LabX 2021/22 - 9ª edição

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artes visuais

LABORATÓRIO DE

TEMPORADA FORMATIVA


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MERREMII KARÃO JAGUARIBARAS - CANINDÉ (CE) Militante indígena, agricultora, ambientalista, poetisa, artista visual. Graduanda em Sociologia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab-Ce). Na arte, preserva e promove saberes em diversas linguagens. ZWANGA NYACK - FORTALEZA (CE) Antropólogue prete maracanauense, reontologizade em Kaviungo e Ndandalunda e contadore de histórias afro-ancestrais. No multiverso das artes, trabalho a valorização de minha ancestralidade africana, em especial a de origem bantu. E, a partir da minha constituição enquanto pessoa empreendida e reforçada pela diáspora preta a nível local e intercontinental, busco pela presença étnica-políticacultural das negritudes presentes no município de Maracanaú (CE), lugar que habito, transito e transgrido. EWA NÏARA - FORTALEZA(CE) Travesti preta favelada; multiartista e pesquisadora. Bacharela em design-moda pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), turma de 2022. Realizo estudos interseccionais de (trans)gênero, raça e classe, tecendo arte-pesquisa-política sobre construção de identidades e corpas transvestigêneras negrasnativas. FLUXOMARGINAL - CRATO (CE) É artista multilinguagem autodidata que atua como fotógrafo, diretor, produtor e editor, atualmente envolvido como diretor do projeto “O que pode uma mulher que borda?” , atuando também como designer e editor em parcerias com artistas independentes. DINHA FONSÊCA - CRATO (CE) É mestre em Serviço Social, artesã e bordadeira. Busca unir as reflexões feministas e o bordado através do audiovisual. Produziu os curtas “Pontos, linhas e nós: uma abordagem feminista no bordado” (2020) e “Nós e o tempo” (2020) e, ainda, produziu e desenvolveu com outras bordadeiras o projeto “O que pode uma mulher que borda?” (2021). Realizou a exposição virtual Mira (2021). ANDRÉA SOBREIRA - JUAZEIRO DO NORTE (CE) Artista visual, segue enquanto pesquisadora na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).


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Experimenta desenho, pintura, artes gráficas e a construção de narrativas que atravessam memória, identidade e as fragilidades do cotidiano. TOBIAS VASCONCELOS - SANTANA DO ACARAÚ (CE) Sou da zona rural de Santana do Acaraú (CE) e minha comunidade se chama Riacho Verde. Técnico em desenho da construção civil e graduando em saneamento ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Artista visual de vivência, registro meu lugar desde 2018 e amo de verdade representar tudo com aquele traço nordestino. ANAYA OKUN - FORTALEZA (CE) Tenho 24 anos, sou multiartista, atuo principalmente nas áreas das artes visuais, dança e circo. Caminho por peles e superfícies dentro das artes visuais, trabalhando colagem, xilogravura, lambe, etc. Sou tatuadora com foco em pele racializada e desenvolvo ilustras trazendo, principalmente, o imagético das territorialidades e estéticas pretíndias. BYYA KANINDÉ - CANINDÉ (CE) Indígena do Povo Kanindé de Aratuba (CE), zona rural, sempre morei na Aldeia. Ex-estudante da Escola Manoel Francisco dos Santos, estudante de Hotelaria no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Baturité, sou membra dos grupos de jovens indígenas do estado do Ceará “Tamain, JIC” (Juventude indígena conectada), monitora do Museu Kanindé, artista visual, faço meus registros desde os 14 anos. RAUL PLASSMAN - QUIXADÁ (CE) Bicha fotógrafa de 33 anos, do interior do Ceará, reside em Quixadá, é graduado em Design Digital pela Universidade Federal do Ceará (UFC) - Quixadá. É movido pela contação de histórias, criação e busca de memórias através da fotografia. Retratista de todos os corpos e amante da fotografia analógica instantânea. KARINE ARAUJO - FORTALEZA (CE) É experimentadora. Desde 2016 atua em Artes Visuais. Colabora na idealização da Carcará Foto Conferência e no Grupo Tamain (grupo com artistas indígenas de território cearense). Em seus percursos mais recentes, utiliza a arte como espaço e ferramenta de experimentação no processo de retomada de consciência da sua memória indígena.


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VINCENT VITÓRIA (VITÃO) - FORTALEZA (CE) Cineasta, fotógrafo, montadore e experimentalista visual. Graduado em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Seu trabalho tem como base principal os estudos Queer acerca de gênero e sexualidade e seus instrumentos de pesquisa variam desde a construção e disrupção da imagem até o cinema expandido. JAQUE RODRIGUES - CRATO (CE) Aprendiz de mundos e artista multilinguagem licenciada em Artes Visuais pela Universidade Regional do Cariri (Urca). Artesã e facilitadora de oficinas de encadernação artesanal. Fotógrafa e idealizadora do projeto Fotógrafas Negras (@ fotografasnegras), plataforma de mapeamento e difusão de fotógrafas negras brasileiras, nascida como desdobramento da pesquisa científica “Fotógrafas Negras: Revelando a Imagem Invisível”. LÍDIA RODRIGUES - FORTALEZA (CE) Sapatão autista preta, artista multilinguagem, artivista e estudante de Filosofia. Pintora autodidata. Participa do coletivo artivista Tambores de Safo desde sua fundação. Participou de antologias poéticas e publicou seu primeiro livro de poemas em 2018 – ECDISE. JUNIOR POTYGUARA - MONSENHOR TABOSA (CE) Indígena e natural da Serra das Matas, em Monsenhor Tabosa (CE), e residente na aldeia Vila Nova (zona urbana), periferia Alto da Boa Vista. Sou artista visual, utilizando técnica de desenhos coloridos com inspirações do sagrado e sentimentos livres esporádicos. Faço parte de um coletivo de artistas indígenas do Ceará (Tamain), onde expomos nossas lutas por meio da arte, retomada e protestos. LÉO SILVA - MARACANAÚ (CE) Artista, pesquisador e educador. Formado em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC), na quarta turma do curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes (2018), e no Mestrado em Comunicação da UFC. Trabalha entre as artes visuais, o cinema, a performance e a intervenção urbana a partir de pesquisas-criações com a água, a terra, a memória e a afetividade que emergem em comum com o corpo, a imagem, o arquivo, a paisagem e a oralidade. VINICIUS MAIA - FORTALEZA (CE) Ilustrador e designer multimídia. Graduando em


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Sistemas e Mídias Digitais pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Possui como principais referências estéticas desenhos animados japoneses, jogos digitais, quadrinhos, pintura figurativa tanto da antiguidade como da contemporaneidade e o cotidiano da periferia de Fortaleza, em especial da grande Messejana, onde nasceu e até hoje vive. Busca sempre a junção entre a tradição e a tecnologia e entre a cultura estrangeira e a local na tentativa de construir um discurso próprio. DÉBORA ANACÉ - CAUCAIA (CE) Tenho 23 anos e moro na reserva indígena taba dos Anacé. Sou fotógrafa indígena e pedagoga em formação. Faço parte de alguns coletivos indígenas e gostaria de destacar o Tamain, que é um coletivo de artistas indígenas do Ceará que sempre me incentivou muito. FRANCISCO PEREIRA - BARBALHA (CE) É graduado em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Regional do Cariri (Urca). Experimenta performances direcionadas à captação vídeo e fotográfica e escrita poética. Situa suas produções recentes como relatos de paisagem que, a partir da temporalidade rural, visa tocar nas relações de intensidade, tensão e crueldade entre humano e natureza. SID - CAUCAIA (CE) Artista visual trans não binária, vive e trabalha transitando entre sua cidade e Fortaleza, Ceará. Integrou em 2019 o Percurso Básico de Fotografia/ Preamar na Escola Porto Iracema das Artes, na qual desdobrou sua pesquisa. A artista costura narrativas que perpassam o real e o ficcional. Atravessando o corpo, memória e a palavra que estão em fluxo na sua transição, se apropria de várias linguagens como desenho, escultura, pintura, fotografia e vídeo arte. RENATA FROAN - FORTALEZA (CE) Artista visual, escritora e jornalista, nascida em Natal/ RN e criada em Fortaleza/CE. Atualmente é graduanda do curso de Licenciatura em Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).Trabalha com desenho, pintura, fotografia, vídeo, instalação e arte urbana. Em seus processos artísticos busca investigar articulações entre literatura e artes visuais, experimentando composições que circulam em torno da palavra e do desenho.


