Jornal O Semeador Dezembro 2024

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Informativo do Sínodo Espírito Santo a Belém

Advento, Natal e Ano Novo: Tempo de renovar a esperança

Querido leitor e querida leitora.

Está chegando em suas mãos mais uma edição do jornal do Sínodo Espírito Santo a Belém, o jornal “O Semeador”. O Semeador está completando 46 anos de existência. Durante a sua existência foi portador de muitas notícias, reflexões e meditações. Suas edições guardam boa parte da história das nossas comunidades. Estamos na era das comunicações virtuais, no entanto “O Semeador” ainda é acolhido com muito carinho pelos nossos membros. Ele nasceu no 10º Concílio do Distrito Eclesiástico Norte do Espírito Santo (DENES) realizado em Itaguaçu, em abril de 1978. Logo foi adotado pelo Distrito Eclesiástico Sul do ES (DESES). As jovens da centenária Paróquia de Crisciúma, Ângela Maria Tressmann Erdmann e Italina Wolfgram lhe deram o nome de “O Semeador”. Ele continuou a missão do velho Heimatbote (Folha de Notícias), que circulava entre as comunidades capixabas, desde os anos de 1930, trazendo as mais diversas notícias familiares, acontecimentos comunitários e reflexões. A finalidade deles, do Heimatbote e do Semeador: Unir as comunidades.

Estamos chegando ao final de mais um ano. Um ano difícil. Guerras na Ucrânia, na Palestina... Enchentes inimagináveis, que inundaram a Grande Porto Alegre e muitas outras cidades gaúchas, mas também presentes pelo mundo afora. Secas e grandes incêndios. Além disso, tivemos as eleições municipais onde elegemos os/as prefeitos/ as e vereadores/as dos municípios brasileiros.

Na mensagem desta edição, o pastor Alesandro Linhaus Binow nos fala do Emanuel, o Deus conosco. Na noite de Natal, Deus se fez humano no mais inesperado de todos os lugares: A manjedoura de Belém, entre os animais e a simplicidade da vida. Esse feito amoroso de Deus, nos dá a certeza da Sua presença entre nós. Na sua reflexão, o pastor Ido Port, nos lembra do Natal de 200 anos atrás, celebrado pelos nossos antepassados recém-chegados ao solo brasileiro. Era uma terra estranha. O catolicismo era a religião oficial. Não havia os confortos das festas natalinas de hoje. O que lhes deu força e esperança foi a mensagem da pobre e humilde criança nascida na manjedoura de Belém. Essa mensagem foi comunicada pelos anjos aos sofridos pastores que se alegraram e se sentiram incluídos no anúncio da Boa Nova. No anúncio do Emanuel, que nascia na estrebaria, os nossos antepassados se sentiram incluídos e seguiram adiante. Na crônica, o pastor Ido traz uma preciosa reflexão sobre o viver em paz.

Neste ano o nosso Sínodo se reuniu para a sua XIV Assembleia Sinodal. A assembleia foi realizada na ADL entre os dias 31/08 a 01/09, com a presença de 212 delegados/as. O secretário de missão da IECLB, P. Odair Airton Braun trouxe a reflexão sobre missão. Fazer missão é dizer: Eis me aqui, conforme Isaias 6.8. Ser missionário/a é servir com amor por meio do cuidado e da promoção de vida digna para todos/as. A seguir, o professor Walter Có trouxe uma reflexão sobre o tema: O cuidado com a natureza. Esse cuidado é urgente, tendo em vista o aquecimento global. O aquecimento global não é mais uma previsão. O aquecimento global é realidade. As lideranças das comunidades e paróquias propuseram ações que visam reflorestar áreas degradadas, evitar o uso dos descartáveis nas comunidades, uso racional da água, energia solar, etc. Além da Assembleia do Sínodo tivemos ainda o XXXIV Concílio da Igreja realizado entre os dias 16 e 20 de outubro, em Brasília. Foram aprovadas as metas missionárias para os anos de 2025 a 2030. Essas metas serão orientação para a caminhada da IECLB. As metas promovem a defesa da vida, a paz, a justiça e a criação do bem-estar físico, espiritual e emocional das pessoas. As metas refletem o desejo das comunidades sobre as práticas e desafios missionários. Duas grandes diretrizes foram estabelecidas: Fortalecer a vitalidade comunitária e o crescimento integral e, fortalecer o testemunho público.

Foram realizadas muitas atividades nas comunidades e paróquias do Sínodo: A Campanha da Missão Vai e Vem auxiliará São Luís, no Maranhão, as paróquias de Baixo Guandu, Barra de São Francisco e Vitória. Tivemos o 38º Encontro Capixaba de Metais, realizado em Rio das Pedras, Canto jovem e encontro de metais, OASE, pedalada ecológica, projeto renascer, Bibliolog, Formação de Regentes, Celebração do Dia da Reforma na UP Santa Maria e em diversas celebrações comunitárias ou paroquiais, Encontro de Flautistas. Em Gravatá - PE o 11º concurso de bonecos/as do Pro Ludus. O estudante de teologia Ivan Gomes, agradeceu as ofertas para aquisição de livros.

O pastor Lohan Schulz Tesch compartilha conosco, na coluna da Presença Luterana, um precioso relato dos 99 anos de Presença Luterana no Nordeste. Além desse, temos a comemoração dos 15 anos da paróquia Unida e o jubileu dos 100 anos da Paróquia de Crisciúma e de 110 anos da paróquia de Laranja da Terra.

Que esta edição do Jornal “O Semeador”, através das suas notícias, reflexões e mensagens, nos inspire a seguir adiante com fé e esperança. Fé e esperança, que o Emanuel, Deus Conosco quer nos presentear.

Abençoado tempo do Advento, Natal e Ano Novo.

Endereço | Rua Engenheiro Fábio Ruschi, 161 Bento Ferreira, Vitória – ES, CEP 29050-670

Telefone | 27 99719-0690 e 27 99788-6625

E-mail | secretaria@sesb.org.br

Internet | luteranos.com.br/sinodo/espirito-santo-a-belem

O Semeador é uma publicação trimestral informativa destinada às Comunidades, Paróquias, Uniões Paroquiais e Instituições do Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB), da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

Correção | P. Ismar Schiefelbein, P. Rubens Sthur, P. Edivaldo Binow, P. Joaninho Borchardt, P. Ronei Odair Ponath, P. Stefan Krambeck.

Projeto gráfico | Willi Piske Júnior

Diagramação | Adriana Serrano

Conselho de Comunicação | P. Ismar Schiefelbein, P. Rubens Sthur, P. Edivaldo Binow, P. Joaninho Borchardt, Miss. Franciele Kampke Esteves, P. Ronei Odair Ponath, P. Stefan Krambeck, Nilza Buss.

Colaboradores | P. Alesandro Linhaus Binow, Ido Port, Wendel Ponaht Blanck, Fredolin Boldt, Prof. Alex Reblim Braun, P. Edilson Tetzner, Josefa Maria da Silva, Willa Buecker, Segleinda Neumann, Ivan Gomes, P. Jianfranco F. Berger, Solange Magdalena Petter Hell, Emanuely Henke, Juliana Reetz, Allaf Barros, Jorge Fernando Cunha, P. Lohan Schulz Tesch, P. Willian Kaizer de Oliveira, Angela Maria Tressmann Erdmann, P. Hilquias Rossmann, P. Odair Airton Braun, Angelita Minélio da Silva, Nelzileide Evald, Lucelene Barloesius das Neves Luxinger, P. Wonibaldo Rutzen, Meirlyane Peters, P. Evandro Elias, Scheila Kempin, P. Yarlles Ramlow Klistzke, P. Rubens Sthur, P. Nivaldo Geik Völz, P. Vitorino Reetz, Vinícius Ponath, Andréia Kopp, Scárlatte Timm Binda Klemz, P. Ronei Odair Ponath, Ana Caroline Völz Ponath.

Distribuição e Correspondências | Sínodo Espírito Santo a Belém – IECLB

Secretária/Administração | Nilza Buss

Tiragem | 7.520 exemplares

Os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores.

Orientações para enviar matérias para O Semeador

Para enviar uma matéria ao jornal O Semeador, procure seguir as seguintes orientações:

• Que a notícia mostre algo especial, incomum à vida da comunidade.

• Que as notícias dos acontecimentos possam cumprir uma função missionária, ou seja, que despertem e motivem para seguir a mesma ideia.

• Divulgar notícia de cunho histórico, como lançamento de pedra fundamental, inauguração, um encontro especial, algo que vá ficar registrado como momento único.

• Que a matéria traga, além da notícia em si, na medida do possível, uma reflexão sobre determinado tema abordado no evento;

• Que a notícia seja escrita de forma atraente, noticiando o essencial; evitar textos que tenham caráter de ata.

• Enviar fotos com boa resolução; isso dá mais qualidade à impressão. Esperamos contar com sua compreensão e colaboração para, juntos, melhorarmos cada vez mais a qualidade do nosso jornal!

Facebook | facebook.com/sinodoluteranoesbelem Fechamento da próxima edição: 04/02/25 Mande informações, notícias e/ou fotos para o e-mail secretaria@sesb.org.br

Rubens Stuhr Santa Maria de Jetibá

Mensagem

Emanuel: Deus conosco

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco” (Mateus 1.23).

Quando criança, eu gostava de ficar admirando o céu e toda a sua imensidão, principalmente porque ali “morava o papai do céu”, esse Deus que, como ensinado, era tão bondoso e atencioso. Deus que cuidava de todas as pessoas. Eu só não conseguia entender como ele fazia isso tudo estando tão longe, tão distante de nós. Com o crescimento e o amadurecimento na fé a gente passa a compreender que o céu bíblico é muito mais do que um espaço geográfico. Mas, principalmente, a partir dos ensinamentos e experiências de vida, eu compreendi que Deus não é um Deus distante, muito pelo contrário, ele é um Deus presente. No primeiro capítulo do Evangelho, registrado por Mateus (1.18-25), nos é relatado o momento em que um anjo aparece em sonho a José, anunciando que Maria dará à luz ao filho de Deus e, como o profeta Isaías já afirmara (Isaías 7.14), essa criança “será chamada pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). “Emanuel” nos lembra que o nosso Deus se faz presente entre sua criação, se faz próximo dos seus filhos e de suas filhas. A concretude dessa presença, dessa proximidade se dá em Jesus Cristo.

Naquela noite em Belém, Deus se fez humano no mais inesperado dos lugares: uma manjedoura. Ali, entre animais e a simplicidade da vida, nasceu o menino Jesus, a concretização viva de que Deus está conosco. O evangelista João expressa isso ao dizer que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14). Não mais uma presença abstrata, mas Deus habitando a terra, caminhando em nosso meio, conhecendo nossas dores e medos, ensinando, pregando e curando (Mateus 4.23).

Saber que Deus é “conosco” oferece um amparo que muda a forma de lidar com os desafios: Ele não está longe ou desinteressado, mas ao nosso lado. Essa certeza gera força para seguir em frente e tranquilidade para descansar, confiando que, mesmo nas situações de maior dificuldade, há uma presença fiel, que entende, acolhe e ampara.

Deus é onipresente. O céu também faz parte de sua criação, também está sob seu alcance. Mas é entre a humanidade que ele se encarnou. Ao “olharmos” para a manjedoura do menino Jesus, bem como para a cruz do Cristo crucificado e ressurreto é que podemos ter a certeza da sua presença entre nós e, principalmente, do seu amor incondicional. Que a Sua promessa nunca seja esquecida por nós: “Eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28.20b).

Reflexão

Natal em 1824

Lembramos dentre as fileiras da IECLB a chegada de nossos antepassados para o Brasil.

Este processo da migração dos povos nórdicos para a América teve início no final do século XVIII e, para o Brasil, tem-se como marco o século XIX, mais precisamente a data de 25 de julho de 1824, quando aportou o primeiro grupo às margens no Rio dos Sinos, próximo à Feitoria de Linho Cânhamo, onde foram abrigados. Para os que se lançaram nestas viagens era uma aventura para o desconhecido com o único propósito de começar vida nova, num lugar diferente. Esta era a realidade, e claro, sem o mínimo de conforto. Abandonaram sua terra natal, pois não havia mais terra para trabalhar, não havia mais emprego. E com a terra fraca e sem emprego veio a fome. Quem ainda teve fôlego se aventurou seguindo os rumos da propaganda oficial de que no Brasil era bom.

Os que anteriormente já haviam chegado a Nova Friburgo não tinham nada de muito promissor a sua frente. O seu primeiro marco na nova terra era preparar um espaço para o cemitério de seus mortos. Relatos que sobraram destes primeiros imigrantes não são lá tão românticos como costumamos pintar na nossa história.

Os que chegaram ao RS foram acolhidos na senzala desativada do Linho Cânhamo, em Feitoria Velha/RS. Encontraram uma terra diferente e estranha, mas que os acolheu.

Tudo era novo, começando pelos hábitos, pela língua e pela religião. Não viram nenhuma torre como sinal de sua igreja. Tinham acabado de chegar num país que tinha como religião oficial a católica, e eles eram os protestantes. Não existiam cartórios para registros públicos. Os registros eram feitos pelos padres nas casas canônicas, claro, de seus fiéis católicos. Imaginem o impacto que isso causou numa época em que ainda não existiam as relações ecumênicas.

A prática da fé não católica não podia ser expressada publicamente. É de se maravilhar o fervor religioso destes nossos pioneiros que resistiram a todas as tentações e pressões para abandonarem sua caminhada religiosa e se converterem para a religião oficial do país no qual haviam chegado. Diante deste preâmbulo já podemos imaginar que o Natal em 1824 das famílias estabelecidas em São Leopoldo/RS, não foi nada daquilo que hoje conhecemos no mundo moderno consumista. A história do peru na ceia de natal ainda não era conhecida e a Coca-Cola não existia.

Penso que neste primeiro natal as famílias acomodadas na senzala da feitoria se encontraram e leram em Lucas 2 a história dos pobres pastores que viram uma estranha luz que os conduziu à manjedoura de Belém. Onde, conforme Lucas nos relata, também não havia peru assado, panetone, chocolates e nem Papai Noel ao nosso jeito. Penso, com base neste relato, que eles cantaram do hinário: “Eu venho a vós dos altos céus”, de Martim Lutero, “Vinde a Cristo, vinde unidos”, de Paul Gerhardt e outros hinos de natal destes dois autores.

Noite Feliz tinha acabado de surgir numa paróquia católica na Áustria. E o pinheirinho na igreja? Como, se igreja não podiam ter? Muita ornamentação e conforto de hoje não era conhecido, não lhes fazia falta, pois o nascimento de uma pobre criança comunicado por meio de uma estranha luz aos sofridos pastores e o canto dos anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas dos céus! E paz na terra entre as pessoas a quem ele quer bem”, valia muito mais, e por isso cantaram: “Vinde a Cristo, vinde unidos”.

Texto P. Ido Port

A ilha da paz

Em algum lugar, no distante Oceano Pacífico, existia uma ilha diferente de todas as outras até en tão conhecidas.

Nosso náufrago, depois de dias à deriva neste imenso mundo de águas sem fim, avistou no horizonte uma faixa branca. Sem poder definir o que era ao certo, fixou seu olhar naquela direção. Aos poucos foi percebendo que esta faixa crescia. Demorou mais um pouco e se deu conta que não era a faixa que crescia, mas sua improvisada jangada estava sendo conduzida n aquela direção.

Depois de algumas horas nesta curiosa expectativa do que isto seria, evidenciou-se que era uma praia de mais uma possível ilha estranha. A tarde já estava longe quando finalmente foi empurrado suavemente pelas ondas ao encontro da imensa praia de areias brancas. Ficou ali estirado à beira-mar descansando por um momento. Em seguida, aprumou-se e arriscou seguir terra adentro. Como estava só, não tinha nada a perder. Em princípio, parecia uma ilha deserta, mas logo, na subida da ladeira arenosa, vislumbrou terra trabalhada e construções.

