Corumbรก - MS
Fonte de Pesquisa:
Corumbá - MS Puma concolor A onça-parda (nome científico: Puma concolor), também conhecida por suçuarana, puma, onçavermelha, jaguaruna, leão-baio e leão-da-montanha, é um mamífero carnívoro da família Felidae e gênero Puma. Foi originalmente classificada no gênero Felis, mas estudos genéticos demonstram que a espécie evoluiu em uma linhagem próxima à chita (Acinonyx jubatus) e ao gatomourisco (Puma yagouaroundi). É o mamífero terrestre com a maior distribuição geográfica no ocidente, ocorrendo desde a Columbia Britânica, no Canadá, até o extremo sul do Chile, ocorrendo desde florestas densas, até áreas desérticas, com clima tropical ou subártico, só não ocorrendo na tundra. É o maior membro da subfamília Felinae, medindo até 155 cm de comprimento sem cauda e pesando até 72 kg, com porte semelhante ao do leopardo (Panthera pardus). Possui coloração variando do cinzento ao marrom-avermelhado, com a ponta da cauda de cor preta, áreas laterais do focinho e ventre de cor brancas. Os filhotes nascem com manchas escuras na pelagem, que podem persistir até 14 semanas de idade. Possui as mais longas patas traseiras dentre os felinos. Vivem em média, entre 7,5 e 9 anos de idade. É um animal solitário e mais ativo à noite. Se alimenta predominantemente de cervídeos, mas pode variar a dieta, sendo considerada um predador oportunista. A presença com outros carnívoros influencia diretamente a escolha das presas e ambientes de caça. As áreas de vida variam de 50 a 1000 km², com machos sendo territoriais e possuindo grandes áreas se sobrepondo ao de várias fêmeas. As fêmeas possuem vários estros no ano, possuem uma gestação que dura entre 90 e 96 dias e geralmente nascem entre 3 e 4 filhotes, a cada 2 anos, aproximadamente. Devido ao excesso de caça após a colonização europeia da América e da ocupação humana contínua dentro do seu habitat, as populações diminuíram na maior parte de sua área histórica de distribuição. Em particular, a suçuarana foi extinta no leste da América do Norte, com exceção de uma subpopulação isolada no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Há muitos avistamentos que afirmam que o animal foi recolonizando partes do seu antigo território oriental, como Ontário no Canadá, Maine, Península Superior, Norte do Michigan, Missouri e Illinois, nos Estados Unidos. Um leão fotografado por guardas-florestais de Indiana, nos Estados Unidos, em maio de 2010, pode ter escapado do cativeiro alguns anos antes.
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Corumbá - MS Onça-parda
Ocorrência: Pleistoceno Médio a Recente
Estado de conservação
Pouco preocupante (IUCN 3.1) Classificação científica
Reino:
Animalia
Filo:
Chordata
Classe:
Mammalia
Ordem:
Carnivora
Família:
Felidae
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Corumbá - MS Subfamília:
Felinae
Género:
Puma
Espécie:
P. concolor
Nome binomial Puma concolor Linnaeus, 1771 Distribuição geográfica
Distribuição geográfica da onça-parda. Presente Extinta ou severamente ameaçada
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Corumbá - MS Subespécies Sinónimos cougar Kerr, 1792 puma Molina, 1782 oregonensis Rafinesque, 1832 californica May, 1896 coryi Bangs, 1899 hippolestes Merriam, 1897 bangsi Merriam, 1901 aztecus Merriam, 1903 arundivaza Hollister, 1911 imporcera Philips, 1912
Etimologia Com a sua vasta área de distribuição, a suçuarana tem vários nomes e referências na mitologia dos indígenas americanos e na cultura contemporânea. Suçuarana é um termo com origem no tupi syuasuarána, através da junção de susua ("veado") e rana("semelhante"), numa referência à semelhança da cor de seu pelo com a dos veados. Em Portugal, é mais conhecida como puma, termo oriundo do quíchua. Cougar, termo usado nas línguas inglesa e francesa, pode ser um empréstimo do português arcaico çuçuarana. Onça veio do termo grego lygx, através do latim luncea e do italiano lonza.
Taxonomia e evolução A onça-parda foi descrita por Carolus Linnaeus, em 1771, como Felis concolor. Foi reconhecido como pertencente ao táxon Puma por William Jardine em 1834, sendo considerado um subgênero de Felis. Somente em 1973, Puma foi proposto como um gênero separado. Estudos moleculares corroboram a hipótese de que a onça-parda pertence tal classificação, demonstrando que ela evoluiu em uma linhagem diferente daquela do gênero Felis e isso é seguido pelas mais recentes classificações. Está classificada na subfamília Felinae, apesar de possuir porte semelhante às espécies da subfamília Pantherinae.
