PORTUGAL POST Director: Mário G. M. dos Santos ANO XVI • Nº 182 • Setembro 2009 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: correio@free.de •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718
Informe-se, escolha 2009 e vote Legislativas
Leia nesta edição Portugal Emigrantes de férias surpreendidos com preços altos num Portugal em crise Página 3
Encontro Candidatos do PS, Paulo Pisco e Dora Mourinho, encontram-se com dirigentes da FAPA Página 9 Paulo Pisco, Cabeça de lista do PS pelo circulo eleitoral da Europa
Dora Mourinho, residente em Essen (NRW), candidata pelo PS
José Sócrates. Secretário-Geral do PS
Osnabrück Manuel Silva nomeado Vice-Cônsul Página 9
Viagens Comboio de Emigrantes ainda apita com o nome Sud-Express Página 11 Carlos Gonçalves, Cabeça de lista de PSD pelo circulo eleitoral da Europa
Manuel Ferreira, residente em Frankfurt, candidato pelo PSD
Manuela Ferreira Leite, Presidente do PSD
Gripe A Alemanha terá a maior campanha de vacinação do pós-guerra Página 14
São Belo, Cabeça de lista da CDU pelo Círculo eleitoral da Europa
Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP Publicidade
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
PORTUGAL POST
Editorial Mário dos Santos
Agraciado com a medalha da Liberdade e Democracia da Assembleia da República Fundado em 1993 DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS
CORRESPONDENTES ALFREDO CARDOSO: MÜNSTER ANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHEN JOÃO FERREIRA: SINGEN JORGE MARTINS RITA: ESTUGARDA JOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORF KOTA NGINGAS: DORTMUND MANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECK MICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONA PAULO ALEXANDRE: HAMBURGO ZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT COLUNISTAS ANTÒNIO JUSTO: KASSEL DORA MOURINHO: ESSEN FERNANDA LEITÃO: TORONTO JOSÉ EDUARDO: FRANKFURT JOSÉ VALGODE: LANGENFELD LAGOA DA SILVA: LISBOA LUIS BARREIRA, LUXEMBURGO MARCO BERTOLOSO: COLÓNIA MARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIG PAULO PISCO: LISBOA RUI MENDES: AUGSBURG RUI PAZ: DÜSSELDORF TERESA COLAÇO: COLÓNIA ASSUNTOS SOCIAIS JOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIAL CONSULTÓRIO JURIDICO CATARINA TAVARES: ADVOGADA MICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADA MIGUEL KRAG: ADVOGADO FOTÓGRAFOS: PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARES AGÊNCIAS: LUSA. DPA IMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG PUBLICIDADE: TELMA BONITO REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADE BURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUND TEL.: (0231) 83 90 289 FAX: (0231) 83 90 351 WWW.PORTUGALPOST.DE E MAIL: CORREIO @ FREE.DE REGISTO LEGAL: PORTUGAL POST JORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHA ISSN 0340-3718 • K 25853 PROPRIEDADE PORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654 OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICULAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST
Informe-se, escolha e vote
O
s resultados das eleições a realizar no próximo dia 27 deste mês em Portugal (exactamente no mesmo dia em que acontecem as eleições na Alemanha) irão ditar qual o governo que os portugueses querem para os próximos quatro anos. Contrariamente ao desinteresse que a opinião publica e publicada em Portugal dá aos votos provenientes da “emigração”, a verdade é que os “nossos” votos poderão ser decisivos em caso de empate entre os dois maiores partidos. Os quatro deputados que os portugueses residentes fora de Portugal elegem podem fazer a diferença e até podem contribuir para que dêem a vitória ao Partido Socialista ou ao Partido Social Democrata, os dois partidos que normalmente disputam o poder em Portugal. Pelo círculo eleitoral da Europa, são dois os deputados a eleger. PS, PSD e CDU são as forças policias que reúnem condições para conquistar deputados. Os dois deputados a eleger por este círculo
são normalmente distribuídos pelos partidos PS e PSD. No entanto, nem sempre foi assim. PS já conseguiu os dois deputados e, nas últimas eleições, faltaram cinco votos aos socialistas para fazer o pleno. A CDU, a coligação entre comunistas e Verdes, também se posiciona na campanha eleitoral animada pelos votos conseguidos nas últimas eleições europeias. A ver vamos se a força militante dos comunistas consegue ser traduzida em votos. É sabido que por um voto se perde e por um voto se ganha. Assim sendo, está nas mãos dos eleitores o futuro da governação do país. Como tem sido habitual, O PORTUGAL POST concede espaço aos partidos que lutam por conquistar deputados pela emigração, cumprindo, deste forma, um serviço público e contribuindo para o esclarecimento dos eleitores, eleitores que são aqueles que vão escolher o partido para governar o país e os deputados merecedores da sua confiança para os representar num importante
órgão de soberania de Portugal que é a Assembleia da República. Por isso, informe-se, escolha e vote.
A SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS. Na página 10 desta edição, o PORTUGAL POST publica um inquérito a todos os que nos lêem que tem como única finalidade tornar este jornal mais próximo dos interesses dos seus leitores. Ao preencher o inquérito, o leitor está a ajudar-nos a melhorar o nosso trabalho e a contribuir para reforçar a missão de porta-voz da comunidade do PORTUGAL POST. Por isso, ficamos muito gratos pelas contribuições de todos quantos preencherão o inquérito que será para nós de muita utilidade para assim prestarmos um melhor serviço e uma mais útil informação.
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REDACÇÃO E COLABORADORES CRISTINA KRIPPAHL: BONA FRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIM FERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDA HELENA GOUVEIA: BONA JOAQUIM PEITO: HANNOVER LUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE
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Nacional & Comunidades
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
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Emigrantes de férias surpreendidos com preços altos num Portugal em crise Emigrantes de férias em Portugal levaram menos dinheiro o objectivo de gastar o menos possível, num país onde se vive pior do que naqueles que eles escolheram para trabalhar e agora ainda mais por causa da crise. O fim-de-semana que marcou a entrada da segunda quinzena de Agosto foi de partidas e chegadas em Vilar Formoso, porta de entrada num país que recebe nesta altura do ano milhares de emigrantes, que enchem os depósitos no último posto de combustível espanhol e param no primeiro café em Portugal. Jorge e Cristina Serra, mais a pequena Matilde, vivem nos arredores de Paris, onde todos nasceram, e preparam-se para visitar os dois lados da família, na Figueira da Foz e em Pinhel. “Vamos tentar gastar menos e, Publicidade
desta feita, não vamos para o Algarve para podemos jantar mais vezes fora”, diz Jorge Serra, consciente “dos altos preços dos combustíveis e dos baixos salários em Portugal”. “A classe média e a baixa também está a sofrer em França”, afirma Jorge Serra, que é funcionário de uma empresa de telecomunicações móveis. A mulher trabalha numa pequena empresa de software. O casal não pensa trocar França por Portugal, porque lá há melhores condições de vida e um sistema nacional de saúde mais eficiente. Já de férias em Portugal, Abel Silva, 54 anos, que há 19 trocou uma pequena aldeia da freguesia de São Mamede, no concelho da Batalha, pelo Canadá, sente que “tudo melhorou um pouco” em Portugal, mas “continua a ganhar-se mal”. “Ganha-se pouco e as coisas estão caras”, constatou, acrescentando que “todas as pessoas se queixam”, uma situação que atribui à crise. Abel Silva adiantou que, embora “as pessoas tentem poupar alguma coisa”, a crise é um impedimento Quanto a um hipotético regresso a Portugal, o emigrante responde: “Com a minha idade não é fácil arranjar emprego”. Por isso, adia para uma idade mais próxima da reforma a possibilidade de refazer a vida em Portugal. Quem acredita num regresso mais cedo é Noémia Reis, 57 anos, emigrante em França. Natural de Aljustrel, Fátima, a emigrante, empregada de limpeza, completa agora 35 anos em França, onde estão os seus três filhos e os três netos, e assegura que não será a crise a impedi-la de regressar. “Em Portugal, sinto-me mais alegre. Lá é casa-trabalhotrabalho-casa”, assegurou Noémia Reis, que vê Portugal um país “mais
Jorge (D) e Cristina Serra (E), e Matilde, vivem nos arredores de Paris, e estão a passar férias em Portugal, temem os preços altos e trazem o objectivo de gastar o menos possível, num país onde se vive pior do que naqueles que eles escolheram para trabalhar e agora ainda mais por causa da crise, LUSA
avançado”, mas muito caro e com um serviço de saúde que gostaria que fosse igual ao de França. “O meu filho diz que aqui os iogurtes são mais caros”, observou a emigrante, assegurando não ter dúvidas de que “em Portugal quem tem dinheiro vive bem”. O problema é que „a maior parte das pessoas não tem dinheiro”. Noutra latitude,Teixoso, na Covilhã, Maria José Fernandes, 61 anos, está de regresso a casa, embora ainda continue a visitar, “mês sim, mês não“ os arredores de Paris, onde trabalhou mais de três décadas como ama. “Também lá há muita crise, com muito desemprego. Mas acho que a atitude dos franceses e sobretudo dos emigrantes portugueses em França é muito diferente”, descreve. “Aqui as pessoas ficam muitas vezes à espera das ajudas, como o subsídio de desemprego, refere Maria José Fernandes. „Lá é diferente: quando alguém está no desemprego, luta logo por alguma coisa”, descreve, confessando ainda “estranheza” por ver pessoas “com tão pouco a comprar tanta coisa”. “Depois vem-se a saber que estão endividadas. Em França também não é assim”, conta. “Às vezes é preciso sofrer, sobretudo nesta altura de crise, mas há muita gente que não quer sofrer.”
E os que desembarcam na Portela querem mesmo é passar férias Já os emigrantes que desembarcam no aeroporto da Portela gostam de Portugal, mas só para férias, já que não pensam regressar em definitivo tão cedo, sobretudo pela percepção que têm da situação da
economia portuguesa. „Neste momento, não há nada a esperar de Portugal. Não vejo perspectivas de melhoras (da economia)“, declarou Sérgio Crespo, 30 anos,no aeroporto de Lisboa, chegado de Inglaterra para passar férias. Sérgio Crespo, que mora com a mulher há dois anos em Reading, considera que a crise financeira internacional está a ter impacto em Portugal, „porque a economia portuguesa depende muito de outros países“. Os emigrantes também apontam os baixos salários, o baixo padrão de vida em relação aos outros países da Europa, a falta de estrutura dos serviços básicos fornecidos pelo Estado, sobretudo na área da saúde, e o baixo valor das reformas como alguns factores para continuarem a trabalhar no estrangeiro. „Os ordenados são muito baixos (em Portugal) e passei seis anos sem receber um aumento, a trabalhar para o Estado português“, declarou Crespo, natural do Cartaxo e que trabalha em Inglaterra como administrador de sistemas informáticos. „O nível de vida é definitivamente diferente, muito melhor, mas custa-nos estar longe do nosso país“, referiu ainda Crespo, que está em permanente contacto com as notícias de Portugal através da internet. Para a sua mulher, Paula Vaz, 27 anos, também natural do Cartaxo, existem muitas facilidades para as pessoas em Inglaterra, „além do serviço de saúde e do sistema de serviços do Estado em geral serem muito melhores“ do que em Portugal. „Em Portugal, as coisas demo-
ram muito tempo a acontecer. Em Inglaterra, tudo é resolvido rapidamente, disse Paula Vaz, que trabalha como recepcionista num ginásio. O casal não pretende retornar a Portugal tão cedo e vem ao país „apenas para passar férias“. Duas outras emigrantes em férias, Isabel Klose e Ana Maria Gouveia, residentes há mais de 30 anos na Alemanha, também acreditam que a situação económica de Portugal continua a não ser das melhores. „Pelo que nós vemos nos noticiários portugueses da televisão, está tudo muito difícil, tudo está mais caro. A situação económica do país está pior“, indicou Ana Maria Gouveia, natural de Seia e que mora há 35 anos em Nuremberga. „A assistência médica é muito melhor na Alemanha. O padrão de vida lá é muito melhor“, referiu Ana Maria Gouveia, 60 anos, que trabalha numa fábrica de munições e vem todos os anos passar férias a Portugal. Esta é a mesma opinião de Isabel Klose, uma administrativa de 53 anos, há 36 anos na região de Estugarda e que acompanha as notícias de Portugal pela televisão. Ao contrário do casal de Inglaterra, Isabel Klose e Ana Maria planeiam voltar assim que se reformarem. „Como a reforma da Alemanha dá para viver bem aqui (Portugal). Não posso dizer a mesma coisa da reforma portuguesa, que é muito baixa“, declarou Isabel Klose. „Vou reformar-me daqui há três anos e volto para Portugal, mas, se não tivesse essa reforma garantida, ficava na Alemanha“, finalizou Ana Maria Gouveia. Lusa /PORTUGAL POST
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Eleições Legislativas 09
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Os candidatos emigrantes às eleições legislativas
Dora Mourinho, Essen, candidata pelo Partido Socialista
Manuel Ferreira, Frankfurt, candidato pelo PSD
Maria do Céu Campos, Ravensburg, candidata pelo PSD
São Belo, Suíça, candidata pela CDU
No dia 27 deste mês, os portugueses vão ser chamados a eleger os 230 deputados, 4 dos quais representam os círculos eleitorais da Europa e de Fora da Europa, que irão compor o próximo parlamento que, por sua vez, elegerá o próximo Governo de acordo com os resultados eleitorais. Os cerca de 11.000 eleitores devidamente recenseados na Alemanha receberão em casa o boletim de voto que o terão de enviar (de preferência em carta registada) devidamente preenchido até ao dia 27. Cada um votará em consciência na força politica que lhe inspira mais confiança. Para ajudar a convencer os eleitores, os partidos têm programas e, para dar a cara por eles, as forças politicas têm rostos, sendo que também estes acabarão de alguma maneira por influenciar os eleitores.
