Econews 3

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Editorial

Expediente Colégio Evangélico Alberto Torres Rua Alberto Torres, 297 Lajeado-RS - 95900-000 Fone: (51) 3748-7000 E-mail: imprensa@ceat.net Site: www.ceat.net

Ao pensar as questões ambientais como conteúdos curriculares, sem dúvida, encontramos muitos e diferentes desafios pedagógicos. Nos últimos anos, o mundo vem passando por transformações geradas pelo rumo dado pela humanidade ao desenvolvimento tecnológico e ao controle do ambiente. De diferentes formas, os seres humanos vêm se relacionando com o meio através de técnicas, que não passam de um conjunto de recursos instrumentais e sociais e que, por sua vez, permitem ao homem viver, produzir e criar espaços. Espaços que vêm sendo atingidos, gradativamente, por impactos ambientais decorrentes da capacidade de intervenção do ser humano sobre o ambiente, o que tem evidenciado a fragilidade dos sistemas “naturais” em responder aos mecanismos de intervenção e exploração aos quais vêm sendo submetidos. Com o intuito de discutir o atual modelo de desenvolvimento da sociedade e seus impactos sobre os ambientes, propomos aos alunos das sétimas séries do Colégio Evangélico Alberto Torres, no componente curricular de O Homem e o Meio Ambiente, o debate sobre questões referentes à Arborização dos Espaços Urbanos e a preservação do Parque do Engenho Lajeado/RS. A revista ECONEWS, que completa sua terceira edição, sendo esta sua primeira edição online, compartilha nossas ansiedades, estudos, dúvidas sobre as temáticas em questão. Nesse sentido, é com muita satisfação que apresento o resultado de parte dos trabalhos realizados pelos alunos das sétimas séries do CEAT, 2010. Profª Ms. Juliana Schwingel Gasparotto

Econews - 3ª Edição é a revista experimental produzida pelos alunos da 7ª série de 2010 do CEAT Diretor: Ardy Storck Professores: Juliana Gasparotto e Leonel Von Muhlen Projeto Gráfico e Diagramação: Nicole Morás


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Áreas verdes em loteamentos

Neste trabalho falaremos sobre as áreas verdes em loteamentos; sobre o tamanho destas áreas, opiniões que profissionais têm a nos oferecer, a feita dos loteamentos e das leis sobre tais áreas. Traremos uma entrevista com o profissional Marcelo Munhoz, sobre esse assunto. Escolhemos abortar este assunto pois a sociedade pouco conhece e, também, porque ele tem uma grande importância para o ambiente. Baseandose na entrevista, iremos contar sobre o tamanho das áreas verdes e também

sobre suas finalidades. As áreas verdes têm a finalidade de proteger o meio ambiente e, além disso, elas também servem para construção de praças e lugares de lazer. O tamanho da área verde deve corresponder a 35% da área total de um loteamento. Existem várias leis municipais e de competências estaduais e federais sobre as áreas verdes. Segundo Marcelo, a necessidade da existência de áreas verdes em loteamentos visa garantir às futuras gerações uma qualidade de vida condizente com o que

há atualmente. Para que se cumpra esta finalidade, são exigidos alguns requisitos urbanísticos necessários a adequação do terreno a ser loteado, que devem ser observados na elaboração de projetos para o parcelamento do solo, tendo em vista a legislação vigente. Realizamos uma pesquisa com as pessoas, com o objetivo de verificarmos o conhecimento destas sobre este assunto - áreas verdes em loteamentos. O resultado da pesquisa aponta que a grande maioria não têm muita informação sobre o assunto.

Augusto Hinterholz Blau Bernardo Borchardt Dener Arthur Bianchini Matheus Marinhuk Wentzel


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A interferência da Construção Civil na arborização A interferência da construção civil na arborização é um assunto muito polêmico, pois envolve muitas vezes, o corte de árvores nativas, que sem a autorização é proibido. Isto traz uma série de problemas e discórdias entre o construtor civil e a SEMA (Secretária do Meio Ambiente). Vamos abortar esse assunto, pois não achamos justo o corte de árvores, sendo elas nativas ou não, porque hoje em dia, qualquer árvore que é derrubada gera um grande desequilíbrio ambiental, alterando a dinâmica natural do planeta. A interferência da construção civil na vegetação ocorre em muitos lugares, mesmo sendo as árvores nativas protegidas por lei. Quando tem uma certa árvore atrapalhando a construção, geralmente a SEMA é responsável por parar a construção e analisar os fatos: onde a árvore vai ficar, se ela pode ser retirada ou se eles poderão cortá-la e depois plantar outras árvores, num outro local. Para você retirar uma árvore tem que pedir autorização da prefeitura, então, eles irão verificar se ela é uma árvore nativa ou exótica. Caso ela esteja em extinção, é proibido o corte. Se cortar uma árvore sem a autorização da prefeitura e da Secretaria do Meio Ambiente, você terá que pagar uma multa. A multa é diferenciada pela quantidade de árvores que foram retiradas do local e pelo tipo de árvore. Por exemplo, uma árvore figueira adulta, jamais poderá ser cortada, com isso, o corte não pode ser autorizado, conforme a revista ECO NEWS, vol. I. Como algumas pessoas não cumprem com a lei, elas são punidas pelas autoridades, ocorrendo uma variação da multa, conforme o tipo e o tamanho da árvore. As multas devem ser pagas e o valor arrecadado é enviado para o município, onde lá é usado para os interesses da cidade. Com o passar dos anos, se torna cada vez mais difícil de fazer cumprir as leis do corte de árvores, pois a urbanização está crescendo cada vez mais, forçando a retirada de árvores. Para obter o pedido de retirada das

árvores, deve-se encaminhar um protocolo junto à SEMA. Depois de protocolado o pedido, a SEMA vai até o local vistoriar a vegetação e, se for o caso, emitir a autorização. Todos os tipos de vegetação devem ter licenciamento florestal autorizando o seu corte. Se for autorizado o corte da(s) árvore(s) deve ser efetuado o plantio de novas mudas em qualquer propriedade particular (casas, sítios, jardins, etc.) dentro do município onde a planta foi retirada. Para descobrir o corte ilegal de árvores a Secretária do Meio Ambiente recebe denúncias e realiza vistorias em diferentes locais do município.