Foi achado por um povo estranho. Um povo com estrutura física, cor e fala diferentes. Cercado por um grupo de gente, que parecia serem pescadores, gesticulavam e o convidavam de forma pacífica para a caminhada. Não muito longe encontraram uma aldeia. Na sua chegada sucedeu-se um alvoroço. De todas as tabas e ocas surgiam pessoas, sobriamente vestidas e aparentemente curiosas por novidades. Depois de uma breve reunião, um homem de mais idade o levou para a sua própria casa, onde ganhou roupa, comida e um pequeno quarto para se recompor. Nesta casa, por meio de gestos, foi aprendendo a estranha língua e o jeito do dia a dia. O povo vivia, trabalhava e cultivava coco, do qual tirava o necessário para equilibrar seu cardápio de peixes que vinham do mar.

Atento a todos os jeitos de trabalho e comunicação, constatou que ninguém portava armas, também não havia guardas, não havia brigas. Fora salvo de seu naufrágio por um povo pacífico que vivia numa ilha onde não se con hecia a guerra.

Convivia e aprendia. O tempo foi passando. Um dia, na pescaria em alto mar, viu um navio com a bandeira de sua pátria. Fez sinal de socorro, despediu-se de seu grupo de amigos e foi içado ao convés do en orme cargueiro.

Chegando a sua terra natal, foi recebido com festa, passeou no alto do caminhão dos bombeiros desfilando pela rua principal da cidade, acompanhado pela banda militar e em cada esquina havia um foguetório.

Após alguns dias de reintegração no seio de seus familiares, recebeu uma surpreendente visita. Um agente da segurança nacional pediu para acompanhá-lo ao departamento de investigações dos

acontecimentos estranhos e prestar informações. Lá, teve que responder a um enorme interrogatório. Primeiro, sobre o naufrágio, mas o maior era sobre a índole do povo que o salvou, sua organização política e sua defesa. Após horas de maçantes perguntas foi liberado natural e pacificamente.

Não muito tempo depois leu, nas manchetes dos principais jornais, que sua honrosa nação havia conquistado mais uma ilha perdida no Oceano Pacífico. Nos pormenores estava explicado em detalhes que a ilha era habitada por um povo indolente, culturalmente atrasado, com crenças ultrapassadas, ateu, sem nenhuma organização militar e, por isso mesmo, não apresentou nenhuma resistência à ocupação. Após muita procura e pressão para lhes apresentar o chefe, lhes apareceu um velhinho com cara de bondoso e pacífico. Chefe eles não conheciam. Depois evidenciou-se que este velhinho era o líder nato a quem recorriam nos momentos de apertos à procura de conselhos e orientações. Calmo, sem armas, sem guardas e sem resistência, entregou-se ao corpo da ordem, sendo levado algemado à praça central onde diante de toda a população presente foi interrogado, julgado e friamente executado, não sem antes receber a extrema unção pelo capelão presente na expedição. Este gesto serviria de exemplo para que ninguém ousasse contrariar as ordens do novo comando da grande nação com a bandeira da democracia a ser implantada no mundo to do. Sua culpa:

- Não apresentar resistência para defender seu povo diante de uma invasão;

- Não ser democrático n em republicano;

- Ser um ignorante em estratégias de defesa s continentais;

- Não conhecer nenhuma prática de defesa pessoal;

- Não ter nenhuma indústri a de armamento;

- Não saber o que é canhão ou ta nque de guerra;

- Não possuir sequer uma única esquadr ilha de fumaça;

- Não possuir uma frota naval com submarinos e um corpo de marinheiros altamente qualificados para defender suas co stas marítimas;

- E como delito principal: não ensinar a seu povo as belas artes das discussões, notícias falsas, difamações, briga s e guerrilhas.

E a mais grave: ensinar a viver em paz.

Veredito: Um chefe de Estado assim não merece cargo e nem viver.

Para que o povo aprenda:

A trabalhar e produzir comida em abundância para exportar.

Em troca ganhará mestres e professores que ensinarão novos jeitos de viver. Vão construir delegacias e cadeias. Vão formar companhi as e batalhões.

Foi achado por um povo estranho. Um povo com estrutura física, cor e fala diferentes. Cercado por um grupo de gente, que parecia serem pescadores, gesticulavam e o convidavam de forma pacífica para a caminhada. Não muito longe encontraram uma aldeia. Na sua chegada sucedeu-se um alvoroço. De todas as tabas e ocas surgiam pessoas, sobriamente vestidas e aparentemente curiosas por novidades.

Crônica

Quanto mais trabalharem e mais produzirem, mais ajuda ganharão, como tecnologia para investigar o subsolo na procura de riq uezas minerais.

Receberão tecnologia para implantar grandes indústrias de transformação e todos os produtos poderão ser negociados livremente em troca de mais maquinário, mais tecnologia para aprimoramento a servi ço da produção.

Que o povo desta nova terra bem adestrado fique ávido por riquezas a copiar do novo mundo para onde mandará seus filhos inteligentes aprenderem artes científicas e, sem saber, também ter contato com as arte s de sabotagem.

Tudo isso em liberdade, observando apenas uma única cláusula: Não fazer nada mais forte do que na nação da democracia. Nunca fabricar bomba atômica.

Nunca ficarem com os filhos inteligentes, estes devem ganhar bolsas de estudo nas grandes universidades como Harward, Boston... para ali serem despojados de sua capacidade intelectual e, por meio de sutis lavagens cerebrais, poderem aceitar a nova, moderna e perfeita cultura do mundo da democracia. Para depois voltarem

para a ilha a serviço de seus patrões intelectuais. Quem sabe eles serão úteis na escalada do espaço para cujos alcances a matemática do dia a dia será obsoleta? Com todos estes investimentos diabólicos, mas que o bem adestrado povo via como progresso, a nação viajava para os quatro ventos e conquistava bons adeptos, depois de dominada e esmagada sua liderança. A liderança? A Paz, que nesta ilha, era a encarn ação em pessoa.

Para a nossa reflexão:

Somos estimulados desde crianças para a competição. Uma competição sem limites. Uma competição que sempre precisa ganhar. Perder é vergonha, é sinal de fraqueza. Precisa ser forte para estar por cima. Galgar escadas cujos degraus foram construídos e cimentados com suor e sangue humano alheio.

Vivemos como se não morrêssemos e morremos como se não tivé ssemos vivido.

Nos tornamos massa e, como tal, somos manipulados e adaptados aos interesses de nossos novos senhores. Viramos folha, que leve ao vento vai, sem origem, sem história e sem caminho.

E pre cisa ser assim?

Um bom testemunho diante do Luto

Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo (1 Co ríntios 15.19).

Valdemar Velten escolheu como profissão ser motorista de caminhão. Ele rodou o Brasil quase todo, transportando as mais variadas cargas. Sua esposa, Edita Berger Velten, dedicou-se ao ensino. Escolheu como profissão ser professora. Depois de aposentada, a cabine do caminhão tornou-se sua segunda casa. Porém, veio a falecer recentemente. No velório, Valdemar, membro da Comunidade em Itaguaçu, disse: “Pastor, é com muita dor no coração que hoje eu me despeço da minha esposa, mas eu quero agradecer a Deus. Um dia Deus a colocou na minha vida. Hoje Deus a pediu de volta. É com lágrimas, mas eu a deixo ir em paz com o coração grato a Deus”.

A sociedade está em constante transformação. As pessoas mais idosas costumam dizer: “ antigamente era tudo diferente ”. É uma constatação que devemos levar a sério. Lembro-me que, quando eu era criança, tínhamos como tabu conversar sobre a concepção e a forma como se dava o nascimento de um bebê. Meu pai e minha mãe sempre desconversavam para não dizer a verdade. Quando ousavam dizer alguma coisa, nos contavam a história da cegonha: “ quem trouxe você para o papai e para a mamãe foi uma cegonha” Nesse tempo, não se falava o suficiente sobre a concepção e o nascimento de crianças. Nossos pais e nossas mães tinham vergonha ou se sentiam constrangidos em falar sobre esse assunto. Nessa mesma época, não era tabu falar sobre a morte. Às crianças, era explicado tudo sobre a morte e sobre o sepultamento. Elas participavam ativamente dos velórios. Lembro-me de uma

criança que era nossa vizinha e veio a falecer. Nós, crianças, carregamos o caixão por dois quilômetros até o cemitério. Nossos pais e nossas mães, à luz das Sagradas Escrituras, nos respondiam todas as perguntas sobre a morte.

Os tempos mudaram. Em muitos lares, hoje em dia, é até proibido falar sobre o tema morte. Com isso, criamos um problema social. A morte deixou de ser algo natural. As consequências são traumas que prejudicam a saúde emocional. Quantas vezes o luto tem sido tratado por profissionais da saúde como depressão? Quantas vezes a morte não é superada pelo luto e tem se transformado em depressão? Quantas vezes os medicamentos são usados como meios para interromper o pr ocesso do luto?

Conforme o evangelho de Lucas 24.13-34, os discípulos de Jesus também precisaram lidar com a morte e com o luto. O que vamos fazer agora, se perguntaram. Eles também precisaram superar esse obstáculo e não fugiram do assunto. É justamente sobre a morte de Jesus que eles conversavam no retorno para casa, a caminho de Emaús. Eles partilharam suas histórias e suas experiências diante da saudade, da dor e da morte do amigo Jesus. Creio que as palavras do senhor Valdemar ecoam da fé. Ele percebeu que a vida e a morte pertencem a Deus. Nas mãos de Deus sempre estamos. Por isso, com fé, ele se despediu: “ É com lágrimas, mas eu a deixo ir em paz com o coração grato a Deus”. É preciso que a semente da boa palavra seja semeada. É preciso que todas as pessoas saibam a respeito da esperança cristã: é preciso morrer para viver. Eis o convite de Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida, quem crer em mim, ainda que morra, viverá (João 11.25).

Texto Pastor Edilson Tetzner Coordenador da UP Guandu
Reflexão

Paróquia Unida Santa Leopoldina celebra 15 anos

Em 2024 a Paróquia Unida celebra 15 anos de sua existência. Em 2008 ocorreu a divisão da antiga grande Paróquia de Jequitibá, na época composta por 12 Comunidades e três pastorados. Com a divisão, a paróquia Unida ficou formada por 9 Comunidades e atendendo 15 Cemitérios.

Foi um longo e válido caminho até aqui. Superamos enormes desafios, tanto de distância, financeiros, como de estrutura. Mas, sob a graça de Deus e com o apoio das lideranças, o envolvimento dos membros e a dedicação incansável de pessoas, com ou sem ordenação, por mais de seis anos sozinhos, vencemos.

Hoje nossa paróquia está estruturada, nossas comunidades fortalecidas, nossos compromissos financeiros rigorosamente em dia e, acima de tudo, estamos animados e cheios de alegria por vivenciarmos a fé em Jesus Cristo. Que Deus continue abençoando nossa Paróquia e nossa IECLB O que nos resume é GRATIDÃO‼️

A sapucaia e os 100 anos da Paróquia de Crisciúma

O jubileu de 100 anos de benção matrimonial, é caracterizado como Jubileu de Jequitibá. O jequitibá é uma árvore muito admirada por ser bela e resistente, por isso ela representa os 100 anos de casamento. Na homenagem aos ministros e ministras, filhos e filhas da Paróquia de Crisciúma, foi feita uma referência à Sapucaia que existe no pátio da comunidade.

A sapucaia (Lecythis pisonis) é uma árvore nativa da Mata Atlântica no Brasil, conhecida por seus frutos grandes e sementes comestíveis. Ela pode atingir até 30 metros de altura e possui uma copa ampla e densa. Além de sua importância alimentar, a sapucaia desempenha um papel ecológico fundamental como habitat para várias espécies de fauna e de flora na região da Mata Atlântica.

A sapucaia lembra o cuidado preventivo do corpo feminino, em sua cor rosa, no mês de outubro. Em setembro despe-se das folhas verdes para em outubro começar um novo ciclo, um novo ano com leveza, beleza e profunda dedicação para produzir grandes, belos e saborosos frutos até agosto do ano seguinte.

A sapucaia da comunidade de Crisciúma, com seus 125 anos, é marco e referência de beleza em outubro e de resistência no restante do ano. Pois, depois de 8 meses sem chuva ela se mostra exuberante e lindamente vestida para esta grande festa. Ela é testemunha de todos os acontecimentos da comunidade pois já estava lá, foi plantada por uma pessoa ou por uma ave, nos anos em que os primeiros imigrantes chegaram a estas terras, a partir de 1901.

Esta sapucaia é testemunha de tudo o que aconteceu ao longo destes 100 anos. As crianças que foram trazidas pelos pais e padrinhos para o batismo e os noivos que chegaram felizes com seus familiares e convidados para receberem a benção matrimonial. Viu as festas da comunidade. Viu famílias e casais tirarem fotos para levarem consigo esta maravilhosa árvore, sem tirá-la do lugar. Sua sombra foi durante muitos anos, o lugar dos animais ficarem durante os cultos. Pois cada família tinha o seu toco de amarrar o animal (o burro ou o cavalo).

Esta árvore também viveu o Kyrie pelo fogo em seu pé, pelas tempestades em seus galhos e com todos os familiares que passaram em silêncio ou cantando hinos de lamento pela perda de um ente querido. Ela viu todas as pessoas que vieram para os encontros, cultos, bençãos matrimoniais, festas, retiros, encontro de crianças, jovens, mulheres da OASE, assembleias do conselho paroquial.... Também testemunhou muitos encontros de formação, despertamento de dons e vocações. Certamente faz parte das memórias dos pastores que atuaram nesta paróquia.

A Sapucaia também testemunhou que crianças brincavam neste quintal, jovens se divertiam em jogos, olimpíadas e outros eventos. Também aqui e nas comunidades, foram despertadas diversas vocações, entre elas, as pessoas que se tornaram ministros/as da IECLB e foram homenageadas neste centenário. São elas: Pa. Márcia Helena Hülle, Pa. Ermelinda Klitzke e Diácono Luciano Bustke da Comunidade de Jaó. Pa. Lorraine de Araujo da Comunidade de Sobreiro, P. Alexandre Klitzke, Diácona Marcélia Klitzke de Oliveira, Diácono Alci Saick e a Pa. Mônica Erdmann Ellwanger da Comunidade de Crisciúma. O P. Wantuil Dettmann e a Diácona Nilza Abel Gumz da Comunidade de Jequitibá Pequeno. E, a Diácona Irléci Klitzke da Comunidade de Lagoa Preta.

Paróquia de Crisciúma celebra 100 anos

Com a presença dos Pastores da UP Guandu, do P. Sinodal Ismar Schiefelbein, da Pa. Presidente Silvia Betrice Genz e os Ministros filhos e filhas da paróquia, no dia 27 de outubro de 2024, a Paróquia em Crisciúma celebrou seu centenário.

Foi um momento de gratidão, encontros e reencontros de pessoas, histórias de fé e de vida comunitária. Uma grande celebração iniciou com o descerramento de uma placa comemorativa, sob o lema bíblico de Mateus 28.19: “IDE, FAZEI DISCÍPULOS, BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”.

No descerramento foi lido um trecho da história da Assembleia de Fundação e os encaminhamentos dados na mesma: “O P. Langholf da Paróquia de Laranja da Terra, que atendia a comunidade de Crisciúma, propôs empenhar-se para que a comunidade conseguisse um pastor do “Gotteskasten”. Todos concordaram com isso e o P. Langholf fez os encaminhamentos devidos. No dia 14 de setembro de 1924, compareceu em Crisciúma o Pastor Presidente Petersen, juntamente com o P. Langholf e o P. Wisznat, para realizar, no dia seguinte, dia 15 de setembro de 1924, uma Assembleia com a comunidade. Nesta Assembleia ficou decidido:

1º) Constituir uma comunidade com o nome de: Comunidade Evangélica Luterana em Crisciúma e arredores;

2º) Por intermediação do Sínodo Luterano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados, nomear um pastor da Alemanha para esta nova comunidade;

3º) Tratar esse pastor com boa vontade e dar todas as possibilidades de trabalho;

4º) Construir no Km 09, nas proximidades da venda de Carlos Fick, uma casa pastoral e uma escola;

5º) Como diretores da comunidade foram eleitos: Karl Ludtke para presidente; August Zuelske para tesoureiro e Gustav Schmidt como zelador.

Além dos pastores acima mencionados, compareceram (40) quarenta membros da comunidade de Crisciúma e participaram como convidados os senhores Emil Holz e Emil Peters, da comunidade de Guandu. Até a chegada do novo pastor, o P. Langholf assumiu o trabalho na recém fundada comunidade. O professor da comunidade continuou sendo o senhor Leopold Fick. Sendo assim, no dia 15 de setembro de 1924 a Comunidade de Crisciúma assume o status de paróquia. O seu primeiro pastor foi P. Paul Knoch, enviado da Alemanha que chegou em Crisciúma e assumiu o trabalho pastoral em março de 1925, atuando na paróquia até 1934.

