Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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SOBRE O PROGRAMA Destinado aos empregados operacionais florestais da Fibria e seus colaboradores, o Programa de Formação Ambiental “Árvore do Saber” (PO.12.13.002) tem por objetivo disseminar informações socioambientais visando à conscientização dos participantes sobre práticas sustentáveis e melhoria do desempenho socioambiental da empresa além de estabelecer procedimentos e periodicidade. Este treinamento faz parte do programa e é o momento que são transmitidas as informações socioambientais, visando a melhoria contínua de seu desempenho como multiplicador na condução do Diálogo Direto de Meio Ambiente em 2016. Este material abrange conteúdos sobre o programa e os temas pré definidos que serão trabalhados ao longo deste ano alinhado de forma coorporativa. Boa leitura.
ÍNDICE Programa de Formação Ambiental
03
Gestão de Resíduo Sólido
05
Gestão de Aspecto e Impacto
11
Monitoramento Ambiental
13
Área de Alto Valor de Conservação
16
Mudança Climática
19
Índice de Desempenho Socioambiental
23
Certificação Florestal
25
Silvicultura e Água
29
Restauração Ambiental
39
Recomendação Socioambiental
41
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SOBRE O PFA
São objetivos específicos do Programa: ■ Fomentar a conscientização sobre a conservação da biodiversidade e a gestão dos impactos ambientais, valorizando o uso sustentável dos recursos naturais; ■ Provocar mudanças de atitudes, relacionadas às questões socioambientais a partir de experiências positivas e acesso a informação; ■ Contribuir para consolidação de uma relação participativa e contínua com as partes interessadas de forma a buscar o vínculo com as práticas de manejo florestal, as ações e projetos socioambientais da Empresa; ■ Atender às condicionantes de licenças e critérios de certificações florestais.
Diálogo Direto de Meio Ambiente (DDMA) Momento de diálogo entre os empregados florestais para discutir assuntos e temas de caráter socioambiental relativo ao manejo florestal da Fibria. O DDMA é um instrumento didático participativo que busca desenvolver a consciência ambiental a nível operacional. Multiplicador Ambiental Os Multiplicadores Ambientais são empregados designados pelos gestores das áreas florestais para participar do treinamento anual oferecido pela área de Meio Ambiente Florestal da Fibria, ficando responsável pela realização do DDMA mensalmente em sua área de trabalho, sendo referência para assuntos de meio ambiente. EcoCiente Informativo mensal, denominado EcoCiente, desenvolvido pela área de Meio Ambiente Florestal sobre os temas de interesse geral para a melhoria do desempenho socioambiental. Os informativos são materiais didáticos para auxiliar o multiplicador na realização do DDMA. A versão impressa do EcoCiente é enviada mensalmente aos multiplicadores, a versão digital é enviada por e-mail aos
multiplicadores, além de estar disponível no www.fibrianet.com.br. Índice de Conscientização do Empregado Florestal(ICEF) O Índice de Conscientização do Empregado Florestal é um indicador que representa a participação dos empregados (avaliado via check list ambiental) e o conhecimento adquirido através da avaliação no Treinamento de Multiplicador Ambiental.
O ICEF também é um item de verificação que compõe o Índice de Desempenho Socioambiental (IDSA) das operações florestais (viveiro, silvicultura, colheita e logística). Treinamento de Multiplicador Ambiental É o momento que são transmitidas as informações ao multiplicador ambiental sobre os temas do ano, visando a melhoria contínua do desempenho do multiplicador na condução do DDMA. Ao final de cada ano do PFA Florestal, recomendase uma rotatividade dos multiplicadores, para que mais colaboradores tenham possibilidade de participar do treinamento.
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Desejável para cada equipe de 40 empregados ou para cada turno que tenha no mínimo dois multiplicadores ambientais, garantindo assim a abrangência e eficácia. Formulário de Registro do DDMA (FO.12.13.001)
da Fibria e de prestadores de serviço que enviaram multiplicadores. ■ Índice de Conscientização de Empregados Florestais (ICEF): avaliado através do Check List ambiental das áreas operacionais. Ciclo do PFA
O DDMA deve ser registrado em formulário próprio disponível na Unidade Corporativa do DOL. O multiplicador ambiental é responsável por preencher corretamente todos os campos deste formulário.
O PFA Florestal terá um ciclo de um ano, com temas mensais pré-definidos. Além deste plano, qualquer outro assunto socioambiental pertinente à área específica de trabalho poderá ser discutido nos DDMAs.
Os registros devendo ser mantidos na área correspondente ou no escritório das Empresas Colaboradoras durante 2 anos e devem estar disponíveis para auditorias.
Ações a serem realizadas pelo multiplicador ambiental ao realizar o DDMA:
Treinamentos Específicos
■ Relacionar o assunto com a atividade de sua operação;
Serão realizados treinamentos específicos direcionados aos empregados florestais, em atendimento às demandas das áreas operacionais e das certificações. Os principais temas dos treinamentos específicos são: gestão de aspecto e impacto ambiental, gestão de resíduos sólidos, áreas de alto valor de conservação (AAVC) e plano de manejo florestal. Indicadores ■ Número de multiplicadores treinados: consiste no número de participantes do treinamento de multiplicador. ■ Índice de abrangência: é a proporção de áreas
■ Estudar o assunto do mês;
■ Se possível, preparar algum recursos extra que possa auxiliá-lo na exposição do assunto; ■ Efetuar o DDMA preferencialmente no próprio setor / local de trabalho; ■ Realizar o DDMA de forma clara e objetiva; ■ Distribuir o informativo EcoCiente para todos os empregados florestais no momento do DDMA; ■ Utilizar o informativo como material didático; ■ Deixar disponível o FO.12.13.001 para que todos registrem sua participação.
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GESTÃO DE RESÍDUOS FLORESTAIS Por que separar os resíduos produzidos na Fibria? Cada resíduo produzido possui uma destinação e deposição final adequada conforme legislação, afim de minimizar os impactos negativos gerados no meio ambiente. Mas afinal, o que é gestão de resíduos? Ato de gerenciar os resíduos em seus aspectos, desde a geração até a deposição ou destinação final, incluindo as etapas de identificação, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento temporário, transporte e destinação final. A gestão de resíduos sólidos envolve questões legais e ambientais, pois se coletados e dispostos inadequadamente podem causar impactos ambientais adversos. Conhecer e ser consciente de como os resíduos são classificados de acordo com seus riscos potenciais para o meio ambiente e a saúde pública é um passo importante para minimizar seus impactos. As etapas da Gestão de Resíduos:
4. Transporte , destinação e deposição final: - Aterro Industrial Fibria; - Logistica reversa;
1. Segregação de Resíduos nas Áreas operacionais e Apoio.
2. Transporte de Resíduos até a Baia de Resíduos.
3. Armazenamento temporário de Resíduos na Baia de Resíduos.
- Aterro de resíduos perigoso;
- Coprocessamento; - Reciclagem; - Lavagem; - Reutilização.
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Classificação dos resíduos A NBR 10.004 classifica os resíduos em perigosos e não perigosos (não-inerte e inertes).
Armazenamento temporário dos resíduos Os resíduos devem ser acondicionados em coletores devidamente identificados, deverá obedecer as cores nos padrões internacionais para cada tipo de resíduo.