Curiosidades A cada árvore nativa cortada, devem ser plantadas 15 árvores nativas no município. As árvores replantadas estarão suprindo uma necessidade do meio ambiente perante tanta poluição.

Alan B. Miotto Bruno G. Zanella Cauê J. da Cunha Lucas B. Castilhos Rômulo D. Bersch


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Jardim Botânico: algo que precisa ser preservado Atualmente os Jardins Botânicos desenvolvem, em muitos centros urbanos, um papel fundamental, pois muitas vezes são uns dos poucos locais voltados à preservação ambiental - o ar puro da cidade. O Jardim Botânico de Lajeado (JBL) está localizado no bairro Moinhos D’Água e é um lugar essencial para o Vale do Taquari. É um dos quatro jardins botânicos do RS, por isso, muitas pessoas, de várias cidades, vem visitá-lo. Este lugar é uma zona de preservação, com um espaço de terra onde são feitas atividades de preservação ambiental e cultivo de plantas. Com o crescimento da cidade, os arredores desta área estão sendo ocupados pelos bairros e, animais antes preservados, estão perdendo o espaço que era dedicado a eles. O JBL ocupa uma área de 25 hectares oferecidos pelo governo municipal, mas para continuar funcionando precisa seguir normas elaboradas no ano de 2000, para o funcionamento correto das UCS (Unidades de Conservação). No Jardim Botânico, atividades como trilhas auto guiadas e guiadas podem ser feitas para explorar a fauna e flora preservadas neste local. Duas trilhas muito interessantes, são a trilha do Tatu e da Cascata, onde encontra-se a cascata e, se visitado na parte da noite, os tatus em suas atividades alimentares e rotineiras. Segundo o biólogo e exfuncionário do JBL Daniel Ruschel, o Jardim Botânico possui mais de 600 árvores, de 50 espécies, sendo 25 nativas do Rio Grande do Sul, o que contribui para a preservação da flora do estado. No JBL as árvores podem nascer de forma espontânea, serem criadas através de mudas para posterior plantio e, ainda, comercializadas. Diariamente, profissionais trabalham com as plantas, assim, em uma visita ao JBL, é possível acompanhar os processos ditos acima. Algumas destas árvores podem ser comercializadas, para isso é necessário contatar com a Secretaria Municipal de

Agricultura ou ir à Secretaria do Meio Ambiente, mas são apenas algumas plantas, pois plantas ameaçadas de extinção ou raras são cultivadas no JBL para preservar a espécie. O Jardim Botânico de Lajeado possui uma “parceria” com a UNIVATES, pois se encontram na mesma localidade, então, alunos e professores do curso de Ciências Biológicas ajudam e aproveitam para aprender mais sobre a fauna e a flora da região, catalogando espécies e ajudando a identificar as que correm perigo de extinção. Outras atividades como os hortos, viveiros e estufas podem ser observadas em um passeio pelo Jardim Botânico. Na área onde se localiza o Horto Florestal são criadas as mudas destinadas à venda e utilizadas para os projetos de paisagismo de Lajeado. Já no Horto Medicinal, os visitantes podem ter acesso a conhecimentos básicos da medicina com ervas, vista melhor no “relógio” medicinal, onde é exposta a planta e qual é seu benefício à saúde. O nome “relógio” vem do fato que esta decoração mostra, além da planta, o melhor horário para seu consumo. Você também tem acesso ao orquidário, onde os mais variados tipos de orquídeas podem ser comercializados. Outra atividade que está ajudando o País é o plantio de árvores como Pau Brasil,que estão em perigo

de extinção. Então aproveite e passe uma tarde no JBL, está tarde assim como o que a gente sentiu, pode lhe ajudar a pensar, refletir, sobre a importância de lugares como este para o mundo. Então, traga chimarrão e um lanche e confira essas e outras atrações que este lugar possui, afinal ele ajuda a natureza e ainda oferece lazer a você. Se você quer ajudar mais, pode se interessar no grupo voluntário de pessoas que apóiam o JBL, para isso é só entrar em contato.

