Portugal Post Março 2009

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PORTUGAL POST Director: Mário G. M. dos Santos ANO XVI • Nº 176 • Março 2009 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: correio@free.de •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718

Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República

N

os dias 2 a 6 de Março deslocar-me-ei á República Federal da Alemanha, em Visita de Estado. Foi, pois, com o maior gosto que acolhi o convite do jornal «Portugal Post» para prestar um breve depoimento nas suas páginas. O «Portugal Post» é o único jornal português na Alemanha que tem como público leitor os portugueses residentes neste país e a comunidade luso-alemã. Trata-se, por conseguinte, de uma publicação dirigida predominantemente à numerosa comunidade portuguesa que vive e trabalha na Alemanha. Como tenho afirmado, em numerosas ocasiões, é fundamental aprofundar os traços de união entre as comunidades da diáspora e Portugal. Na Alemanha, onde existe uma numerosa comunidade portuguesa, aí radicada há décadas, a necessidade de publicações como o «Portugal Post» faz-se sentir de forma particularmente intensa. Mesmo nos dias das novas tecnologias de informação, jornais ou publicações deste tipo são, muitas vezes, o principal, se não o único, elo de ligação com o País natal.

Na minha visita à Alemanha, à semelhança do que tem sucedido nas deslocações que realizo a países estrangeiros, fiz questão de me avistar com a comunidade portuguesa. Esse encontro terá lugar em Osnabruck, no dia 6 de Março. Trata-se de uma manifestação pública do meu mais profundo apreço pelos Portugueses residentes na Alemanha, por aqueles que, pela força do seu trabalho, pelo seu empenhamento na vida cívica, engrandecem o nome de Portugal. O gesto tem um significado simbólico, naturalmente. Mas penso que a presença do Presidente da República, o convívio de perto com portugueses ou luso-descendentes, é um elemento importante para a comunhão de afectos que funda a portugalidade, onde quer que ela se encontre. Aos responsáveis pelo «Portugal Post» e, em particular, aos seus leitores, quero deixar uma mensagem de muito apreço, em nome de Portugal.

Conselheiros do CCP reuniram-se com o embaixador e os cônsules

Leia nesta edição Cavaco Silva em visita de Estado à Alemanha entre 3 e 6 de Março Página 4

Centro Desportivo de Estugarda celebra o 40° aniversário Página 7

Não Voto

Crónica de Cristina Krippahl Página 6

Bar Cod

Governo prepara-se para fechar o consulado em Frankfurt? Página 5 Publicidade


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PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

PORTUGAL POST

Editorial Mário dos Santos

Agraciado com a medalha da Liberdadee Democracia da Assembleia da República Fundado em 1993 DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS

CORRESPONDENTES ALFREDO CARDOSO: MÜNSTER ANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHEN JOÃO FERREIRA: SINGEN JORGE MARTINS RITA: ESTUGARDA JOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORF KOTA NGINGAS: DORTMUND MANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECK MICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONA PAULO ALEXANDRE: HAMBURGO ZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT COLUNISTAS ANTÒNIO JUSTO: KASSEL DORA MOURINHO: ESSEN FERNANDA LEITÃO: TORONTO JOSÉ EDUARDO: FRANKFURT JOSÉ VALGODE: LANGENFELD LAGOA DA SILVA: LISBOA LUIS BARREIRA, LUXEMBURGO MARCO BERTOLOSO: COLÓNIA MARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIG PAULO PISCO: LISBOA RUI PAZ: DÜSSELDORF TERESA COLAÇO: COLÓNIA ASSUNTOS SOCIAIS JOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIAL CONSULTÓRIO JURIDICO CATARINA TAVARES: ADVOGADA MICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADA MIGUEL KRAG: ADVOGADO FOTÓGRAFOS: PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARES AGÊNCIAS: LUSA. DPA IMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADE BURGHOLZSTR.43 - D -44145 DORTMUND TEL.: (0231) 83 90 289 FAX: (0231) 83 90 351 WWW.PORTUGALPOST.DE E MAIL: CORREIO @ FREE.DE REGISTO LEGAL: PORTUGAL POST JORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHA ISSN 0340-3718 • K 25853 PROPRIEDADE PORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654 OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICULAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST

O Presidente e as Comunidades Presidente Cavaco Silva faz a sua primeira visita oficial à Alemanha a convite do seu homólogo alemão. Nesta sua deslocação ao pais germânico, o Presidente dedica o fim de tarde do dia 6 deste mês para passar com a Comunidade em Osnabrück num encontro com portugueses que foram convidados pelos consulados e embaixada. Será, dizem-nos, um concerto de fado seguido de uma recepção do Presidente e jantar-bufete oferecido a 1000 pessoas. O leitor que nada sabia e que pensa deslocar-se a Osnabrück terá , dizem-nos, de contactar o consulado da sua área e inscrever-se para ver e ouvir o Presidente e assistir ao concerto da fadista Kátia Guerreiro que abrilhantará o encontro.

O

Mais nos dizem que “o convite é pessoal e intransmissível, devendo ser apresentado à porta” Desta visita do Presidente Aníbal Cavaco Silva à Alemanha, isto é, a Berlim, Munique e Wolfsburg, compete-nos sublinhar o gesto do Presidente em querer encontrar-se com a Comunidade Portuguesa, como, aliás, faz sempre que se desloca ao estrangeiro. Tal como o Presidente escreve numa mensagem escrita em exclusivo para o PORTUGAL POST, a sua presença em Osnabrück será “uma manifestação pública do meu mais profundo apreço pelos Portugueses residentes na Alemanha, por aqueles que, pela força do seu trabalho, pelo seu empenhamento na vida cívica, engrandecem o nome de Portugal”.

As Comunidades, isto é, aquilo que podemos representar para o pais, não é decoração no discurso de Cavaco Silva, pelo contrário. Há um sincero reconhecimento por nós e, muito mais importante, a compreensão daquilo que nós, os tais cinco milhões, podemos representar e fazer por Portugal em áreas tão diversas como a língua, a cultura e a economia. “Sem a ligação entre os emigrantes portugueses e o seu país, teremos alguma dificuldade de enfrentar o futuro”, avisa o Presidente no intuito, pensamos, de sublinhar o peso que as comunidades poderiam ter não apenas na economia se a sensibilidade dos decisores não sofresse de complexos de superioridade sempre quando se fala em “emigrantes”.

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REDACÇÃO E COLABORADORES CRISTINA KRIPPAHL: BONA FRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIM FERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDA HELENA GOUVEIA: BONA JOAQUIM PEITO: HANNOVER LUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE

Fax: 0231 - 83 90 351 Tel.: 0231 - 83 90 289 correio@free.de


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Comunidade

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Os participantes do encontro: (da esq.) João Bernardo Weinstein, Cônsul-Geral de Portugal em Dusseldorf, José Pedro Machado Vieira, Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo, Alfredo Stoffel, Conselheiro do CCP, José Caetano de Campos Andrade da Costa Pereira, Embaixador de Portugal em Berlim, Alfredo Cardoso, Conselheiro do CCP, Silvia Belém, Serviços Sociais da embaixada, Manuel Samuel, Cônsul-Geral de Portugal em Estugarda, Rui Paz, Conselheiro do CCP, Luís Tibério, Conselheiro de Imprensa.

Conselheiros do CCP encontram-se com o embaixador para transmitirem preocupações da comunidade Os membros da Alemanha do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), Rui Paz, Alfredo Stoffel e Alfredo Cardoso, deslocaram-se a Berlim no passado dia 21 de Fevereiro para uma reunião com o embaixador de Portugal. No encontro, no qual participaram também os cônsules de Hamburgo, Dusseldorf, Estugarda e membros da embaixada, os conselheiros transmitiram ao embaixador as preocupações maiores da comunidade nas diversas áreas. Os conselheiros manifestaram a sua grande preocupação causada pela situação de “incerteza e fragilização dos serviços no ConsuladoGeral de Frankfurt”. Lembrando que aquele consulado encontra-se já sem cônsul, os conselheiros manifestaram-se contra os planos do Governo que prevêem a despromoção do Consulado-Geral em

ninguém que possa assinar deter- firmas privadas, o que implicaria a Frankfurt para Vice-consulado. “A Vice-cônsul pediu no início minados documentos necessários, perda pelo Estado português do do ano a passagem à situação de re- como já é o caso em Dusseldorf e controlo profissional sobre os funforma, e o chanceler já há meio ano poderá vir acontecer em Estugarda, cionários consulares e faria correr que deixou de existir. Ao contrário onde, no próximo ano, três a quatro riscos graves à protecção de dados do que tinha sido prometido, nem funcionários atingirão a idade da dos cidadãos”. todos os actos consulares poderão reforma”. Foi manifestado o “ total desaOs conselheiros fizeram ainda pontamento pelo não funcionarealizar-se em Frankfurt, e exigem a deslocação dos utentes a Estu- sentir a sua preocupação no que se mento do chamado “Consulado garda ou a Düsseldorf. O posto refere à aprovação das alterações Virtual”, ao qual, segundo os conestá a ser gerido por um funcioná- ao Regulamento Consular, “sem selheiros, “praticamente ninguém rio numa situação de grande inde- consulta ao Conselho das Comuni- recorre, mas que se encontra envolfinição. O receio de que o dades, apesar de se tratar de uma vido numa teia de dificuldades de consulado possa acabar definitiva- matéria fundamental para o funcio- ordem técnica, além de não resolmente num escritório consular é namento dos órgãos do Estado in- ver nenhum problema importante grande”, refere um comunicado en- cumbidos da protecção dos que exija a assinatura presencial viado ao PP. dos utentes”. Os conselheiros manifesta- O 10 de Junho pode eventualO agravamento da situaram ainda “preocupações pela mente ser celebrado numa lo- ção social da comunidade não concretização da promessa provocada pela crise econótantas vezes reafirmada da calidade mais central para toda mica levou os conselheiros a transformação do Escritório a comunidade portuguesa na fazerem sentir a necessidade Consular de Osnabrück em de reforçar serviços sociais Alemanha Vice-consulado”. dos consulados junto da coOs membros do CCP-Alemunidade, “de modo a haver manha chamaram ainda a atenção cidadãos portugueses residentes no um acompanhamento rápido e efido embaixador para “o bloquea- estrangeiro”. caz dos sectores da comunidade Os membros do CCP manifes- mais atingidos pelo desemprego, mento há anos das promoções e do preenchimento das numerosas taram também “o receio de que, a pela redução de horário de trabalho vagas existentes nos diversos con- exemplo do que já acontece nou- e a perda de salário, atirados para a sulados” que “está a causar tros países, o Governo venha a alu- ruína ou socialmente excluídos”. empregados para os grande transtorno, na medida em gar Outro assunto abordados no enque na ausência do Cônsul não há consulados, contratados através de contro refere-se à “incerteza em

relação às alterações ao recenseamento eleitoral introduzidas pela nova lei do recenseamento, sem qualquer informação à comunidade, são particularmente graves, uma vez que o recenseamento para as eleições europeias encerra já a 31 de Março”. Também as questões relativas ao ensino do português centraramse sobretudo na situação na região de Frankfurt onde várias localidades vão ficar em breve sem professor e no facto de a comunidade ainda não ter sido informada oficialmente de quem substitui o antigo coordenador e na incerteza sobre o papel do Instituto Camões. Por último, a Embaixada informou os conselheiros da “intenção de relançar o prémio inovação e de o 10 de Junho poder eventualmente ser celebrado numa localidade mais central para toda a comunidade portuguesa na Alemanha”. No final, o embaixador prometeu transmitir todas as preocupações ao Governo Português, tendo ficado agendado novo encontro já para o mês de Maio, uma vez que outras questões igualmente importantes não chegaram a ser abordadas.


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Nacional e Comunidades

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Cavaco Silva em visita de Estado à Alemanha entre 03 e 06 de Março O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, realiza entre 03 e 06 de Março uma visita de Estado à Alemanha, onde irá conhecer as sedes da Siemens e da Volkswagen, além de se encontrar com a comunidade portuguesa. De acordo com a Presidência da República, a visita de Estado, a convite do Presidente Horst Köhler, irá iniciar-se em Berlim, onde Cavaco Silva terá encontros com o chefe de Estado alemão, com a Chanceler Angela Merkel, com o Presidente do Parlamento, Norbert Lammert, e com o Burgomestre da Cidade-Estado de Berlim, Klaus Wowereit. Além da vertente institucional, o programa da visita de Estado compreenderá ainda eventos de natureza económica, entre os quais os “Encontros Empresariais

Alemanha/Portugal”, promovidos pela AICEP e pela Federação das Câmaras de Comércio da Alemanha, em Berlim. Nesses encontros, os mais de 30 empresários que irão integrar a comitiva presidencial terão, então, oportunidade de manter “contactos com os seus congéneres alemães, com vista ao reforço das relações comerciais e de investimento entre os dois países”. Ainda em Berlim, o Presidente da República irá inaugurar as exposições “Manoel de Oliveira”, dedicada à obra do cineasta português, e “Portugal fora de Portugal”, sobre arquitectura contemporânea portuguesa no mundo. Um jantar e um concerto de fado, iniciativas que integram a campanha internacional de promoção turística de Portugal, completarão o programa presidencial em Berlim. Já em Munique, o chefe de Estado terá um encontro com o ministro presidente do Estado da Baviera e irá visitar a sede da Siemens A.G, empresa que detém vários investimentos em Portugal. De Munique, Cavaco Silva se-

guirá para Osnabrück, no Estado da Baixa Saxónia, onde irá visitar a sede da Volkswagen, “empresa responsável pelo maior investimento estrangeiro alguma vez efectuado em Portugal”. Depois de um almoço oferecido pelo presidente da Câmara de Osnabrück, o Presidente da República visitará a autarquia daquela cidade. Mais tarde, na companhia do Presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pöttering, Cavaco Silva irá falar sobre o futuro da Europa aos estudantes da Escola Secundária Ursula Schule de Osnabrück. Ainda antes do regresso a Portugal, o chefe de Estado e a mulher irão oferecer à comunidade portuguesa um concerto da fadista Kátia Guerreiro, seguido de uma recepção. Além do grupo de mais de 30 empresários, acompanharão ainda o Presidente da República nesta visita de Estado vários membros do Governo, nomeadamente o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, assim como representantes dos grupos parlamentares da Assembleia da República.