Resíduos sólidos contaminados com óleo e graxa. Obs.: resíduos como pilha, lâmpada fluorescente, EPI, solo contaminado e embalagem de defensivo agrícola são descartados em coletores identificados. Papelão, jornal, revista, rascunho, livro, envelope, embalagem Tetra Pak (leite/suco) vazia e tampada. Lata de refrigerante e suco, lata de leite em pó e achocolatado e outros tipos de alumínio. Marmitex vazia, guardanapo usado, papel higiênico, sachê de azeite, maionese, ketchup e outros, foto, etiqueta adesiva, clips, grampo, esponja de aço e prego. Copo e saco plástico, garrafa PET e tampa, embalagem Laminada, embalagem vazia de Sudract, sacos de fertilizantes vazios e canudos de plástico. Garrafa, copo, espelho, cristal, vidro de janela, vidro de automóvel, porcelana e cerâmica. Obs.: por motivo de segurança todos os resíduos de vidros devem ser descartados nos coletores verdes. Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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Os objetivos da gestão de resíduos na Fibria são: ■ Prevenir e minimizar a geração de resíduos; ■ Reaproveitar os resíduos gerados, otimizando o Para alcançar estes objetivos, são estabelecidos máximo seu uso antes do descarte final; procedimentos para classificar, segregar, coletar, armazenar e transportar os resíduos gerados nas ■ Tratar os resíduos adequadamente; atividades e operações florestais em cada Unida■ Assegurar uma correta disposição final; de da empresa. ■ Atender aspectos legais e requisitos de certificações.
Vamos conhecer os principais impactos que podem ser causados pela gestão ineficiente dos resíduos sólidos: ■ Contaminação da água, por exemplo, devido ao descarte incorreto de embalagens de defensivos agrícolas. ■ Comprometimento da saúde devido a doenças transmitidas por vetores que se proliferam em depósitos de lixo inadequados, como leptospirose, verminoses e dengue. ■ Contaminação do solo devido ao armazena-
mento e descarte incorreto de peças, filtros e mangueiras contaminadas com óleos e graxas. ■ Degradação da paisagem, dos lugares onde vivemos e trabalhamos.
■ Alteração da qualidade do ar devido à incineração de insumos vencidos, que emitem gases potencialmente cancerígenos, além das cinzas residuais provenientes do processo.
Conceitos
■ Resíduos: é o material que permanece após a execução das operações/atividades florestais, podendo ser reciclado, reutilizado ou descartado.
■ Aterro: área para disposição de resíduos, fundamentada em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, que permite a confinação segura em termos de controle da poluição ambiental.
■ Incineração: Processo de queima dos resíduos em fornos licenciados.
■ Co-processamento: é a destinação final de resí-
Confira os procedimentos que se aplicam a você e à sua área de trabalho: - PO.12.13.006 - Gerenciamento de Resíduos Sólidos - MS; - FO.12.13.027 - Controle de Movimentação Interna de Resíduos; - PO.12.00.17 - Devolução de Embalagens; - LT.12.13.002 - Critérios para a Separação de Embalagens Vazias.
duos em fornos de cimento com o aproveitamento da energia contida nestes materiais.
■ Baia: local onde o resíduo proveniente das fazendas é armazenado temporariamente, para adquirir volume que justifique a remoção até disposição final.
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Resíduos na área florestal No Manejo Florestal os resíduos podem ter diversas origens. Para cada um deles, devemos seguir diferentes procedimentos: ■ Resíduos da colheita florestal: uma parte é distribuída no campo para reciclagem de nutrientes e outra destinada para a produção de energia. ■ Resíduos gerados nas áreas por empregados durante as operações florestais: devem ser segregados nos recipientes corretos, de acordo com o procedimento de gestão de resíduo da Unidade, e encaminhados para destinação final adequada. ■ Resíduos descartados por comunidades vizi-
nhas às áreas florestais: instruir as comunidades sobre os impactos deste descarte inadequado e alinhar como a prefeitura para auxiliar na destinação correta. ■ Resíduos perigosos gerados pelas operações florestais: devem ser depositados em tambores da cor laranja e encaminhado a baia de resíduo localizada na fazenda horto barra do moeda ou empresa especializada.
O perigo dos metais pesados– resíduos classe I Os metais pesados são componentes tóxicos bioacumulativos encontrados, por exemplo, em pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. Esses componentes, se descartados de forma incorreta na água, no solo ou no ar, podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar. Pilhas e baterias Grande parte das pilhas e baterias usadas são jogadas em lixos comuns e vão para aterros sanitários ou lixões a céu aberto. Como estes resíduos são classificados como perigosos, por serem compostos de metais pesados altamente tóxicos
e não-biodegradáveis (como mercúrio, chumbo, cádmio, níquel, entre outros), o seu descarte no lixo comum apresenta alto risco à saúde humana e ao ambiente. O que a Fibria faz com pilhas e baterias descartadas? Na Unidade Três Lagoas, pilhas e baterias usadas são enviadas para a Baia de Resíduos no Horto Barra do Moeda. Estes produtos são temporariamente armazenados até que, em quantidade suficiente, são transportados para a empresa especializada na destinação final ou devolvidos ao fabricante (por meio da Logística Reversa).
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Verifique na tabela abaixo a destinação correta dos resíduos perigosos Classe I: Descrição do resíduo
Coleta Interna
Baterias Automotivas.
Baia de Resíduos do Horto Barra Evitar quebras e vazamen- do Moeda ou na Oficina Central tos durante manuseio. (em local coberto e com contenção).
Armazenamento temporário
Destinar nos recipientes Em recipientes cor de laranja armaBaterias de radi- laranjas específicos ou enzenados na Baia de Resíduos do ocomunicação. tregar no Almoxarifado Horto Barra do Moeda. Florestal.
Pilhas.
Destinar nos recipientes Em recipientes cor de laranja laranjas específicos ou enarmazenados na Baia de Resítregar no Almoxarifado duos do Horto Barra do Moeda. Florestal.
Destinação final
Devolução ao fabricante. Devolução ao fabricante ou destinação para a empresa especializada. Devolução ao fabricante ou destinação para a empresa especializada.
Lâmpadas fluorescentes Apesar da praticidade, durabilidade e economia da lâmpada fluorescente, apresenta um componente químico perigoso em seu interior: o mercúrio. Portanto, as lâmpadas são classificadas como resíduos perigosos e, se lançadas em aterros, podem contaminar o solo e os cursos d’água. Descarte de Lâmpadas na Fibria? As lâmpadas fluorescentes descartadas na Fibria são tratadas por uma empresa especializada. Descarte no fim de sua vida útil As lâmpadas devem ser armazenadas intactas, acondicionadas e, preferencialmente, embaladas em suas embalagens originais, para depois serem encaminhadas à Baia de Resíduos. Em hipótese alguma deve-se quebrar as lâmpadas para armazená-las. Em caso de quebra acidental
Durante o contato com lâmpadas fluorescentes quebradas é necessário o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como avental, luvas e botas plásticas. Seguir o procedimento: 1. Abrir portas e janelas para aumentar a venti-
Sobre o Processo de Tratamento das O processo de tratamento consiste na introdução das lâmpadas num orifício localizado no topo do equipamento de remoção de vapores (Bulb Eater – papa lâmpadas). Este equipamento gera um vácuo, que impede a fuga dos vapores provenientes do processo de trituração das lâmpadas. Após o processo de descontaminação, os subprodutos gerados podem ser encaminhados para reciclagem. lação e ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos. 2. Coletar os cacos de vidro (utilizando luvas de proteção) e colocá-los em saco plástico. 3. Coletar os pequenos resíduos que ainda restarem com um papel umedecido. Colocar o papel umedecido dentro de um saco plástico e fechá-lo, colocar todo o material coletado dentro de um segundo saco plástico. 4. Lavar mãos e pele após contato com material quebrado. 5. Todo o resíduo deverá ser descartado em recipiente para resíduo perigoso (cor laranja).