Amanda B. Specht Gabriela Spriestersbach Lara K. Goulart Taciele S. Vieira


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São de fatos os nossos problemas? Falar sobre questões ambientais é muito fácil- FATO. O difícil é fazer as pessoas se mobilizarem, e tomarem providências em relação ao nosso meio ambiente. Por isso estamos aqui, para mais uma vez alertar as pessoas de que essa moleza de deixar o meio ambiente pra lá, acabou. No futuro, a humanidade sofrerá as consequências desse cuidado, que não damos a mínima hoje, mas que pode fazer realmente muita falta. Pois bem, para isso não acontecer, precisamos imediatamente nos mexer, as coisas, a partir de agora, precisam mudar. Escolhemos falar sobre o Jardim Botânico de Lajeado – JBL. O Botânico de Lajeado- RS é uma das quatro únicas unidades de preservação, deste tipo, no Rio Grande do Sul. As pessoas vão até ele em busca de conhecimento sobre o ambientalismo. Mas, mesmo assim, poucas pessoas o conhecem e/ou sabem de sua existência. O JBL apresenta, até o momento, 238 espécies pertencentes a 71 famílias botânicas, incluindo espécies herbáceas, arbustivas, subarbustivas, e arbóreas, nativas e exóticas, de acordo com os resultados de pesquisa realizada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema)Lajeado. Com seus 25 hectares de terra, podemos considerá-lo extremamente pequeno, pois Lajeado tem aproximadamente 9041,9 hectares de terra. Isso significa que o jardim botânico, não possui nem 0,3% da área da cidade. E assim estamos cada vez mais tirando o que nos mantêm vivos, cada vez diminuindo mais, poluindo mais... E podemos pensar, o que está havendo com as pessoas? As metas não seriam plantar, preservar e cultivar? Quando falamos em Educação Ambiental, nos perguntamos o que é isso, porque é um assunto muito comentado nos últimos tempos, muito discutido e trabalhado? A Educação Ambiental é uma forma de ensinamento que as pessoas têm sobre como preservar o meio ambiente, cuidar da natureza. Pessoas que tem consciência do que está acontecendo, criam projetos, campanhas e ONG’s e, conscientizam outros a fazerem o mesmo. As

escolas estão fazendo, cada vez mais, projetos para que os alunos fiquem cientes do que está acontecendo. Do que toda a nossa poluição anda fazendo contra o meio ambiente e, porque é tão importante cuidar do Ambiente para o presente e o futuro serem cada vez melhor. Sempre tentando dizer e divulgar que pequenos gestos como separar o lixo, ou não jogá-lo no chão, por mais simples que sejam, são essenciais, para vivermos em harmonia. Com o desenvolvimento humano, veio à questão dos desmatamentos, entre tantos outros abusos ambientais, como o uso e descarte, descontrolado, de produtos químicos na natureza. Há um bom tempo, que a sociedade exige que o governo tome providências, entre essas, projetos de educação, e conscientização do problema para todo o mundo. Então podemos dizer que a Educação Ambiental é um conhecimento pedagógico sobre tudo o que envolve a questão do Meio Ambiente, ecologia, preservação ambiental, entre muitos outros. A Educação Ambiental tenta nos mostrar que nós também fazemos parte do meio ambiente e que precisamos ajudá-la. Atualmente, as pessoas estão mais ligadas na tecnologia, deixando a natureza de lado. Agora, as poluições atmosféricas, contaminações de corpos d’água, desmatamento..., estão virando algo comum entre nós. É aí que a Educação Ambiental entra, para mostrar que isso não é normal e precisamos mudar isso. Portanto, a educação é a base de tudo, para aprendermos, quando ainda somos jovens, que a natureza necessita de cuidados e que devemos cuidá-la ao invés de agredi-la

Aline Jung Duarte Fernanda C. Neitzke Natália B. Tavares Raíssa Zanatta


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Árvores no Tribunal

Legislação: termo que aborda regras, denominadas “leis”, cujas mesmas devem ser seguidas e respeitadas por toda a sociedade, para que assim possamos viver positivamente e com harmonia. Termo que também visa punir o indivíduo que não cumpriu com as mesmas, mantendo assim a população despreocupada e com a certeza de que o meliante está pagando pelo seu erro, seja na prisão ou prestando serviços comunitários. A afirmação “aqueles que desmatam devem ser punidos” com certeza se adéqua perfeitamente ao termo Legislação Ambiental. Encontramos no capítulo VI do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, menção a proteção ambiental: “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserválo para as presentes e futuras gerações”. Antes de tirar alguma espécie de qualquer árvore, o indivíduo deve primeiramente comunicar ao fiscal para que o mesmo a examine e verifique se o local e o terreno estão propícios à retirada da espécie. Até mesmo para se fazer uma simples poda de árvores é necessário que se comunique o responsável pelo Meio Ambiente do município. Se o fiscal responsável não for comunicado sobre a retirada ou poda, aquele que o fez imediatamente será punido, se for denunciado. Quem é punido por desmatar, geralmente paga uma multa em dinheiro, porém isto depende da área que foi atingida, da qualidade do solo e das espécies, tanto animais como vegetais que nela habitavam.

“Quem desmata árvores nativas, mesmo que legalmente, deve plantar quinze outros exemplares no lugar. Aqui na região, as leis sobre o desmatamento são bastante rígidas, porém infelizmente ainda há casos de desmatamentos ilegais e de tráfico de espécies. Isso ocorre devido a falta de fiscalização em alguns municípios, relata Griciele Beckel, estudante de biologia e estagiária de Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Lajeado”.

