PORTUGAL POST ANO XVI • Nº 197 • Dezembro 2010 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: correio@free.de •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718
Austeridade
Só para os suspeitos do costume
Entrevista Com Frank Zehle, Delegado da TAP na Alemanha
“Transportamos cerca de 250.000 passageiros anualmente entre a Alemanha e Portugal” Pág.12
CCP Conselheiros do queixam-se da falta de verbas para as suas actividades Pág. 7
No passado dia 26 de Novembro, o Parlamento português aprovou o Orçamento de Estado (OE) 2011, que inclui um pacote de medidas de austeridade destinado a reduzir a dívida soberana e salvar o país da bancarrota. Página 3
O rescaldo do Simpósio Cultural de Munique
Desejamos a todos, especialmente aos leitores, assinantes , clientes do nosso jornal, um feliz e solidário Natal
Cônsul-Geral reivindica organização do evento Pág. 8 Padre da Missão Católica portuguesa em Hamburgo está arrependido de ter vindo para a paróquia Pág. 11
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PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
PORTUGAL POST
Editorial Mário dos Santos
Agraciado com a medalha da Liberdade e Democracia da Assembleia da República Fundado em 1993 DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS REDACÇÃO E COLABORADORES CRISTINA KRIPPAHL: BONA FRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIM FERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDA JOAQUIM PEITO: HANNOVER LUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE CORRESPONDENTES ALFREDO CARDOSO: MÜNSTER ANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHEN JOÃO FERREIRA: SINGEN JORGE MARTINS RITA: ESTUGARDA JOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORF KOTA NGINGAS: DORTMUND MANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECK MARIA DOS ANJOS SANTOS - HAMBURGO MICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONA ZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT COLUNISTAS ANTÓNIO JUSTO: KASSEL CARLOS GONÇALVES: LISBOA DORA MOURINHO: ESSEN FERNANDA LEITÃO: TORONTO HELENA GOUVEIA: BONA JOSÉ EDUARDO: FRANKFURT JOSÉ VALGODE: LANGENFELD LAGOA DA SILVA: LISBOA LUIS BARREIRA, LUXEMBURGO MARCO BERTOLOSO: COLÓNIA MARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIG PAULO PISCO: LISBOA RUI MENDES: AUGSBURG RUI PAZ: DÜSSELDORF TERESA COLAÇO: COLÓNIA ASSUNTOS SOCIAIS JOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIAL CONSULTÓRIO JURIDICO CATARINA TAVARES: ADVOGADA MICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADA MIGUEL KRAG: ADVOGADO FOTÓGRAFOS: FERNANDO SOARES AGÊNCIAS: LUSA. DPA IMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADE BURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUND TEL.: (0231) 83 90 289 FAX: (0231) 83 90 351 WWW.PORTUGALPOST.DE E MAIL: CORREIO @ FREE.DE REGISTO LEGAL: PORTUGAL POST JORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHA ISSN 0340-3718 • K 25853 PROPRIEDADE PORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654 OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICULAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST
Eleições e remodelações
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Os candidatos que concorrem às eleições presidenciais a realizar a 23 do próximo mês já estão a fazer campanha, ainda que não se dê muito por isso devido à situação de crise e de forte austeridade que está e vai dificultar a vida dos portugueses. Lendo a imprensa de Portugal, há no país um manifesto e preocupante desinteresse por estas eleições que em situação normal mobilizaria o país para um debate necessário e interessante. Mas o país não está para aí virado. A crise, a iminência do FMI entrar pelo país, as apertadíssimas medidas de austeridade, o défice orçamental, os juros da dívida pública, os chamados mercados que parecem ditar os destinos de Portugal, o desemprego, a execução orçamental, etc, vão fazer com que ninguém se interesse pelas eleições e pelos candidatos. Vendo bem, esta situação está a favorecer o candidato Cavaco Silva que gosta de aparecer como quem não tem responsabilidades pelo que está a suceder no país e como aquele que, depois das coisas estarem a correr mal, diz “eu bem avisei!”, até porque é economista e já sabia, segundo ele diz, que Portugal ia bater no fundo, condição primeira para que o FMI aterre na Portela e governe o país com medidas a doer. Com este pano de fundo, é pertinente colocar algumas interrogações sobre a actuação do candidato Cavaco Silva enquanto presidente e pergunta-se: se então ele sabia,
como diz, e sendo Presidente da República, como é que permite que a situação chegue ao ponto que chegou, consentindo que os governantes estivessem a levar o país para a grave situação que ele diz que previu, preveniu e alertou? Como é que depois de tudo isso ele venha sacudir a água do capote dizendo que nada tem a ver com a situação a que chegou o país até porque alertou para „a situação insustentável”? Bem vistas as coisas, como é que se pode dar o voto a um candidato que, como ele gosta de dizer, alertou apara a “situação explosiva” que o país estaria para viver e não tenha tomado as medidas que os poderes presidenciais lhe conferem como seja, por exemplo, a convocação de eleições antecipadas em tempo útil para que se tivesse evitado a situação? Fica a interrogação.