Por isso, alguns partidos apresentam rostos que são, mais ou menos, conhecidos dos eleitores da Alemanha. E se não o são, os partidos ao colocá-los nas suas listas querem dar o sinal aos eleitores de que estão próximos deles e que os seus candidatos conhecem os seus anseios e compreendem as suas necessidades. Mas falando no que aos eleitores da Alemanha diz respeito. Partido Socialista e Partido Social Democrata colocam nas suas listas candidatos aqui residentes. O PS ao colocar a socióloga Dora Mourinho, residente em Essen, nas suas listas “quer dar um sinal à comunidade que está a dar importância aos portugueses da segunda geração. Por outro lado, Dora Mourinho é uma pessoa com profundos conhecimentos na área da integração e migrações”, informa o responsável do PS pelo Departamento das Comunidades, Paulo Pisco, que tam-
bém encabeça a lista por aquele Partido. Já o PSD coloca dois cidadãos residentes na Alemanha. São eles Manuel Ferreira, que se candidata pela terceira vez e que já passou pelo parlamento por duas vezes para substituir Carlos Gonçalves que tutelou a pasta da Secretaria de Estado das Comunidades no Governo de Santana Lopes. Manuel Ferreira, director de uma caixa de poupança alemã, surge em segundo lugar da lista. Por seu turno, Maria do Céu Campos, uma emigrante residente no sul da Alemanha, ocupa o quarto lugar da lista, isto é, segundo suplente, do PSD (ver texto nesta edição). Carlos Gonçalves, Cabeça de lista do PSD justificou ao nosso jornal a colocação de dois portugueses residentes neste pais devido ao facto da “estrutura do PSD ser muito forte”. No que diz respeito à CDU
(coligação entre Verdes e comunistas), na lista pelo círculo eleitoral da Europa deste partido não consta nenhum residente na Alemanha. Há, porém, a registar o nome de Luciano Caetano da Rosa, um professor universitário residente em Berlim, mandatário desta lista . O cabeça de lista deste partido é uma emigrante na Suíça conhecida na comunidade local por São Belo, uma operária da relojoaria e presidente do rancho folclórico Duas Rosas No que concerne aos programas, o nosso jornal solicitou (por escrito) entrevistas aos principais partidos para lhes colocar questões que têm a ver com os programas eleitorais. PSD e CDU neste edição e PS na anterior divulgam o mais importante dos seus programas. Assim, restará aos leitores a apreciação e julgamento de cada um deles. Redacção PP
A Alemanha vai a votos No dia 27 de Setembro, mais de 62 milhões de eleitores alemães serão chamados às urnas a fim de eleger os deputados à 17ª legislatura do Parlamento federal alemão. Por sua vez, os parlamentares elegerão o ou a chanceler federal. Assim, o resultado da eleição é também uma decisão sobre quem chefiará o governo federal nos próximos quatro anos, ocupando a Chancelaria Federal em Berlim. Tudo indica que a grande coligação, chefiada pela primeira chaceler alemã, Angela Merkel, entre o SPD e a CDU não terá continuidade. De quatro em quatro anos, o eleitorado escolhe a nova composição política do Bundestag. O Parlamento federal, composto regularmente por 598 deputados, é principal órgão de soberania da República Federal da Alemanha. Legislar é uma das suas tarefas principais. Todas as leis federais têm de ser debatidas e aprovadas pelo Parlamento. Na sua 16ª legislatura, recém encerrada, o Parlamento federal alemão aprovou cerca de 600 leis. Ao lado desta importante função legislativa, o Parlamento também é responsável pela eleição do chefe de governo, o chanceler federal, e pelo controlo do governo federal. O Parlamento federal alemão tem, há dez anos, a sua sede no edifício histórico do Reichtag. Na última eleição para o Parlamento federal, em Setembro de 2005, foram seis os partidos políticos que conquistaram mandatos parlamentares. Nas anteriores eleicões, em 2005, houve uma percentagem eleitoral de 77,7% . Na 16ª legislatura do Bundestag, a CDU/CSU formou a maior bancada parlamentar, com 222 mandatos. Seguiu-se o SPD, com 221 deputados. O FDP obteve 61 lugares; A Esquerda, 53; e a Aliança90/Os Verdes, 51. A isto se soma três deputados sem bancada.
José Sócrates quer dar prioridade à defesa da PSD quer alargar nacionalidade portuguesa a netos de cidadãos nacionais língua portuguesa junto da emigração O secretário-geral socialista, José Sócrates, defendeu que a prioridade de “vários departamentos do Estado” deve ser a valorização da língua portuguesa junto dos países onde existem comunidades portuguesas, que classificou como “a guarda avançada“ de Portugal. “Devemos considerar como prioridade de vários departamentos do Estado a defesa da nossa língua”, afirmou José Sócrates em Lisboa, dirigindo-se a um grupo de representantes das comunidades portuguesas no estrangeiro, no âmbito da pré-campanha às eleições
legislativas de 27 de Setembro. Para além da defesa da língua, José Sócrates apontou a necessidade de “ajudar à afirmação das comunidades portuguesas”, já que desta depende “grande parte da afirmação do país”. “Tem sido um erro que cometemos ao longo de várias décadas não perceber que grande parte da afirmação do país está dependente da afirmação das comunidades”, que constituem a “guarda avançada do país”. Sócrates deu o exemplo da relação comercial entre Portugal e Venezuela que “foi finalmente potenciada” porque o Governo “se deu conta que a comunidade portuguesa era uma arma ao serviço dessa relação económica”. A simplificação dos actos administrativos que os órgãos da administração prestam aos emigrantes e
a valorização das comunidades enquanto “instrumento da afirmação do país” é o objectivo das candidaturas do PS pelos círculos da Europa e Fora da Europa, disse. Em panfletos distribuídos na iniciativa, que decorreu num hotel de Lisboa, o PS compromete-se a transformar os serviços da administração pública da rede consular em “verdadeiras lojas do cidadão” e a deslocar funcionários consulares para “irem ao encontro das comunidades mais pequenas e isoladas”. Incentivos às associações de emigrantes que se destaquem na “actividade em prol da comunidade” e a criação de “novas modalidades de apoio ao regresso de idosos são outras prioridades do programa socialista dirigido aos emigrantes. Lusa /PP
O PSD revelou que quer "alargar a nacionalidade portuguesa aos netos de cidadãos nacionais por mero efeito da vontade" e criticou a actuação do Governo neste campo, acusando-o de "ter feito tudo contra" os emigrantes portugueses. Falando no final de uma audiência com representantes das comunidades portuguesas na sede do PSD, Manuela Ferreira Leite acusou o executivo socialista de "não ter cumprido em nada nenhuma das promessas que fez sobre esta temática" e defendeu que o seu partido "sempre tem dado enorme importância ao longo da sua história" aos emigrantes, "com uma preocupação fundamental de manter unidos todos aqueles que são portugueses".
"A actual lei da nacionalidade prevê que a segunda geração, ou seja os netos, possam ter a acesso à nacionalidade portuguesa por naturalização, mas não por efeito de vontade", explicou o deputado José Cesário (PSD). O deputado sublinhou ainda que "a aquisição da nacionalidade por naturalização não é extensível aos filhos dos respectivos, de quem adquirir esta nacionaldade, e pode implicar, em alguns casos, na perda da nacionalidade originária". "O que nós propomos é a retomada da proposta que já apresentámos no curso desta legislatura, por duas vezes, que prevê a transmissão da nacionalidade portuguesa aos netos de portugueses, ainda que os pais não a tenham, por efeito de vontade", referiu ainda José Cesário. Lusa / PP
Eleições Legislativas 09
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Perguntas a...
P Divulgados que estão os nomes dos candidatos pela Comunidades, quais as propostas políticas que o PSD vai apresentar para convencer o eleitorado? R O PSD apresenta-se nesta campanha com um conjunto de propostas sérias e, acima de tudo, exequíveis, imbuído de um profundo espírito reformista e com o objectivo prioritário que é o de garantir a reaproximação entre Portugal e todos os portugueses que se encontram espalhados pelo mundo. Para nós as Comunidades Portugueses devem de novo assumir-se como fundamentais no contexto da nossa política externa sendo nossa intenção desenvolver, entre outras, as seguintes medidas caso tenhamos a responsabilidade do Governo de Portugal. Aumentar a participação cívica e política das nossas comunidades na vida política nacional e nos países de
Carlos Gonçalves Cabeça de lista do PSD pelo Círculo da Europa
acolhimento; -Desenvolver mecanismos de captação de poupanças e investimentos dos portugueses residentes no estrangeiro nomeadamente restaurando as conta poupança-migrante; Dar sequência a programas que incentivem a mobilização dos jovens luso-descendentes para uma maior relação com a nossa Cultura, a nossa Língua e a realidade do Portugal moderno; Será dada prioridade à reforma do sistema de voto dos portugueses residentes no estrangeiro, adoptando nomeadamente o sistema de voto electrónico; Valorizar as celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas e do dia 25 de Abril; Desenvolver novos mecanismos de captação de poupanças e investimentos dos Portugueses residentes no estrangeiro; Incentivar a organização empresarial no seio das nossas Comunidades numa óptica de aproximação ao tecido industrial e comercial nacional; Reformar a rede consular de forma a garantir uma melhor ligação às comunidades portuguesas; Iniciar o processo de criação dos “Espaços Portugal”, enquanto estruturas capazes de integrar no seu seio organismos oficiais e empresas ou associações empresariais e culturais que possam dar um importante contributo para a defesa dos nossos inte-
Perguntas a...
P O PSD ao integrar na lista pelo circulo eleitoral da Europa dois candi-
Por Mário dos Santos datos residentes Alemanha quer dizer que vai apostar mais forte no eleitorado deste país ou isso significa uma mera coincidencia? R A Alemanha foi, certamente, dos grandes países de comunidades portuguesas um dos mais maltratados pelo Governo do Engº Sócrates. Com efeito, desde a rede Consular que se encontra com uma escassez de recursos humanos preocupante – vejam os casos de Hamburgo, Frankfurt ou Estugarda., continuando pela extinção do Consulado Geral de Frankfurt – recentemente transformado em apenas vice-consulado apesar da importância de que se revestia para as nossas comunidades os interesses da nossa política externa, destacando o facto de Estugarda não ter tido Cônsul por vários anos, prosseguindo o desinvestimento na área dos cursos de língua portuguesa que tanto deram que falar nesse país e terminando numa ausência total de sensibilidade para a área social em virtude da Alemanha não merecer sequer ter um Conselheiro Social que possa acompanhar as questões sociais e o importante, por vezes decisivo na aplicação das políticas para esta área de governação, tecido associativo português. Face a esta situação, o PSD não podia deixar de apresentar nas suas listas candidatos que possam de uma forma clara e séria defender os interesses dos portugueses residentes na Alemanha.
São Belo Cabeça de lista da CDU pelo Círculo da Europa
portuguesas. Não há dinheiro para se manter os consulados nem para se reforçar a rede de ensino mas para os especuladores e exploradores o dinheiro do Estado nunca se acaba. Sócrates demonstrou que um primeiro ministro do PS a malhar nos trabalhadores não fica atrás da direita.
P Divulgados que estão os nomes dos candidatos pela Comunidades, quais as propostas políticas que o PCP vai apresentar para convencer o eleitorado? R A primeira grande proposta que fazemos ao eleitorado, ao povo português e às comunidades é pôr fim em Portugal a uma política que à semelhança da que vem sendo seguida na União Europeia, tem dado tanta força aos grandes capitalistas e banqueiros e tem retirado tantos direitos aos trabalhadores e às comunidades
resses e a aproximação à nossa Diáspora; O alargamento da nossa acção consular deverá contar igualmente com a rede de associações portuguesas, com as quais deverão ser estabelecidas novas modalidades de cooperação; Dar prioridade à celebração de acordos bilaterais na área da segurança social que permitam uma maior protecção dos direitos dos cidadãos portugueses que trabalham no estrangeiro; Será retomada a proposta do alargamento da nacionalidade portuguesa aos netos de cidadãos nacionais por mero efeito de vontade; O voto dos não residentes nas eleições autárquicas voltará a ser defendido; A reforma do ensino do Português no estrangeiro terá continuidade, apostando-se num modelo que permita alargar a rede aos países de fora da Europa e garanta a articulação estratégica com instituições formadoras das próprias comunidades e a contratação local de professores; O apoio aos Portugueses em situações economicamente mais difíceis e mais fragilizados socialmente será uma prioridade; Serão valorizados os órgãos de comunicação social das nossas Comunidades.
P Que resultado espera para a CDU na Alemanha e que tipo de campanha vai fazer para falar com as pessoas? R Mesmo tendo em conta que muitas pessoas que gostariam de votar contra a política deste Governo não estão inscritas, estamos confiantes que a CDU no círculo da Europa vai obter um bom resultado, o que já aconteceu nas últimas eleições europeias onde por exemplo, pela primeira vez na Alemanha, a CDU ganhou a área consular de Dusseldorf , obtendo mais votos do que o PS e o PSD juntos. P Se for eleita, em que domínios é que vai centrar o seu trabalho no Parlamento? R É muito importante que as co-
munidades sintam que os deputados pela emigração actuam na defesa dos seus direitos. A actual maioria absoluta de deputados do PS acabou com a Subcomissão das Comunidades Portuguesas na Assembleia da República. Criou legislação que conduziu praticamente à paralisação do Conselho das Comunidades Portuguesas. Transferiu para os cônsules poderes de nomeação dos representantes das comunidades nas comissões consulares. Isto demonstra bem o medo que o PS tem da democracia. A actual deputada do PS é conhecida pela deputada virtual como os consulados que o seu governo preconiza, ou seja invisível. Há imenso trabalho a fazer no campo do apoio social, do ensino, do estímulo aos ranchos folclóricos, ao movimento associativo e às suas federações. A força política com maior capacidade moral, sentido patriótico e provas dadas na defesa das comunidades é a CDU. P Já identificou os problemas com que a Comunidade na Alemanha se debate?