O momento principal da comemoração foi o culto com a entrada dos 20 ministros e ministras sob o som dos Três Sinos e do Hino até aqui me trouxe Deus, tocado pelos trombonistas, com a participação de professores e alunos da ADL. Um grupo de confirmandos/ as participou, encenando o mau cuidado com a criação, trazendo folhas e galhos secos, troncos queimados e destruídos, enquanto os quatro corais da paróquia cantavam sob a regência de Wendel Ponaht Blanck, o Kyrie Eleison, de sua autoria. Para o Glória in exelsis, de autoria de Louis Marcelo Illenseer, outro grupo de confirmandos/ as trouxe mudas de plantas verdes e flores coloridas, simbolizando

a vitória da vida sobre a morte. Em oração de confissão e de pedido de discernimento e sabedoria para a compreensão do anúncio da palavra, os 650 participantes ouviram atentamente a pregação da Pastora Presidente.

A Pa. Silvia enfatizou a difícil vida dos primeiros luteranos nestas terras, mostrou e lembrou a expressão de fé no dia a dia através de objetos como uma mala, hinários, bíblia e catecismo antigos. Também mostrou e lembrou a importância do testemunho na apresentação de panos de louça e de mesa com expressões de fé das casas luteranas. Sob o a orientação das palavras do Evangelho, registradas em Mateus 28.16-20, motivou e animou os presentes a continuarem testemunhando a sua fé na igreja e na sociedade, rumo a outros 100 anos de história e fé.

Os 11 ministros e ministras filhos e filhas da paróquia também foram homenageados com a entrega de um conjunto de Santa Ceia e um embornal, sob a fala do P. Sinodal Ismar e da Pa. Presidente Silvia, desafiando e despertando pessoas para servirem a IECLB no anúncio da Palavra de Deus pelo Mundo. Em nome dos homenageados a Pa. Márcia Hulle falou que devemos sempre ser o bom perfume de Cristo aonde estamos e em tudo que fazemos. O culto foi concluído com as crianças do culto infantil trazendo a Rosa de Lutero em forma de bandeirinha e cantando, com as orientadoras e sob o acompanhamento do Tiago Kalke no violão, a canção gratidão.

Os festejos continuaram com o almoço, sob a apresentação dos 30 trombonistas da UP Guandu. Na parte da tarde foram realizadas apresentações de músicos, talentos das comunidades, dos grupos da OASE, da terceira idade, Grupo de Dança Folclórica da ADL. O dia terminou com a apresentação da banda Pomerkor, de Melgaço – Domingos Martins. Tudo sob uma maravilhosa chuva de 90 mm e com um delicioso café com bolos, pães caseiros e pães de milho, partilhado entre os participantes e Ministros/as presentes.

P. Wonibaldo Rutzen

História

Aniversário de 110 anos da Paróquia da Laranja da Terra e 100 anos dos Sinos da Vila

No último dia 10 de novembro a Paróquia de Laranja da Terra esteve em festa. Comemoraram esta data tão importante a Paróquia e suas comunidades: Vila de Laranja da Terra, Joatuba, Alto Joatuba e São Geraldo celebraram a bênção de Deus ao longo destes anos de sua história.

Na celebração estiveram presentes os ministros: P. Yarlles Ramlow Klistzke, pastor local, P. Sin. Ismar Schiefelbein, P. Evandro Elias, da Paróquia de Crisciúma, representando especialmente a comunidade de Jequitibá Pequeno, que já foi parte da Paróquia de Laranja da Terra no passado; P. Jorge Dumer, da Paróquia de São João de Laranja da Terra, e P. Em. Lourival Ernesto Felhberg, sendo que estes dois últimos já foram pastores na Paróquia de Laranja da Terra.

Tomando emprestadas as palavras da professora e historiadora Lúcia Pizzáia, que gentilmente compilou relatos da história da paróquia e dos sinos, lembramos que a chegada das primeiras famílias evangélicas luteranas à Vila de Laranja da Terra, ocorreu em 1910. Entre elas estavam Wilhelm Seibel e seus irmãos, Ernest, Nikolaus, Karl, Gustav, Julius e Emil, que vieram de Alto Santa Joana, em Itarana (ES). Nos dois anos seguintes, cerca de 40 outras famílias se juntaram, vindas principalmente das regiões de Jequitibá, Santa Maria de Jequitibá (Santa Leopoldina-ES) e Califórnia (Domingos Martins - ES).

O primeiro culto evangélico luterano na Vila de Laranja da Terra aconteceu em 10 de outubro de 1910, celebrado pelo pastor Wrede, de Santa Maria de Jetibá, na casa de Karl Seibel. Na ocasião, duas crianças, Wilhelm Seibel e Franz Seibel, foram batizadas, marcando a fundação da comunidade evangélica-luterana local, inicialmente como uma filial de Santa Maria de Jetibá, sob a liderança de Wilhelm Seibel.

A construção da primeira igreja evangélica luterana na vila foi concluída e inaugurada em 2 de maio de 1915. Em setembro de 1914, a comunidade tornou-se independente de Santa Maria de Jetibá com a chegada do pastor Heinrich Keitel, que permaneceu até 1920. Logo depois, outras comunidades se filiaram à de Laranja da Terra, incluindo Alto Santa Joana (1914), Três Pontões (1915), Serra Pelada (1917) e Ribeirão da Costa (1922). O pastor Johann Langhoff assumiu a comunidade em 1921, permanecendo até 1932. Durante esse período, outras comunidades se integraram, como Joatuba (fundada em 1918), Jequitibá Pequeno (fundada em 1923) e Guandu Perdido (fundada em 1927). Em 1925, já

havia 345 famílias nas comunidades filiais. Em 1928, o pastor ajudante P. Bachimont passou a residir em Serra Pelada, marcando a divisão das comunidades em duas sedes pastorais: as de Jequitibá Pequeno, Joatuba e Guandu Perdido permaneceram ligadas à sede de Laranja da Terra, enquanto Alto Santa Joana, Ribeirão da Costa e Três Pontões ficaram filiadas a Serra Pelada. A segunda igreja da comunidade evangélica luterana de Laranja da Terra foi inaugurada em 1929, com reformas e ampliações realizadas em 1950.

O pastor Gotthard Grottke assumiu a comunidade em 1932, permanecendo até 1956. Foi responsável pela ampliação da 2ª igreja, pois o número de fiéis crescia e era preciso aumentar o espaço. Os bancos e o púlpito foram feitos pelo marceneiro Cristiano Küster que usou a peroba, madeira de lei de grande beleza da época. Ampliou e elevou a torre da igreja onde os sinos pudessem levar o som a lugares mais distantes da igreja, anunciando os eventos luteranos.

Durante seu pastoreio, surgiram as comunidades de Timbuva (1937) e Picadão (1938). Após sua saída, o pastor Gotthilf Aichele assumiu entre 1956 a 1966, seguido pelo pastor Joachim Maruhn 1968 a 1975. Em 1975, o pastor Lírio Drescher passou a liderar a comunidade, e, em 1979 a 1988, quando foi criado um segundo pastorado na Vila de São João de Laranja da Terra, inicialmente ocupado pelo pastor Renato Gerber.

Com a reestruturação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em 1968, as estruturas comunitárias também mudaram. A comunidade de Laranja da Terra deixou de ser a matriz, tornando-se apenas sede de uma paróquia. A Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Laranja da Terra passou a abranger as comunidades de Joatuba, São João, Timbuva, Picadão, Guandu Perdido e Alto Joatuba, totalizando cerca de 700 famílias.

Lauro Eloy Fleck foi pastor de 1983 a 1989, Lírio Drescher retorna dando continuidade a seu pastoreio de 1994 a 1997; Erno Júlio Dieter, de 1997 a 1999; Marcos Jair Ebeling, de 1999 a 2002; Jorge Dumer de 2003 a 10/2007; Lourival Ernesto Felhberg; de 2007 a 01/2013; Edson Plaster, de 01/2014 a 06/2023; e Yarlles Ramlow Klistzke, desde 29/03/2024.

O ano de 2024 também marca o centenário da aquisição dos sinos da torre da Vila. O som desses sinos ecoa pelos vales e montanhas da região, anunciando não apenas mais um culto ou uma reunião, mas também a continuidade de uma tradição secular, repleta de significado para os luteranos que ajudaram a moldar a cultura local. Cada badalada é uma história de luta pela preservação da fé, pela união comunitária e pela formação de uma identidade.

Relembrar esta história, trilhar os passos dos antepassados, como foi feito neste evento, refazendo o trajeto da vinda dos sinos no carro de boi de Baixo Guandu até a Vila, é reviver a memória de um povo que, através do som, soube contar a história de sua gente. Uma história que, com o tempo, nunca perderá sua força, mas ecoará de forma tão vívida na identidade desta Paróquia e no coração de seus membros.

Pastor Yarlles Ramlow Klistzke

Paróquia de Laranja da Terra

ADL acolhe o Encontro Nacional da Rede de Diaconia – IECLB

Entre os dias 19 e 21 de setembro, o distrito de Serra Pelada, em Afonso Cláudio (ES), foi palco do 4º Encontro Nacional da Rede de Diaconia. O evento, realizado na Associação Diacônica Luterana (ADL), reuniu cerca de 50 participantes, representando 24 instituições diaconais com vínculo confessional com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), além de membros da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e da Secretaria Geral da IECLB. Com o tema “Humanizar para transformar: diaconia – justiça climática – comunicação”, o encontro promoveu discussões profundas e reflexões sobre o papel da diaconia em tempos de crise climática e social.

O encontro foi marcado pelos desafios enfrentados devido às recentes catástrofes climáticas no Brasil, como enchentes no Rio Grande do Sul e secas devastadoras que atingiram diferentes biomas, incluindo Amazônia, Pantanal e Cerrado. Essas crises reforçaram a urgência de debates sobre justiça climática, que foram conduzidos pela ativista Priscilla dos Reis. Ela destacou o impacto das mudanças climáticas nos grupos mais vulneráveis e questionou o papel das instituições diaconais em seus respectivos contextos, abordando temas como ecopedagogia, ecofeminismo e a defesa dos direitos humanos.

Outro ponto alto do evento foi a palestra do teólogo e Mestre Rogério Oliveira de Aguiar (FLD), que trouxe uma reflexão sobre a Dimensão Ecológica da Diaconia, ressaltando que a ação diaconal não pode ser dissociada da preservação ambiental.

A comunicação institucional também foi destaque, com o trio Alex Reblin Braun (ADL), Keite Soares (Centro Social Heliodor Hesse) e Edson Luís Schaeffer (Pella Bethânia) conduzindo oficinas sobre o uso de ferramentas digitais, como Canva e Google para Organizações sem Fins Lucrativos, para otimizar a comunicação interna e externa das instituições.

Além dos debates e formações, o encontro ofereceu momentos de auto cuidado, com massagens e atividades de relaxamento promovidas pela ACESA, e a integração por meio de um “chá solidário”, coordenado por Débora Ristow Krauser Santos (Cantinho do Girassol) e Karina Nunes (CEPA - Lupicínio Rodrigues).

Ao final do encontro, foi realizada a assembleia da Rede de Diaconia, com a revisão do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e a eleição do novo grupo gestor para os próximos dois anos.

A Rede de Diaconia reafirma seu compromisso como um espaço de fortalecimento das instituições diaconais ligadas à IECLB, promovendo articulação, partilha de experiências e proximidade com as comunidades. No Sínodo Espírito Santo a Belém, fazem parte da Rede a Associação Diacônica Luterana (ADL), o Albergue Martim Lutero (AAML), a Associação Central da Saúde Alternativa (ACESA) e a Pro Ludus – O Caminho.

Alex Reblin

Metas Missionárias 2025 – 2030

XXXIV Concílio da Igreja

O XXXIV Concílio da Igreja, realizado em Brasília/DF, entre os dias 16 e 20 de outubro de 2024, aprovou as Metas Missionárias 2025-2030, que guiarão a caminhada da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) nos próximos seis anos. As metas refletem o desejo de fortalecimento e crescimento da Igreja, a fim de testemunhar a Boa Nova de forma comprometida com a defesa da vida, da paz, da justiça, da criação e com o bem-estar físico, emocional e espiritual das pessoas. Também manifestam a compreensão de continuar sendo uma Igreja que age a partir da fé em Jesus Cristo, como único Senhor e Salvador.

Resultado de amplo processo de escuta e diálogo, as metas refletem percepções vindas das Comunidades sobre práticas e desafios missionários. Com duas grandes diretrizes — fortalecer a vitalidade comunitária e o crescimento integral e fortalecer a incidência do testemunho público — o documento define quatro prioridades: missão, formação, diaconia e gestão. As prioridades, por sua vez, incluem áreas de atuação, com proposições estratégicas, objetivos específicos e indicadores para acompanhar, avaliar e orientar a Igreja nesta execução.

P. Odair Airton Braun

Pastor 1º Vice Presidente da IECLB

11º Concurso de Bonecas e Bonecos da Pro Ludus: Criatividade,

Inclusão

e Transformação

No dia 26 de setembro de 2024, a brinquedoteca da Pro Ludus - O Caminho, em Gravatá-PE, realizou o 11° Concurso de Bonecas e Bonecos, contando com a participação de 13 crianças e adolescentes, que, com muita criatividade, repaginaram os bonecos desgastados da brinquedoteca.

Para participar, as crianças precisam fazer inscrição prévia no concurso, garantindo sua vaga e a chance de escolher uma boneca ou um boneco da brinquedoteca para repaginar. Cada participante tem liberdade de soltar a imaginação e transformar o brinquedo escolhido, com o auxílio de familiares como mãe, irmãos, avós e tias, que tornam o processo ainda mais especial.

Juntos, famílias e participantes mergulham na tarefa de dar uma nova vida aos bonecos e bonecas, que voltaram ao acervo da brinquedoteca completamente renovados, prontos para continuar fazendo parte das brincadeiras e atividades cotidianas.

Para garantir uma avaliação justa, o concurso contou com a participação de jurados que avaliaram o antes e depois das transformações. As decisões foram auxiliadas por fotos comparativas, mostrando como os brinquedos saíram e como ficaram após o processo criativo. Os jurados valorizaram aspectos como originalidade, criatividade e o carinho demonstrado no cuidado com os brinquedos.

Além dos prêmios para os três primeiros colocados, todos os participantes receberam certificados de participação e um delicioso buquê de guloseimas como lembrança pelo esforço e dedicação.

Foi um evento que uniu diversão, aprendizado e o trabalho em equipe entre crianças, adolescentes e suas famílias, promovendo valores importantes como cuidado, sustentabilidade, igualdade de gênero e respeito às diferenças, tudo isso em um ambiente de criatividade e inclusão.

Curso Básico de Bibliolog capacita 13 pessoas na ADL

Entre os dias 26 e 29 de agosto, a Associação Diacônica Luterana (ADL) acolheu o Curso Básico de Bibliolog. O Bibliolog é uma metodologia interativa de leitura bíblica que convida as pessoas a se colocarem nas narrativas, dando voz aos personagens.

Conduzido pela Pastora Adriane Sossmeier e pelo Pastor Jandir Ilton Sossmeier, o curso reuniu 13 participantes. Neste grupo estavam estudantes da ADL, lideranças e ministros da IECLB. Ao longo dos dias, cada pessoa teve a oportunidade de vivenciar intensamente diversos textos bíblicos. Foi um processo de reflexão pessoal e coletivo, que trouxe à tona interpretações e sentimentos, permitindo que as histórias bíblicas ganhassem vida.

A acolhida na ADL foi muito amorosa, testemunharam as pessoas participantes. Das mesma forma, destacou-se o apoio do Pastor Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém, P. Ismar Schiefelbein, da Pastora Iraci Wutke, Assessora de Formação do Sínodo, do Pastor Emerson Lauvrs, da Gestão da ADL, e do professor Wendel P. Black. Para a ADL, receber este curso também foi altamente significativo. O evento trouxe ainda mais dinamismo ao ambiente, enriquecendo-o com as trocas de experiências proporcionadas ao longo dos quatro dias de formação. A interação coletiva e as discussões aprofundaram o aprendizado e fortaleceram os laços entre as pessoas participantes, tornando o processo formativo mais impactante e envolvente.