Douglas E. Holz Júnior A. G. Amorim Leonardo F. Vidart Luís Fernando Jasper


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A arborização precisa ser trabalhada nas escolas Ao longo dos anos, foi cada vez mais fundamental discutir assuntos ambientais na sociedade. Assim, foi preciso tratar destes assuntos também nas escolas. Então, resolvemos pesquisar mais afundo sobre a arborização nas escolas, incluindo Educação Ambiental. Como base nas visitas feitas a escolas e entrevistas com os professores, verificamos como acontece a Educação Ambiental e o estudo da arborização nas escolas de Lajeado e Cruzeiro do Sul. Nosso maior objetivo era conhecer um pouco mais sobre o assunto, analisando como o plantio de árvores é realizado nas escolas, vendo leis e projetos que se encontram nas prática escolares. Entre várias vantagens que uma escola obtém, quando pratica a arborização, uma delas é a facilidade na educação. O simples fato de uma pessoa conviver em um ambiente favorável, onde o plantio de árvores é realizado corretamente, estimula os alunos a refletir sobre o meio ambiente. O verde natural também traz concentração e facilita a aprendizagem. A arborização não favorece só as escolas, mas sim, toda sociedade. Porém, para que ela seja mais significativa, precisa ser realizada de forma correta. Segundo os professores das escolas visitadas, o envolvimento de pais, alunos, comunidade e escola são fundamentais. Muitas vezes, a educação ambiental acaba levando a criação de projetos que promovem a arborização. Segundo Elaine Gerhardt, professora da E.E.E.F. de Itaipava Ramos, localizada na zona rural de Cruzeiro do Sul, esse tipo de educação leva os alunos a adotarem comportamentos e posturas sociais que colaboram para um ambiente saudável. Assim, a iniciativa de criar projetos em prol do meio ambiente acaba surgindo dos próprios alunos. Também entrevistamos o professor Leonel Renato Von Mühlen, que nos explicou o motivo da participação do CEAT nas Olimpíadas Ambientais, que são promovidas pelo jornal O Informativo, com a intenção de criar

uma consciência ecológica nos alunos das escolas participantes. “Resolvemos participar a partir da iniciativa de três alunos da 8ª série, que estavam realizando uma atividade de HMA (Homem e o Meio Ambiente - uma disciplina do CEAT). Durante esta atividade, estes alunos leram uma matéria, do respectivo jornal, que convidava as escolas a participar da Olimpíada Ambiental. Concordei com a ideia, desde que, os alunos convidassem alunos do ensino médio para participar”. Os três alunos (Victória, Felipe e Cristhian) tiveram autorização, tanto da escola quanto do professor, para lançarem o desafio ao ensino médio. O professor Leonel também fala, no final da entrevista, sobre a coleta de garrafas pet e óleo de cozinha. “Estamos recolhendo óleo de cozinha na escola. Também estamos recolhendo garrafas pet para reciclagem.” Em outra entrevista, agora com Fernanda Cornellius, professora de Biologia no Melinho, é mencionada a importância de ensinar aos alunos sobre as árvores e as plantas. “A Educação Ambiental é um componente essencial e deve ser permanente na educação”, afirma Fernanda. “É nela que o aluno constrói valores sociais, habilidades, atitudes (o mais importante) voltadas ao meio ambiente.” A professora Fernanda afirma que, para uma boa Educação Ambiental são necessárias muitas atividades práticas. Quando perguntamos o que é indispensável para que uma escola consiga trabalhar de forma correta com a arborização, ela diz que “o trabalho prático dentro das escolas é mais difícil”, mas salienta que é papel da escola, proporcionar mudas para quem tiver espaço para plantar em casa. “Na região é difícil achar uma área para o plantio de árvores e, muitas vezes, em casa, as pessoas têm um lugar disponível.

As escolas fazem projetos para conscientizar sobre as ações o cotidianas, como por exemplo, alguns atos de separar o lixo para a reciclagem. Se a pessoa continuar agindo desta forma, ecologicamente correta, talvez, esse hábito se torne uma rotina e, então, a pessoa se acostuma com a situação e não diz mais, que isso é besteira. E não é besteira mesmo, quando se trata do ambiente em que vivemos, a saúde dele é de onde retiramos a nossa sobrevivência. Além de projetos, olimpíadas e atividades fora da escola, também existem outras maneiras de passar o recado aos alunos. No CEAT, por exemplo, foi criada uma disciplina extra, assim, os alunos têm uma ideia do que ocorre atualmente com as questões ambientais e, dentro disso, sobre a arborização. Essa disciplina é chamada de Homem e o Meio Ambiente (HMA). A disciplina “Homem e o Meio Ambiente” tem como objetivo ensinar a lidar com o ambiente e, nesse caso, também com a arborização. A disciplina mostra aos alunos as conseqüências que as ações humanas provocam no ambiente e nas árvores e plantas que nele existem. Também há atividades em que os alunos devem pesquisar fora do colégio, entrevistar pessoas, buscar informações com pessoas ou instituições especializadas no assunto, entre outros. Arthur Pegas Leite Júlia Mognon Mattiello Luiza Cittolin Lenz Marciéli Gerhardt


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A flora que embeleza o parque Você já visitou o Parque do Engenho? Se visitou, você deve ter notado a grande quantidade de árvores e plantas que existem no local. Mas você sabia que grande parte delas são nativas? De acordo com o dicionário, a palavra nativa significa: “Algo que se origina de um loca”l, neste caso, a flora que se origina do Brasil. Algumas das plantas e árvores nativas que se encontram no Parque do Engenho são: Cedro, Louro, Carvalinho, Ingá, Figueira, etc... Mas... Você pensa que só existem estas plantas e árvores no Parque? Errado. Também há algumas plantas exóticas e aquáticas, como a Marreca, Água-pé, Plátanos Pelo fato do Parque do Engenho estar cercado por árvores, o ambiente se torna úmido, com isso se desenvolvem muitos musgos nas árvores e pedras do local. Além disso, podemos encontrar muitas espécies de liquens. Os liquens são manchas que se desenvolvem nos troncos das árvores, e que em sua época de reprodução mudam o seu tom natural para vermelho, isso indica que estão em época reprodutiva e que irão se expandir pelo resto do tronco.

Liquens s

embalagens de produtos diferenciados, por exemplo) e algumas árvores são queimadas, ou melhor algumas partes delas...

