O Ponte Velha | Maio 2014

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RESENDE E ITATIAIA - MAIO DE 2014 Nº 217 . ANO 20 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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1964 O ano que não acabou? O idealizador da Aman, Marechal José Pessoa (1885-1959)

Jubileu da Associação Educacional Dom Bosco “Há 50 anos formando gerações”

“Retrato do Professor Antônio Esteves” (2000). Óleo sobre tela de T. Venturi (Maria Aparecida de Oliveira Caneva, vulgo “Titida”). Sala de Professores da AEDB

Fundada em 1964, pelo Prof. Antonio Esteves, a Associação Educacional Dom Bosco chega aos 50 anos com cerca de três mil alunos, incluindo os estudantes dos 18 cursos de graduação das Faculdades Dom Bosco, dos cursos de Pós-graduação e Extensão e aqueles do Colégio de Aplicação, que oferece da Educação Infantil ao Ensino Médio. Com o Mestrado que se inicia agora, em 2014, a AEDB completa o ciclo do ensino. Em fevereiro, teve início a primeira turma do Mestrado profissional em Engenharia de Produção. Cerca de 1000 novos alunos ingressaram só este ano nas Faculdades Dom Bosco, que estão se tornando um dos raros casos de êxito e continuidade de Resende. Ao lado de colégios como o Santa Ângela e o Dom Bosco, a Aman e a extinta Cooperativa de Laticínios, a AEDB se consolida como centro irradiador de cultura e economia sustentável. Ao comemorar seu cinquentenário, evoca-se o espírito do Prof. Esteves que, ao fundar a primeira Faculdade de Resende, em 1964, estava dando um grande passo para a democratização do ensino superior de qualidade, no interior. Ele tinha em mente formar mão de obra qualificada para o mercado de trabalho da região e, ao mesmo tempo, proporcionar o acesso à faculdade ao jovem resendense e das cidades vizinhas. Não apenas formar o técnico para atender à demanda do mercado de trabalho. Mas também o cidadão participativo, crítico e reflexivo, consciente de seu papel transformador da realidade que o cerca, em busca de um mundo melhor. Esta é a missão da AEDB: formar profissionais que possam contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região, com sustentabilidade ambiental e justiça social.

“A beleza cênica do primeiro parque nacional do Brasil - o de Itatiaia, criado em 1937 - está prejudicada por antenas gigantes de Furnas. Sem entrar na discussão a respeito da possibilidade (ou não) da permanência das estruturas da empresa dentro dos parques nacionais... preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica é objetivo básico de parque nacional.” Luciana Portal Gadelha, procuradora da República em Resende (“Pelo direito à contemplação”, O Globo, 10/5/2014)


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1. O PENSAMENTO DO MÊS: “Deus que me defenda dos amigos, que dos inimigos eu mesmo me defendo.” (Voltaire) 2. O INCOMPETENTE ARROGANTE - O incompetente arrogante é uma praga na Administração, especialmente na Administração Pública. Vive à sombra do poder, e, no curto prazo, apresenta bons resultados, porque trafega por todos os atalhos possíveis, desprezando a ética e as instituições de controle. Para ele, o Controle Interno, as Leis, o Meio Ambiente, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o Judiciário, só servem para atrapalhar. Outra marcante característica do incompetente arrogante é ser um sabichão. Ele sabe tudo; os outros não sabem nada. Quando não tem como desabonar algum companheiro, fala que ele é “engessado”. E, assim, essa praga segue vivendo à sombra dos poderosos. Quando seus superiores acordam, a vaca já está no brejo! 3. TESTE SEU CONHECIMENTO SOBRE A POLÍTICA REGIONAL

Mensagem

Quando o carteiro chegou, E o meu nome gritou, Com uma carta na mão. Ante surpresa tão rude, Nem sei como pude Chegar ao portão. Lendo o envelope bonito, No seu sobrescrito eu reconheci, A mesma caligrafia, que me disse um dia: Estou farto de ti. Porém não tive coragem De abrir a mensagem Porque na incerteza, eu meditava e dizia: Será de alegria ? Será de tristeza ? Quanta verdade tristonha Ou mentira risonha, uma carta nos traz... E assim pensando rasguei, tua carta E queimei, para não sofrer mais. Com relação ao texto acima, é correto afirmar que: (a) trata-se do depoimento-

POLITICÁLYA

-resposta do José a um ex-correligionário; (b) trata-se da atual canção preferida do José; (c) é a canção-tema da novela “A Guerra dos Juniores”; (d) é a letra da canção “mensagem”, imortalizada na voz de Isaurinha Garcia, que pode ser ouvida em: http://letras.mus.br/ isaurinha-garcia/924485/ 4. MUDANÇAS NO TRÂNSITO DE RESENDE Desde a primeira campanha do Rechuan, as pesquisas do BJ/ BN apontavam a necessidade de modificações no trânsito de Resende. Logo no início de seu primeiro mandato, ele começou o trabalho reclamado pela população. Apresentou projetos que foram amplamente debatidos em associações de moradores e de classes, clubes de serviços etc. Em seguida, reorganizou o trânsito, com coragem e paciência. É claro que esse tipo de mudança sempre desagrada a alguém, mas entendemos que as modificações tiveram ampla aceitação popular. Agora, o Rechuan entrou firme nas mudanças no Grande Manejo, alargando parte da Avenida Ten. Cel. Adalberto Mendes e criando mão única na Av. General Afonseca. A ideia parece ótima, mas está sendo prejudicada pela falta de visão de alguns assessores, que, ao que tudo indica, entendem que os possuidores de veículos automotores são cidadãos de primeira classe, enquanto os pedestres são de segunda. Estão cometendo uma sandice ao deixar sem faixa de pedestres uma distância de 300 metros. Há uma faixa de pedestres defronte do Colégio Oliveira Botelho e, depois, só existe outra defronte a Lotérica e a Padaria Luso Brasileira. Os pedestres estão atravessando nesse extenso trecho (300 metros, repetimos), sem a proteção de uma faixa. Isto é muito ruim também para os motoristas, que estão correndo um sério risco de atropelar alguém. Se os responsáveis por essa imprudência tivessem parentes próximos que necessitassem atravessar a pista de corrida em

que se transformou esse trecho da Coronel Mendes, certamente pensariam em corrigir a besteira que fizeram. Nunca é demais lembrar que pedestre também vota ... 5. RECHUAN RECEBE PRÊMIO DO SEBRAE/RJ COMO PREFEITO EMPREENDEDOR - Segundo seu site, com o Prêmio Prefeito Empreendedor, o Sebrae pretende reconhecer a capacidade administrativa dos gestores que elaboraram os melhores projetos e implantaram ações em favor do surgimento e do desenvolvimento de pequenos negócios em seus municípios. Conforme informações da Secretaria de Esportes, o Prefeito José Rechuan recebeu, no dia 16 de abril p.p., o Prêmio Prefeito Empreendedor, entregue pela coordenadora do Escritório Médio Paraíba do SEBRAE-RJ, Ana Lúcia de Araújo Lima. O anúncio da vitória de Resende, na categoria Pequenos Negócios nos Eventos Esportivos, foi feito na última segunda-feira, dia 14, no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. Resende concorreu com projeto que ressalta a prática esportiva como geradora de arrecadação para o Município e como fomento ao desenvolvimento econômico através do turismo. A proposta ressaltou a agenda esportiva municipal e a Lei de Incentivo ao Esporte, que contribuíram na geração de renda para micro e pequenas empresas do município. Os eventos esportivos representaram, por exemplo, um crescimento de 60% na ocupação diária de hotéis e pousadas e aumentou também vendas do comércio. A estimativa é que a cada evento, a média de gastos, apenas com hospedagem e alimentação, foi de R$ 700 por pessoa. A premiação reflete e coroa o excelente trabalho que o Fernando Menandro vem realizando à frente da Secretaria dos Esportes. Algumas pessoas que fazem política com o fígado não compreenderam quando o Rechuan convidou o Fernando Menandro para assumir a Secretaria. Pelo fato de ele ter sido candidato a vice do Silvinho nas eleições de 2008,

