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Revista

Biodiversidade e Transporte BIOTrA

MODELO! DATA PAPERS CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS EM ECOLOGIA DE ESTRADAS


PROJETO ESTRADA VIVA – RS.-­‐ MONITORAMENTO DE FAUNA ATROPELADA NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM E ENTORNO Alex Bager Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas. Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. Email.-­‐ abager@dbi.ufla.br

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Descrição do Projeto (Português) Introdução O presente estudo se refere ao monitoramento de atropelamento de fauna selvagem realizado nas rodovias BR 392 e BR 471, localizadas no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O projeto, denominado de Estrada Viva, teve por objetivo monitorar a fauna de vertebrados afetados por atropelamento na região da Estação Ecológica do Taim e seu entorno com o intuito de gerar conhecimento sobre as espécies afetadas pelas rodovias e subsidiar a proposição de medidas de mitigação. Material e Métodos A região sul do Rio Grande do Sul, Brasil, se caracteriza por apresentar clima subtropical (Cfa; Köeppen 1948) com chuvas bem distribuídas, cuja média anual de precipitação fica entre 1250 mm e 2000 mm e temperatura média anual de 17°C (Klein 1998). É uma região formada por ambientes característicos de zona costeira com deposições marinhas e lacustres do complexo lagunar Patos-­‐Mirim, além de áreas úmidas, campos secos e matas de restinga arenosas e paludosas (Carvalho & Rizzo 1994, Waechter & Jarenkow 2001). A Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim) é uma unidade de conservação federal com uma área de 33.995 hectares. Está localizada no extremo sul da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, entre o oceano Atlântico e a Lagoa Mirim, abrangendo os municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande (Figura 1). A ESEC Taim possui um relevo baixo e plano, onde predominam ambientes de áreas úmidas, principalmente banhados, além de dunas, campos e matas de restinga turfosas e areno-­‐ sas (Waechter & Jarenkow 1998). Os monitoramentos foram realizados entre os anos de 2002 e 2005, totalizando 29 meses (2002, exceto julho; 2003 somente janeiro e fevereiro; 2004 de setembro a dezembro e 2005 todos os meses). O trecho de rodovias monitorado teve início no município Pelotas (Lat.: -­‐31,778921; Lon.: -­‐52,359369) e o ponto final do monitoramento foi o município de Santa Vitória do Palmar, mas a coordenada foi distinta conforme o ano. Nos anos de 2002 e 2003 os monitoramentos tiveram 117 quilômetros (Lat.: -­‐32,675377; Lon.: -­‐52,593770), e de 2004 em diante foi ampliado para 137 quilômetros (Lat.: -­‐32,825721; Lon.: -­‐52,359369). Foram realizados 93 amostragens, realizadas semanalmente, e que totalizaram 12001 quilômetros monitorados (4329 quilômetros entre 2002 e 2003, e 7672 quilômetros entre 2004 e 2005). Os monitoramentos foram realizados de forma sistemática, considerando todas as classes de vertebrados terrestres, exceto anfíbios (mamíferos, aves e répteis), independente do seu porte, e foram realizados de carro à uma velocidade média de 50 quilômetros por hora. A equipe de monitoramento variou de duas a quatro pessoas e os monitoramentos consideraram a pista de rodagem, acostamento e áreas vegetadas associadas à rodovia. Foram registrados 3477 animais atropelados, de 98 diferentes espécies. A taxa de atropelamento média foi 0,293 ind./km./dia, variando de 0,007 a 1,02 ind./km/dia. A espécie mais afetada foi uma serpente, Helicops infrataeniatus, com uma taxa de 5,21 ind./km/dia (Tabela 1). Palavras-­‐chaves.-­‐ ESEC Taim, atropelamento, bioma Pampa, vertebrados Descrição do Projeto (Inglês) Aqui você deve repetir as mesmas informações apresentadas no tópico Descrição do Projeto (Português) traduzidas para o inglês.

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Key-­‐words.-­‐

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Agradecimentos We are grateful for the various financial support provided by Fapemig (Process CRA – PPM-00121-12; 453 and CRA – APQ-03868-10), CNPq (Process 303509/2012-0), Fundação Grupo Boticário de Protecão à Natureza (Process 0945-20122), Tropical Forest Conservation Act – TFCA (through Fundo Brasileiro para Biodiversidade – FUNBIO).

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Referências Carvalho, V.C., Rizzo, H.G., 1994. A zona costeira Brasileira: subsídios para uma avaliação ambiental. Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, Brasília. Klein, A.H.F.,1998. Clima regional. in: Seeliger, U., Odebrecht, C., Castello, J. P. (Eds.). Os Ecossistemas Costeiro e Marinho do Extremo Sul do Brasil. Editora Ecoscientia, Rio Grande, pp. 5-­‐7 Köeppen, W., 1948. Climatologia. México: Fondo de Cultura Económica. Waechter, J.L., Jarenkow, J.A., 1998. Composição e estrutura do componente arbóreo nas matas turfosas do Taim, Rio Grande do Sul. Biotemas 11, 45-­‐69. Waechter, J.L., Jarenkow, J.A., 2001. Composição, estrutura e relações florísticas do componente arbóreo de uma floresta estacional no Rio Grande do Sul, Brasil. Rev. Brasil. Bot., 4, 263-­‐272.

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Legendas de Tabelas Tabela 1.-­‐ Principais espécies de vertebrados atropelados nas BR 392 e BR 471 entre 2002 e 2005. Média.-­‐ taxa média de atropelamento; Mín.-­‐ taxa mínima de atropelamento; Máx.-­‐ taxa máxima de atropelamento. Todos os valores em ind./km/dia.

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Legendas de Figuras Figura 1.-­‐ Mapa das rodovias BR 392 e BR 471 no trecho monitorado pelo Projeto Estrada Viva, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Lista de Suplementos 1. Nome do Arquivo: projeto_estrada_viva_rs Tipo de arquivo: Excel (xlsx) Descrição: Este arquivo reúne os dados de atropelamento de fauna incluindo espécie, coordenadas geográficas, data e demais campos descritos em detalhes posteriormente. Tipo de Dado: Atropelamento Campos: Data: data do monitoramento quando a carcaça foi encontrada Classe: a classe da carcaça (mamífero, ave, réptil) SP.: identificação da carcaça em nível de gênero ou espécie. Células identificadas com NID se referem a carcaças que não foi possível identificar neste nível taxonômico. X: coordenada geográfica em UTM, eixo X, Datum WGS84 Y: coordenada geográfica em UTM, eixo Y, Datum WGS84 Q: fuso da coordenada geográfica UTM Lado: lado da pista que a carcaça foi encontrada. D se refere às carcaças encontradas na mesma pista onde o carro estava se deslocando , e E são as carcaças encontradas na pista oposta ao deslocamento.

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Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas! Universidade Federal de Lavras! Lavras - MG - Brasil! Portal CBEE.- http://cbee.ufla.br!

! Emails de contato! nayara.alecrim@ecoestradas.org / mardiany.reis@ecoestradas.org! biotra@ecoestradas.org!


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