Pedras com musgos Bom, nós já falamos um pouco sobre a flora do Parque do Engenho, Lixo presente no Parque

mas que tal descobrir um pouco sobre como elas são preservadas? Todas estas plantas e/ou árvores, sejam exóticas ou nativas, recebem a atenção de um funcionário que rege certas regras, que foram criadas pela prefeitura e, que o Parque tem de cumprir. Além disso, é proibido caçar, pescar, fazer fogo... Pois é uma Unidade de Conservação ¹. Também, é proibido cortar árvores nativas (muitas vezes os funcionários cortam árvores exóticas ², colocando nativas no “lugar”). Pelo fato de que a Secretaria do Meio Ambiente se localizar no Parque do Engenho, ela tem total responsabilidade de multar as pessoas que cortam árvores nativas em qualquer lugar da nossa região. Parte desta árvore foi queimada. Apesar de todas as prevenções que a prefeitura toma em relação ao Parque, principalmente a aplicação de multas e punições às pessoas que destroem o lugar, existe muito lixo entre as árvores (rótulos de cerveja e

Bom... Todos nós temos que concordar que o Parque do Engenho é muito importante para o nosso município, não somente porque possui uma grande variedade de plantas, mas também, pelo seu grande papel e exemplo de preservação ambiental. Devemos saber que se fizermos a nossa parte (colocando lixo no lixo...), podemos acabar com aquela imagem de muita sujeira entre as árvores do Parque e permitir que ele tenha uma variedade de plantas ainda maior, embelezando a nossa querida cidade! Para fazer este trabalho entrevistamos funcionários do Parque do Engenho e fizemos visitas ao local, também conseguimos informações com o professor Leonel. ¹ Unidade de Conservação: lugar no qual preserva a natureza, sendo um ou mais aspectos dela, e é administrada por um grupo de pessoas. ² Plantas Exóticas: são plantas trazidas de outros paises, foi levada pelo homem ao lugar que está.

Ana Paula dos Santos Zart Camila M. Bratti Volken Marina Uhry Vieira Natália Wink


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Questões sobre o Arroio do Engenho Com base em leituras e pesquisas, descobrimos que o Arroio do Engenho é uma dentre tantas áreas que merece atenção por parte da cidade de Lajeado. Quando essa cidade começou a ser construída, tudo “girava” em torno desde Arroio e de seu parque. Eles formavam o centro da cidade. O nome de Lajeado vem das certas águas que saiam do Arroio e caiam sobre os ligeiros, assim, surgindo o nome da cidade de Lajeado. Além disso, ele era muito importante para os colonizadores da cidade, pois ali estabeleciam suas moradias e iniciaram as obras de infraestrutura, assim, criando a cidade. Este importante Arroio passa pelo Parque do Engenho, além de passar por parte da cidade de Lajeado, tendo como área aproximada 10.590 m² e 3,8 km de extensão. Sua nascente está localizada no bairro Centenário e desemboca no rio Taquari. (Fonte: Wikipédia – Lajeado / Prefeitura Municipal de Lajeado) Hoje, esse importante Arroio de nossa cidade vem passando por muitos problemas, que podem gerar muitos malefícios à saúde das pessoas que moram perto, até mesmo das que transitam por perto, principalmente nos dias de enchentes. “Os cursos d’água estão recebendo desde lixo doméstico até resíduos industriais. O rio Taquari e os arroios da zona urbana recebem vários efluentes industriais, sendo que muitos ainda não possuem tratamento adequado. Os efluentes lançados são de várias origens como: indústrias de pedras semi-preciosas, fábricas de refrigerantes, curtumes, abatedouros, processamento de alimentos, e outras de menor porte. Apenas algumas indústrias realizam tratamento prévio com a utilização de processo de lodos ativados ou lagoas de estabilização. A área urbana do município de Lajeado não dispõe, até o presente momento, de rede separadora de esgoto cloacal. Encontra-se em elaboração um estudo de concepção que, num primeiro

momento, utilizará a rede de esgotos pluviais como veículo para coleta e afastamento dos esgotos sanitários.” (Fonte: Prefeitura do Município de Lajeado-Projeto da ECOPLAN). Lajeado tem como mudar esta situação e está tentando fazer isso acontecer, porém nossa cidade precisa estar mais inteirada sobre as necessidades de preservação do meio ambiente.

Essa responsabilidade não é só nossa, é também do governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Gabriela Eibel Ciane Dutra Natalia Nezmah


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Habitat dos animais no Vale do Taquari Muitos animais estão atualmente sendo ameaçados de extinção, tanto no mundo quanto no nosso Vale do Taquari, pois com os avanços das áreas urbanas estes animais acabam sendo engolidos pelas cidades. Em Lajeado, há muitos anos atrás a caça de animais nos campos e terrenos agrícolas era muito intensa, pondo assim várias espécies em perigo de extinção. E com o aumento das áreas urbanas, algumas espécies não conseguiram novamente um equilíbrio. Em Lajeado havia vários banhados, como por exemplo, o banhado ocupado pelo Unicshopping. Neste banhado havia animais como o muçum, lagartos, preás entre outros que foram expulsos. Antigamente, o local hoje ocupado pelo Parque dos Dick, abrigava um mato fechado com cobras, lagartos, pássaros, morcegos e banhados com: sapos, pererecas, cascudos, traíras e lambaris. No lugar onde hoje está o parque do Engenho, havia macacos, lobos guarás e jaguatiricas. Estes animais acabaram desaparecendo, em função do crescimento da cidade. O governo busca criar projetos de delimitação de áreas para estes animais, deixando-os protegidos, porém eles ainda são poucos. Talvez pudéssemos fazer áreas de proteção e quando tivessem animais em excesso, nas áreas de proteção, liberar a caça controlada, pois a sinergia ambiental, hoje é muito praticada na Europa, consiste em manter o controle populacional dos animais dentro das áreas de proteção ambiental através de um rígido controle de fiscalização. Fazendo isso seria um bom projeto,