O Bibliolog, além de ser uma ferramenta valiosa para o estudo bíblico em grupo, tem grande importância no fortalecimento da fé. Assim, a vivência proporcionada pelo curso não apenas transformou o entendimento dos textos, mas também fomentou um sentimento de comunidade e espiritualidade mais profundos entre as pessoas participantes.

Colaborou com o texto a educadora Willa Buecker

Texto extraído da página: luterano.org.br/curso-basico-de-bibliolog-na-adl/

Josefa Maria da Silva
Coordenadora Política Pedagógica da Pro Ludus

Notícias

10 Anos à frente do Coral Três Sinos de Criciúma: Uma Caminhada de Fé e Música!

Em 2024, completou-se 10 anos que estou na liderança do Coral Três Sinos, da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Crisciúma - Laranja da Terra/ES. Essa jornada tem sido maravilhosa, cheia de desafios e muitas alegrias. Gostaria de compartilhar um pouco dessa caminhada, que uniu a minha fé, minha paixão pela música e experiências transformadoras ao longo desses anos.

Tudo começou em 2009, quando a Paróquia de Crisciúma ficou sem pastor, e a Associação Diacônica Luterana (ADL) assumiu as atividades até a chegada de um novo ministro/a para atuar no campo ministerial de Crisciúma. Durante esse período, a ADL além de realizar os cultos, também ofertou oficinas de música, e eu não perdi a oportunidade de me envolver. Foi então que tive meu primeiro contato mais próximo com a música, e meu primeiro facilitador na música foi o professor Douglas Kalke. Ele teve um papel fundamental no início da minha trajetória musical, e com seu incentivo, comecei a me dedicar ao teclado e a ter o meu primeiro contato com os elementos que compõem o fazer musical.

Com o encerramento do curso de teclado, o desejo de aprender mais não foi diferente, pelo contrário, só cresceu. Decidi fazer os testes para ingressar na ADL e, para minha alegria, fui aprovado. Em 2011, ingressei na ADL para dar continuidade ao sonho de me aprofundar nos estudos musicais. Na ADL conclui o curso de liderança comunitária com ênfase em música em 2014. Ainda em 2014, e antes mesmo de terminar meus estudos na ADL, recebi o convite para ser regente do Coral Três Sinos de Crisciúma. Na época o Pastor Erni Reinke, a Pastora Fernanda Pagung Reinke e lideranças da comunidade me de -

ram muito apoio e incentivo, me buscavam na ADL para que eu pudesse conduzir os ensaios e participar das atividades na comunidade. Assim, desde aquela época, mergulhei na experiência maravilhosa do canto coral, que tem sido uma verdadeira alegria na minha vida.

O Coral Três Sinos é muito mais do que apenas um grupo musical; somos uma grande família. Ao longo deste tempo aprendemos a trabalhar juntos, fortalecer amizades e, claro, fazer música com alegria e dedicação. O canto coral é uma herança importante da tradição luterana, e sempre me inspirei em lembrar que Lutero defendeu a música como forma de fortalecer a fé e permitir que todos cantassem nos cultos.

Nesses dez anos, tivemos a oportunidade de participar de muitos encontros e eventos organizados pelo Sínodo Espírito Santo a Belém e pela UP Guandu. Cada encontro é uma chance de celebrar nossa fé e fortalecer os laços entre as comunidades. Hoje, ao olhar para essa década de caminhada com o Coral Três Sinos, sinto muita gratidão. A música tem sido um presente de Deus, e poder compartilhar isso com a comunidade é algo que me realiza profundamente. Essa jornada não acaba aqui. Tenho certeza de que ainda há muito por vir, e sigo motivado a continuar esse trabalho, sempre buscando unir pessoas pela música e pela fé. Esses dez anos são apenas o começo de uma história que espero que continue por muito tempo, sempre celebrando o amor, a amizade e a alegria que só a música pode proporcionar.

Wendel Ponaht Blanck

Regente do Coral de Crisciúma

Encontro da Comunhão Diaconal (COD-IECLB) da Regional Sudeste

No dia cinco de julho de 2024, os diáconos Arilson Grünewald e sua esposa Tatiana Berger Grünewald, acolheram o grupo da Comunhão Diaconal em sua residência para a realização do Encontro Anual da Comunhão Diaconal, Regional Sudeste. Os participantes foram recebidos com palavras de boas-vindas, muito afeto e um delicioso jantar. A programação teve sequência com a meditação conduzida pelo P. Valdeci Foester e sua esposa Rosileide Beling Foester, que tematizaram o “Espaço terapêutico e a fé ativada pelo amor”. Com palavras, símbolos, narrativas das experiências em saúde e espiritualidade, o casal provocou significativas reflexões, oportunizando aos participantes a compartilharem seus sentimentos e expressões de fé. É importante registrar que os diáconos contaram com a presença do 2º Vice-Presidente da IECLB, P. Mauro Batista de Souza, que oportunizou um valioso intercâmbio de ideias e informações sobre nossa Igreja e sobre a diaconia. As atividades da primeira noite do encontro foram encerradas com um divertido bingo.

O dia seis de julho foi iniciado com um generoso café da manhã, ao agradável clima das montanhas do Espírito Santo e com a meditação conduzida pela diácona Marcélia Klitzke de Oliveira. A reflexão se deu em torno da promessa que Jesus fez aos seus discípulos, eis que estou com vocês todos os dias; o precioso encontro dos discípulos com Jesus e o desafio de pregar a todos até o fim dos tempos (Mt. 28. 6-20). Com base na compreensão de que Jesus caminha conosco, foi realizada uma dinâmica a partir da trajetória pessoal e profissional de cada um (a) na COD. Para tanto, cada participante compartilhou fotos de sua vida pessoal e/ou profissional que marcaram suas experiências na trajetória diaconal. Foi um momento rico, com a partilha de sonhos e desafios de ser diácono (a) nesta Regional. O dia prosseguiu com a realização da assembleia, que aprovou o relatório de atividades da coordenação atual, bem como deliberou sobre o próximo Encontro

Regional, a ser realizado em Teixeira de Freitas/BA, nos dias 12 a 14 de setembro de 2025. Ademais, foi eleita a nova coordenação do Grupo da Regional Sudeste, com a seguinte composição: Janinha Gerke (coordenadora regional), Erivelton Reinke (vice-coordenador regional) e Segleinda Neumann (Secretária).

Findada esta, o grupo se dirigiu ao Centro Cultural Pomerano –Waiands Huus, onde teve a oportunidade de almoçar legítimas receitas pomeranas; visitar uma casa construída nos anos de 1950 e que preserva objetos que contam a história do povo pomerano, suas dificuldades e, sobretudo, sua perseverança para construir sonhos nessa terra. Foi uma imersão carregada de lembranças, saudades e emoções para a maioria. Os participantes conheceram também o Sítio Hammer Tesch e sua prática com horta orgânica de chás e temperos; todo processo até a comercialização, bem como as dificuldades de subsistir nesta proposta de uma alimentação mais natural. À noite, os diáconos reuniram-se com o 2º Vice-Presidente da IECLB, P. Mauro Batista de Souza para diálogos sobre projetos da IECLB, desafios da Igreja numa sociedade polarizada e perspectivas para o fortalecimento da Igreja Luterana, considerando o contexto dos 200 anos de sua presença no Brasil. Foi um momento especial de esperançar!

Dia 07/07/24 o grupo teve como encerramento, a participação no dia Sinodal da Igreja alusivo aos 200 anos de Presença Luterana no Brasil, em Santa Teresa - ES. Assim, mais uma vez os diáconos e diáconas se encontram para intercambiar suas experiências e vida e trabalho na Igreja, fortalecendo o trabalho de nossa Igreja Luterana que completa 200 anos no Brasil.

Segleinda Neumann

Oficina “Encontro de Metais”

União Paroquial Guandu

Nos dias 21 e 22 de setembro aconteceu na Comunidade de São João - Paróquia de São João de Laranja da Terra, a Oficina “Encontro de Metais” das diversas Paróquias da União Paroquial Guandu. Foram dias de muito aprendizado, experiências e técnicas novas. Estiveram presentes os professores Deivid Peleje, Jorge Luiz Melo da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, Antônio Marcos Cardoso professor da Universidade Federal de Goiás e a Maestrina Micaela Bárbara L. Berger. Ao final um culto de encerramento onde foram apresentadas várias peças musicais, uma homenagem ao saudoso P. Norberto Berger e a mensagem trazida pelo pastor Jorge Dumer “O Valor da Música” baseada no Salmo 150. Culto de muito louvor e gratidão a Deus. Parabéns a cada participante!

Palavra

de gratidão pelas ofertas das comunidades para a formação teológica

A formação teológica é uma jornada de fé, dedicação e vocação para servir à Comunidade e à Igreja. Nesse caminho, as doações das comunidades e paróquias tornam-se um apoio essencial, refletindo não apenas generosidade, mas também um compromisso com a formação de novos líderes espirituais. Esses recursos são mais que uma ajuda material; são um incentivo espiritual e um testemunho de solidariedade cristã.

Os livros são ferramentas essenciais para a aprendizagem, e cada oferta recebida que é usada na compra de livros torna o processo de aprendizado ainda mais gratificante. É um mundo de descobertas que se abre a cada leitura, e esse apoio faz uma grande diferença na jornada teológica.

As doações realizadas pelas comunidades do Sínodo Espírito Santo a Belém para a aquisição de livros são de extrema importância. Sem essa ajuda, seria difícil adquirir as obras necessárias durante a formação teológica. Essa assistência generosa representa as mãos de muitas pessoas dispostas a contribuir para a formação de novos ministros e ministras, o que desperta profunda gratidão.

Somos imensamente gratos a todos e todas que fizeram contribuições para a aquisição de materiais de estudo. Cada contribuição é essencial para um futuro repleto de oportunidades. Esse apoio constante representa uma parceria valiosa na missão de servir e aprender, pavimentando o caminho para os estudos teológicos.

Somos chamados e chamadas para levar o evangelho a todas as nações, e essa tarefa não seria possível sozinhos. Cada doação recebida em prol dos estudantes de teologia é uma maneira de fazer com que a palavra de Deus alcance mais pessoas, apoiando, assim, o desenvolvimento de futuros ministros e ministras. É uma maneira de cumprir o papel de comunidade, unindo forças em um só corpo, como ensina a carta aos Romanos.

A palavra de Deus está presente em todos os aspectos de nossa vida, e é por meio dela que chegamos à fé. O estudo da Teologia é um caminho ao qual muitos foram chamados, e para isso são necessários muitos livros

que, graças às doações, podem ser adquiridos. Essas contribuições das comunidades possibilitam a leitura de obras fundamentais que trazem conhecimento e sabedoria, como a Bíblia orienta. Com o coração grato, cada estudante reconhece a importância desse apoio para seu crescimento como futuros ministros e ministras na seara do Senhor.

Cada oferta recebida é um lembrete de que não estamos sozinhos nessa caminhada, que exige muito estudo e dedicação. Ao longo desse percurso, muitas leituras precisam ser feitas, e a ajuda das comunidades permite que o material necessário esteja ao nosso alcance. Esse gesto de se preocupar com os estudantes de Teologia é uma demonstração de como ser Igreja da forma correta. Que Deus abençoe as dádivas e todos os doadores e doadoras.

A gratidão pelo apoio recebido é imensa. Esse incentivo permite que os estudos sejam aprofundados, refletindo o compromisso da comunidade com a formação de novas lideranças e a construção de uma igreja sólida e dedicada. Saber que se conta com o apoio de uma comunidade que se preocupa com o desenvolvimento dos estudantes e os acolhe com carinho e cuidado é uma motivação constante para todos e todas que se dedicam à Teologia.

Em nome de todos os estudantes de teologia, expressamos nossa sincera gratidão por cada palavra, cada gesto e cada apoio recebido. Vocês são parte fundamental dessa jornada, e é por meio da generosidade e do compromisso de cada um que conseguimos seguir firmes em nosso propósito de servir. Cada doação, cada oração e cada incentivo renovam nossas forças e nos lembram da importância de estarmos conectados como comunidade de fé.

Que possamos, com a graça de Deus, retribuir esse amor em nosso futuro ministério, sendo instrumentos de paz e esperança.

Luteranos do Asfalto visitam “marco zero” da Presença Luterana no Brasil

Nos dias 06 a 08 de setembro, o “Luteranos do Asfalto”, moto grupo fundado pelo Pastor Jianfranco Figer Berger, realizou uma viagem à região serrana do Rio de Janeiro, passando pelas cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. A viagem, chamada de “Expedição dos 200 Anos de Presença Luterana no Brasil” , contou com a participação de 9 motociclistas do grupo e teve como objetivo conhecer pontos turísticos da região e, ao final da viagem, participar de um culto especial na comunidade de Nova Friburgo, primeira comunidade luterana do Brasil. O “Luteranos do Asfalto” é um grupo de motociclistas que têm paixão por motos e pela sua Igreja, nossa querida IECLB.

P. Jianfranco F. Berger

1ª Pedalada Ecológica em Serra Pelada

Na 14º Assembleia Sinodal, realizada fim de agosto na ADL, tivemos a honrosa presença do Professor Walter Có que trouxe a abordagem da emergência climática e a necessidade de urgentes estratégias de respostas para que a vida na terra seja possível para as novas gerações. A partir da apresentação do professor, cada Paróquia do Sínodo assumiu uma ou mais ações em relação a emergência climática. No dia 03 de novembro, a Paróquia de Serra Pelada realizou a primeira Pedalada Ecológica. Cerca de 100 bicicletas fizeram o percurso de 11km. Iniciamos com a concentração na praça de Lagoa - Serra Pelada, agradecendo a Deus pela chuva, que caiu depois de um tempo de seca. Lembramos que houveram outros momentos difíceis, com relação a questão climática, na região de Afonso Cláudio. Trouxemos a memória o período prolongado de estiagem, em 2015, quando o povo se reuniu numa ação ecumênica para carregar o terceiro cruzeiro e orar pedindo por chuvas.

A Pedalada Ecológica teve como intuito promover a saúde, o bem -estar e, acima de tudo, contemplar a natureza. Ao final do percurso, foi realizado um Culto Campal na Comunidade de Lagoa I. A reflexão foi realizada a partir da Parábola do Semeador (Lucas 8.4-8). O encontro foi encerrado com o plantio de uma muda de ipê, que recebemos no Dia Sinodal da Igreja, em Santa Teresa/ES.

Lutero disse uma vez, em um tempo quando todos estavam tristes e sem esperança no futuro: “Se soubesse que o mundo acabaria amanhã, ainda assim eu, hoje, plantaria um pezinho de maçã”. A Paróquia de Serra Pelada plantou uma árvore como símbolo de esperança, confiança e responsabilidade, desejando que Deus derrame ricas bençãos sobre a Sua criação.

Ao final, além do delicioso almoço, lembrando dos 200 anos de Presença Luterana no Brasil, foram distribuídas 200 mudas de árvores nativas. E, no ano que vem, teremos a próxima edição, com certeza!

Notícias

Dia Luterano União Paroquial Santa Maria

Nossa História-Nossa Identidade: com esse tema a UP Santa Maria celebrou o Dia da Reforma. Foi no dia 31 de outubro na cidade de Santa Maria de Jetibá. Numa caminhada que percorreu as ruas do centro da cidade, o início do encontro apresentou os grupos de trabalho que existem na IECLB e que constituem a sua identidade: culto infantil, ensino confirmatório, JE, OASE, casais, presbitérios, Missão Criança, sineiros, caixa de cobras, cemitérios, ACESA, instituições diaconais - ADL, Hospital Evangélico, Albergue Martim Lutero. Pastor Sinodal Ismar Schiefelbein esteve presente e conduziu a pregação. Partindo do texto do Evangelho de João 8.31-38 “conhecereis a verdade, e a verdade os libertará” (v. 32), destacou a importância de manter a identidade confessional em tempos de múltiplas ofertas religiosas que têm trazido confusão espiritual. A IECLB tem a sua identidade registrada em seus grupos de trabalho que foram testemunhados ao longo da caminhada. Como já é tradição nos Dias da Reforma, foi celebrada a Santa Ceia que convida para a comunhão dentro da diversidade que nos identifica enquanto Igreja. Um testemunho concreto de ação solidária se deu na campanha de doação de alimentos destinados para a rede Hospital Evangélico da AEBES. Ao mesmo tempo, tendo o mês de outubro como o Mês do Bem, a coordenação da JE na União Paroquial mobilizou uma campanha de doação de sangue para o HEMOES. O encontro celebrativo foi encerrado com uma mesa partilhada com alimentos que foram trazidos pelas pessoas participantes.