Professores de português no estrangeiro preocupados com mudança de tutela para MNE A Fenprof saiu „preocupada“ da reunião no Ministério da Educação com a incerteza do que vai acontecer aos professores afectos ao Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) quando a tutela passar para o Ministério dos Negócios Estrangeiros „Abre-se um escuro imenso porque os professores não sabem como vai ser o regime de concursos, os contratos ou o sistema de saúde, por exemplo“, disse à Lusa o secretáriogeral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, à saída da reunião com o Ministério da Educação (ME), que durou perto de hora e meia. No entender do líder da Fenprof, com a passagem da tutela dos professores do EPE do Ministério da Educação para o Ministério dos Negócios Estrangeiros antes do próximo concurso de professores, em Setembro, o Governo está a tomar uma decisão que traz „alterações profundas“ pouco tempo antes das

próximas eleições legislativas. „Seria de bom tom não fazerem antes de Outubro uma coisa que não fizeram durante quatro anos e que agora querem fazer a um mês das eleições“, defendeu Mário Nogueira. Consequentemente, adiantou o sindicalista, a Fenprof vai mandar um ofício ao Ministério dos Negócios Estrangeiros exigindo uma reunião com carácter urgente para perceber o que é que o MNE pretende fazer sobre os professores do EPE. Mário Nogueira lembrou ainda que esta é a segunda vez que a tutela do EPE passa para o MNE e sublinhou que com esta decisão „há um prejuízo evidente“ para os professores porque o MNE não é uma tutela pedagógica, o que traz „uma perda clara de matéria pedagógica“ e „uma perda nos objectivos do próprio ensino“. A revisão salarial é outro dos problemas que afecta os docentes do EPE, cujos ordenados não são revistos desde 2006. Sobre esta matéria, Mário Nogueira adiantou que o ME apresentou uma proposta de actualização

salarial de 2,9 por cento para 2009. No entanto, como apontou o líder da Fenprof, esta actualização salarial deixa de fora os anos de 2006 e 2007 e só conta com o valor salarial de 2008. „Vamos apresentar uma contraproposta porque o valor de 2008, sobre o qual querem contabilizar a actualização de 2,9 por cento, não sofre actualizações desde 2006“, explicou.Por outro lado, no que diz respeito à contagem do tempo de serviço dos docentes do EPE que estão no quadro e trabalham no estrangeiro em regime de licença sem vencimento, a Fenprof aproveitou para exigir do ME que o tempo de ensino no estrangeiro seja contabilizado na progressão nas carreiras. Sobre esta questão, Mário Nogueira revelou que o presidente da Comissão Negociadora disse não se ter apercebido desse erro e deixou a garantia de que será resolvido. Por fim, a Fenprof deixou ainda a exigência que todos os professores do EPE que estão em regime de licença sem vencimento possam, se assim o entenderem, concorrer no concurso nacional, em 2013.

Consulados Alemanha sem recenseamento eleitoral desde Outubro Os consulados de Portugal na Suíça e na Alemanha estão desde Outubro sem condições para fazer o recenseamento eleitoral dos emigrantes, alertou o deputado do PSD pelo círculo da Europa, Carlos Gonçalves. „Neste momento, não há recenseamento eleitoral na Suíça e na Alemanha“, disse o deputado à chegada a Lisboa, depois de ter visitado aqueles dois países. De acordo com Carlos Gonçalves, a „aplicação do novo sistema (informático nos consulados) deveria estar a funcionar desde Outubro“. Neste momento, os funcionários consulares na Suíça ou na Alemanha „não estão em condições de efectivar a inscrição”, pelo que, quem se quiser recensear fica „condicionalmente inscrito“. „Se houvesse uma eleição agora, não poderiam votar“, afirmou.Em declarações à imprensa, Carlos Gonçalves disse também que „é lamentável que este problema se coloque quando ainda há bem pouco tempo se discutia a questão do voto“. O deputado mostrou-se ainda convicto de que a falta de condi-

ções para se fazer o recenseamento eleitoral „deve acontecer em todo o mundo“. Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades disse não ter „conhecimento de nenhuma anomalia, quer na Alemanha, quer na Suíça“. „Não recebemos nenhuma informação dos consulados ou das embaixadas sobre essa matéria“, acrescentou. Referindo-se em particular à Suíça, o social-democrata destacou o a crescente „chegada de portugueses nos últimos tempos“. „Há uma grande preocupação com estes portugueses que vão à procura de trabalho e o Estado não pode esquecer-se que tem responsabilidades no apoio social. Não estou a referir-me a ajudas monetárias, mas na informação do plano legal, os direitos que têm e de que forma devem procurar trabalho“, disse o deputado. Carlos Gonçalves criticou ainda o pouco apoio que o Governo dá às associações portugueses na Alemanha, afirmando que o movimento associativo naquele país „é forte“, mas que „tem sido esquecido“.

Consulado de Macau é o primeiro a emitir Cartão do Cidadão O Cartão do Cidadão já está disponível no consulado de Portugal em Macau, que se torna assim o primeiro posto a ter aquele documento, revelou o secretário de Estado das Comunidades. De acordo com António Braga, seguem-se os postos do Rio de Janeiro (Março) e de Londres (finais de Março). „É mais um serviço para os cidadãos no estrangeiro à imagem e semelhança dos serviços que se prestam em Portugal“, disse o secretário de Estado. Tal como no passaporte electrónico, os consulados portugueses vão recolher os dados dos cidadãos, sendo o cartão único de identificação emitido em Lisboa. O Cartão do Cidadão nos consulados foi anunciado em Fevereiro de 2007 e, segundo a portaria que regula as condições de instalação dos serviços de recepção dos pedidos daquele documento, deveria ter chegado aos postos consulares até Julho de 2008. De acordo com a Agência para a Modernização Administrativa, o atraso deveu-se às „situações infra-

estruturais muito diferentes que se encontraram em cada um dos consulados“, que „obrigaram à definição de soluções caso a caso, para garantir um serviço universal de elevada qualidade e segurança“. O documento custará 12 euros e 35 euros se for com entrega urgente. O Cartão de Cidadão integra-se na estratégia de modernização e simplificação administrativa e enquadra-se na política comunitária de identificação electrónica e de protecção de dados pessoais. Com um formato semelhante ao dos cartões de crédito e Multibanco, o novo documento de identificação inclui na frente a fotografia, assinatura, sexo, altura, data de nascimento e nacionalidade do titular. No verso consta a filiação, os vários números de identificação e uma zona de leitura óptica, que permitirá o seu uso como documento de viagem no espaço Schengen. O cartão é dotado ainda de um „chip“ com dois certificados digitais que permitem a autenticação electrónica segura do cidadão e a assinatura digital qualificada sobre documentos electrónicos.


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Nacional e Comunidades

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Comentário António Justo

Governo prepara-se para fechar o consulado em Frankfurt? Frankfurt é o entroncamento global de passageiros, mercadorias, dados electrónicos e dinheiro. Daí o seu carácter e interesse logístico a nível internacional reconhecido mundialmente. Frankfurt é sede de 102 representações diplomáticas. O maior consulado de Frankfurt é o da USA com 900 empregados. Se Berlim é o centro político Frankfurt é o centro financeiro. A atracção de Frankfurt deve-se à sua situação de entroncamento internacional e ao facto de ser o centro internacional das finanças e de Serviços internacionais. Frankfurt tem também a fama de ser um centro importante da diplomacia. Numa altura em que se verifica uma aposta acrescida em Frankfurt por outros países como EUA com as suas novas instalações ,a Rússia com a abertura do seu Consulado e o Japão transferindo os seus interesses económicos de Düsseldorf para Frankfurt, não esquecendo a deliberação também da Espanha da abertura do Cervantes, a decisão de Portugal de despromover o Consulado-Geral de Frankfurt a vice-consulado e depois talvez a Escritório Consular, em benefício doutras cidades alemãs, não parece racional nem estrategicamente compatível com os interesses nacionais. O Governo afirma que os Consulados não existem só para servir as

Comunidades. Naturalmente que um posto de Cônsul é realmente demasiado caro e só se justificará com base na sua rentabilidade traduzida em iniciativas económicas e culturais. Frequentemente representações diplomáticas têm sido espaços livres para o caruncho partidário. É verdade que no passado quem tem aguentado o consulado tem sido a senhora Vicecônsul. A presença ou ausência de cônsules que por lá têm passado talvez tenha sido notada quase exclusivamente nas despesas de estado. Está prevista para breve a aposentação da senhora Vice-Cônsul. Oxalá os critérios de escolha sejam baseados num perfil de pessoa produtiva e rentável e não em mais uma ocupação partidária tecida entre sindicatos e secretarias de estado. Se ainda não houver um perfil novo para chefes de postos diplomáticos seria

realmente melhor reduzi-los ao que têm sido: meros centros de documentação, não precisando para isso de altas personalidades sorvedouras dos dinheiros públicos. Observa-se uma incoerência do governo nas suas decisões. O que não se descortina é um conceito de reorganização base. Surge tudo como medidas ad hoc para reduzir gastos. Necessitam-se estratégias que aproveitem os recursos económicos e humanos disponíveis e os façam render a 150%. Os interesses económicos de Portugal defendem-se com diplomatas preparados e interessados e com meios financeiros, mas acima de tudo com fantasia. Num centro diplomático é prioritária a criação duma rede de relações pessoais. Criar laços de amizade, em particular com as autoridades alemãs para potenciar daí as

suas acções. A aposta do Governo apenas na burocracia administrativa cada vez mais longe do cidadão é testemunhável no Consulado de Frankfurt. Primeiro deitou os professores e as comissões de pais ao abandono discriminando-os e por fim na maneira injusta e desumana como tratou o Dr. Silvério Marques, chefe dos serviços de financeiros e de ensino, depois de 27 anos de serviço, cuja competência reconhecida por todos e em particular pelas autoridades escolares alemãs com quem sempre teve um relacionamento exemplar , não prolongando o seu destacamento e arrumando o ensino para a dependência de Düsseldorf. Que o Governo português trate mal os emigrantes é compreensível atendendo à mentalidade dominante em Lisboa. Que trate da maneira que tratou o Dr. Silvério Marques, um servidor puramente empenhado nos interesses da administração e do governo português, é que não dá para entender, atendendo à filosofia centralista administrativa. Precisamente, numa fase em que a sua situação de saúde familiar exigia maior estabilidade, é-lhe negada uma tarefa na Alemanha, e, para mais, numa altura em que se aumenta o pessoal administrativo na rede do ensino. Um Estado que trata assim os seus mais devotos multiplicadores desacredita-se a si mesmo. Durante a década de 80 era visível a colaboração activa entre professores, assistentes sociais, associações, repartições do ensino e dos serviços sociais, então sob a responsabilidade directa do Dr. Madeira e do Dr.

Matos. A desvinculação do Dr. Madeira e a transferência do Dr. Matos marca uma viragem radical na condução dos negócios públicos no estrangeiro, instalando-se a frieza, o desinteresse e o cinismo duma administração cada vez mais fechada nela mesma. Sou dos tempos em que os professores se dirigiam ao Consulado Geral de Frankfurt para, em conjunto, programarem as aulas e trocarem experiências profissionais e estratégias de apoio às associações. Outros, como eu, a duzentos e mais quilómetros de distância faziam-no com entusiasmo apesar da deslocação e alimentação serem à própria custa. Isto era possível devido à colaboração e espírito de serviço e confiança que reinava então entre professores, administração e comunidades. Naquela época trabalhavam todos com entusiasmo para o mesmo fim. As cúpulas da administração passaram a desprezar os funcionários que andam com as mãos na massa. A nomenclatura acentua-se e com ela uma classe que se serve a pretexto de servir. Sei que isto tem a ver com o espírito burocrático centralista da União Europeia mas em desabono das comunidades locais. Chega a ter-se a impressão da vontade política querer afastar da memória e do serviço aquelas pessoas que trabalharam entusiasticamente para o bem de Portugal e dos emigrantes, optando-se pela colocação de pessoas inocentes, mais apropriadas para uma administração maleável e carente, versada para o interesse político ocasional. Publicidade

650 portugueses mudam de nome Todos os anos, cerca de 650 pessoas resolvem mudar de nome. Insatisfeitas com a decisão dos pais e dos padrinhos ou até por uma maior realização pessoal, centenas de homens e de mulheres recorrem às conservatórias em busca de uma nova identidade. De acordo com os dados do Instituto dos Registos e do Notariado, „a média anual dos pedidos de mudança de nome é de 650 e tem—se mantido estável“. A falta de identificação é a principal razão para a mudança de nome próprio. No entanto, nem sempre se trata apenas de uma questão de gosto pessoal. Cidadãos portugueses, nascidos no estrangeiro, por exemplo, também decidem alterar o nome, procurando aportuguesar a composição do mesmo. „É o caso de pessoas que adquiriram a nacionalidade portuguesa e que, passado algum tempo,

pretendem conformar o seu nome com as regras portuguesas“, afirmou fonte do Instituto dos Registos e Notariado, explicando que isto „sucede em relação aos países em que há o costume de colocar o nome que para nós seria o apelido do pai como primeiro nome próprio [China e Índia, por exemplo]“. Outra situação recorrente para se proceder à mudança do nome, esclarece a mesma fonte, está relacionada com a vontade de alguém pretender „incluir no nome o apelido pelo qual a família é mais conhecida na região onde se reside“. A adequação de apelidos entre irmãos, com apelidos diferentes, também é uma das razões mais frequentes para a alteração do nome. Em Novembro do ano passado, António Rocha foi capa de jornais pela inclusão de Camelo no nome. O

empresário de restauração de Viana do Castelo concluiu com sucesso um longo processo burocrático para recuperar o apelido da mãe Judite Camelo. Para isso, António Martins da Rocha Camelo teve de gastar 1300 euros. Os nomes próprios mais registados em Portugal são José e Maria, sendo que o apelido mais frequente é Silva. Apesar das inúmeras possibilidades, os portugueses continuam a demonstrar algum conservadorismo na escolha dos nomes para os filhos. Desde o ano 1900, Portugal já conheceu 2 420 829 crianças, cujo nome próprio é Maria. Com muito menos registos (6067), por exemplo, surge Luciana. A abertura de fronteiras e a televisão têm sido responsáveis pelo aumento de nomes pouco comuns. O Instituto dos Registos e do Notariado tem uma lista dos vocábulos admitidos ou não-

admitidos como nome próprio. Entre os nomes submetidos a avaliação e não-autorizados pela Conservatória dos Registos Centrais encontra-se Zuzidine, Reduzindo ou até Luís de Camões. O futebol é um a paixão e muitos pais não resistem à tentação de atribuir aos filhos o nome das principais estrelas. Coincidência ou talvez não, desde 1985 – ano de nascimento de Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro –, 56 crianças foram registadas em Portugal com os mesmos nomes próprios do astro do Manchester United. Também Luís Figo, actualmente ao serviço do Inter de Milão, já foi influência para um casal que atribuiu o mesmo nome ao filho. A criança nasceu em 2002, precisamente um ano após o ex-internacional português ter recebido o prémio de Melhor Jogador do Mundo atribuído pela FIFA.