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Corumbá - MS A onça-parda é uma das 12 espécies de Felidae do Novo Mundo, que evoluíram em quatro linhagens distintas: a linhagem do gênero Leopardus (restrita à América Centrale do Sul), a do gênero Lynx (restrita à América do Norte), a do gênero Panthera (com apenas uma espécie atualmente, a onça-pintada) e a do gênero Puma (ao qual faz parte a onça-parda e o gato-mourisco). A chita ou guepardo (Acinonyx jubatuss) é o felídeo mais próximo do gênero Puma e provavelmente divergiu entre 5 e 8 milhões de anos atrás e se dispersou para África e Ásia. Outros autores sugerem que a chita evoluiu no Velho Mundo, migrando para as Américas e evoluindo nas linhagens de Miracinonyx e da onça-parda. No registro fóssil, o gênero Miracinonyx é muito semelhante à chita, que viveu entre 600 mil e 3,2 milhões de anos atrás, e sugerido como um importante elo entre o gênero Acinonyx e o gêneroPuma. A onça-parda divergiu do gato-mourisco ou jaguarundi (Puma yagouaroundi) entre 4 e 5 milhões de anos atrás. Barnett et al (2005) considera a extinta M. trumani como mais próximo da onça-parda e essas espécies divergiram cerca 3,2 milhões de anos atrás. Fósseis de onça-parda foram encontrados no México e Estados Unidos datando de até 20 mil anos, e na América do Sul, com até 30 mil anos, entretanto, a espécie provavelmente surgiu na América do Norte, dado que o gênero fóssil mais próximo da onça-parda,Miracinonyx, é encontrado apenas na América do Norte. Provavelmente, a onça-parda (ou seu ancestral) chegou na América do Sul entre 2 e 4 milhões de anos atrás, através do Grande Intercâmbio Americano. Apesar disso, as populações atuais de onça-parda na América do Norte descendem de poucos indivíduos fundadores descendentes de populações da América do Sul e Central, estabelecidas há 300 000 anos. Provavelmente, a onça-parda foi extinta da América do Norte em um evento que eliminou quase 80% dos grandes vertebrados no fim do Pleistoceno e recolonizou essa região cerca de 10 000 anos atrás.
Variação geográfica e subespécies Por conta de sua ampla distribuição geográfica, foram descritas muitas subespécies da onça-parda. Estudos de morfologia definiram cerca de 30 subespécies, mas estudos genéticos não corroboram tal ampla variação. Culver et al (2000), por meio de análise do DNA mitocondrial e de haplótipos de microssatélites, concluíram que geneticamente existem apenas seis subespécies. As 30 subespécies, distribuídas filogeograficamente, são: Grupo América do Norte (Culver et al considera apenas P. c. cougar Kerr, 1792): P. c. azteca Merriam, 1901 - Arizona, Novo México; noroeste do México. P. c. browni Merriam, 1903 - norte da Baja California; P. c. californica May, 1896 - Califórnia; P. c. coryi Bangs, 1899 - Flórida; P. c. cougar Kerr, 1792 - nordeste dos Estados Unidos; P. c. improcera Philips, 1912 - sul da Baja California;
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Corumbá - MS P. c. kaibabensis Nelson & Goldman, 1931 - Nevada e Utah; P. c. mayensis Nelson & Goldman, 1929 - sul do México até El Salvador; P. c. missoulensis Goldman, 1943 - noroeste do Canadá até noroeste dos Estados Unidos (Idaho e Montana); P. c. oregonensis Rafinesque, 1832 - Oregon e Washington; P. c. schorgeri Jackson, 1955 - centro-oeste dos Estados Unidos; P. c. stanleyana Goldman, 1936 - Texas e área adjacente no México; P. c. vancouverensis Nelson & Goldman, 1932 - sudoeste do Canadá. Grupo América Central: P. c. costaricensis Merriam, 1901 - da Nicarágua ao Panamá. Reconhecida por Culver et al (2000). Grupo Norte da América do Sul (Culver et al considera apenas P. c. concolor Linnaes, 1771): P. c. bangsi Merriam, 1901 - Andes colombianos; P. c. concolor Linnaeus, 1771 - do leste da Venezuela, através das Guianas até o sul da Amazônia, no Brasil; P. c. incarum Nelson & Goldman, 1929 - Andes peruanos; P. c. osgoodi Nelson & Goldman, 1929 - centro da Bolívia; P. c. soderstromi Lönnberg, 1913 - Andes equatorianos. Grupo Centro da América do Sul (Culver et al considera apenas P. c. cabrerae Pocock, 1940): P. c. cabrerae Pocock, 1940 - noroeste da Argentina; P. c. hudsoni Cabrera, 1957 - noroeste da Argentina. Grupo Leste da América do Sul (Culver et al considera apenas P. c. capricornensis Goldman, 1946): P. c. acrocodia