Fauna do pantanal folivora

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Corumbรก - MS

Fonte de Pesquisa:


Corumbá - MS Folivora Folivora é uma subordem de mamíferos, da ordem Pilosa, cujas espécies são conhecidas popularmente por preguiça, bichopreguiça, aí, aígue e cabeluda. Todos os dedos têm garras longas pelas quais a preguiça se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos longos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina. Na Mata Atlântica, o animal se alimenta dos frutos da Cecropia (a embaúba, conhecida, por isto, como árvore-da-preguiça). De hábitos solitários, a preguiça tem, como defesa, sua camuflagem e suas garras. Para se alimentar, a preguiça utiliza-se de "dentes" que se apresentam em forma de uma pequena serra. Herbívoro, tem hábitos alimentares restritos, o que torna difícil sua manutenção em cativeiro. Dorme cerca de catorze horas por dia, também pendurada nas árvores. Na reprodução, dá apenas uma cria. Apenas a fêmea cuida do filhote. Reproduz-se, como tudo que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. O seu principal predador é a onça-pintada.

Etimologia "Preguiça" e "bicho-preguiça" são termos que remetem ao comportamento extremamente lento do animal. "Aí" e "aígue" são oriundos do vocábulo tupi a'í, de origem onomatopaica.

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Corumbá - MS Folivora

Bradypus variegatus, Lago Gatún, Panamá Classificação científica

Reino:

Animalia

Filo:

Chordata

Classe:

Mammalia

Superordem:

Xenarthra

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Corumbá - MS Ordem:

Pilosa

Subordem:

Folivora Delsuc, Catzeflis, Stanhope, and Douzery, 2001

Famílias Bradypodidae Megalonychidae †Megatheriidae †Mylodontidae †Nothrotheriidae

Classificação Subordem Folivora (preguiças)  Família Bradypodidae (preguiças-de-três-dedos)  Bradypus  Bradypus tridactylus  Bradypus variegatus  Bradypus torquatus  Bradypus pygmaeus Família Megalonychidae (preguiças-de-dois-dedos e preguiças terrestres extintas)  Choloepus (preguiças-de-dois-dedos)  Choloepus hoffmanni  Choloepus didactylus  Acratocnus  Habanocnus  Imagocnus  Megalocnus  Megalonyx  Neocnus Família Megatheriidae (preguiças terrestres extintas)  Eremotherium  Hapalops

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Corumbá - MS  Megatherium  Prepotherium  Promegatherium Família Mylodontidae (preguiças terrestres extintas)  Glossotherium  Lestodon  Mylodon  Paramylodon  Scelidotherium  Chubutherium Família Nothrotheriidae (preguiças terrestres extintas)  Mionothropus  Nothropus  Nothrotheriops  Nothrotherium  Pronothrotherium  Thalassocnus

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Corumbá - MS Distribuição geográfica As preguiças vivem apenas nas matas do continente americano e estão divididas em seis espécies diferentes, que podem ter dois ou três-dedos nas patas anteriores. Apesar de ocuparem o mesmo nicho ecológico, dificilmente se verifica a presença dos dois gêneros em uma mesma área. No Brasil, existem as seguintes espécies de três-dedos: Preguiça-comum (B. variegatus) que também é encontrada de Honduras ao norte da Argentina e todas as florestas do Brasil. Preguiça-de-bentinho (B.tridactylus) que também vive na Venezuela, Bolívia, Rio Orinoco, Guianas Preguiça-de-coleira (B. torquatus) que vive somente nos nos trecho da Mata Atlântica que vão do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, sendo esta a espécie mais ameaçada de extinção. Em 2001, foi descoberta uma nova espécie no Panamá: a preguiça-anã (B. pygmaeus). A preguiça-de-dois-dedos (Choloepus didactylus) é encontrada Distribuição do gênero Bradypus: da América Central até São Paulo, no Brasil. Verde=B. variegatus, Azul=B. tridactylus, A preguiça-real (Choloepus hoffmanni) vive nas florestas Vermelho=B. torquatus tropicais, desde a Nicarágua até o Brasil Central.