Cabo Euclides e Professor Silva

não poderia, no entender daquelas, integrar o governo. Agora fica muito claro que a aliança do Rechuan com o Menandro foi programática, reconhecendo a capacidade deste como gestor de projetos esportivos. Além de seus conhecimentos técnicos, Fernando agregou valores políticos, com seu potencial de votos, sua liderança no PV e como um dos principais líderes do povoado da Capelinha, que, por sinal está precisando de uma maior atenção da Prefeitura de Resende. Capelinha merece, Rechuan. Afinal, você obteve ali, nas duas eleições, votações consagradoras. 6. FIGURAS IMPORTANTES DA BASE POLÍTICA DO RECHUAN José Valdir Dias, carinhosamente conhecido como Valdir Macarrão, é Secretário de Serviços Públicos do Município de Resende. Foi eleito Vereador, em 2012, pela coligação PDT/PSDB, com 1.270 votos. Ao aceitar a Secretaria, abriu vaga para o primeiro suplente da coligação, Cláudio Oliveira de Araújo, que alcançou 1.136 votos. Este também foi nomeado Secretário de Administração, liberando a vaga para o segundo suplente, Carlos Roberto Pinto, o popular locutor Carlos Santa Rita, depositário de 631 votos. Como se vê, o Macarrão –– além de contribuir com seus reconhecidos serviços como Secretário –– ainda propicia que membros da coligação PDT/ PSDB possam também prestar sua colaboração ao Governo Rechuan. 7. JOAQUIM ROMÉRIO DE ALMEIDA E O TURISMO NA BAGAGEM - Nosso amigo está muito confiante no desenvolvimento do turismo na Bagagem, povoado do distrito de Pedra Selada, onde mantém um excelente restaurante, com a ajuda de sua participativa e simpática esposa, a Rosangela. Nosso competente

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vereador conversou longamente com o seu primo Secretário de Agricultura, Miguel Gilberto Dias Almeida Balieiro Diniz Moreira Mariano Camarinha (acaba de adotar o sobrenome de sua consorte), Professor Silva e Aninha Camarinha. Nessa conversa não poderia faltar política. Todo animado com a pré-candidata a Deputado Estadual de seu PMDB –– a Dra. Ana Paula Rechuan –– Romério vai ajudá-la, e muito. Sobre seu próprio futuro político, deixou transparecer que pretende alçar vôos mais altos. Seu currículo político o credencia para novas empreitadas!

A cidadania das pedras

A foto acima é de uma pedra do rio Campo Belo, pichada por um vândalo que assina “Slayer”, e também dá o ar da graça em Resende. A ação dos pichadores leva a crer que está em crise o conceito de cidade, bem comum, espaço público, educação cívica, respeito e bom gosto. Mas talvez o caso seja representativo de algo mais amplo: a poluição sonora e visual, consentida ou promovida pela autoridade, epécie de precedente oficioso... Com intervenções desatradas em muros, postes, trânsito, calçadas, podas, a região segue perdendo identidade, sem saber valorizar sua herança ambiental. (MCB)

Expediente Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho Reg. 12 . 923

Arte gráfica: Afonso Praça Edição: Marcos Cotrim 21-8833. 2248 24- 9301 . 5687

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Maio de 2014 - O Ponte Velha Gustavo Praça

O nosso impulso empreendedor tem que se entender com outra força da natureza humana que (queira Deus...) o regula: a necessidade de congraçamento com o semelhante. É um embate interessante, que põe em cheque a tendência de gigantismo e impessoalidade do capitalismo. Ao lado dos grandes grupos de supermercados e de farmácias – para ficarmos em dois exemplos gritantes – sobrevivem os pequenos negócios de esquina, meio armazéns, meio botequins, meio farmácias, meio clubes, onde se pode pendurar uma conta, desabafar com um amigo, partilhar uma cerveja, participar de um campeonato de damas, gritar palavrões e ser levado bêbado para casa; lugares onde se pode ser do tamanho de gente, sem os quais ninguém dá conta da profissão de viver. Porque ser humano é ser antitotalitário, é ter uma pequena propriedade, é ter um espaço onde a família se amplia e onde se faz política porque se escolhe que a este eu dou crédito, a aquele eu abraço, com aquele outro eu tenho um pé atrás.

A Propósito do Elon Bar

Já se disse, com razão, que o capitalismo e o socialismo (real) erram no mesmo ponto: negam ao Homem a propriedade, e com isso o anulam. O segundo nega completamente, estabelece logo um grande monopólio para o bem comum; o primeiro diz que defende mas de fato nega à maioria pela tendência concentradora que engloba o Estado como sócio.

2- Mas toda essa filosofia de botequim (a boa filosofia, sem metafísica, é a de botequim) é para falar do Elon Bar, que fica numa esquina daquele trecho sossegado da Alfredo Whately, mais ou menos em frente à igreja São Sebastião. O estabelecimento está comemorando 50 anos, meio século atendendo a comunidade. Oferece ao bairro os produtos básicos de mercearia (papel higiênico, açúcar, etc.) e os produtos básicos para a alma (salgadinhos bem feitos, porções, pinga de barril, cerveja e coca-cola geladas e uma boa conversa, apesar da cara fechada do Élcio, seu proprietário, como se pode ver na foto). Aliás, na lista dos produtos para a alma deve entrar também a esmerada arrumação dos mais variados produtos nas prateleiras, o que dá ao lugar um colorido especial que infelizmente nossa impressão em preto e branco não transmite. Nos supermercados a variação dos padrões de cor e forma se dá em blocos; nos bares-mercearias orgânicos é usada uma técnica de pontilhado, com a garrafa de catuaba selvagem ao lado da de Capelinha, seguida

do conhaque Dreher que por sua vez se encosta numa redoma de vidro cheia de bombons. O Van Gogh pintaria o Elon Bar; não se interessaria por um hipermercado. Ainda mais que o bar do Élcio se estende pela calçada, com mesinhas onde à noite se joga um dominó, um carteado ou um organizado campeonato de damas. Era só o holandês armar o cavalete na outra calçada. O bar do Élcio foi construído em 1924 por um português cujo nome ele não sabe. Só sabe que o português colocou na parede um escudo do Vasco que permanece até hoje, embora o Élcio não torça pelo clube. Tradição é tradição. Agora tem até uma foto do Roberto Dinamite visitando o estabelecimento na véspera de uma eleição. Em 1944, o pai de Élcio, Deodato Moreira, comprou o ponto, e a partir de 1964 o Élcio assumiu. Botou uma placa com o nome que amalgama seu amor com a esposa Ondina – Elon –, e já à beira dos 70 anos continua firme à frente do negócio, que foi seu único trabalho na vida, ajudado pelo filho Mário Sérgio. Acorda

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cedo e prepara ele mesmo os salgadinhos. Élcio está orgulhoso pelos 50 anos do bar, mas, na verdade, se contarmos a partir do dia em que foi pendurado o escudo do Vasco, a casa já tem 90 anos. Funciona normalmente até às 22 horas e costuma receber também fregueses de outros pontos da cidade, que vêm em busca da tranquilidade da rua e do ambiente familiar do Elon Bar. Ficam registrados aqui os parabéns e a saudação do Ponte Velha. PS: Vale a pena conferir o excelente repertório e a graça da banda “Barba, Cabelo e Bigode” - violão, sax e pandeiro - que tem se apresentado nas noites de Penedo, entre o Lobo Mau e o Pé de Canela

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Drogas desviadas do hospital de Resende

Eliel de Assis Queirós A fonte é inesgotável. Quase todo dia surge uma notícia ruim envolvendo a atual administração da Prefeitura de Resende. Desta vez, pelo menos até a semana passada, a bola da vez era o desvio, furto, roubo, ou o nome que se queira dar, de medicamentos do Hospital de Emergência para o tráfico de drogas. Por acaso, durante os vinte anos que trabalhei como gestor na área de tecnologia da informação, participei da vários projetos de estruturação organizacional e automação de procedimentos em hospitais. Sistemas de gerenciamento de estoque, principalmente de medicamentos controlados, se implantados e operados como manda o protocolo, não dão margem a este tipo de ocorrência. Isso só acontece onde o sistema não funciona, quer por incompetência operacional e gerencial, ou por negligência, ou por conivência, ou pelo somatório de tudo isso. Saber o que ocorreu, e se continua ocorrendo, só com uma auditoria técnica independente e isenta. Será que a administração municipal está disposta a submeter seu sistema hospitalar a esta auditoria? Não acredito. Como tem ocorrido com freqüência, como no caso do chorume no Rio Paraíba e no aterramento da Lagoa da Turfeira, o caso deverá ser tratado no âmbito interno. Tomara que eu esteja errado. Quem supostamente operava o desvio, como noticiado pelo Jornal Beira Rio, já está preso. Como sempre, os peixes miúdos são os primeiros. Mas as investigações têm que continuar até que esta teia seja totalmente desvendada. Chama a atenção também o fato de o inquérito está sendo conduzido pela Delegacia da Polícia de Barra Mansa e não de Resende. Provavelmente, como já virou mantra no atual governo, o prefeito e seus assessores dirão que somos da oposição e estamos procurando chifre em cabeça de cavalo. Tem sido assim. Para justificar o não atendimento às nossas solicitações de informação e de transparência o governo municipal se justifica dizendo que isso também é coisa da oposição. E se fosse, oposição não tem o direito de saber o que está sendo feito com o dinheiro dos nossos impostos? Igualmente lamentável é o fato de a nossa população deixar passar em branco um acontecimento tão grave como este do desvio de medicamentos do hospital. Se com medicamentos controlados acontece isso, o que não deverá estar acontecendo com gaze, esparadrapo, atadura, analgésico, seringas? Temos ou não motivos para ficar desconfiados. Acorda resendense! Eliel de Assis Queiroz/Presidente do Comitê Pela Transparência de Resende.