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FILIPE ALVES - NOVA OLINDA (CE) É artista visual formado pela Universidade Regional do Cariri (Urca) e especializando em Educação Infantil (Urca), pesquisador de arte, cultura popular e patrimônio. Atualmente é CEO do Canal Passos da Cultura e da empresa AVUAR. Seus trabalhos dialogam entre as linguagens de pintura, desenho, escultura, performance, fotografia e arte digital. YURI MARROCOS - FORTALEZA (CE) É dramaturgo, artista visual e estudante de psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Suas pesquisas investigam memória, trauma e esquecimento através das várias linguagens artísticas. É autor do livro “Um Artista da Luz Vermelha” e também escreve poemas sob o heterônimo Jerônimo Parada. ERIKA MIRANDA (CIGANA) - FORTALEZA (CE) Artista visual autodidata e urbanista de formação (Universidade de Fortaleza - Unifor, 2019), atua nas áreas do graffiti, muralismo, instalação urbana e cênica. CAJU - CRATO (CE) Graduande de Licenciatura em Artes Visuais na Universidade Regional do Cariri (Urca), tem como sua área de trabalho e de pesquisa artística o meio urbano e suas possibilidades dentro de uma futuridade ficcional. A construção de seu trabalho se dá através da interação histórica humana com o imaginário fantástico, devaneios de uma utopia e o urbano contemporâneo do artista. RENATA FORTES - FORTALEZA (CE) Artista multilinguagem, realizadora audiovisual, produtora cultural e comunicóloga (Comunicação Social - Universidade Federal do Piauí, UFPI) especialista em Direitos Humanos (Faculdade Adelmar Rosado, FAR). Suas pesquisas artísticas e acadêmicas giram em torno da memória, tempo, cidade, coletividades e intervenções urbanas através da arte. Seus processos de criação resultam em práticas híbridas de suportes diversos. No audiovisual, se dedica especialmente ao cinema e, no registro imagético, à fotografia documental. CAMILA ALBUQUERQUE - FORTALEZA (CE) É artista plural cearense, graduanda no curso de Pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalha com diferentes mídias,


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especialmente com a Pintura a Óleo e o Grafite, onde aborda temáticas do erotismo, corpos e gênero. Seu trabalho dá um enfoque cada vez maior na Brasilidade, na experiência pessoal que se liga ao universal, através de suas pinturas sob um novo olhar do prazer. ANTONIO BRENO - BATURITÉ (CE) Artista visual e pesquisador natural de Baturité (CE). Graduado em Gastronomia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Atualmente cursa o Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e tem pesquisado festejos populares, comidas e outras acolhidas. DUDA BARROS LEAL - FORTALEZA (CE) Comunicador cearense, artista e publicitário. Graduando em Publicidade pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e bolsista FUNCAP no programa “Inovação no ensino e Popularização da Astronomia”, projeto responsável por realizações audiovisuais em formato FullDome. Atualmente realiza a pesquisa “Costume de Casa Vai à Praça”. É colagista e tocador de piano e pandeiro. MEDIADORAS: LUCIARA RIBEIRO (SP) É educadora, pesquisadora e curadora. Interessase por questões relacionadas a descolonização da educação e das artes e pelo estudo das artes não ocidentais, em especial as africanas, afro-brasileiras e ameríndias. É mestra em História da Arte pela Universidade de Salamanca (USAL, Espanha, 2018), onde foi bolsista da Fundación Carolina, e pelo Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2019), onde foi bolsista CAPES. É graduada em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2014) com intercâmbio na Universidade de Salamanca (USAL, Espanha, 2012). É técnica em Museologia pela Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETEC, 2015). Atualmente é docente no Departamento de Artes da Faculdade Santa Marcelina. SANDRA BENITES GUARANI NHANDEWA (MS) Mestra em Antropologia Social pelo Museu NacionalUFRJ, curadora adjunta de arte Brasileira no MASP. Atualmente doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ.


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BEATRIZ LEMOS (RJ) É pesquisadora e curadora autônoma, com mestrado em História Social da Cultura pela PUC-RJ e idealizadora da plataforma Lastro – Intercâmbios Livres em Arte. A partir de perspectivas contrahegemônicas, atua na condução e articulação de processos em rede e transdisciplinares de criação e aprendizagem. Atualmente é Curadora Adjunta do MAM Rio e integra a equipe curatorial da 3ª Frestas – Trienal de Artes (Sorocaba, SP).


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dança LABORATÓRIO DE


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CORPORIFICAR - ITAPIPOCA (CE)

O projeto “Corporificar” investiga corporeidades etnográficas imersas nos ritos indígenas femininos, sobretudo, nos ritos indígenas da Aldeia Tremembé da Barra do Mundaú-CE, evocando o Sagrado Feminino raiz. Artistas: Rafaela Lima, Lauriane Tremembé e Herê Aquino Tutora: Rosângela Colares (PA) RAFAELA LIMA Dançarina, performer, professora de dança, artista audiovisual, pedagoga pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e especialista em Gestão Cultural pela Universidade Vale do Acaraú (Uva). É integrante da Cia Balé Baião de Itapipoca (CE) e artista docente de Dança na Escola Livre Balé Baião de Itapipoca. LAURIANE TREMEMBÉ Lauriane Tremembé é indígena da etnia Tremembé da Barra do Mundaú, Itapipoca-Ce, artesã, rendeira, estudante de agronomia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), artista do grupo de dança Parente Torém. Pesquisa as danças e ritualidades indígenas do Ceará, apresentando a dimensão histórica e expansiva dessas expressões. HERÊ AQUINO Herê Aquino é diretora, pesquisadora e professora de teatro. Idealizadora do Grupo Expressões Humanas. É especialista em Semiótica pela Universidade Estadual do Ceará, graduada em Gestão Pública pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e formada em Direção Teatral pelo Instituto de Arte e Cultura Dragão do Mar. Possui no currículo mais de 35 espetáculos encenados, vários prêmios de direção e dois livros publicados. Tem como interesse investigativo o teatro ritualístico, teatro de vivência ou o teatro político com ênfase na poética entre espaço cênico e o homem em situação de representação enquanto indivíduo e identidade cultural. ROSÂNGELA COLARES (PA) É doutora e mestra em artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA), instituição onde cursou licenciatura e o Curso Técnico em Dança. Integrante fundadora do grupo artístico “Coletive Umdenós” que desenvolve pesquisas e poéticas voltadas para a construção de epistemologias das danças na Amazônia. É integrante do NACE - Núcleo de Arte, Cultura e Educação na Semec - Belém.


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MAR É HOUSE, FORTALEZA (CE)

Pesquisa artística que promove provocações dramatúrgicas sobre o território das danças urbanas no intento de extrapolar a cultura House, aproximando-a das linguagens vernaculares, atravessando-a das danças afro diaspóricas, reterritorializando-a no cenário da cidade da luz e do movimento das marés dançantes festivas locais. Artistas: Luiz Paulo Aragão, Jônatas Joca e Rafael Lima Tutora: Andréia Pires (CE) LUIZ PAULO ARAGÃO É artista do corpo e da cena, pesquisador atuante nos processos e práticas de estudo das danças urbanas na cidade, permeando-as entre as linguagens da música e das artes visuais. Um corpo brincante dentro das danças afrodiaspóricas estadunidenses. É tecnólogo em dança formado na 6º turma do Curso Técnico em Dança da Escola Porto Iracema das Artes, diretor e produtor no coletivo MarÉHouse, DJ e corpomúsico no Coletivo Riddms e professor do Curso de Formação Básica em Dança na escola pública Vila das Artes. JÔNATAS JOCA Graduado em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializando em Linguagem e Poética da Dança pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), integra a atual turma do Curso Técnico em Dança da Escola Porto Iracema das Artes. Pesquisador e integrante do coletivo MarÉHouse - um amplo guarda-chuva das Danças Afrodiaspóricas - assim como integra o coletivo Krump Movimento Fortal e NODO Coletivo. na direção do projeto de produção e educação chamado UmaRuma. Atua como educador na The Biz Escola de Artes e no colégio Art&Manha. Participa, ainda, na costura do corpo, gesto e dança com crianças e adolescentes diagnosticados com TEA no INCERE - Centro de Referência da Infância. É pesquisador-convidado na linha de pesquisa Dança e Infância, artes e autismos (DIA) da Universidade Federal do Ceará (UFC). RAFAEL LIMA Artista autônomo, intérprete e pesquisador em dança há 10 anos tendo como foco da maior parte de suas vivências em danças vernaculares afro estadunidenses. Muitas dessas experiências foram adquiridas em eventos da periferia da cidade, aulas e batalhas. Dedica-se, atualmente, ao House


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Dance, o Hip Hop freestyle e o Popping. É integrante e idealizador do coletivo Sou’l Street e do coletivo MarÉHouse, voltado à cultura da House Dance em Fortaleza-Ce.Tem como interesse investigativo o teatro ritualístico, teatro de vivência ou o teatro político com ênfase na poética entre espaço cênico e o homem em situação de representação enquanto indivíduo e identidade cultural. TUTORA: ANDRÉIA PIRES (CE) É mestre em artes pela Universidade Federal do Ceará, graduada em Artes Cênicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e técnica em Dança pelo Curso Técnico em Dança da Escola Porto Iracema das Artes. Pesquisa dramaturgias diversas num contexto expandido e interessado pelo corpo no âmbito das Artes Cênicas. Integra a Inquieta Cia e transita por diversos projetos como diretora, dramaturgista e coreógrafa.