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O perigo dos resíduos de Defensivos Agrícolas— classe I Os resíduos gerados na aplicação de defensivos agrícolas passam por logística reversa. Estas embalagens (galões, sacos plásticos e caixas) são entregues nas centrais de recebimento do Instituto Nacional de Embalagens Vazias (Inpev). Tríplice Lavagem O processo inicia-se com o empregado florestal, que após o uso dos defensivos agrícolas, deve lavar as embalagens , com objetivo de eliminar as sobras dos defensivos líquidos bem como evitar que a embalagem seja reutilizada para outro fim.
Os empregados que geram os resíduos perigosos como embalagens de defensivos agrícolas e EPI’s contaminados com estes produtos, precisam seguir corretamente os procedimentos de coleta, armazenamento e destinação final, descrito abaixo:
Descrição do resíduo
Coleta Interna
Armazenamento temporário
Embalagens de defensivos agrícolas.
Separar e armazenar as embalagens conforme LT.12.13.002, preRealizar a Tríplice lavagem encher o FO.12.13.027 e entregar conforme PO.01.08.002. na baia de resíduos da Fazenda Horto Barra do Moeda.
EPI contaminados.
Após o termino do trabalho o EPI contaminado deve ser descartado em coletor de cor laranja identificado como resíduos perigoso.
Destinação final Entregues em Unidades de Recebimento de Embalagens credenciados pelo InpEV de acordo com sistema de logística reversa.
Os EPI’s contaminados são armazenados temporariamente na baia de Aterro Classe I e Coresíduos da Fazenda Horto Barra processamento. do Moeda.
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GESTÃO DE ASPECTO E IMPACTO AMBIENTAL Todos os produtos, serviços e atividades da Fibria, que tenham interação com o meio ambiente durante sua execução, são identificados, caracterizados, avaliados e têm controles implantados para minimizar os impactos adversos e potencializar os benéficos. Um dos requisitos da norma ISO 14001, é estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar os aspectos e impactos ambientais decorrentes das atividades de uma organização. ■ Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que interagem ou podem interagir com o meio ambiente. ■ Impacto ambiental: qualquer alteração no meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais. Exemplo: descarte incorreto de resíduo fora dos procedimentos causa um efeito, a contaminação do solo. O Sistema de Gestão da Fibria com base nesse modelo, identifica os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços a fim de minimizar os respectivos impactos adversos e potencializar os benéficos. A identificação de aspectos e impactos é reconhecida mundialmente como um meio de controlar custos, reduzir os riscos e melhorar o desempenho do empreendimento. Desse modo, é importante conhecer quais são os impactos gerados pelas atividades que realizamos.
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Para cada impacto ambiental significativo identificado são definidos controles ambientais para preveni-lo ou minimizá-lo. Tais controles são incorporados nos Manuais Técnicos, Procedimentos Operacionais e Instruções de Trabalho e devem ser adotados por todos os empregados durante a realização das atividades. Veja na tabela abaixo alguns aspectos e impactos gerados e seus principais controles:
Processo
Atividade
Aspecto
Produção de Preparo de estaca e Consumo plantio. mudas. de água.
Silvicultura.
Estrada.
Manejo de silvicultura.
Geração/ descarte de resíduos sólidos.
Impacto
Principais Controles
Esgotamento de recursos naturais não renováveis.
PO.12.01.009 (Operação do Viveiro) e PO.12.13.029 (Monitoramentos Ambientais).
Alteração químiPO.12.13.006 (Gestão de Resíca/ física/ microbiológica do duos). solo.
Construção e manuEsgotamento de tenção de estradas, Consumo de recursos naturais obras de arte e ater- água. não renováveis. ro.
Colheita Flo- Manejo para colhei- Vazamento/ ta geral. transbordo. restal.
Carregamento, transporte e moviLogística Flomentação rodoviárestal. ria (madeira e maquinários.
Contaminação / Alteração da qualidade da água.
PO.12.09.001 (Construção e Manutenção de Estradas), PO.12.07.004 (Lavagem de Máquinas), FO.12.13.026 (Controle de Captação de Água) e PO.12.13.029 (Monitoramentos Ambientais).
PO.12.07.001 (Manutenção de Máquinas e Equipamentos).
Emissão de Alteração climátiPO.12.13.003 (Recursos e Emisgases efeito ca pelo efeito essões). estufa (GEE). tufa.
Consulte a Lista de aspectos e impactos ambientais significativos do manejo florestal (LT.12.13.011) disponível no Sistema DOL - Documento On Line no www.fibrianet.com.br.
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MONITORAMENTOS AMBIENTAIS É o conjunto de observações e medições de parâmetros do ponto de vista ambiental, de saúde e segurança que são realizadas nas áreas da Unidade Florestal. São procedimentos que ocorrem de forma a assegurar a interação entre o que é planejado e executado, possibilitando a correção de desvios dentro do processo. Os monitoramentos permitem guiar as ações de manejo da empresa e são um importante instrumento para tomada de decisão para o desenvolvimento do negócio florestal renovável.
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Estratégia de Conservação
do melhorias no manejo florestal.
A estratégia de conservação ambiental da Fibria fundamenta-se em dois fatores principais:
■
■ Conhecimento do meio no qual a Fibria atua; ■
Monitoramento de Fauna e Flora: visa avaliar o efeito do manejo florestal sobre a biodiversidade, bem como a identificação da fauna e flora nas áreas de atuação.
Definição das atividades operacionais que são desenvolvidas nestes ambientes.
Desempenho Ambiental
Conheça alguns dos monitoramentos ambientais realizados pela Fibria:
Os monitoramentos são fundamentais para o processo de melhoria contínua do desempenho ambiental, na medida em que seus resultados são analisados para a definição de oportunidades de melhoria no manejo florestal e dos recursos naturais.
■
Monitoramento Pré e Pós-Operação: é realizado antes e depois que as operações passam por determinada área, verificando a necessidade de ação em casos de desvios.
■
Monitoramento de Fumaça Preta: é feito em veículos a diesel de forma a identificar desvios, a fim de evitar o impacto ambiental ocasionado pela excessiva quantidade de materiais particulados presente na fumaça.
■
Monitoramento de Captação de Água: controle do volume de água captado em córregos, rios e poços das atividades operacionais.
■
Monitoramento de Efluentes: verifica se os lançamentos de efluentes (são os resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais, que são lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de gases) estão de acordo os limites legais.
■
Monitoramento de Recursos Hídricos: busca caracterizar os recursos hídricos da região, visan-
Cyanocorax cristatellus (Gralha-do-campo)
Ao longo de todos os trabalhos realizados foram identificadas até 2015 a presença de, 368 espécies de aves, sendo 26 novas espécies. Já as espécies de mamíferos foram identificadas 26 espécies e nenhuma nova ocorrência. As plantações de eucalipto, devido à sua estrutura arbórea, fornecem abrigo e alimentação para a fauna, além de funcionar como corredor ecológico entre fragmentos de floresta nativa para muitas espécies. Veja as imagens.
Platalea ajaja (Colhereiro)
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Galito (Alectrurus tricolor)
Papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops
Sporophila pileata (caboclinhobranco)
Mutum-de-penacho - (Crax fasciolata)
Avistamento de animais Ao avistar alguma espécie, encaminhe as imagens para a Equipe de Meio Ambiente pelo e-mail rafael.rocha.rr1@fi bria.com.br com as seguintes informações: nome do identificador, local (fazenda e talhão) e data de avistamento.