em nosso ponto de vista. A Univates criou um Museu de Ciências Naturais que desenvolve projetos de estudos sobre a fauna de animais invertebrados: ácaros, aranhas e insetos. Tem o objetivo para dar suporte a programas de controle biológico de ácaros e insetos. O setor também identifica ácaros, aranhas e insetos coletados pela comunidade do Vale do Taquari. Além disso, o projeto de animais vertebrados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos do Vale do Taquari, presta serviços de assessoria em monitoramento e manejo de fauna e difunde conhecimentos sobre a fauna regional. Com este trabalho percebemos que muitos animais foram extintos pelo crescimento das cidades e pelo desmatamento e poluição dos arroios e rios. Para o crescimento das cidades no Vale do Taquari, os animais tiveram que fugir ou morreram, pois seu espaço foi ocupado por casas e plantações. O trabalho desenvolvido pela Univates é de grande importância para

o Vale do Taquari tanto no controle biológico de espécies, como na identificação de espécies.

Adriel J. Mittelstadt Henry F. K. Grizotti Jacson H. C. Rodrigues Murilo A. Tramontini Thomas F. Pithan


Legislação O Parque do Engenho é um patrimônio de todos e é nosso dever protegê-lo. Para isso acontecer é necessário ter regras para manter a sociedade organizada e proteger o meio ambiente da ação do homem. Nos dias atuais, o homem não tem controle de suas ações perante a sociedade tecnológica que ao mesmo tempo é consumista. Ele destrói matas, contamina rios e o ar que respiramos, devido a sua ganância e sua ambição, pois o que importa para o homem são os bens materiais. Para manter a ordem existem leis ambientais no país, estado e município, cada uma adaptada com a necessidade do meio ambiente local, como a lei municipal 5.835/1996, que estabelece procedimentos para a proteção do Meio Ambiente municipal considerando-o como patrimônio comum da coletividade, dever do Poder Público e de todas pessoas e entidades

na sua proteção. O Parque do Engenho tem diversas leis ambientais, que protegem a fauna, a flora, e o arroio, do corte de árvores e da poluição. Para garantir que as leis sejam cumpridas é necessário fiscalização, que é feita pelo SEMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente). Ela inspeciona instalações industriais, comerciais, e outras para avaliar a poluição ambiental. Mas mesmo havendo fiscalização, muitos cidadãos não cumprem as leis e, por isso, são punidos conforme o crime ambiental, às vezes sendo necessário plantar árvores, outras vezes, pagar certa quantia em dinheiro ou até mesmo a prisão. O dinheiro das multas é utilizado na preservação do meio ambiente do município, como o Parque do Engenho. A SEMA, apoiada nas leis, decide a punição a ser aplicada aos “criminosos ambientais”.

Ana M. Dullius Júlia Purper Luísa H.C. de Siqueira Rafaela B.Zagonel


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Arroio do Engenho 1.1 – A Microbacia do Arroio do Engenho A microbacia tem como área 10.590 m². Nasce no atual bairro Centenário, atravessando os bairros Olarias, Montanha, Florestal, São Cristóvão, Americano, Hidráulica e Centro, até desembocar no Rio Taquari. Segundo a revista Livro da Água, trata-se de um arroio histórico, muito importante para os colonizadores que ali moravam e criaram suas primeiras obras de infra-estrutura, um grande apoio para a cidade de Lajeado. Passando pelo Parque do Engenho, o Arroio, já no seu trecho final, próximo ao centro da cidade, sofre inundações pelo represamento e refluxo devido às cheias do Rio Taquari. Neste trecho também atinge áreas urbanas. Infelizmente hoje em dia, a água bruta retirada do Rio Taquari apresenta grandes quantidades de coliformes fecais, provenientes, principalmente, de lançamentos de esgotos domésticos e industriais. 1.2 – Captação, Abastecimento e Qualidade da Água Para a cidade de Lajeado, o Rio Taquari é e sempre será o principal ponto para o abastecimento da população. Os lençóis freáticos de água não são o suficiente para toda a população. A média mensal de coliformes fecais é de 7.500 para cada 100 ml. Nas análises executadas não há vestígios de metais pesados na água. 1.3 – Pelas águas vem navegando a Poluição “Sabe-se que a água não tem recebido da humanidade o respeito e atenção que merece. Ela é um elemento tão presente no cotidiano que, às vezes, até passa desapercebido. Mas o desperdício e a falta de cuidados com a água colocam em risco não apenas a saúde das pessoas, como a própria existência de vida na Terra. Em busca do desenvolvimento, o homem vem causando a poluição dos recursos hídricos. Segundo Mota (1988), as fontes de poluição mais significativas são: * esgotos domésticos; * esgotos industriais; * esgotos hospitalares; * resíduos sólidos mal gerencia-

dos;