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Por mor da crise fala-se na eventualidade do Governo vir a ser remodelado para lhe dar um ar mais fresco e lhe consentir novas forças para enfrentar a crise e ganhar a confiança dos eleitores. Nós aqui, como somos eleitores e estamos atentos poderíamos desde já sugerir uma remodelação necessária: a do Secretário de Estado das Comunidades, António Braga. E espera-se que a acontecer a dita remodelação governamental o actual SECP dê lugar a outro, um outro que tenha mais sensibilidade
para as questões das Comunidades. Não apenas por ter sido (e é) o SECP mais contestado desde que ao PP existe – e já vão 18 anos –, a António Braga falta-lhe a sensibilidade que todos os outros seus antecessores tiveram, como também lhe falta a capacidade para o diálogo. As comunidades têm de ter um responsável pela pasta das comunidades um político que venha ao encontro das pessoas que as ouça e lhes transmita o devido respeito e valor; que as defenda com convicção e que, também cumpra com aquilo que diz, porque, a lista daquilo que anunciou e não cumpriu ser-lhe-á entregue nas próximas eleições, como, diga-se, já o foi nas anteriores. Quando se fala do actual Secretário de Estado das Comunidades assalta-nos as saudades que se tem de anteriores secretários de Estado como Manuela Aguiar, José Lello, entre outros, que independentemente de se estar ou não de acordo souberam compreender e ir ao encontro das comunidades falandolhes e cumprindo o que lhes anunciava. A finalidade da secretaria de Estado das Comunidades não se resume apenas à sua função executiva, ela deve ter como responsável alguém que dê valor ao diálogo com as comunidades, um diálogo franco, de olhos nos olhos e não se proteja atrás de uma arrogância politica a que as comunidades não estavam habituadas quando contactavam com os seus antecessores.
CRÓNICA
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A U S T E R I D ADE
Só para os suspeitos do costume No passado dia 26 de Novembro, o Parlamento português aprovou o Orçamento de Estado (OE) 2011, que inclui um pacote de medidas de austeridade destinado a reduzir a dívida soberana e salvar o país da bancarrota. Cristina Krippahl
Entre as medidas que vão doer a sério destaca-se o corte substancial dos salários na administração e nas empresas públicas. Tendo em conta que os salários no sector público representam 14,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, bastante superior à media de 11% na Zona Euro, a medida faz sentido e impõe-se. Tanto mais que só os funcionários e empregados com remuneração mensal acima de 1500 euros terão um corte entre 3,5 e os 10 por cento. Recorde-se que o salário médio em Portugal ronda os 1000 euros por mês. Conheço funcionários portugueses atingidos pelo corte salarial, que me garantiram concordar com a medida. Preferem renunciar a uma pequena parte do salário a ver aumentado o Imposto de Valor Acrescentado ou reduzidos os investimentos públicos em sectores-chave como a saúde. Consideram que estas sim, são medidas socialmente injustas, por atingirem sobretudo os que
pouco ou nada têm. E explicam que o simples facto de terem empregos seguros já lhes dá uma vantagem muito grande sobre os assalariados no sector privado, acometido por uma crise de desemprego de grandes dimensões. A boa vontade destes professores e outros sofreu um abalo sério na semana passada, quando o Governo socialista de José Sócrates decidiu, e o Parlamento aprovou, famigeradas «excepções» para os assalariados nas empresas de capital público, encomendadas pela Caixa Geral de Depósitos. Um voto que contou com a notória abstenção do partido da oposição, PSD, que se prepara para regressar ao poder e sabe que futuramente vai precisar de «jobs for the boys» que mereçam o nome. O que só é possível se os postos em questão continuarem a ser chorudamente remunerados. Os juízes portugueses aproveitaram a deixa e exigem igualmente que se abra uma excepção no seu caso. Os magistrados deste país, famosos por arrastarem processos anos a fio num sistema judicial cuja assustadora
falta de eficácia já entrou no anedotário europeu, ameaçam retaliar, tornando a justiça mais lenta. É difícil perceber como é que a justiça em Portugal poderá possivelmente ser ainda mais lenta, de modo que a ameaça parece um pouco gratuita. Mas o mais provável é que o Governo, à beira de ser derrubado, não tenha a coragem de apontar o argumento da «independência da justiça» como a desculpa de mau pagador que obviamente é. Segundo o 4ª relatório da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça, em Portugal, os juízes do Supremo Tribunal em final de carreira ganham em média 4,2 vezes mais do que o salário médio bruto nacional. O rácio equivalente na Alemanha é de 2,1. E também não se compreende muito bem porque é que um juiz, até agora perfeitamente isento e independente, passa a ser servo dos poderes políticos por ter que prescindir de uma ínfima parte do seu salário, como contribuição modesta para salvar um país que lhe paga tão bem. Ou será que o juiz desembargador que ganha uma média de 7.022,13 euros por
mês, e o seu estagiário, que dispõe de módicos 3.341,05, vão ter que procurar um biscate nas horas vagas para não morrerem de fome? Mas ainda não é tudo: também o Banco de Portugal já levantou objecções. Esta instituição acha ser necessário, adivinharam, abrir uma excepção, para garantir - lá vamos nós – a sua independência, e dar-lhe a possibilidade de manter os seus colaboradores mais qualificados. Uma vez que esses colaboradores qualificados, incluindo o ex-governador do banco, Victor Constâncio, falharam redondamente a obrigação mais elementar de detectar a dimensão do buraco orçamental português, contribuindo directamente para a desgraça actual, eu sugeria que seria uma grande sorte para todos nós se estes profissionais fossem para outro lado. Mas também aqui suponho que o Governo acabará por manter a tradição portuguesa de ceder à pressão de corporações e interesses organizados à custa da população indefesa, provando, mais uma vez, que nada muda no nosso país: para não
variar, a austeridade será acatada pelos suspeitos do costume. E a seriedade das intenções das elites no que toca o futuro do nosso país não carece de mais comentário.