Para mais informações acesse o PO.12.13.029 Monitoramentos Ambientais, o MA.12.13.003 Plano de Manejo Florestal da Fibria MS ou o Resumo do Plano de Manejo disponível em www.fibria.com.br.
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ÁREA DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO O conceito de Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC´s) foi desenvolvido pela certificação florestal para inicialmente ser empregado na avaliação do manejo de áreas florestais nativas. Em seguida, seu uso foi ampliado para outras aplicações, incluindo avaliações sociais e culturais. A Fibria utiliza este conceito para direcionar seus esforços de conservação e relacionamento. Vamos conhecer mais sobre esse termo tão recente que trata de valores que almejamos deixar para as futuras gerações. O termo Área de Alto Valor de Conservação (AAVC) surgiu com o desenvolvimento de padrões para a certificação do manejo florestal, e se refere às áreas com valores de elevada importância ambiental ou social para a conservação.
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O que são Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC’s)? Todas as áreas, florestais ou não, podem possuir importantes valores sociais e/ou ambientais, como proteção de bacias hidrográficas, presença de espécies ameaçadas, áreas de uso costumário pelas comunidades locais, entre outros. Áreas onde esses valores são considerados excepcionais ou de importância crítica podem ser definidas como Áreas de Alto Valor de Conservação. A chave para definir uma área como sendo de alto valor é identificar se ela possui um ou mais atributos de Alto Valor de Conservação.
AVC 1: áreas contendo concentrações significativas de valores de biodiversidade, como áreas protegidas, espécies endêmicas¹, ameaçadas² ou em perigo de extinção e concentrações estacionais de espécies, seja em nível global, nacional ou regional. AVC 2: áreas extensas e conservadas de vegetação nativa, de relevância global, nacional ou regional, onde a maioria das espécies da fauna e flora nativas ocorrem em um padrão natural de distribuição e abundância. AVC 3: áreas que estão inseridas ou possuem ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de extinção. AVC 4: áreas capazes de promover serviços ambientais em situações críticas, como proteção da bacia hidrográfica e controle de erosão. AVC 5: áreas importantes para atender necessidades básicas das comunidades, como aquelas relacionadas à saúde e à subsistência. AVC 6: áreas importantes para a identidade cultural tradicional das comunidades, por exemplo, áreas de significado cultural, ecológico, econômico ou religioso identificadas em cooperação com as comunidades locais.
A Unidade Florestal da Fibria em Três Lagoas identificou quatro Áreas de Alto Valor de Conservação para a biodiversidade e representação na paisagem, contendo elementos de AVC 1 e 2, sendo elas denominadas de acordo com o nome da fazenda à qual pertencem: ■ Vegetação nativa da fazenda Barra do Moeda e Dobrão; ■ Maior fragmento de vegetação nativa da Fazenda Matão; ■ Maior fragmento de vegetação nativa da Fazenda Rio Verde A; ■ Maior fragmento de vegetação nativa e de área úmida da Fazenda Abasto. Após a consulta de validação com as comunidades envolvidas foi definida como AVC 6 a Capela São Judas Tadeu, localizada na Fazenda Matão no município de Selvíria. A designação de uma floresta ou área como AAVC não impede o manejo da área, entretanto, esse manejo deve ser planejado e implementado de forma que assegure a manutenção ou a melhoria dos valores.
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Mapa Áreas de Alto Valor de Conservação
Capela São Judas Tadeu, localizada na Fazenda Matão no município de Selvíria. Área externa.
Capela São Judas Tadeu, localizada na Fazenda Matão no município de Selvíria. Área interna.
Conceitos ¹. Espécie endêmica: é aquela espécie animal ou vegetal que ocorre somente em uma determinada área ou região geográfica. O endemismo é causado por quaisquer barreiras físicas, climáticas e biológicas que delimitem com eficácia a distribuição de uma espécie ou provoquem a sua separação do grupo original. ². Espécie ameaçada: é uma espécie cujas populações estão decrescendo a ponto de colocá-la em risco de extinção. Para mais informações acesse o MA.12.13.003 Plano de Manejo Florestal da Fibria MS ou o Resumo do Plano de Manejo disponível em www.fibria.com.br. Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS O termo mudanças climáticas é utilizado para explicar a variação do clima do planeta ao longo do tempo, essas variações em geral são mais percebidas em nível global ou regional. As mudanças climáticas dizem respeito às alterações na intensidade e frequência de chuvas, umidade, picos de calor e fenômenos climáticos extremos, como enchentes, secas, furacões e tornados, em relação às médias históricas. Os cientistas acreditam que essas mudanças estejam sendo causadas pelo ser humano através de emissões de gases de efeito estufa resultantes, principalmente, do uso (queima) de combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo e gás natural, e desmatamento ao longo do tempo dos anos, que foram intensificados após revolução industrial.
A Fibria faz o inventário e a gestão da emissão dos seus gases do efeito estufa, gerados nas operações florestais, industrias e de logística, além disso pesquisas e estudos do Centro de Tecnologia (CT) são desenvolvidos para a empresa melhor se adaptar a esse novo cenário climático.
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A atmosfera, o efeito estufa e o aquecimento global A atmosfera é composta de vários gases, como o oxigênio (O2), e alguns desses gases têm o papel de manter parte do calor que o planeta recebe do sol, conservando a temperatura e a vida na Terra. Esses gases são chamados de Gases de Efeito Estufa (GEE), pois têm essa capacidade de absorver e liberar calor, o mesmo efeito das estufas. Sem esses gases a temperatura média do nosso planeta seria de -15 ºC e a vida como conhecemos não seria possível. Então o efeito estufa é uma condição natural da atmosfera, que mantêm nosso planeta aquecido. Está ocorrendo um aumento global da temperatura devido a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Essa concentração vem aumentando devido às ações humanas que emitem mais GEE para a atmosfera, como queimadas e utilização de combustíveis de origem fóssil – óleos combustíveis, diesel, gasolina e carvão mineral.
Os principais gases de efeito estufa (GEE) e suas fontes emissoras são:
Gás
Ações Emissoras
CO2 (dióxido de carbono)
Queima de combustível fóssil e desmatamento.
CH4 (metano)
Decomposição de lixo orgânico sem presença de oxigênio, resultado do
N2O (óxido nitroso)
Uso de fertilizantes nitrogenados, queima de combustíveis.
processo digestivo do gado, alagamento de áreas naturais.
Para a comunidade científica, existem duas principais alternativas para tentar melhorar o quadro climático. 1ª) Redução das emissões dos gases de efeito estufa para a atmosfera: reduzindo o desmatamento e o consumo de energia vinda de combustíveis, melhorando gestão de resíduos e adubos e aprimorando a criação de animais e pastagens.
2ª) Remoção de gases da atmosfera: através do reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas ou degradadas.