ITATIAIA em Pauta 25 anos de emancipação Dia 1o de junho próximo, ocorrerá a sessão solene da municipalidade para comemorar os 25 anos de emancipação de Itatiaia. Repetindo o ato que anualmente entrega títulos de honra ao mérito, dessa vez a pompa será maior, tendo sido licitado serviço no valor de R$ 149.987,00 a ser prestado pela “Panorama Eventos e Comunicação, Ltda”. Segundo o Vereador Eduardo Guedes (foto), esta solenidade merece uma atenção especial por se tratar do 25º Aniversário da cidade, nossas bodas de prata. O Edital de licitação foi publicado em 3 jornais de grande circulação e teve participação de empresas de São Paulo na disputa. O evento será realizado no City Park em Penedo (mesmo local do ano passado) e no valor licitado, incluem-se: Aluguel do espaço; Coquetel (comidas e bebidas) para 1000 pessoas; Decoração do espaço (ornamentação, envelopamento, cadeiras e mesas especiais, tablado e mesa de autoridades...); palco, telão, iluminação e sonorização do evento; Banda de baile; filmagens, fotografia, produção de vídeos institucionais; convites, revista, placas em aço escovado para os agraciados com os títulos de Cidadão Itatiaiense, Profissional Emérito e Professor Emérito. (Com Cristina Biolchini e Jorge Botelho, www.facebook.com/groups/acaoitatiaia/)

Ministro visita a cidade Pela primeira vez, após a emancipação, um ministro de estado pôs os pés em Itatiaia. Eduardo Lopes esteve na Câmara de vereadores no último dia 25 de abril, em reunião com autoridades da região, a fim de receber as principais reivindicações da Colônia dos Pescadores Z 25, Consórcio da Represa do Funil, e instâncias preocupadas com a preservação da fauna ictiológica do Rio Paraíba do Sul. A visita do ministro da pesca foi provocada por projeto do secretário de ordem pública, Nilson Neves (foto), e trouxe a Itatiaia representantes de municípios e órgãos públicos, interessados no desenvolvimento sustentável do entorno da represa do Funil.

Projeto da Fundação Bachiana segue firme Dia 13 de maio último, Itatiaia movimentou-se com a visita do maestro João Carlos Martins ao projeto “A Música Venceu”, realizado pela parceria da Fundação Bachiana Filarmônica com a Jaguar Land Rover. O projeto está acontecendo em parceria com a Jaguar Land Rover, que está construindo na cidade sua primeira fábrica nas Américas. O projeto de musicalização da Fundação Bachiana tem como objetivo ensinar a crianças e jovens os principais conceitos da linguagem musical, não só para descobrir novos talentos e estimular a aptidão para a música, mas também para desenvolver novas percepções no aprendizado infantil. O maestro foi recebido na Casa da Cultura de Itatiaia, por um número pequeno de convidados. João Carlos Martins é maestro que ocupa um lugar ímpar no cenário musical brasileiro, tendo sido considerado pela crítica internacional um dos maiores intérpretes, no século XX, de Bach, do qual registrou a obra completa para teclado. É o único músico brasileiro que teve a sua vida registrada por cineastas europeus por duas vezes. Há cinco anos, fundou a Bachiana Filarmônica e desenvolve um trabalho com adolescentes através da sua Bachiana Jovem. Criou a Fundação Bachiana, cujo tema é a “arte e sustentabilidade”. As orquestras foram unificadas e hoje formam a Filarmônica Bachiana SESI-SP. (com PMI)

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As pontes estão caindo... A da estrada da Água Branca, na zona rural, é de madeira, e a cabeceira está aluindo, denunciam as lideranças da AMAEP. Por ela, passa ônibus escolar diariamente, além de moradores. Talvez pior seja o estado do trecho da Rio-Caxambu entre os quilômetros 23 e 25, próximo ao hotel Três Pinheiros. A ponte em curva, estreita, sem sinalização e danificada pelos constantes acidentes (foto) não foi reparada após o recapeamento da via feito há um ano. Caminhões com mais de 4 eixos não conseguem fazer a curva sem risco de colisão. O perigo é maior ainda pela ocupação das margens da rodovia por uma comunidade de umas 10 famílias, que usam o acostamento como garagem e a própria pista como área de lazer das crianças. As denúncias ao MP não têm surtido efeito, e a escaça presença da Polícia Rodoviária Federal parece não impôr o devido respeito às normas básicas de segurança. Tudo isso é naturalmente agravado pela precária manutenção das margens, onde as valetas não são limpas, e o capim alto impede de se ver a sinalização. A estrada é intensamente frequentada pelos que viajam às estâncias hidrominerais e pelos caminhões que evitam os pedágios e trafegam em alta velocidade.


Maio de 2014 - O Ponte Velha -

Rio Paraíba - Além da arena política Luis Felipe Cesar

É preciso ir muito além no debate sobre a transposição do rio Paraíba: Boa gestão, contenção e generosidade serão fundamentais. O assunto da transposição do rio Paraíba pelo estado de São Paulo continua em pauta. Diversas reuniões e audiências públicas vêm sendo realizadas sobre o tema. A primeira e natural manifestação de vários setores do Rio de Janeiro – Estado, Municípios, colegiados e sociedade civil - foi reativa, no sentido de não permitir o desvio da água, uma vez que o próprio Rio já sofre com problemas de escassez. O comitê de bacia do Médio Paraíba (CBH-MPS) encaminhou ofício ao presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), se posicionando contra a transposição, no qual lembra a falta de planejamento ambiental e de gestão das águas no estado de São Paulo, começando pelo fato de que o estado tem 97% de seu território desmatado, sendo originalmente quase totalmente coberto por Mata Atlântica, cerrado e outros ecossistemas naturais. Outros fatos são lembrados no ofício: supressão de 437 hectares de Mata Atlântica na região metropolitana entre 2005 e 2008; ocupação irregular de áreas de mananciais de abastecimento, que deveriam estar protegidas e florestadas; e perdas, em 2009, de 25% dos 111 mil litros de água tratada por segundo, ou seja, quase 28 mil litros por segundo. Mas o Rio de Janeiro também tem problemas de perdas e áreas desmatadas, ainda que a situação seja menos dramática por possuir 27% do território ainda coberto por florestas. Além disso, a transposição efetivada em Barra do Piraí desvia mais de 60% da vazão do rio Paraíba para a bacia do Guandu, que

abastece a região metropolitana do Rio. A sangria resulta em expressivo impacto ambiental a jusante do rio. Outros fatores, no entanto, extrapolam o âmbito da governança estadual, como a continuidade do desmatamento da floresta amazônica e do cerrado e as sombrias previsões do IPCC, que apontam para o agravamento do aquecimento global e de suas consequências, entre elas a escassez de água. Fica claro, portanto, que o problema está apenas começando e somente defender, cada qual, a “sua água” é uma posição muito aquém dos desafios que estão por vir. Esta crise representa uma oportunidade especial para se discutir a gestão das águas no Brasil, que não pode estar desvinculada das práticas de uso do solo, da agricultura, das florestas, dos processos de urbanização e industrialização realizados sem o lastro dos zoneamentos ecológico-econômicos e o consequente respeito aos limites ambientais. A nossa sociedade, forjada sob o signo da abundância dos recursos naturais, terá que se adaptar à nova realidade, na qual a boa gestão, a contenção e a generosidade serão fundamentais. A prova não será fácil. A nossa chance de superação desse momento dependerá de muito mais do que apenas da chuva. O debate deve continuar e pensar na água como parte de um grande ciclo ecossistêmico é o primeiro passo para um bom resultado. O debate sobre a transposição envolve o Ministério Público Federal e uma Comissão de vereadores do Vale, notadamente de S. José dos Campos, Jacareí e Taubaté, que se posicionam contra a ação.