GORDANÇAS, JUAZEIRO DO NORTE (CE)

Entre conexões e referências a partir de autores que abordam a dramaturgia do corpo gordo, o projeto opera entre questões sobre o corpo gordo na dança, dramaturgia contemporânea na mobilidade e a gordofobia. Pretende-se trabalhar a partir da subjetividade de mulheres gordas e o “não” capacitismo e “não” funcionalismo de suas atuações em dança. Pretende-se, ainda, investigar a história e vivência de artistas gordas e sua autorização na criação de suas dramaturgias de movimento no mundo. Artistas: Leidiane Pereira, Cecília Maria e Fatinha Gomes Tutora: Jussara Belchior (SC) LEIDIANE PEREIRA Artista da dança e do teatro, professora e pesquisadora das dramaturgias das corpas gordas na dança contemporânea, é formada em Licenciatura em Teatro pela Universidade Regional do Cariri – URCA,atualmente mestranda no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia PPGDança/UFBA sob a orientação de Joubert Arrais. CECÍLIA MARIA Artista de teatro e escritora. Bacharela em Direção Teatral pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Arte-Educação pela PUC-Minas, mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC-UFBA e doutora


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em Artes pelo PPGArtes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente. pró-reitora adjunta de Extensão da Universidade Regional do Cariri (Urca), diretora artística da Cia de Teatro Engenharia Cênica e professora do Curso de Licenciatura em Teatro da Urca, onde é coordenadora do Grupo de Pesquisa Laboratória de Criação e Recepção Cênicas - LaCrirCe. FATINHA GOMES Cantora popular, compositora, intérprete, professora de canto, licenciada em música pela Universidade Federal do Cariri. Atua no Coral de Extensão da Universidade Federal do Cariri (UFCA) desde 2014 e no “NZINGA” - Novos Ziriguiduns (Inter) Nacionais Gerados nas Artes como pesquisadora convidada. Proponente do Projeto “Re-Inventário de Cantoras: Um olhar feminino para o canto das guerreiras Cariri”, PROCULT/ UFCA, é também pesquisadora do grupo de Semiótica e construções identitárias como bolsista do Núcleo de Perenização e Difusão da Cultura Popular do Cariri. Faz parte da Frente das Mulheres do Cariri e é fundadora do Cantando Marias. TUTORA: JUSSARA BELCHIOR (SC) É bailarina gorda. Doutoranda com pesquisa sobre arte gorda pelo PPGT/UDESC - bolsista CAPES, mestra pelo mesmo Programa e Bacharela em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC/SP. Pesquisa arte gorda e criação em dança, integra o coletivo artístico de pessoas gordas MANADA. Faz parte do coletivo internacional Fat Performance Network . Desenvolve o projeto TRA (Técnicas para Retardar a Antecipação [ou] Trabalho Remoto Adiposo). Integrou o elenco do Grupo Cena 11 Cia de Dança e se interessa por poéticas e políticas de posicionamentos no mundo através da dança.

REPOVOAR IMAGINÁRIOS SOBRE O AMOR, FORTALEZA (CE)

Pretendemos construir um repovoamento de imaginários acerca do que é o amor para as mulheres afro pindoramas a partir da cosmovisão macumbeira. Desejamos nos aproximar de nossa herança ancestral: o povo da rua, em especial as pombas-giras sendo elas entidades que, quando em carne, cultivaram a sapiência da malandragem, a coragem e o atrevimento. Visa gerar afetações e ressonâncias sobre o amor enquanto uma força motriz e revolucionária, capaz de gerar transformações no campo social.


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Artistas: Mandu, Francisca Firina e Lara Xerez Tutora: Cátia Costa (RJ) MANDU Mulher pretindígena, filha das matas, busca tecer caminhos através dos mistérios das coisas. É artista de diversas linguagens, dentre elas a dança, o artesanato e a alquimia das plantas. Tem vislumbre pelo estudo do atravessamento do sagrado e do profano nas corpas. Hoje está aluna do Curso Técnico em Dança da Escola Porto Iracema das Artes, ajuntada à Afiá Coletiva de encruza de saberes da dança e das macumbarias. É sonhadora nas horas vagas. FRANCISCA FIRINA Artista do corpo, arte- educadora, produtora cultural, AFOITA PELA VIDA! Acredita que se aquilombar e estar com os seus é revolucionário. Faz parte dos ajuntamentos da Afiá Coletiva e do grupo Budejo de Teatro. Está graduanda no curso de TeatroLicenciatura na Universidade Federal do Ceará (UFC). LARA XEREZ Artista Caçadora. Liga-se às águas enquanto vida e aos céus rosados enquanto mistérios da existência. Mergulhando em dança-teatro, performance, arteeducação e pesquisa, firmando raízes em construções acerca da memória e do apagamento, espiritualidade afro-brasileira, autobiografia e auto reinvenção, ancestralidade e processos de cura. Ajuntada na Afiá Coletiva. É mestranda em artes pela Universidade Federal do Ceará (UFC).


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LABORATÓRIO DE

cinema


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BENÇA (FORTALEZA, CE)

Sinopse: Estranhos sonhos têm perseguido Lúcia. Ela, uma mulher negra, doutoranda em Antropologia em São Paulo, arruma as malas para retornar à Fortaleza. Mas ao desembarcar, Lúcia perde todas as memórias de seu território ancestral. Agora, ela enfrenta o desafio de redescobrir a si mesma e buscar sua ancestralidade por meio da história de sua mãe, Carmem, e de sua comunidade. Para isso, contará com a ajuda de sua prima Camila e de uma misteriosa e familiar figura ancestral que habita seus sonhos. Roteiristas: Joaquim Ferreira e Lipe da Silva JOAQUIM FERREIRA Professor de brasiliano, arte-educador, escritor, pesquisador de relações de gênero, sexualidade e raça presentes nas literaturas brasilianas, organizador do curso “Re-conhecendo as literaturas negro-brasilianas” e produtor do Cine Descoberta. Coordenador Estadual do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat) e Trans-ativista pelos direitos da população LGBTQIAP+. LIPE DA SILVA Sou poeta, slamer, escritor, artista visual, bicha preta, militante do Movimento Negro Unificado, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades (BHU) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e ocupo Fortaleza junto com a poesia de luta do Slam da Okupa! Escrevo sobre as minhas retomadas e resistências enquanto jovem negro, reafirmando a força do nosso povo que luta e resiste de Preta Simoa e Chico da Matilde até nóis!

DENTRO DO RIO (CRATO, CE)

Sinopse: Numa comunidade nativa, os moradores são expulsos de suas casas por conta da feitura de um açude. Um sinal da natureza é alerta para as famílias que protestam contra a chegada das máquinas e derrubada das casas e árvores. Um ser encantado retorna para alertar ao povo sobre sua ancestralidade indígena do Povo Kariri do Ceará. E, em meio ao caos, as pessoas têm sua natureza ancestral despertada. Roteiristas: Barbara Matias e Jamal Kayry BARBARA MATIAS Barbara Matias é indigena do Povo Kariri. Nasceu na comunidade do Marreco (Aldeia Marrecas) , Quitaius,


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Lavras da Mangabeira. Artista curiosa, transita entre as artes da cena, audiovisual e escrita. Sua prática é um caminho não-linear que usa a corpa como suporte para denunciar o memoricidio, “se-acontece” em diferentes plataformas artísticas para resgatar memórias originárias e recontar memorias nativas que foram apagadas devido o etnocídio/genocídio da nação Kariri. Doutoranda em Artes da Cena pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). JAMAL KAYRY Arte Educador, artista da luz, aspirante cineasta, cozinheiro, macumbeiro, ciclista, vegetariano. Kayry, desde 2012, mergulha na sua existência quanto essência, sempre agarrado em galhos de sua arte, sempre escavando a raiz de suas falas e descascando o tronco de suas sinapses neurais. Minha arte sou eu, tudo que se cria pode ser de mentira, mas pelo menos é encontrado nas minhas existências.