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Foi a pensar neles que o PSD não hesitou em constituir uma lista composta por dois elementos emigrantes nesse país. P Quando for eleito, em que domínios é que vai centrar o seu trabalho no Parlamento? R Par mim a resposta a essa pergunta é muito simples. Apenas darei continuidade ao trabalho que realizei nos anos em que tenho sido Deputado. Vejam a minha actividade parlamentar – podem fazê-lo consultando o sítio da Assembleia da República www.parlamento.pt – e poderão constatar que no exercício das minhas funções fui a voz das comunidades portuguesas no Parlamento e, muitas vezes, a voz da comunidade portuguesa residente na Alemanha. P Caso o seu partido ganhe as eleições, vai ocupar de novo a pasta da Secretaria de Estado das Comunidades? R Quanto à pergunta que me faz não tenho qualquer tipo de expectativa em ser de novo membro do Governo. Tenciono ser Deputado, realizar um trabalho que dignifique a função que assumo e que esteja à altura das expectativas que possa criar junto dos portugueses residentes no estrangeiro ao apresentar-me a um acto eleitoral acompanhado exclusivamente de emigrantes e com propostas exequíveis e sérias.
Por Mário dos Santos
R Como verifiquei ao visitar a Alemanha durante a campanha para as eleições europeias de Junho passado, os problemas da comunidade portuguesa aqui não são muito diferentes das dificuldades das comunidades de outros países da Europa. A exemplo do que aconteceu na França e noutros lados, a Alemanha já perdeu num curto espaço de tempo dois consulados-gerais. É significativo que para mudar o nome ao escritório consular de Osnabrück o PS tenha demorado quatro anos e só o tenha feito debaixo de grande pressão à beira das eleições. Mas o ensino do português como língua materna é outra das preocupações maiores. Sem portugueses a falar português não teremos comunidades portuguesas dignas desse nome. Na Alemanha foram necessárias pelo menos três manifestações, em Dusseldorf, Frankfurt e Stuttgart, para obrigar este Governo a respeitar o direito dos nossos filhos ao ensino. Um direito que continua em perigo. Há muito para fazer. É por isso que é necessário levar a luta até ao voto, votando na CDU.
Agenda da CDU 1. Sábado, dia 5 de Setembro, encontro de activistas da CDU da Alemanha às 16 horas na Festa do Avante no stand da Emigração do PCP, na Quinta da Atalaia na Amora, Seixal. 2. Durante todo o mês de Setembro e até ao dia 25, sexta-feira, a CDU vai em várias associações portuguesas na Alemanha informar os associados sobre as suas propostas e o seu programa para as comunidades. 3. Na Alemanha, o ponto alto da campanha eleitoral será a participação do deputado no Parlamento Europeu, João Ferreira do PCP, e do Mandatário da CDU pelo círculo da Europa, Luciano Caetano da Rosa na “Festa dos Cravos” no Sábado, dia 19 de Setembro em Leverkusen. A Festa que é aberta a toda a comunidade portuguesa decorrerá na Karl-LiebeknechtSchule, am Stadtpark 68, Leverkusen, das 11 horas da manhã até à noite. Haverá música portuguesa e internacional ao vivo e comes e bebes à portuguesa.
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Crónica
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Por Cristina Krippahl
A minha «fanfarrona bomba de matrícula amarela» e eu
C
ausou grande consternação um artigo de opinião recentemente publicado no semanário português «Expresso», que tentou o feito inédito de ofender de uma assentada cinco milhões de portugueses. Digo tentou, porque a meu ver só se ofende quem quer ser ofendido. Mas espanta-me a consternação. É possível que seja novidade para alguém que uma grande parte da população portuguesa continua a achar que os emigrantes são cidadãos de segunda? Depois da forma como nos tratam há anos os sucessivos governos, os políticos que supostamente nos representam, as entidades pagas para nos assistirem, foi preciso um rapazote qualquer debitar meia dúzia de bacoradas num jornal às moscas por causa da «silly season» para nos apercebermos da consideração que nos têm na pátria?
Pessoalmente acho bastante mais assustador e significativo que um licenciado em História Contemporânea tenha tão poucos conhecimentos sobre a História do seu país. Não vou tecer considerações sobre a instituição que o formou. Não sei se é uma daquelas «universidades» que proliferam no Portugal moderníssimo, criadas expressamente para garantir um canudo a troco de muito dinheiro e pouco talento a quem tenha paizinhos em condições financeiras. Se calhar também as universidades portuguesas ditas sérias preferem calar algumas realidades mais incómodas. Por exemplo, a de que os emigrantes, pelo menos os na Europa, pagaram duplamente pela modernização de Portugal nos últimos 50 anos: primeiro através das remessas e segundo através dos impostos e das contribuições nos países que trabalham, que são a base dos fundos estruturais eu-
ropeus, que, por sua vez, deram a Portugal tantos e tão bonitos estádios e autoestradas vazios. Isto porque os políticos portugueses ligeiramente atrasados em relação ao que se sabe serem as prioridades para um país apostado no desenvolvimento, acham que investir no futebol e nos automóveis para todos faz mais sentido do que construir um sistema de ensino e formação ao nível europeu. Os resultados estão à vista. Confesso que pertenço ao número de emigrantes que, todos os anos, no Verão, «invade» a pátria, se bem que não «montada» na minha «fanfarrona bomba de matrícula amarela». Primeiro, porque não me parece que isso descreva correctamente o meu VW Golf. Segundo, porque não me apetece levar a viatura para Portugal, país onde a miséria ainda é tanta que qualquer carro com matrícula estrangeira se arrisca a ser assaltado
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por quem acha que os emigrantes guardam sempre as suas poupanças da vida debaixo do assento do condutor. Prefiro deixar o meu carrinho abandonado durante quatro semanas à porta da casa na Europa, porque não tenho garagem, nem preciso, num país civilizado onde em 30 anos não sofri um único arrombo. E terceiro, porque guiar nas estradas portuguesas é mais ou menos como guiar no Cairo: só para quem procura aventuras de alto risco. O atraso de Portugal em relação à Europa no desenvolvimento do mais rudimentar civismo faz-se notar com particular ferocidade na forma como os portugueses guiam. Mas não só. A nós os emigrantes de «modos rurais» todos os anos nos choca de novo a dimensão do atraso, que tentamos depois esquecer entre Setembro e Julho: o lixo nas ruas, nas matas e nas praias. Os carros estacionados em cima dos passeios que obrigam mães com filhos pequenos a arriscar a vida quando andam nas cidades. As cuspidelas para o chão. A prepotência da polícia. A corrupção a todos os níveis da sociedade. O colapso total da justiça. As televisões que tratam os espectadores como atrasados mentais. Mas como é o nosso país, encontramos
mil desculpas: « … a Democracia não se faz em 20, 25, 30, 35 anos», « … mas tem bacalhau e pastéis de nata», « … as praias são lindas» (e mortíferas por causa dos crimes que se cometem contra a ecologia). E por aí fora. Como é só para as férias, aguenta-se bem. Desde que não nos caia uma falésia em cima. Mas muitas vezes nos perguntamos: como é que «eles» aguentam? «Eles», claro, são os dez milhões que ficaram. Como é sabido, a esperança é a última a morrer. E assim nós os emigrantes continuamos alegremente a enviar dinheiro, a investir em Portugal, a passar lá as férias e a contribuir para os fundos estruturais, porque estamos convencidos – muito mais do que os que lá vivem - que um belo dia Portugal há-de começar a recuperar deste atraso enorme que leva em relação à Europa onde nós vivemos. Com um bocadinho de sorte, será um processo que até incluirá a imprensa, que poderá então apostar mais na informação feita por profissionais pagos e menos na opinião com que agora enche as páginas porque é de graça, para não dizer gratuita. E quando publicar uma opinião, será de comentaristas com coisas inteligentes para dizer.
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Comunidade Alemanha
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Eleições legislativas 09
Breves ++ Breves ++ Breves ++Breves ++ Breves
Manuel Ferreira e Maria do Céu Campos concorrem na lista do PSD Ao apresentar os candidatos pelo círculo eleitoral da Europa, o PSD volta a colocar Manuel Ferreira em segundo lugar da lista encabeçada pelo actual deputado Carlos Gonçalves. Manuel Ferreira, que já foi deputado, substituindo no parlamento Carlos Gonçalves quando este assumiu a pasta da Secretaria de Estado das Comunidades no Governo de Santana Lopes, exerce funções de Director-Geral do departamento Sul da Europa da caixa de poupança alemã BKM. Do seu curriculum político, consta-se-se também a sua participação nas listas do PSD pela emigração nas eleições de 2002. Natural de Santa Comba Dão, Manuel Ferreira, de 47 anos de idade, justifica a sua candidatura para “defender uma política justa e de afirmação das nossas Comunidades Portuguesas”, disse numa nota enviada por escrito ao PP. Defendendo o PSD “como o único partido com assento na Assembleia da República que tem defendido os interesses dos portugueses que trabalham e residem no estrangeiro”, Manuel Ferreira diz ao nosso jornal que “ainda hoje os portugueses são obrigados
a emigrar para poder garantir a subsistência das suas famílias” e aponta o actual Governo como responsável de “politicas erradas” para as comunidades. “Por isso” – diz Manuel Ferreira - “Torna-se primordial restabelecer a confiança dos portugueses no nosso país, e este governo socialista desgastado já não consegue restabelecer essa confiança. É no PSD que as portuguesas e os portugueses têm confiança para restabelecer de novo a nossa Economia” Também na mesma lista do partido de Manuela Ferreira Leite pela emigração surge em último lugar uma portuguesa residente em Ravensburg, Baden-Wurttemberg, Maria do Céu Campos. Esta candidata, de 56 anos de idade, militante assumida do PSD e da CDU, pertencendo mesmo à di-
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recção deste partido em Ravensburg, reside na Alemanha há 33 anos e foi candidata autárquica pela CDU na cidade onde vive. Explicando as razões da sua candidatura, Maria do Céu Campos apresenta um rol de argumentos contra o Partido Socialista, atribuindo a este partido a responsabilidade da inexistência de um Conselheiro Social na embaixada. A candidata diz candidatar-se “porque entendo que, com a experiência adquirida, posso contribuir para uma política mais justa e construtiva para com as comunidades portuguesas”, diz numa longa declaração enviada ao PP, na qual faz a listagem dos pontos mais importantes do programa do PSD para as comunidades pormenorizadas na entrevista que o cabeça de lista dá à presente edição do PP. .
Socialistas portugueses e alemães realizam seminário conjunto após legislativas nos dois países Socialistas portugueses e alemães realizam no Outono em Munster um seminário para consolidar as relações políticas e aprofundar a forma de chegar aos cidadãos portugueses que residem na região. Segundo fontes do PS, a iniciativa de realizar o seminário saiu do encontro realizado em Münster, em que estiveram presentes dirigentes socialistas alemães (SPD).
„Além de termos discutido o programa do PS para as comunidades, ficou decidido que o PS e o SPD vão fazer um seminário conjunto para aprofundar o relacionamento e a forma de conseguirem chegar aos português e desenvolver politicamente“, disse fonte do PS. O seminário realiza-se em Outubro ou em Novembro, em Munster.
Carro de emigrante alvo de atentado à bomba Uma explosão destruiu parcialmente um Mercedes, de matrícula alemã, pertencente a um emigrante que estava de férias, e causou danos em outras duas viaturas, na freguesia de Nogueira, Braga. No local do incidente, os vizinhos falam em ajuste de contas, mas a polícia não adiantou pormenores sobre o crime. A explosão ocorreu por volta das 02.45, de Nogueira, e causou o
pânico entre os moradores da freguesia que acordaram com o „estrondo“. Mas, por sorte, o incidente não causou vítimas. A explosão destruiu parcialmente o Mercedes, de cor cinzenta, propriedade de um emigrante que se encontra a passar férias em Braga. A explosão terá sido causada pela introdução de algum elemento, por apurar, no depósito de combustível do Mercedes.
sença de muitos fiéis de outras paróquias que lhe vão ser confiadas, o Padre Vítor Medeiros apelou à unidade da comunidade em torno da igreja. No final foi servido um lauto banquete confeccionado gratuitamente pelas comunidade, sendo este o mo-
mento de troca de impressões entre o padre e os paroquianos, disponibilizando-se para ajudar as paróquias que irão estar à sua responsabilidade (Münster, Rheine, Osnabrück, Stadtlohn Ochtrupe Epe). Alfredo Cardoso, correspondente
Münster tem novo Pároco A comunidade católica portuguesa em Münster deu as boas vindas ao novo Pároco que vem presidir à missão católica local. Assim, o Padre Vítor Medeiros, oriundo dos Açores, tomou posse da Diocese Portuguesa em Münster d urante a Celebração da Eucaristia
com a Igreja Matriz repleta de paroquianos durante. O novo Padre foi ordenado a 14 de Dezembro de 2002 em S. Miguel (Açores) de onde é natural, estando ao serviço da Diocese da Ilha das Flores desde 2006 até 2009. Congratulando-se com a pre-
Opinião Por Luísa Costa Hölzl
Que cônsul queremos nós? Em lugar de destaque, logo na página 3, o Portugal Post publicou na edição de Agosto um artigo sobre o facto do cônsul honorário de Munique estar a ser „contestado pela comunidade“. Fazendo eu parte desta comunidade desde 1975, quando, como estudante e bolseira do DAAD vim estudar para a cidade de Munique, e sendo membro activo da mesma em sucessivas fases - empenho na Missão Católica, participação em associações, professora de português, fundadora da LUSOFONIA e como tal, desde 1995, ocupada com a curadoria e organização de bastos e vastos projectos culturais - sendo eu pois aqui - e para quê falsas modéstias? - uma espécie de „adida cultural“, espanta-me eu não ter sido interpelada, até ao momento, por ninguém, para juntar-me aos protestos em favor dum afastamento do Cônsul Dr. Adolff.