Goldman, 1943 - Mato Grosso, sudeste da Bolívia e o Chaco, no Paraguai e Argentina; P. c. anthony Nelson & Goldman, 1931 - do sul da Venezuela ao norte do Brasil; P. c. borbensis Nelson & Goldman, 1933 - Amazônia, no Brasil, Colômbia, Equador, e Peru; P. c. capricornensis Goldman, 1946 - sudeste do Brasil e nordeste da Argentina; P. c. greeni Nelson & Goldman, - leste do Brasil. Grupo Sul da América do Sul (Culver et al considera apenas P. c. puma Molina, 1782): P. c. araucanus Osgood, 1943 - sul do Chile e da Argentina; P. c. patagonica Merriam, 1901 - sul da Argentina; P. c. pearsoni Thomas, 1901 - Patagônia; P. c. puma Molina, 1782 - centro do Chile e áreas adjacentes na Argentina. Wozencraft, na terceira edição do Mammal Species of the World considera os táxons como proposto por Culver et al (2000), apesar de considerar P. c. capricornensis como sinônimo de P. c. anthony. Dado os estudos genéticos que definiram apenas 6 subespécies da onça-parda, a distribuição geográfica de cada uma delas é diferente das 30 subespécies previamente consideradas: P. c. cougar ocorre ao norte
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Corumbá - MS da Nicarágua; P. c. costaricensis ocorre entre a Nicarágua e o Panamá; P. c. cabrerae ocorre nos Pampas argentinos; P. c. capricornensis ocorre no Brasil, a leste dos rios Paraná e Paraguai; P. c. concolor ocorre na Amazônia e oeste dos rios Paraná e Paraguai; e P. c. puma ocorre na Patagônia e extremo sul da Argentina e Chile.
Distribuição geográfica e habitat A onça-parda possui a maior distribuição geográfica entre os mamíferos terrestres do Ocidente. Historicamente, a espécie era encontrada desde a Columbia Britânica até o extremo sul do Chile, ocorrendo por quase todo o continente ao longo dessa distribuição, com exceção do Caribe e de algumas regiões desérticas do Chile. Recentemente, foi confirmada sua presença no território do Yukon, no Canadá. Apesar da presença da espécie na região ter sido suspeita desde 1944, somente em 2000 um espécime foi avistado e capturado no sudoeste de Yukon, e não é sabido se trata de uma população com baixíssima densidade ou de indivíduos de passagem. A onça-parda ocorre tanto em regiões tropicais como de clima mais frio.
A espécie foi extinta do leste dos Estados Unidos no fim dos anos de 1890, com exceção de uma pequena população isolada na Flórida, na região das Everglades. Não existem registros recentes da espécie na Nicarágua, El Salvador e Honduras, na América Central; e em várias regiões da Venezuela, Peru, Argentina e no Uruguai, na América do Sul. No Brasil, provavelmente está extinta da faixa litorânea que se estende desde o Maranhão até Sergipe, assim como em parte do leste da Bahia. Dado sua ampla distribuição, a onça-parda possui grande adaptabilidade e ocorre em inúmeros habitats, desde áreas desérticas até densas florestas, áreas de clima tropical e subártico, do nível do mar, até 5 800 m de altitude, só não ocorrendo na tundra. Entretanto, esse felino ocupa áreas com grande quantidade de locais em que seja possível criar emboscadas e com abundância de pelo menos uma espécie de animal de médio porte. Não raro, a onça-parda pode ser encontrada em ambientes absolutamente sem vegetação, como desertos. Aparentemente, em algumas regiões dos Estados Unidos, a espécie está ocorrendo em habitats onde antes não ocorria, dado a introdução de espécies de cervídeos. Ela pode evitar áreas em que ocorre a onça-
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Relações filogenéticas da onçaparda.
Leopardus
Lynx
Acinonyx jubatus - chita Puma concolor onça-parda
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Corumbá - MS pintada (Panthera onca), ocupando, muitas vezes, áreas mais secas e abertas quando comparadas com o habitat da onça-pintada. É tolerante a alterações do ambiente provocadas pelo homem e se não caçada, pode existir em áreas altamente fragmentadas. Áreas com habitat conectados com baixa cobertura vegetal e reflorestamentos com níveis intermediários de distúrbios também são viáveis para a espécies. Tal adaptabilidade permite que seja encontrada em pastagens, plantações de cana-deaçúcar e de Eucalyptus.
Puma yagouaroundi gato-mourisco Felis Otocolobus manul Prionailurus
Filogenia inferida a partir de estudos citogenéticos e moleculares.