FILHA DE UMA MÃE (RUSSAS, CE)

Sinopse: Após escapar ferida de uma emboscada, a cangaceira Bastiana se vê forçada a voltar para a isolada casa da qual um dia fugira. Lá ela tem de encarar a rancorosa mãe e a filha que abandonou. Com a casa cercada por homens sádicos que a perseguem, as três precisam curar mágoas e lutar pela sobrevivência em um perigoso embate de estratégias. Unidas, elas enfrentam tiros, abusos e morte para, enfim, triunfar sobre os homens. Roteiristas: Wagner Nogueira e Roberta Barroso WAGNER NOGUEIRA Roteirista, diretor, artista de storyboard e ilustrador. Iniciou no mundo das artes como ator e autor de teatro popular, de palco e de rua, desenvolvendo fascínio pelas ricas raízes culturais nordestinas. Criou e corroteirizou “Quem Matou João-ninguém?”, história em quadrinhos de projeção nacional apoiada pelo Edital de Incentivo às Artes do Governo do Estado do Ceará e indicada ao Troféu HQMIX. É roteirista e diretor do curta-metragem “Anamnese” (em pós-produção) e realizou os storyboards do longa-metragem “Pacarrete” (2019). Atua também na gestão do Curso Básico de Cinema da Casa Amarela Eusélio Oliveira, equipamento cultural da Universidade Federal do Ceará. Atualmente, além de desenvolver seu projeto “Filha de uma Mãe”, no Laboratório de Cinema do Porto Iracema das Artes, realiza “Kaira e o Temporal”, sua nova HQ.


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ROBERTA BARROSO Especialista em Escrita e Criação pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e mestranda no Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará (UFC). Realizou o curta de animação “Uma volta pela Praça”, financiado pelo Edital das Artes de 2016 (Secultfor). Fez o curso básico no Núcleo de Cinema de Animação da Casa Amarela Eusélio Oliveira, onde ministrou aulas de roteiro e produção de projetos para animação. Atualmente, realiza o projeto “Tempo Trem”, selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural 2019-2020. Frequentou o curso de desenho e de Histórias em Quadrinhos do Estúdio Daniel Brandão. É associada à Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA).

XOXOLETE (CAUCAIA / FORTALEZA, CE)

Sinopse: Nicolete e Xoxô são comediantes cearenses com estilos bem diferentes, mas que dividem um desejo em comum: o de desaparecer. Xoxô está em decadência junto com seus shows numa churrascaria derrubada, enquanto a jovem Nicolete estreou com um vídeo hit na internet e, com a pressão de subcelebridade, vieram os ataques de pânico. As duas se cruzam num péssimo momento, vítimas de sequestro numa padaria, onde decidem escapar da realidade caótica e frustrante se passando por justiceiras da lei. Roteiristas: Hell Ravani e Mauro Reis HELL RAVANI Hell Ravani tem 33 anos, nasceu e se criou entre a Barra do Ceará e Caucaia. Ao largar Engenharia, se mudou para o eixo Rio-São Paulo para ser humorista. Por alguns anos, se dedicou aos palcos e a uma pesquisa paralela sobre comédia alternativa. Na área de roteiro, fez a punchline dos longas “Cabras da peste” e “T.O.C - Transtornada Obsessiva e Compulsiva”. Como roteirista, desenvolveu a animação “Menino Maluquinho”, com data de lançamento para 2022 pela Netflix. Foi chefe de redação na criação do formato e das duas temporadas do programa híbrido DANISE, apresentado por Dani Calabresa e que une entrevistas com esquetes surreais. Atualmente, está desenvolvendo novos projetos em parceria com a diretora Lilian Amarante. MAURO REIS Mauro Reis é graduado e mestre em Psicologia


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pela Universidade Federal do Ceará (UFC), tendo desempenhado pesquisas em psicanálise e arte ao longo desse percurso e participado do projeto de extensão Cine Freud, Arte e Cultura, promovido junto ao Laboratório de Psicanálise da UFC. Esta é sua primeira incursão no outro lado da produção cinematográfica.

ONDE ESTÃO AS ESTRELAS (SALVADOR, BA)

Sinopse: Raquel revive a própria história ao realizar o parto de uma presidiária, Iruana. Através da criança, Raquel e Iruana estabelecem uma forte conexão, enquanto enfrentam a perseguição de uma agente penitenciária que atua com violência e desprezo. Para não entregar a filha ao juizado, Iruana envolve Raquel num plano de fuga. O plano falha e Iruana é executada pela polícia. Uma história de mulheres, amor e coragem que coloca nas mãos de Raquel uma nova vida e a escolha entre a rebeldia e a obediência. Roteirista: Cibele Marina CIBELE MARINA Graduada em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), atua como atriz e roteirista. Atualmente desenvolve o longa-metragem “Onde Estão as Estrelas”. Antes de participar do Lab Cena 15, o projeto integrou o Laboratório Novas Histórias (SP) em 2021 e foi semifinalista do Festival Cabíria no mesmo ano. Em 2020, Cibele foi produtora do Núcleo de Mulheres Roteiristas - projeto de desenvolvimento de roteiro de séries via Lei Aldir Blanc / Bahia. Roteirista do curta-metragem “A Puta e o Palhaço” (2018) e da web-série “Fêmea” (2017/2018), produzidos por Alan Miranda Produções. Roteirista colaboradora do SESI Arte na Empresa Digital.

TRISTE MARAVILHOSO (SÃO PAULO, SP)

Sinopse: Luiza vai a Buenos Aires junto com Roberta para uma audiência com a juíza que definirá a guarda definitiva de seu filho Federico. Luiza ganha a guarda e precisa convencer o adolescente Federico a voltar a morar com ela. Depois de uma discussão com Carlos, seu ex-marido, onde este acaba ferido, Luiza foge com Roberta e Federico de carro para São Paulo. No caminho, se junta à Marta, uma boliviana. Ao longo da viagem, uma relação entre mãe e filho começa a se estabelecer. Roteiristas: Diogo Leite e Daniel Veiga


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DIOGO LEITE Formado em jornalismo. Estudou cinema na Escola Livre de Cinema de Santo André (ECLV), dramaturgia na SP Escola de Teatro e roteiro na Roteiraria. Assistente de roteiro das séries de ficção: DDM (Proac) e José&Durval (O2 / Globoplay), roteirista das séries de ficção: Talento Oculto (Gullane), série documental PCC - Força Secreta (Boutique/HBO Max) e reality LOL Brasil (Formata/Amazon). Dirigiu os curtasmetragens: Menino Pássaro (2018), 47º Festival de Gramado, melhor direção | Você tem olhos tristes (2020), 48º Festival de Gramado - melhor ator e melhor montagem | Saudade de você, Saudade de tudo (2021). DANIEL VEIGA Daniel Veiga é roteirista, dramaturgo e ator. Estudou dramaturgia na SP Escola de Teatro e roteiro na Roteiraria. Fez parte dos núcleos de dramaturgia da Escola Livre de Teatro (ELT) e SESI - SP. Sua peça Da Mais Bela que Tive ganhou Menção Honrosa no Prêmio Cidade de Belo Horizonte em 2013. Foi docente do curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro. Participou do COLABORATÓRIO CRIATIVO da NETFLIX com o projeto Filho Prodigo. Como ator, participou do filme Você tem olhos tristes (2020) e ganhou os prêmios: 48º Festival de Gramado (melhor ator), IV CINEFESTIVAL – Festival de Cinema Vale do Jaguaribe (melhor ator) e 14º Santa Maria Vídeo e Cinema (melhor ator).