Mas o meu espanto vai mais longe: como é que, só agora, depois de mais de 15 anos de „deixaandar“ em relação à comunidade, se levantam protestos? O consulado do Dr. Adolff pareceu na altura começar bem...foi uma festa com pompa e circunstância, própria do corpo diplomático. Acho que à época a comunidade se alegrou, pois, o trauma de termos perdido na capital da Baviera os serviços consulares havia deixado uma ferida em todos nós. Tínhamos pois cônsul...lembro-me que houve discursos e que o Cônsul proferiu longas passagens em português. Mas quando chegou a fadista, não se fez o silêncio apropriado, era só barulho e comes e bebes e logo ali senti uma pontinha de desprezo pelo bocadinho de cultura portuguesa... Essa sensação, naturalmente muito subjectiva, foi tomando formas concretas. Assim, lembro-me de pedir apoios para leituras com escritores portugueses: salvo erro, só
uma vez tive sucesso. Depois fiz sugestões para semanas culturais... Houve, pelo meio, um certo intercâmbio, mostra de interesse, até presença em alguns eventos e, certamente, um reconhecimento pessoal dos meus méritos como portuguesa empenhada na difusão da cultura de língua portuguesa. Havendo pois da parte do Cônsul pouquíssimas iniciativas - e estas poucas restringindo-se à economia e ao comércio, funcionando a cultura apenas como enfeite, não deixei de sentir, às minhas próprias iniciativas, um certo estímulo, ao qual sempre me mostrei grata, mas, infelizmente, percebi sempre nesse estímulo a tal pontinha de desprezo: ela que faça lá essas coisas da cultura, que eu sou homem de negócios e é para isso que cá estou. É esse o busílis da questão: o cônsul honorário está aqui para quê? Qual a sua verdadeira função? Existe uma espécie de acordo entre essa pessoa e o país representado?
E para representar um país que dotes, que competências ele terá de demonstrar? Apenas uma relação comercial, neste caso investimentos imobiliários numa qualquer região portuguesa?... Que deseja o nosso país de seus cônsules honorários? Basta que ele ponha o seu escritório uma vez por semana ao dispor do serviço consular? (e isto ao fim de uma década sem nada...) É suficiente um cônsul honorário ter a credencial do país em que se encontra ? Que exigências lhe podem ser feitas por parte do país representado? E representa ele esse país ou também a comunidade local na diáspora? E, se é assim, como teria de funcionar essa representatividade? Volto então à minha pergunta: porquê só agora este abaixo-assinado? Ao fim de 15 anos esta iniciativa? Talvez seja este o sinal mesmo desta nossa comunidade. Não nos juntamos regularmente, não temos uma associação aqui em Munique,
não somos muitos e vivemos espalhados...tudo argumentos para uma certa morosidade, um típico „deixa-andar“ que criticamos no dignatário e que, afinal, também nos caracteriza a nós... Não houve eleição para o cônsul, nunca o haverá...o corpo diplomático serve o país, não serve o governo, fica pois à margem das estruturas democráticas, sempre assim o foi, por todo o lado. Os governos caem, os diplomatas ficam e, em muitos casos e em várias épocas e nalguns países, isso tem sido até positivo. Um cônsul saído da própria comunidade, com apoio da mesma, poderia fazer um lugar em prol dos seus ( não próprios!) interesses? Ficam aqui as minhas questões, as minhas dúvidas... Se cada comunidade tem o cônsul que merece, façamos por merecer outro! Talvez o abaixo-assinado dê para isso os primeiros passos...
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Comunidade Alemanha
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Candidatos do PS, Paulo Pisco e Dora Mourinho, encontram-se com dirigentes da FAPA O cabeça de lista do PS pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, realizou a sua primeira acção de précampanha com uma deslocação à Alemanha. Acompanhada por Dora Mourinho, candidata número três da Lista do PS, Paulo Pisco cumpriu um programa de visitas às cidades de Solingen, Dortmund, Münster e Osnabrück nos dias 15, 16 e 17 de Agosto. Em Solingen, o candidato do PS manteve, a seu pedido, uma reunião com a direcção da Federação de Associações Portugueses na Alemanha (FAPA) durante a qual o candidato se inteirou dos problemas com os quais o movimento associativo na Alemanha se debate. Neste contexto, Vítor Estradas, Presidente da FAPA, apresentou algumas propostas que podem ajudar as associações a sair da crise, “como por exemplo a necessidade da formação dos elementos directivos das associações”. Por seu turno, Paulo Pisco, que também se fazia representar por Manuel Botelho, destacado membro do PS da área de Dusseldorf, disse ao nosso jornal que tentou transmitir à FAPA o importante papel que esta Federação
Da esq.: Dora Mourinho e Paulo Pisco, candidatos e membros da direcção da FAPA. Foto: PP
tem na renovação do movimento associativo. Paulo Pisco sugeriu mesmo que a FAPA “se deve transformar numa estrutura com uma função mais profissionalizada de modo a prestar um serviço às associações em áreas como a jurídica e de animação cultural”. Para Paulo Pisco, a função da FAPA é, neste momento, tão importante e que, por isso mesmo, “não deve gastar energias em questões que não têm nada a ver com o associa-
tivismo”. Vítor Estradas, por seu lado, acha estes encontros bastante positivos e disse ao PP que a FAPA está aberta a reunir com os candidatos de todos os partidos. Paulo Pisco presidiu a ainda a um debate com eleitores no Centro Português de Münster em que esteve em discussão o programa eleitoral do PS às próximas eleições. Neste encontro bastante concorrido, o candidato do PS
fazia-se acompanhar pelo deputado do SPD ao Bundestag, Christoph Strässer. Paulo Pisco anunciou ainda que socialistas portugueses e alemães realizarão no Outono, em Münster, um seminário para consolidar as relações políticas e aprofundar a forma de chegar aos cidadãos portugueses que residem na região. A iniciativa de realizar o seminário saiu do encontro realizado no Centro Português de Munster em que estiveram presentes dirigentes socialistas alemães (SPD). Em Osnabrück, Paulo Pisco visitou o Centro Português local onde se realizou uma sessão pública com o candidato do Partido Socialista a conctactar de perto com os eleitores. Falando ao nosso jornal, Paulo Pisco disse atribuir „grande significado político a esta deslocação a Osnabrück porque, como sabe, o Governo cumpriu a promessa de criar o VIce-Consulado, que o PSD quis encerrar contra a vontade dos cerca de vinte mil portugueses espalhados pelos três Estados que a área consular abrange”. Na sua deslocação a Osnabrück, Paulo Pisco foi recebido pelo novo Vice-Cônsul , Manuel Silva, nas instalações do Vice-Consulado português naquela cidade . Redacção PP
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Comentário O diálogo necessário O encontro entre o candidato Paulo Pisco (que é também responsável do Partido Socialista pela emigração) e a FAPA foi oportuno e merece aprovação. Oportuno porque os dirigentes da FAPA tiveram a possibilidade de falar com o politico sobre as necessidades e as preocupações que em seu entender são aquelas que o movimento associativo sentem. Num momento em que a crise económica abala a disponibilidade das pessoas se entregarem ao desempenho de funções voluntárias nas associações, crise que também tem consequências na sua sobrevivência financeira, a FAPA faz bem em reunir-se com candidatos e políticos sempre com o intuito de ver concretizadas acções de apoio às colectividades. É certo que este não é o momento para pedir dinheiro ao Estado para resolver problemas de caixa de associações que enfrentam crises. Basta que a FAPA elabore um programa (como, por exemplo, o da formação das pessoas para poderem estar à altura de gerir uma associação) que aponte para inovação no modo e jeito de fazer das associações Casas de Portugal com gestão semi ou mesmo profissionalizada, como de resto sugeriu o candidato Paulo Pisco durante a reunião que aqui se faz referencia. Por isso se saúda o diálogo entre o PS e a estrutura federativa das associações portuguesas . Mário dos Santos
Manuel Silva foi nomeado Vice-Cônsul em Osnabrück
GENTE PETIT, jogador português de futebol que actua no FC Köln, tem tido uma boa prestação desde que chegou ao clube alemão em 2008. Para surpresa dos entendidos do desporto-rei,o ex-internacional português foi eleito o melhor médio-defensivo da Bundesliga e titular do onze ideal da época 2008/2009. A ver vamos se o atleta português consegue na época que já está a decorrer manter a mesma categoria com tem actuado e que faz dele um dos melhores jogadores estrangeiros a actuar na Bundesliga.
Manuel Silva é oficialmente ViceCônsul de Portugal em Osnabrück. Nomeado a 10 de Agosto último, Manuel da Silva passa a chefiar o novo Vice-Consulado naquela cidade. Agora com autonomia e com uma área de jurisdição própria, o Vice-Consulado fica apto a praticar todos os serviços consulares sem que os seus utentes tenham de se deslocar ao consulado em Hamburgo. O elevação do escritório consular em Osnabrück a Vice-Consulado foi uma reivindicação da comunidade local após uma tentativa de encerramento por parte do ex-Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário. O novo Vice-Consulado serve cerca de 20.000 portugueses espalhados por três Estados: NRW, Baixa-Saxónia e Bremen. Manuel da Silva, que até ao passado dia 10 de Agosto acumulava as funções de técnico de serviço social e cultural com as de responsável pelo ex-escritório Consular, disse ao PP que pretende “aproximar o posto consular das pessoas com a introdução de serviços de presença consular em cidades distantes de Osnabrück”.
Manuel Silva, à direita, recebeu o candidato do PS Paulo Pisco já como Vice-Cônsul. Segundo Manuel Silva, este serviço far-se-á nas instalações de associações em dias previamente marcados. O novo Vice-Cônsul anunciou ainda a intenção de se reunir com os membros do Conselho Mundial das Comunidades Portugueses e com a Federação das Associações Portuguesas na Alemanha.
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Comunidade Alemanha
PORTUGAL POSTnº 182 • Setembro 2009
Número dois do PSD pelo círculo da Europa processado na Alemanha por emigrantes portugueses “Estou de consciência tranquila”, diz Manuel Ferreira O número dois da lista do PSD pelo círculo da Europa, Manuel Santos Ferreira, foi judicialmente processado na Alemanha por emigrantes portugueses, mas diz estar de consciência tranquila, garantindo que não vai desistir da candidatura. Os emigrantes queixam-se de ter sido burlados através de um esquema de investimentos imobiliários, mas o candidato do PSD alega que não cometeu nenhuma ilegalidade e salienta que ganhou todos os processos civis que foram movidos contra ele na Alemanha por quatro famílias portu-
guesas. Manuel Ferreira é director comercial para o sul da Europa da BKM, uma caixa de poupança alemã de Mainz especializada em crédito hipotecário, e dirige em toda a Alemanha uma rede de mais de 100 angariadores que trabalham junto da comunidade portuguesa. Os queixosos, representados por uma advogada alemã, que apresentou queixas-crimes nos tribunais de Munster e Osnabruck, dizem que lhes prometeram juros anuais de 11 por cento, a troco de um investimento mínimo de 30 mil euros, mas acabaram por perder tudo. A advogada de quatro famílias portuguesas lesadas, Stephanie Mueller-Bromley, disse à Lusa que duas queixas-crime apresentadas em processo civil em Osnabrueck e uma em Munster foram rejeitadas, mas os respectivos ministé-
rios públicos estão agora a investigar os casos na esfera criminal. „Por agora o senhor Manuel Ferreira é acusado, mas se o ministério público, que está a proceder a interrogatórios, decidir levar o caso a tribunal, passará à condição de arguido“, explicou. O sistema funcionava através da captação de investimentos em habitações da imobiliária portuguesa Citymar, de Almada, que entretanto abriu falência. Confrontado com estas acusações, Manuel Ferreira disse à agência Lusa: „É uma história desagradável, mas estou de consciência tranquila e não vejo razões para não continuar a ser candidato do PSD“. Manuel Ferreira lembra que ganhou em tribunal os processos movidos contra ele, o último dos quais na semana passada, em Munster. Quanto ao facto de dois mi-
nistérios públicos alemães estarem a investigar o caso na esfera criminal, Manuel Ferreira alegou que a justiça alemã esperava precisamente o desfecho dos processos civis, que acabou por lhe ser favorável. O candidato do PSD alegou também que não foram só os seus clientes que perderam dinheiro, porque também ele e sete colaboradores do BKM investiram dinheiro no mesmo projecto e perderam-no. Segundo Manuel Ferreira, as notícias sobre este caso surgem por ser candidato do PSD pelo círculo da Europa às eleições legislativas de 27 de Setembro e têm como objectivo atingir o seu partido. A Lusa contactou o PSD nacional mas não foi possível até ao momento obter um comentário a este caso. Lusa
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 O Sud-Express ainda apita e transporta solitários e famílias inteiras de portugueses, que continuam a viajar no „comboio do emigrante“ pela carga sentimental, pela comodidade e pelo preço acessível que lhes oferece nos dias de hoje. Quarenta e cinco minutos depois das cinco da manhã, chega à estação de Vilar Formoso, recheada de painéis de azulejos do século XIX, que brindam os viajantes com imagens dos principais monumentos de Portugal. Numa das últimas manhãs, o Sud-Express trazia cerca de 250 passageiros oriundos dos mais diversos pontos da Europa, lotação que, segundo o revisor do dia, tem rondado os 90 por cento neste mês de Agosto. Franco, como quer que o tratem, trabalha há cerca de 30 anos nos Comboios de Portugal e uma vez por mês no Sud-Express, em Vilar Formoso, rende os seus amigos espanhóis. „Tenho conhecimento de um aumento de passageiros nos últimos anos, talvez pela crise“, afirma Franco, acrescentando conhecer „muita gente que continua a viajar neste comboio pela carga sentimental que ele lhes traz“. „Ainda vêm famílias inteiras, e não se pense que são só de estratos mais baixos“, sublinha este homem, que é uma espécie de conselheiro, meteorologista e primeiro cicerone à chegada dos emigrantes a Portugal. „As pessoas revelam-me sentimentos de saudade, que eu aprecio como bom português“, acrescenta Franco, que também já tem um pouco de emigrante, reconhece. „São pessoas fiéis ao comboio, até porque hoje em dia já ninguém passa sem pagar, e eu gosto desta gente“, acrescenta, enquanto nos conduz ao vagão restaurante. Está a amanhecer e os primei-
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Alfredo Franco, revisor do Sud Express, leva 30 anos no ‘Comboio do Emigrante’ e é igualmente uma espécie de conselheiro, meteorologista e o primeiro cicerone à chegada dos emigrantes a Portugal, Vilar Formoso DANIEL GIL/LUSA
Comboio de Emigrante ainda apita com o nome Sud-Express ros madrugadores já se encontram fora das „cochetes“, quer das de primeira classe ou das de cinco camas individuais, e preparam-se para tomar o pequeno-almoço e não perder pitada das paisagem da Beira Alta. Francisco e Priscila, e os pequenos Laura e Lucas, são os
primeiros a chegar ao vagão restaurante. Bem dormidos, apresentam-se frescos para a primeira manhã de férias em Portugal. Vêm de Nimes (França), de onde partem todos os anos para visitar a família Costa, do Francisco, natural de Ponte da Barca.