P.S. De qualquer modo, parece que o problema da crise está prestes a desaparecer. Segundo o inefável Alberto João Jardim, há uma explicação óbvia para os euromilhões ganhos por um grupo de apostadores madeirenses: «Os socialistas roubaram-nos na Zona Franca e Deus repôs parte daquilo que eles nos roubaram». E como o deus do Alberto já foi acusado de muita coisa, mas nunca de bairrismo, penso que resolvido o problema da ilha das bananas, aquele ser supremo voltará a sua atenção para o continente - onde há muitos erros deste e de outros governos a emendar - para colmatar nem que seja uma parte das enormes lacunas financeiras nacionais. É que, vendo bem, esse tal Deus não faz nada pela nossa economia desde 1498, que diabo, perdão, digo: que diacho.
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NACIONAL & COMUNIDADES
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Emigrantes assumem solidariedade com país em crise, após encontro com Cavaco Silva
Paulo Pisco diz que Instituto Camões deve reforçar atividade
O presidente do Conselho das Comunidades, Fernando Gomes, disse, Lisboa, que Portugal pode contar com os emigrantes para ultrapassar a crise, recordando que os últimos dados registam um aumento das remessas do estrangeiro.
O Instituto Camões (IC) deveria reforçar a sua atividade em alguns pólos estratégicos, como Paris, Luanda ou São Paulo, para chegar melhor ao seu público-alvo, defendeu o deputado do PS pela Emigração, Paulo Pisco. “Creio que há uma necessidade de o IC apostar em alguns pólos que são estratégicos, como Paris, Luanda ou São Paulo, reforçando a sua actividade e a sua forma de chegar aos públicos alvo que são os portugueses e os cidadãos dos seus países”, disse o deputado. Para o deputado, essa “redefinição” é importante, para que “possa haver concertação de meios em algumas cidades que são estratégicas para a afirmação cultural de Portugal”.Quanto ao facto de o IC ir ter uma redução de oito por cento no próximo Orçamento do Estado, o deputado socialista defendeu que o instituto deve apostar em parcerias. “É importante que, mesmo com os meios reduzidos, seja possível haver uma aposta clara numa filosofia que assuma de maneira determinada, quer as parcerias quer a realização de iniciativas que possam ser geradoras de receitas que possam vir a ser investidas noutros projectos de natureza cultural”, afirmou.
Portugal „pode contar sempre com a nossa solidariedade. Estivemos sempre próximos nas várias crises da história do país, o problema é que muitas vezes somos afastados e seria bom reiterar que não nos esqueçam em alturas de bonança“, disse Fernando Gomes. „Segundo as informações que tive, as remessas dos emigrantes aumentaram. Se isso não é contribuição, não sei o que o país pede mais“, reforçou. Segundo o boletim estatístico do Banco de Portugal, publicado em Agosto, relativo ao primeiro semestre deste ano, cresceram 5,2 por cento face a igual período do ano passado. Até Junho entraram 1.080 milhões de euros de remessas de emigrantes, contra 1.025 no período homólogo. O presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas (CPCP) falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva. Fernando Gomes, que representa os portugueses de Macau, disse que durante o encontro com Cavaco Silva, os conselheiros transmitiram ao Chefe de Estado preocupação relativamente ao fu-
Aspecto da reunião entre o Conselho Permanente e o Presidente da República. turo deste órgão de consulta do Governo sobre emigração. „Não há nenhum órgão que funcione em verbas. Começamos com pouco estamos a terminar com nada. Se calhar a próxima atribuição orçamental seria só para o enterro. Estamos a caminhar para isso“, disse. O presidente do CPCP denunciou os „cortes continuados“ nas verbas para o funcionamento do conselho nos últimos dois anos, admitindo o fim do funcionamento do CPCP nos moldes atuais. „Chegou a um ponto a partir
do qual não é possível. Estamos na medula, depois de tirar a medula, fractura! O que está previsto para este ano - 200 mil euros - é ínfimo, é quase vergonhoso“, sublinhou. Fernando Gomes acusa a tutela de „não acompanhar o espírito da lei“ que rege o conselho, lembrando que em Novembro passado deveria decorrer a reunião plenária de todos os membros do Conselho das Comunidades, mas que esta teve que ser adiada para o próximo ano. O presidente do CPCP criticou ainda as recentes alterações introduzidas à lei eleitoral para o
Presidente da República, que aguarda promulgação, considerando que mais uma vez prevaleceu „uma política economicista“. Adiantando que o assunto não foi abordado no encontro com Cavaco Silva, Fernando Gomes apontou a passagem de 1.000 para 5.000 do número de eleitores necessário para que haja desdobramento de mesas eleitorais no estrangeiro como um exemplo dessa política economicista. No encontro com o Presidente da República também este presente Alfredo Stoffel, conselheiro eleito pela Alemanha.