TUTORES:

ARMANDO PRAÇA (CE) É sociólogo e cineasta cearense. Já trabalhou como assistente de direção, roteirista e treinador de atuação de renomados cineastas no Brasil como Marcelo Gomes, Karim Aïnouz, Márcia Faria, Sérgio Rezende, Halder Gomes e Sérgio Machado. Seus curtas e médias metragens foram selecionados para mais de 30 festivais internacionais, como Clermont-Ferrand, Roterdã, Festival Latino Americano de Toulouse e Mecal de Barcelona. “Greta” (2019), seu primeiro longa-metragem, estreou na 69ª Berlinale e foi selecionado para mais de 40 festivais internacionais. Recentemente, lançou o segundo longa-metragem, “Fortaleza Hotel’’, além de desenvolver no momento os projetos “Ne me quitte pas” e “Cachoeira do descuido”. Desde 2019 é tutor do Laboratório Cena 15 - Cinema da Porto Iracema das Artes.


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MURILO HAUSER (PR) Escreveu “A Vida Invisível”, Grand Prix da mostra Un Certain Regard de Cannes em 2019. Em 2021, voltou ao festival com “O Marinheiro das Montanhas’’, nova colaboração com Karim Aïnouz. Seus curtas “Silêncio e Sombras” e “Meu Medo’’ foram premiados em Nova Iorque e Buenos Aires e eleitos, por duas vezes consecutivas, Melhor Animação Nacional no Curta Cinema. Para o teatro, criou “Avenida Dropsie’’ com a Sutil Companhia, assinou texto e direção da premiada “Não Sobre o Amor” com Felipe Hirsch e, ao lado de Hector Babenco, dirigiu “Hell”. Murilo recebeu o diploma de Master of Fine Arts em roteiro pela University of Southern California como bolsista da Fulbright. É tutor do Laboratório Cena 15 da Escola Porto Iracema e integra o Núcleo de Desenvolvimento da VideoFilmes. NINA KOPKO (SC) Atua nas áreas de roteiro, direção, consultoria de projetos e preparação de elenco. Foi diretora assistente dos filmes “A Vida Invisível” (Karim Aïnouz, 2019) e “O Silêncio do Céu” (Marco Dutra, 2016). Preparadora de elenco dos filmes “Dente por Dente”, “Céu de Agosto” e “A Vida Invisível”. Roteirista da série “As Seguidoras” (Paramount+), entre outras em estágio de produção. Atuou como supervisora de desenvolvimento de projetos da produtora RT Features. É tutora do Laboratório Cena 15 da Escola Porto Iracema desde 2018. Prepara o primeiro longa-metragem, “Ranço de Amor”, vencedor do edital Start Money da SPCine. “Chão de Fábrica”, seu primeiro curta-metragem, estreou em 2021 no circuito de festivais brasileiros e conquistou nove prêmios, incluindo Melhor Curta-Metragem do Cine Ceará, Festival do Rio e Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. MENTOR: KARIM AÏNOUZ (CE) É um premiado cineasta, roteirista e artista visual. Estreou como diretor com MADAME SATÃ (Cannes Un Certain, Regard 2002). Seus outros trabalhos incluem MARINHEIRO DAS MONTANHAS (Seleção Oficial Cannes, 2021), NARDJES A. (Berlin Panorama, 2020), CENTRAL AIRPORT THF (Prêmio Anistia de Berlim, 2018), PRAIA DO FUTURO (Competição de Berlim, 2014), O ABISMO PRATEADO (Quinzena de diretores de Cannes, 2011), VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO (Veneza, Orizontti, 2009) e CÉU DE SUELY (Veneza, Orizontti, 2006). A VIDA INVISÍVEL, o último longa-


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metragem de Aïnouz, ganhou o prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes de 2019 e, desde então, já recebeu vários prêmios em todo o mundo. Aïnouz é mentor do Laboratório de Roteiros CENA 15 do Porto Iracema das Artes/Instituto Dragão do Mar em Fortaleza e membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. CONSULTORES: LUCIANA VIEIRA (CE) É graduada em Cinema e Audiovisual pela UFC e atua como produtora, roteirista e diretora. Foi co-roteirista e co-diretora da série “Meninas do Benfica”, da série “Lana & Carol”, do telefilme “Guerra da Tapioca” (Globoplay) e está atualmente em pré-produção do sitcom “Se Avexe Não” (EBC). Além disso, produziu a série “Identidade #Transvive” (EBC) e o documentário “As Cores do Divino” (Prime Vídeo). É também consultora de roteiros do Laboratório Cena 15 - Cinema do Porto Iracema das Artes desde 2018. PABLO ARELLANO (ES) Licenciado em Comunicação Audiovisual pela Universidade Complutense de Madrid. Especialista em Roteiro de Cinema e Televisão pela EICTV (Cuba) e pelo Instituto de Cinema de Madrid (NIC). Trabalhou em mais de 30 produções entre curtas-metragens, séries de televisão e longas-metragens. Seus trabalhos foram premiados em festivais como Cannes, San Sebastian, Munique, Biarritz e Havana. Ministrou cursos de roteiro e narrativa em diversas instituições em Espanha, Brasil, Bolívia e Cuba. É professor de cinema e criador de conteúdos de ensino no Centro de Estudos Universitários Superiores, da Organização dos Estados Ibero-Americanos. Entre 2015 e 2019 foi curador do Festival Ibero-Americano de Cinema do Ceará. Desde 2015 é consultor no Laboratório Cena 15 - Cinema da Porto Iracema das Artes. Atualmente é roteirista em projetos de longa-metragem e séries de TV no Brasil, República Dominicana, Uruguai e México.


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LABORATÓRIO DE

música


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CAIÔ & OUTRAGALERA - UM SALVE À MÚSICA NEGRA CEARENSE

Caiô é compositor, ator e artista visual com mais de 10 anos de atividades. À frente da Outragalera, banda de reggae que lançou em 2021 o álbum “Original Fortal”, produzido de maneira independente durante a pandemia, traz também em seu trabalho o hip hop e o rap. O projeto “Um Salve à Música Negra Cearense” pretende mapear artistas negres e montar um espetáculo com esse tema, contando com a participação de uma rede de apoio de artistas periféricos de Fortaleza e região metropolitana. Artistas: Caiô, Agê (Agno Cesar) e Thaís Pinheiro Tutora: Anelis Assumpção (SP) CAIÔ Caiô (Caio Fábio da Silva Batista) é compositor e músico. Tem músicas gravadas por vários artistas cearenses, como Luiza Nobel, Felipe de Paula, Nayra Costa, Flotilha, Lorena Nunes, Alta Terra, Mateus Fazeno Rock. Aluno do curso de Artes Visuais da Universidade Estadual do Ceará, também é ator formado pelo Theatro José de Alencar e fez o curso do Theatro de Soleil com o ator e diretor francês Maurice Durozier. Com mais de 10 anos de atividades, hoje está à frente da OutraGalera, após seis anos na banda GroovyTown, quando também foi gravado por Margareth Menezes (música Aluá) no primeiro disco da banda. Caiô trabalha na produção musical de outro destaque da cena de música negra cearense, Mateus Fazeno Rock. Com singles lançados recentemente (Pose de Malandro / Me querem Morto) Caiô, junto com Agê assina o novo disco de Mateus Fazeno Rock, “JesusÑVoltará”. AGÊ (AGNO CESAR) Discente em música pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), é integrante da banda Outragalera (trompete e teclado), colaborador e co-produtor do primeiro disco da banda, “Original Fortal”. Atua como produtor dos artistas “Matheus Fazeno Rock”, Nego Célio, assim como nos trabalhos “O que pode uma mulher que borda (Crato-CE)”. Entre os projetos mais recentes, nos quais desempenhou diversas funções artísticas e técnicas, estão a “Live Que tal Quintal?” com Nego Célio, Live “Missa Negra”, com Mateus Fazendo Rock, “A Idade da Terra” no Cineteatro São Luiz, Festival BixaNagô, também com Mateus Fazeno Rock” e o single “Mateus Fazeno Rock ft. Big Léo - Pose de Malandro”.


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THAÍS PINHEIRO Licenciada em Artes Visuais pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e bacharelanda em Dança pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pósgraduada em psicomotricidade relacional. Formada pela metodologia Vaganova de ensino de ballet Clássico. Artista premiada pelo Fendafor, Passo de Arte Dança Criança, e Conselho Brasileiro de Dança (vinculado à Unesco). Atualmente trabalha como produtora executiva da banda Outragalera como desenvolvedora de identidade visual e captação de recursos. TUTORA: ANELIS ASSUMPÇÃO (SP) Cantora e compositora que mistura vocais sensuais a arranjos irreverentes, dub, afrobeat e grooves brasileiros. Filha de Itamar Assumpção, Anelis representa o espírito livre de amarras da vanguarda musical de São Paulo, bem como o toque de originalidade herdado. O álbum de estreia, Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa (2011) integrou line-ups do Brasil e Portugal. Em 2014, lançou Amigos Imaginários, tendo centenas de milhares de plays nas redes, já no primeiro mês. O álbum foi mixado pelo dub master nova-iorquino, Victor Rice, e lhe rendeu o prêmio Deezer de Artista do Ano, e o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) para Melhor Artista Revelação de 2015. Em 2018, lançou o álbum Taurina, buscando inspiração na sua própria selva de pedra, São Paulo, e nos alimentos de todos os tipos que prepara em alquimia na sua cozinha.