„Faz dez anos que vimos neste comboio, todos os meses de Agosto, porque a viagem é muito mais tranquila e cómoda, principalmente para os miúdos“, afirma Francisco Costa, que gasta cerca de 300 euros com a família, ida e volta.
O Sud-Express, que antigamente vinha directo de Paris, parte agora depois de dois ou três TGV’s, apenas em Irún, com as mesmas carruagens de há 30 anos, seguindo em direcção a Lisboa, todos os dias do ano, para regressar à noite. Publicidade
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Música
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Parecia que ninguém queria vir, o serão já primaveril convidava os muniquenses a saborearem uma cerveja nocturna no ar ameno de um „Biergarten“. Uma fadista e nada de fãs... Os nossos receios não se justificaram. O clube „Ampere“ nas instalações de uma antiga central eléctrica junto ao rio Isar, palco de muitos géneros de música e apreciado por qualquer faixa etária, iria afinal juntar amantes da cultura portuguesa, curiosos de „world music“ de especial cariz e alguns poucos portugueses, felizes com a perspectiva de uma noite de fado. Não seria em adega, aguentaríamos de pé, mas o espaço consegue uma intimidade acolhedora. Ali estávamos pois para Por Luísa Costa Hölzl receber a jovem fadista ANA MOURA, cuja voz se foi ouvindo até que uma figura de jovem, muito esguia num elegantíssimo vestido de lantejoulas, surgiu acompanhada pelos seus músicos: José Manuel Neto à guitarra, José Elmiro Nunes à viola e Filipe Larson na viola baixo. A fadista começou por, calorosamente, cumprimentar em português, para depois, gentilmente, passar ao inglês. Ana Moura, nascida em Coruche, em 1979, vem ocupando um lugar de destaque entre os mais novos fadistas. Foi descoberta e veio para ficar. Dia 7 de Abril, em Munique, apresentou um repertório de fados tradicionais, fado menor, fado maior, corrido, mouraria e outros que, com letras conhecidas
Ana Moura encanta Munique
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(Vou dar de beber à dor) ou originais, proporcionaram um ambiente quase familiar, simples e castiço. A sua actuação viveu da presença em palco, duma linguagem corporal muito sensível em que os mais ínfimos gestos emprestam significado à melodia e ao verso, e de uma voz verdadeiramente sensacional, madura, sonora que lembra não a Amália mas antes a Hermínia Silva, também ela uma grande fadista.Talvez Ana Moura seja uma neta da Hermínia, mas sem
a sua rusticidade, pois as suas interpretações oscilam entre um certo marialvismo (não nega pois as origens) e uma sofisticação a que o fado recente nos tem habituado - é que o fado tornou-se música do mundo, de certo modo global e tem vindo a ultrapassar o bairrismo que, apesar do sucesso internacional de Amália, ainda havia conservado durante décadas. Ana Moura participou num projecto musical com os Rolling Stones, que, também eles, acharam a sua voz fascinante. Em Munique, tomando como base uma melodia tradicional, interpretou, em tom de fado, dos Rolling Stones „No expectations“, maravilhosamente adaptado à linguagem musical da guitarra - o público vibrou. Mas também vibrou com um Malhão e participou com „Canto o Fado“ e batendo palmas segundo o ritmo. Ana Moura cativou o público, com presença e simpatia e com um timbre que encantou. As palmas foram muitas, ela e os seus esplêndidos músicos reapareceram. Ao fim, um fado corrido e depois a faixa linda „Búzios“. Daí me ficaram no ouvido os últimos versos: „Vê como os búzios caíram virados p’ra norte / Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte“. Os poemas do serão falavam de amor, paixão, saudade os temas de sempre, que continuam a „mexer o destino e a mudar a sorte“, então se envolvidos numa voz de fadista maior.
Infante Sagres Cabrito à transmontana Feijoada de Búzios Picanha Cozido à Portuguesa Pratos variados de Marisco Grelhados de Carne e Peixe Pão caseiro Sobremesas caseiras Gelados
Restaurante Lüdinghausen Gerência: Paulo Cortes
Wilhelmstr 7 – 9 59348 Lüdinghausen Reserva de Mesas: Tel.: 02591-940 435
Não se esqueça de reservar a sua mesa
Decorado com muito bom gosto, onde não faltam detalhes que evocam o espírito marinheiro do povo português e os seus navegadores, o Infante Sagres tem um ambiente agradável onde apetece estar a degustar as especialidades da casa. E por falar em especialidades,o Gerente Paulo Cortes aconselha vivamente o Cabrito à Transmontana como prato especial no primeiro domingo de cada mês. Venha e traga os seus amigos e familia
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Efeméride
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
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O padre voador
Bartolomeu de Gusmão inventou os aeróstatos há 300 anos e com isso agitou Lisboa Bartolomeu de Gusmão agitou há 300 anos a pacatez da sociedade lisboeta com experiências pioneiras no domínio da Física, que interessaram e divertiram a corte mas foram alvo da chacota popular. O „padre voador“, como lhe chamava o povo, inventou os aeróstatos, ao lançar pela primeira vez balões de ar quente, quando tinha apenas 24 anos. Apesar de rudimentar, o lançamento dos balões marcou a primeira ascensão de um objecto mais pesado do que o ar e precedeu em 74 anos o primeiro voo em balão tripulado pelos franceses Pilâtre de Rozier e marquês de Arlandes, assinalou Isabel Malaquias, do Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência e da Técnica da Universidade de Aveiro. Como recorda o físico e poeta Rómulo de Carvalho no seu livro „História dos Balões“, Bartolomeu construiu o engenho com arames, papel grosso e madeira fina e „serviu-se do fogo para os fazer subir“, inspirado na elevação de uma bola de sabão por efeito de uma fonte de calor. As experiências decorreram em Agosto de 1709, na Sala das Embaixadas da Casa da Índia, situada no que é hoje o Terreiro do Paço, e
foram apoiadas por D. João V, que a elas assistiu, juntamente com a rainha, os infantes e o marquês de Fontes, protector do jovem cientista. Bartolomeu enumerou as vantagens do seu invento „para andar pelo ar da mesma sorte que pela terra e pelo mar“, tanto para as co-
municações, como para a guerra e o comércio. O projecto previa a possibilidade de criar um instrumento que permitisse mandar avisos a territórios longínquos, transportar produtos ultramarinos, socorrer praças sitiadas, descobrir as regiões próxi-
mas dos pólos e resolver o problema das longitudes. A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra guarda um manifesto de Bartolomeu sobre o invento, tal como uma cópia da petição que dirigiu a D. João V para lhe ser concedido o privilégio de só ele
poder „fabricar instrumentos para voar“. Segundo as crónicas, à primeira tentativa a Passarola „não subiu mais que 20 palmos no ar antes de arder“, o que fez de Bartolomeu um alvo da chacota popular. Onze anos depois das experiências, Bartolomeu doutorou-se em Cânones pela Universidade de Coimbra e foi incluído por D. João V nos primeiros 50 sócios da então criada Real Academia Portuguesa de História. Em 1722 foi nomeado fidalgo capelão da Coroa Real. Bartolomeu de Gusmão nasceu em Dezembro de 1685 em Santos, no Brasil, então território português. Foi aluno do Seminário Jesuíta de Belém, na Baía, ingressou na Companhia de Jesus, esteve de 1701 a 1705 em Lisboa, para onde veio definitivamente em 1708. Nos últimos anos de vida ter-seá envolvido „num processo escandaloso que incluía o rei, um irmão deste, as suas amantes, freiras, bruxas e alcoviteiras, mais o Tribunal da Inquisição, obrigando-o a fugir de Portugal“, clandestinamente, de acordo com o referido livro de Rómulo de Carvalho. Bartolomeu pretendia ir para Paris, mas adoeceu em Toledo, Espanha, onde viria a falecer a 19 de Novembro de 1724. Publicidade
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Gripe H1N1
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Alemanha terá a maior campanha de vacinação do pós-guerra O governo alemão aprovou campanha para a maior campanha de vacinação no país desde a segunda guerra mundial. Para isso, foram encomendadas 50 milhões de doses da vacina, que deverão estar à disposição já no final de Setembro. A vacina contra o vírus H1N1 será dada inicialmente a grupos de risco, como grávidas, pessoas que sofrem de doenças crónicas, profissionais da saúde, além de policiais e
bombeiros. O Ministério da Saúde estima que serão abrangidas numa primeira fase cerca de milhões de pessoas. A ministra alemã da Saúde, Ulla Schmidt, disse que a vacina estará ao alcance de qualquer cidadão desde que o deseje. „A melhor protecção contra essa gripe é a vacina“, assegurou Schmidt. A ministra, no entanto, adverte que crianças não devem ser vacinadas até que sejam concluídos os estu-
dos clínicos conduzidos pela Universidade de Mainz. O governo estima um custo de 28 euros para cada pessoa que receba duas doses da vacina. Ainda neste ano, serão gastos 600 milhões de euros e, em 2010, outros 400 milhões no programa de vacinação. A vacina deverá ser distribuída em hospitais e consultórios médicos. Para cada vacinação em consultório, o médico deve receber cinco euros.