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Opinião

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Cristina Krippahl

Não voto

O

Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, vetou uma lei aprovada pela maioria parlamentar socialista, que previa a abolição do voto por correspondência dos emigrantes nas eleições legislativas. O Chefe de Estado não correspondeu à avaliação socialista, segundo a qual os emigrantes são todos atrasados mentais incapazes de entender o conceito básico da democracia, abandonando o seu direito de voto ao primeiro que se ofereça para lhes levar a carta ao correio. Obrigar os emigrantes ao voto presencial, o que para muitos significara longas deslocações, foi a receita encontrada pelo PS para nos impedir de votar. É claro que não terá passado despercebido ao partido no Governo – nem a Cavaco Silva, claro - que o PSD ganha com simpática regularidade a maioria dos votos reservados aos deputados para a emigração. Do ponto de vista do PS, é compreensível que esta opção apareça

como um atestado de imaturidade política. Infelizmente para o PS, a constituição portuguesa não prevê restrições nas escolhas partidárias dos emigrantes. Seja quais tenham sido os seus motivos, o Presidente fez muito bem em vetar uma lei que chama imbecis a cinco milhões de portugueses. Mas o verdadeiro escândalo é outro. E esse, também Cavaco Silva não parece interes-

Mas o verdadeiro escândalo é outro. E esse, também Cavaco Silva não parece interessado em resolver. Refiro-me ao voto de terceira classe reservado aos emigrantes «generosamente» convidados a escolher quatro chamados «deputados pela emigração» de entre um mar de 270.

sado em resolver. Refiro-me ao voto de terceira classe reservado aos emigrantes «generosamente» convidados a escolher quatro chamados «deputados pela emigração» de entre um mar de 270. O princípio fundamental de «um voto por pessoa» alicerçado em qualquer democracia que se preze, não se aplica aos emigrantes portugueses. E não se pense que pelo menos estes quatro deputados se dedicam de corpo e alma às múltiplas preocupações das comunidades lusas no mundo. Basta visitar a página Online do Parlamento Português e pesquisar as actividades dos nossos representantes para chegar à conclusão que o número de horas que tantos afazeres noutras áreas lhes exigem não lhes deixa muito tempo para o empenho pelas causas dos emigrantes. O facto da maioria de nós desconhecer até o nome destes deputados também é sintomático para a relevância do seu papel no nosso dia-a-dia. De modo que, feitas as contas

e farta de ser tratada como portuguesa de segunda, decidi não votar. Em Portugal claro. Porque voto sempre e sempre votarei na Alemanha. E só posso apelar para todos os meus compatriotas para fazerem o mesmo. Neste país não há eleitores de primeira e de segunda. As eleições autárquicas e europeias estão abertas a todos os cidadãos da União Europeia. Quanto às legislativas a nível federal e federado, basta requerer a cidadania alemã para adquirir o direito de contribuir activamente para o seu futuro e o dos seus filhos através da imprescindível intervenção política. Um passo tanto mais fácil de dar, quanto a cidadania dupla é perfeitamente viável. De resto, valerá realmente a pena continuamos toda a vida apegados sentimentalmente a um papel que nos diz portugueses, se lá insistem em não nos levar a sério? Tanto mais que não é um papel que faz de nós isto ou aquilo: é a língua, é a cultura, é a família e é a vivência. A cidadania

alemã não nos obriga a abandonar as nossas raízes. E como eleitores teremos finalmente acesso aos políticos alemães que hoje decidem por sobre as nossas cabeças se financiam ou não aulas de português para os nossos filhos, para mencionar apenas um exemplo entre muitos. Para quê então desperdiçarmos mais o tempo a fingir que o nosso voto conta para alguma coisa em Portugal? P.S. Segundo divulgou o Banco Central Português, os únicos excedentes no Orçamento de Estado português altamente deficitário registam-se nas balanças de capital e de transferências correntes que incluem as remessas de emigrantes (2,5 mil milhões em 2008) e os apoios financeiros da UE. Os tais emigrantes que não têm voto na matéria. Quanto tempo mais passará, até que os políticos portugueses compreendam que a pertença de um país à Europa moderna não se mede apenas pelo número de auto-estradas?

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PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Celebrar o 40° aniversário para acelerar o futuro José Lima Pereira, espinhense de alma e coração, presidente do Centro Desportivo Português de Estugarda, falounos do 40° aniversário da sua colectividade, a realizar no Pavilhão de Stuttgart-Ost, a 14 deste corrente mês. Apostaram forte nos artistas: Quim Barreiros, como principal figura da Festa, secundado pela Banda Atlantis, o mais profissional e exuberante dos conjuntos lusos criados no Baden-Wurttemberg , a que se junta o Grupo de Dança JoLiNa. Tudo se conjuga, sem sombra de dúvidas, para que a colónia lusa possa ter a ocasião rara de ver um dos maiores e mais genuínos dos artistas portugueses vivos. O presidente do Centro revelou-nos que , sob a sua orientação,

Festa

a Colectividade desfruta agora de um superavit no Banco; que os sócios crescem a boa média e a Juventude irá ter meios técnicos para se enraizar na vida da Colectividade. O C.P.Desportivo de Estugarda é uma das mais antigas associações portuguesas da Alemanha. O seu historial é brilhante, exemplar e fecundo: escol muito diversificado de aguerridos fundadores, de todas as tendências políticas , construíram uma Colectividade de renome e prestígio. Contudo, a última década produziu uma hemorragia de quadros-fundadores e o ritmo de renovação e modernidade estiolou-se. O fecho do Centro esteve iminente em 2006,como sinalizámos a seu devido tempo, claro.

40° Aniversário do Centro Desportivo de Estugarda

14 Março pelas 18 horas Quim Barreiros Banda Atlantis e Dança Rítmica JoLiNa

Pavilhão Multi-usos Schönbülstr. 90 Stuttgart-Ost

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Comunistas portugueses insurgem-se contra despromoção do Consulado em Frankfurt

Lima Pereira e a sua direcção souberam vencer os imponderáveis. E sonham com o futuro. Instalações com preço módico possibilitam um espaço agradável para os cerca de 60 actuais sócios. A instalação de Internet e a constituição de uma equipe de futebol infantil são lances de uma estratégia programada para o médio prazo. O Centro vai tentar levar a cabo um desafio de Veteranos com elementos de todas as Colectividades da cidade, por certo no arranque da próxima Primavera. Uma boa Biblioteca e o acesso privilegiado à Net podem constituir alavancas decisivas para a consolidação de um recomeço/renovação de grande impacto. F.Almeida Ribeiro

Quim Barreiros “triza” em festas do Centro De seu nome completo, Joaquim de Magalhães Fernandes Barreiros, o super-popular Quim Barreiros, leva já mais de 35 anos de vida artística. Sempre a subir, com uma alacridade e supina ironia. Figura nacional incontestável, ombreia com os „ monstros sagrados „ da música e da revista portuguesa, tais como,Raúl Solnado, António Manuel Ribeiro, Rita Guerra, Rui Reininho, Rui Veloso, José Cid e Fernando Pereira, entre muitos outros de primeiro plano. Um caso sério de vitalidade e performance para o minhoto de Vila Praia de Âncora, sua base operacional de sempre. Tendo calcorreado todas as grandes plateias das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo Mundo, Quim Barreiro tornou-se figura incontornável e insubstituível das Queimas das Fitas dos estudantes universitários portugueses de Norte a Sul de Portugal, desde princípios doa anos 90. Na última Queima do Porto, em Maio de 2008, Quim Barreiros actuou com redobrada impertinência para um auditório conjunto de mais de 40 mil pessoas. Em êxtase e plenitude, como é evidente! Os três últimos Cd´s- A Padaria(2006)-Use Álcóol (2007) e Fui Acudir(2008), constituem marcos indeléveis da sua arte suprema de dizer a brincar coisas decisivas…

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O Organismo de Direcção dos Comunistas Portugueses residentes na Alemanha, ODN, enviou um comunicado à redacção do PORTUGAL POST insurgindo-se contra a “despromoção do Consulado Geral em Frankfurt e o não comprimento da promessa do Governo da passagem do escritório consular de Osnabrück a Vice-Consulado”. No comunicado, os comunistas consideram “indispensável que o Governo do PS cumpra promessas feitas quanto ao funcionamento dos serviços consulares”. O PCP acusa o Governo de deteriorar e agravar política do Governo para as comunidades portuguesas “com incidência na degradação da situação nos postos consulares onde a falta de funcionários habilitados a assinar e executar importantes actos consulares se faz sentir cada vez mais”. Acusando o Governo de fazer demagogia em torno do chamado “consulado virtual”, os comunistas portugueses na Alemanha dizem que “se está perante mais um fiasco do actual Governo na medida em que todos os actos consulares importantes exigem a presença no respectivo posto consular onde os utentes se encontram inscritos e são impossíveis de resolver através da internet”. O PCP alerta ainda para aquilo que diz ser “as incertezas em relação ao futuro do ensino do português, particularmente no que respeita à substituição de professores aposentados”. “Num período tão decisivo para o

recenseamento eleitoral, com vários actos eleitorais a realizar este ano, verifica-se o bloqueamento do recenseamento eleitoral. As alterações introduzidas na Lei do recenseamento vieram dificultar ainda mais a inscrição nos cadernos eleitorais dos portugueses residentes no estrangeiro; à falta de informação, acresce a ausência de linhas de orientação concretas que permitam e facilitem a inscrição nos cadernos de quem desejar exercer o seu dever cívico”, refere também o comunicado. Lembrando as celebrações dos 88 anos de existência do PCP a festejar este mês. o ODN faz um apelos aos seus membros “e à comunidade portuguesa na Alemanha para que celebrem condignamente o aniversário do PCP e os 35 anos da Revolução do 25 de Abril, datas fundamentais da luta pela democracia e a liberdade em Portugal”. O comunicado termina com a divulgação de uma festa dos comunistas portugueses residentes na Alemanha a realizar este ano, pela primeira vez em Leverkusen no fim de semana 19/20 de Setembro para a qual o PC convida toda a comunidade portuguesa .

Bistro o Nosso Café Portugueses têm ponto de encontro em Witten Os portugueses da cidade Witten orgulham-se com a abertura de mais um ponto de lazer denominado “Bistro o Nosso Café”, situado na rua principal (Hauptstrasse. 63) daquela cidade. A inauguração do local teve lugar no final de Janeiro último tendo os anfitriões, a dona Adília e senhor Rocha, muito que fazer devido à casa cheia que tiveram nesse dia. Tal como os portugueses e gente de outras nacionalidades amigos da cultura portuguesa, também nós fomos arrastados pela onda a fim de conhecermos o local. Já lá, tivemos o prazer de conversar com a Dona Adília que muito simpaticamente nos disse “que com abertura do Bistro nosso café, os portugueses poderão festejar os seus aniversários, baptizados e outras festas que serão animadas por grupos musicais portugueses. Este local é a continuação do antigo café que tivemos durante cerca de 15 anos”.

Apesar das actuais dificuldades com que a gastronomia enfrenta, fruto da crise económica, os donos do Café estão bastante optimistas quando ao futuro do seu novo estabelecimento comercial. O Bistro nosso Café tem uma área de 200 metro quadrados divididos em três salas: uma para festas, uma sala de refeições e o bar que se encontralogo na entrada. K.Ngingas

Bistro O Nosso Café Hauptstr.65 - 58452 Witten


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Associação Portuguesa Sanjorgense e. V em Düsseldorf tem nova Direcção

Polícia continua sem pistas sobre português desaparecido em Berlim

Realizaram-se no dia 18 de cios presentes, de que era impe- tinuasse a gerir. Janeiro de 2009 as eleições para riosa uma saída favorável, caso Quanto à direcção cessante, os novos corpos directivos da As- contrário a situação poder-se-ia ficou bem demonstrado que esta sociação Portuguesa Sanjorgense tornar complicada. Ocasiões não se poupou a esforços. As ace. V , (APS) em Duessledorf, para houve nesta associação em que as tividades que ao longo do ano o ano de 2009. Um acto, de foram desenvolvidas seu nome eleitoral, já que eram notáveis e transmieleições há muito que se não Para o ano de 2009 a constituição dos órgãos tiam o reflexo do dinamismo realizam. Como não foram directivos é a seguinte: e de um trabalho árduo. Um apresentadas Listas nem candos responsáveis e estimuladidaturas individuais para su- Mesa da Assembleia Geral dores, tanto pelo trabalho dePresidente: José Paulo B. Antunes frágio, Paulo Barata, senvolvido como pela Vice-Presidente: António Manuel Ramos Baptista presidente da Mesa da Asformação da nova direcção, é Secretária: Manuela Genro Gonçalves sembleia Geral apelou a Direcção:Presidente: João Gonçalves Antunes o (incansável) reeleito presitodos os sócios presentes que Vice-Presidente: Jorge Manuel de Jesus dente da direcção, João Gonse mobilizassem no sentido Vice-Presidente Grupo de Cantares: Graça Antunes Ramos çalves Antunes. Mais de se formar uma Direcção Vice-Presidente Banda Filarmónica: Joaquim Moreira da Silva conhecido por João Ministro. para não prejudicar a conti- Secretário: Marina Covita Financeiramente, por ranuidade da associação. zões óbvias não se divulga Vice-Secretário: Maria José Monteiro Brás Refira-se que esta asso- Tesoureiro: Alberto Dias Genro aqui o Saldo positivo da asciação conta com mais de Vice-Tesoureiro: João Alves Covita sociação, mas podemos afir140 sócios, mas pouco mais Conselho Fiscal: Jorge Jesus Ramos mar que está de saúde e de 50 estiveram presentes na António Brás Pereira recomenda-se. Em tempos última assembleia geral. Um Vogais: Anabela Batista Monteiro difíceis e de enorme crise reparo que suscitou alguma Helena Alves, Sandra Vicente Pereira,Fátima Albino Matias geral, se não tivesse havido discussão foi o facto de muito trabalho e contenção, alguns sócios que assiduamente dificuldades para se encontrarem os resultados seriam certamente frequentam a associação, nunca elementos disponíveis e suficien- outros. Com o novo elenco, nada terem feito parte dos órgãos di- tes para a formação dos respecti- indica que este ano seja diferente rectivos, e no dia da assembleia vos órgãos sociais, foram maiores. do anterior, assim os sócios sainão aparecem na associação. No entanto, e ao fim, de quatro bam contribuir e apoiar a nova diNão foi fácil a tarefa do presi- horas de trabalhos, alívio geral, a recção. José Pinto dente da mesa, para motivar os só- APS tinha finalmente quem a con-

As autoridades alemãs continuam sem pistas quanto ao desaparecimento de um engenheiro português em Berlim, a 10 de Janeiro, apesar dos consideráveis meios envolvidos nas investigações, disse o director nesta área da polícia criminal berlinense. “Ultimamente, investigámos o meio profissional em que Afonso Tiago estava inserido, voltámos também a interrogar alguns amigos e conhecidos, sem no entanto termos conseguido recolher novos indícios significativos”, referiu o inspector Hans-Joachim Blume. As diligências policiais junto do gerente e de outros funcionários da Active Space Technologies, filial berlinense de uma empresa de Coimbra onde o jovem engenheiro mecânico estava a concluir um estágio, destinaram-se a averiguar a hipótese de ele ter sido vítima de um rapto, se fosse eventualmente detentor de segredos que estivessem sob a mira de espionagem. Segundo Blume, a polícia, que envolveu no caso entre 15 a 20 investigadores quase a tempo inteiro, concluiu, no entanto, que esta hipótese é praticamente de excluir. Na verdade, o jovem licenciado “estava a desempenhar tarefas relativamente simples, na base da hierarquia” da empresa, sublinhou o inspector alemão. Esta informação foi confirmada pelo gerente da empresa, Ricardo Nadalini, para quem as tarefas confiadas a Afonso Tiago “exigiam conhecimentos e um alto nível e envolvimento, mas não tinham nada de secreto, é um trabalho que um graduado com seis meses de experiência pode fazer”. O desaparecimento continua assim envolto em mistério, não só porque Afonso é tido como pessoa muito responsável, com uma carreira profissional brilhante pela frente, “mas também porque não há indícios nenhuns de que tenha havido um crime”, disse Blume . O inspector berlinense adiantou que a polícia solicitou entretanto, a nível judicial, autorização para consultar o sistema de vídeo-vigilância do multibanco junto ao qual Afonso se despediu às 03H40 da madrugada de 10 de Janeiro de um amigo que tinha estado com ele num bar, dizendo-lhe que ia para casa, onde nunca chegou. “Tentaremos assim obter indicações mais precisas sobre a direcção que Afonso Tiago tomou quando se separou da última pessoa conhecida a vê-lo”, explicou o inspector. Além disso, a polícia solicitou também autorização para recorrer a meios mais modernos destinados a localizar os dois telemóveis que Afonso Tiago tinha consigo, um de um operador português e outro de um operador alemão.