MULHER DE 60

O projeto “A Mulher de 60” trata da construção do primeiro álbum de Adna Oliveira, que aos 60 anos, decidiu dar seus primeiros passos em sua carreira artística. Adna Oliveira é cantora, compositora e atriz, carioca radicada no Ceará há mais de 30 anos suas canções abordam, principalmente, questões filosóficas, ambientais, políticas, raciais e de gênero. Artistas: Adna Oliveira, Ayla Lemos e Roberta Kaya Tutora: Assucena Assucena (BA) ADNA OLIVEIRA Cantora, compositora e atriz, mulher, negra, aos 63 anos de idade, lançou em 2020 seu primeiro single, Canção do Vento, disponível em todas as plataformas digitais. Radicada no Ceará há 31 anos, é integrante dos coletivos Sambadelas, Negra Voz e Nossa Voz.


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Em 2021 lançou nova versão do seu show Gaia, que havia estreado no Festival Virada Sustentável, com produção musical de Claudio Mendes e viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc/SECULTFOR. Como atriz, vem desde 2017, atuando com frequência no audiovisual e sendo bastante requisitada para trabalhos em curtas-metragens, como “Rua Dinorá”, de Natália Maia e Samuel Brasileiro. AYLA LEMOS Multi instrumentista, produtora musical, cantora e compositora. Ayla iniciou sua carreira como baterista em projetos musicais em Fortaleza, ampliando sua experiência em gravações em estúdios, shows, performance, trilha sonora e pesquisa na área da música desde 2016. Atuou como baterista em projetos de artistas como Selva Beat, Mulher Barbada, Fernando Catatau, Aquas, Máquinas e Adna Oliveira. ROBERTA KAYA Arte-educadora, cantora, compositora e instrumentista, Roberta encontra na arte estratégias para driblar estatísticas genocidas. Artista que desenvolve uma pesquisa em produção musical e música eletrônica com referências da música afrobrasileira e diásporas. TUTORA: ASSUCENA ASSUCENA (BA) Cantora, compositora e escritora, de Vitória da Conquista, BA. Ingressou em História pela FFLCH-USP em 2011, começando a aprofundar-se nos debates sobre gênero, arte e estética. Entrou na cena musical em 2015 como fundadora e vocalista da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, depois As Baías, lançando os álbuns Mulher(2015); Bixa(2017); Tarântula(2019); Os EPs Enquanto Estamos Distantes(2020); Respire & Coragem(2020) e Drama Latino(2020). Tem dois Prêmios da Música Brasileira(2018), por Bixa, e indicações ao Grammy Latino por Tarântula e Enquanto Estamos distantes. Gravou com Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Péricles, Xand Avião, Rincon Sapiência, Mc Rebecca, Linn da Quebrada. Depois de seis anos integrando As Baías, inicia seu projeto solo e lança o single Parti do Alto.

MÚSICA PERIFÉRICA BRASILEIRA

Carú Lina é cantora, compositora e mc, conhecida como Carolina Rebouças. Ela lança seu novo trabalho, e primeira obra fonográfica, “Música Periférica Brasi - leira” com a mudança de nome artístico.


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A proposta é pesquisar urbanidades e regionalidades da música brasileira oriundas da periferia - samba, forró e o afoxé, funk, rap. Integram o projeto o multi instrumentista João Pompeu Neto, a percussionista Thais Costa e a DJ Janas. Artistas: Carú Lina, Thaís Costa e DJ Janas Tutor: André Magalhães (SP) CARÚ LINA Carú Lina é cria da Comunidade do Dendê, bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. Na comunidade se iniciou nas artes e na música. Além de MC, é cantora, compositora e mobilizadora cultural, apresentandose com nomes do rap, como Criolo, Racionais e Emicida. Mistura vertentes do rap, reggae e R&B com regionalidades da música brasileira, como samba, forró e maracatu. Participou dos grupos GhettoRoots (com quem lançou o álbum Traficando Poesias em 2020), Women of Reggae, Negra Voz , Dog Heads e Mente Quintal Club. Lançou o single Mais Valia na Suécia em 2016, seguido pelo EP Histórias e Sentimentos e o EP Multicultural (2018). THAIS COSTA Música autodidata e arranjadora percussiva, de São Benedito-CE. Com formação em Comunicação Social, cursou extensão em música, instrumento acordeão, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). De 2009 a 2012 atuou como percussionista e diretora da ala de tamborim do Bloco de Pré - Carnaval Camaleões do Vila, e de 2012 a 2014 do grupo BatuQueBeleza. É percussionista e arranjadora da banda/bloco “Damas Cortejam”, Coletivo Percussivo Feminista; banda “Vento Mareia”, de repertório autoral. Integra o coletivo “Nós Voz Elas”, o grupo Flor Amorosa, o projeto Baile Preto e a banda Selva Beat, além da “Roda das Mina”. DJ JANAS Dj Janas, de Cabo Verde, iniciou sua carreira em 2011. Em 2014 ingressou no curso de Design na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), atuando em eventos do curso. Em 2015, ao mudar-se para Fortaleza para cursar Arquitetura e Urbanismo, participou de eventos organizados pelos estudantes africanos que residiam na cidade. Fez cursos de discotecagem e produção musical, realizando o primeiro projeto, Nos Morabeza Sunset, em Mindelo, Cabo Verde. Produziu faixas para as artistas Rafa Ester e Vic Mundo, do projeto Som Delas (curadoria de Carú Lina).


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TUTOR: ANDRÉ MAGALHÃES (SP) Músico, baterista, percussionista, produtor, pesquisador de cultura tradicional e engenheiro de áudio. Participou de álbuns que incluem música indígena, cantos de trabalho, culturas tradicionais, instrumental, MPB, orquestras eruditas, entre outras. Integrante do grupo “A Barca”, produziu o projeto “Turista Aprendiz”, registrando manifestações populares no país. Produziu “Orin” Orquestra Afro Sinfônica (indicado ao Grammy), “Gbô” Mestre Sapopemba, “Rastilho”,de Kiko Dinucci (Prêmio Multishow), Äjô” do grupo Foli Griô Orquestra (indicado ao Grammy), entre outros. Morou em Nova Olinda (CE), atuando na Fundação Casa Grande. Lançou o primeiro álbum solo, “Para Ti - Batuque e Melodias dos Cantos”, um ensaio autobiográfico e etno-musical, com composições próprias.

O CHEIRO DO QUEIJO - CIRCO RAP

O Cheiro do Queijo, de Igor Cândido, palhaço, artista de rua e produtor cultural de Maracanaú, abre um campo investigativo cênico/musical para pesquisar a ligação sonora entre o circo, a rua e o rap. Criado em 2018 e com diversos shows realizados nas paradas de ônibus do Ceará, o trabalho traz um grupo de palhaços/bufões que apresentam uma mostra musical da pesquisa contínua dos artistas com a energia potente e caótica da rua. Artistas: Igor Cândido (Abú da Pereba), David Cruz (Bito Beat) e Eliel Carvalho Tutor: Russo Passapusso (BA) IGOR CÂNDIDO (ABÚ) Palhaço, poeta e artista de rua de Maracanaú,CE, iniciou sua formação em 2013, no curso PERMEIO (Grupo Garajal). Concluiu o “CPBT - Curso Princípios Básicos de Teatro” do Theatro José de Alencar e teve formação em commedia dell’arte, palhaçaria, teatro de rua e bufonaria. Participou do Laboratório de Teatro da Escola Porto Iracema das Artes (2016), com a pesquisa "Exceder, Transgredir e Deformar: O grotesco na performance do palhaço" do grupo As 10 Graças de Palhaçaria. É fundador do projeto “Sarau Bota o Teu”, que acontece em Maracanaú desde 2017. Lançou o primeiro disco, “O Cheiro do Queijo”, tendo clipe de uma das faixas premiada por melhor curtametragem no 28º do Festival Cine Ceará. Montou e editou o longa- metragem “Arrebatados” e o curta “Faz-me-rir”, com o grupo As 10 Graças de Palhaçaria.