Conselho das Comunidades terá actividades reduzidas por causa de cortes orçamentais
António Braga diz que voto dos emigrantes devia ser harmonizado
A reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) realiza-se no final de Março e os conselheiros já sabem que vão ter algumas actividades reduzidas por causa dos cortes orçamentais, anunciou o presidente do CCP. “A reunião plenária está agendada para os últimos três dias do mês de Março: 29, 30 e 31. E vamos ter uma reunião do Conselho Permanente a 26, 27 e 28 de Janeiro”, disse Fernando Gomes. O presidente do CCP falava aos jornalistas no final de uma reunião que teve hoje com o secretário de Estado das Comunidades. Fernando Gomes disse ainda ser “uma certeza” a redução das actividades do CCP por causa dos cortes orçamentais, afirmando que, no “próximo ano haverá uma única reunião das comissões especializadas, que será durante o plenário”.
O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, congratulou-se com a aprovação da alteração à Lei Eleitoral do Presidente da República e defendeu que se devia também “harmonizar” o método de voto dos emigrantes. Referindo-se à Lei Eleitoral do Presidente da República, o governante afirmou que “havia uma norma que nos parecia pouco consentânea não só com o apelo cívico constante à participação eleitoral como também com os direitos elementares na participação eleitoral”. “É uma eleição que exige voto presencial, é diferenciada do voto por correspondência das eleições legislativas. Há ainda aqui uma contradição que era importante esclarecer”, defendeu. Para António Braga, “não se justifica haver dois métodos diferentes para duas eleições igual-
“Temos de encontrar formas alternativas de sobrevivência. Uma única reunião é pouco”, afirmou o responsável, sugerindo o recurso à Internet para os conselheiros se manterem em contacto. Em relação à reunião com António Braga, o presidente do CCP disse ter sido positiva e que encontrou “abertura de parte a parte para debater problemas e encontrar saída” para os obstáculos com que se deparam. Por seu lado, o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, disse ter “ouvido algumas preocupações” e abordado “temas importantes e que são prioridade do Governo”. A resposta da rede consular às necessidades dos portugueses no estrangeiro, a língua portuguesa e a modalidade de funcionamento do CCP foram alguns dos temas em debate.
mente importantes e harmonizar essa metodologia”. Sublinhando que “cabe à Assembleia da República” promover essa harmonização, o secretário de Estado sublinhou que os portugueses no estrangeiro acompanham sempre “com muita atenção” as iniciativas legislativas. O Parlamento aprovou a alteração à Lei Eleitoral do Presidente da República com 198 votos a favor, 16 abstenções, do Bloco de Esquerda (BE), e um contra, também do BE. Esta alteração alarga o universo eleitoral dos eleitores emigrantes que podem votar no Presidente da República. Foram ainda eliminados os artigos que impediam de votar os portugueses residentes na Europa há mais de 15 anos e há mais de dez anos nos países extra-europeus, bem como os que tinham dupla cidadania.
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NOTÍCIAS
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Segundo Observatório da Emigração
Emigração não é resposta para o desemprego O coordenador do Observatório da Emigração considera que a saída para o estrangeiro não é, no contexto actual, resposta para o problema do desemprego em Portugal, lembrando que a generalidade dos países não consegue absorver emigrantes. „Vai ser difícil, nos tempos mais próximos, pensar que o desemprego se resolve com base na emigração“, diz Rui Pena Pires, em entrevista à Agência Lusa. O investigador adiantou que os dados mais recentes confirmam a tendência de desaceleração dos fluxos migratórios, uma realidade que, acredita, nem as medidas de austeridade anunciadas irão alterar. Até porque os dois principais destinos da emigração portuguesa nos últimos anos Espanha e Reino Unido - registam também elevadas taxas de desemprego. „A maioria dos países da Europa e América do Norte tem problemas de desemprego sérios e não é provável que possam absorver muita emigração provocada pela crise“, diz. Rui Pena Pires rejeita a ideia de que a crise está a gerar uma onda de emigração semelhante à dos anos 1960, considerando
que há um „desfasamento“ entre os números e a percepção pública. „O grande crescimento da emigração para números próximos dos anos 1960 é anterior à crise e não consequência da crise. A crise veio travar este movimento“, adianta. „Na primeira metade desta década, saíam em média 70 mil pessoas por ano (80 mil na década de 1960). Quando isso começou a ser visível fora dos círculos académicos foi quando acabou“, explica. Para o investigador, os números actuais confirmam uma desaceleração das saídas para todos os destinos, existindo apenas dúvidas sobre Angola. „Não temos dados seguros para dizer que a emigração para Angola cresceu. Aparentemente cresceu. (…) O dinheiro que os portugueses mandam de Angola para Portugal (…) tem vindo sempre a crescer. Esse crescimento pode indicar que a emigração continua a crescer“, sustenta. O coordenador do Observatório não prevê que possam surgir novos destinos para a emigração, adiantando que as saídas para os países árabes por via das empresas de construção portuguesas não têm expressão estatística. „Vai demorar algum tempo
até a emigração poder crescer como cresceu no passado. Podemos ser surpreendidos, pode ser que de repente recomece a emigração para o Brasil, mas neste momento não há nenhum dado que aponte nesse sentido“, diz. Por seu lado, Jorge Arroteia, investigador da Universidade de Aveiro e coordenador da Academia Virtual da Emigração - Emigrateca, acredita que a situação actual do país gerará „um acréscimo dos fluxos emigratórios, a menos que a situação na Europa e noutros destinos de emigração, o não venha a permitir”. No mesmo sentido, Engrácia Leandro, da Universidade do Minho, considera que no contexto actual „a emigração pode afigurar-se como um recurso muito plausível“. A catedrática de Sociologia alerta, todavia, para o facto de a nível internacional estarmos longe do período dourado da emigração portuguesa. „Não vivemos hoje em „anos gloriosos“ como acontecia nos anos 1960 e 1970 em que se fazia insistentemente apelo à emigração (…), o que não é o caso actualmente, em que se procura por todos os meios fechar as portas“. Ainda assim, acredita que não será por isso que os desempregados portugueses „deixarão de estar à espreita (…) das melhores oportunidades“.