O golpe de 1964 - Memória e legado Nestes exatos 50 anos do Golpe Militar de 1964, muito se debateu e escreveu sobre o indigitado fato, os golpistas, em sua maioria, ainda se agarram à tese que fizeram uma revolução em nome da sociedade, da família e dos valores cristãos ameaçados por um possível golpe comunista, cumprindo lembrar o contexto da Guerra Fria que se vivia naquela época. Do outro lado, é consenso que o golpe teve como alvo principal barrar uma nova etapa que ia se construindo na política brasileira em termos de democracia, desenvolvimento econômico e direitos sociais, cristalizadas nas ditas Reformas de Base. Entre tais medidas, a que mais assustava as forças reacionárias, promotoras do golpe, era a REFORMA AGRÁRIA. Até então, a classe dos latifundiários e donos do poder, tinham conseguido manter seus privilégios através de compromissos com os setores liberais, implementando uma política de modernização contida e gradual, sempre em proveito de seus interesses. A lição número um é que o atraso também pode ser moderno. Cumpre ressaltar que o poder dos proprietários de terra, em sua maioria sobre uma extensão maior que muitos estados brasileiros, é eminentemente político, o econômico é apenas residual. Pois quem tem terra tem poder para oferecer terrenos para escolas, hospitais, universidades, complexos industriais, etc., tudo isto em troca, é claro, de poder político sem qualquer prejuízo econômico. Sem querer comparações forçadas, mas tal fato é análogo ao poder dos senhores feudais, muito embora o Brasil

Márcio Prado

desde o período Colonial já estivesse inserido na Economia Mercantilista, gênese do capitalismo. Quem quiser se aprofundar neste aspecto sugiro ler “Os Donos do Poder” de Raimundo Faoro e “A Revolução Burguesa no Brasil” de Florestan Fernandes. Tal fato evidencia a nulidade de uma expressão política liberal no intuito de capacitar e gerir uma política de modernização e industrialização, buscando implementar um mercado interno resultado de uma ampla e crescente inclusão da grande maioria dos extratos da população brasileira. Pois sem a melhora do nível de vida do povo não há possibilidade de incremento de uma política moderna séria. Da mesma forma, na França pré revolução de 1789 e na Rússia Czarista, os setores burgueses não tinham uma política própria, preferindo uma solução de compromisso com a Aristocracia Fundiária, visando uma reforma lenta, gradual e segura, sem ferir os interesses do Rei, dos Senhores e do Alto Clero. Em apartada síntese, posso dizer que se os Liberais e os políticos de Centro na revolução de fevereiro de 1917 na Rússia tivessem coragem de fazer a Reforma Agrária, não teria ocorrido a revolução de outubro do mesmo ano. Pois como muito bem percebeu Lenin em seu livro “Duas Táticas”, o caráter democrático de nossa revolução é a união com os camponeses que querem apenas o título de uma porção de terra, por isto a nossa revolução ainda não é socialista em seu primeiro momento.Tal assertiva estava em total acordo com a teoria marxista de que não se pode falar em socialismo sem que haja capitalismo. Nestas condições, podemos assegurar que onde aqueles que

deviam promover uma política com intuito de inserir o país em um modelo capitalista avançado, foram frouxos e preferiram um acordo com as forças do atraso, deixaram espaço para a esquerda, pois em política não existe espaço aberto, lembrando que os anseios da grande maioria da população nunca são esquecidos e contentados com migalhas. Do que se disse, temos como grande exceção a Inglaterra, onde o poder dos ditos Senhores foi abalado pelo absolutismo de Henrique VIII, que se uniu a burguesia como suporte de seu poder, permitindo o florescimento de uma economia mercantil sem as amarras da velha ordem, é claro que também houve compromisso, mas pendendo mais para o lado da burguesia. Daí a Inglaterra industrial e os Estados Unidos, potencia capitalista. Todavia, foi esta mesma potencia capitalista, que viu seus interesses ameaçados, pois sabia muito bem que a latino América estava dominada e atrasada (sem contar que disto tirava grande proveito); portanto, receptiva a políticos progressistas nada simpáticos aos EUA. Desta forma, podemos dizer que o golpe de 64, foi a conjunção destes grandes interesses, EUA, Latifundiários e importantes setores do Exército doutrinados pelo War College, que conseguiram cooptar grande parcela da classe média, com um discurso carola e terrorista capaz de mobilizar as senhoras da sociedade que saíram as ruas de terço na mão para exorcizar o diabo do comunismo, quando na verdade o verdadeiro diabo estava com elas, de cartola e fraque, a rigor como manda o figurino de uma conspiração sinistra.

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Empresa familiar completa 50 anos de serviços à cidade

A Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), fundada em 1964 pelos professores militares Antônio Esteves e Cecil Wall Barbosa, tornou-se nestes 50 anos um empreendimento capaz de ostentar raro patamar de qualidade: excelência educacional com promoção humana. Melhor para Resende e toda uma região, que atinge cidades mineiras e paulistas, tornando a cidade um importante centro irradiador de cultura e desenvolvimento sustentável. O projeto chama atenção pela aposta no vigor dos ideais da família Simon Esteves, que tem sido hábil em cultivar os valores de um humanismo cristão cuja marca essencial é o da valorização da livre iniciativa, calcada sobre os princípios de solidariedade e subsidiaridade. O Ponte Velha se associou à singular efeméride que distingue a Região das Agulhas Negras, ao entrevistar os principais responsáveis pela continuação de um sonho cada vez mais real. PV- Como foi que tudo começou? Mario- Havia uma descrença na cidade sobre a viabilidade de um curso superior... A Dom Bosco nasceu da teimosia... sem recursos ou ajuda. Nem da Prefeitura! A criação legal foi em 21 de dezembro de 1964. Depois veio a fasse de montar processos. O curso de economia foi autorizado em 1968, que funcionou em uma sala do Colégio Dom Bosco até 1971. Antonio Carlos- As instituições de ensino superior se interiorizaram a partir dos anos 60... O objetivo era facilitar o acesso à faculdade. Silvia- As famílias mandavam seus filhos estudarem fora. O olhar sobre o povo não era comum.

Antonio Carlos- Quando faltava luz, usava-se lampeão. Mario- A faculdade trouxe o crescimento da cidade para o rumo do Oeste. Julia- Os cursos de Pedagogia e Letras foram autorizados em 1974. Silvia- Após 20 anos, a cidade era outra. A faculdade representa qualificação de mão de obra, pesou muito na formação de nossos jovens, o que nos envaidece. A partir da década de 80, passamos a oferecer a pós-graduação. E em 1996, fizemos o convênio com a Fundação Getúlio Vargas... Gustavo- Isso de crescer tem dois lados... na “cidade grande” há absorção da mão de obra? Antonio Carlos- Os egressos de Pedagogia e Letras têm pleno emprego. Mario- Engenharia e Sistemas de Informação têm boa empregabilidade.

PV- E como se construiu este olhar? Antonio Carlos- A família toda participou... O pai sempre presente, retraído, mas responsável, cuidadoso. Mario- Meu pai tinha a visão filantrópica da educação. Participou da criação da Vila Vicentina Da esquerda para a direita: Silvia Esteves Mariotti, Dona Sylvia Simon Esteves, Antonio Gustavo- E quanto à alma filantrópica? Carlos Simon Esteves, Mario Aníbal Simon Esteves e Julia Beatriz Mattos Esteves quando cadete, da Liga contra a Tuberculose que foi um embrião da defesa civil. Antonio Carlos- Dona Sílvia ficou encarregada, por 20 Dona Sylvia- O Villela dizia: “Esteves, você tem que ser Quando havia enchentes no Paraíba, havia surtos de anos, de cuidar das bolsas de estudo. Hoje temos prodiretor do Colégio!” tuberculose... Silvia- Outro apoiador foi o coronel [Antenor] O’Reilly, gramas governamentais de financiamento, mas sempre O fato é que na época a visão dos políticos não se atendemos bolsas nossas... que doou o terreno onde construímos a atual sede. tava para a questão da educação superior no interior... Mario- A nova legislação da filantropia ameaça desvaloMario- O Arão havia prometido a área do Tobogã... a era domínio dos fazendeiros... rizar as intituições. A globalização concentrou o mercafamília Botelho queria doar, mas a coisa não ia adiante; Virgínia Calaes- O Coronel criou a Feira da Providência em do de ensino superior. A “alma filantrópica” é contra o e o O’Reilly peitou e doou este terreno. Resende... capitalismo selvagem; é a favor da meritocracia. Assim Silvia- Papai ficou dividido entre ficar no Colégio e Antonio Carlos- Havia uma sinergia entre entidades escapamos à aglomeração... construir a sede própria... a família decidiu pela sede. filantrópicas na Feira, que era ajudada pela Aman (inAntonio Carlos- Tudo começou com duas salas... A água fraestrutura, segurança etc.), e tinha por modelo a Feira era de poço. Marcos- As filantrópicas são fruto do entendimento da socieda Providência do Rio de Janeiro. dade como feita de sociedades menores, como as famílias. Mas o Silvia- Com meu pai, atuavam o Cel. França, Cel. Cecil, Gustavo- Mas ficar no ermo tinha seu lado bom, não? com processo de individualismo aposta na competição como motor do Dr. Aziz Abrão e outros, que coordenavam a Festa da menos problemas de segurança... progresso, e o maior (o Estado por exemplo) engole o menor... C.A.R. (Coordenação Assistencial de Resende) - entre Mario- O pioneirismo tem seu custo. Para chegar a luz, Mario- As empresas familiares estão acabando. Toda 1969 e 1980 aproximadamente - que junto à exposição o Eitel [Cesar Fernandes] foi parceiro (dirigia a CERJ), hora fecha uma faculdade mantida desta forma. Até agropecuária deu início, praticamente, à EXAPICOR. transporte era um problemão. uma UNITAU, mantida pela prefeitura de Taubaté está PV- E isso desdobrou-se no campo educacional... Dona Sylvia- O coronel foi responsável pela vinda do [Colégio] Souza Dantas. Mario- Note-se a importância da presença dos professores militares em Resende... Ele dizia: “Resende não pode ficar sem ensino público de 2o grau”! A nossa loja de materiais elétricos tem agora 1001 utilidades para o lar Antonio Carlos- Resende era uma cidade pequena... Virgínia- Voltando às faculdades... um dos apoiadores da idéia foi o Dr. João Vilela em 1964. Na construção da sede da AEDB, em 1971, o prof. Esteves recebeu alguma ajuda dos prefeitos Pineschi e depois do Noel de Carvalho. Dona Sylvia- O coronel via a necessidade de termos ensino superior em Resende. O Villela cedeu as salas do colégio em comodato por tempo indefinido! Silvia- Dona Zenaide [mulher de João Villela, do Colégio Dom Bosco] era o modelo... tinham espírito de educadores.