Descrição É um felídeo de grande porte, sendo o maior membro da subfamília Felinae, medindo entre 86 e 155 cm de comprimento sem a cauda. Mede entre 60 e 70 cm na altura da cernelha. Os machos pesam entre 53 e 72 kg e as fêmeas são menores, pesando entre 34 e 48 kg. Já houve o registro de um macho excepcionalmente pesado, com 120 kg. As populações que ocorrem nos extremos latitudinais tendem a ser maiores que aquelas que ocorrem nas regiões equatoriais: no Peru, foi registrada uma média entre 28 a 30 kg para machos, ao passo que indivíduos no Chile ou Canadá, pesam entre 65 e 85 kg. Provavelmente, isso tem relação causal com o tamanho das presas ingeridas nessas diferentes latitudes e com a presença da onça-pintada (Panthera onca), de maior porte. Seu porte é semelhante ao A onça-parda é o maior membro da subfamília do leopardo (Panthera pardus). Felinae. A onça-parda tende a ter um porte esguio e as pernas traseiras são relativamente longas, sendo as mais longas em comparação aos outros felídeos. Provavelmente, tal
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Corumbá - MS conformação é uma adaptação a grandes saltos. A onçaparda é capaz de pular até 5,5 m de altura. A cauda é longa, cilíndrica, com um formato de "J", tendo cerca de um terço do comprimento do corpo, medindo entre 60 e 97 cm de comprimento. Possuem garras retráteis, que não ficam totalmente embainhadas quando em repouso, o que é mais semelhante aos pequenos felinos do que aos grandes felinos da subfamília Pantherinae. A pegada é parecida com do cachorro-doméstico, mas geralmente não apresentam as marcas das garras. Além disso, possui um formato mais arrendondado e presença de três "lobos" na região do calcanhar. As marcas dos dedos também são mais espaçadas, assimétricas e comparativamente menores com relação à almofada plantar quando comparadas com Mamãe onça parda, carregando seu filhote com a as pegadas de cães. A pegada da onça-parda também é boca semelhante à da onça-pintada (Panthera onca), mas as marcas dos dedos são mais finas e pontudas, e o comprimento é maior que a largura. A pelagem varia do acinzentado claro até o marromavermelhado no dorso, com as regiões ventrais de cor mais clara, quase branco. A lateral do focinho, atrás das orelhas e a ponta da cauda é de cor preta ou marromescuro. A região medial do focinho e o queixo são brancos. O melanismo foi pouco registrado na espécie, e raros casos foram reportados somente em animais na América do Sul. O albinismo é considerado mais raro ainda. Os filhotes possuem rosetas irregulares ao longo do corpo, que possui coloração mais fosca. Esse padrão de coloração persiste durante as primeiras 12 ou 14 semanas, mas elas ainda podem persistir de forma mais discreta até cerca de 1 ano de idade. Já foram observados indivíduos com 3 anos de idade em que ainda apresentava listras escuras na parte superior dos membros anteriores. A cor das pupilas também é diferente nos filhotes, que é azul nos recém-nascidos, mas estas se tornam acinzentadas ou douradas no adulto. As orelhas são arredondadas em tufos, o que permite distinguir de outros felinos, como os linces. Possui 8 mamilos na região ventral, mas apenas 6 são funcionais. A língua é coberta por papilas ásperas. O sexo é difícil de ser determinado, dado que a onça-parda não possui um pênis distinto externamente, e os testículos não estão fora do corpo no escroto. Em animais juvenis e filhotes a determinação é mais difícil ainda.
Pata traseira (acima). Pegada (abaixo).
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Corumbá - MS
Crânio e mandíbula.
O crânio é relativamente pequeno (medindo entre 15,8 e 23,7 cm de comprimento) e o osso nasal possui formato convexo, o que permite diferenciar do crânio da onça-pintada (Panthera onca), que além de maior, possui um formato côncavo do osso nasal. Ele também continua crescendo em comprimento mesmo na idade adulta, com o crescimento persistindo até os 7 e 9 anos de idade nos machos, e 5 e 6 anos nas fêmeas. Apesar do crânio ser de tamanho semelhante às espécies da subfamília Pantherinae, a onça-parda retém as proporções dos membros da subfamília Felinae, sendo semelhante ao gênero Lynx. Apesar de geneticamente a onça-parda ser mais próxima do gato-mourisco (Puma yagouaroundi), o crânio é mais semelhante ao da chita (Acinonyx jubatus), compartilhando com esta espécie o crânio menos alongado e expandido, com arco zigomático expandido. A mandíbula é maciça e estruturada de tal forma, que apenas é possível o movimento de abre e fecha. A fórmula dentária é , e os caninos são relativamente pequenos e de formato cônico, sem sulcos. O diâmetro dos caninos nos machos é maior que nas fêmeas, tendo mais de 12,5 mm. O comprimento também é maior, sendo maior que 30 mm em machos adultos. O terceiro pré-molar é relativamente desenvolvido, ao contrário do quarto prémolar e do único molar. Como outros felídeos, possui as clavículas bem desenvolvidas, contrastando com a maior parte dos carnívoros. Os dentes possuem seu maior tamanho quando possuem cerca de 2 anos de idade e ao longo do envelhecimento, o desgaste dos dentes diminui seu tamanho. A onça-parda possui carniceiros bem desenvolvidos e os utiliza para cortar e mastigar partes duras. A dentição decídua pode persistir até 16 meses de idade.