PSD - Alemanha anuncia criação de núcleo em Hamburgo O PSD – Alemanha anunciou a criação do núcleo do PSD na CidadeEstado de Hamburgo. Aquele partido sublinha a importância da comunidade portuguesa residente naquela cidade que justifica “que o PSD assumisse também naquela região as suas responsabilidades no sentido de contribuir para a defesa dos interesses dos portugueses ali residentes”, diz um comunicado enviado à nossa redacção. A nova estrutura foi criada em plenário no qual estiveram presentes deputado Carlos Alberto Gonçalves e o Presidente da Comissão Política do PSD - Alemanha Artur Amorim. Segundo o PSD, o núcleo dos social-democratas “é composto por um conjunto de militantes com reconhecido mérito no contacto com a nossa comunidade e cuja motivação é a melhor garantia para a concretização dos Membros do Núcleo do PSD/Hamburgo: Presidente Mário Viana Vice-Presidente – Jorge Figueiredo Vice-Presidente – José Barreto Secretário Jorge Valdoleiros Tesoureiro – Cândido Alves Vogal – Elda Monteiro Vogal – António Monteiro Vogal – Rui Maia Vogal – Manuel Sequeira

Os militantes do núcleo do PSD em Hamburgo. Foto: Fernando Soares objectivos definidos” Na reunião de Hamburgo, “a participação cívica e política da nossa comunidade, o ensino da língua portuguesa, os serviços consulares, associativismo e a afirmação do núcleo no seio das estruturas do PSD Emigração foram as temáticas em discussão”. No comunicado, o PSD Alemanha salienta “o trabalho político nas comunidades portuguesas como essencial para a afirmação dos portu-

gueses residentes no estrangeiro, no plano político nacional onde, infelizmente, não são devidamente reconhecidos mas considera, igualmente, que o seu contributo na elaboração de políticas destinadas a esta área podem ser determinantes na ligação destes nacionais ao seu País”. O PSD anuncia ainda que vai continuar o seu trabalho de reorganizar o partido na Alemanha “para bem dos portugueses aqui residentes mas, sobretudo, para bem de Portugal”.

As investigações já feitas neste sentido permitiram constatar que os dois telemóveis foram registados pela última vez nas imediações da estação ferroviária de Ostbahnhof e de uma ponte sobre o rio Spree que Afonso teria de atravessar no caminho a pé para casa. A polícia, no entanto, quer agora ir mais longe e tentar localizar os telemóveis, independentemente do cartão de operador com que estão a ser utilizados, e de estarem ou não ligados, processo mais sofisticado, que também por isso requer autorização judicial. “Queremos excluir a possibilidade de que os telemóveis que ainda estejam a ser utilizados”, explicou o inspector Blume. As buscas no Rio Spree com mergulhadores, iniciadas há algumas semanas, foram interrompidas devido à baixa temperatura das águas, que continua perto dos zero graus centígrados, e também à má visibilidade, que não permite ver mais do que a um metro de profundidade. “Temos de partir do princípio que Afonso Tiago sofreu um acidente, mas também não podemos garantir inteiramente que foi isso que aconteceu”, afirmou o director do departamento de delitos sobre pessoas da polícia criminal berlinense. A família e os amigos de Afonso Tiago, que são de Oliveira de Azeméis, colocaram milhares de cartazes e distribuíram folhetos em Berlim com a fotografia do jovem engenheiro, para tentar obter informações sobre o seu paradeiro, até agora sem resultados. A imprensa alemã, sobretudo a televisão regional de Berlim, mas também vários jornais de expressão local e nacional, têm falado também regularmente sobre o caso, noticiado ainda nos ecrãs das carruagens de “Metro” de Berlim, que cobre quase toda a cidade. FA.


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Estivemos em Bamberg Jose Gomes Rodrigues Bamberg é uma cidade milenária que vale a pena visitar, algures na Baviera, entre Nuremberga e Würzburg. Foi classificada já há anos pela UNESCO como herança cultural da humanidade. Fica situada numa pequena colina da cidade medieval e quem sai da estação central fica atónito. As Igrejas antigas abundam e com uma arquitectura que nos deixa suspensos. Há quem chame a esta cidade a pequena Veneza alemã. Os seus canais, onde os barcos turísticos flutuam para os seus visitantes, proliferam. Os muitos restaurantes típicos e seculares situam-se na sua maioria sobranceiros aos canais e fazem invejar a Veneza italiana. A sua culinária especifica merece uma estadia mais prolongada. A cerveja que a caracteriza é para um médio provador, como eu, uma delicia. Outro elemento interessante nesta cidade é a presença da comunidade portuguesa. São poucos, mas têm umas características muito especiais que convém aqui relatar e realçar.

longa. Mas constituíram os seus piores dias. A sua maioria provem desse mesmo Vale, bem fornecido por gentes laboriosas. Eles brilham pela seu arreigamento às suas origens e tradições: Roriz, Negrelos, Vila das Aves, Santo Tirso, Felgueiras, são somente algumas zonas de onde provem os compatriotas que aqui se impuseram. A firma “Erbe” foi uma grande fábrica têxtil que os ocupou até 1994, altura em que fechou também esta as suas portas, pela concorrência desleal de outras paragens. Mas pouco depois e olhando à qualidade humana desses compatriotas, quase todos foram assumidos por outras empresas, tais como: a Michelin, a Bosch e outras médias e pequenas empresas. As senhoras portuguesas, como sempre, não têm tido mãos a medir. Ganharam a confiança das famílias alemãs mais conceituadas da cidade e as vão ajudando nas suas lides caseiras. No dizer do nosso interlocutor, o sr. Albino, uma personalidade de referência na comunidade, o número de portugueses estagnou e não sofreu qualquer alteração importante nos últimos dez anos.

COMUNIDADE LUSA Foi nos finais dos anos sessenta e inícios da década posterior que a cidade de Bamberg começou a fazer parte do vocabulário e da confiança de algumas centenas de compatriotas que ai rumaram à procura de melhores dias. Foram os tempos em que a industria têxtil no Vale do Ave tinha iniciado o declínio que ainda se pro-

ORIGENS O centro cultural dos portugueses, que tem sido o orgulho de todos, desde os mais jovens ao mais idosos. Toda a vida comunitária é centrada neste espaço. Em Maio de 1975 abriu as suas portas. A Caritas foi uma força que sempre esteve ao seu lado, na figura da sua, já reformada Assistente Social senhora Rosa Gracinda. O seu

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e valeu a pena! ção exemplar mutuo que não deixa de ser um enriquecimento para todos. O rancho folclórico, que em outros tempos foi um óptimo embaixador de Portugal neste canto da Baviera do Norte, esta momentaneamente parado por falta de acordeonista. O P. Joaquim, responsável pela Missão é considerado como da casa.

Albino Martins Ferreira timoneiro da comunidade nome é soletrado com muito carinho pelos interlocutores. Apesar do Centro se situar a dois bons quilómetros da cidade, é uma referencia, fácil de localizar. Moçambicanos, Angolanos, Brasileiros conhecem também o seu endereço e sentem-se como na própria casa. É em Gaulstadt. Ninguém necessita de se enganar para o encontrar. A pé, do centro da cidade antiga são dois bons quilómetros que se fazem num abrir e fechar de olhos. Não fosse a curiosidade a acelerar o passo. UNIÃO Uma característica também interessante e, digamos até singular na Alemanha, é nestas mesmas instalações que a Missão Católica tem o seu centro de actividades pastorais, desde a catequese, ao encontro de jovens, de senhoras ou famílias, grupo coral de adultos e infantil, entre tantos outros. É aqui que esta pequena mas viva comunidade tem as suas actividades. Existe um respeito e uma colabora-

GENTE

ABRIR AS PORTAS No Verão, o seu grande e verdejante jardim, adornado com bancos e mesas, bandeiras de diversas cores, sem esquecer a bandeira do estado da Baviera e do nosso verde e vermelho e completamente electrificado é um chamariz, não só para os vizinhos, mas para o povo alemão que a ele acorre deixando-se refrescar pelas “litradas“ de cerveja, como é usual na Baviera. Um longo túnel ainda da segunda guerra mundial serve não só de armazém, mas de excelente frigorifico. O próprio presidente da câmara da cidade já não é forasteiro, aparece muitas vezes para conviver com esta gente pacifica, ordeira e trabalhadora. Um grande ecrã televisivo dá vida nas tardes de futebol. INTEGRAÇÃO Numa época em que a integração é apregoada por todos os cantos, alguém se pergunta se este tipo de comunidade se revê nas actuais exigências sócio-politicas. A comunidade portuguesa é vista pelos vizinhos alemães como uma riqueza. As suas portas estão abertas para todos e estes vêm, pois sabem que são bem acolhidos. A participação politica na sociedade acontece. Apesar da fraca representatividade numérica, conseguiram com a sua união ter um representante no conselho de estrangeiros. No conselho da paroquia alemã tem também um representante eleito pelos alemães e portugueses. Os jovens lusófonos, alem de frequentarem os organismos da paroquia alemã, não deixam de marcar presença nos organizações portuguesas.

DIFICULDADES? São as mesmas que imperam, infelizmente, nas outras associações. Cada vez são menos os que querem tomar cargos directivos e de responsabilidade dentro da comunidade. Contudo ainda vão aparecendo. “Com jubilo averiguamos o surgimento de camadas mais jovens candidatos a esses cargos. Há algum tempo tomámos a decisão que cada sócio tem de dar parte do seu tempo livre e periodicamente nesta casa. Esta decisão foi assumida por quase todos e tem funcionado, sendo muito motivante”, diz Albino Martins Ferreira. O sr. Albino já perdeu a conta dos anos em que é timoneiro nesta casa. Vinte e dois ou vinte e três. É um homem empenhado e que se identifica com a estrutura. Procura que tudo funcione devidamente. Não tem medo das criticas. “Quem critica é o que nada faz. Eu não tenho tempo para ouvir essas criticas. Ouvi-las e dar-lhe importância, seria colocar-me no mesmo degrau de quem critica. A mim é me exigido responsabilidade e é o que do”. Nesta atitude sente-se bem e realizado. O seu BI parece ter sido falsificado, pois não aparenta a idade aí fixada. O seu tempo de emigração esta a esgotar-se. O seu tão ansiado regresso acontecerá ainda este ano. Calejado, mas feliz com o voluntariado que desenvolveu, espera em Portugal dedicar-se a apoiar, da mesma forma, uma agremiação nos moldes com que faz aqui. Tem consciência de que quem ganha com o voluntariado é quem o pratica. A sua experiência de décadas foi uma autentica escola. “ O dar-se sem medidas é um enriquecimento humano e cultural para quem se dá” conclui ele com um ar que deixa transparecer alegria e harmonia interior. Se for a Bamberg não perca esta ocasião. A direcção do centro é: Gaulstatter Hauptstr. 81 96049 Bamberg Tel.: 0951 62005.

Eleição

Durante a sua passagem por Berlim para actuar num espectáculo integrado na tournée que percorreu a Alemanha, a conhecida fadista Mariza encontrou-se com o embaixador português naquela cidade, José Caetano de Campos Andrade da Costa Pereira, e com Giselle Ataíde, responsável pelo Escritório de Representação da Caixa Geral de Depósitos em Berlim, banco que se tornou no patrocinador oficial dos espectáculos da fadista.

A Associação Portuguesa em Emesdetten realizou a sua assembleia anual para eleger os seus corpos gerentes para o ano 2009. Presidente da Mesa da Assembleia: António Cardoso Presidente da Direcção: José Carlos Sampaio Vice-Presidente: Henrique Manuel Nunes Secretário: Virgílio Ferreira Tesoureiro: O jovem Manuel Sampaio


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Entrevista

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Padre Albano Fraga A entrevista que publicamos nesta edição é com o Padre Dr. Albano Fraga, missionário responsável pelas diversas comunidades da grande diocese de Colónia que engloba as cidades de Bona, Colónia, Düsseldorf, Neuss, Wupertal, Remscheid, Solingen, seguindo por Lohmar, Siegburg, Eitorf ou Euskirchen, para nomear só os maiores aglomerados que atinge mais de 12 000 compatriotas . O P. Dr. Albano Fraga Já começou a contar duma forma decrescente o seu tempo de serviço. Como padre e professor, antes em Lovaina e depois em Bona, 23 anos, procurou ser voz, por vezes incómoda, a valorizar as diferentes forças, associações e núcleos aglutinantes da comunidade.