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Circulou por vários festivais - 10º Encontro Palhaços em Todo Lugar, FIAC Bahia, Cena Agora Itaú, Festival de Inhamuns, Festival Internacional de Circo do Ceará, entre outros.FIAC Bahia, Cena Agora Itaú, Festival de Inhamuns, Festival Internacional de Circo do Ceará, entre outros. DAVID CRUZ Cantor, beatmaker, produtor musical e militante da cultura hip-hop. Gestor do home estúdio "Casa Bito Records", vem produzindo diversos nomes da cena local do rap maracanauense como Sertão Rap, Mp VRP, Lost, Cassino 12 e a banda do Cheiro do Queijo. Tem larga atuação como cantor no cenário da música regional, tendo tido vivências com nomes como o sanfoneiro Caio Cesar, Vanildo Franco, Banda Pé de Ouro e Forró dos Amigos. Além da música, dedica-se à pesquisa nas artes cênicas desde 2019 na Academia do Riso: Escola de Iniciação à Palhaçaria. ELIEL CARVALHO Músico autodidata e ator de Maracanaú-CE. É integrante do grupo Pavilhão da Magnólia, técnico da Casa Absurda, guitarrista de Jocasta Britto, produtor musical e músico com O Cheiro do Queijo. TUTOR: RUSSO PASSAPUSSO (BA) Músico e compositor de Feira de Santana, faz parte da nova geração da música produzida na Bahia. Da iniciação ao violão no samba, ao contato com o rap, o reggae e a cultura do Sound System jamaicano em Salvador, e integrado ao Ministério Público Sistema de Som, começou a movimentar a cena da cidade, ocupando espaços, conquistando público. Ao quebrar as barreiras entre o corpo e a mente, e se aprofundar na pesquisa da cultura popular e o pop, o trabalho se expandiu, levando à criação da BaianaSystem em 2008, com os parceiros Beto Barreto, Filipe Cartaxo e Marcelo Seco. Em turnês pelo Brasil e pelo mundo, o grupo lançou em 2019 o terceiro disco, “O futuro não demora”, e em 2021 o álbum OXEAVEEXU. Russo diversificou a trajetória ainda mais com a produção do primeiro disco solo, “Paraíso da Miragem”, que figurou em listas dos melhores lançamentos musicais circulou pelo país. Em 2022 o grupo lançou, com a Amazon Music, o documentário “Manifestação: Carnaval do Invisível”.


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LABORATÓRIO DE

teatro


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DE UMA DIVA PARA UMA DIVINA, CRATO (CE)

DE UMA DIVA PARA UMA DIVINA é uma pesquisa desenvolvida pela artista travesti caririense Diva D´brito, que deseja, junto à tutoria de Divina Valéria, desenvolver a criação de uma dramaturgia/roteiro de um show-espetáculo tendo como homenageada a própria tutora, artista travesti pioneira do Brasil. Davi é um anagrama da palavra Diva, e Divina é quase um sinônimo do nome Diva. Do desejo surge um sentimento de mestra para discípula, laborando números teatrais com textos, música, dança, performances e canções do universo das atrizes ainda presentes Divina Valéria, Camille K., Fujica de Holliday e Eloína dos Leopardos. Artistas: Diva D’Britto, Paulo Andrezio e Penha Ribeiro Tutora: Divina Valéria (RJ) DIVA D’BRITO Travesti negra; artista caririense; atriz-cantora, professora e dramaturga. Licenciada em Teatro pela Universidade Regional do Cariri (Urca, 2019), Regente em Música, tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro. Integrante do Coletivo Dama Vermelha. Foi bolsista nos projetos - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (20142016), Iniciação Científica - O Estudo do Cômico Cearense (2016-2018). PAULO ANDREZIO Quadrilheiro e produtor cultural; mestrando no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bolsista na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia; graduado em Licenciatura em Teatro; bacharel em Administração; integrante do Coletivo Dama Vermelha desde 2016, e do grupo Ocupações Artísticas da Cidade desde 2017. PENHA RIBEIRO Mulher negra caririense, artista-professorapesquisadora e figurinista, formada no Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Regional do Cariri (Urca). Figurinista-atriz-performer-encenadoraintérprete-criadora no Coletivo Dama Vermelha. TUTORA: DIVINA VALÉRIA (RJ) Da era de travestis lendárias que enfrentaram a perseguição da ditadura militar, Divina Valéria conquistou lugar de respeito junto às “Divinas Divas”, cuja história foi registrada no aclamado documentário de Leandra Leal. Cantora virtuosa, já se apresentou


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internacionalmente na França, Japão, Argentina e Uruguai, entre outros lugares do mundo. Desde quando surgiu em 1964 no “Les Girls” ao lado de Rogéria, transformou-se em uma lenda dos tablados, sempre com sua voz precisa e aveludada, além de marcante interpretação. Em 2020, viveu momento icônico no espetáculo Divinas Divas, no Theatro Municipal de São Paulo, ao lado das veteranas Jane Di Castro, Eloína dos Leopardos, Camille K. e as da geração seguinte, Divina Nubia e Marcia Dailyn. Com 78 anos, Divina Valéria é uma das mais importantes artistas LGBTQIA+ da história do Brasil.

INCÊNDIOS DA ALMA: SOBRE MULHERES DEVOTAS DE SI, CRATO (CE)

Tendo como perspectiva o teatro performativo, propomos uma investigação nos ciclos de vidamorte-vida da mulher negra durante sua existência em um mundo estruturalmente sexista/racista. Abordar esse tema corresponde ao impacto do sistema na subjetividade feminina até os dias atuais. Temos como circunstâncias desviantes e caminho de fuga os Ritos, as Danças, os Rezos. A pesquisa pretende atear fogo em um corpo negro feminino colonizado e ir à busca de outro corpo que caiba em uma nova percepção de existência. Artistas: Suzana Carneiro de Souza, Alda Maria e Mestra Socorro Alexandre Tutora: Sanara Rocha (BA) SUZANA CARNEIRO DE SOUZA Mulher negra da região sul do interior do Ceará, Cariri. Graduada em Licenciatura em Teatro pelo Centro de Artes/Universidade Regional do Cariri (Urca). Artista-performer, dramaturgista, arte educadora e capoeirista. Possui experiência em produção cultural, nas áreas de Artes Cênicas e Patrimônio/Memória, sendo Técnica em Cultura no Sesc/CE e curadora da Mostra Sesc de Culturas Cariri durante os anos de 2016 a 2020; Integrante do Grupo Terreiro Arte e Tradição como brincante e produtora (2016); Mantém composições de solos nas linguagens da dança, do teatro e da performance com a Farol Ateliê; exintegrante do Grupo Oitão Cênico como intérprete/ criadora (2008 a 2016); ex-integrante da Alysson Amancio Cia. de Dança como intérprete/criadora (2014 a 2016). ALDA MARIA Natural do Piauí, reside na cidade de Crato, no Cariri


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cearense. Graduanda em Música Licenciatura pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), possui experiência com performance, pesquisa, ensino e produção cultural. Multi-instrumentista, integra grupos musicais e espetáculos do cariri: Coletivo Cantando Marias; Grupo de Música Antiga Ancestralia; Sol na Macambira; Azalee; e acompanha artistas da região. Educadora Musical, atuou em monitorias e docência pela Escola de Música do Cariri. Residente pelo Núcleo de Regência e Arte da E.E.E.P Governador Virgílio Távora através do Programa de Residência Pedagógica. Desenvolveu estudos no grupo de pesquisa FILOMOVE e Integrou o Observatório de Práticas e Políticas Culturais. MESTRA SOCORRO ALEXANDRE Maria Socorro Alexandre da Silva - Mestra de Cultura Popular, agricultora, meizinheira (lida com preparo de ervas nativas) e florista. Trabalha com cultura popular desde 1999, desenvolvendo trabalhos com maculelê, samba de roda, maneiro pau e capoeira em colaboração com o seu companheiro Mestre de Capoeira Chico Ceará (Francisco Gilberto) em parceria com ele passa a difundir as práticas de cultura popular advindas da transmissão oral, ensinadas pelo seu pai Zé Teófilo, bem como das experiências dentro do grupo de capoeira Filhos de Zambi. A partir de 2004 passa a atuar como integrante e fundadora do Grupo Arte e Tradição, sediado no Sítio Santo António – Arajara/ Barbalha-CE, o qual tem como principal objetivo a difusão das práticas já desenvolvidas, bem como a ampliação dessas manifestações, incluindo no grupo as modalidades Coco de roda, Quadrilha, Malhação de Judas e, mais recentemente, o Maracatu Nação Tupinambá (2017). TUTORA: SANARA ROCHA (BA) Sanara Rocha é feminista negra, curadora independente, artista interdisciplinar e pesquisadora com campo de atuação nacional e internacional. Dedica-se ao desenvolvimento de duas pesquisas poéticas multidisciplinares, uma que se intitula “Narrativas Fósseis” e se respalda nos estudos de gênero e no afrofuturismo a título de escavar-forjar trabalhos poéticos interdisciplinares que investigam a presença feminina no território simbólico dos tambores e problematizam o apagamento de parte dessa memória; e uma nova intitulada “Futurismo Amefricana” que se fundamenta no conceito de ladino amefricanidade cunhado por Lélia Gonzalez e teve como um de seus resultados mais concretos a criação da plataforma Futurismos