Possui um estômago simples, como os outros felídeos, sendo capaz de armazenar até 10 kg de comida e o ceco é pequeno. Apesar do grande porte, não é capaz de rugir, por falta da laringe e osso hioide especializados neste tipo de vocalização, como em Panthera. O aparato hioide é inserido próximo à base do crânio e não está ligado por músculos no pescoço. A onça-parda possui 38 cromossomos, sendo apenas um par, acrocêntrico, com o restante dos pares sendo metacêntricos. A espécie pode hibridizar com outras espécies de felídeos, como a jaguatirica (Leopardus pardalis), o leopardo (Panthera pardus) e a onça-pintada (Panthera onca), mas isso foi relatado apenas em cativeiro.
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Corumbá - MS Ecologia e comportamento Assim como a maior parte dos felídeos, a onça-parda é solitária, com o pico de sua atividade no crepúsculo ou à noite, descansando no resto do dia. Na Flórida, as onças são mais ativas entre 1 e 7 da manhã, e entre as 18 h e 22 h. Apesar disso, é possível encontrá-la caçando durante o dia, dependendo de qual é o comportamento de suas presas em determinada região. Muitas vezes, fêmeas com filhotes caçam durante o dia. Entretanto, em ambientes com alta densidade e atividades humanas, a onça-parda é praticamente noturna.
A onça-parda é solitária e noturna.
Existem poucos estudos sobre as distâncias percorridas pela onça-parda em suas atividades diárias, mas os machos geralmente andam distâncias maiores que as fêmeas, principalmente se estas têm filhotes. No Novo México, dois machos percorreram distâncias entre 5,2 e 7,9 km em um dia, enquanto que as fêmeas percorreram distâncias entre 1 e 3,2 km. Já foi reportado o caso de um macho que percorreu até 32 km em uma única noite. Embora grande parte desse deslocamento seja feito no solo, a onça-parda é uma excelente escaladora e é capaz de nadar grandes distâncias. Dado seu grande porte, é considerada um superpredador, e por isso, tem um importante papel no controle populacional de mesopredadores, de porte menor. Há controvérsia sobre o efeito da predação de onça-parda nas populações de grandes mamíferos herbívoros: embora ela cace espécies de grande porte como o alce (Alces alces) e o uapiti (Cervus canadensis), ela não parece influenciar no tamanho populacional dessas espécies.
Frequentemente, coexiste com outros predadores, e a competição com essas espécies pode ser maior ou menor, dependendo do ambiente e abundância de presas. Na América do Norte, durante o inverno existe maior competição com o lobo (Canis lupus), coiote (Canis latrans) e o lince-pardo (Lynx rufus); na América do Sul, a competição com a onça-pintada (Panthera onca) é frequente, apesar de que muitas vezes, a onça-parda opta por ambientes mais secos e presas menores, havendo pouca sobreposição na dieta desses felinos. Interessantemente, a presença de outros predadores pode facilitar o acesso a algumas presas: a presença de lobos, em Montana, faz com que o cariacu (Odocoileus virginianus) prefira áreas mais densas e florestadas, o que facilita a caçada desses cervídeos pela onçaparda. Em contrapartida, as onças podem evitar caçar em locais mais abertos e descampados, onde predominam lobos. A competição com outras espécies de carnívoros se dá muitas vezes de forma indireta, quando coiotes ou linces se alimentam de carcaças mortas pela onça-parda. É possível que carnívoros maiores, como o urso-pardo (Ursus arctos) e lobos, possam matar uma onça em confrontos diretos.