* resíduos agrosilvopastoris (excremento de animais, pesticidas e fertilizantes); * águas do escoamento superficial. Todas essas fontes de poluição podem causar vários tipos de alterações nos cursos da água. As alterações podem ser de caráter físico, químico e biológico. 1.4 – Esgoto nosso de cada dia Quase ninguém para pra pensar, para onde vai a água depois que puxamos a descarga dos banheiros de nossa casa. Dependendo da instalação que temos, essa água pode ir pro meio ambiente, poluindo-o com resíduos orgânicos e coliformes fecais. Conforme o IBGE, mais de sete milhões de casas brasileiras situadas nas zonas urbanas, não descartam corretamente seus resíduos. Vários possuem o que se chama fossa negra: um buraco, cercado de tijolos, com o fundo sem cobertura, que recebe todos os produtos de pias, ralos e vasos sanitários de casa. 1.5 - Entrevista A seguir, a entrevista realizada com Laura Barbieri de Oliveira, dirigente da equipe de educação ambiental e chefe de serviços do Jardim Botânico: Grupo: Como é o tratamento do Arroio do Engenho pelas pessoas que trabalham no parque? Laura: Existe um funcionário da Secretaria do Meio Ambiente que trabalha o tempo todo ali, fazendo a limpeza, varre as folhas das trilhas, poda árvores ou se encontra algum animal machucado... Até mesmo para proteger as pessoas, porque, às vezes, podem passar de carro/bicicleta muito rápido, então ele cuida da segurança do local também, pois muitas pessoas caminham no parque. Ele cuida da estrutura como um todo. Grupo: Há algum tratamento específico com a água do arroio? Laura: Não... Não tem nenhum tipo de tratamento. Só antes da revitalização do parque, quando foi feito o projeto, o que a gente fez foi fazer o encanamento do esgoto, daí ele foi fechado.

Grupo: Precisa ter algum culpado pela poluição do arroio. Muita gente coloca a culpa no governo, mas na verdade é a própria poluição não é mesmo? Laura: Com certeza, a culpa é de toda a comunidade. Aqui em Lajeado agora que a gente está começando a por em prática algumas estações de tratamento de esgoto, mas na verdade o esgoto de todas as nossas casas vai pros cursos da água... Então, é um compromisso que cada um de nós tem, porque não adianta apenas uma pequena parcela fazer do jeito certo. Grupo: Mas porque não criam uma lei para que o esgoto não seja despejado no Arroio? Laura: Por que precisa ter uma infra-estrutura para a gente poder cobrar isso da população. E é bastante cara. Nenhum município aqui da região consegue tratar todo o esgoto, mas já existem projetos até em alguns bairros, então eles já estão sendo colocados em prática. A idéia é que alguns bairros tenham esta estrutura para os próximos anos. Grupo: De que modo o crescimento da população na cidade influencia na poluição do Arroio? Laura: Quanto maior a população, maior a poluição. Em relação ao lixo, por exemplo, é a mesma coisa: coleta seletiva. O problema não é que a população está aumentando, é a população aumenta e as pessoas continuam sem fazer a separação correta do lixo.

Laura, Ana Clara e Vitória

Ana Clara Hoff Victoria Palm Vitória Metz


Histórico do Parque do Engenho O tema proposto ao nosso grupo foi de pesquisar sobre o histórico do Parque do Engenho. O Parque do Engenho, nome popularmente dado a este, é muito antigo, todavia, suas informações não são precisas. Vários autores escreveram sobre este parque, porém cada um relatou conforme seus interesses de descobrir informações sobre o parque e acontecimentos deste para hoje ser considerado um dos grandes símbolos de Lajeado. Nossas buscas por informações se deram na internet, e de livros da secretaria municipal, localizada ao lado da entrada do parque, mas que continham informações diferentes. Todo material conseguido foi relatado a seguir num breve texto. O Parque do Engenho é considerado pelos historiadores muito importante para a cidade quando durante seu desenvolvimento, principalmente por conter o moinho que era fonte de trabalho naquela época. Atualmente, o espaço abriga a sede da Secretaria do Meio Ambiente e Vigilância Sanitária, a gruta construída em homenagem a Virgem Maria, além de trilhas para caminhadas, lago e a ponte do Parque do Engenho. O local tem aproximadamente 31,847 km quadrados e o parque se localiza no bairro americano. O engenho foi uma das primeiras construções de Lajeado. O parque dispõe de dois nomes: Parque do Engenho, popularmente conhecido e Parque Municipal Schlabitz, relacionado ao nome do último proprietário

do parque. O Parque do Engenho foi construído em 1891 pelo engenheiro Henrique Luiz Jaeger. A estrutura do parque na época, segundo o site lajeado-rs.com.br, feita por escravos era composta de engenho de serra e por um grande açude represado no arroio Lajeado, fornecendo desta forma, a energia hidráulica, necessária para a movimentação do engenho. Em 1941, ele foi destruído por uma enchente, sendo então reconstruído para permanecer como anteriormente devido a força com que foi afetado que quase o destruiu por completo. Essa reconstrução se deu principalmente para preservar uma das principais fontes de cultura de Lajeado, o Parque do Engenho. A relação do Parque com o desenvolvimento da cidade consolidouse também pelo moinho localizado no Parque. A água era utilizada para afazeres domésticos e para o trabalho, já que grande parte do rio era utilizada para consumo. O moinho não é mais usado para trabalho nos dias de hoje, encontra-se somente para exibição e o mantém sua relevância é que este pertenceu à Antonio Fialho de Vargas. Como fundador e patriarca de Lajeado, estabeleceu-se na cidade, junto com os primeiros habitantes. Adquiriu fazendas, promovendo a colonização local. O Parque do Engenho é muito fresquinho devido a umidade do rio. Dispõe de uma grande biodiversidade de pássaros. É um lugar ótimo para passear e com um dos ares mais limpos

de Lajeado. O rio, por falta de tratamento não encontra-se em condições de banho. É necessário um tratamento para “despoluir’’ o rio, entretanto isto acarretaria um grande custo que deveria ser pago pela prefeitura. Concluímos que por falta de fiscalização e respeito da população, o Parque do Engenho que no passado, foi muito útil, hoje encontra-se em más condições de frequentação, os bancos estão destruídos, a água está poluída e há muitos atos violentos dentro de seu espaço. Isso é lamentável, pois o parque é muito bonito e bem localizado. Na nossa opinião, a principal solução é aumentar a fiscalização, impedindo a ação de criminosos e vândalos, o uso de drogas e tornando este mais habitável e mais valorizado.