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Maio de 2014 - O Ponte Velha -

ameaçada... Querem comprar a Dom Bosco! A concorrência não entende nosso “método” [risos]. Mas não é método, é alma: na Dom Bosco só não estuda quem não quer... Antonio Carlos- É a questão da qualidade; bem entendido, a busca constante da cultura da qualidade, baseada no fato de que o que motiva o ser humano são os valores. O professor é essencial no processo. É uma filosofia: nossa missão é apoiar o progresso do aluno, fazê-lo identificar-se com a instituição.

PV- E o futuro? Os próximos 50? Antonio Carlos- Acreditar nos valores e não querer mudar o mundo. Se seremos felizes ou não, daqui a 50 anos saberemos. Mas faz a diferença quem corre na frente... Planejar e administrar é criar o futuro; trazer boas cabeças e dedicação, dentro de um espírito de solidariedade: isso é ação afirmativa. Esse ativismo, querer só saber quanto vou ganhar, conflita com a ideia de serviço... Acreditar na missão, envolver-se... mas precisa de paciência

O “exército de professores” PV- Como assim, o professor é essencial? Sílvia- O professor fica na instituição... topa o desafio de qualificar o aluno, que chega com as deficiências que sabemos. Gustavo- Trabalhar com o material que há... Mario- Uma questão de gestão do conhecimento: os valores tácitos somados a tecnologia. Era a marca do professor Esteves: trabalhar com a cultura, a experiência e a tradição; os valores imateriais. Antonio Carlos- Certa vez, uma inspeção observou: “a Dom Bosco não tem casca mas tem conteúdo”; quer dizer, tem bons professores. O desafio, agora que temos “casca”, é manter o conteúdo. Gustavo- Vocação! O que importa é o professor... Virgínia- O professor tem que iluminar, como dizia o professor Esteves. Silvia- Tudo passa pela competência do professor. A AEDB quase não tem processos na justiça; em 50 anos, apenas dois professores acionaram a escola. O ambiente de trabalho é ótimo. Virgínia- Estruturar-se empresarialmente sem perder o espírito do educador - o idealismo do educador. Mario- Educação e saúde só vão adiante com filantropia. Nossa parceria com a Santa Casa (o projeto “Padrinhos da Santa Casa”) reflete isso... Marcos- O servir é sempre meio artesanal. Antonio Carlos- O professor Estves é que fechava as salas cada noite. Acendia os lampeões quando faltava luz... A tarefa é formar o cidadão, não só o profissional. É preciso evitar a “esquizofrenia” que diz: ou o cidadão ou o profissional. No fundo o que a gente leva da vida é a realização.

Dona Syllvia Simon Esteves

“Servir ao próximo me dá alegria, me deixa feliz. Sou grato a Deus por ter-me dado condições de ajudar meus semelhantes”. Antônio Esteves

Ângulo incomum do prédio recém construído da AEDB - Foto Ocimar Silva

“O professor quando entra na sala de aula é uma luz que se acende. Se esta luz não está acessa nele, não vai conseguir acendê-la nos alunos.

Desbravando fronteiras PV- E a região? Entre o município e os entes federados temos a região. Em nosso caso, uma região com identidade própria, com um tipo humano que não se reduz à reserva de mão de obra para as multinacionais. Mario- Estamos presentes em São Paulo e Minas Gerais. Arapeí, São José do Barreiro, Bocaina, Liberdade, onde fazemos convênios com as prefeituras. As empresas querem ganhar muito. O espírito público que víamos nos diretores das multinacionais, de fazer parcerias com a cidade, acabou desde a queda do muro. Eram verdadeiros benfeitores de escolas e hospitais. Marcos- Hoje não passam de gerentes sem presença pública. O desenvolvimento ficou anônimo e estatístico. Dona Sylvia- A empresa familiar era um desejo do professor Esteves. Dava o exemplo sem impôr. A chegada da Júlia [secretária geral] e da Alice [diretora do Colégio de Aplicação] à família... Julia- Aprendi tudo com o Coronel Esteves e o Coronel Cecil. Gustavo- O materialismo não é bom mesmo... fica-se na abstração do dinheiro e do poder. Mario- Uma nova ordem política só poderá ser feita por pessoas com conteúdo humano que limite o ganho e o enriquecimento.

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O mestre precisa ter entusiasmo para entusiasmar seus alunos. Não sendo assim, fica difícil realizar a transmissão de conhecimento e o aprendizado”. Antônio Esteves Dom Bosco - o padroeiro do projeto (Imagem na sala dos professores)

João Melchior Bosco (1815-1888) foi um sacerdote italiano reconhecido pelo dom de ensinar os jovens. Fundou a Sociedade São Francisco de Salles - os Salesianos -, que chegou ao Brasil em 1883 (Niterói). No Vale do Paraíba, sua primeira casa foi em Lorena, o Colégio São Joaquim (1890). Em Resende, o nome de Dom Bosco está no Colégio fundado em 1936 por Dona Zenaide Tostes e seu marido, Dr. João Villela. Na verdade, a devoção espalhou-se a partir dos anos 1930, imbuindo muitos educadores do ideal salesiano de cuidar dos pobres e dar-lhes acesso ao mundo do trabalho. Educadoras notáveis, como as Freires (Mariúcha, Antonina e Godiva), tiveram no santo italiano permanente inspiração. Em 1977, foi inaugurado o Instituto São José, mantido pelos salesianos em Resende. Construído em terreno doado por Agenor Lopes Siqueira, começou a ser erguido em 1964.


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Exposição Arte e Natureza

Pintura – Desenho – Escultura – Fotografia - Video A araucária, árvore símbolo da Serra da Mantiqueira, é a protagonista dessa exposição, que chega à sua nona edição, instigando artistas da região de Visconde de Mauá e também de outras localidades. A exposição, no Centro Cultural Visconde de Mauá, ficará aberta sábados, domingos e feriados, das 10 às 18h, de 28 de abril a 8 de junho de 2014, abrindo também durante a semana para as visitas guiadas escolares, previamente agendadas. (24/3387-2189)

Manejo - Para morar ou passar? As recentes mudanças no trânsito do Manejo não agradaram os moradores. Queixam-se de que não foram consultados sobre as alterações quanto ao sentido do trânsito nas ruas. “Não foi chamado quase ninguém. Foram cinco ou 10 pessoas, que eu fiquei sabendo”, observou o presidente da associação de moradores, Jorge Luiz Adão. As mudanças também foram criticadas por lojistas, que organizaram um abaixo-assinado com 150 assinaturas, alegando Jorge Luiz Adão. Imagem TV Rio Sul dificuldade de se chegar até as lojas. O novo projeto transformou a avenida General Afonseca em mão única. Em uma das pistas, foram marcadas duas faixas de rolamento, ambas sem vagas para estacionar. Já a única pista com vagas de estacionamento foi bloqueada para quem vem do bairro Cidade Alegria, dificultando o acesso às garagens de carro das casas. “Se você não parar, os outros não respeitam. Você tem que entrar no meio da faixa para dar a seta, aí você para os dois lados para entrar na casa”, explicou Adão. O responsável pela mudança, Ton Kneipp, explicou que o projeto está em aberto e alguns detalhes poderão ser revistos para atender melhor à população do bairro. - “O projeto prevê a instalação de um calcação de 2 km de extensão. Nesse calçadão, estarão inseridos os estacionamentos em espinha de peixe. A mudança precisa ser concluída, até para que a gente tenha noção de como vai ficar, porque eu acredito que as pessoas ainda não tiveram essa percepção”, disse o secretário. (Com G1)