“Há apenas cinco sacerdotes portugueses na Alemanha” PORTUGAL POST: Que futuro para as diversas comunidades cristãs de língua portuguesa na Alemanha em tempos de recessão e de dificuldades? Há projectos concretos para adequar as missões a esta nova situação? Albano Fraga: Há alguns projectos apresentados pela Conferência Episcopal Alemã, com orientações e normas muito concretas. O problema não será tanto o aspecto económico, mas a perspectiva de igreja católica num contexto multicultural. inter-religioso e global, onde, por osmose, cada um terá a dar e também receber. Por um lado, tendo em conta as diversas cambiantes e sensibilidades do cristianismo, não se vê muito bem a separação por igrejas nacionais, às vezes como “guetos” de sensibilidades religiosas. Por outro lado, sendo a igreja a instituição mais internacional do mundo, pioneira na globalização, não se pode isolar das comunidades do acolhimento, onde, por vezes igrejas ricas vazias se tornam um contrasinal, e os muçulmanos, cada vez mais unidos e numerosos a conservar e construir novas mesquitas, no meio dos nossos desertos cristãos. Por isso as igrejas nacionais devem ser “pontes” aprendendo e ensinando, dando e recebendo uns dos outros, com mútuo respeito pelas diferenças que constituem sempre um enriquecimento. Através deste intercâmbio tem-se criado até uma nova sensibilidade e criam-se novos laços de amizade, muito úteis em tempos de crise social e económica. PP: As missões católicas subsistem ainda e em grande parte, graças ao empenho da Igreja em Portugal. A auto-suficiência tanto no aspecto de pessoal, como nas directrizes será ainda escassa? A.F.: Sim, por muitos factores e problemas. Portugal deixou de ser país de envio de missionários para os receber das antigas colónias. Não os tem para auto - suficiência, nem para a emigração tem agentes. De 22 sacerdotes para 126.000 portugueses na Alemanha, apenas cinco são portugueses. A maior parte são oriundos do Brasil, de

Angola ou da Nigéria, como de outros países a falarem português, mas sem identidade cultural portuguesa. A Igreja em Portugal, com um Bispo e um delegado entre a Conferencia Episcopal alemã e portuguesa, tentam coordenar este serviço, mas nem sempre encontram resposta para as necessidades. Por outro lado, uma tal missão exige muito afinco, preparação e sensibilidade, com conhecimentos prévios da língua e cultura alemã, tanto para padres como religiosas, o que não é fácil encontrar conjuntamente numa pessoa. Os jovens aqui nascidos mostram uma aculturação nem sempre exequível para os adultos, o que constitui fonte de muitas tensões e conflitos. Alem disso, não se deixam motivar por certas imagens nem expressões culturais, religiosas e de folclore, que lhes apresentamos. Seria necessário criar associações e grupos mesmo mistos com alemães e de outras nacionalidades. Não têm sido da Igreja as dificuldades, mas dos agentes ou da sua falta à altura, com novas exigências e noutras condições. Na Alemanha ainda não surgiram de luso - descendentes sacerdotes nem religiosas para este serviço pastoral. Todos louvam esta vida, mas ninguém a quer para os filhos... PP: A problemática da Igreja assim chamada de língua portuguesa não difere muito da problemática da Igreja autóctone: os jovens parecem ausentes e até alheios das manifestações religiosas dos pais. Qual será a razão desta situação? A.F.: Para além de uma certa educação da vontade e do carácter que levaria ao compromisso, muitos afastam-se, pura e simplesmente: uns “enjoados” te tanta ou escassa catequese; outros por preguiça, ou falta de empenho motivador e activo: alguns, por conflitos de ordem moral, ou demasiado autoritarismo familiar. Outros mesmo por influência dos colegas de escola. Talvez alguns até por não concordarem com as ofertas, propostas ou modelos apregoados, nem sempre condizentes com a vida e o exemplo de um cristianismo mais au-

têntico. Lembro por vezes as palavras de Nietzsche: “Como eu gostaria de ser mais cristão, se visse outro exemplo e vida nos crentes!...” Certamente que todos temos muito a aprender! No entanto, em religião depois de educar para liberdade, é melhor criar o desejo ou gosto do que saturar...pelas demasiadas exigências e obrigações. Educar pela liberdade para a liberdade, assim ensinou J. Cristo. Se me permitem, lanço daqui um apelo às camadas mais jovens a integrar-se mais nas estruturas das igrejas locais. Sejam como acólitos, nos grupos juvenis, coros. Além da experiência, a Igreja local tem meios, espaços e pessoal especializado para este tipo trabalho. Há bastantes indicadores que mostram que a língua mãe da segunda e terceira geração, em muitos aspectos é a alemã, quer queiramos quer não. O mais importante não é o aspecto externo, a língua ou o colorido, mas o empenho concreto para um mundo novo. Esta é uma linguagem universal. PP: Como se entende a integração das comunidades portuguesas nas comunidades alemãs, sem perderem o seu cariz cultural? A.F.: Por mim, entendo uma participação em sentido pleno: nas festas, nos convívios, na igreja, na escola como no trabalho. Para isso é necessário compreender o mais elementar da língua e cultura, como tentar captar o outro através da nossa forma de ser, integrando-se na sua sensibilidade e modo de viver. Há princípios como a fé que são comuns: temos a dar e também a receber. Não precisamos de ceder nem de conceder seja o que for. Temos o direito de sermos tratados como irmãos, embora mais pobres, gratos no entanto pelo pão que nos deram, embora com o esforço do trabalho. Esta nova sensibilidade levaria a maior humanidade cristã, baseada numa outra de solidariedade e fraternidade, que só o cristianismo pode desenvolver e acentuar numa atmosfera sadia e salutar, como bem compreendeu S. Paulo. Os melhores embaixadores de um país são os bons

exemplos e valores que mostramos, como na Igreja a fé, compreensão e respeito de uns pelos outros. PP: Depois de algumas décadas de empenho junto das comunidades portuguesas, está prestes a entrar na fase de reformado que pensa fazer no futuro? A.F.:Não gosto da palavra “ reformado”, evito-a. Continuarei a viver activo, sempre muito dado a leitura, reflexão e a música. Gostaria de escrever mais livros, aproveitando o meu tempo livre. Como interrompi o ensino, teria ainda muito a dizer de uma experiência muito variada, multicultural e poli forme. Fui sempre muito sensível aos problemas humanos, sociais, culturais e políticos. Agradeço a Deus e a Igreja o acolhimento que sempre me deu. Recordo os bons momentos que vivi na universidade de Lovaina (Bélgica), também com mais de 200 estudantes portugueses, e na Friedrich - Willelms, em Bona, durante 23 anos, além de missionário na região do Sieg - Kreis, Siegburg e Euskirchen. De há dois anos para cá, em Colónia. Nunca esquecerei a minha primeira impressão da Procissão de N. Sra de Fátima à Catedral de Colónia, há mais de trinta anos!...pelas ruas. Como professor, por mim passaram gerações de alunos, durante 11 anos no Seminário de Braga e também no Liceu Sá de Miranda, de quem procurei sempre ouvir, o que me deu uma visão do mundo mais aberta e compreensiva, na simbiose e cruzamento de muitas sensibilidades, por vezes demasiado tensas, após a revolução dos cravos. Nunca impus nada, ouvi muito e tentei orientar onde deveria corrigir...Por vezes fui cáustico, um pouco inconformista, mas do signo do “carneiro”, mostrei o que não tinha, sem nunca hipotecar a minha consciência a ninguém, nem me vender mesmo aos maiores amigos...sem medo dos detractores e intriguistas. PP: Depois de toda a sua experiência nas diversas comunidades portuguesas que recados nos deixaria?

A.F.: Em primeiro lugar, agradeço ao senhor Director de Portugal Post, Sr. Mário Santos, a iniciativa de me entrevistar através do vosso consultor da Caritas em Neuss, senhor Rodrigues. Foi uma bela ocasião de me espelhar perante os nossos leitores no jornal, onde muitas vezes escrevi em pseudónimo, tal como no Dialogo Europeu, no conselho de redacção. Que os portugueses saibam ser amigos e respeitadores das instituições, serviços e agentes que têm. Respeitem e tenham mais em consideração a língua e os professores. Sejam mais activos nas representações e Conselhos das Comunidades e de Estrangeiros.. Revitalizem e renovem as associações. Haja uma maior ligação entre todas as instituições de apoio, mesmo entre escolas, universidades e consulados. Aspiremos ao melhor nível nas escolas, tanto profissionais como de cursos superiores. Os jovens capazes e de talento tornem-se investidores e importadores, estimulando outros. Não vivam com as saudades do passado, mas incentivem a nostalgia do futuro, abertos como o girassol para o que nos vai surgindo, por vezes interpelando noutro sentido e rumo. Vivamos nessa esperança, que nos vem também da nossa Fé, porque não somos órfãos nem abandonados...por mais tristes que vivamos ou desenraizados. A Igreja, como a pátria, será sempre mãe, apesar das rugas da face, mesmo para os filhos de costas voltadas... Muito obrigado por esta oportunidade. Muitos êxitos para o jornal e para esta iniciativa, que poderia ser secundada por outros elementos de instituições, ao serviço na diáspora portuguesa.

PP:Obrigado P. Albano Fraga pelo seu serviço em prol das diversas comunidades . Aqui fica expresso a nosso agradecimento por todo o seu empenho e felicitamo-lo pelo seu multifacetado trabalho desejando-lhe uma longa vida junto da família. JGR


Opinião

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PCP cumpre 88 anos de existência O Partido Comunista Português (PCP) foi fundado a 6 de Março de 1921. É o mais antigo partido português. Sobreviveu à implantação do fascismo em Portugal e foi a força política que dirigiu a resistência contra a ditadura. Os seus membros e dirigentes foram presos, torturados e assassinados. Mas a fidelidade aos ideais da liberdade, da democracia e da justiça social transformaram o PCP num grande partido político nacional lutando e sofrendo com os trabalhadores e o povo português. Ao longo do fascismo e da guerra colonial o PCP sempre afirmou que não pode ser livre um povo que oprime outros povos. No VI Congresso realizado em 1965, o PCP proclamou a via do levantamento nacional antifascista que em 1974 veio pôr fim à ditadura, à guerra colonial, e tornou possível a realização de muitos dos objectivos da Revolução Democrática e Nacional. A Revolução do 25 de Abril libertou Portugal do poder político e económico da meia dúzia de famílias que dominavam e oprimiam o país, cada uma com o seu sector da indústria, o seu latifúndio, o seu banco, o seu jornal ou a sua roça em África.

O PCP é de facto o partido político a cuja história e acção se aplicam com propriedade as palavras iniciais da Constituição da República Portuguesa onde se afirma que “a 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista”. A Revolução do 25 de Abril de 1974 restituiu aos portugueses o direito de se sair e entrar livremente no nosso país sem necessidade de atravessar as fronteiras a salto como acontecia nos tempos do fascismo. Os direitos fundamentais das comunidades ao ensino do português e à protecção jurídica do Estado foram inscritos na nossa Constituição. Nos últimos 33 anos, o povo e os trabalhadores portugueses têm vindo a ser vítimas da destruição dos direitos e das conquistas da Revolução de Abril. A burguesia monopolista regressou de novo ao poder pela mão dos partidos governamentais. Hoje, as dez famílias mais ricas de Portugal possuem novamente fortunas equivalentes ao rendimento anual de um milhão e quatrocentos

mil trabalhadores. Fiel ao seu dever de classe, o PCP luta contra a destruição dos direitos sociais e laborais, contra reformas de miséria após uma longa vida de trabalho, contra dois tipos de medicina, uma para ricos e outra para pobres, contra a delapidação dos bens e meios financeiros do Estado em prol de um punhado de capitalistas que exploram os trabalhadores e recebem milhões e milhões dos governos enquanto a miséria e o desemprego alastram. A influência real e social do PCP, o seu papel histórico na luta do povo português são muito superiores à sua expressão eleitoral. Bastava que por um curto espaço de tempo a comunicação social em Portugal permitisse o conhecimento da verdade sobre o PCP e a sua acção, para que o quadro eleitoral no nosso país se modificasse radicalmente em favor dos trabalhadores. O PCP é um partido diferente. É um Partido que se guia por ideais de justiça. Aderir e apoiar o PCP é garantir a defesa de um Portugal mais livre, mais justo e mais democrático. Rui Paz

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Cultura

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Português de

Pedro Abrunhosa convidado para director musical da terceira edição do Lusavox

Amor

Há um ano começouse a pensar num projecto que apresentasse o português a um público alargado - esta nossa língua iria estrear uma série de eventos da academia da „Münchner VHS“ (universidade popular de Munique) cujo objectivo seria ou melhor será tornar mais conhecidas línguas supostamente exóticas....

Elementos do grupo de teatro Lusotaque de Colónia . Foto: Lusoataque

Enfim, a língua aprende-se em casa, por isso ela nos é materna - e maternal nos ficará até ao fim da vida, mesmo que nós, como filhos, a tratemos às vezes mal. Mas como - e porquê? - mostrar a língua, como fazer ver a alunos e interessados que vale a pena aprender esta língua (e por isso em detrimento de outra), que não será em vão matraquear verbos irregulares e treinar o uso do perfeito e do imperfeito ? Porque esse esforço será compensado, dará acesso ao idioma falado na faixa mais ocidental do antigo império romano e depois levado nos porões húmidos das caravelas reais até aos confins do mundo por descobrir, será pois o passaporte para vivências novas em vários continentes e com gentes de múltiplas raízes. Um serão, um serão dedicado à língua nossa. Chamámos-lhe „Português de Amor“ - que não é a tradução de „Portugiesisch zum Verlieben“ do título alemão, mas antes uma referência (e reverência) ao poema de Camões „Aquela cativa que me tem cativo“, onde o eu descreve amorosamente a escrava: pretidão de amor. A língua que nos cativa, de nascença ou mais tarde por paixão súbita, é uma perdição de

amor, é português de amor. Isso o declarou o Professor Dr. Karl-Heinz Delille, que se dispôs a vir de Coimbra, para numa conferência simultâneamente leve e profunda nos falar da língua portuguesa, essa melancólica filha do latim. Numa pequena documentação os ouvintes foram seguindo as informações sobre as dimensões do português no mundo, não só a nível de língua oficial como também relativo aos número de falantes a viver em situação de diáspora - que é exactamente a nossa, aqui na Alemanha. Ao todo estima-se em mais de 244 milhões o número de falantes de português. Língua exótica... Maravilhosos os textos escolhidos pelo conferencista - um apaixonado da nossa língua, intercalando o discurso alemão com uma leitura de dicção suave, verdadeira homenagem a esse „unendlicher Gesang“, a esse infinito canto de que falava Reinhold Schneider no seu livro „Portugal. Ein Reisetagebuch“. A saudade e a melancolia perpassaram textos e citações e serviram ao mesmo tempo de exemplo para esta nossa fonética, na variante de Portugal, cheia de enigmas para ouvidos estranhos. E no debate que seguiu focou-se as

variações desta língua, que dum cantinho da península ibérica „por mares nunca dantes navegados“ passou de facto „para além da Taprobana“ e por lá ficou para ganhar mais cambiantes, um colorido que caracteriza toda a lusofonia, seus falantes e seus entusiastas. Colorido que pudémos sentir, ouvir e ver na peça de teatro „NasciMente - KopfGeburten - Eine Collage über Fernando Pessoa und Franz Kafka“ O teatro Lusotaque de Colónia (ver em: http://www.lusotaque.de/), projecto inovador e corajoso da leitora de português nessa mesma universidade, Beatriz de Medeiros Silva, aproximou os dois génios do Modernismo Europeu, as suas vidas viradas exclusivamente para a escrita, os seus cérebros profícuos e inventores de ficções estrambólicas, de heterónimos e alteridades. Ambos se decompuseram ou, melhor, se multiplicaram em muitos. E a colagem pulando do alemão para os lusotaques, isto é, para a grande variedade de sotaques lusófonos, pareceu sublinhar intencionalmente a multiplicidade das figurações kafkianas e pessoanas: verdadeiros dramas em gente, voltados para o interior da escrita,

numa recusa teimosa, não deixando de ser sofredora, duma vida „normal“. Assim aos produtos das mentes é-lhes atribuído, na representação, mais vida, mais presença, mais contornos que às pobres namoradas Ofélia e Milena. As cartas de amor ecoam pelo espaço sem emocionarem os seus receptores. Estes raramente se levantam das suas mesas, um em Praga, o outro em Lisboa, escrevem e batem o teclado ininterruptamente, como a fugir duma vida maçadora para o reino transfigurador de suas almas múltiplas. O público, parte dele também bilingue ou a aprender português como os actores da peça, encantou-se com o movimento da dramatização de escritas e biografias, de delírios e neuroses, de sonhos e pesadelos onde não faltaram nem dança nem música! O grupo todo e sua encenadora e mentora estão de parabéns! Português de amor...um serão, em Munique, para apaixonados, dos sons e das escritas, dos pensares e dos viveres. Ter-se-ão ganho mais amantes? Talvez... E certamente ganharam-se amantes ainda mais perdidos de amor. Luísa Costa Hölzl