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Corumbá - MS Dieta e estratégias de caça A onça-parda é um animal essencialmente carnívoro e ao longo de sua distribuição geográfica, é um importante predador de cervídeos: na América do Norte, se alimenta principalmente das espécies do gênero Odocoileus; e na América do Sul, das espécies do gênero Blastocerus, Hippocamelus e Mazama. Entretanto, a onça-parda é um predador oportunista pois muda sua dieta alimentar de acordo com a disponibilidade de presas no ambiente, podendo se alimentar até mesmo de répteis, aves, peixes e insetos. As presas abatidas pela onça-parda na América do Norte tendem a ser maiores que aquelas abatidas nas Américas Central e do Sul: no norte, a espécie se alimenta principalmente de cervídeos pesando entre 39 e 48 kg, enquanto que mais ao sul, sua dieta compõe-se de indivíduos entre 1 e 15 kg. A dieta na América do Norte também tende a ser menos diversificada, enquanto que nas Américas Central e do Sul, ela é mais diversa e oportunista. Dessa forma, mesmo nas Américas Central e do Sul, a onça-parda pode atacar animais de grande porte como o guanaco (Lama guanicoe), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), a ema (Rhea Em muito dos locais que habita, a onça-parda se americana), cavalos e o gado bovino. Muitas vezes, ataques ao gado doméstico são mais comuns por parte da onçaalimenta principalmente de cervídeos. parda do que da onça-pintada (Panthera onca). A presença deste grande felino malhado parece influenciar no porte das presas da onça-parda, que tendem a ser menores em locais em que existe a onça-pintada. Isso se verifica mesmo nos ataques realizados aos animais domésticos: enquanto a onça-pintada ataca cavalos, jumentos e o gado bovino adulto, a onça-parda ataca principalmente caprinos, ovinos, suínos e bezerros com até 1 ano de idade. Por caçar em ambientes mais secos do que os da onça-pintada, a onça-parda acaba preferencialmente atacando cervídeos (como ocorre na América do Norte), enquanto que mamíferos que vivem próximos a cursos d'água como a anta (Tapirus terrestris) e a queixada (Tayassu pecari) são preferencialmente atacados pela onça-pintada. Roedores como a paca (Cuniculus paca) e a cutia (Dasyprocta sp) também são importantes na dieta da onça-parda. Apesar de se alimentar muitas vezes de ungulados terrestres, a onça-parda pode se alimentar de animais arborícolas, principalmente de primatas de porte médio, como bugios (Alouatta sp) e macacosaranhas (Ateles sp). Primatas tendem a ser predados mais pela onça-parda do que pela onçapintada. Como todo superpredador, a onça-parda se alimenta de mesopredadores como o quati (Nasua nasua) e o mão-pelada (Procyon cancrivoros), apesar de que foi constatado que a onça-pintada preda mais esses animais. Como outros felídeos, utiliza a visão e audição para caçar. Quando está caçando, seus deslocamentos são mais longos e persistentes, mas param e sentam-se frequentemente, sempre atentas à presença de alguma presa. Quando esta é avistada, o felino a persegue por distâncias curtas ou arma uma emboscada: a onça-parda corre somente em alta velocidade curtas distâncias e o sucesso de sua caçada é maior se ela consegue se aproximar a menos de 2 m da presa antes de persegui-la. Ao
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Corumbá - MS caçar cervídeos a perseguição é rápida e ocorre entre 10 e 15 m a partir do local de contato. O ataque é feito geralmente na região da face e pescoço: a região da garganta é o sítio preferencial quando a onçaparda ataca grandes presas, como o alce (Alces alces) e o carneiro-selvagem (Ovis canadensis). Presas menores, incluindo outras onças, são atacadas preferencialmente na parte de trás da cabeça ou nas vértebras cervicais. Após matar a presa, a onça-parda começa a se alimentar logo após as costelas, retirando o estômago e os intestinos, que não são consumidos. Após a retirada dessas vísceras, esse felídeo se alimenta dos pulmões e do coração, e da musculatura das patas posteriores, a partir da região ventral. Como muitas vezes mata animais grandes demais para serem consumidos de uma vez, a onça esconde a carcaça sob folhas e terra, de forma a poder se alimentar em outras ocasiões. Tal comportamento na alimentação é característico da onça-parda, diferenciando da onça-pintada, que nunca cobre as carcaças sob folhas e geralmente começa a se alimentar das porções mais anteriores do animal abatido, deixando, muitas vezes, a parte posterior intacta. Seja por qual parte começa a ingerir a presa, a onça-parda se alimenta sentada, apoiada sobre as patas traseiras. Embora seu estômago possa comportar até 10 kg, ela geralmente consome entre 2,2 e 2,7 kg de carne por dia, para as fêmeas, e entre 3,4 e 4,3 kg para os machos. Em muitos zoológicos, a quantidade de carne dada está entre 1,6 e 5,5 kg de carne, e em liberdade, já foi reportado um macho que comia até 7,2 kg de carne por dia.