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Identidade Portuguesa
PORTUGAL POSTnº 182 • Setembro 2009
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Palavras há muitas... A sério dizem-se verdades. A brincar também. Joaquim Peito Quer admitam quer não, todos os portugueses têm um caracter internacional e um grave problema de identidade. Senão vejamos a questão da nossa internacionalização: Se um português tem um problema complicado para resolver “vê-se grego” (lembram-se do EURO 2004 em Portugal!), se não entende alguma coisa “aquilo para ele é chinês”, tem uma invenção moderna nas mãos “é uma americanice”, trabalha de manhã à noite “que nem um mouro”, se alguém fala muito depressa “parece um espanhol” e se vive uma vida de luxo “é à grande e à francesa”. E se por acaso alguém quer causar boa impressão “é só para inglês ver”, se é muito agarrado ao dinheiro “é pior que um judeu”, se quer um café curtinho “pede uma italiana”, se uma máquina funciona bem “é como um relógio suíço” e se funcional mal “é mesmo à portuguesa”. Uma das coisas que eu mais gosto nos portugueses é a capacidade para explicar algo, por exemplo, quando tentam falar de alguém mas, não se lembram do nome: “Tu sabes quem é... Não me lembro do nome como é que ele se chama mas, tu conheces! Ele trabalhou muito tempo com o... Aquele Publicidade
que a irmã teve um ataque de caspa... Ela até chegou a estar casada com aquele rapaz que calçava as sapatilhas ao contrário... Aquele que o irmão é viciado no jogo! É tão viciado que o patrão para o conseguir despedir teve de dizer “game over”... Mas de quem é que estávamos a falar ao início?! Damos tantas voltas que acabamos por perder-nos... De qualquer maneira eu acho que nós os portugueses somos bastante inteligentes ou (Xico-espertos), até que acho que se cada português recebesse um chocolate mediante o tamanho da sua inteligência, todos nós teríamos direito a grandes tabletes. O
hiperidentidade, somos pessoais e auto-reflexivos e em função disso somos autocomplacentes, pouco confiantes, queixinhas, invejosos, dominados pela inércia. São as pragas nacionais que nos envenenam. A hiperidentidade „fecha-nos sobre nós mesmos, impedidndo-nos de criar um „fora“, ar e vento livre, respiração para viver“. Somos portugueses antes de sermos homens. É a chamada doença da hiperidentidade. O filósofo continua a dissecar a alma portuguesa, onde, além de pegar regressar aos medos já tão mencionados, revelados no outro livro, aborda a busca contínua da identidade de um povo que se encontra
ção no país e do recurso à avaliação „enquanto método universal de formação de identidades necessárias à modernização“ - na formação da nossa subjectividade. José Gil arranca pedaços do quotidiano nacional e atribui-lhe os sentidos mais básicos, primários, aqueles que por vezes parecem escapar ao observador mais atento. As conclusões não são animadoras: „ (...) A crise actual vai assim tocar num aspecto da nossa vida que,aparentemente, nada tem a ver com ela; o sentimento da identidade (individual e nacional). Até agora, vivíamos recolhidos em nós, protegendonos ainda do choque com um „fora“
Há chico-espertismo em todos os campos. Desde o automobolista que aproveita um espaço vago na biche à sua frente e se precipita ultrapassando os outros para ganhar um ou dois lugares até às decises ministeriais que fazem os “ricos” (que ganham mais de 5000 € mensais) pagar IRS para compensar “a classe média” sacrificada (...). Toda a vida social, política e privada dos portugueses é um constante rodopio de golpes de chico-espertismo. chocolate é muito bom mas, não podemos abusar dele. À custa de chocolates existem pessoas que engordam tanto que, no seu vigésimo aniversário existem vinte bolos e apenas uma vela. Dizem que uma das coisas que provoca a obesidade é passar-se horas a horas a fio sentados no sofá a ver televisão e a comer sem parar... pelo menos acho que devemos escolher com cuidado os programas que vemos. Se eu tivesse que escolher entre ver Alberto João Jardim (AJJ) na RTP1 e ver Rui Santos (comentador desportivo) na SIC Notícias, logicamente que optaria por desligar a televisão! Vejamos agora a questão do nosso problema de identidade:
decaracterizado, sem identidade, sem comportamento definido e a
A identidade que Portugal não descobre “lá fora”, nem em si certezas. Nestas férias de Verão aproveitei o solzinho algarvio para ler, entre outros, o último livro de José Gil “Em busca da Identidade” com o subtítulo “o desnorte”. Não basta sabermos que é um dos portugueses mais internacionais, ou seja, com maior credibilidade em terras além-fronteiras. Não basta pensarmos no impacto que um livro como “Portugal Hoje – O Medo de existir” (2004) provocou na comunidade socialmente científica... e nos tops de venda. Quer-me parecer que a tese principal deste pequeno livro (meia centena de páginas) é a de que os portugueses têm um grave problema de identidade. Por um lado, função da nossa
percorrer trilhos estranhos sem alcançar o destino almejado. O autor analisa numa linguagem que permanece acessível e simplificadamente filosófica, a evolução verificada com a transição para a democracia imposta pelo 25 de Abril e com as mudanças verificadas no período que se seguiu à revolução, em particular após a „normalização“ do final dos anos 70 e os efeitos da crise actual. Pelo meio José Gil dedica uma grande atenção ao papel do actual Governo - em particular através da análise do discurso do primeiro-ministro, o polémico estado da educa-
que não pára de nos invadir - A União Europeia. Apesar das perdas, aqui e ali, de soberania, o ganho de adesão à UE foi sentido como largamente positivo pela população. Tanto mais que essas perdas não destruíram o nosso „cantinho“ familiar, a nossa maneira de viver, a nossa intimidade, quer dizer, o modo como gostamos e nos detestamos a nós mesmos, aos outros e ao nosso país. A Europa continua a estar « lá fora», o que preserva o nosso «dentro». Um «lá fora» que nunca foi realmente um «fora» no sentido de uma força exterior que nos afecta e nos obriga a mudar. A «Europa» não faz ainda parte da experiência consciente quotidiana dos portugueses. (...) A ameaça total que pesa sobre as nossas vidas, sobre as famílias, sobre o emprego, sobre a educação, sobre a saúde para não falar no espectro da falência do Estado -, obriganos a descobrir a dependência radical do nosso país relativamente ao resto do mundo. Ser português já não protege. A vacina identitária que nos manteve imunes às doenças do mundo por tantas décadas acaba de falhar. Por isso os nossos ministros insistem tanto nas especificidades do nosso sistema financeiro: ser português é ainda vantajoso. Mas como o descalabro do sistema já não é dissimulável, têm também de assinalar a gravidade da crise e a nossa particular debilidade. E, aí, a reacção das pessoas pode tornar-se excessiva: nascer português é um azar do destino.(...) Um dos traços dessa identidade é a capacidade que temos de viver o local como global. Trata-se
de uma questão de alcance de percepção. O nosso território mental é limitado, e as suas fronteiras muralhas que nos reenviam a nossa imagem, o que nos permite reconhecermo-nos imediatamente.(...)“ Outro dos pontos fulcrais desta perpectiva filosófica da actualidade portuguesa é o “chico-espertismo”, fenómeno nacional que se infiltra em todo “o tipo de subjectividade da nossa sociedade, sendo transversal a todas as classes, grupos, géneros e geraççes”, ironizando com exemplos de contorno dos meandros legislativos. Há chico-espertismo em todos os campos. Desde o automobolista que aproveita um espaço vago na biche à sua frente e se precipita ultrapassando os outros para ganhar um ou dois lugares até às decises ministeriais que fazem os “ricos” (que ganham mais de 5000 € mensais) pagar IRS para compensar “a classe média” sacrificada (...). Toda a vida social, política e privada dos portugueses é um constante rodopio de golpes de chico-espertismo. Uma leitura muito apropriada num ano decisivo em que as próximas eleições irão definir o futuro próximo do país e não só. Esta análise corrosiva da mentalidade “dócil” tão portuguesa é mais um contributo para o debate que teima em não surgir. “Tudo isto está a esboroar-se, com a crise global a acelerar bruscamente o processo. (...) É a ameaça psicótica de perder a imagem de si, ou a identidade. De desaparecer, enfim”. Explica muita coisa. Não é estranho, portanto, o retorno do autor às palavras melancólicas do poeta Pessoa e às “lágrimas de Portugal”. Um livro de leitura obrigatória. Publicidade
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Consultório
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Miguel Krag, Advogado Portugal Haus Büschstr.7 20354 Hamburgo Leopoldstr. 10 44147 Dortmund Telf.: 040 - 20 90 52 74
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Prazos improrrogáveis – Perigo no Direito do Trabalho verdade que já se afirma que a crise financeira atingiu o seu ponto mais baixo. Mas não há dúvida de que há muita gente que sente os efeitos da recessão, quer por ter de trabalhar a tempo reduzido, quer mesmo por ter sido vítima de um despedimento. Por isso, quero alertar hoje os leitores para o facto de que, precisamente no direito do trabalho, uma reacção rápida constituir muitas vezes o único pressuposto para que cada um possa fazer prevalecer os seus direitos. Tal acontece não só no caso de uma acção de defesa contra despedimento injustificado, que terá de ser interposta no prazo de 3 semanas, como também no caso do requerimento para indemnização por insolvência, que deverá ser efectuado no prazo de 2 meses. Sobre este assunto já escrevi vários artigos na Portugal Post que estão igualmente à disposição na nossa homepage e que poderão ser consultados em “www.kohnen-krag.de”.
siado curto e carecia portanto de qualquer validade jurídica. Mas, em todo o caso, será sempre melhor agir mais cedo do que tarde demais. Se no contrato de trabalho estiver prescrito um determinado prazo, será preferível cumpri-lo. Verifique se a reivindicação deverá ser efectuada de uma forma específica (frequentemente, terá de ser feita por escrito). Se o prazo ajustado já tiver expirado, consulte um advogado o mais breve possível, a fim de o mesmo verificar se tal prazo tem validade jurídica. Ainda mais perigosos do que os prazos improrrogáveis dos contratos individuais, são os dos contratos colectivos. Por um lado, poderão ser mais curtos, e por outro, o assalariado não sabe muitas vezes que ao seu contrato é aplicado um contrato colectivo ou que do mesmo consta uma cláusula desta natureza. Se no contrato de trabalho estiver mencionado que o mesmo é regido por um determinado contrato colectivo, não haverá outra coisa a
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Precisamente no que diz respeito a muitos outros direitos relativos ao vínculo laboral, nomeadamente o pagamento do ordenado, existem os chamados prazos improrrogáveis, após os quais a respectiva reivindicação está absolutamente excluída. Estes prazos são muito comuns no mundo laboral: vêm frequentemente pessoas ao nosso escritório a quem a entidade patronal foi constantemente dizendo para esperarem mais algum tempo; quando perdem a paciência e resolvem ir consultar um advogado, já é muitas vezes tarde demais. Por isso, estude bem o seu contrato de trabalho e verifique os prazos estipulados. Em caso de dúvida, será preferível pedir o conselho de um especialista jurídico, pois o ajuste de tais prazos exige determinados pressupostos: foi por exemplo decretado numa sentença do Tribunal Federal de Trabalho que o prazo de dois meses acordado num contrato de trabalho para a caducidade de determinados direitos, era dema-
fazer: leia o contrato colectivo e observe os prazos aí estabelecidos. Mas poderá ainda dar-se o caso de os contratos colectivos poderem ser aplicados a muitos contratos de trabalho, sem que seja necessário mencionar tal facto. Tal acontecerá sempre que tais contratos forem declarados como tendo obrigatoriedade geral. É o caso da construção civil e das empresas de limpeza. Em ambos os ramos, as reivindicações terão de ser efectuadas por escrito no prazo de 2 meses, a contar a partir da data de vencimento. Se não se observar este prazo, será excluída toda e qualquer possibilidade de reivindicação. Se a entidade patronal não reagir no prazo de 2 semanas, ou se rejeitar a reivindicação, terá de ser interposta uma acção no prazo de 2 meses, a contar a partir da expiração do prazo ou da recusa. Se não for interposta qualquer acção dentro deste prazo, a reivindicação será excluída. Mas no caso de não se ter cumprido um prazo improrrogável, nem sem-
pre está tudo perdido. Em certas constelações, os tribunais permitem que sejam levadas a cabo determinadas reivindicações. Muitos tribunais alegam que a entidade patronal está legalmente obrigada a entregar aos assalariados um comprovativo de trabalho do qual deverão constar os regulamentos laborais mais importantes, inclusive informações sobre um eventual contrato colectivo. Nos termos desta legislação, se a entidade patronal não agir da forma mencionada, como acontece em contratos ajustados apenas oralmente, tal entidade não poderá basear-se nas cláusulas de exclusão contidas em tais contratos colectivos. Foi constatado o mesmo relativamente a salários inferiores aos que foram estipulados nos contratos colectivos de trabalho. Todavia, o leitor não deveria confiar demasiado nestes casos, pois os tribunais decidem de forma bastante diferenciada.Vá pelo seguro e faça as suas reivindicações dentro dos prazos estipulados. Está no seu direito!
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Claus Stefan Becker Tradutor ajuramentado junto dos Consulados-Gerais de Portugal em Frankfurt/M. e Stuttgart Im Schulerdobel 24 79117 Freiburg i.Br Tel.: 0761 / 64 03 72 Fax:0 761 /64 03 77 E-Mail:info@portugiesisch-online.de
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
José Gomes Rodrigues
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Ajuda para as crianças e jovens em idade escolar Amigos do Portugal Post Tanto eu como o meu marido recebemos ajuda social do fundo de desemprego, depois de receber do seguro de desemprego. Não nos encontremos bem a viver dependentes desta ajuda, pois sabemos que esta advém do erário público.Temos multiplicado esforços para sair desta situação. Eu já encontrei um pequeno trabalho, foi o que apareceu. O Meu marido tem tido alguns problemas de saúde, mas mesmo assim não se tem poupado a esforços. Já fez um curso de Alemão. Até de computador ele já fez.Todas as semanas vai à Caritas, onde pode através da Internet ver as ofertas de trabalho e com a ajuda de um alemão que trabalha lá voluntariamente algumas horas, tem-no apoiado e escrever mesmo o curriculum e até os pedidos de trabalho por escrito. Temos de poupar muito para conseguir levar a carga familiar. Temos três filhos menores que ainda frequentam a escola e tudo queremos fazer por eles. Quando chegam estas alturas das matriculas...o peso financeiro com o material escolar é quase insuportável, esticamos ao máximo as poupanças. Ouvimos dizer que existem ajudas para os filhos nesta situação. Sabem-me dizer como poderei requerer esta ajuda? Leitora devidamente identificada
ção e a cifrões. A sua dignidade ultrapassa tudo isso. Que o vosso exemplo seja seguido por muitos outros e estamos convencidos que outros compatriotas estão usando este tempo da forma activa e usada para uma reciclagem e formação profissional e até humanista. Após esta observação que achamos também úteis, vamos responder à sua pergunta. Já em Dezembro de 2008 foi introduzido na legislação social a possibilidade duma ajuda financeira para as crianças e jovens em idade escolar e até aos 25 anos de idade. Pela critica que se levantou em volta desta alteração, este regulamento só entrou em Agosto do presente ano.