Encerramento do curso de Iniciação à Regência

No dia 20 de outubro de 2024, na comunidade de Santa Maria de Jetibá, foi celebrado o encerramento do curso de Iniciação à Regência, promovido pela Associação Obra Acordai Capixaba em parceria com a Associação Educacional Martim Lutero e o apoio do Sínodo Espírito Santo a Belém.

O Curso de Iniciação à Regência iniciou em 29 de abril de 2023 e se encerrou em 2024 com 19 pessoas que receberam o certificado de conclusão.

A intenção do curso de regência foi reunir lideranças de grupos de música, corais e metais, para aprimorar seus conhecimentos musicais, mas principalmente para sensibilizar sobre a Música que fazemos no culto. Os desafios da música na igreja envolvem entender a importância do canto comunitário na igreja, pensar a Música para o culto e para a liturgia.

Testemunho de uma das alunas:

“Somos lideranças, regentes, musicistas, que se sentem mais motivadas e motivados a conduzir seus grupos, preparar os ensaios com entusiasmo. Estamos mais maduros para lidar com desafios de gestão de grupos, mais sensíveis para conduzir a música no culto, escolher o repertório com sabedoria, além da amizade que vamos levar para a vida. Desejamos que nossa música chegue ao coração de todas as pessoas e que novas lideranças venham participar dos cursos que são oferecidos em nosso Sínodo. Somos gratos por esta oportunidade e queremos continuar servindo em nossa igreja com amor e dedicação!” (Angelina Gumz – Santa Maria de Jetibá)

Agradecemos à equipe de professores: Armindo Klitzke, Cibilhe Waiandt, Lucas Pereira, Micaela Berger, Vinicius Ponath e Wagner Petry Moraes, que contribuíram de forma significativa, compartilhando seu dom e conhecimento com cada participante.

Nosso agradecimento especial também à comunidade de Santa Maria de Jetibá que cedeu o espaço durante quase dois anos e todo apoio da Obra Acordai Capixaba, na pessoa da atual presidente Scheila Kenpim e do coordenador do Conselho de Música, Armindo Klitzke. Rogamos que Deus abençoe a cada um dos nossos alunos e que continuem servindo ao Senhor com alegria, através da música.

Vinicius Ponath Assessor de Música do SESB

38º Encontro Capixaba de Coros de Metais

Nos dias 22 a 25 de agosto de 2024 aconteceu a 38ª (trigésima oitava) edição do encontro capixaba de coros de metais na comunidade Martim Lutero, em Rio das Pedras, Santa Maria de Jetibá, reunindo aproximadamente 350 músicos de várias comunidades do Estado do Espírito Santo.

O evento teve início na quinta feira (22), com almoço, uma novidade que foi muito bem recebida pelos musicistas. A abertura oficial se deu à noite, com a presença do pastor local, Willian Kaizer de Oliveira.

A sexta feira durante o dia foi de estudos e, à noite, aconteceu a Noite Cultural, onde músicos fizeram apresentações individuais e em grupos, sendo assistidos pelos participantes do encontro e a comunidade local.

No sábado aconteceu a assembleia ordinária da Associação

Obra Acordai Capixaba, presidida pelo pastor sinodal Ismar Schiefelbein, momento importante e decisivo, onde foram discutidos assuntos de interesse comum dos associados e também eleita a nova diretoria da associação: Presidente: Scheila Kempin; vice-presidente: Edivaldo Binow; secretária: Emanuely Henke Ponath; vicesecretário: Luiz Guilherme Flegler; tesoureiro: Michel Miertschink; vice-tesoureiro: Miguel Potin. A diretoria terá um mandato de quatro anos.

Também no sábado os participantes foram presenteados com um belíssimo recital de piano e violino, realizado pela Paula Galama e pela rainha dos trombonistas Micaela Bárbara Lhotzky Berger. A dupla emocionou o público com a apresentação de três lindas peças – foi de arrepiar. Após o recital aconteceu a entrega oficial dos instrumentos, adquiridos com o apoio financeiro da Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo. O deputado estadual Adilson Espíndula esteve presente e realizou a entrega simbólica dos instrumentos. No domingo de manhã aconteceu o culto de encerramento do 38º Encontro Capixaba de Coros de Metais, com a presença de ministros religiosos da União Paroquial Santa Maria e do pastor Sinodal Ismar Schiefelbein, onde aconteceu a instalação da nova

diretoria.

Os regentes que atuaram nestes quatro dias de estudos foram: Micaela Bárbara Lhotzky Berger, Orlando Lemke, Waldeci Wolfgram, Armindo Klitzke, Gilcimar Gorl, Lucas Pereira Rossmann, Rafael Pagung e Edineu Neimog. Destacamos aqui o trabalho exemplar de Gilcimar Gorl com os iniciantes que participaram do encontro, sem dúvidas, o cuidado e carinho especial com estes músicos faz toda a diferença.

E assim, cheio de tantas memórias boas, o encontro capixaba de coros de metais se tornou muito especial. Mas para tudo acontecer conforme o planejado, muitas mãos se uniram para que o evento se tornasse tão especial. A mobilização voluntária da comunidade Martim Lutero foi fundamental. A comunidade e a Paróquia Aliança, da qual faz parte, também se entregaram de corpo e alma e trabalharam incansavelmente durante o encontro e também vários dias que antecederam o evento. Pessoas de todas as idades se uniram e deram conta do recado. E missão cumprida! Foi só alegria!

E é isso que é ser IGREJA! Mãos que se unem para o bem comum. Partilhar e contribuir com os seus dons é o que faz a nossa Igreja ser tão rica, daquilo que o dinheiro não é capaz de comprar. Que este espírito de união e alegria que o encontro capixaba de coros de metais sempre carrega, possa permanecer e perpetuar por gerações e gerações.

Expressamos aqui a nossa gratidão à comunidade Martim Lutero, pela receptividade e pelo empenho para a organização do encontro. Também agradecemos aos nossos 511 músicos que movem a nossa associação e levam a nossa identidade capixaba para além das fronteiras do nosso Brasil.

Nos vemos na 39ª edição em São João do Garrafão, nos dias 21 a 24 de agosto de 2025.

Scheila Kempin

Presidente da Associação Obra Acordai Capixaba

Música, Bíblia e Confessionalidade

Uniões Paroquiais recebem encontro ofertado pela Assessoria de Formação em conjunto com a Assessoria de Música.

Ao longo do ano de 2024, encontros de formação conduzidos pela Assessora de Formação, Pastora Iraci Wutke e o Assessor de Música, Vinicius Ponath, aconteceram em algumas paróquias e que contaram com a participação de lideranças à frente do Missão Criança, Culto Infantil, Ensino Confirmatório e Juventude. O que nos motiva e impulsiona a sermos testemunhas do amor de Cristo e como podemos comunicar mais e melhor sobre o seu Evangelho? Encontros como estes nos proporcionam sair da rotina e da zona de conforto em busca de conhecimento da fé cristã, ao mesmo tempo que é possível integrar os diferentes grupos e encontrar ações em comum para o trabalho conjunto de educar na fé cristã. Como orientadores a serviço do Evangelho somos desafiados diariamente a atuar com otimismo em nossos grupos.

Relato de orientadores:

“As oportunidades para buscar sementes e semearmos aparecem quando entendemos que somos importantes semeadores. Deus nos usa como instrumento do seu amor, assim como diz o texto no livro de Mateus 28.19: “pois vão a todos os povos do mundo, e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo”. Nós orientadores do ensino confirmatório e do culto infantil somos chamados para uma missão que vai muito além dos encontros agendados. Temos a missão de evangelizar crianças e adolescentes, buscando envolver as famílias e pessoas que foram escolhidas para fazer parte da vida de fé dessas crianças, como padrinhos, madrinhas e comunidade. O compromisso é de todos que, junto

a Cristo, vamos orientá-los no caminho que leva a Deus. Somos responsáveis por criar elos fortes que não se rompam por quaisquer motivos, pois muitas vezes somos o único elo e exemplo de fé cristã que alguns dos confirmandos e crianças têm.”

“Persistir está intrinsecamente relacionado à nossa missão de servir. Essa é a fundamentação que nos leva a persistir, já que toda semente plantada passa por seu ciclo de crescimento, enfrenta desafios em períodos de seca e chuvas intensas, mas continua resiliente quando há alguém para zelar e cultivar. Assim, retornamos do encontro renovados na fé e repletos de esperança e graça para semear as mais lindas e robustas sementes, com o objetivo de, em um futuro próximo, colher os frutos da fé cristã.”

Lembrando, também, da promessa que nos é feita no versículo 20b de Mateus 28 - “Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos”. Busque, a cada dia, estar em Tua presença. Por isso, louve a Ele, estabeleça essa conexão, utilizando instrumentos como a oração e a música. Esses elementos permitem uma entrega genuína, criando uma ligação leve, pura e sensível com o Espírito Santo.

Andréia Kopp

Scárlatte Timm Binda Klemz

Orientadoras do Ensino confirmatório

Paróquia Alto Jatibocas

Vinicius Ponath

Assessor de Música do SESB

Encontro Sinodal de Flautistas

No dia 19 de outubro, reuniram-se cerca de 25 flautistas na Comunidade de Barra do Rio Possmoser, Paróquia de Rio Possmoser, num Encontro Sinodal, que ocorre a cada dois anos. O encontro contou com a presença das Paróquias de Rio Possmoser, Afonso Cláudio, Vila Velha, Serra e ADL. O encontro teve destaque pela regência compartilhada, com o propósito de incentivar para que mais pessoas se interessem pela condução, pela prática de ensaio e pela construção coletiva da Música. Também é importante destacar que o encontro contou com o repertório variado, sendo algumas músicas voltadas para Reforma, Advento e Natal, além de peças para iniciantes e avançados. O encontro se encerrou com uma celebração conduzida pelo ministro local, Pastor Alexander Busch, tendo a participação dos flautistas, que executaram a maior parte das peças.

Vinicius Ponath

Assessor de Música do SESB

Canto

Jovem na UP Guandu

Palmeira de Santa Joana recebeu o “Canto Jovem”, no dia 14 de setembro, com a presença da Assessora de Formação Pa. Iraci Wutke e da Musicista Sidneia Ponath, que juntamente com o Assessor de Música Vinicius Ponath conduziram um dia de muita música, reflexão e diversão voltado para os confirmandos e as confirmandas do 2º e 3º ano do Ensino Confirmatório das Paróquias da UP Guandu. Também participaram adolescentes da Paróquia de Colatina, da UP Norte do Espírito Santo. É muito importante que o canto esteja presente nessa fase da educação cristã desses adolescentes, que estão desenvolvendo tantas habilidades, e a Música oportuniza e permite a expressão artística, e a expressão de fé conjunta. Que mais encontros que incentivem o canto comunitário e dinâmico existam na vida desses jovens.

Vinicius Ponath

Assessor de Música do SESB

União Paroquial Guandu adota Símbolo

A União Paroquial Guandu, pertencente ao Sínodo Espírito Santo a Belém - IECLB, adotou em 2024 o atual símbolo que busca representar a essência do ser cristão e das localidades onde a União Paroquial se encontra.

A UP Guandu é constituída por paróquias filiadas administrativamente e confessionalmente à IECLB, legalmente constituídas que compreendem os municípios de Afonso Cláudio/ES, Aimorés/MG, Baixo Guandu/ES, Chalé/MG, Conceição do Ipanema/MG, Itaguaçu/ES, Itarana/ES, Itueta/MG, Laranja da Terra/ES, Manhuaçu/MG, Resplendor/ MG e São José do Mantimento/MG, sendo atualmente a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Afonso Cláudio, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Baixo Guandu, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Crisciúma, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Funil, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Laranja da Terra, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Palmeira de Santa Joana, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em São João de Laranja da Terra, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Serra Pelada, e a Associação Diacônica Luterana. Nestas paróquias e na ADL, o ministro desempenha um papel essencial, atuando como líder espiritual, conselheiro e exemplo de fé. Atualmente, exercem o Ministério Pastoral na UP Guandu os seguintes ministros:

Pastor Alesandro Linhaus Binow – Paróquia em Afonso Cláudio/ES.

Pastor André Martin Radinz – Paróquia Palmeira em Santa Joana/ES.

Pastor Edilson Claudio Tetzner – Paróquia Palmeira em Santa Joana/ES.

Pastor Emerson Lauvrs – Associação Diacônica Luterana/ES.

Pastor Evandro Elias – Paróquia em Crisciúma/ES.

Pastor Hilquias Rossmann – Paróquia Serra Pelada/ES.

Pastor Jorge Dumer – Paróquia em São João de Laranja da Terra/ES.

Pastor Ronei Odair Ponath – Paróquia em Baixo Guandu/ES.

Pastor Simão Schreiber – Paróquia em Baixo Guandu/ES.

Pastor Thiago Pagung Lauvers – Paróquia em Funil/MG.

Pastor Valmiré Martin Littig – Paróquia em Afonso Cláudio/ES.

Pastor Wonibaldo Rutzen – Paróquia em Crisciúma/ES.

Pastor Yarlles Ramlow Klistzke – Paróquia em Laranja da Terra/ES.

Pastor Emérito Lourival Ernesto Felhberg – Baixo Guandu/ES.

Pastor Emérito Lirio Drescher – Laranja da Terra/ES.

O símbolo da UP Guandu contou com o designer da Ana Caroline Völz Ponath de Baixo Guandu/ES, filha do Pastor Ronei Odair Ponath. Ana Caroline fez a proposta do símbolo e os ministros fizeram sugestões de como trazer a essência da União Paroquial para a representação. O símbolo foi criado em 2024 e aprovado pelo Conselho Deliberativo da UP Guandu, no dia 24 de outubro do mesmo ano, em Itaguaçu/ES. A partir desta data, passou a ser o símbolo oficial da UP Guandu. O símbolo buscou representar a União Paroquial Guandu física e espiritualmente, contendo a Cruz de Cristo, a Bíblia, a marca da IECLB, 09 barcos, terras prontas para o cultivo, rio, pedra e o sol.

A CRUZ: A cruz de Cristo é um símbolo do cristianismo que representa o momento da crucificação de Jesus e o seu amor ao próximo. A cruz vazia não só simboliza o sacrifício de Cristo pela humanidade, mas também sua vitória sobre a morte e sua ressurreição. Ela nos convida a viver os ensinamentos de Cristo no dia a dia, como um chamado à transformação e à fé. A cruz é um sinal da presença salvífica de Deus na vida dos cristãos, e um sinal da adesão ao discipulado de Cristo.

BÍBLIA: A Bíblia é o nosso livro sagrado, e o profeta Isaías nos ensina, em

Isaías 55:11: “Assim também é a minha palavra: ela não volta para mim sem cumprir o que desejo e realizar tudo o que prometo”. A Bíblia narra a história de Deus com seu povo e contém a palavra de Deus, que chega até nós. Estudamos a Bíblia em casa, na igreja e em muitos outros lugares. Lutero, ao traduzir a Bíblia e colocá-la nas mãos do povo, desafiou-nos com a frase: “A Bíblia é como uma erva: quanto mais se manuseia, mais perfume ela exala”. Só estudando a Bíblia podemos conhecer o Evangelho. É nela que encontramos a criação do céu e da terra, o nascimento de Cristo, sua paixão, morte e ressurreição – fundamentos da nossa fé.

SÍMBOLO DA IECLB: O contorno imitando as colunas do Palácio da Alvorada em Brasília, que envolve o símbolo, aponta que a mensagem de Cristo quer ser vivida no Brasil e quer nos ajudar a enfrentar, diariamente, os problemas nacionais.

OS PEQUENOS BARCOS: Os nove barcos presente no Símbolo apontam para a unidade das oito Paróquias e a Associação Diacônica Luterana presentes neste contexto. Cada barco simboliza uma parte da União Paroquial, navegando juntos e espalhando a palavra de Deus. Os nove barcos, unidos, simbolizam a harmonia e a união das Paróquias e Associação Diacônica Luterana, cada embarcação com suas particularidades ajuda na grande missão de espalhar o Evangelho, enfatizando a importância da comunidade, da cooperação e da fé.