Bernardo Pozza Francisco Schroeder Germano Reis Vicente Diel


Meio Ambiente Atualmente, devido ao aprimoramento dos instrumentos e técnicas de trabalho, o ser humano já atingiu os mais remotos e antes inabitáveis lugares do planeta, extraindo deles os recursos necessários para a sua sobrevivência. Explorar os recursos da natureza, além de importante, é necessário para que nós humanos possamos viver, mas devemos fazer isto de forma racional, extraindo somente o necessário para termos uma boa qualidade de vida, o que é difícil em uma sociedade capitalista e consumista, onde somos julgados pelo que temos, e não pelo que somos. Movidos pela ganância, fomos extraindo cada vez mais e mais recursos da natureza, traçando um caminho autodestrutivo cujo destino é uma séria crise ambiental que coloca em risco nossa existência. A crise está avançando de forma muito rápida, intensificada pela industrialização, que aumentou a poluição e os problemas ambientais, isso por que: - Com o avanço da indústria, os produtos estão cada vez mais rápidos e fáceis de produzir, o que faz com que aumente a produção, necessitando assim de cada vez mais recursos da natureza. - O processo de produção é extremamente poluente. - Vivemos em uma sociedade consumista, e por isso a demanda de produtos é muito grande, necessitando assim que muitos sejam produzidos. - O avanço da tecnologia é bom, e faz com que sempre haja um novo e melhor produto nas prateleiras, mas as pessoas acabam usando isso como desculpa para achar que os seus velhos produtos são ruins e que eles têm que comprar um novo e mais moderno, e em mãos erradas os produtos que as pessoas não usam mais acabam sendo jogados nas ruas, o que gera poluição e pode causar problemas de saúde. Se a situação se mantiver assim, e a crise ambiental continuar avançando de forma acelerada, ela logo atingirá um estado no qual será muito difícil de revertê-lá, mas não impossível, e para isso teremos que mudar a nossa forma

de agir, nos preocupando mais com o meio ambiente. A hora de fazermos alguma coisa é agora. O primeiro e talvez o mais importante dos passos para revertermos a crise ambiental é ensinando as pessoas a terem consciência ecológica, pois se não mudarmos a mente do homem não mudaremos a sociedade. Por meio da consciência ecológica as pessoas poderão repensar seus atos, mudar suas ações e forçar o governo a criar leis a favor da natureza e sua preservação. Mais importante que criar as leis é colocar elas em prática, aumentando a fiscalização e impondo penas mais severas pela agressão ao meio ambiente, pois nos parece que o ser humano só muda o que faz quando teme que algo aconteça para si. Após combatermos as ações contra o meio ambiente devemos fazer a recuperação das áreas degradadas, para devolver ao local as suas características, a estabilidade e o equilíbrio dos processos lá atuantes. Algumas ações que podem ser feitas são: plantio de árvores, limpeza da água, reposição de alguns exemplares da espécie dos animais atingidos, etc. Depois de termos feito tudo isso, não devemos voltar a cometer os mesmos erros, mas sim aprendermos a evoluir em equilíbrio com a natureza, utilizando aquilo que ela tem para nos oferecer sem prejudicá-la. Para isso, devemos fazer uso das energias limpas (eólica, hidroelétrica, solar...), das tecnologias limpas, ecológicas (carro elétrico, solar, máquinas que não agridem muito o meio ambiente...) e devemos realizar pequenos atos em nosso dia a dia que causarão um grande e positivo resultado (separar o lixo, poupar água, usar energia solar, fazer cisternas, poupar comida, usar carro somente quando necessário, comprar produtos ecológicos, que não agridem tanto o meio ambiente...). O trabalho que temos pela frente é longo, muito difícil, e têm vários obstáculos, cujo principal deles são as grandes empresas, e também as mais poluidoras, que por terem muito dinheiro e poder impedem o crescimento

da indústria ecológica e as ações do governo. Mas não são só as grandes empresas as culpadas, as pessoas também tem sua parcela de culpa, pois deixam de comprar produtos ecológicos pois são mais caros e não tão bonitos. Devido a esse contexto, não espere que os outros façam uma boa ação, faça você, ajude o meio ambiente e a você mesmo, para que possamos reverter a crise ambiental, corrigir aquilo que foi feito e para que possamos assim, viver sem medo de que a nossa existência possa estar em risco. Na região onde eu moro, alguns projetos já estão sendo realizados para ajudar o meio ambiente. Eles são: MEIO AMBIENTE NA ESCOLA Este caderno do jornal Informativo dá lição de ecologia e de conservação ambiental. As coisas estão se renovando, e com isso surgiram as Olimpíadas Ambientais, que tem como objetivo estimular o engajamento da comunidade escolar e regional por meio de ações ambientais que envolvem direção, professores, funcionários, alunos e comunidade. As tarefas da olimpíada são: o plantio de árvores, recolhimento e destinação de garrafas pet, latinhas e óleo de cozinha, e confecção de embalagens ecobag. As equipes vencedoras ganharão prêmios por terem ajudado ao meio ambiente. CORREDOR ECOLÓGICO O trabalho teve início em 2001, e tem como objetivo buscar a implementação de ações que resultem na proteção dos recursos hídricos da região por meio do plantio de árvores e da conscientização das famílias que vivem em propriedades ribeirinhas. Para tanto, o Ministério Público busca os responsáveis pelas áreas à beira do rio para que eles assinem termos de ajustamento de conduta para recuperação da mata ciliar. Daniel Melo Pivatto Caetano Rutsatz Lucas Alberto Gorgen Felipe Heberle Lunkes



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