A terceira edição do festival de música Lusavox foi lançada em meados de Fevereiero, tendo o cantor Pedro Abrunhosa sido convidado para director musical das canções apuradas, anunciou o secretário de Estado das Comunidades. Numa iniciativa do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, o Lusavox é dirigido aos portugueses e luso-descendentes que residem no estrangeiro e pretende descobrir talentos musicais nas comunidades portuguesas. O convite para director musical foi dirigido a Pedro Abrunhosa por ser „um artista de renome internacional“. Abrunhosa „canta magnificamente em língua portuguesa e vai seguramente motivar os jovens portugueses em todo o mundo a compor e a promover a nossa língua que é, afinal, um dos objectivos deste certame internacional“, explicou António Braga . O secretário de Estado disse ainda esperar que, „à semelhança dos anos anteriores“, o Lusavox „continue a ter uma grande participação mundial“. Depois de ter passado por Braga e pelo Porto, a cerimónia da terceira edição do Lusavox vai realizar-se em Lisboa, na primeira semana de Agosto. Os concorrentes interessados podem enviar as suas músicas (que têm de ser originais) através do „site“ www.lusavox.sapo.pt ou entregá-los nos consulados portugueses. Apesar de ser uma iniciativa do Governo e de empresas portuguesas, as

letras das canções concorrentes ao Lusavox não têm de ser todas em português. No entanto, o regulamento prevê que pelo menos uma estrofe tem de ser em língua portuguesa. Os participantes no concurso têm também de obedecer a algumas regras, incluindo estarem inscritos

no consulado há pelo menos um ano. Do Lusavox vão sair dois vencedores: um eleito pelo público, que irá receber cinco mil euros, e outro eleito por um júri, que irá gravar um CD. O Lusavox é uma iniciativa da Secretaria de Estado das Comunidades em parceria com a Valentim de Carvalho, o portal Sapo e a RTP, que irá transmitir o festival em directo pela RTP 1, RTP Internacional, RTP África e RDP Internacional. Publicidade


Sociedade

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Marcelo Caetano “chegou tarde demais” à chefia do Governo O ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o último presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo, Marcello Caetano, “chegou tarde demais ao lugar” para realizar um processo de mudanças. Marcelo Rebelo de Sousa, afilhado de Marcelo Caetano, de quem herdou o nome, foi um dos intervenientes num debate em Lisboa sobre o político e Professor universitário que chefiou o Governo português entre 1968 e 1974. “Tenho a teoria de que chegou tarde demais ao lugar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, que disse também que Marcelo Caetano “chegou tarde ao último encontro com a História”. De acordo com o social-democrata, a altura adequada para Mar-

celo Caetano suceder a Salazar teria sido o início ou o meio da década de 50. “Não foi, foi dez anos depois”, assinalou. Marcelo Rebelo de Sousa sintetizou o programa político de Marcelo Caetano em “três ideias” fundamentais, pensadas para um período de “dez a quinze anos” que foi interrompido pela revolução de Abril de 1974. A primeira “era uma ideia regionalizadora” das então colónias africanas, “depois tendencialmente federalizadora e que logo se veria”; segunda ideia era uma “mudança na economia”, em que teve “maior sucesso”, segundo Marcelo Rebelo de Sousa; terceira ideia “uma liberalização com pluralismo interno”, dentro do próprio regime, “que depois evoluísse para um pluralismo externo contido”. Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa provocou risos

no auditório da Faculdade de Belas Artes quando fez alusão à série da SIC sobre a vida de Salazar, dizendo que o ex-ditador “está a resistir à última versão de

libertador sexual, que estamos a descobrir”. “Deixou de ser Salazar a gerir Portugal ao longo das décadas para gerir mulheres”, observou. A filha de Marcelo Caetano, Ana Maria Caetano, foi também oradora no debate, em que considerou que o seu pai “não era nem ditador nem democrata, era paternalista, legalista, professor que orienta, que ensina, que impõe regras e limites”. “Ele gostava de mandar, de governar. No exílio, escreve-me com humor: Pouco a pouco vou recuperando o governo da casa, o único que me resta”, acrescentou Ana Maria Caetano. “Queria liberalizar, sem dúvida, mas fazer a transição para a democracia? Talvez abrir o caminho para essa transição”, sugeriu, contando outro excerto de uma carta en-

viada pelo pai do exílio no Brasil: “Continuo inconvertível: A teoria democrática pode ser bonita mas, na prática, a teoria é outra”. Ana Maria Caetano concluiu a sua intervenção considerando que o pai “não morreu em vão” e perguntando se a evolução registada durante os anos em que chefiou o Governo “não terá sido a via para a verdadeira mudança que se deu com a revolução palaciana do 25 de Abril que levou à desejada liberdade e à democracia”. Por sua vez, Pedro Feytor Pinto, que foi colaborador de Marcelo Caetano, defendeu que este foi “vítima dos limites do tempo em que lhe foi dado viver” e “um refém de si próprio” porque a sua “lealdade sempre se sobrepôs ás dúvidas, inquietações e interrogações que formulava” sobre as políticas adoptadas. “A sua preparação jurídica, a profunda cultura e a raiz humanística da sua estrutura moral fizeram dele muito mais uma vítima do que um executor”, reforçou Feytor Pinto.

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Economia

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Crise

Cavaco Silva destaca papel de emigrantes nas exportações O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu a dinamização do sector exportador português, enfatizando o papel que os emigrante podem desempenhar na resolução das dificuldades que Portugal atravessa. „A exportação de bens e serviços por parte de Portugal é praticamente a única via que nós dispomos para conseguir combater o crescimento explosivo da dívida externa e, ao mesmo tempo, defender o emprego dos trabalhadores portugueses“, defendeu Cavaco Silva. Considerando a dinamização do sector exportador como a „chave da solução“, o chefe de Estado alertou para a falta de compreensão de alguns analistas para o problema dos bancos terem „poucos fundos“ para emprestar às empresas. „A razão está no desequilíbrio das nossas contas externas e na dificuldade em conseguir o respectivo financiamento“, sublinhou Cavaco Silva, que falava aos jornalistas no final de uma visita à

XIV Edição do Salão Internacional do Vinho, Pescado e Agro-Alimentar, em Lisboa. Por isso, acrescentou, a maioria dos economistas reconhece que a „chave da solução“ está na dinamização dos sectores exportadores e não na produção e bens e serviços que não são comercializados no exterior. Cavaco Silva enfatizou ainda o papel que pode ser desempenhados pelos emigrantes na resolução

dos problemas portugueses, nomeadamente no contributo que podem dar para facilitar a entrada dos produtos nacionais no estrangeiro. Contudo, continuou, é também importante ter presente que „quanto menores forem as remessas de emigrantes para Portugal, e quanto menor for o seu investimento no país, menos crédito terão os bancos para conceder às empresas“.

„Há uma relação hoje clara entre o contributo que os emigrantes podem dar para o nosso país e as dificuldades que nós enfrentamos“, defendeu. Por isso, insistiu o Presidente da República sem o sector exportador português „não temos a mínima hipótese, nem este ano, nem no próximo ano, de voltarmo-nos a aproximar do nível de desenvolvimento dos países da União Europeia“. Questionado se a políticas desenvolvidas ao longo dos últimos anos têm favorecido o crescimento das exportações portuguesas para o estrangeiro, o chefe de Estado escusou-se a falar de „políticas concretas“, mas reiterou a necessidade de reforçar „cada vez mais“ os laços entre os emigrantes e Portugal. „Só assim haverá negócios em língua portuguesa“, disse, voltando a defender que sem a ligação entre os emigrantes portugueses e o seu país, „teremos alguma dificuldade de enfrentar o futuro“.

Emigrantes enviaram 6,9 milhões de euros por dia para Portugal em 2008 Emigrantes enviaram 6,9 milhões de euros por dia para Portugal em 2008 Os portugueses radicados no estrangeiro enviaram no ano passado 6,9 milhões de euros por dia para Portugal, tendo o volume das remessas dos emigrantes registado uma ligeira quebra relativamente ao ano anterior, segundo números do Banco de Portugal. No ano passado, os emigrantes portugueses enviaram para Portugal um total de 2.558 milhões de euros, menos 30 milhões do que em 2007, quando o volume do dinheiro enviado do estrangeiro atingiu os 2.588 milhões de euros. Por dia, em 2008, entraram em Portugal 6,9 milhões de euros enviados pelos residentes no estrangeiro, um valor que em 2007 foi de 7,09 milhões. Os portugueses residentes em França e na Suíça, as principais fontes de remessas para Portugal,

aumentaram os seus envios de dinheiro. Assim, em 2008 entraram em Portugal, provenientes da França, quase 1.780 milhões de euros (mais 75 milhões que em 2007) e cerca 558 milhões euros da Suíça (mais 14 milhões que no ano an-

terior). Também de Espanha cresceu o fluxo de dinheiro enviado, tendo chegado a Portugal em 2008 147.793.000 euros (96.742.000 em 2007). Os Estados Unidos, o terceiro país de onde provêm mais remes-

sas, registaram por seu lado uma quebra no envio de dinheiro, passando de mais de 200 milhões em 2007 para 176 milhões no ano passado. O envio de dinheiro para Portugal diminuiu também em países como a Alemanha, Reino Unido, Luxemburgo, Canadá, Venezuela e Brasil. Em 2008, chegaram a Portugal procedentes da Alemanha remessas no valor de 156.242.000 euros (170.561.000 euros em 2007), do Reino Unido 129.614.000 euros (163.575.000), do Luxemburgo 76.082.000 euros (91.619.000), do Canadá 57.783.000 euros (76.411.000), da Venezuela 9.873.000 euros (14.952.000 em 2004). Os designados países do Resto do Mundo remeteram para os cofres nacionais no ano passado 132.296.000 euros, contra 108.273.000 euros no ano anterior.

Recessão agravouse no quarto trimestre de 2008, PIB caiu 2,1 por cento A economia alemã regrediu 2,1 por cento no último trimestre de 2008, “a maior queda do Produto Interno Bruto (PIB) num só trimestre desde a reunificação do país” em 1990, anunciou o Instituto Federal de Estatística. O anterior recorde negativo verificou-se no primeiro trimestre de 1993, e atingiu então 1,2 por cento do PIB. Na verdade, houve uma descida do PIB ainda mais pronunciada no primeiro trimestre de 1987, mas é considerada um caso isolado, já que nos trimestres anteriores a economia progrediu e no trimestre seguinte aumentou 2,2 por cento. Desta vez, porém, o PIB germânico desceu pelo terceiro trimestre consecutivo, já que tanto o segundo como o terceiro trimestre de 2008 tinham registado uma contracção de 0,5 por cento. A recessão da economia alemã, que já se tinha confirmado no primeiro trimestre de 2008, alcançou assim uma dimensão maior do que os 1,8 por cento de redução do PIB que tinha sido previsto por vários analistas. No conjunto de 2008, porém, a Alemanha ainda registou um crescimento do PIB de 1,3 por cento, graças a um bom começo do ano, com o primeiro trimestre a assinalar um aumento da riqueza interna de 1,5 por cento. Para 2009, o governo alemão prevê a pior recessão desde a fundação do país, em 1949, com uma descida do PIB de 2,5 por cento. Alguns economistas vão mais longe, e dizem que o recuo do PIB atingirá três ou quatro por cento este ano. “As exportações e os investimentos alemães recuaram consideravelmente, e o consumo interno foi também inferior ao terceiro trimestre de 2008”, afirma-se no comunicado do Instituto Federal de Estatística para analisar os resultados do último trimestre de 2008. Além disso, devido à redução da procura, muitas empresas produziram apenas para os stocks, e os artigos em armazém “aumentaram claramente”, diz-se ainda no documento. Na opinião de vários analistas, o agravamento da situação económica deverá manter-se ao longo de 2009. “Os que dizem que a partir do Verão haverá retoma estão a dizer disparates”, sublinhou Hans-Werner Sinn, presidente do Instituto de Pesquisa Económica de Munique (ifo). Em conferência em Hamburgo, o mesmo economista previu que o desemprego na Alemanha deverá aumentar entre 500 mil a 700 mil pessoas, até às legislativas de Setembro, em comparação com o período homólogo de 2008. Também o chefe do departamento de estudos económicos do Citigroup, Jürgen Michels, não vê razões para optimismo, e prevê que “no primeiro e no segundo trimestre de 2009 o PIB deverá voltar a recuar”. FA


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Consultório

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Miguel Krag, Advogado Portugal Haus Büschstr.7 20354 Hamburgo Leopoldstr. 10 44147 Dortmund Telf.: 040 - 20 90 52 74

O Consultório jurídico tem a colaboração permanente dos advogados Michaela Azevedo Ferreira e Miguel Krag

Michaela Azevedo Ferreira, Advogada Theodor-Heuss-Ring 23, 50668 Köln 0221 - 95 14 73 0

Testamentos Miguel Krag

A partilha entre o cônjuge e os filhos far-se-á por cabeça, sendo o património dividido em partes iguais. Está, porém, garantida ao cônjuge uma quota mínima de 25 %. No caso de falecimento de um dos filhos antes do testador, a parte sucessória desse filho passará para os seus descendentes. O autor da herança poderá modificar estas prescrições através de um testamento. Terá desta forma a possibilidade de, no contexto dos regulamentos do direito sucessório português, legar a determinados herdeiros mais do que a quota que lhes compete, ou de deixar bens a pessoas que, por lei, não teriam direito a qualquer herança. Como o direito alemão, a legislação portuguesa prevê igualmente uma protecção especial

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São inúmeras as razões para se proceder à regulação do seu próprio testamento. Muitos autores da herança pretendem poupar trabalhos administrativos ao seus herdeiros ou evitar conflitos entre os descendentes, efectuando de antemão uma partilha inequívoca dos seus bens. Outros ainda, desejam expressar a sua gratidão a familiares ou amigos que lhes tenham dado um apoio especial enquanto foram vivos. Na última edição do Portugal Post, chamei já a atenção dos leitores para o facto de o direito sucessório a ser aplicado se orientar pela nacionalidade do autor da herança e de a respectiva legislação portuguesa ser portanto a que deverá ser posta em prática,

mesmo que a pessoa em causa viva na Alemanha. Se o autor da herança não deixar testamento, a lei designará os herdeiros. O direito português fixa uma hierarquia sucessória. Se, no dia da morte, existirem descendentes e o cônjuge do testador, os ascendentes ou os irmãos do falecido já não terão direito a qualquer herança. Neste caso, o património será dividido entre o cônjuge e os descendentes. Repare-se que, nos termos do direito de família, o cônjuge já receberá a metade dos bens comuns do casal. A outra parte dos bens comuns e os bens próprios do autor da herança serão divididos entre os descendentes e o cônjuge. Se o cônjuge já não for vivo, a partilha será efectuada somente entre os filhos.

dos herdeiros legais. A deserdação total por testamento só será possível por motivos graves. A título de exemplo, se o herdeiro legal tiver sido condenado por denúncia caluniosa contra o autor da herança ou o seu cônjuge, ou contra outros familiares previstos por lei. Se não persistir tal caso, terá de ser transmitida aos herdeiros legais, no mínimo, uma parte da herança (legítima). No que diz respeito ao resto da herança (quota disponível), o testador poderá dispor da mesma da forma que desejar. Quanto ao montante de tal quota, este dependerá do número de herdeiros legítimos que estejam vivos à altura do falecimento do autor da herança. Se for apenas o cônjuge, este terá direito à metade da herança. O testador

poderá legar a outra metade a quem desejar. Para além destas formas de constituição de testamentos, existem ainda muitas outras possibilidades de regulações testamentárias no direito sucessório português que, por razões de espaço, não podemos descrever neste artigo e que, para além disso, terão igualmente de ser estudadas relativamente a cada caso em si. Um testamento poderá ser feito por portugueses na Alemanha, tanto para os bens que possuam em Portugal como aqui. Será, porém, absolutamente indispensável que sejam observados todos os preceitos notariais, sendo para tal conveniente que se consulte um advogado especializado no direito sucessório português.