Saiba Mais: http://www.fibria.com.br/shared/midia/publicacoes/CarbonFootprint_PT-BR_2015_v1.2.pdf Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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Plantios de eucalipto: Grandes sequestradores de CO2 O termo “sequestro de carbono” é utilizado para se falar sobre remoção dos GEE. As florestas têm tudo a ver com isso, pois as árvores conseguem retirar ou “sequestrar” o dióxido de carbono (CO2) do ar durante o processo de fotossíntese, em que as plantas liberam oxigênio (O2) para o ar e absorvem o CO2 que é transformado em biomassa, na forma de madeira do tronco, galhos, folhas e raízes. Nas regiões tropicais, onde a oferta de luz (sol) e água é abundante, a taxa de conversão de CO2 em biomassa nos plantios de eucalipto é muito alta, o eucalipto apresenta rápido crescimento e, consequentemente, alta produtividade removendo e estocando grandes quantidades de CO2. Em geral, os ciclos de cultivo do eucalipto no Brasil para a produção de celulose duram de cinco a sete anos, e a cada ciclo o CO2 é removido da atmosfera e transformado em matéria orgânica viva acima e abaixo do solo. Do CO2 é absorvido o carbono (C) que é fixado como biomassa, e é liberado o oxigênio (O2) para a atmosfera. Anualmente a Fibria calcula o sequestro de carbono realizado pelos plantios de eucalipto e a recuperação das áreas de florestas nativas, e as emissões realizadas pelas operações florestais, industriais e de logística. O cálculo de sequestro de carbono, ocorre da seguinte maneira: Sequestro de Carbono, em toneladas = V x D x %C V (volume em m³ incrementado de um ano para o outro); D (densidade da madeira, em toneladas/m³); %C (porcentagem de carbono na madeira/biomassa). V é igual a diferença do volume de uma idade para a outra, em relação ao ano anterior, por exemplo, 1 ha de eucalipto com 1 ano de idade em 2013, possuía 200 m³, em 2014, esse mesmo 1 há, agora com 2 anos, tem 500 m³. Então o crescimento (volume de sequestro) é de 300 m³ (500-300).
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Balanço de emissões e sequestro de carbono A Fibria calcula anualmente as suas emissões e o seu sequestro de gases de efeito estufa, para isso levanta dados de consumo de diesel da silvicultura, colheita, estradas, barcaças, resíduos florestais e industriais, geração de efluentes, consumo de fertilizantes e corretivos, consumo de combustível na indústria, transporte e exportação de celulose no cálculo de emissões, e área total de eucalipto e de conservação para o sequestro. Esse cálculo é em emissões, separado em: 1. Rede elétrica. 2. Emissões dos terceirizados . 3. Emissões de biomassa. Por ser uma empresa de base florestal, a Fibria retira mais CO2 da atmosfera que emite.
O último valor é de 1.858.462 de toneladas CO² e, 11.768.458 de toneladas CO² e de emissões de biomassa, consideradas emissões que não contribuem para aquecimento global, e 16.961.424 toneladas de sequestro de CO2. Esse balanço, na forma de inventário de gases de efeito estufa, é chamado de pegada de carbono, porque levanta os dados da produção da muda no viveiro a entrega da celulose para outros países ou clientes nacionais. Em 2014 na comparação com 2013, as emissões aumentaram em 9,1% sendo 0,4% proporcional ao decréscimo da produção. Mas como em anos anteriores, a contribuição do sequestro de CO 2 de áreas de conservação é apresentada. Considerando o crescimento dos eucaliptos e das áreas de conservação em 2014, para cada 1000 kg de celulose, foram sequestrados 710 kg CO 2 da atmosfera. Ainda, a contribuição do sequestro de CO2 de áreas de conservação é apresentada utilizando somente parte do resultado no cálculo da pegada de carbono, pois possuem um considerável grau de incerteza pois o volume não é medido diretamente em campo.
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ÍNDICE DE DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL O IDSA – Índice de Desempenho Socioambiental: é uma ferramenta que possibilita a gestão ambiental e social de todas as áreas, garantindo a conformidade do manejo com o atendimento dos requisitos legais e das exigências da certificação. O índice é obtido avaliando a performance da gestão dos processos aplicados no manejo florestal. A avaliação mensal ocorre com a pontuação do desempenho das áreas operacionais, nas di-
versas atividades de rotina que exigem que as questões ambientais e sociais sejam prioritárias para a entrega dos resultados.
O IDSA é composto por itens de controle/ verificação. Cada um desses itens possui um peso dentro da área avaliada. Os resultados são balizados por uma régua de performance, que permite adequá-lo com o peso que os itens de verificação são atribuídos e calcular assim a nota final.
Alguns exemplos de itens de verificação: ■ Manter controle de captação de água: garantir que a operação realizará o controle de captação de água por meio do preenchimento do formulário com as quantidades captadas pelo caminhão pipa.
■ Cumprir 100% do programa de monitoramento de fumaça preta: garantir o monitoramento de fumaça preta pelos veículos a diesel respeitando a periodicidade estabelecida pela Fibria.
IDSA PILARES
RÉGUA DE PERFORMANCE METAS
% PESO
0
1,5
3
4,5
5
RESUL- ES- PONTADO CALA TOS
Atender 80% das ações inseridas nos monitoramentos pré e pós operacionais (% de atendimento)
14
70
72,5
75
77,5
80
100
5,0
6,86
Alcançar 80% de desempenho no ICEF IDSA em 2015 (Índice de desempenho)
10
70
72,5
75
77,5
80
100
5,0
4,86
10
75
80
85
90
95
100
5,0
4,86
Cumprir 100% do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Unidade
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■ Alcançar 80% do ICEF - Índice de Conscientização do Empregado Florestal: garantir a participação de todas as áreas operacionais no treinamento de multiplicador ambiental e nos demais treinamentos que fazem parte do Programa de Formação Ambiental Interno, além de garantir que o DDMA seja realizado mensalmente
com a distribuição do informativo EcoCiente. ■ Atender 100% do plano de treinamento do PFA: garantir que o Programa de Formação Ambiental seja aplicado integralmente e de acordo com o cronograma proposto.
IDSA ACUMALADO 2015: 95 (meta = 93)
Análise crítica do IDSA Reuniões de Análise Crítica são realizadas anualmente, visando o envolvimento das áreas para melhoria contínua dos processos. Esta é uma
oportunidade para identificar itens críticos com reincidência de desvios e portanto merecem uma maior atenção e esforço em sua tratativa.
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CERTIFICAÇÃO Este capítulo traz um assunto atual, que tem muita relação com o dia a dia dos trabalhadores e das empresas de base florestal: as certificações do manejo. Conhecendo melhor sobre as normas de manejo florestal, podemos adequar nossas ações e comportamentos e estar preparados para as auditorias. CERFLOR O Programa Brasileiro de Certificação Florestal (CERFLOR) começou a ser trabalhado em 1996, porem só foi lançado em 22 de agosto de 2002. É uma certificação voluntária com parceria de várias instituições como a Sociedade Brasileira de Silvicultura, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, dentre outros (Inmetro, 2012). O Cerflor visa à certificação do manejo florestal e da cadeia de custódia, segundo o atendimento dos critérios e indicadores aplicáveis para todo o território nacional prescritos nas normas elaboradas pela ABNT e integradas ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e ao Inmetro. O programa originou-se da demanda dos produtores brasileiros pela certificação florestal impulsionados por crescente preocupação com a conservação dos recursos naturais. Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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Princípios e Critérios da CERFLOR 1. Cumprimento da legislação. 2. Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, Principais Normas do CERFLOR médio e longo prazos, em busca da sustentabilidade. 3. Zelo pela diversidade biológica. 4. Respeito às águas, ao solo e ao ar. 5. Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em que se insere a atividade florestal.