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Mineração na Mantiqueira foi tema de debate importante Ocorreu no último 29/4, no município de Guaratinguetá, SP, a Primeira Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo da Área de Preservação Ambiental da Mantiqueira (CONAPAM). O tema da reunião foi “MINERAÇÃO NA REGIÃO DA APA DA SERRA DA MANTIQUEIRA”. Envolveram-se nas mesas redondas: Dra. Ana Lucia Gsicki (representando o Departamento Nacional de Produção Mineral); o Subsecretário da Mineração de SP: Sr. José Fernando Bruno (representando a Subsecretaria de Mineração/ Secretaria de Energia do Estado de São Paulo); e a Dra. Flavia Rigo Nobrega (procuradora de Guaratinguetá, representando o Ministério Público Federal) Apesar de convidados com antecedência, tanto a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do governo paulista), como a SUPRAM Sul (Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Sul de Minas) alegaram falta de disponibilidade para participar do evento. O Subsecretário da Mineração de SP, manifestou a apreensão do governo paulista com relação ao possível tombamento da Mantiqueira, explicando a dependência que, principalmente, o setor de construção civil do estado tem, de obtenção de matéria prima na Mantiqueira. Todos concordam que o maior problema existente na região é a ausência de maior fiscalização para impor o cumprimento das leis. À tarde, o chefe da Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira (APASM), Leonardo Brasil, debateu as questões da Autorização para licenciamento em Unidade de Conservação; e as Principais demandas minerárias existentes na APASM. A reunião foi encerrada com a apresentação “Recuperação de Área Degradada de Mineração”, pela bióloga Mônica Martinez. Ouro na Mantiqueira- Shai Oliveira Vaz foi medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP/ 2013). O CEAQ, onde ele estuda ( Colégio Estadual Antônio Quirino), situado em Visconde de Mauá, atualmente conta com aproximadamente 580 alunos. Segundo a diretora, Glória Cristina Vara, a Escola participa todos os anos da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escola Públicas (OBMEP), e a cada ano vem aumentando o seu número de alunos medalhistas e de menções honrosas. Ano passado foram várias menções honrosas e 5 medalhistas e dentre eles, pela primeira vez um medalhista de ouro, o aluno Shai, que hoje se encontra no oitavo ano. (Com Amigos de Mauá)

A Mantiqueira é um “país” no sentido forte e originário do termo: território com uma identidade peculiar, ainda que não autônomo jurídica e politicamente. No sentido de país, é latente o sentimento traduzido pelo termo “pago” que os gaúchos nutrem falando de sua querência. Já quis dizer “povoado” (pagus latino, equivalente ao cantón germânico). Da mesma família é “paganus”, que qualifica o interiorano civil, em oposição ao “urbanus” e ao militar, que do francês (paysan) deu o nosso paisano. “Paisagem” remete a país... Na crise de paisagens em que vivemos, preservar a Mantiqueira como um país é essencial. Disso depende tornar eficazes as salvaguardas ambientais e a proteção sócio-econômica que o lugar e seus habitantes merecem. Uma questão de princípios. E sobrevivência. (MCB)

Maiada, seu nariz parece a serra da Mantiqueira! ‘Cê ainda tira ouro dela?

Huummmmm... Só com a língua.


Marcos Cotrim

Procuram-se servidores

1) Constrói-se em Resende uma Casa de Detenção, com acesso pela estrada de Bulhões. Na controvérsia sobre sua localização, misturam-se questões religiosas, éticas e jurídicas, que remetem ao quadro mais amplo do projeto de civilização a que chamamos “modernidade”, uma utopia estruturada sobre o dogma da bondade natural do homem, a justificação da desigualdade por meio da teologia da prosperidade, e a fé positivista que entende a política como objeto da ciência e não da prudência. Com essa equação, desfez-se a cultura que valorizava a virtude e fundava a ética social na religião. De fato, a ética laica da modernidade imagina indivíduos capazes de serem conscientizados em escolas, para produzir e obedecer leis, retiradas do acervo de verdades científicas: uma prisão. Para conseguir essa revolução de comportamento, foi preciso transferir a autoridade das famílias e igrejas para os estados, mediante a ritualização do pertencimento nacional. Hoje, derrubados os mitos nacionais, não há como as pessoas se sentirem representadas, responsáveis, e as instâncias políticas se degradaram em balcões de negócios. Os municípios, principalmente, perdem a significação, quando os cidadãos confundem poder de compra com a conquista de direitos civis e políticos. A cena é óbvia, mas vem a propósito de algumas matérias do Ponte de maio, mês das mães. Resende sempre foi chamada de “péssima mãe e boa madrasta”, graças à facilidade com que acolhe aventureiros e despreza seus filhos. A maldição parece ter contaminado Itatiaia, Porto Real... Ora, projetos de desenvolvimento sem relações pessoais básicas ficam insuportavelmente pragmáticos, pois extinguem virtudes cívicas e excluem da cidade o “lixo” a ser preso.

2) Sem as virtudes do espírito público, em que se tornam os “servidores”? Quando associações de classe só sabem se mover no universo das greves e planos de cargos e salários, é que se perdeu o sentido de ser “servidor público”. A questão se impõe: o que é o “público”!? A perversa confusão entre o público e o estatal como que desonera a sociedade de seu papel de protagonista. Justiça é “Problema do governo”: de todos e de ninguém. Mas não basta não roubar, não se locupletar. Para um município, é indispensável a atitude positiva de construir e cuidar. Mas como cuidar do que não é “nosso”? Esforços no campo das políticas afirmativas, preservação patrimonial, tombamentos e criação de reservas e unidades de conservação ambiental acabam nas mãos de poucos idealistas. As cruciais classes dos professores e médicos transformam-se em corporações que não participam da concepção ou na gestão das políticas públicas. 3) Tal redução do profissional a “funcionário” é um sintoma preocupante de esgotamento do modelo da modernidade. O horizonte da proletarização prescinde de virtudes cívicas e nivela a todos: pela produtividade ou pela improdutividade, tanto faz. Não há serviço público sem as virtudes cívicas que definem o “servidor”. E este não precisa – e não deve! – ser apenas o funcionário. A sociedade, o município, não decorre das leis. É fruto de virtudes que as pessoas têm e cultivam, quando educam a próxima geração. Não são

Capela São Maurício, Vila Vicentina. Foto Ocimar da Silva

as metas do milênio que farão prosperar a cidade, nem serão as ameaças do IPCC que nos ajudarão a salvar o rio Paraíba e a mata atlântica. Se as pessoas não se respeitam e aceitam uma condição de meros funcionários, ou peões do jogo esquerda/direita, a cidade se fina num amontoado de ganhadores e perdedores. 4) O caso da trajetória de Antônio Esteves como fundador e diretor da Associação Educacional Dom Bosco é paradigmático. Graças a ele – e a poucos outros exemplos na cidade – pode-se hoje fazer circularem palavras que saíram de moda: abnegação, sacrifício, idealismo, desprendimento, serviço paciente, enfim, todo um universo moral que educa por si e se estruturou sobre o patrimônio religioso e familiar do professor Esteves.

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Origem da Vila Vicentina A criação da Vila Vicentina, há 66 anos, é um capítulo importante da vida do Prof. Antonio Esteves. Em 1948, como cadete da AMAN, ele foi o responsável, juntamente com seus colegas integrantes da Conferência Vicentina de São Maurício, pela construção das seis primeiras casas que deram origem à Vila, célula inicial do futuro bairro de mesmo nome. A história se encontra registrada no livro “Luz que não se apaga – a história de um educador”, de Virgínia Calaes: “O término das obras da Escola Militar de Resende, em 1944, deixou um problema social a ser resolvido, que foi a permanência, no município, de ex-operários vindo de fora para trabalhar na construção e, concluída o obra, se viram desempregados e sem condições de voltar para suas cidades de origem. Esses ex-operários e suas famílias ficaram morando provisoriamente na localidade de Três Morros (também denominada Pasto das Éguas), onde viviam em situação de muita precariedade. Pois, em 1948, a Conferência Vicentina de São Maurício, sob a direção dos cadetes Antonio Esteves, Sandoval Pinheiro, Jacy e Saint Clair Fontoura, resolve contribuir para solucionar o problema de moradia dos habitantes de Três Morros, com o apoio do então comandante da AMAN, General Pratti Aguiar, e do prefeito de Resende, Geraldo Rodrigues. Com esse propósito, a Conferência criou a Vila Vicentina, em terreno de propriedade de Antônio Batista Lopes, onde se construíram, inicialmente, seis casas que foram entregues aos moradores no dia 25 de dezembro de 1948, como presente de Natal”.