AS TERRAS: As terras estão prontas para o plantio, como Jesus disse em Lucas 9:62: “Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus”. Devemos seguir em frente, guiados pela luz do Evangelho. São dessas terras que vem grande parte do pão nosso de cada dia. Somos jardineiros responsáveis por cultivar essa terra que Deus nos deu, uma terra cheia de bênçãos, que “mana leite e mel”.

RIO: O rio, com seu fluxo constante, reflete o movimento da graça divina que nos guia ao longo de nossas vidas. Também lembramos, através do rio, que cada Paróquia da UP Guandu é cortada por rios, tendo como principal o próprio Rio Guandu.

PEDRA: Ao passar por Itaguaçu Ana Caroline Völz Ponath fez uma foto da Pedra do Barro Preto. Esta pedra é um símbolo importante da criação de Deus e para a cidade de Itaguaçu. Itaguaçu na língua indígena originária significa Pedra Grande. Ita: Pedra; Guaçu: Grande. Esta pedra grande está localizada geograficamente no centro da União Paroquial Guandu.

SOL: O Sol, presente no símbolo da UP Guandu, representa a presença de Deus em nossas vidas. Para ilustrar esse significado, podemos recorrer a um hino de autoria de Paul Gerhardt, com melodia de Johann Georg Ebeling, encontrado no número 339 do Livro de Canto da IECLB, 1ª estrofe. No início de um novo dia, Paul Gerhardt expressa em sua letra: “Eu me levanto, com júbilo canto, rendendo a Deus gratidão e louvor”, refletindo o espírito de agradecimento e adoração a Deus ao amanhecer.

1. O sol fulgente, resplandecente, com luz brilhante e confortante nos revigora, nos dá seu calor.

Bem descansado, feliz e confiado, Eu me levanto, com júbilo canto, rendendo a Deus gratidão e louvor.

A adoção deste símbolo pela União Paroquial Guandu é um marco que fortalece a identidade e os laços de fé entre todas as Comunidades das Paróquias. Cada elemento do símbolo — da cruz ao sol, passando pela Bíblia, barcos, terra, rio e pedra — reflete a essência cristã e a singularidade cultural e espiritual dessa região. Ao unir tradições locais com os valores centrais do cristianismo, este símbolo representa não apenas a missão da Igreja, mas também o compromisso de seus membros em levar a palavra e o amor de Deus a todas as partes da União Paroquial Guandu. Com essa nova representação visual, a UP Guandu reafirma seu propósito de caminhar em unidade, guiada pela luz do Evangelho de Jesus Cristo.

Pastor Edilson Claudio Tetzner

Pastor Ronei Odair Ponath

Ana Caroline Völz Ponath

Projeto “Renascer” promove autonomia e conscientização no combate à violência de gênero em Afonso Cláudio

A Associação Diacônica Luterana (ADL) está em execução com o projeto “Renascer: Capacitando Mulheres para uma Nova Jornada de Autonomia”, que busca fortalecer a autonomia e a superação da violência doméstica de 30 mulheres, acompanhadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Núcleo Margaridas de Afonso Cláudio. O projeto é patrocinado pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e realizado em parceria com a Federação Luterana Mundial (FLM), ambas instituições comprometidas com a luta contra a violência de gênero.

O primeiro encontro do projeto ocorreu em julho de 2024, com a apresentação das ações planejadas e a abertura das inscrições para as oficinas, que serão realizadas ao longo dos próximos 11 meses. O apoio e a mobilização das participantes foram conduzidos pelo CREAS, CRAS, Núcleo Margaridas e pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Afonso Cláudio, garantindo a participação ativa das mulheres envolvidas.

Em agosto, uma das atividades do projeto utilizou a metodologia do Teatro do Oprimido para promover um espaço de diálogo, incentivando as participantes a refletirem sobre a possibilidade de “ ser mais” por meio da empatia e do coletivismo. A atividade foi conduzida pelo professor Alex Reblim Braun, mobilizador das atividades de Teatro do Oprimido na ADL.

Já em setembro, aproximando-se de um dos principais objetivos do projeto, que é a oferta de cursos profissionalizantes, foi realizado um curso de 30 horas para Cuidador de Idosos, mediado

pela enfermeira Luciana Freitas. As participantes receberam certificação ao final dessa etapa.

Nos próximos meses, serão oferecidas capacitações em áreas como: Gestão Financeira, Maquiagem, Auto cuidado, Design de Sobrancelhas e Comunicação e Marketing, com a participação de profissionais do município de Afonso Cláudio. O projeto também prevê momentos de integração e lazer, incluindo um espaço dedicado às crianças, filhos e filhas das participantes. Esse ambiente de convivência visa fortalecer os vínculos familiares e proporcionar um espaço seguro e acolhedor para todas as envolvidas. O projeto “ Renascer ” promete ser uma jornada transformadora, promovendo a autonomia e o empoderamento das mulheres participantes. A coordenação está sob a responsabilidade da assistente social Elismara Lauvrs e da educadora social Willa Buecker, comprometidas em garantir que cada etapa seja conduzida com sensibilidade e dedicação.

A violência de gênero, muitas vezes silenciosa e invisível, pode ser enfrentada de forma eficaz por meio de redes de apoio. A denúncia é um passo fundamental para romper o ciclo de violência e assegurar a proteção e os direitos das mulheres. Um dos principais canais para denunciar casos de violência doméstica e familiar é o Disque 180, que oferece atendimento gratuito e confidencial em todo o Brasil.

Professor Alex Reblim Braun

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Mensagem da XIV Assembleia do Sínodo Espírito a Belém

A Igreja que Deus nos chama a ser

Nos dias 31 de agosto e 01 de setembro, estiveram reunidos/as 212 delegados e delegadas do Sínodo Espírito Santo a Belém na XIV Assembleia Sinodal Ordinária. A mesma teve início com momento celebrativo, baseado no Evangelho do Senhor, conforme registrado em Marcos 7.1-8, 14-15, 21-23, sob a motivação do que nos move a servir como pessoas batizadas e chamadas para a Missão de Deus. Pergunta essa que nos impulsiona a perceber como palavras, gestos e ações podem ser transformadores na vida comunitária.

O Pastor Odair Braun, 1º vice-presidente e Secretário de Missão da IECLB, deu início às reflexões motivando a um olhar amoroso para a Missão da Igreja de Jesus Cristo, como ação de testemunho concreto do evangelho, convidando pessoas para abraçar a fé, em conjunto dar glória a Deus e promover a paz a partir dos diversos dons no lugar vivencial de cada pessoa. Fazer missão é dizer “eis-me aqui, envia- me a mim” (Isaías 6.8) e servir com amor, por meio do cuidado e da promoção da vida digna, a fim de que transformações aconteçam. Nós temos um grande tesouro para mostrar ao mundo, tesouro capaz de promover esperança, orientar para a vida e transformar realidades. A Igreja tem grandes desafios pela frente, desafios estes que precisamos aprender a enxergar como oportunidade de edificação e direcionamento do caminhar bem planejado e propositivo, de maneira que encante, atraia e cative pessoas para o ser comunidade com sentido e engajamento. Deus nos chama a ser uma Igreja que planeja e age frente aos desafios missionários encontrados, de maneira que possamos dar um passo qualitativo e quantitativo para além do atendimento, chegando a um crescimento integral de modo que contemple o impulso que vem do Senhor da Igreja. É preciso ter ciência de onde estamos, saber onde queremos chegar e quais mecanismos vamos usar para alcançar um ser igreja assim como Deus quer. A partir de Mateus 28.19-20, podemos afirmar que o compromisso com a Missão é de toda a pessoa batizada. Como corpo de Cristo, somos chamados a ser sal da terra e luz para o mundo (Mateus 5.13-14). Cabe a nós dar ouvidos ao chamado de Cristo para ir e pregar o Evangelho (Marcos 16.15) colocando-nos a serviço de Deus com os

Vai e Vem

nossos dons, tempo e talentos, de forma alegre e grata. Em seguida, o professor Walter Có trouxe a abordagem da emergência climática e a necessidade de urgentes estratégias de respostas para que a vida na terra seja possível para novas gerações. A era do aquecimento global chegou. Pela ciência, já não é mais possível prever o futuro. Diante desta realidade, o negacionismo é instrumento de morte. O aumento da temperatura na terra está em escala crescente nos últimos 40 anos e, ultimamente, a uma velocidade ainda não vista. O planeta é uma casa comum e o que afeta um ser ou região, afeta a todos e em todos os lugares. Toda ação humana provoca uma reação e deixa suas marcas, seja para o bem ou para o mal. Diante dessa realidade convém perguntar qual herança estamos deixando para os nossos filhos e netos? Em qual ambiente queremos que vivam as pessoas que amamos? Faz-se necessário estabelecer estratégias urgentes através da conscientização contínua de todas as gerações e de leis ambientais que ofereçam o mínimo de segurança para proteger a natureza, os seres e as pessoas que nela vivem para que sejam geradas transformações concretas. A floresta tem seus segredos: ela se recicla, gera vida nova e produz sua própria energia a partir do sol. Mas sua capacidade de regeneração é menor do que a velocidade de destruição a que é submetida. O que diferencia a espécie humana é a necessidade e a capacidade de cuidar. A humanidade está se desumanizando porque tem perdido sua capacidade de cuidar da vida em suas mais diferentes dimensões. É importante estender o cuidado a todas as formas de vida. A vida precisa ser cuidada. Esse ato não é opcional. É ato de fé. É ato de amor. É missão de Deus. É nosso compromisso. Nessa tarefa convém estarmos conectados e entrelaçados assim como os fios de uma rede de pesca. Cabe a nós lançar essa rede, mesmo sem garantias, mas confiantes na condução do bom mestre. Somos Igreja de Jesus Cristo chamada a viver o “Ser Igreja” assim como Deus quer. Para essa ação, o próprio Jesus afirma: Eis que estou convosco, todos os dias, até a consumação dos séculos.

14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo Espírito Santo a Belém. ADL, 01 de setembro de 2024.

Resultado da Campanha Vai e Vem 2024

“E tudo o que vocês fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus e por meio dele agradeçam a Deus, o Pai” (Colossenses 3.17).

O ano de 2024 tem sido marcante para a IECLB pela comemoração dos 200 anos de presença luterana no Brasil. Devido a essa data tão importante, as paróquias de nosso sínodo, foram motivadas a fazerem doações para a campanha vai e vem com a meta simbólica de alcançar R$ 200.000,00, para serem dedicados à missão de Deus. O resultado da campanha foi expressivo, alcançando o valor de R$ 214.120,17.

A campanha Vai e Vem tem sido um auxílio importante na missão da IECLB e na missão interna do Sínodo. No ano de 2024 foram contemplados e receberão auxílio financeiro do Sínodo, 4 projetos missionário: São Luís (Maranhão) – auxílio na troca do carro; Baixo Guandu e

Barra de São Francisco - Projeto de música; e Vitória - implementação da sonorização do templo.

O Sínodo, através do conselho de missão, expressa toda a gratidão às paróquias que, através dos membros, vem realizando a Campanha Vai e Vem com muita responsabilidade e generosidade. E, que a Campanha Vai e Vem continue sendo uma oportunidade para que cada pessoa se sinta engajada a contribuir com alegria e gratidão na Igreja de Jesus Cristo, contribuindo na realização de Sua missão.

Fraternalmente,

P. Vitorino Reetz Coordenador do Conselho de Missão do SESB

A Associação Albergue Martim Lutero – AAML irá implementar a oferta de atividades implantando o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (SCFV) para idosos e a conexão com a comunidade em torno

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Então a saúde envolve bem-estar físico, o que significa ter um corpo saudável e funcional; bem-estar mental, que se relaciona a pensamentos, emoções e comportamentos saudáveis; e bem-estar social, que significa ter relações saudáveis com os outros e participar da sociedade. Além disso, a saúde também inclui qualidade de vida, capacidade de realizar atividades diárias, satisfação com a vida, sentimento de felicidade e de realização. Portanto, é importante ressaltar que a saúde é um conceito amplo e multifacetado, que vai além da simples ausência de doenças.

Nesse sentido ampliado de saúde é que a implantação do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos (SCFV), realizada pelo Albergue Martim Lutero, marca um momento de transformação, tanto para a instituição quanto para a comunidade de Tabuazeiro e seu entorno. Há mais de 40 anos, o Albergue tem cumprido uma missão essencial de acolher pessoas que vêm à Grande Vitória em busca de tratamento de saúde, especialmente vindas do interior do Estado e de outros locais. No entanto, a instituição percebeu que, além de atender àqueles em trânsito, também existe um papel social a ser desempenhado junto à população que reside nas proximidades.

Esse fortalecimento de laços com a comunidade, especialmente por meio do SCFV, é um processo que reflete o desejo da instituição de ampliar o impacto social para além do acolhimento institucional. A decisão de focar nos idosos locais surgiu a partir de um diagnóstico aprofundado, realizado em parceria com serviços de assistência social da região, revelando que a população idosa tem enfrentado o isolamento social e carece de espaços seguros para interação e apoio.

A Importância do SCFV para o idoso e a comunidade

É sabido que o isolamento social é um dos fatores de risco mais altos para a saúde mental e física dos idosos, aumentando as chances de desenvolverem condições como depressão, ansiedade e até problemas cognitivos. Nesse contexto, o SCFV atua, então, como um espaço de prevenção e de proteção, onde os idosos podem se socializar, participar de atividades enriquecedoras e ter acesso a um ambiente de apoio e respeito.

Com atividades como oficinas de arte, rodas de conversa, música, dança e até mesmo grupos de apoio emocional, o SCFV permite que os idosos retomem um papel ativo na sociedade e cultivem redes de apoio mútuo. Além dos benefícios à saúde, essa interação social favorece o fortalecimento da autoestima e da sensação de pertencimento, o que é essencial para um envelhecimento saudável e digno.

Equipe à frente da implementação

Para atender a essa nova demanda, a Associação Albergue Martim Lutero ampliou sua equipe de funcionários, alinhando-se às orientações técnicas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que regulamenta a estrutura necessária de profissionais para o SCFV. O serviço contará com uma equipe direta composta por um assistente social, um psicólogo, um educador social e oficineiros. Cada um desses profissionais terá um papel fundamental para que o SCFV se desenvolva de forma acolhedora e eficiente, criando um ambiente de segurança e de apoio para os idosos.

As atividades terão início em janeiro de 2025, com encontros duas vezes por semana, e os participantes serão encaminhados pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do território, assegurando que os idosos atendidos sejam aqueles que mais necessitam desse

suporte. Essa estrutura de atendimento fortalece a parceria com os serviços de assistência social da região, ampliando o alcance do SCFV e assegurando a sua efetividade.

A Visão do Albergue e os Próximos Passos

Para o Albergue Martim Lutero, esse serviço é mais do que uma ampliação de suas atividades – é uma reorientação para se tornar uma entidade ainda mais integrada ao bairro e à comunidade de Maruípe. O SCFV, ao responder diretamente às necessidades dos idosos locais, contribui também para que a instituição seja reconhecida e compreendida de uma forma mais próxima e acessível, eliminando barreiras que podem ter impedido uma relação mais forte com o público vizinho.

A equipe, preparada e comprometida, está focada não apenas em promover a convivência entre os idosos, mas também em fortalecer os laços sociais e estimular o engajamento da comunidade. Com a ajuda de assistentes sociais, psicólogos e educadores, as atividades serão elaboradas para promover bem-estar, pertencimento e acolhimento.

O Potencial do SCFV para Transformação Local Além de beneficiar os idosos, o SCFV pode inspirar outras ações de apoio comunitário e chamar a atenção para políticas públicas voltadas ao bem-estar dos idosos. A população de Tabuazeiro e arredores verá a concretização de um projeto que simboliza inclusão, acolhimento e um compromisso com a dignidade e o bem-estar. Em um cenário onde o envelhecimento da população é crescente e os desafios sociais são muitos, iniciativas como essa reforçam o valor do Albergue Martim Lutero como um agente ativo de transformação e de apoio.

O SCFV representa, portanto, mais do que um serviço – ele simboliza um compromisso contínuo do Albergue Martim Lutero com a comunidade, assumindo o papel de catalisador para a criação de vínculos que sustentam um envelhecimento com qualidade e respeito.