Reforma da rede diplomática anunciada pelo MNE ainda não está concluída O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, disse que a proposta de reforma da rede diplomática, anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, ainda não está concluída. “Quanto a um novo redimensionamento da rede de embaixadas, o projecto ainda não está concluído, por isso, não podemos falar nele, nem como proposta ainda”, disse António Braga aos jornalistas. O governante falava à margem de uma reunião que teve hoje com o Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas. A 14 de Outubro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afirmou em Bruxelas que o Governo vai apresentar, até ao fim do ano, uma proposta de reforma da rede diplomática que vai implicar uma diminuição na Europa e aumento no resto do Mundo “O país não pode continuar com uma matriz de representações dos nossos interesses que já não corresponde aos nossos interesses reais”, disse o chefe da diplomacia. O secretário de Estado das Comunidades lembrou que o Go-
verno levou a cabo uma reforma consular em 2007, na qual toda a rede foi “racionalizada e reordenada”. “Racionalizámos e reordenámos toda a rede à luz de critérios muito claros: serviço a prestar à comunidade portuguesa, as missões diplomáticas associadas à actividade consular”, disse António Braga, acrescentando que essa reforma “está estabilizada”. Questionado sobre o Orçamento do Estado (OE), o governante disse não saber ainda quais os valores para as comunidades portuguesas, mas afirmou que o momento é de contenção. “Todos ministérios foram chamados a fazer um esforço no sentido de racionalizar as suas despesas, comprimi-las, de modo a garantir as metas traçadas no OE, designadamente no cumprimento do défice público”, disse. “É esse o esforço que o Ministério dos Negócios Estrangeiros fará, como já fez este ano, acomodando as actividades previstas nesse enquadramento e no orçamento que está para aprovação na Assembleia da República”, acrescentou.
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Alemanha recusa extradição para Portugal de suspeito de duplo homicídio no Algarve A Alemanha recusou o pedido de extradição para Portugal do presumível duplo homicida Gunnar Dorries, de nacionalidade alemã, suspeito de ter assassinado uma mulher angolana e a própria filha de ambos, em Julho, no Algarve. “Decidimos que o julgamento deve ser feito na Alemanha, porque os meios de prova existem tanto aqui como em Portugal, e o mesmo se passa com as testemunhas e o pano de fundo do caso”, disse o procurador geral de Munique, Joachim Ettenhofer. A decisão sobre o requerimento apresentado pela justiça portuguesa, há cerca de quatro meses, foi tomada na semana passada pela Procuradoria Geral de Munique, e o julgamento ainda não está marcado, porque as investigações continuam a decorrer, adiantou também Ettenhofer. O suspeito tinha apresentado recurso contra a extradição, através do seu advogado alemão, Sascha Petzold, por causa da língua e também para que a família pudesse continuar a visitá-lo na prisão, como foi anteriormente
O presumível do duplo homicídio e a sua filha noticiado. Na Alemanha, o suspeito arrisca uma pena máxima de prisão perpétua, que corresponde a 15 anos de cadeia, mas pode ser prorrogada indefinidamente, se continuar a ser considerado um perigo para a sociedade. Em Portugal, a pena máxima é de 25 anos. Dorries, um engenheiro alemão de 43 anos, terá matado a angolana Georgina Zito - com quem tinha mantido uma relação amorosa, que não assumiu, por viver com outra mulher - e a filha de
ambos, Alexandra, de 21 meses, durante as férias que estava a passar com ambas, em Lagos. Segundo as polícias portuguesa e alemã já tinham apurado, o suspeito viajou para Portugal a 06 de Julho, na companhia de Georgina Zito, de nacionalidade angolana, que era residente em Estugarda, e da filha Alexandra, alojando-se com elas num hotel de Lagos. A 10 de Julho, o suspeito terá arrastado Georgina para a água na praia do Canavial, onde a afogou,
simulando um acidente, desaparecendo em seguida com a pequena Alexandra nos braços. Horas depois, chegou ao hotel já sem a filha, e a 13 de Julho viajou para Lisboa num carro de aluguer, apanhando depois um avião para Munique. A 15 de Julho, um comando especial da polícia alemã deteve Gunnar Dorries no seu apartamento na capital bávara, com base num mandado de captura europeu emitido pelas autoridades portuguesas. Desde então, o suspeito está detido em regime de prisão preventiva na capital da Baviera, já foi interrogado várias vezes pela polícia, mas recusa-se a revelar o paradeiro de Alexandra. Chegou mesmo a afirmar que a criança estava viva, a última vez que a viu e que a entregou a um casal de turistas no Algarve, mas a polícia alemã, tal como a polícia portuguesa, que efetuou várias buscas no local, sem encontrar qualquer pista, julgam que a criança deve estar morta. FA
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Opinião Paulo Pisco*
Eleições presidenciais e as Comunidades Portuguesas o próximo dia 23 de Janeiro de 2011 os portugueses residentes no estrangeiro vão ser chamados, pela terceira vez, a participar na eleição do Presidente da República. O que talvez ainda não saibam, é que desta vez não haverá quaisquer limitações ou discriminação à sua participação. Com efeito, a Assembleia da República aprovou no passado dia 29 de Outubro as alterações à Lei Eleitoral do Presidente da República, com base num conjunto de propostas que, em nome do PS, apresentei e defendi na Comissão dos Assuntos Constitucionais,
N