NBR 14.789
Manejo Florestal
NBR 14.790
Cadeia de Custódia
FSC® - Forest Stewardship Council®
Conselho de Manejo Florestal, é uma organização internacional não-governamental, fundada em 1993. O FSC® é um sistema de certificação florestal que identifica, por meio de sua logomarca, produtos originados do manejo florestal responsável. A certificação florestal busca contribuir para o uso adequado dos recursos naturais, proporcionar condições justas de trabalho e respeito a todas as leis vigentes no país, aplicáveis às operações florestais. O FSC® é hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e todos os continentes.
prazo. Para atingir este objetivo, o FSC® criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente, chamadas Princípios e Critérios, que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica, e são os mesmos para o mundo inteiro.
O FSC® tem o objetivo de difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência no longo Obediência às leis e aos princípios do FSC. 1. Obediência às leis e aos princípios do FSC® .
6. Impacto ambiental.
2. Responsabilidades e direitos de posse e uso da terra.
7. Plano de manejo.
3. Direitos dos povos indígenas.
9. Manutenção de florestas de alto valor de conservação.
4. Relações comunitárias e direitos dos trabalhadores.
8. Monitoramento e avaliação.
10. Plantações.
5. Benefícios da floresta.
Programa de Verificação de Madeira Controlada O Programa de Verificação CW consiste na aplicação de uma auditoria de campo para identificar todos os pontos que garantem que a política de madeira controlada da Fibria esteja sendo cumprida. São pontos de verificação, por exemplo, o licenciamento ambiental e demais autorizações legais para a produção de madeira, a ausência de conflito com comunidades tradicionais impactadas pe-
lo manejo, a verificação da origem das mudas utilizadas no plantio como evidência de que não foram plantadas árvores geneticamente modificadas (OGMs), o atendimento pleno dos direitos civis dos trabalhadores, o uso de EPIs, a efetividade das medidas de proteção de áreas de conservação nas propriedades e a comprovação de que não houve conversão de florestas nativas em áreas de plantação de eucalipto.
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Com o Programa de Verificação implementado, a Fibria pode realizar a mistura da madeira certificada + madeira controlada e comercializar a celulose com a declaração nos documentos de venda para os clientes como FSC® – Fontes Mistas.
Para aquisição de madeiras de áreas que não são certificadas pelo FSC® ou Cerflor, a Fibria precisa garantir que a madeira atenda aos requisitos apresentados a baixo:
As fontes de madeira NÃO podem se enquadrar nas seguintes categorias: ■ Madeira explorada ilegalmente; ■ Madeira explorada em violação dos direitos tradicionais e civis; ■ Madeira explorada em florestas nas quais os altos valores de conservação são ameaçados pelas atividades de manejo;
■ Madeira explorada em florestas cujas terras estão em processo de conversão para plantações ou para usos não florestais do solo; ■ Madeira de florestais nas quais foram plantadas árvores geneticamente modificadas.
Auditorias Internas e Externas A auditoria é uma ferramenta do sistema de gestão que compreende uma avaliação independente, sistemática e documentada do desempenho da empresa e da extensão na qual os critérios das certificações são atendidos. Quem conduz a auditoria são os auditores, que são pessoas treinadas para exercer esta função e que conhecem profundamente os requisitos das normas de certificações. As auditorias internas são avaliações periódicas, sendo um instrumento de apoio à gestão e objetivando verificar se o controle interno está em efetivo funcionamento. É realizada por uma equipe de funcionários da própria Fibria ou por consultores externos contratados pela empresa. Os auditores verificam o desempenho, eficácia
das atividades e identifica os desvios, de forma que os processos internos da empresa possam realizar as correções.
Com o mesmo intuito, funciona a auditoria externa ou auditoria independente, porém, em extensões diferentes. O auditor externo trabalha para as certificadoras e tem por objetivo a emissão de um parecer sobre a adequação e eficácia dos controles estabelecidos pela empresa em relação ao padrão de certificação. Quando encontrado falhas ou desvios nos controles, procedimentos ou cumprimento de requisitos, a empresa recebe uma NÃO CONFORMIDADE e tem um prazo estabelecido para buscar a resolução da situação.
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Como contribuir para manutenção e conquista de certificações? Como exemplos de práticas do dia-a-dia, que visam a atender os princípios das normas de manejo florestal, pode-se citar: ■ O descarte correto de resíduos gerados pelas atividades de manejo; ■ O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) bem como o cumprimento das normas de segurança; ■ O conhecimento dos procedimentos operacionais que descrevem a atividade florestal; ■ O cumprimento das orientações de manejo expressos nos mapas das áreas. Uma auditoria ajuda a identificar oportunidades e melhorias, por isso é muito importante que sejam respondidas com veracidade e de acordo com as atividades diárias. É fundamental também, que todos os empregados conheçam os princípios e o código de conduta da Fibria, que contribui para que se informem e pratiquem os Princípios e Critérios das normas de manejo florestal. As florestas da Fibria são certificadas pelo FSC® e pelo Cerflor, cada um desses sistemas possui seus próprios princípios e critérios. Para que a empresa possa manter esses selos são realizadas auditorias periódicas para verificação do atendimento às normas de certificação. O cenário atual da Fibria A Fibria é uma empresa de base florestal comprometida com o manejo responsável que pratica para obtenção de madeira e produção de celulose. Para isto, a empresa busca seguir padrões de manejo florestal, como a certificação FSC® e a certificação Cerflor. A adequação de forma voluntária do seu manejo florestal aos padrões estabelecidos por normas de certificação é um dos caminhos para transformar em prática a missão da Fibria de gerar lucro admirado, aliado à conservação ambiental, inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Além disso, elas garantem à empresa uma importante vantagem competitiva, ou seja, melhor posição no mercado em comparação aos concorrentes. Nos mercados onde a celulose da Fibria é comercializada (principalmente Europa, Estados Unidos e Ásia) os clientes exigem a comprovação da origem da matériaprima utilizada nos produtos consumidos. Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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SILVICULTURA E ÁGUA Os recursos hídricos disponíveis em uma micro bacia hidrográfica podem ser afetados por inúmeras ações humanas e por eventos naturais. Alterações no uso do solo, seja pela implantação de cultivos agrícolas ou de plantios florestais, devem ser cuidadosamente planejadas de modo a obedecer a legislação e considerar outras formas de consumo de água. O manejo dos plantios de eucalipto preza pela conservação deste importante recurso natural. O consumo de água pela vegetação depende do clima e da área total das folhas da floresta (o chamado índice de área foliar) e mantém uma relação direta com o processo de fotossíntese, a forma como é feito o manejo florestal e a região de produção das espécies. Para se entender a relação entre os plantios de eucalipto e os recursos hídricos, é necessários conhecer o ciclo da água e as técnicas de manejo florestal empregadas.
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O CICLO DA ÁGUA No plantio de eucalipto, parte do volume de água que chega à superfície do solo é infiltrada e outra parte é escoada diretamente para córregos e rios. Da porção infiltrada, uma parte evapora-se do solo e outra parte é utilizada pela planta para crescer e se reproduzir. Trata-se da transpiração, que é a eliminação da água empregada nos diversos processos que ocorrem dentro da planta, por meio das folhas. Como tudo isso ocorre simultaneamente, os processos de evaporação (solo) e de transpiração (planta) podem ser combinados, caracterizando o fenômeno da evapotranspiração. Conhecendo os caminhos da água, entendemos que, apesar da evapotranspiração ser a fase mais significativo em volume de água, as fases de interceptação (folhas das plantas) e infiltração no solo é que determinam as vantagens e desvantagens de uma ou de outra plantação. Essas fases são inerentes às características de copa, raízes, densidade e ciclo de plantio das culturas, sendo influenciadas pelo seu manejo. Então é neste momento que se o manejo for inadequado pode resultar em degradação do solo, erosão e assoreamento dos rios, colocando em risco a integridade das bacias hidrográficas.