Referências:

- Organização Mundial da Saúde (OMS). (2019). Envelhecimento e Saúde.

- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2020). Projeção da População do Brasil.

Angelita Minélio da Silva Assistente Social Associação Albergue Martim Lutero

Nelzileide Evald

Assistente Social Coordenadora da Comunicação e Captação de Recursos Associação Albergue Martim Lutero

História da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana no Recife-PE

Em 2024, celebramos 200 anos de Presença Luterana no Brasil; em 2025, celebraremos 100 anos no Nordeste. A história nessa região teve início em Salvador-BA, por meio do ministério itinerante realizado pelo Pastor Otto Arnold, que viajava por vários estados. Em um relatório, o Pastor Joachim Vahl indica que no ano de 1932 realizou uma viagem ao Pará, mencionando uma passagem também por Pernambuco. É importante lembrar que há indícios de que bem antes dessa data havia a presença de luteranos alemães na região, porém, foi somente em julho de 1925 que o trabalho pastoral regular começou a ser desenvolvido, a partir de Salvador-BA. No período pós Segunda Guerra Mundial, mulheres Evangélicas de Confissão Luterana Alemãs procuraram apoio espiritual e realizaram estudos bíblicos e momentos de louvor e oração. As primei -

ras famílias eram Friese, Bleue, Kelsch, Kruger que trabalhava com a família Brenand e Popper que trabalhava com a família Lundgren na Companhia de Tecidos Paulista. Vendo que o grupo estava se tornando cada vez maior, perceberam a necessidade de construção de um templo, em Recife. Foi então que em 1959 a criança Elisabeth Marie assentou a pedra fundamental, iniciando-se os trabalhos. Até o ano de 1964, os cultos eram realizados dentro do templo e como o Pastor ministrava os cultos em alemão, em momento algum soube que ele, na verdade, era da Missouri Church (hoje IELB), e não da IECLB. Estas famílias receberam correspondência do Pastor, informando que foram convidadas a se retirarem da Comunidade.

A partir de 01/12/1968, o Pastor Albrecht Ernst Günter F. Baeske assumiu os trabalhos pastorais em Recife, sendo o primeiro pastor a residir na cidade, marcando o início da IECLB na capital pernambucana, enquanto comunidade constituída. O primeiro culto foi celebrado no Natal do mesmo ano. Porém, foi em 19 de novembro do ano seguinte que a Comunidade foi oficialmente fundada, passando a se chamar Comunidade Evangélica de Confissão Luterana do Recife. A Comunidade não possuía templo próprio e a partir de um acordo com Igreja Episcopal do Brasil (Anglicana), os seus cultos foram realizados. A partir de 20/06/1976, quem assumiu os trabalhos pastorais foi o Pastor Reinhard Ernst Erwin Tolsdorf e uma casa foi alugada para a realização dos cultos. À época, Ana Amélia Storch, que trabalhava para a Alemanha em assistência a países subdesenvolvidos, conseguiu um projeto que era na Comunidade do Coque e outro na Comunidade Planeta dos Macacos, ambos em Recife, para a construção de uma padaria comunitária. Em 09/10/1980, o Pastor Friedrich Gehring assume o novo ciclo do trabalho pastoral, tendo como marca desse período a oficialização da compra de um terreno, no bairro do Cajueiro, em 10/05/1984, onde até os dias atuais é a sede da Paróquia. O Pastor Gehring foi substituído pelo Pastor Bernt Emmel, em 15/01/1988. É neste ano que o Projeto “O Caminho” começa a ganhar forma. Em uma ata da reunião do Presbitério de 12/08/1988 registra-se: “a proposta é um trabalho na área de educação e saúde. [...] O projeto envolverá diversas pessoas da comunidade”. Na Comunidade Chão de Estrelas, em Recife, eram desenvolvidas atividades diaconais de educação e gênero com as mulheres lavadeiras de roupa, jovens e adolescentes. O relatório da Coordenadora do Projeto, Professora Dóris Bobsin Muller, apresenta os cursos: datilografia, bordado e crochê, corte e costura, culinária, alfabetização, copeiro hospitalar e encontros de espiritualidade para crianças. Mais tarde, teve a presença por mais tempo de duas educadoras provindas da Associação Diacônica Luterana (ADL). O Projeto “O Caminho - Chão de Estrelas” teve uma bonita participação com a Associação de Moradores, Grupo Afro “ Daruê Malungo” (Mestre Meia Noite), Clube de Mulheres, Escolinhas Comunitárias, Grupo da Padaria comunitária, entre outros.

A partir de 01/08/1994, o Pastor Elio Eugenio Müller, Capelão do Comando Militar do Nordeste, assume parcialmente os trabalhos na Comunidade do Recife. Foi a partir da sua atuação que a presença luterana se expande na região e diversos núcleos têm início. Em Gravatá-PE, o trabalho começa a partir da extensão do Projeto O Caminho, de Recife (essa história será contada posteriormente, em outra edição). Já em Fortaleza, a presença luterana tem início atra -

vés do casal Renato e Maria Tânia Auler, que fizeram contato com o Pastor Élio. Uma correspondência datada em 22 de março de 1995 registra o primeiro contato (esta história será contada também em outra edição). Os núcleos nas cidades de Natal-RN e João Pessoa-PB também tiveram o pontapé inicial nessa época e até hoje permanecem como pertencentes à Paróquia no Recife. Em Natal-RN foi celebrado o primeiro culto no dia 25/12/1995. A Comunidade se organizou por alguns anos, tendo formado Presbitério. Existem registros de atendimentos feitos pelo Pastor Luciano Ribeiro Camuzi ainda no ano de 2003. Porém, o trabalho não teve continuidade, mas deixou uma semente de fé plantada em solo potiguar. Posteriormente, no final de 2019, 5 luteranas contataram a Paróquia no Recife e o Pastor Emérito Nelson Kilpp, com o intuito de reorganizar a Comunidade. No dia 21 de junho de 2020 aconteceu a primeira reunião, em formato virtual, entre o Pastor Nelson, as famílias luteranas e o Pastor Nicolau Nascimento de Paiva, da Paróquia de Belém-PA. Devido ao contexto da pandemia, os cultos seguiram no formato virtual, tendo somente um culto presencial no dia 8 de novembro de 2020, com a presença do P. Nicolau, no templo da Igreja Anglicana, na Zona Norte da cidade. A partir de março de 2023, com a chegada do Pastor Lohan Schulz Tesch para assumir o Projeto Missionário no Litoral do Nordeste, o núcleo é atendido mensalmente.

A história em João Pessoa-PB é parecida. Em janeiro de 1996 é celebrado o primeiro culto, porém, não prosseguiu com a mudança de cidade das famílias membros. No início de 2018 um novo grupo começou a se reunir nas casas das

pessoas e alguns cultos foram celebrados pelo Pastor Nelson Killp, de Salvador-BA. No dia 30 de junho de 2019, foi realizado o primeiro culto no novo local adquirido e em 26 de janeiro de 2020 aconteceu o culto de inauguração do espaço, ministrado pelo Pastor Nelson. Com a pandemia, as atividades migraram para o formato virtual e em março de 2023 teve início do Projeto Missionário e conta com a participação de 8 famílias. Outros núcleos tentaram iniciar os trabalhos, mas não prosseguiram, são os casos de Campina Grande-PB, Pau Amarelo (Paulista-PE), Petrolina-PE, Paulo Afonso-BA, Aracaju-SE, Maceió-AL e Arapiraca-AL. Atualmente, a Paróquia abrange 3 estados por meio da presença luterana nas cidades de Recife-PE, João Pessoa-PB e Natal-RN. Desde 01 março de 2023, Recife é sede do Projeto Missionário no Litoral do Nordeste que ainda contempla as Comunidades em funções paroquiais de Gravatá-PE e Fortaleza-CE.

Em toda a sua história, estes foram os ministros que atuaram na Paróquia no Recife: Pastor Albrecht Ernst Günter F. Baeske (19681975), Pastor Reinhard Ernst Erwin Tolsdorf (1976-1980), Pastor Friedrich Gehring (1980-1986), Pastor Bernt Emmel (1988-1994), Pastor Elio Eugenio Müller (1994-1998), Pastor Emil Schubert (1998), Pastor João Luís Bolla (1999-2002), Pastor Luciano Ribeiro Camuzi (2002-2005), Diácono Davi Haese (2004-2014), Pastor Armindo Klumb (2012-2016) e o Pastor Lohan Schulz Tesch (desde 2023). Importante destacar o atendimento dos Pastores Nelson Killp, de Salvador-BA e Nicolau Nascimento de Paiva, de BelémPA, durante o período de vacância ministerial, após a saída do P. Armindo.

Em 2025 serão celebrados 100 anos de Presença Luterana no Nordeste. Para este marco histórico, as palavras do Pastor Bernt Emmel (1988) soam como grito de resistência: “O símbolo do nordeste é o mandacaru. Esse cacto que existe mesmo na seca que perdura anos. Cacto que tem água, tem esperança. Ele é o povo nordestino que insiste em ficar; e se for migrar sonha em voltar. Aqui, onde o solo árido abriga a semente, que explode em vida e cor com a chuva enviada mais uma vez pelo Salvador, despertando nova esperança no povo que fica. Mandacaru, sinal de esperança e de resistência. Mandacaru é manifestação de Deus em meio ao povo sofrido. É sinal de esperança, mesmo diante de toda a desesperança. É o mandacaru dentro de cada um de nós, que nos fez procurar caminhos de mais justiça, saúde, paz.”

Pastor Lohan Schulz Tesch

OASE

OASE, Quem somos?

Mulheres ativas na vida das comunidades

A OASE – Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas - é um setor de trabalho da IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - que estimula a participação ativa de mulheres na vida das comunidades luteranas. Em conjunto, estamos celebrando os 200 anos de Presença Luterana no Brasil e 125 anos de OASE.

A participação ativa da mulher na comunidade acontece desde que existe comunidade cristã. Mas foi somente no século 19 que as mulheres puderam se organizar nos moldes da atual OASE. O primeiro grupo de OASE foi fundado na cidade de Rio Claro, São Paulo, no dia 15 de agosto de 1899, com o objetivo principal de criar um fundo para a construção de uma torre na igreja e aquisição de sinos.

Atualmente a OASE é o maior grupo de mulheres organizado da América Latina, com aproximadamente 1100 grupos e 23.000 mulheres espalhadas por esse imenso Brasil nos 18 sínodos da IECLB. Em nosso Sínodo Espírito Santo a Belém somos 76 grupos com 800 mulheres aproximadamente. Nossa missão como OASE é levar adiante o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, proclamar o amor e a graça de Deus, o crescimento e o fortalecimento na fé em Jesus Cristo, dar ênfase ao estudo da doutrina da IECLB, proporcionar um ambiente no qual podemos nos acolher e apoiar mutuamente. E assim, dividir nossas alegrias e tristezas, nos encorajando na tomada de decisões e na resolução de problemas.

Nossa essência como OASE: Sentimos o amor de Deus florescendo em nós e inundadas por esse amor, transformamos vidas de mulheres em sua essência exalando o mais puro amor de Cristo. Nossos encontros de mulheres são para:

• Ouvir e refletir a Palavra de Deus, buscando seu conforto e orientação.

• Compartilhar alegrias, preocupações e experiências.

• Falar com Deus em oração sobre tudo o que alegra e preocupa.

• Exercitar-se no perdão, no amor e no acolhimento mútuo.

• Louvar e exaltar a Deus através de palavras, hinos e atitudes.

• Auxiliar no carregar as cargas umas das outras.

• Usar os dons recebidos para o bem de todos.

O testemunho cristão é essencial na vida da comunidade e no mundo.

Jesus Cristo confiou essa tarefa a seus discípulos dizendo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). Somos chamadas a anunciar a Boa-Nova do reino de justiça, amor e paz. Levantar

sinais do Reino de Deus no mundo, exercer misericórdia, pacificar, viver em humildade, apoiar o pequeno e fraco.

Na OASE acontece diaconia evangélica, quando em nossas comunidades membros vulneráveis são auxiliados por essas mulheres.

Na OASE acontece diaconia evangélica espontânea quando as comunidades precisam de pessoas capacitadas que se dediquem em tempo integral ao trabalho diaconal da igreja. Na OASE acontece diaconia evangélica espontânea e orientada quando oferece aos membros a oportunidade de receberem orientação sobre técnicas e habilidades. Na OASE acontece diaconia evangélica espontânea, orientada e organizada.

Como grupo de mulheres buscamos ser espaço para acolher, compreender e refletir sobre ser mulher em sua pluralidade, expressar espiritualidade e servir. OASE, um círculo de fé e esperança que nunca se fecha, que tem como objetivos:

• Estudar a palavra de Deus.

• Proporcionar acolhimento mútuo.

• Crescimento e fortalecimento da fé.

• Mostrar o valor da mulher.

• Integrar a mulher na vida da igreja.

• Incentivar o desenvolvimento dos dons individuais recebidos de Deus.

• Cuidar do presente, visando novas gerações.

• Encorajar a mulher a valorizar a fé.

Na certeza de que nesses 200 anos de Presença Luterana no Brasil e 125 anos da OASE temos muito que celebrar. Agradecemos a Deus pela OASE, lugar de alegria e prantear, lugar de cura e de esperançar, lugar de renovação de nossas forças, lugar de servir em amor e gratidão. Foram muitos passos dados, muitos caminhos percorridos, muitas as histórias construídas e firmadas em nosso lema Comunhão, Testemunho e Serviço. Que essa celebração nos leve a reafirmar o nosso compromisso de servir a Deus e refletir: Qual futuro sonhamos para a nossa igreja? Qual futuro sonhamos para a nossa OASE? Que caminhos vamos seguir para chegar a esse futuro que imaginamos? Em nossas diferenças nos tornamos fortes e o aprendizado nos motiva a dizer: Eis-me aqui, Senhor!

Solange Magdalena Petter Hell Presidente da Associação Sinodal da OASE - SESB

OASE Marta e Maria visita Nova Friburgo

Em Comemoração aos 200 anos da IECLB no Brasil, nós o grupo de OASE Marta e Maria da comunidade de Crisciúma, fizemos uma viagem à Nova Friburgo/RJ, nos dias 29 de Outubro a 1° de Novembro. Foram dias de muitas alegrias e aprendizados sobre o início da nossa querida igreja aqui no Brasil. Agradecemos ao Pastor Evandro Elias que nos incentivou e animou a fazer essa viagem e agradecemos ao Pastor Gerson Acker que nos recebeu na Comunidade de Nova Friburgo com muito carinho, nos trazendo a história da igreja e nos levando a lugares lindos da cidade. Ainda aproveitamos para passear no Rio de Janeiro, onde fomos ao Cristo Redentor, Pão de açúcar e Copacabana. A Deus toda nossa gratidão por ter nos conduzido, por nos acompanhar sempre. Como Jesus disse em MT 28.20b: “Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos”.

Angela Maria Tressmann Erdmann

60 anos OASE Marta Maria

No dia 21 de setembro o grupo de OASE Marta e Maria celebrou os seus 60 anos, coincidindo com a Semana Nacional da OASE. Estiveram presentes o Pastor Evandro Elias e Pastor Wonibaldo Rutzen que trabalharam o tema “Em Cristo somos Pedras Vivas” (Cf. 1° Pedro 2: 3-5.)

Agradecemos a Deus pelos 60 anos do grupo, por todas as Mulheres que já fizeram parte do grupo e por todas que hoje participam levando adiante o trabalho que nossas antepassadas começaram. Pedimos a Deus que nos ajude a continuar sendo Pedras Vivas, no grupo, na comunidade, na família e na sociedade. Lembre-se não existe pedra em teu caminho que não possas usar para edificar algo bom e agradável a Deus, a teu próximo e a você.

Maria Tressmann Erdmann

Pomerano

Seminário e Dia Cultural da OASE UP Guandu

O dia 29 de setembro, foi o dia escolhido pela OASE da UP Guandu para celebrar os 200 anos de Presença Luterana e os 125 anos da OASE. Aproximadamente 200 mulheres compareceram e participaram do encontro com muita gratidão e alegria. O evento aconteceu nas dependências da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em São João de Laranja da Terra. Participaram as presidentes dos grupos, coordenadora da UP Guandu, coordenadoras Paroquiais, representantes da diretoria Sinodal, mulheres da OASE de todas as paróquias da UP, pastores orientadores teológicos da OASE da UP Guandu (pastor Simão Schreiber e pastor Jorge Dumer).