Território e comportamento social Como a maior parte dos felídeos, a onça-parda é solitária, sendo observada com outros da mesma espécie somente quando estão acasalando, ou fêmeas com filhotes, e geralmente, adultos e subadultos se evitam. Fêmeas com filhotes dependentes é a unidade social mais estável na onça-parda, durando até o momento que os filhotes se tornam subadultos. Muito raramente, machos podem se associar com fêmeas que possui filhotes, mas mesmo assim, eles não cooperam no cuidado com os filhotes. Nunca foram observadas fêmeas se associando com outras fêmeas adultas. A área de vida varia de 50 km² a 1000 km², variando de acordo com a produtividade do ambiente, abundância de presas e estações do ano. As áreas do machos são maiores que das fêmeas, e acabam se sobrepondo sobre o maior Fêmea com filhotes é a unidade social mais número possível de territórios de fêmeas. Esses territórios estável na onça-parda. tendem a ser de 1,5 a 3 vezes maiores que o das fêmeas: na América do Norte, a área de vida dos machos varia de 170 a 700 km², ao passo que os das fêmeas varia de 55 a 300 km². Na América do Sul, os valores tendem a ser menores no Pantanal (entre 32 e 155 km²), no Parque Nacional das Emas (entre 41 a 428 km²).
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Corumbá - MS Os machos são extremamente territoriais, e o encontro entre dois machos pode resultar em uma combate capaz de levar a morte de um deles. Apesar disso, existe substancial sobreposição entre os territórios dos machos, que acabam evitando as áreas que são compartilhadas. A fim de demarcar o território e sinalizar a presença para outros machos e até mesmo para fêmeas, a onça-parda arranha troncos de árvores e o solo. Apesar de não investir diretamente no cuidado com a prole, a territorialidade impede que machos intrusos possam atacar e eventualmente matar filhotes de fêmeas dentro do território. Dado a vantagem adaptativa que os machos possuem em demarcar grandes territórios englobando várias fêmeas, eles tendem a dispersar mais longe de suas áreas natais: eles podem dispersar até cerca de 280 km de onde nasceram, ao passo que as fêmeas raramente Os machos marcam território arranhando dispersam para tão longe, dispersando, em média, cerca de troncos e o solo. 32 km². Visto esse padrão de dispersão, pode-se considerar que as fêmeas formam matrilíneas em uma dada região, dado uma leve filopatria das fêmeas. O período do ciclo estral e a presença de filhotes influenciam nos movimentos das fêmeas e tamanho de áreas de vida, limitando-os. Outro fato diferente do observado entre os machos, é que as áreas de vida das fêmeas se sobrepõe muito mais e com mais indivíduos. Apesar de solitária, a onça-parda possui uma ampla variedade de vocalizações, utilizadas em contextos agonísticos, sexual e parental. Rosnados, cuspidas e assobios são emitidos principalmente quando existe algum encontro agressivo; mãe e filhotes podem ronronar juntos, sinalizando satisfação; filhotes também podem miar, assobiar e emitir sons parecido com piados, a fim de solicitar alimento; em um contexto sexual, as fêmeas podem gritar de forma semelhante aos gatos. Para sinalizar territorialidade (nos casos dos machos) e identidade sexual, a onça-parda pode uivar, emitindo um som que pode ser pronunciado como "iaul". Além das vocalizações, a comunicação entre as onças-pardas se dá por meio de sinais visuais, como os arranhões feitos pelos machos, e sinais olfatórios, como urina, fezes e o próprio cheiro do pelo, quando o animal se esfrega em determinado local. Entretanto, o significado de cada um desses sinais ainda foi pouco investigado: muitas vezes, os arranhões podem ser apenas uma forma de afiar as garras, mas o cheiro deixado no local e a marca feita acaba sendo um sinal. Interessantemente, as fêmeas urinam ao detectarem marcas de arranhões feitas por machos, além de vocalizar nos arredores.