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Claus Stefan Becker Tradutor ajuramentado junto dos Consulados-Gerais de Portugal em Frankfurt/M. e Stuttgart Im Schulerdobel 24 79117 Freiburg i.Br Tel.: 0761 / 64 03 72 Fax:0 761 /64 03 77 E-Mail:info@portugiesisch-online.de

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PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Catarina Tavares advogados@bpo.pt Telf.: 00 351 21 370 00 00 Advogada Lisboa

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Heranças, Testamentos e Doações

Procedimentos administrativos em caso de morte de um familiar Uma das especializações do nosso escritório situa-se no âmbito do direito das sucessões. Somos contactados com alguma frequência por clientes devido à morte de um familiar em Portugal ou na Alemanha. Outras vezes, a questão é a procura do melhor aconselhamento na partilha dos seus bens, quer por doação, quer por testamento. Tanto o direito internacional privado português como o alemão, determinam que o direito das sucessões se rege pela nacionalidade do falecido. Isto significa que, no caso do falecimento de uma pessoa de nacionalidade portuguesa, se aplicam sempre as leis portuguesas, independentemente de a mesma ter vivido em Portugal ou em qualquer outro

país do mundo. Nesta edição do Portugal Post, darei aos nossos caros leitores uma primeira indicação referente aos procedimentos administrativos a serem efectuados em caso da morte de um familiar em Portugal ou na Alemanha. Nos próximos artigos irei debruçar-me sobre outras questões importantes do direito das sucessões, como por exemplo, os direitos dos herdeiros na partilha, formas de testamentos, impostos a pagar, etc. No caso de falecimento de uma pessoa de família em Portugal, os procedimentos mais importantes a serem cumpridos são os seguintes: Verificada a morte, a conservatória do Registo Civil da área em que o óbito

tiver ocorrido, terá de ser avisada no prazo de 48 horas. A declaração deverá ser efectuada, em princípio, pelo parente mais próximo do falecido que esteja presente na ocasião do falecimento. Em caso de ausência de uma tal pessoa, esta obrigação passará para os outros familiares que estiverem presentes. Além do Registo Civil, também as Finanças terão de ser informadas do falecimento do autor da herança. Esta obrigação deverá ser cumprida pelo cabeça de casal até ao final do terceiro mês após o falecimento. Na respectiva repartição de finanças terá de ser preenchido um modelo oficial no qual, entre outros dados, se terá de identificar os benefi-

ciários e indicar os bens transmitidos. Os documentos mais importantes para se poder fazer valer os direitos da herança, são a certidão de óbito e a habilitação de herdeiros. A certidão de óbito pode ser requerida por qualquer pessoa na conservatória do Registo Civil em Portugal ou no consulado português na Alemanha. Sendo a certidão de óbito que comprova a morte do falecido, a habilitação de herdeiros documenta a qualidade do mencionado como herdeiro. A habilitação tanto pode ser efectuada por um notário, como ser uma decisão judicial (com os mesmos efeitos). A habilitação é necessária, a título de exemplo, para se ter acesso às contas bancárias ou para se

vender terrenos do falecido. O óbito de uma pessoa portuguesa com domicílio na Alemanha, terá de ser comunicado à conservatória do Registo Civil (Standesamt) que emitirá uma certidão de óbito internacional. As entidades alemãs comunicarão o falecimento ao consulado português da área, sem serem necessárias quaisquer medidas por parte dos familiares do falecido. Contudo, estes terão de dirigir-se ao consulado português se desejarem que o corpo seja transladado para Portugal. A obrigatoriedade de as finanças portuguesas serem informadas sobre o óbito, persistirá igualmente se o falecido com domicílio na Alemanha possuir bens em Portugal. Publicidade

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Comunidade

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Sugestão de Leitura

Agenda Tome Nota

Título: Amor de Perdição Autor: Camilo Castelo Branco

Março 2009

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03 a 29. 03.2009 – BERLIM – Exposição sobre a obra do realizador Manoel Oliveira. Local: Akademie der Künste, Hanseatenweg 10., 04.03.2009 – BERLIM – Arquitectura: Portugal fora de Portugal. Exposição está patente na Aedes am Pfefferberg, Christinenstr. 18-19 06.02.2009 – OSNABRÜCK – Encontro do Presidente da República de Portugal com a Comunidade na Alemanha. Entrada só por convites (podem ser solicitados ao escritório consular daquela cidade;:0541 / 40 80 80.

4º Grandioso Festival Minhoto de Competição

Local: OsnabrückHalle, Schlosswall 1-9, 49080 Osnabrück(mesmo frente ao Escritório Consular de Portugal em Osnabrück) Início: 19h30: Programa: Fados com Kátia Guerreiro seguido de recepção com Bufete. 14.02.2009 – ESTUGARDA – Festa dos 40 anos do Centro Desportivo de Estugarda. Com a participação de Quim Barreiros. Baile. Local: Pavilhão Multi-usos , Schönbülstr. 90 - Stuttgart-Ost. Início: 18h00 14.03.2009 – HAGEN - Grandioso Festival de Folclore. Org. R.F “Folclore de Portugal de Hagen e.V.” Com a participação de vários ranchos folclóricose musica pela noite com a banda “Conquis” de Unna . Local : Gesamtschule Hagen-Helfe , „Am Bügel 20“ em Hagen Com início pelas 16.00 horas Info : Sede : 02331 - 371017

Noites de Glória Igreja Apostólica Internacional Actividades da Semana Sexta-Feira 18h30 Corrente da Família Domingo 11h00 Corrente da Cura Divina

Quinta-Feira 10h00 – 13h00 15h00-18h00

Quarta-feira 18h30 Discipulado

No primeiro Domingo do Mês não tem culto 11h00 com Santa Seia

Coração do Minho

21.03.2009 – OFFENBACH /M – Noite de Fados com a participação do grupo Antologia do Fado. Local: Associacao Operária de Offenbach. Hermannsteinhäuser 57 Info: 01742996824

Dia 25 de Abril 2009 Fritz Steinhof Gesamtschule Am Bügel 20 Hagen-Helfe -16:00 Horas

21.03.2009 – OSNABRÜCK – Festival de Folclore organizado pelo grupo Arco Iris. Info: info@arcoirisos.de). Nota: o grupo não enviou informações sobre o local.

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 liegt auch in deutscher Übersetzung von Karin von Schweder-Schreiner vor ("Die Decke des Soldaten") Senão tivesse sido eu, Maria Ema estaria ao lado de Walter, os filhos de Custódio Dias seriam duma outra mulher e os meus irmãos seriam filhos de Maria Ema Baptista e de Walter Glória Dias. Talvez só eles existissem, não eu. Eu era a filha de acaso, de um ímpeto, dum desencontro de viagem, duma bruteza da juventude, da exuberância do corpo. Não, eu não existiria, só existiriam os meus três irmãos, filhos deles, do juízo deles e do amor deles José Saramago As intermitências da morte Preço: € 10,00
 No dia seguinte ninguém morreu». Assim começa este novo romance de José Saramago. Colocada a hipótese, o autor desenvolve-a em todas as suas consequências, e o leitor é conduzido com mão de mestre numa ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor, e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência.

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 De padre António Vieira disse Fernando Pessoa ser o «imperador da língua portuguesa». Jesuíta, orador e escritor, nasceu em Lisboa em 1608, e morreu em 1687, no Brasil, mais propriamente na Baía. Ordenado sacerdote em 1635, lutou empenhadamente pela realização de reformas económicas e sociais. Na sua oratória, conjugou visão e pragmatismo, como seria de esperar de um homem de acção. Com uma construção literária e argumentativa notáveis, os seus sermões revelam uma intensa ligação com a vida pública, o que resulta numa prosa eminentemente funcional mas que não perde nunca o nível de universalidade necessário a toda a obra de arte perdurável. Possuidor de uma inteligência poderosíssima, padre António Vieira arquitectou mundos à medida dos seus sonhos e deixou-nos como legado uma obra que se afirmaria como um dos paradigmas da prosa portuguesa.

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 “O seu segundo romance, A Paixão, possui as mesmas qualidades literalmente espantosas de Rumor Branco, sendo ao mesmo tempo mais despojado e mais apaixonado; desta vez a severidade é implacável, e a composição aposta numa disciplina exemplar.” Books Abroad, EUA “Como uma torrente de lava, a linguagem de Almeida Faria abre caminho, uma linguagem incrivelmente rica.” Welt am Sonntag, Alemanha “Um verdadeiro poeta com clarividente e imparcial olhar e fina sensibilidde perante a beleza e a problemática estrutura social do país.” Stuttgarter Zeitung, Alemanha “Um dos poucos autores, dos quais se pode esperar que dêem novamente reconhecimento internacional à literatura de Portugal, é Almeida Faria.” Berliner Morgenpost, Alemanha

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É um dos mais extraordinários contos de fadas de sempre, onde a imaginação reina como senhora absoluta, o absurdo e o nonsense delirante dominam e onde tudo é possível. O Coelho Branco, o Gato de Cheshire, a Lebre de Março, o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas… e, claro, Alice… Quem não se lembra das personagens que Lewis Carroll imortalizou e que fazem parte do imaginário de várias gerações? Manuel Alegre Alma Preço: € 10,00

 As memórias de infância. Os cheiros, as vozes, as emoções de um tempo em que o tempo não tem fim e o significado está presente nas mais pequenas coisas. Todas elas ficam sempre, como marcas na alma, princípios que norteiam a vida. A nostalgia dos lugares mágicos da infância. De Alma, vila encantada onde convive tradição e subversão, melancolia e audácia, crendices, ideologia e futebol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-se a conhecer, chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre a República e a Monarquia, um país que era, á época, o mundo de uma criança expectante e atenta. De Alma, partiu toda a sua vida.

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Anónio Lobo Antumes Os Cus de Judas Preço: € 10,00
 António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942. Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante vários anos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foi mobilizado para o serviço militar. Embarcou para Angola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em 1979 publicou os seus primeiros livros, Memória de Elefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980, Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; imediatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos, no âmbito nacional e internacional. Miguel Torga Bichos Preço: € 10,00
 «Querido leitor: São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer ufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-me uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correcto (…)»

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Passar o Tempo

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Acredite se quiser «Caixões» e «dentaduras» nos Perdidos e Achados da PSP Em entrevista à Agência Lusa, o chefe da Secção de Perdidos e Achados do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, Sérgio Araújo, explicou que dos objectos encontrados na cidade «o que predomina são os documentos, chapéus de chuva, mochilas, peças de roupa e óculos». Marmitas, brinquedos, malas de senhora, carrinhos de transporte de bagagem, malas de viagem, muletas e chaves são outros tipos de objectos que mais se perdem ou se encontram, segundo Sérgio Araújo. E, apesar de alguns objectos «mais estranhos» serem frequentemente encontrados, o agente considerou que «já nada é insólito». «Apareceram em tempos caixões que caíram de uma camioneta, tudo vem parar aqui, aparecem também grandes quantias de dinheiro, objectos pornográficos, revistas e artefactos», exemplificou. Para «aliviar o armazém», a PSP or-

ganiza leilões, anunciados nos jornais e locais públicos, e que «têm sempre uma grande afluência», afirmou aquele responsável. «Os objectos só podem estar aqui um ano, findo esse ano vão para leilão. Os que tiverem valor venal são vendidos por lotes, sem qualquer garantia e a baixo preço. Os restantes são destruídos», adiantou. «Estas instalações estão-se a tornar exíguas e o Comando está a ver se encontra um espaço maior porque temos por ano cerca de 20 mil objectos, por dia cerca de 40 a 50 artigos», afirmou também à Lusa. Sérgio Araújo, que trabalha há 18 anos na Secção de Perdidos e Achados de Lisboa, referiu que o número de artigos de cidadãos estrangeiros tem vindo a aumentar nos últimos anos, sublinhando que nessas situações os objectos são enviados para as respectivas embaixadas ou consulados, que por sua vez os entregam aos

cidadãos dos respectivos países. Quanto ao processo de recolha e entrega de artigos perdidos e achados na cidade de Lisboa, o chefe da Secção explicou que «os objectos são entregues nos comandos e depois enviados para aqui, quer por cidadãos que os encontram na rua, quer pelas empresas que actualmente fazem também esta recolha, como transportes públicos ou grandes superfícies comerciais, entre outras». «Uma vez recebidos, os artigos que têm identificação são registados na página da Internet e quando temos possibilidade avisamos os proprietários e aguardamos que sejam levantados aqui no nosso serviço», adiantou. Sistema Integrado de Informação Sobre Perdidos e Achados (SIISPA) é o nome do programa criado pelo Ministério da Administração Interna, o qual está disponível na Internet e é já utilizado pela GNR e PSP de todo o país desde Janeiro de 2008.

Homem foi preso pela 190ª vez

Enterrou dinheiro no jardim e foi roubado

Japoneses aprendem inglês com discursos de Obama

Henry Farrell, de 46 anos de idade, foi detido pela 190ª vez pelas autoridades da Florida, Estados Unidos. A sua última detenção teve como motivo posse de haxixe e tentativa de roubo. De acordo com a noticia do «O Globo», que cita o jornal «Palm Beach Post», Henry Farrell foi detido em Boca Raton, na Flórida, após tentar roubar um camião. Primeiro pediu boleia ao condutor, mas quando ele recusou, ameaçou-o e tentou roubar o veículo pesado. Mas este profissional das detenções também já foi detido, por exemplo, em Palm Beach, Broward, Miami, ou Monroe. Mas sempre na Florida. Actualmente, tem com 46 anos de idade, mas a primeira prisão aconteceu aos 20 anos. Uma das suas façanhas mais conhecidas, foi em 2004 (na 163ª vez), quando se fez passar por um hóspede de um hotel caro, o «Boca Raton Resort & Club», gastou uma fortuna em bebidas e, fugiu quando um empregado lhe pediu a identificação.