Caríssima amiga, obrigado pela sua carta e pela confiança depositada ao descrever-nos de uma forma tão realista e sem rodeios, a vossa situação familiar derivada ao desemprego involuntário em que vos encontrais. Não podemos de forma alguma deixar de vos dar os parabéns pelo esforço que, apesar da saúde precária do seu marido, estão fazendo para deixar de depender dessa situação de ajuda social do fundo de desemprego. Não se pode de forma alguma fechar-se em casa ou deambular pelas ruas esperando que alguma ajuda possa cair do céu, ou de terceiros ou simplesmente a colocarem-se numa situação de criticar tudo ou todos. É necessário continuar a permanecer activos e úteis, aproveitando devidamente este tempo livre para adaptar-se aos novos tempos utilizando todas as iniciativas possíveis para uma requalificação profissional e aptidão para um novo e possível trabalho. Mesmo que este não apareça facilmente, a vossa atitude é meritória, pois a pessoa humana não se pode reduzir simplesmente à produ-
CHAMAMOS A ATENÇÃO dos leitores a colocarnos as suas perguntas e sugestões pela forma escrita usando o correio ou melhor ainda o correio electrónico. Queiram também mencionar o vosso número de telefone fixo para, sendo necessário e em caso de urgência entrarmos em contacto consigo. As suas questões e sugestões podem ser enviadas para as seguintes direcções: correio@free.de: Tel. : 0231 8390289 - fax 0231 8390351 jose.rodrigues@caritas-neuss.de Tel.: 02131 269320 - fax 02131 269 236 Desde já, muito gratos por este esforço e serviço que poderão deste modo facilitar e aligeirar a vida a outros leitores. Agradecidos!
QUAL A QUANTIA A RECEBER? Cada criança em idade escolar e que não ultrapasse os 25 anos de idade receberá uma ajuda financeira anualmente no valor de 100 €. QUAIS AS CONDIÇÕES PARA ESSA AJUDA? Se no agregado familiar um dos progenitores esteja a usufruir da ajuda social de desemprego a 1 de Agosto do ano em ques-
tão. A ajuda não será facultada quando o jovem receba uma outra ajuda, em virtude de se encontrar em formação profissional. QUEM RECEBERÁ TAMBÉM ESTA AJUDA? Além de usufruir desta ajuda os agregados familiares que usufruem da ajuda social ao desemprego, também quem receber um apoio financeiro ao Abono de família ( Kindergeldzuschlag) poderá também auferir este financiamento. QUEM E ONDE SE APARENTARÁ ESTE REQUERIMENTO? Para quem receber a ajuda social ao desemprego ( ALG 2) será a administração do Instituto do desemprego ( ARGE) e emitir a ajuda. Para quem esteja a receber a ajuda ao Abono de Família deve ser a administração do Abono de Família ou seja as caixas de família correspondentes, a “Familienkasse” a decidir do requerimento. Segundo a lei, sendo os filhos maiores de idade, deverão eles mesmos apresentar o pedido, sendo menores serão os pais a ter de o fazer. Os filhos adultos poderão delegar os pais a fazê-los por si. SERÁ NECESSÁRIO APRESENTAR ALGUM CERTIFICADO ESCOLAR? Geralmente dos 7 aos 15 anos não será necessário apresentar qualquer justificação escolar. Em alguns estados federados poderão exigir a apresentação de comprovantes escolares a partir dos 14 anos.. Se não for apresentado qualquer documento até o dia 1 de Agosto, poderá ser dado um prazo limite para a sua apresentação. SE RECEBER AJUDAS DOUTRAS INSTITUIÇÕES SERÃO REDUZIDAS ESTAS AJUDAS? Geralmente não serão tidas em conta para a supressão ou redução deste subsidio escolar ajudas financeiras para o efeito que poderiam ser dadas por uma instituição particular de caridade ou mesmo pela escola. Publicidade
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PORTUGAL POSTnº 182 • Setembro 2009
Sugestão de leitura: Título: A tragédia da rua das flores Autor: Eça de Queiroz Encomenda: PORTUGAL POST Preço: 11.50
Agenda Tome Nota Setembro 2009 3.09.2009 – BREMEN Telmo Pires, Concerto. Início: 20h00. Local Immanuel-Kapelle, Elisabethstr. 17/18 28217 Bremen 5.09.2009 – EUSKIRCHEN – Festa do Emigrante no Centro Português de Euskirchen. Início: 19h00. Baille a partir das 21h00 com a banda FM Rádio. Local : Bendengasse 3 em EuskirchenInfo: : 0225157561 ou 0171 – 6819590 2-6. 09.2009 – MUNIQUE -
8.º Congresso da Associação Alemã de Lusitanistas na Universidade de Munique - Ludwig-Maximilians-Universität München. Geschwister-SchollPlatz 1 . 80539 München. Mais informações: www.lusitanistenverband.de 6.09.2009 – OLDENBURG – Trio Fado Concerto .Início: 20h00. Local Theater Laboratorium, Kleine Str. 8, 26121 Oldenburg 11.09.2009 – BERLIM – Ex-
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19.09.2009 – BERLIM – Trio Fado Concerto .Início: 20h00. Local Admiralspalast – Studio, Friedrichstr. 101, 10117 Berlin
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19.09.2009 – ERKELENZHETZERATH – Trio Fado Concerto .Início: 20h00. Local Haus Hohenbusch – Atelier, Hohenbuscher Str., 41912 Erkelenz-Hetzerath 24.09.2009 – LEIPZIG –
25 09.2009 – DÜSSELDORF – Trio Fado Concerto .Início: 20h00. Local Bistro im Tanzhaus NRW, Erkrather Str. 30, 40233 Düsseldorf 26.09.2009 – KREFELD – Trio Fado Concerto .Início: 20h00. Local “Sardinhada” – Estrela Weine, Gatherhofstr. 35, 47804 Krefeld 27. 09.2009 – COLÓNIA – Trio Fado Concerto .Início: 20h00. Local: Arcadas Theater – Bühne der Kulturen, Platenstr. 32,
Envio de datas de festas e eventos para a Agenda mensal PORTUGAL POST
As informações sobre os eventos a divulgar deverão dar entrada na nossa redacção até ao dia 15 de cada mês Tel.: 0231 - 83 90 289 • Fax :0231-8390351• IMPORTANTE Email: correio@free.de Às associações, clubes, bandas www.portugalpost.de
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A Cidade e as Serras Eça de Queiros O romance foi publicado em 1899 (um ano antes da morte de Eça) na Revista Moderna, e saiu em livro em 1901. Pertence à última fase do escritor, quando Eça se afasta do realismo e deixa a crítica dura que fazia à sociedade portuguesa da época. Anónio Lobo Antumes Os Cus de Judas Preço: € 11.50 António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942. Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante vários anos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foi mobilizado para o serviço militar. Embarcou para Angola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em 1979 publicou os seus primeiros livros, Memória de Elefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980, Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; imediatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos, no âmbito nacional e internacional. Miguel Torga Bichos Preço: € 11.50 «Querido leitor: São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer ufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-me uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correcto (…)»
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Aprenda aProteger-se Orações para Todos os Males Contra a Inveja e Mau-Olhado Formato: 14x21cm Formato: 15,5 X 23 cm Páginas: 90 Paginas: 156 Preço: 22,00 € Preço: 19,90 € Por razões de saúde, familiares, afectivas, materiais ou espirituais, Nas alturas de maior fragilidade, há que todos mpassamos em algum momcriar uma protecção efectiva contra os mento por situações difíceis. Nesta possíveis efeitos das energias negativas. obra encontrará uma centena de oraNeste livro damos-lhe conhecimento de ções adequadas a cada caso. Orações mantigos amuletos, fórmulas, rituais prátipara encontrar mcompanheiro/a, cos, orações e rezas especiais mpara que possa repelir esse encantamento para conseguir casar-se com o seu namaligno. morado, pela paz da família, contra doenças, etc.
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Vidas Foi o destino que me trouxe para a Alemanha 20
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
Julguei que ia casar com uma mulher rica Não vou aqui contar a minha vida porque sei que ocuparia muitas e muitas páginas do vosso jornal. Prefiro antes escrever e contar as razões porque estou aqui. Nasci em Angola já lá vão uns anitos. Quando aconteceu a revolução em Portugal em 1974 toda a minha família estava em Angola, meus pais e os meus três irmãos e duas irmãs. Depois de acontecer a revolução em Portugal foi o que toda a gente sabe, quero dizer, tivemos de fugir a bom fugir com uma mão à frente e outra atrás. Foi uma desgraça. Ficámos sem nada e chegámos a Portugal com a roupa que tínhamos no corpo porque já foi bom sair vivo daquela confusão em Angola que a revolução causou. Depois de desembarcar em Portugal, fomos para perto de Tavira, no Algarve, onde moravam uns parentes afastados de meus pais. A partir daí agarrei-me a tudo para ganhar para a bucha e até fui pescador numa embarcação pequena. As coisas iam mal. Nesse tempo não havia muito emprego e em casa passávamos mal. Foi então que conheci a mulher com quem vivi. Era alemã, mais velha do que eu quase quinze anos. Na altura eu tinha 27 anos e ela tinha 42 anos. Conheci-a numa praia no Algarve quando estava de férias. Eu arranhava um pouco de inglês e ao fim de três semanas já não podíamos estar um sem o outro. Até que veio o dia que ela tinha de voltar para a
Alemanha. Nas despedida, que foi Talvez ela visse agora aquilo como tes e amigos. A minha chegada muito difícil para os dois, ela pro- uma aventura de férias e nada causou grande espanto junto de meteu-me que quando chegasse à mais. Mas para minha admiração quem me conhecia. Agora, em Alemanha começaria aprender ela tratou-me muito bem e até vez da casa sem condições, tinha português. O tempo passou e os preparou um jantar que era alugado um quarto num hotel nossos contactos foram rareando aquilo que na altura eu mais de- caro e conduzia uma bruta máe a minha vida continuou lá no Al- sejava já que a fome era muita. quina alugada. Era um senhor! garve a contar os tostões para ir Fui ficando e a nossa relação re- Tinha dito adeus às preocupações vivendo. começou. Mas o mais importante e sentia-me que nem um rei. Um dia as coisas complicaram-se de tudo não era isso, é que eu fi- Durante o tempo que vivi com e fiquei sem trabalho. Andei du- quei a saber que ela era rica, ela nunca soube ao certo o que rante muito tempo a passar por muito rica. A casa pertencia-lhe e tinha quanto e que fortuna posdificuldades. Um dia, já sem espe- era também proprietária de mui- suia. Disso ela nunca me falava. rança e farto da vida que levava, tos prédios. Para separar as coisas, ela abriutelefonei à mulher me uma conta na alemã que tinha Sparkasse e de conhecido na praia Era um senhor! Tinha dito adeus às preocupações e sen- seis em seis e contei-lhe como tia-me que nem um rei. meses fazia transpude as dificulda- Durante o tempo que vivi com ela nunca soube ao certo ferências para codes e disse-lhe que o que tinha quanto e que fortuna possuia. Disso ela brir as minhas gostaria de ir para nunca me falava. Para separar as coisas, ela abriu-me despesas: cigarAlemanha para ar- uma conta na Sparkasse e de seis em seis meses fazia ros, para a gasoranjar vida. Não transferências para cobrir as minhas despesas: cigarros, lina do carro que disse que não. Por para a gasolina do carro que então já tinha, e para pagar então já tinha, e correio mandou- a conta do restaurante quando íamos jantar fora ou pas- para pagar a me dinheiro para a conta do restausear. viagem de comrante quando boio e dias depois desembarquei Fui ficando por ali. Para me entre- íamos jantar fora ou passear. numa estação na Alemanha. De- ter ia cuidando do jardim da casa. As coisas foram andando assim. pois tive que apanhar um outro Ela impôs que eu fosse para uma Eu já estava bem integrado no comboio e cheguei ao meu des- escola aprender alemão, o que fiz. meio que ela frequentava e, vertino já noite. Telefonei à alemã e E ia vivendo bem. Às vezes dáva- dade seja dita, não me faltava passado algumas horas estava em mos grandes passeios de carro e nada. Tinha conhecido um portucasa dela. Quando cheguei a sua também comecei a tirar a carta guês na escola onde aprendi alecasa não queria acreditar no que de condução. Estava bem. mão e era com ele que eu saía os meus olhos viam. Aquilo não A família dela, a mãe e os seus para espairecer. Foi esse portuera uma casa, era um palácio!!! dois irmãos, simpatizam também guês que me incentivou a pedirEm comparação com a casa onde comigo. Eu também lhe fazia o lhe em casamento . Dizia que morava em Portugal, aquilo era trabalho de jardim já que não teria o meu futuro assegurado. E para mim um palácio. tinha nada que fazer. assim fiz, fiz e nunca o deveria ter Quando cheguei a sua casa não Um dia fomos ao Algarve, para feito. Nesse dia a verdade, a versabia o que ela pensava sobre a perto da localidade onde tinha vi- dade da vida que eu vivia se mosrelação que tivemos no Algarve. vido, onde viviam os meus paren- trou. Disse-me não, nunca! Que
Amizades & Afins Senhor 56 anos, divorciado, não fumador,residente na Alemanha deseja conhecer senhora na casa dos cinquenta para fins de amizade. Resposta a este jornal Refª A107
Cavalheiro Só, 67 anos, 1,65 m, meigo, honesto, livre e independente, da área de Matosinhos, não fumador, a residir na Alemanha (NRW), procura Senhora com qualidades atrativas, só, sem encargos, mais ou menos da idade, compatível, para amizades ou algo mais. Se sim, escreva hoje mesmo . Carta com foto é gentil, na resposta a este jornal Refª A 205
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poesias de amor e de outros sentires
Segredo Nem o Tempo tem tempo para sondar as trevas deste rio correndo entre a pele e a pele Nem o Tempo tem tempo nem as trevas dão tréguas Não descubro o segredo que o teu corpo segrega David Mourão Ferreira
vivíamos assim bem e que não queria compromissos comigo. Estava até a pensar falar comigo para eu ir viver numa outra casa e quando quiséssemos poderíamos encontrar. Muito admirado perguntei se ela já não gostava de mim e se já não queria nada comigo. Não, claro que gostava, mas não era um gostar como eu pensava e ademais eu tinha que arranjar maneira de me sustentar e olhar pela minha vida. Disse que me ajudava a encontrar e a rechear a casa com as mobílias necessárias. Percebi tudo e pela primeira vez vi que, confrontado com a aquela realidade, tinha de viver um sonho. Passado alguns tempos tinha um apartamento e conseguido trabalho numa fábrica de contraplacado de uns amigos dela. Durante os primeiros tempos ainda a vi algumas vezes, mas fomo-nos afastando um do outro à medida que o tempo passava. Hoje, passado já quase trinta anos, tenho a minha vida: trabalho e tenho família. Às vezes arrependo-me de ter vindo com vim para a Alemanha. Mas se não tivesse vindo não sei o que teria acontecido à minha vida. Para terminar, peço aos senhores para corrigir esta minha carta e para não divulgarem o meu nome. Nota: A redacção corrige apenas a ortografia e/ou substitui vocabulário menos adequado Leitor identificado
ESCREVA-NOS e conte-nos a história da sua vida Sabemos que há mulheres e homens que desejam comunicar as suas aventuras ou até mesmo histórias sobre a sua vida ou que querem relatar experiências e contar casos de que foram testemunhas ou os principais protagonistas. Todos, uns mais que outros, temos uma história para contar, como por exemplo, como cá chegamos; a nossa dificuldade em compreender a língua; os sonhos que acalentamos para aguentar estar num país tão diferente; o choque cultural, o primeiro dia de trabalho e, porque não, as dificuldades por que passamos. Nós queremos contar a sua vida, o bom e o mau. Escreva-nos como sabe e pode e a sua história poderá ser um valioso testemunho da nossa presença neste país. Não se esqueça de nos enviar as fotografias que deseja ver publicadas. Morada: PORTUGALPOST Burgholzstr.43 44145 Dortmund Fax: (0231) 83 90 351 E mail: correio@free.de
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
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Previsões para Setembro 2009
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CARNEIRO Amor: Poderá ser invadido pela saudade, viva mais focado no presente. A felicidade espera por si, aproveite-a! Saúde: Procure fazer uma vida mais salutar. Cuidar da sua saúde não é uma questão de querer. É um dever. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir nos negócios.
