhe, Ahmed, se você escrever corretamente “discriminação contra um grupo étnico minoritário, subjugado pelas classes sociais burguesas e imperialistas”, você também ganha um dez...