Fomos carinhosamente acolhidas pelas mulheres da OASE da comunidade local. Na parte da manhã refletimos sobre o tema “O impacto das redes sociais no ambiente familiar e comunitário”, tendo como palestrante pastor Simão Schreiber. Na parte da tarde, após o almoço, aconteceu o momento cultural denominado “Dia Cultural”, momento de integração e apresentações culturais onde os grupos se organizam para as apresentações que contemplam teatros, esquetes, músicas, jograis, mensagens, danças, brincadeiras entre outras.

E assim, dentre os mais diversos sentimentos de alegria, amor, esperança, paz e harmonia o evento foi acontecendo. Hinos do povo de Deus foram entoados com entusiasmo e emoção, acompanhados de instrumentos musicais pela equipe de música da Associação Diacônica Luterana (ADL). Refletimos, celebramos, cantamos, brincamos, confraternizamos, ao som dos estouros dos balões cantamos parabéns para a OASE pelo ano jubilar. Celebramos 125 anos de OASE no Brasil, sabendo-nos amparadas, protegidas pelo poder de Deus.

Que o cuidado amoroso de Deus continue acompanhando todos os grupos de OASE de nosso Brasil. Retornamos para os nossos lares na certeza de que somos mulheres protagonistas na construção da nossa história, pois, “Somos OASE e a Deus agradecemos, jubilamos com alegria e gratidão”. Fortalecidas nessas palavras levamos adiante a nossa missão através do lema “Comunhão, testemunho e Serviço”.

Lucelene Barloesius das Neves Luxinger Coordenadora da UP Guandu

Lutherroos

In ainem braif fon 8te juli 1530 srëw Luther an Lazarus Spengler wat dai roos schul bedüüre:

“Air saichen fon mijn teologi. Dat airst schal air krüüts sin, swart im härst, wat sijn natürlig farw hät dat ik ümer dår andenke schal, dat dai gloowe an dem gekrüütsigte oos sëlig mökt. Weegen wen man soo fon härtse glööwt, wart man gerecht. Wen dat nuu uk ain swart krüüts is, wat doodmökt un wat uk wai däit, åwer dai löt dat härts lijkerst in eer farw un fordarwt eer natur ni, dat bedüürt: sai mökt eer ni dood, åwer erhült eer leewig ...

Soo ain härts schal åwer miren in ain wit roos lëge taum anwijsen, dat dat gloowe troost un freere giwt, dårweegen schal dai roos wit un ni rood sin; weegen dai wit farw is dai farw fon ale gaiste un ale ängels. Soo ain roos hät dai himelfarw im hijnergrund, dat bedüürt dat soo ain fruir im gaist un gloowe dai anfang fon dat kåmen fon dai himlisch fruir nuu al taum begrijpen is un wat doir hofnung anfåt kan ware, åwer nog ni sichtbår is. Un im hijnergrund is air gulden ring, soo ain sëligkët wat im himel ëwig uuthült un kain ën nimt un mër wërd is as al fruir un besits, soo as guld dat höögst un düürst metal is.”

– WA, LUTHERS BRIEFWECHSEL, 5. BAND, S. 444F (NR. 1628)

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Bodas de platina: Teodoro Lauvers e Laurinda Brand Lauvers

No dia 19 de outubro de 2024, reunidos em celebração, no espaço de lazer Arlindo Seibel, o casal Teodoro Lauvers e Laurinda Brand Lauvers celebrou bodas de platina: 65 anos de sua bênção matrimonial. Familiares, amigos e membros da comunidade participaram com muito ânimo da celebração.

O desejo de todos os familiares e amigos para o casal é que Deus permita que esta união prevaleça até o fim da vida deles, que sirva de exemplo para todas as gerações seguintes e que tenham saúde, paz e felicidades! “Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre todas as coisas a Deus Pai.” Efésios 5. 20.

Pastor Yarlles Ramlow Klistzke

Paróquia de Laranja da Terra

2° Passa Noite da Juventude da União Paroquial Santa Maria

Aconteceu no dia 06 de setembro o 2° Passa Noite da JE na Comunidade de Jequitibá. O encontro teve início às 18h do dia 06 e terminou às 06h do dia seguinte e contou com a presença de 170 jovens vindos das comunidades e paróquias da União Paroquial Santa Maria. Iniciamos com um momento de meditação, seguido de músicas e houve um estudo sobre o tema Vocações, conduzido pelo P. Willian Kaiser de Oliveira. Depois, seguiu-se com gincanas e brincadeiras, que seguiu noite adentro, varando a madrugada e, já de manhã, o encontro foi encerrado com meditação, louvor e um saboroso café da manhã.

Emanuely Henke e Juliana Reetz

Pela coordenação da JE UP Santa Maria

Olimpíada Caipira da JE UP Guandu

No dia 20 de outubro de 2024 aconteceu na Comunidade de Paraju – Paróquia de Palmeira de Santa Joana, a Olimpíada Caipira da Juventude Evangélica da União Paroquial Guandu. Participaram do evento cerca de 180 jovens de todas as paróquias da UP, além de visitantes.

O domingo iniciou com uma meditação conduzida pelo coordenador teológico da JE P. Evandro Elias – da Paróquia de Crisciúma. Baseado nos versículos de 1 Coríntios 9. 24-25: “Vocês sabem que numa corrida, embora todos os corredores tomem parte, somente um ganha o prêmio. Portanto, corram de tal maneira que ganhem o prêmio. Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre.”

Estas palavras nos inspiraram a uma competição saudável durante os jogos, bem como nossa convivência no decorrer do dia. O texto bíblico também frisa e nos lembra que aquilo que realmente devemos querer é a salvação, dada a cada qual de nós por Jesus Cristo.

Ao longo do dia diversas brincadeiras foram realizadas, como queimada, corrida com ovo na colher, cabo de guerra e tantas outras mais, que proporcionaram momentos de diversão e comunhão entre amigos.

O evento foi finalizado com a premiação das equipes vencedoras:

1º Paróquia de Palmeira;

2º Paróquia de Afonso Cláudio;

3º Paróquia de Laranja da Terra.

As demais terão uma nova chance na próxima olimpíada!

P. Evandro Elias

Orientador Teológico da JE UP Guandu

Juventude

XXI Seminário Sinodal de Formação de Lideranças da JE

A Juventude Evangélica é um grupo que passa por constante renovação quando falamos de pessoas participantes. Isso acontece em razão da idade e das transições de vida que vivemos nessa fase. Com o acontecimento da pandemia da Covid-19, sentimos ainda mais essa mudança. Muitas pessoas novas ingressaram em nossos grupos, e a partir disso percebemos a importância de estudar, no XXI Seminário Sinodal de Formação de Lideranças da JE, “O que é e como podemos “Ser JE”.

O encontro, que aconteceu na Comunidade Bom Pastor, em Vila Velha, nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 2024, nos proporcionou uma experiência maravilhosa do ser e viver Juventude Evangélica, com momentos de estudo, de diversão em um luau na praia e, também, reflexivo por meio do culto em conjunto com a Comunidade. A programação também integrou jovens da União Paroquial Norte e Nordeste através da transmissão ao vivo do Seminário.

Para o estudo do tema, o palestrante Eduardo Borchardt nos conduziu numa trilha de aprendizagem, em que iniciamos conhecendo um pouco da história da Juventude Evangélica e suas diretrizes, o significado do nosso símbolo, e um pouco de como é formada a estrutura da IECLB e de nosso Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB). Também durante esse momento, conversamos sobre a importância de nossos grupos de JE nas Comunidades/Paróquias, bem como nossa participação nas demais atividades da Igreja. Participar destes grupos são nosso “alimento diário” como pessoa cristã, e devemos zelar pela manutenção e continuidade deles, para que, desta forma, possamos

Mês do Bem da JE UP

Santa Maria 2024

O mês de outubro foi escolhido para a campanha “Mês do Bem” de toda a Juventude da União Paroquial Santa Maria. Na edição de 2024, foi realizada a arrecadação de doações para a Maternidade de Cariacica e a campanha de doação de sangue. Durante todo o mês foram recebidas fraldas, roupinhas para recém-nascidos e produtos de higiene pessoal para as mães. As doações serão entregues diretamente na maternidade, administrada pela Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (AEBES). E no dia 31 de outubro, em parceria com o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (HEMOES), localizado na Capital Vitória, foi realizada a ação de doação de sangue no espaço cedido pela Escola Cooperação, sendo realizados 79 atendimentos, entre doações de sangue e cadastros de doadores de medula. Somos gratos a todas as pessoas que contribuíram para a realização do “Mês do Bem”. Fazer o Bem, faz bem!

Emanuely Henke e Juliana Reetz

Pela coordenação da JE UP Santa Maria

exercer a missão de propagar o Evangelho. Somos jovens e não podemos desanimar frente às dificuldades que encontramos. Como base para nosso Seminário e motivação para seguir com nossos trabalhos a partir do encontro, escolhemos o lema encontrado em Timóteo 4.12: “Não deixe que ninguém o despreze por você ser jovem. Mas, para os que creem, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza.”

Queremos ser JE ativa e alegre. Para isso, precisamos de subsídios que possam contagiar os jovens de nossos grupos a seguirem firmes e participativos na vida comunitária. Com esse intuito, trouxemos para o evento uma tarde de dinâmicas, conduzidas pelo palestrante Marssuel Lauvers, em que pudemos brincar e aprender a executar dinâmicas de apresentação, reflexão e descontração.

Cada jovem participante recebeu um material escrito com as informações estudadas, além de ideias de dinâmicas para poder aplicar em seus grupos, como forma de facilitar a multiplicação do conhecimento adquirido na formação. Também durante o evento, tivemos a oportunidade de conhecer melhor e estreitar os laços com os amigos de outras Uniões Paroquiais através de uma atividade de entrevista, que propôs perguntas para nos conhecermos e buscarmos semelhanças e novas ideias uns com os outros. Toda essa formação nos inspirou para retornar aos nossos grupos, motivados e motivadas a ser JE.

Jovens da União Paroquial Norte Nordeste se reúnem em retiro

Realizado de 11 a 13 de outubro, em São Luís, no Maranhão, o encontro foi um momento especial de profunda comunhão da Juventude Evangélica da região. Sob o tema ‘Vivendo a Palavra: fé que movimenta’ e o lema bíblico “Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho” (Hebreus 11,2), a Juventude Evangélica (JE) da União Paroquial Norte e Nordeste (UPNN) reuniu-se em São Luís, no Maranhão, para o seu primeiro Retiro da União Paroquial.

Trinta e dois jovens tiveram a oportunidade de conhecer a realidade luterana de outros estados. Representantes do Pará, Paraíba, Pernambuco e Maranhão estiveram presentes. O Conselho Sinodal da Juventude Evangélica (COSIJE) e o Conselho Nacional da Juventude Evangélica (CONAJE), também participaram com representantes do Espírito Santo e de São Paulo.

A noite da sexta-feira foi dedicada à acomodação e lazer. O tempo foi utilizado para entender quais as demandas e características das juventudes dentro de cada uma das comunidades. Por meio de uma reflexão e de um jantar compartilhado — um agradecimento especial para Rosiclea Ferreira Lopes e Rafaela Roberta da Silva, que cuidaram muito bem de toda a turma —, e posteriormente de um karaokê e danças típicas para animar a alma. Houve um forte momento de muita alegria e gratidão com pessoas vindas de seis estados do Brasil.

Na manhã de sábado, foi realizada a abertura oficial do evento. A partir de uma meditação trazida pelo Pastor Lohan Schulz Tesch com alguns personagens bíblicos, os jovens foram convidados a pensar com qual personagem se identificavam. Após isso, houve uma dinâmica de apresentação e partilha, em duplas, entre pessoas que não se conheciam, para falar sobre alguma pessoa que era inspiração na fé. A dinâmica consistia em uma pessoa da dupla apresentar a outra para o restante do grupo.

Ainda na parte da manhã, a juventude foi dividida em três equipes para a realização de uma disputada e animada gincana. Na atividade, foi testada a criatividade — inerente à juventude — e os conhecimentos bíblicos e de confessionalidade luterana. Cada time escolheu um nome e imagem, que representasse o grupo, lema baseado na Palavra de Deus e um grito de guerra.

Um passeio pelo centro histórico de São Luís, na parte da tarde, enriqueceu ainda mais a experiência de conhecer a cultura maranhense. A programação foi conduzida pela Pastora Franciele Sander, que fez o

papel de guia de turismo ao mostrar de modo magistral as obras arquitetônicas declaradas patrimônio histórico estadual e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Um singelo e belo Culto de Tomé na noite do sábado levou os jovens para um momento de encontro, intimidade e comunhão com o Senhor. Foi possível refletir questões pessoais e as dores do mundo, que são inúmeras.

No domingo de manhã, houve um momento de música e louvores, típico de retiro da JE, e o estudo do tema conduzido por Tarcísio Vittor, jovem da comunidade de São Luís. Na ocasião, Vittor pediu aos participantes para pensar sobre qual seria, na avaliação pessoal de cada um, a maior obra artística já criada no mundo e o motivo pela escolha. Foi um festival de lindas histórias pessoais. Tarcísio também provocou a juventude a refletir sobre o que é ser cristão evangélico na realidade atual. A conversa foi finalizada com a conclusão de que Cristo é o centro da narrativa que explica o mundo para nós. E que, na fé cristã, nós somos os artistas, inspirados por uma paixão que nos move.

Na parte da tarde foi realizada uma partilha sob o tema “Quem somos e de onde estamos vindo?” e também avaliação do retiro. O culto de encerramento foi realizado na comunidade de São Luís, onde foi apresentada a primeira coordenação eleita para representar a juventude da União Paroquial, como segue: Allaf Barros, Ana Carolina Boueres, Jorge Fernando Cunha e Maria Eduarda de Sousa Fernandes e o Pastor Lohan Schulz Tesch.

Agradecemos profundamente as comunidades do Sínodo Espírito Santo a Belém que, por meio de ofertas, contribuíram para que o nosso retiro fosse realizado. Agradecimentos ao COSIJE que não vem medindo esforços para nos auxiliar na estruturação do trabalho com a Juventude Evangélica da União Paroquial Norte Nordeste. “A fruta, para ser aproveitável, deve ser colhida de vez!”, escreveu há mais de 140 anos o brilhante escritor maranhense Aluísio Azevedo.

Que a semente plantada neste primeiro encontro da Juventude Evangélica Norte e Nordeste possa crescer e trazer bons frutos para nossa região!

Allaf Barros

João Pessoa-PB

Jorge Fernando Cunha

São Luís/MA

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A sementinha

Tema: Preparativos para o nascimento de Jesus

Olá crianças, já chegou o final de ano. As lojas já estão ficando enfeitadas com luzes e árvores de natal. A gente começa a pensar no nascimento de Jesus. Essa é grande notícia do ano inteiro: um bebezinho está prestes a nascer! Essa notícia do nascimento do menino Jesus deixou as pessoas felizes; fez com que elas buscassem ser mais amigas e também quisessem ficar juntas.

A notícia de que a mamãe está grávida é motivo de grande alegria para uma família, pois a vinda de uma criança traz esperança. É a realização de um sonho. Para que tudo dê certo a família precisa se preparar. Arrumar roupas de bebê e um bercinho. Muitas famílias fazem um chá de fraldas para juntar os amigos e festejar a vinda da criança. Os convidados trazem fraldas para presentear os pais e ajudar na preparação. Todo mundo ajuda um pouco e reparte as alegrias.

E você, amiguinho, amiguinha, sabe como foi a notícia do seu nascimento?

Algumas atividades para nos prepararmos para no Natal de Jesus:

Pergunte aos seus pais como foi saber da notícia de que você estava vindo.

Como foram os preparativos e como eles se sentiram quando você nasceu?

Também é importante saber que cada nascimento tem uma história diferente, com muitas alegrias e dificuldades. No final, as alegrias e a esperança sempre superam as dificuldades. Na história de Jesus foi semelhante, muitas pessoas vieram para conhecê-lo, e o seu nascimento mudou a vida da humanidade inteira.

P. Willian Kaizer de Oliveira Conselho do Culto Infantil SESB

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