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Corumbá - MS Reprodução e ciclo de vida A maior parte do que se sabe sobre o estro e ciclo reprodutivo da onça-parda provém de animais em cativeiro. A ovulação parece ocorrer durante 7 e 8 dias, mas pode variar entre 4 e 12 dias, em um ciclo que varia entre 12 e 16 dias em animais em cativeiro, e entre 3 e 4 meses em liberdade. Caso os filhotes nasçam mortos ou sejam removidos, em poucas semanas a fêmea inicia um novo estro. A onça-parda possui um sistema de acasalamento promíscuo, visto que as fêmeas podem copular com vários machos, e vice-versa. O comportamento no acasalamento é semelhante ao dos outros felídeos, com as fêmeas apresentando, inicialmente, uma mistura de agressividade e proceptividade. A cópula dura menos de um minuto, como em outros grandes felinos: entretanto, ela é feita repetidas vezes em um curto período de tempo, e a ovulação é induzida à medida que aumenta a frequência de cópulas. A fecundação, assim como outros felinos, ocorrem taxas baixas, e como observado no Novo México, das cerca de 147 cópulas observadas, apenas 33 resultaram em filhotes. Os filhotes nascem pesando entre 226 e 453 g A gestação dura entre 90 e 96 dias, e o número de filhotes que nascem varia de 1 a 6, mas é mais comum nascerem 3 ou 4 filhotes por parto. Nascimentos podem ser observados durante o ano todo, mas na América do Norte, em regiões que o inverno é mais rigoroso, eles podem ocorrer preferencialmente entre abril e setembro. No sul do Chile, os nascimentos podem se concentrar entre fevereiro e julho. As fêmeas dão à luz cada 12 a 34 meses, porém, em média, os intervalos de nascimento variam entre 17 e 20 meses. Devese salientar que nem todas as fêmeas se reproduzem numa dada população, e foi registrado que no Novo México, cerca de 75% das fêmeas deixam filhotes. Os filhotes nascem pesando entre 226 e 453 g, possuindo manchas que persistem até os 3 ou 4 meses de idade. Os As manchas na pelagem persistem até os 3 ou olhos abrem com cerca de 2 semanas, quando são capazes de 4 meses de idade. brincar e interagir com seus irmãos. São amamentados até os 3 meses de idade, mas já se alimentam de carne com cerca de 6 semanas. Com 6 meses de idade os filhotes acompanham a mãe em suas caçadas, mas não fazem isso todas as vezes. A independência dos filhotes não ocorre antes de um ano de idade, mas foi reportado filhotes que se tornaram órfãos com 7,5 e 9,8 meses de idade e sobreviveram. Entre 1,5 e 2,5 anos de idade, os indivíduos podem ser classificados como "subadultos", dado que são independentes da mãe, mas ainda não se reproduzem efetivamente. A maturidade sexual é alcançada cerca de 2 anos para os machos, mas estes só se reproduzem depois dos 3 anos de idade. As fêmeas se reproduzem antes e a que teve a reprodução mais precoce documentada possuía 18 meses de idade. Entretanto, já foi registrado uma fêmea que se reproduziu apenas com 43 meses de idade.
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Corumbá - MS A longevidade em liberdade é desconhecida, mas em cativeiro, ela varia de 4 até 19,5 anos. Calcula-se que em média, a onça-parda viva entre 7,5 e 9 anos, mas poucos indivíduos conseguem alcançar tal idade em liberdade. Houve um caso, aparentemente excepcional, de uma fêmea que possuía 15 anos de idade, em estado selvagem, no sul do Brasil.
Conservação Seu estado de conservação pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais é considerado como "pouco preocupante" devido à sua ampla distribuição geográfica, porém sua população está caindo.
América do Norte A subespécie que ocorria a Leste do Rio Mississipi (suçuarana-norte-americana) é considerada extinta, embora o puma seja encontrado nos estados a Oeste desse rio. Apesar de o puma do leste americano (Puma concolor couguar) constar da lista de espécies ameaçadas desde 1973, há muito tempo que a sua existência estava a ser questionada. Depois de ter analisado toda a informação referente a esta espécie, a U.S. Fish and Wildlife Service declarou-a oficialmente extinta. Os relatórios sobre pumas avistados em estado selvagem referem-se a outras subespécies, muitas das quais referente a animais que escaparam do cativeiro ou que foram devolvidos à liberdade, bem como de espécies que migraram da zona oeste para a leste. No leste dos EUA, a unica população reconhecida oficialmente é da pantera-da-flórida, que possui entre 120 e 160 indivíduos no estado americano da Flórida, principalmente nas Everglades.
Placa com informações sobre a onça-parda no Jardim Zoológico de Belo Horizonte, no Brasil
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Corumbá - MS América Latina No Brasil, as subespécies Puma concolor capricornensis e Puma concolor greeni são consideradas "Vulneráveis" pela lista do IBAMA. Respectivamente, são encontradas nas regiões Sudeste e Centro Oeste, e no Nordeste do Brasil, com o grau de ameaçada variando ao longo dos Estados. Ambas habitam regiões altamente antropizadas, o que diminui sua densidade devido à perda do habitat e tornam elas mais suscetíveis à ação de caçadores, principalmente no Nordeste, onde ela causa eventuais prejuízos na criação de ovinos. Devido à destruição de seu habitat natural, as suçuaranas se vêem obrigadas a invadir áreas rurais, e até mesmo urbanas, em busca de suas presas. Ao atacar gado doméstico, ela provoca a ira de pecuaristas, que a caçam, levando esta espécie ao risco de extinção. Outro fator que concorre para seu extermínio é o isolamento de grupos populacionais destes felinos. Dois hábitos da suçuarana a tornam presa fácil para caçadores e fazendeiros. As carcaças que guarda para alimentação posterior podem ser envenenadas e, ao subir em árvores quando acuadas por cães, são facilmente morta a tiros.
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FIM!!!
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