Liberdades e Garantias. O objectivo principal destas propostas de alteração, que foram aprovadas por todos os partidos, apenas com a abstenção na votação final do BE, foi o de acabar com uma lei tortuosa e discriminatória que impunha limitações e obstáculos à participação eleitoral dos portugueses residentes no estrangeiro. Além dos aspectos de mera organização logística que também foram aprovados, como os que se referem ao desdobramento das mesas e aos dias em que elas estarão abertas ao escrutínio, o que interessa realmente é salientar que se pôs fim a uma discriminação inaceitável para os por-
tugueses residentes no estrangeiro, na medida em que a lei anterior criava uma situação em que uns podiam votar e outros não, se não estivessem inscritos nos cadernos do recenseamento eleitoral. Agora, com as propostas apresentadas pelo PS, a lei fica clara, simples e igual para todos os portugueses, estejam no país ou fora, uma vez que, entre outras coisas, foram eliminados os artigos que impediam os que estivessem há mais de 16 anos na Europa e há mais de 10 fora da Europa de votar para o Presidente da República. Tal como foi eliminada a impossibilidade de votar para os binacionais.
Numa mensagem que enviou às Comunidades Portuguesas, o candidato à Presidência da República apoiado pelo PS, Manuel Alegre, considerou as alterações aprovadas na Assembleia da República “um importante avanço de cidadania que dignifica a nossa democracia e a eleição do Presidente da República”. E é mesmo disso que se trata: um aprofundamento da democracia e um progresso na cidadania. Esperemos agora que este reconhecimento se traduza numa maior participação nas comunidades, para que a abstenção que nos diferentes actos eleitorais tem vindo a aumentar de forma preocupante possa ser est-
ancada. E esperemos também que os jovens se envolvam neste acto de cidadania e que todas as nossas comunidades sintam estas eleições como suas. Está também nas suas mãos escolher quem vai assumir a função do mais alto magistrado da nação que, obrigatoriamente, terá de ter uma consideração muito particular pelas nossas comunidades espalhadas pelo mundo. Só assim se cumprirá verdadeiramente o seu desígnio de Presidente de todos os Portugueses.
*Deputado do PS eleito pela Europa
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Assim vai o Conselho das Comunidades Portuguesas na Alemanha (CCP) Conselheiros queixam-se da falta de verbas para as suas actividades Os rostos dos conselheiros
Alfredo Cardoso
Alfredo Stoffel
Fernando Genro
José Eduardo
Piedade Frias
O Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) eleito para supostamente ser um instrumento de aconselhamento das comunidades junto dos órgãos do poder está, como o ex-conselheiro Rui Paz referiu, “com as pernas cortadas” porque não tem dinheiro para poder funcionar. Eleito há cerca de dois anos, os seus membros, a saber: Alfredo Stoffel, Alfredo Cardoso, Fernando Genro (que substitui Rui Paz), José Eduardo e Piedade Frias, nunca se reuniram para falar e coordenar a sua actividade nem organizar um plano concertado com vista à defesa dos interesses da comunidade devido à falta de meios. “A única coisa que se faz é um encontro num café em frente à Embaixada de Portugal sempre que há reunião com o embaixador, encontro esse que não se pode chamar sequer de reunião preparatória”, disse-nos Alfredo Cardoso. Seja pela alegada falta de verbas, seja pelo facto de a distância impedirem os conselheiros de se encontrarem, facto é que os encontros dos nossos representantes eleitos para o CCP remetem-se única e exclusivamente a reuniões com o embaixador cujos resultados não têm sido muito visíveis. Sem meios para tornar a sua presença junto da comunidade mais visível, o CCP ainda não actualizou a sua página na internet, estando toda ela desactualizada, com nomes e comunicados que já nada têm a ver nada com o actual CCP, o que já motivou uma chamada de atenção de um ex-conselheiro junto do nosso jornal , dizendo-nos que o sítio da embaixada divulga a Homepage do CCP onde ainda consta o seu nome e o nome de outros conselheiros, um dos quais já falecido. Colocada perante a questão da falta de meios e, por consequência, falta de actividade do CCP, a conselheira de Estugarda Piedade Frias disse ao nosso jornal que “os conselheiros reúnem-se em média duas vezes por ano”, isto é, sempre que há reuniões em Berlim. “Uma das coisas que im-
pede os conselheiros de se encontrarem tem a ver com questões de dinheiro. Toda a gente sabe que o país está a passar por um mau bocado, daí que também se tenha anulado o plenário de todos os conselheiros que estava marcado para o (passado) mês de Novembro”, disse Piedade Frias. Confrontada com a pergunta se as viagens dos conselheiros eram ou não pagas, Piedade Frias foi dizendo que sim, que o Governo paga “desde que mandemos para Lisboa as contas das viagens. Depois é só esperar que nos reembolsem”, o que tem acontecido, conforme Piedade Frias nos informou. Sobre a actividade do CCP nos últimos dois anos, Piedade Frias diz que “apesar de não ser visível, a actividade do CCP foi útil para a comunidade”, dando como exemplo o seu empenhamento na questão que diz respeito ao ensino, “em que o CCP tem chamado a atenção para a desresponsabilização do Governo para esta importante área”. Piedade Frias dá ainda o exemplo da acção do CCP no que se refere à permanência de um ”Docente de Apoio Pedagógico no consulado em Estugarda, ainda que seja por algumas horas por semana”. Piedade Frias refere que o trabalho do CCP deve ser visto numa perspectiva mundial, “porque o Conselho trata das questões das comunidades no mundo, ainda que os conselheiros de cada país chamem a atenção para os problemas e realidades dos países onde vivem”. “ A existência do CCP tem valido a pena porque o CCP é um órgão para ser ouvido pelo Governo quando há questões a resolver. Pena é que não sejamos ouvidos como desejaríamos”, lamenta Piedade Frias.