Moradia para idosos e desempregados - Criada e mantida pela Conferência Vicentina de São Maurício – que faz parte da Pastoral Jovem da Capelania da AMAN, integrada por cadetes e também por civis –, a Vila Vicentina é formada por 31 casas, das quais 20 abrigam pessoas idosas, desempregados e mães solteiras. Outras estão desocupadas, por estarem necessitando de ampla e dispendiosa reforma. Na Vila, 78 pessoas são atendidas, atualmente, pela Conferência, que oferece não apenas a moradia gratuitamente, mas também, em caso de muita necessidade, ajuda na compra de remédios, na alimentação, com doação de cesta básica, e até no pagamento das contas de água e luz. As casas são cedidas temporariamente para os desempregados, pelo período necessário até que consigam um emprego e reconstruam suas vidas. Já os idosos e as mães solteiras podem morar na Vila por tempo indeterminado, por serem pessoas com maior dificuldade de trabalhar. Os recursos para a manutenção da Vila Vicentina vêm da doação mensal feita pelos cadetes que contribuem, voluntariamente, com a Conferência. A esta receita soma-se a arrecadação obtida na barraca montada anualmente na Festa Junina do CIMAN, e o apoio à Conferência é feito por várias senhoras da comunidade, que coordenam um bazar da pechincha, que funciona no prédio do Santander, em Campos Elíseos, em sala cedida pelo banco. As Conferências Vicentinas foram fundadas por Frederico Ozanan (1813-1853), em 1833, com o fim de aliviar, pela caridade, o sofrimento dos pobres de Paris. Sua obra espalhou-se pelo mundo, e assiste atualmente mais de 30 milhões de pessoas.


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A mentira com responsabilidade - 16

Coincidência ou não, funcionários da Abadia de Westminster, na Inglaterra, onde está enterrado o corpo de Charles Darwin, perceberam ligeiros tremores em sua tumba bem na semana de lançamento da campanha “Somos todos macacos”, há cerca de um mês. Após o jogador Daniel Alves (do Barcelona) comer uma banana lançada a campo, em sua direção, por um torcedor do time adversário, o Villarreal, em uma atitude considerada racista, outros jogadores e celebridades mundiais resolveram iniciar a campanha bananística, em que foram confeccionadas camisetas, lançados livros, publicados encartes, gravados CDs, produzidos comerciais e muitas outras formas midiáticas de aproveitamento da situação para ganhos financeiros. Os tremores da tumba, os quais, a princípio assustaram as pessoas do local, logo foram associados ao fato de que Darwin, lá do além, teria ficado furioso com tamanha burrice científica se propagando pelo mundo, pois, na verdade, de acordo com a sua famosa Teoria da Evolução das Espécies, o ser humano descenderia de um ancestral comum ao macaco, e não diretamente deste, o que parece que até hoje muitos não entenderam. A campanha antirracista, que praticamente parou o planeta e provavelmente exterminou o racismo de nossa sociedade para todo o sempre, aumentou a venda de bananas em mais de 200%, e a Sociedade Médica Internacional já fala numa diminuição drástica dos casos de câimbras nos países mais afetados. Uma grande polêmica que a campanha está causando é nos meios religiosos, em que o Criacionismo e o Evolucionismo continuam sua eterna batalha para ver quem tem razão. Na semana passada, Menthir Temmedo, pastor-bispo-regente-mor do Templo Cósmico do Império Divino, afirmou, em seu programa

http://www.scoop.it/t/biotech-and-mol-bio

Tumba de Darwin treme após início da campanha “Somos todos macacos”

televisivo diário, que a tal campanha é “coisa do Demônio”, e que, para diminuir os impactos negativos do “coisa-ruim”, seria necessário um aumento drástico nas doações e dízimos para a instituição. Pilas Maldalaia, outro líder espiritual, disse que esse tal de Darwin era um grande ignorante das coisas sagradas, e que na época de Adão e Eva não existiam bananas, apenas maçãs. E ainda, diversos praticantes da seita “Os Que Estavam Lá e Viram Tudo” organizaram um congresso em regime de urgência para esclarecer aos membros mundiais que é definitivamente impossível norte-americanos loiros, de pele clara, cultos e superiores serem descendentes de macacos ou de qualquer outra coisa que venha da África. Enquanto isso, estudos científicos vêm comprovando que os ancestrais humanos e a própria espécie humana, o Homo sapiens sapiens (o que “sabe que sabe”, mas parece que não sabe de nada, ainda) realmente teria surgido no continente africano, e que todas as pessoas hoje em dia, sejam brancas, negras, amarelas, vermelhas, pardas, albinas, leitosas, achocolatadas, acafezadas e tantas e tantas outras cores pertencem a uma única raça, de uma mesma origem, de alguns milhões de anos atrás, e que, definitivamente, não têm origem em macacos. Entrevistado pelo enviado do Ponte a Londres, o pedreiro que estava tampando as rachaduras da tumba de Darwin disse que está fazendo tratamento psicológico para a superação do trauma sofrido pelo evento, e que fará de tudo para que sua filha mais velha passe no vestibular para a faculdade de Biologia.

Krishna Simpson

Campanha “Estamos todos sem opção” é lançada em nível nacional

Enquanto isso, no Brasil, muito além da discussão de bananas, macacos, Adão e Eva e belezas africanas, foi lançada essa semana a campanha “Estamos todos sem opção”, uma alusão ao fato de que o(a) candidato(a) A e o candidato B, e talvez o C e o resto do alfabeto, não cumpram seu papel de suprir as aspirações do povo de melhoria da sociedade brasileira. Nos estados, a situação não é menos preocupante. No Rio de Janeiro, por exemplo, a verdadeira opção deverá ser mesmo a “menos pior”, como vem ocorrendo nas últimas eleições. Em vista desta falta de opção, muitos brasileiros estão preferindo se mandar do país. Só o Uruguai este ano já recebeu o pedido de cinco milhões de naturalizações de brasileiros, um número maior que a própria população do país. Segundo fontes secretas, milhares de brasileiros também estariam esperando o fim da Copa para tentar fugir escondidos nos muitos aviões que retornarão para a Europa. No Maranhão, que sofre uma peste de sarna há muitas décadas, grande parte da população já combinou uma mudança em massa para a Jamaica, país com que muitos habitantes do estado simpatizam e visitam regularmente. E no Acre, já existe uma caravana organizada com centenas de Toyotas e Land Rovers para atravessar a estrada que liga o

estado ao Peru, procurando estabelecer uma grande comunidade espiritualista próxima a Cuzco. Enfim, renasce no estado do Rio Grande do Sul o desejo separatista de se fundar uma nova nação, e já há um plebiscito extraoficial marcado para ocorrer antes das eleições presidenciais para decidir pela fundação de um novo país, que, a princípio, receberia o nome de República Oriental Cisplatina do Extremo Chuí. Em vista desta debandada geral, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estuda enviar ao Congresso, em regime de urgência, um projeto de lei que diminua a idade mínima de direito ao voto para 10 anos, o que alcançaria muitos milhões de eleitores em idade escolar e ajudados pelas bolsas-cabrestos, e, assim, o governo atual poderia continuar com as grandes conquistas sociais que vem promovendo.

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O Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV) recebeu convidados para o lançamento do volume de Anais do XXVII Simpósio de História do Vale do Paraíba, no Museu Frei Galvão, Guaratinguetá.

Da esquerda para direita: Prof. Francisco Sodero, Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy e Prof. Alexandre Marcos Lourenço Barbosa.

O evento se deu no último 10 de maio, quando se homenageou o escritor Francisco de Assis Barbosa, natural de Guaratinguetá, membro da Academia Brasileira de Letras, em seu centenário de nascimento. O volume dos Anais é um marco da maturidade do IEV, que estuda a região desde 1973. Com suas 670 páginas, a obra apresenta parte significativa dos estudos e autores dedicados a História e Literatura regionais. Resende e Itatiaia foram representadas pelos professrores Julio Fidelis, Mário Dias e Marcos Cotrim, com trabalhos sobre, respectivamente, Narcisa Amália, Memória Social e João Maia.

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Maio de 2014 - O Ponte Velha -

Primeira turma da Escola Militar de Rezende celebrou 70 anos

No dia 23 de Abril, a Academia Militar das Agulhas Negras comemorou, com pompa e circunstância, o 70º aniversario de sua instalação em Resende, ocorrida em 20 de março de 1944 e, o seu 203º aniversário de instalação na Casa do Trem, local do atual Museu Nacional, depois de criada em 1810 como Academia Real Militar pelo Príncipe Regente Dom João VI , hoje referenciado, como ato de justiça na voz da História, em busto na entrada do Conjunto Principal. O primeiro comandante da “Escola Militar de Rezende”, Marechal Mário Travassos era o capitão secretário do então Coronel José Pessoa, o idealizador da AMAN, e que com ele participou da escolha do local da AMAN, concorrendo para a sua escolha com critérios de Geopolítica da qual se tornou grande autoridade nacional, segundo o consagrado geopolítico brasileiro, ex-comandante da AMAN, o falecido Gen Div Carlos de Meira Mattos. As comemorações do dia 23 de abril de 2014, contaram com a presença de 10 ex-cadetes fundadores de 1944, dos

Claudio Moreira Bento

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Esta invocação é uma Prece Mundial Expressa verdades essenciais. Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.