Conceitos ■ Bacia Hidrográfica: é uma área onde ocorre a drenagem da água das chuvas para um determinado curso de água (geralmente um rio). Com o terreno em declive, a água de diversas fontes (rios, ribeirões, córregos, etc) deságuam num determinado rio, formando assim uma bacia hidrográfica. ■ Microbacia: pode ser entendida como a área geográfica de captação de água (de chuva), composta por pequenos canais de confluência e delimitada por divisores naturais, considerando-se a menor unidade territorial.
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O EUCALIPTO SECA O SOLO?
O Consumo de água do eucalipto é semelhante aos de florestas nativas (1.100 e 1.200 mm/ano ou l/m²/ano.), ele permite que a água chegue ao solo mais rapidamente por ter menos folhagem, dificultando a evaporação para atmosfera. Tem uma capacidade de absorver mais água na época das chuvas e menos na época da seca, suas raízes não ultrapassam dois metros e meio, ficando assim distante dos lençóis freáticos, além do mais, o consumo de água é semelhante a uma plantação de cana-de-açúcar, de café, de soja, de arroz até da carne de frango e da carne de boi.
to eficiente no aproveitamento da água. Enquanto um litro produz 2,9 gramas de madeira, a mesma quantidade de água produz apenas 1,8 gramas de açúcar, 0,9 gramas de grãos de trigo e 0,5 gramas de grãos de feijão Para que qualquer cultivo não gere impactos negativos, é necessário realizar o Manejo Adequado da cultura. fonte: http://www.ibflorestas.org.br/os-mitos-e-verdades-doeucalipto.html.
Estudos recentes revelam que o eucalipto é mui-
O que a Fibria faz para a Conservação dos Recursos Hídricos? Os benefícios ambientais dos plantios de eucalipto dependem crucialmente do plano de manejo, que deve considerar a interação dos plantios com os demais elementos da paisagem, desde a sua formação até a sua colheita. Conheça algumas práticas de manejo da Fibria que contribuem para a conservação da água: ■ Monitoramento de Recursos Hídricos: busca caracterizar os recursos hídricos da região, visando melhorias no manejo florestal. ■ Monitoramento de Captação de Água: controle periódico do volume de água captado em córregos, rios e poços das atividades operacionais. ■ Restauração Ambiental: o entorno de nascentes, as margens dos rios e lagos, bem como áreas muito inclinadas ou declivosas são consideradas APP (área de preservação permanente). Caso não apresentem cobertura vegetal, o manejo é realizado por meio de plantio de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado, condução da regeneração natural, enriquecimento e manejo de plantas exóticas e/ou invasoras. ■ Cultivo mínimo: nesta prática, o solo é manipulado apenas no momento do plantio, quando é aberto um sulco, com auxílio de um subsolador.
■ Mosaico de idades: a evapotranspiração dos plantios de eucalipto varia conforme sua idade. Assim, planejar uma micro bacia hidrográfica de forma a alternar plantios com diferentes idades (diferentes épocas de colheita) é uma alternativa que pode ser empregada nos casos onde houver elevada demanda deste recurso natural, visando uma maior regularização da vazão dos cursos d’água e disponibilização de água para as diferentes demandas.
■ Material Genético: a Fibria utiliza materiais genéticos (clones) adaptados às condições climáticas de cada uma de suas regionais. Esses clones são selecionados pelos programas de melhoramento genético local, que contam com uma vasta rede de experimentos. A seleção desses clones busca o aumento da produtividade, reduzindo a necessidade da área para produção de madeira. A cada ano novos clones são selecionados e integrados aos plantios da empresa. Ou seja, a cada dia se produz mais em uma menor área, otimizando o uso dos recursos naturais, como a valiosa água.
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ara recordar! Em 2010 a Fibria lançou a maior iniciativa privada de restauração ambiental do Brasil, se comprometendo a restaurar 40 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado. Seguindo as práticas de cultivo mínimo, todos os resíduos (galhos, cascas de árvores, etc.) resultantes da colheita, são deixados em campo colaborando, assim, para a não compactação e fertilidade do solo. E no momento do plantio, somente o sulco de plantio que é preparado, não envolvendo todo o solo.
Encontra-se em fase final de elaboração o “Plano de Manejo de Recursos Hídricos”, que estabelece diretrizes corporativas para o monitoramento dos recursos hídricos. Ele permite avaliar a qualidade e a disponibilidade dos corpos d’água influenciados pelo manejo florestal da Fibria, bem como nortear as tomadas de decisões de melhoria e adequação do manejo, aprimorar a gestão ambiental e atender aos direcionadores: legislação, requisitos de certificações florestais, acordos internacionais e demandas de partes interessadas.
Leitura Complementar O Diálogo Florestal é uma iniciativa independente que facilita a interação entre representantes de empresas do setor florestal, organizações ambientalistas e movimentos sociais. Realiza diversas publicações, dentre elas o “Cadernos do Diálogo - A Silvicultura e a Água, Ciência Dogmas e Desafios.” Esta edição apresenta uma valiosa análise e reflexão sobre dois temas atuais e extremamente importantes: o manejo florestal e suas implicações no uso e conservação da água doce. Esta publicação encontra –se disponível no site: www.dialogoflorestal.org.br/download.php?codigoArquivo=637
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LEITURA COMPLEMENTAR
Mais informações acesso: http://iba.org/images/shared/Info_agua_PDF_interativo.pdf Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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A
Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional do setor produtivo de árvores plantadas. São 7,74 milhões de hectares de árvores plantadas destina dos a distintos segmentos da indústria, incluindo papel, celulose, painéis de madeira, pisos laminados e carvão vegetal para siderurgia. Representa um setor que historicamente vem desprendendo esforços para aprimorar suas práticas de manejo florestal e de gestão da paisagem visando a aumentar a eficiência de suas operações, produzindo mais, com menos recursos naturais (terra, água, nutrientes). Em um planeta com perspectivas de crescimento populacional exponencial, somadas às mudanças climáticas e à crescente demanda por alimentos, fibras, energia, bioprodutos e recursos cada vez mais escassos, a indústria de árvor es plantadas no Brasil reconhece a necessidade de uma mudança significativa nos padrões de consumo e produção. Aqui demonstramos o compromisso do setor com a gestão dos recursos hídricos: manejo integrado das paisagens – produzindo árvores plantadas eficientes na produção de biomassa –, sistemas de mosaicos integrados às florestas naturais, monitoramento de bacias hidrográficas e aprimoramento de práticas de manejo que visam à mitigação de potenciais impactos. Esse infográfico mostra diferentes aspectos da relação entre silvicultura e recursos hídricos. Apresenta a dinâmica do ciclo da água dentro das árvores, da floresta, na paisagem e na indústria, e ainda compara o uso da água por distintos tipos florestais. Demonstra, assim, que as florestas plantadas, se bem manejadas, utilizam água gerando significativos benefícios para a sociedade, por meio de produtos essenciais para o dia a dia; para a comunidade do entorno, gerando em prego e renda; e para o ambiente, por meio do manejo integrado da paisagem e dos plantios. Nas próximas páginas, você entenderá a dinâmica da água nas árvores, no plantio e na paisagem.