Também o Conselheiro José Eduardo diz que “as únicas despesas que são reembolsáveis, são as deslocações à Embaixada para os encontros com o Embaixador e a Lisboa para as reuniões das comissões (ver caixa com declaração de José Eduardo).
Por seu turno, o conselheiro Alfredo Cardoso põe a tónica na necessidade de mais reuniões com todos os membros fo CCP para para se debruçarem sobre as preocupações e as necessidades da comunidade. MS
Depoimento de José Eduardo
O CCP não funciona porque por qualquer motivo não querem que ele funcione
A
s únicas despesas que são reembolsáveis, de acordo com a SECP são as deslocações à Embaixada para os encontros com o Embaixador e a Lisboa para as reuniões das comissões. A última reunião da minha comissão (Comissão permanente de Assuntos sociais e Fluxos Migratórios teve lugar em Dezembro passado. Estava agendada uma nova reunião pare este mês de Novembro, para a qual tínhamos pedido encontros com responsáveis da segurança social para esclarecer uma série de assuntos relacionados com reformas e dupla tributação, no entanto a reunião foi adiada para a Primavera do próximo ano por falta de verbas. Também o Plenário que se deveria realizar na mesma altura foi adiado para o próximo ano. Entretanto os assuntos que nas reuniões anteriores da nossa comissão foram debatidos e que precisavam de esclarecimentos, ficaram sem respostas concretas. Volta-se sempre à estaca zero. O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que foi convidado para as reuniões da comissão, até agora feitas primou pela ausência. Na primeira, devido à discussão do orçamento na AR para 2010. Na segunda, a de Abril passado, estava ausente em Paris... É minha opinião de que o CCP não funciona porque por qualquer motivo não querem que ele funcione. Pelas informações que me chegam da Comissão permanente parece que também ali nada funciona. Eu por exemplo que me disponibilizei para assistir às reuniões do Conselho Permanente, apenas como observador, não fui autorizado, argumentando-se com o regulamento. Nas últimas reuniões em Lisboa, e sabendo do problema das faltas de verbas, ou melhor do magro orçamento do CCP, comuniquei que não ia ficar no Hotel uma vez que tenho casa em Lisboa. Ora qual não foi o meu espanto quando soube que mesmo assim havia um quarto reservado para mim. Como gato escaldado..., na reunião de Abril tive o cuidado de ir mais de uma vez à recepção do hotel perguntar se estava reservado algum quarto em meu nome. Como me disseram que sim, pedi à SECP para esclarecerem o assunto uma vez que eu tinha sido bem claro quando comuniquei que não queria quarto para evitar despesas... José Eduardo
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COMUNIDADE - ALEMANHA
PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
O rescaldo do Simpósio Cultural de Munique
Cônsul-Geral reivindica organização do evento CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM ESTUGARDA Nota Informativa para a Imprensa e Movimento Associativo Realização do Simpósio sobre os Duzentos Anos da Nomeação Régia do Arquitecto Português Manuel José de Herigoyen como Alto-Comissário das Obras Públicas do Reino da Baviera – Munique, 29 de Outubro de 2010
Cônsul-Geral em Estugarda (à esq.) e José Rodrigues dos Reis, o presidente da Liga, com opiniões divergentes. Fotos: PP
Um evento cultural- sob fundo de uma severa crise social – e que levou 19 meses a ser realizado em Munique, sob a evocação dos 200 anos da nomeação de um arquitecto de origem portuguesa para Alto-Comissário das Obras Públicas do Estado da Baviera, provocou uma troca de galhardetes entre os principais responsáveis sobre a qualidade do empenho e o virtuosismo com que se bateram pela aposta. A Liga dos Amigos de Herigoyen- que tarda a ser oficializada-cometeu deslizes e erros de comunicação (quase) imperdoáveis. „ São as equipes que conseguem bons resultados. Não as pessoas isoladas „, aponta o Cônsul-Geral de Portugal em Stuttgart, Manuel Gomes Samuel, no decorrer de uma entrevista-balanço sobre o Simpósio de Munique de Comemoração dos 200 anos da nomeação de Manuel José de Herigoyen para Alto Comissário das Obras Públicas do Reino da Baviera. O PORTUGAL POST- que se associou à iniciativa- reclamou dados em 18 e 22 de Setembro- mais de cinco semanas antes da realização do evento cultural, junto dos dois mais altos representantes da „ Liga dos Amigos „ e comunicações substanciais que permitissem acautelar a melhor das reportagens possíveis. Não obteve resposta, se bem que para lá