Aparência

Megalonyx wheatleyi skeleton

São animais de porte médio (cerca de 3,5 a seis quilogramas quando adultas), de coloração geral cinza, tracejada de branco ou marrom-ferrugem, podendo ter manchas claras ou negras. A pelagem pode parecer esverdeada graças às algas que se desenvolvem na sua pelagem e que servem de alimento para as lagartas de determinadas espécies de mariposa, que vivem associadas aos bichos-preguiça. O pelo cresce em sentido diferente dos demais mamíferos, isto é, cresce do ventre em direção ao dorso. Essa adaptação se dá ao fato da preguiça passar quase o tempo todo de cabeça para baixo, o que ajuda a água da chuva a correr sobre o corpo do animal. Possuem membros compridos, corpo curto, cauda curta e grossa, adaptados para o seu modo de vida (sempre pendurados em galhos da copa de árvores altas).

Possuem de oito a nove vértebras cervicais, o que lhes possibilita girar a cabeça 270 graus sem mover o corpo. Seus movimentos são sempre muito lentos e costumam dormir cerca de catorze horas por dia, por isso receberam o nome.

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Corumbá - MS A sua temperatura corporal é sempre muito próxima à do ambiente, sendo por isso considerados animais homeotérmicos imperfeitos.

Scelidotherium leptocephalum fossil. Muséum national d'histoire naturelle, Paris

Fóssil de Megatherium, Natural History Museum, London

Dieta As preguiças alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores, dentre as quais se conhecem a embaúba, a ingazeira, a figueira e a tararanga. O estômago dos bichospreguiça é um tanto semelhante ao dos animais ruminantes, pois é dividido em quatro compartimentos e contém uma rica flora bacteriana, que permite a digestão inclusive de folhas com alto teor de compostos naturais tóxicos. Os dentes das preguiças não têm esmalte, por isso só se alimentam de brotos e folhas. Estão sempre crescendo devido ao contínuo desgaste. Por não ter incisivos, a preguiça parte as folhas usando seus lábios duros. Podem também se nutrir lambendo as algas que crescem em seus pêlos. As preguiças nunca bebem água pois a quantidade que elas necessitam para viver é absorvida do próprio alimento, através das paredes intestinais, durante o processo de digestão. Choloepus sp.

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Corumbá - MS Reprodução A gestação da preguiça dura quase onze meses. O recém-nascido mede de vinte a 25 centímetros e pesa de cerca de 260 a 320 gramas. As fêmeas dos bichos-preguiça carregam o filhote nas costas e ventre durante aproximadamente os nove primeiros meses de vida. Durante esse período, a mãe protege o filhote, enquanto ele se prepara para sobreviver sozinho no ambiente da mata. A expectativa de vida para uma preguiça varia de trinta a quarenta anos.

Hábitos Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais, como a Harpia, as onças e algumas serpentes. Várias espécies de besouro e ácaro se alimentam das fezes das preguiças e usam esses animais principalmente como transporte (forésia). Urinam e defecam apenas a cada sete ou oito dias, sempre no chão, próximo à base da árvore em que costuma se alimentar. Com isso, há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos à árvore através dos seus dejetos. Apesar de lentas em terra, as preguiças são excelentes nadadoras.

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Corumbá - MS Status de Conservação Atualmente, o principal predador desses animais é mesmo o homem, que as comercializa em feiras livres e nas margens de rodovias. A ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomoverem desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de sobrevivência, ficando totalmente expostas à caça e à captura. A preguiça-de-três-dedos é muito procurada como animal de estimação. Contudo, seu metabolismo lento e adaptado as condições de vida na floresta mostra-se extremamente vulnerável a doenças, causando uma alta mortalidade entre animais em cativeiro. Graças ao seu temperamento agressivo e a seus caninos afiados, a preguiça-de-dois-dedos não é valorizada como bicho de estimação. Devido a seu habitat limitado à copa das árvores, e a seus hábitos alimentares especializados, a preguiça é muito afetada pela diminuição das florestas tropicais. Estima-se que venha a ser espécie ameaçada em futuro próximo. No Brasil, ocorrem todas as espécies de preguiças de três dedos, estando o B. torquatus restrito à Mata Atlântica.

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FIM!!!

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