Um japonês, com mais de 80 anos, denunciou o roubo de uma quantia superior a três milhões de euros que enterrara no jardim de casa, ao longo de dez anos, devido à baixa rentabilidade dos juros bancários, noticia a EFE. A denúncia foi apresentada em Outubro perante a Polícia de Imari, na província de Saga, Sul do Japão e, apesar de o queixoso ter falecido pouco tempo após a denúncia, as autoridades já classificaram o caso como um roubo e não uma invenção. As quantias foram sendo enterradas em diferentes recipientes e locais do jardim, ao longo de uma década, contou um polícia. O Banco do Japão manteve a taxa básica de juro em torno dos zero por cento, durante os últimos anos. Quando o ex-empresário denunciou o roubo, a polícia duvidou e considerou difícil provar o desaparecimento do dinheiro. A vítima apercebeu-se de que o jardim tinha sido escavado um ano depois do último «depósito».

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Na sala de aula A professora escorrega e leva o maior tombo na sala de aula. Na queda,o seu vestido sobe-lhe até a Cabeça. Levanta-se imediatamente, ajeita-se, e interroga os alunos: - Luisinho, o que você viu? - Seus joelhos, professora. - Uma semana de suspensão! E você, Carlinhos? - Suas coxas, professora. - Um mês de suspensão - E você, Joãozinho? Joãozinho pega os cadernos e vai saindo da sala: - Bom, pessoal, até o ano que vem...

A Lili Caneças vai ao médico para fazer um tratamento revolucionário anti-rugas: - A sra. só terá de colocar um parafuso no topo da cabeça escondido no couro cabeludo. Sempre que aparecerem rugas basta girar o parafuso que a sua pele é puxada para cima e as rugas desaparecem. Quer experimentar? - Claro, Dr.! Isso é o máximo! 6 meses depois volta para uma consulta: - Dr. essa técnica do parafuso é óptima, mas apareceram-me estes papos por baixo dos olhos! - Minha Sra. esses papos são os seus seios. E se não deixar esse parafuso quieto daqui a 15 dias vai ter barba !!!!!!!

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Segure o seu funeral, porque não vai viver sempre A vida é bela, é agradável e todos nós gostamos de viver e desfrutar as oportunidades, os desafios e as alegrias e os ciclos de vida. Porém como sabemos, ninguém é eterno e imortal. Há que pensar (quanto antes melhor) em segurar o nosso funeral para não deixarmos despesas que vão sub carregar quem ainda terá que suportar a nossa perda. Para mais informações sobre os nossos serviços funerários e como cobrir o risco financeiro do funeral. Contacte-nos sem compromissos.

Os discursos do novo presidente dos EUA, Barack Obama, estão a ser um sucesso de vendas no Japão. Mas o interesse por eles não é puramente político. As palavras do chefe de Estado norte-americano estão a ser usadas para a aprendizagem da língua inglesa. De acordo com a agência Reuters, foram vendidos mais de 400 mil exemplares do livro «The Speeches of Barack Obama» (Os Discursos de Barack Obama) em apenas dois meses. Estes são números muito significativos se se tiver em conta que no mercado nipónico poucos são os títulos que vendem anualmente mais de um milhão de cópias. No Japão os manuais de aprendizagem de inglês são muito procurados. Quase todas as livrarias têm secções dedicadas a este tema, com muitos manuais a ostentarem a face de Obama na capa. «Os discursos de presidentes e candidatos presidenciais são excelentes como ferramentas para aprender inglês, porque os seus conteúdos são bons e as suas palavras fáceis de compreender», disse à Reuters Yuzo Yamamoto, da Asahi Press, a editora responsável pelo famoso livro de discursos de Obama.

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PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

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Previsões para Março 2009

Por Maria Helena Martins Carneiro Amor: Estará muito carente, procure ser mais optimista quanto ao seu futuro sentimental. Saúde: Tendência para dores de cabeça. Dinheiro: Período favorável, aproveite bem este momento para dinamizar a sua vida financeira. Touro Amor: Evite qualquer tipo de atitude egoísta ou egocêntrica. Saúde: Cultive a sua saúde através de gestos simples: estacione o carro um pouco mais longe e ande a pé, troque o elevador pelas escadas. Dinheiro: Tente conter-se um pouco mais nos seus gastos. Gémeos Amor: O seu charme e simpatia possibilitam-lhe alcançar a harmonia à sua volta. Saúde: Não tenha medo de aceitar aquilo que lhe parece novo ou diferente. É essa mudança que lhe vai permitir evoluir. Dinheiro: Deixe os seus investimentos darem frutos. Caranguejo Amor: Ao enfrentar algum problema lembre-se que este só poderá ser resolvido se for abertamente discutido pelos dois elementos do casal. Saúde: Cuidado com a alimentação hiper-calórica, não abuse. Dinheiro: Lembre-se que um bom líder deve ser capaz de cultivar o bom-humor, pois num ambiente agradável as pessoas procuram dar o seu melhor. Leão

Amor: Reconheça que ninguém consegue dominar as suas emoções em todos os momentos e não se recrimine quando não reage como gostaria. Admitir que não é perfeito é o primeiro passo para se sentir em paz. Saúde: Cuidado com as quedas, anda muito distraído. Dinheiro: Tudo irá correr pelo lado mais favorável neste sector. Virgem Carta do Mês: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera. Amor: lembre-se que quando não arriscamos por medo de perder a estabilidade que conseguimos estamos a deixar de viver. Saúde: Com disciplina e auto-controlo melhorará certamente de qualquer situação difícil. Dinheiro: Uma pessoa amiga vai precisar da sua ajuda, não lhe falhe. Balança Amor: É importante agir no momento certo, enfrentar os problemas sem lhes dar demasiado valor. Saúde: Procure com mais regularidade o seu médico assistente. Dinheiro: Não é o momento ideal para contrair nenhum empréstimo. Escorpião Poder Material e que pode ser Amorosa ou Fria. Amor: Seja mais carinhoso com o seu par. Saúde: Procure mais vezes o seu dentista. Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área da sua vida, pois nem tudo está perdido.

Sagitário Amor: Este é um momento favorável para a conquista. Saúde: Vigie o seu estômago. Dinheiro: Observe e oiça o que o rodeia, procure conhecer e experimentar sempre mais, tome uma atitude perante as situações! Capricórnio Amor: Dê mais atenção aos seus amigos, dedique-se mais àqueles que ama e que o amam, não tenha medo nem preguiça de começar coisas novas! Saúde: Lute contra a rotina. Não seja hipocondríaco, consulte o médico mas sem dramatismos. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos, corte com as despesas que não são realmente necessárias. Aquário Amor: lembre-se que estamos sempre a tempo de começar de novo, de fazer mudanças, vencer o mau humor, as frustrações e a impaciência. Saúde: está mais sujeito a dores de garganta. Dinheiro: tenha força para agarrar a vida com coragem! Peixes Amor: Em vez de culpar os outros por aquilo que nos acontece, lembre-se que podemos escolher ultrapassar os obstáculos com que nos deparamos, utilizando-os para amadurecer e evoluir. Saúde: Tenha mais confiança e valorize mais as suas qualidades. Dinheiro: Cuidado com as intrigas no local de trabalho, afaste-se de boatos. Em cada circunstância faça sempre o que lhe parece certo.

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Como Cortar Trabalhos de Bruxaria Formato: 14x21cm Páginas: 152 Preço: 25,00 € Um ritual de magia negra posto em acção contra alguém pode prejudicar avítima e destruir a sua vida de forma brusca e surpreendente. Todas as áreasestão sujeitas a ficar afectadas. Tudo à sua volta parece ruir. E, mais graveainda, a vítima de magia negra não consegue encontrar forças para reagir. Neste livro de carácter prático, a autora apresenta rituais fáceis de executar que permitem criar uma aura de protecção.

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Maria da Piedade Frias Telefone: 0711/8889895 piedadefrias@gmail.com

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Rui Clemente Paz Telefone: 0173 - 5351651 ruipaz@gmx.de

Consulado -Geral de Portugal em Frankfurt Zeppelinalle 15 - 60325- Frankfurt Tel: 069/979880-44;45 Consulado-Geral de Portugal em Stuttgart Königstr.20 - 70173 Stuttgart Tel. 0711/2273974

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Este livro pretende ajudá-lo a vencer os medos com que lida diariamente: o medo de desagradar, o medo de fracassar, o medo de ser rejeitado, o medo da mudança, entre outros, e a aprender a confiar em si mesmo e nas suas decisões.

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PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Os Novos Vinhos de Portugal Por Dra. Teresa Colaço do Rosário

xploração agrícola da Comenda Grande foi iniciada por Maria José de Almeida Margiochi, descendente de uma das mais célebres figuras da Agricultura Portuguesa do século XIX - Francisco Simões Margiochi, ao qual na época foram atribuidos inúmeros prémios Nacionais e Internacionais, relacionados com a actividade agrícola. Exploração agrícola de referência na região, hoje continuada por um membro da familia que tem vindo a acompanhar a reconversão da agricultura alentejana, efectuando um conjunto de investimentos de vulto nesse sentido. Assim, a par da reconversão de parte do sequeiro em regadio, reforçou as áreas de floresta privilegiando o sobreiro – Quercus Suber- e instalou 30 ha de vinha em talhões extremes e plantou um moderno olival também em cerca de 30 ha. A vinha está plantada no concelho de Arraiolos, distrito de Évora, implantada em solos pardos mediterrânicos de rochas cristalofilicas, médios a ligeiramente pesados. Os 30 ha dividem-se em 25 ha de castas tintas e 5 de castas brancas, tendo-se previlegiado as castas mais marcantes do Alentejo, Trincadeira e Aragonez nas tintas e Arinto e Antão Vaz nos brancos. Quer na vinha, mediante a selecção de castas e um rigoroso acompanhamento e controlo da produção, quer

Vinhos de Portugal

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COMENDA GRANDE Tinto 2006 Vinho Regional Alentejano na adega, mediante uma tecnologia adequada dispondo de modernos meios tecnológicos e sua criteriosa utilização, “desenhou-se” um perfil de vinho que se quer potenciador das melhores condições existentes em que se procurou a elegância e harmonia dos factores casta e “terroir” e que simultaneamente vá de encontro ás actuais expectativas dos consumidores. O vinho Comenda Grande Tinto 2006 é um vinho elaborado a partir das castas Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet, complementadas por Syrah, Tinta Caiada, Alfrocheiro e Cabernet Sauvignon. O vinho vinifica a temperatura controlada (25-28 ºC), seguido de maceração prolongada de cerca de 20 dias. Posteriormente estagia 12 meses em barricas novas de carvalho e 6 meses em garrafa. Vinho de cor granada viva, com um aroma intenso a frutos vermelhos com notas de baunilha e especiarias, denotando-se a fruta bem casada com a madeira. Apresenta-se ao sabor muito guloso com taninos muito suaves, final prolongado e persistente. Deve servir-se a uma temperatura de 18 ºC e aguardar em copo apropriado a exaltação das suas características. Este vinho não foi estabilizado pelo que, com o tempo, pode vir a apresentar algum depósito. Beba com moderação e divulge os vinhos portugueses. Publicidade


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Última

PORTUGAL POST nº 176 • Março 2009

Estudo alemão atribui 2,2 mihões de adeptos ao Benfica O Benfica é o clube mais popular em Portugal, com 2,2 milhões de adeptos, segundo um estudo da SPORT+MARKT, que reduz a menos de metade o número de simpatizantes contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O estudo da empresa de estudos de marketing alemã, dedicado à época de 2008/09, calcula que apenas 4,7 milhões de portugueses entre os 15 e os 69 anos responder ser “interessados” ou “muito interessados”, ou seja, menos de metade da população portuguesa. Segundo dados de um estudo da “Vox Populi”, INE e secretaria de Estado das Comunidades, divulgado em Março de 2006, o Benfica reunia mais de 4,75 milhões de adeptos só em Portugal, mais de 5,5 milhões na Eu-

ropa e mais de 14 milhões no Mundo. Considerando uma população de 7,65 milhões de portugueses, entre o mesmo intervalo de idades, o estudo da SPORT+MARKT indica que apenas 61,43 por cento, cerca de 4,699 milhões de portugueses, revelaram ser “interessados” ou “muito interessados” em ver futebol através da televisão. Entre os “interessados” e “muito interessados”, a empresa realizou em Portugal 600 inquéritos por telefone, como amostra desta população, questionando sobre o clube favorito, sem dar sugestões. De acordo este estudo, o Benfica detém 2,2 milhões de adeptos, mais 900 mil adeptos do que o FC Porto (1,3 milhões), segundo classificado na popularidade nacional, e o dobro que o Sporting, terceiro luso (1,1 milhões). Na Europa, de acordo com a SPORT+MARKT, cujos resultados assentam em inquéritos a 9.600 mil adeptos da modalidade, de 16 países, entre os 16 e 69 anos, os “encarnados” detém 700 mil apoiantes, tantos quantos preferem o Sporting, e mais 100 mil que o FC Porto.

Assim, com 2,9 milhões de adeptos na Europa, o Benfica ocupa a 32ª posição no ‘ranking” europeu, que é liderado pelos espanhóis Barcelona, com 44,2 milhões de adeptos, e Real Madrid, com 41 milhões. O estudo aponta ainda o FC Porto

como o 44º clube mais popular na Europa, com um total de 1,9 milhões de adeptos no “velho continente”, e o Sporting, com menos 100 mil, na 47ª posição. Confrontada com a disparidade no número de adeptos apresentado

pelo estudo da “Vox Populi”, INE e secretaria de Estado das Comunidades e o da SPORT+MARKT, a gestora de relações públicas internacionais da SPORT+MARKT sublinhou “apenas responder pelo número de adeptos na Europa”. “Desconheço a quantidade de apoiantes de clubes portugueses na Ásia, América e até em África”, disse Julia Kunkel, garantindo que apenas os “três grandes” constam da lista dos 100 clubes mais populares da Europa. A relações públicas admitiu ser “muito difícil um clube português conseguir impor-se num ‘ranking’ como este”, justificando que “Portugal é um país pequeno, com apenas 4,7 milhões de adeptos interessados por futebol, o que acaba por ser um número baixo, comparativamente, por exemplo, com a Rússia, que tem 57,3 milhões”. Ainda de acordo com este estudo, o Manchester United, onde alinha Cristiano Ronaldo e Nani, é o clube estrangeiro mais popular em Portugal, com 1,1 milhões de adeptos, a larga distância de Barcelona (600 mil) e Real Madrid (500 mil), segundo e terceiro classificado, respectivamente. Publicidade


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