FUNCIONAMENTO DA ÁRVORE As árvores naturais e plantadas possuem o mesmo mecanismo fisiológico para se desenvolver. Captam água por meio das raízes e a devolvem para a atmosfera na forma de vapor pela transpiração. Esse ciclo da água é necessário para que ocorra a fotossíntese.
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PROGRAMA DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL Uma das ações que a Fibria desenvolve a fim de contribuir com a conservação do meio ambiente é o Programa de Restauração Ambiental, a maior iniciativa de recuperação da Mata Atlântica conduzida pelo setor privado no Brasil. O que é Restauração Ambiental? É o processo através do qual um ecossistema degradado ou uma população silvestre (fauna e/ou flora) é manejado para que se aproxime da sua estrutura e forma originais. Criado em 2010, o Programa visa estimular o aumento da biodiversidade de plantas e, consequentemente, de animais, com a utilização de técnicas como o plantio de mudas de espécies nativas, condução da regeneração natural e controle de espécies exóticas e invasoras. Esse processo
também contribui para regular a disponibilidade de água e o clima, controlar a erosão do solo e a proliferação de pragas e doenças. Até 2025, a meta é restaurar 40 mil hectares de áreas nos estados onde a empresa atua, incluindo áreas de Mata Atlântica e Cerrado. A Fibria é signatária do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, iniciativa que tem como meta restaurar 15 milhões de hectares no país até o ano de 2050. Em 2015 o Programa totalizou 2.403 hectares de áreas restauradas, cerca de 1 milhão de mudas foram plantadas. A empresa iniciou o processo de restauração em mais de 19 mil hectares nos estados do ES, BA, MG, SP e MS. Isso significa um alcance de quase metade da meta estipulada de restaurar 40 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado até 2025.
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Áreas destinadas a Restauração Ambiental Em áreas protegidas (Área de Preservação Permanente e Reserva Legal) que se encontram desprovidas de vegetação nativa e/ou que apresentam fatores de degradação como espécies invasoras e cipós. As operações são recomendadas de acordo com as características de cada área a recuperar de for-
ma a garantir o funcionamento dos processos ecológicos e a perpetuação da vegetação. As áreas sem cobertura nativa são constituídas por diferentes classificações de pasto, separados de acordo com a quantidade estimada de regenerantes por hectare.
Principais atividades da Restauração Ambiental ■ Isolamento da área: evitando a presença de gado e possíveis focos de fogo e o controle de espécies competidoras. ■ Plantio de Mudas Nativas: plantio manual de recobrimento em áreas de pasto ou pasto sujo ralo, nas covas abertas com espaçamento 3 x 3 metros (totalizando 1.111 plantas/ha). As espécies de recobrimento possuem bom crescimento e boa cobertura de copa, proporcionando o rápido fechamento da área plantada, desfavorecendo o desenvolvimento de gramíneas invasoras.
■ Condução da Regeneração Natural: restauração de parte das áreas degradadas pode não necessitar do plantio de mudas nativas, pois tem potencial de auto-recuperação. ■ Controle de Espécies Invasoras: adaptado às condições de cada área (grau de invasão, localização dos indivíduos e estado da vegetação). O objetivo é eliminar todos os indivíduos da espécie invasora a ser controlada, podendo contemplar: arranquio das mudas, remoção das plantas com enxadão, abertura de picadas, corte das árvores invasoras, corte de cipós, aplicação de herbicida e
Benefícios da Restauração Ambiental ■ Aumento da fertilidade e umidade do solo; ■ Aumento da vida no solo; ■ Descompactação do solo; ■ Redução da erosão e perda de nutrientes.
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RECOMENDAÇÕES SOCIOAMBIENTAL As RSA’s são elaboradas para as áreas próprias e arrendadas onde serão realizadas as opera-
ções florestais. As áreas são analisadas antes e após as operações de colheita e silvicultura.
Conheça as etapas das RSA’s: ■ Definição da sequência de colheita pela equipe de planejamento (PCP);
■ Verificação das atividades recomendadas após finalização das atividades de colheita;
■ Análise das áreas a serem colhidas, baseandose em bloco (conjunto de projetos);
■ Pontuação no Índice de Desempenho Socioambiental (IDSA) conforme atendimento dentro do prazo das ações estabelecidas no Microplanejamento.
■ Inserção das RSA’s no microplanejamento colheita e silvicultura; Á área de Planejamento e Controle de Produção (PCP) avalia os projetos a serem colhidos, considerando as variáveis que direta ou indiretamente que influenciam nos planos de Colheita (PAC), Silvicultura (PAS), Transporte (PAT) e Estradas (PAE). O Microplanejamento Operacional fornece subsídios técnicos as áreas operacionais de silvi-
cultura, colheita e estradas, através do levantamento de informações de campo, utilizando recomendações operacionais em escala local, incluindo as recomendações socioambientais com a finalidade de aperfeiçoar os recursos necessários e a segurança das atividades preservando o meio ambiente.
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Como principais objetivos das recomendações socioambientais podemos citar: ■ Reduzir impactos negativos ocasionados nos processos de operação, levando-se em consideração tanto o meio ambiente quanto as pessoas que nele estão inseridas. ■ Restauração, controle de invasoras e manejo de áreas de conservação. ■ Correção de estradas e vias de acesso, pontos de erosão e jazidas.
Situação
■ Informar sobre a disposição de resíduos sólidos gerados na operação. ■ Aumento na frequência de vigilância de áreas específicas para impedir as práticas de pesca, caça e captura de animais silvestres. ■ Aprimoramento dos tratos silviculturais e da colheita, de acordo com os resultados dos monitoramentos e diagnósticos ambientais.
Exemplo de Recomendação Socioambiental
Manter apenas as estradas necessárias para as operações florestais e Existência de estradas em desuuso da comunidade. A redução das estradas promove uma área maior so nas áreas de plantio e conservação ambiental. com cobertura vegetal. Existência de uma Unidade de Conservação ou fragmentos de mata nativa de área relevante, com a presença de espécies ameaçadas de extinção.
Intensificar a vigilância para evitar danos à mata nativa por ocorrências
de furto de madeira, incêndio e gado. Proteger a fauna evitando a caça ilegal. Orientar colaboradores. Firmar parcerias com a prefeitura para coleta e destinação correta dos
resíduos da comunidade. Orientar comunidade sobre os efeitos do acúPontos de descarte de lixo clandestino em áreas de plantios de mulo de lixo doméstico nas áreas de eucalipto, como: animais peçoeucalipto e floresta nativa. nhentos (ratos e baratas), proliferação de pragas (dengue), contaminação do solo e mal cheiro. Presença de algumas comunidades e construções isoladas nos Realizar afastamento dos plantios de eucalipto e projeto de agricultura arredores dos plantios de euca- familiar. Realizar o diálogo operacional. lipto.
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Colaboradores
Letícia Aparecida de Oliveira Analista de Meio Ambiente
Rafael Meirelles Analista de Meio Ambiente
Maria Luiza Bernardi Estagiária de Meio Ambiente
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*Não jogue esse impresso nas vias públicas.
Rodovia BR 158, km 298, Fazenda Barra do Moeda Caixa Postal 515 CEP 79602-970 Três Lagoas—MS
MAIS INFORMAÇÕES Meio Ambiente Florestal: (67) 3509 1071 Letícia Oliveira: leticia.oliveira@fibria.com.br Maria Luiza: maria.carvalho.mc1@fibria.com.br
Organização e Revisão
Apostila de Treinamento de Multiplicador: é uma publicação do Meio Ambiente Florestal.
Programa de Formação Ambiental | Fevereiro 2016
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