Alguns dos cadetes de 1944. Foto do Cel. Claudio Moreira Bento (ARDHIS).

quais 7 foram formados integralmente pela então Escola Militar de Resende e integraram a sua primeira turma, cujo nome foi consagrado como turma “Escola Militar de Resende”. As comemorações consistiram e se desenvolveram em quatro etapas: 1Formatura de toda a AMAN na Avenida Getúlio Vargas, entre o túnel e o seu Portão Monumental ,em cuja esquerda junto a ele foi montado um Palanque, onde o comandante da AMAN Gen Bda Tomas Miguel Miné Ribeiro Paiva, recebeu a apresentação da Academia em Forma e a ela assim se dirigiu: “- Academia Militar das Agulhas Negras: Bom Dia!” Recebendo entusiasmada e vibrante resposta em uníssono: “Bom dia Comandante !” O General agradeceu a Resende em presença do seu Prefeito José Rechuam Junior, entre as autoridades convidadas, a acolhida fraterna da AMAN há 70 anos. Cidade e município insta-lados em 1801 pelo 13º Vice Rei do Brasil, Conde de Resende, o criador, em dez /1792, da antecessora da Academia Real Militar,

a Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho, destinada a formar oficias para o Brasil Colônia, de Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenheiros militares e civis, consagrando esta Real Academia como a pioneira nas Américas do ensino militar acadêmico e do ensino superior civil no Brasil de Engenharia. O General Tomas encerrou sua oração com o brado BRASIL! Tendo toda a AMAN formada respondido em uníssono: ACIMA DE TUDO! Os cadetes de 1944 são: Anápio Gomes Filho (Artilharia), Alvaro Brandão Soares Dutra (Saiu Aspirante a Oficial da FAB), Arlindo de Araújo Pereira ( Infantaria), Arioswaldo Tavares Gomes da Silva (Infantaria), Cler Celso de Araújo ( Engenharia), Geraldo José Esteves (Infantaria), José Aloysio Marques de Oliveira, Murilo de Andrade Carqueja ( Infantaria), Pedro Luiz de Araújo Braga ( Infantaria), Lleo de Souza Nogueira da Gama. Da solenidade, fez parte a inauguração de placa comemorativa com os dizeres: “Orgulhosos ao completarmos 70 anos de ingresso neste templo sagrado, concitamos às gerações que nos sucedem, a ratificação do penhor de gratidão à inigualável Academia de formação de oficiais do Exército Brasileiro.”

A Grande Invocação Desde o ponto de Luz na Mente de Deus, que aflua Luz às mentes dos homens. Que a Luz desça à Terra. Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens. Que aquele que vem volte à Terra. Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie as pequenas vontades dos homens. O propósito que os Mestres conhecem e a que servem. Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal. Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra. Unidade de Serviço para Educação Integral Av. Nova Resende, 320 – sala 204 CEP: 27542-130 – Resende RJ – Brasil Tels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065

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Fala, Zé Leon

Em 1870, um grupo de comerciantes da Corte decidiu reverenciar D. Pedro II, numa comemoração pelo fim da Guerra do Paraguai. Trataram, então, de correr uma lista e arrecadar um bom montante de contos de réis para a construção de uma estátua do Imperador montado a cavalo. Ao saber da intenção do presente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, D. Pedro II recusou o monumento e sugeriu que o dinheiro fosse usado na construção de algo que o dinheiro fosse usado na construção de algo que ele considerava mais valioso: edifícios para abrigar o ensino público. Nasciam assim, as escolas do Imperador. A Escola Municipal Gonçalves Dias, inaugurada em 1872 com o nome de Escola de São Cristóvão, foi uma das primeiras, e ainda hoje está em funcionamento. Se fosse em Resende, quer dizer, se fosse em Itapipoca, o prefeito mandaria construir uma passarela “monumental”, que ligasse nada a coisa nenhuma. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, está fazendo a TransCarioca e já fez a TransOeste. Nosso prefeito de Itapipoca, com inveja, chamou o arquiteto “menino maluquinho” e encomendou agora a TransResendense. Uma série de passarelas estaiadas ligando o primeiro distrito ao PátioMix, afinal, todos tem direito a um rolezinho. Nada mais urbano e humano que isso. Uma sairia do Surubi, passaria por cima do CCRR até chegar na primeira passarela já inaugurada, mais conhecida como toboágua, por causa das rampas em curva e dos

Verdades e fantasmas Otanes Solon

Zé Leon

escorregões dos passantes em dias de chuva. A segunda sairia do Manejo, passaria por cima da cerâmica, para não ser acusado de privilegiar um shopping, teria um desvio até o Resende Shopping, e seguiria até o toboágua. Nossa, como ficaria moderna nossa Itapipoca com tantas passarelas estaiadas. Te cuida, Eduardo Paes. Adoção Federal Foi com esse título que o senador Cristóvão Buarque escreveu um brilhante artigo sobre educação no Globo de domingo, dia 3 de maio. Ele argumenta que, quando um banco entra em crise, o Banco Central intervém; quando a segurança de uma cidade entra em crise, o governo federal aciona a Guarda Nacional; quando a saúde fica catastrófica, importam-se médicos; quando estradas são destruídas o governo federal auxilia o estado, mas quando um município não tem condições de oferecer uma boa escola a suas crianças, o governo federal fecha os olhos, porque isso não é de responsabilidade da União. Limita-se a distribuir as verbas via Fundeb, hoje no valor de R$ 205,00 por criança, ou R$ 2 a cada dia letivo. Ele defende que o valor ideal, com todas as crianças em tempo integral nas escolas e professores ganhando bem, seria de R$ 9.500,00 por aluno por ano. Ou então, se a União não tem essa grana toda, que socorra as escolas mais carentes, mais destruídas, como pontes, e bancos financeiros.

Joel Pereira

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Cantinho de Porto Real Uma coisa interessante que observei em Porto Real. É uma cidade de pouquíssimas latas de lixo e, mesmo assim, você não vê lixo nas ruas, quer dizer, além do serviço de varreção da prefeitura ser eficiente, o povo não joga lixo na rua, Um ou outro pacotinho de snacks e olhe lá. Errei sim No Ponte do mês passado eu só errei em 450 anos uma data. Constantinopla apenas caiu nas mãos dos turcos otomanos 50 anos antes do descobrimento do Brasil e não 500 anos.

Nesta segunda feira, dia 5 de maio, soube que houve na Câmara Municipal um evento para tentar instalar uma Comissão da Verdade em Resende. Eu confesso que tenho uma certa implicância em relação a este nome “Comissão daVerdade”, acho um tanto pretensioso. Verdade mesmo é que nenhum vereador, embora todos tenham sido convidados, compareceu. O fato por si só, já dá credibilidade ao evento. É importante que conheçamos nossa história através da busca dos registros disponíveis, afinal é inconcebível que pessoas que pensam e expressam suas ideias sejam presas ou barbaramente torturadas pelo estado. Nossa história deve ser completa. Não sei se ainda existe algum crime cometido pela esquerda, neste período, que não seja de conhecimento público. Temos inclusive uma presidente guerrilheira. Penso que seja até motivo de orgulho, afinal um passado de luta por ideais, mesmo que equivocados, não é vergonha para ninguém. Compreendo também este afã dos membros das comissões em concentrar as apurações nos casos relacionados ao aparato de tortura oficial, um período recente e obscuro de nossa história. Para que este trabalho chegue ao final, penso que ao encerrar as diligências deveriam disponibilizar todo o material para consulta popular, inclusive compilando todas as informações, tanto dos crimes cometidos pelo governo quanto os atos de terrorismo pelos mais radicais. Isso seria um ganho para sociedade. História é história, fantasmas do passado não podem nos assombrar. Temos inclusive fantasmas do presente com que se preocupar. Por exemplo: Você conhece a Hurla? Pois é a Hurla é uma daquelas nomeações curiosas. Ela está lotada na secretaria de obras. Ninguém ali sabe o que ela faz. Ela tem uma mesinha pequena e vazia, com três gavetas, em um cantinho, perto do setor de desenho. Ficava ali sentada, sem ter o que fazer. Nem computador tinha na mesinha. Ela comparecia meio expediente e é CC1 com adicional de dedicação exclusiva. Eu disse que comparecia, pois hoje não comparece mais, nem para receber o salário que é depositado em conta, afinal ninguém é de ferro. Essa assombração pelo que se sabe tem um currículo invejável: É esposa de um alto funcionário da Concessionária Nova Dutra. Sem dúvida, os fantasmas do presente são mais assustadores do que os fantasmas do passado. Agora, se este governo quisesse resolver o problema dos fantasmas deveria se livrar dos esqueletos que tem no armário. É uma infestação no estilo poltergeist...


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