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Ladino Amefricanas - FLA, um espaço de aglutinação e intercâmbio de saberes entre artistas negres e indígenas latino-americanos.

PORTAS DE SÃO PEDRO, FORTALEZA (CE)

O espetáculo “Portas de São Pedro”, pesquisa as ligações entre histórias, crenças e olhares ao Edifício São Pedro, localizado na Praia de Iracema, em Fortaleza. A pesquisa se dá pela existência do edifício na orla da cidade, buscando entender por quais caminhos o prédio passou mesmo sem sair do lugar, para junto disso entender quais portas o prédio, em forma de navio, abriu ou fechou nas vidas que transpassaram seus corredores até o seu naufrágio. Artistas: Nathália Fiuza, Jéssica Mota e Lídia dos Anjos Tutora: Raquel Scotti Hirson (SP) NATHÁLIA FIUZA Nathália Fiuza é atriz, artista visual e performer. Licencianda em Teatro pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), é cofundadora do coletivo Cabeça, atuando com múltiplos fazeres artísticos. É mediadora teatral no projeto Palco de Giz, do Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. Participou de projetos como ITAÚ Cultural, edição 2019; Festival Tiradentes, edição 2020; e participação na galeria ITInerante em Lisboa, Portugal - edição 2021; Revista Carcará de Fotografia, edição #28. Também atua como produtora e gestora cultural em coletivos da cidade de Fortaleza, tendo também, certificação na área pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Passando por formações em audiovisual e teatro pelo Porto Iracema das Artes, pesquisa de forma abrangente o corpo e a cidade em pertencimento mútuo e distinto. JÉSSICA MOTA Graduanda pela Universidade Federal do Ceará (UFC), participou da construção de imagens para diversas matérias da rede Globo de comunicação (Globo Esporte) e TV Record/TV Cidade, assim como mídias físicas como o Jornal O Povo e revista Waves. Participou do documentário “Minas Urbanas”, premiado pela Mostra Cine Ceará - Festival IberoAmericano de Cinema, edição 31º, estagiou no Museu da Fotografia Fortaleza; Atuou na Agência Idealistic Inbound Marketing, como head do núcleo audiovisual. Ao longo dos anos produziu conteúdo para empresas privadas/públicas e prestou serviços para a agência EBM QUINTTO como produtora de conteúdo,


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sendo premiada pelo prêmio Prêmio lusófonos da criatividade na categoria “Filme – Para Web”. LÍDIA DOS ANJOS Lidia dos Anjos, 34, preta, da periferia. Atriz, figurinista, costureira, poeta, diretora de arte, cineasta, realizadora, produtora e pesquisadora. Graduada em Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e formada também pelos cursos Princípios Básicos do Teatro, Interpretação III - Porto Iracema das Artes, Laboratório de Roteiro (CCBJ),Curso Passadiante – Imagens da Descolonização (Instituto Aguaboa Cultural). Integrante da Coletiva Pretareu, colaboradora do Coletivo Princesinha de Favela, está em pesquisa com Diário de Afetação - Relatos da construção de uma cena periférica, preta e ancestral para a destruição do mundo atravessado por vozes que emanam de corpos iminentes. TUTORA: RAQUEL SCOTTI HIRSON (SP) É atriz-pesquisadora e atual coordenadora do LUME (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP). Doutora pelo IA da UNICAMP, com a tese “Alphonsus de Guimaraens: Reconstruções da Memória e Recriações no Corpo” e autora dos livros “Tal qual apanhei do pé: uma atriz do Lume em pesquisa” (HUCITEC e FAPESP, 2006) e “PRÁTICAS TEATRAIS: sobre presenças, treinamentos, dramaturgias e processos” (Editora da UNICAMP, 2020). É professora permanente do PPG Artes da Cena do IA, UNICAMP. Atua em espetáculos em repertório do Lume, sendo o mais recente “Kintsugi, 100 memórias” (2019), dirigido pelo argentino Emilio Garcia Wehbi. Apresenta espetáculos, demonstrações técnicas e ministrou workshops em diversas cidades brasileiras e no exterior.

SOLO FÉRTIL - MULHERES DO MEU INTERIOR, FORTALEZA (CE)

O projeto propõe-se a investigar a corpografia de mulheres que detém sabedorias ancestrais na festa e na cura, por meio de suas práticas artísticas e espirituais nas manifestações populares do Cariri, para criar uma dramaturgia da memória num experimento de teatro-dança. Artistas: Marina Brito, Letícia Marram e Andrea Bardawil Tutora: Zahy Guajajara (MA)


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MARINA BRITO Atriz graduada pelo Curso de Licenciatura em Teatro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e formada pelo Curso de Arte Dramática na Universidade Federal do Ceará (UFC). Artista, pesquisadora e produtora do Grupo Expressões Humanas e da Cia Bravia de Teatro em Fortaleza/CE, com mais de 15 espetáculos realizados entre teatro, teatro musical e dança, com os quais já circulou o Brasil no Projeto Palco Giratório 2010 e no Programa Petrobrás Cultural em 2019. LETÍCIA MARRAM Letícia Marram, violonista de 30 anos, que já teve como nome artístico Letícia Martins, é uma musicista cujo trabalho se pode apreciar seja no violão erudito seja no violão popular. Com uma trajetória que passa por grupos como Quartzo Verde e Camerata de Violões do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), no campo do erudito, clássico ou contemporâneo, e com um percurso que trafegou e trafega pelos grupos Flor Amorosa, Não Insistas, Rapariga! e Feito em Casa, no que tange ao Choro e à Música Popular Brasileira (samba, bossa, entre outros gêneros). ANDRÉA BARDAWIL Coreógrafa, professora de dança e arteterapeuta. É diretora da Companhia da Arte Andanças desde 1991, onde realiza projetos de pesquisa e colaboração artística na área da dança, em interface com outras linguagens. Foi uma das fundadoras da ONG ALPENDRE – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, junto com o videomaker Alexandre Veras, entre 1999 e 2012. Foi selecionada pelo Rumos Itaú Cultural Dança, em 2000 e em 2009/2010. Atuou como curadora e coordenadora pedagógica de diferentes eventos pelo Brasil, como a Bienal Internacional de Dança do Ceará e a Bienal Internacional de Santos/SP e como conselheira/curadora do Festival Nacional de Dança de Joinville, no período de 2011 a 2013. Atualmente, realiza a circulação dos espetáculos Devoração, Graça e O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul, como parte do projeto Andanças 30 anos. TUTORA: ZAHY GUAJAJARA (MA) Zahy é multiartista e teve a sua primeira experiência no audiovisual em 2012, no curta “ZAHY- Uma fábula sobre a aldeia Maracanã”, feito em parceria com Felipe Bragança. Desde então vem se desenvolvendo como artista oradora e criadora de arte indígena.


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Alguns dos seus trabalhos como atriz, são: O longa “Não Devore Meu Coração” de Felipe Bragança, a Série Dois Irmãos, TV Globo com Direção de Luiz Fernando Carvalho, Macunaíma de Bia Lessa e tantos outros. Atualmente está produzindo e co-dirigindo, novamente com Felipe Bragança, um longa com uma releitura de Macunaíma! Sua primeira língua é o Ze’eng Eté (fala boa/verdadeira), dialeto do tronco tupi-guarani, a segunda língua é o português, and she learning English as well.


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