com o seu patronato.
veite para fazer o que já tinha planeado.
Hor. Abertura: Seg-Dom.: 11H30-24H00
LEÃO Amor: Esqueça o seu passado afectivo e parta em direcção à felicidade. Que o futuro lhe seja risonho! Saúde: Andará mais impaciente nesta altura. Dinheiro: Financeiramente tudo se apresenta estável.
SAGITÁRIO Amor: Saiba desculpar e pedir desculpa. O seu par apreciará a sua atitude. Siga a sua intuição, siga o caminho do amor! Saúde: Faça mais exercício físico. Olhe mais pela sua circulação sanguínea. Dinheiro: Tente poupar algum dinheiro. Mais tarde poderá precisar dele.
TOURO Amor: Dê mais atenção à sua família. Ela também necessita de si. Que o Amor seja uma constante na sua vida! Saúde: Poderá ter dificuldades em dormir. Dinheiro: Se pretende abrir um negócio não o faça já. Espere por dias melhores.
VIRGEM Amor: Altura ideal para efectuar a mudança que tanto necessita de fazer. É tempo de um novo recomeço! Saúde: Canalize a sua energia para actividades de lazer. Faça apenas aquilo que realmente gosta. Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dos seus rendimentos, para conseguir melhorar a sua situação económica.
Por Maria Helena Martins
GÉMEOS Amor: É uma boa altura para os nativos solteiros iniciarem um relacionamento estável. Procure intensamente sentimentos sólidos e duradouros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar! Saúde: O descanso e o exercício físico são fundamentais para conseguir aguentar a pressão exercida sobre si durante este mês. Dinheiro: Planifique a sua vida profissional para que possa ser mais organizado e rentabilizar o seu trabalho. CARANGUEJO Amor: Ponha as cartas na mesa e evite esconder a verdade. Enfrente os seus medos e as suas dúvidas e será feliz! Saúde: É possível que se sinta psicologicamente esgotado. Descanse mais. Dinheiro: É possível que tenha alguns problemas
CAPRICÓRNIO Amor: Mês de grande harmonia entre o casal. Aproveite ao máximo os momentos de alegria para agradecer a Deus tudo o que tem! Saúde: Modere o seu estado de ansiedade. Dinheiro: Êxitos a nível pessoal e profissional.
BALANÇA Carta do Mês: 8 de Paus, que significa Rapidez. Amor: Evite as discussões com alguém que lhe é muito querido. Agora é tempo para desenvolver a paciência e a vontade de partilhar. Saúde: Previna-se contra gripes. Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só terá a ganhar com isso.
AQUÁRIO Amor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sacrifícios para manter o bem-estar familiar. Rejeite pensamentos pessimistas e derrotistas. Dê mais de si. Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indisposição que o conduzirá à redução do seu ritmo diário. Dinheiro: Poderá ter as condições necessárias para se dedicar a um projecto deixado na gaveta.
ESCORPIÃO Amor: Poderá ser surpreendido pelo seu par. Aproveite a surpresa. Viva o presente com confiança! Saúde: Tente manter a calma, pois o seu sistema nervoso anda um pouco frágil. Dinheiro: Este é um momento favorável, apro-
PEIXES Amor: Sentir-se-á liberto para expressar os seus sentimentos e amar espontaneamente. Que o Amor seja uma constante na sua vida! Saúde: Estará melhor do que habitualmente. Dinheiro: Boa altura para pedir aquele aumento ao seu chefe.
As Galinhas do Vizinho O agricultor mandou o filho ir à casa de um vizinho buscar uma caixa com galinhas. O rapaz foi mas, pelo caminho para casa, deixou cair a caixa, que se abriu, e as galinhas fugiram. O rapaz foi atrás delas por todo o lado e juntou-as novamente na caixa, mas não tinha a certeza se as tinha apanhado todas. Chegando a casa, vira-se para o pai e diz, mostrando a caixa com algum receio: - Pai... As galinhas fugiram-me, mas eu consegui apanhar as doze... - Caramba, filho, mas eram só sete... Pagamento Adiantado Era sábado e a adolescente foi confessar-se: — Padre, eu dormi com meu namorado. — Pecado, minha filha, pecado. Reza dez ave-marias. A adolescente foi-se levantando, andou uns passos e voltou de novo ao padre. — Posso rezar vinte, senhor padre? — Porquê, minha filha? — É que a gente vai passar este fim-de-semana fora... Briga que Acaba com a Mulher de Joelhos — Então? Como acabou a discussão com a tua mulher? — Como eu esperava: veio ter comigo, de joelhos. — Sim? E depois? — Aproximou-se e gritou: saia debaixo da cama, seu covardão.
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Bonga portou-se mal em Dortmund
Já não tem uma lágrima ao canto do olho Por Kota Ngingas Foto: Bonga (E) acompanhado por um elemento da organização do espectáculo
Durante uma deslocação a Dortmund para actuar na festa do quinto aniversário da revista Ngingão, o cantor angolano Bonga decepcionou a plateia ao revelar um carácter que deixa muito a desejar. A sua tão esperada presença acabou por se tornar numa figura de terror para as centenas de fãs que estiveram presentes para assistir ao concerto. Tudo começou na tarde de sábado com a chegada do músico ao salão para fazer o som check (ensaios preliminares de som). Bonga, coadjuvado por Lito Graça, baterista do Semba Master, grupo que o acompanhou, revelou a sua performance em arrogância, dizendo ordinarices à mistura com insultos públicos. O jogo de códigos entre os dois arrogantes ajudou a identificar a falta de personalidade de Bonga perante a entidade (Revista Ngingão) que por respeito e carinho pela carreira musical do artista lhe preparara uma ho-
menagem. O medo de não ser pago foi a razão de sua insegurança. O comportamento mesquinho de Bonga e do seu acompanhante permitiu entender que o artista não conhece realmente o seu valor na arena musical. Quando se fala de Bonga, pensávamos nós que se tratava de uma personalidade com estatuto equiparável a Cesária Évora, Bana, Martinho da Vila, Djavan, Alcione e outros, em que seus concertos são tratados por agentes profissionais em condições e que garantem a salvaguarda dos seus mandantes. Mas, isso não acontece com o cantor em causa. Bonga, na sua arrogante vinda à Alemanha, mostrou-se desprovido de conhecimentos contratuais não possuindo qualquer Home Page ou agente que fale por ele. O artista, usando mecanismos rudimentares, começou por tropeçar com o contrato muito antes de ter cá chegado.
Lamentavelmente Bonga não sabe conciliar a sua reputação artística com a celebração de contratos. Ao aperceberem-se dos acordos feitos entre o artista e a parte contratadora, os seus acompanhantes confirmaram as trafulhices do mais velho. “O kota já está velho e mesmo assim quer continuar a fazer coisas que não entende. Nós dizemos-lhe sempre que seria melhor que fossemos nós a tratar da parte administrativa e ele apenas da parte artística, mas ele não nos ouve e por isso temos tido problemas idênticos”, disse Lito Silva, seu fiel acompanhante. Os outros dizem ainda que a desordem de Bonga está a fazer com que outros músicos percam vontade de trabalhar com ele. “Se ele continuar assim vai acabar sozinho, muitos já não querem trabalhar com ele, como é o caso do nosso colega que ficou em casa por causa destas confusões”, prosseguiu Betinho Feijó, desculpando-se pelo comportamento
de Bonga. No contrato, Bonga exigiu honorários para quatro elementos que o acompanhariam. embora a parte contratadora ter cumprido com a exigência, Bonga veio apenas com 3 elementos e sem pudor, embolsou o dinheiro destinado ao quarto comportando-se como um avarento querendo enriquecer em recuperação do tempo que perdeu. O comportamento de Bonga na sua última visita a Alemanha não foi diferente ao de qualquer outro que ele usa em criticar nas suas canções. A única diferença é que as personagens referidas em suas músicas possuem poderes que Bonga não tem para poder sustentar e tornar visível o seu complexo e arrogância. Em palco, as suas anedotas ordinárias aterrorizaram os assistentes que lá se dirigiam, pois tinham medo de ser agredidos verbalmente pelo artista. O seu comportamento pouco escrupuloso deixou a plateia decepcionada.
Durante o concerto, Bonga correu com todos os rapazes que subiram ao palco para lhe entregar qualquer mimo, dizendo repetidas vezes que gostaria que as coisas lhe fossem entregues apenas por mulheres e não por homens. O denominado Rei do Semba registou o seu ponto alto na década de 80 com canções de intervenção contra o regime angolano no poder. Na altura, pela sua firmeza e determinação, ganhou carinho e admiração pelo mundo fora, especialmente entre os angolanos que chegaram a considerálo como sendo a voz da razão. Contrariamente, no espectáculo do dia dois de Maio, em Dortmund, Bonga mostrou-se cansado do título, assinando as afirmações dos desiludidos fãs que o consideram covarde por ter se rendido à causa que aparentava defender. Neste espectáculo ao interpretar, a pedido da plateia, “Tenho uma lágrima no canto do olho”, um dos seus grandes sucessos, furioso pediu repetidas vezes ao camaraman que parasse com a gravação naquele momento. O comportamento do artista deixa um ponto de interrogação. Porquê apenas naquela canção? Preferia não acreditar que Bonga está com medo de ser visto em Angola a cantar os seus êxitos. A verdade é que não se importou que as filmagens prosseguissem depois da canção ter acabado!... Malcom X, Bob Marley e muitos outros considerados defensores de qualquer causa morreram repletos de fidelidade, o mesmo não se pode dizer de Bonga se formos a julgá-lo com base no seu comportamento no concerto de Dortmund. Aí deixou muito a desejar, com um cachet ganho quase de graça, porque Bonga não cantou, ridicularizou-se e mostrou o seu lado insociável.
NPD ameaça politico de origem angolana Um cidadão alemão natural de Angola que é candidato pela União DemocrataCristã (CDU) às próximas eleições regionais na Alemanha está sob protecção policial devido a ameaças da extrema-direita Zeca Schall, angolano naturalizado alemão desde 2004, é um membro do partido democrata-cristão da chanceler alemã,Angela Merkel, e está a ser foi alvo de ameaças por parte do NPD em Turíngia. Este partido da extrema-direita diz que a Zeca Schall deve „voltar para casa“.
A campanha do NPD contra Zeca Schall deve-se ao facto deste aparecer num cartaz de campanha eleitoral da CDU. Zeca Schall, 45 anos de idade, vive na Alemanha desde 1988, é membro da CDU local, partido pelo qual também concorre localmente em eleições regionais a realizar a 30 de Agosto. Zeca Schall é encarregado das questões de imigração e multiculturalismo da CDU no Estado da Turíngia. „Estes ataques surpreenderamme porque já no início do ano havia cartazes meus espalhados em Hildburghausen, onde havia eleições distritais“, disse Schall à Deutsche Welle. Preocupado com as ameaças e a
campanha do NPD, O angolano naturalizado alemão encontra-se sob escolta policial. Mesmo assim, Zeca Schall diz não ter medo. „Neste momento chegou um caminhão do NPD, que está contra mim, fazendo campanha também na estrada. Mas não temos medo, temos protecção e queremos continuar nossa campanha até o fim“, disse à Deutsche Welle. „Bom regresso a casa, Zeca!“, dizia uma faixa colocada num autocarro do NPD. Entretanto, A CDU apresentou queixa à Justiça alemã após o NPD ter afirmado que Schall „preenche a cota de negros da CDU“, que a presença do político „não é necessária“ e que ele „deveria voltar para casa“.