dos e-mails tivesse repetidamente por telefone clamado pela urgência de satisfação do pedido. Igualmente, tentámos ouvir durante o evento em Munique o Cônsul-Geral que se furtou a comentar in loco o teor da divergência protocolar surgida e muito comentada. Apurámos , a nosso custo e encargo, que a presença da RTP era um dado certo e que, portanto, o que interessavam eram as imagens e os tons de espectáculo como primazia do agir comunicacional. No final, o PP foi o único meio da Comunicação Social que esteve presente!. Os erros e o branqueamento da comunicação não ficaram por aqui. Com o estilo espectacular e a ousadia envolvente que lhe são características maiores, o auto-inti-
tulado presidente da Liga dos Amigos de Herigoyen, José Rodrigues dos Reis, fez das fraquezasforça e, dez dias antes do dia da cerimónia, deslocou-se a Lisboa para tentar contactar as autoridades culturais portuguesas, que já tinham confirmado ao CônsulGeral de Estugarda a sua presença.. Para sustentar a sua manobra, fez-se acompanhar pela Princessa Sissi zu Bentheim und Steinfurt e o especialista em Herigoyen, prof. Riedle. A princesa Sissi-com ou sem a futura „ Liga „pretende levar a efeito na capital da Baviera e em Lisboa uma série de eventos culturais que celebrem a cooperação cultural luso-alemã através dos séculos... O Cônsul-Geral de Portugal em Estugarda, Manuel Samuel Gomes, recusou-se decididamente a comentar as iniciativas do presidente da Liga. Mas monitorizanos todo o envolvimento do Consulado, atribuindo à representação máxima consular o essencial e fundamental das operações para a concretização do Simpósio. „ O Consulado foi realmente o promotor, o coordenador .Parece que propositadamente se esqueceu de referir a acção decisiva do Consulado na abertura da cerimónia de Munique „, frisa. „ Tenho o dever e a obrigação de fazer ver à Comunidade, à Imprensa e à Opinião Pública alemã, tudo aquilo que o Consulado realiza e a forma como intervém no processo de criação e resolução das propostas culturais que delibera implementar „, sustenta, Daí
a públicação de um comunicado público enviado à comunidade, a 4 de Novembro. E o Simpósio nasceu de contactos reiterados entre o Cônsul-Geral e um administrador português da Siemens, AG, Pires de Miranda, no seguimento de uma iniciativa agenciada aquando da visita presidencial de Cavaco Silva a Munique, em Março de 2009. O „ caso „ da exoneração do antigo cônsul-honorário de Portugal em Munique, Jürgem Adolff, meses depois, acelerou todo o processo, por motivos óbvios. O filme da gestação do evento foi este: o Cônsul-Geral apresenta em finais de 2009 o gestor português da Siemens a dois membros da „ Liga „, é ventilado o tema e sugerida a comemoração dos dois séculos da nomeação do arquitecto português na Baviera. Como é da praxe negocial mais apurada, uma grande multinacional como a Siemens procurou salvaguardar a sua imagem e prestígio apresentando como condição de base o Alto-Patrocínio dos governos de Portugal e do estado da Baviera. O dr. Samuel encarregou-se disso e obteve os apoios dos dois governos. No caso português, ficou garantida a presença da ministra da Cultura, que viria a delegar no seu secretário de Estado, Elísio Summavielle, por causa das peripécias da discussão do Orçamento-Geral do Estado para 2011. Há décadas que não se realizavam quaisquer iniciativas culturais portuguesas no Sul da Alemanha, sobretudo em Munique. O Cônsul-Geral de Portugal garantiu-nos que as autoridades alemãs tudo facilitaram para a realização do evento, a nível burocrático. A Siemens AG apoiou de forma maioritária o financiamento e escritório de representação do banco Santander-Totta também apoiou a realização do simpósio. F.A.Ribeiro
O Consulado-Geral de Portugal em Estugarda tem o prazer de informar de que se realizou, no passado dia 29 de Outubro, em Munique, nas instalações do Hotel Bayerischer Hof e do Fórum Siemens, as Comemorações dos Duzentos Anos da Nomeação Régia do Arquitecto Português Manuel José de Herigoyen (natural de Queluz/Belas) como Alto-Comissário das Obras Públicas do Reino da Baviera. O evento contou com a participação de Suas Excelências o Secretário de Estado da Cultura português, Dr. Elísio Summavielle e o Ministro da Cultura, Ciência e Tecnologia da Baviera, Dr. Wolfgang Heubisch, além de mais de duas centenas de convidados provenientes dos mais diversos sectores da sociedade civil bávara e da administração pública portuguesa. Estas comemorações foram promovidas e coordenadas pelo Consulado-Geral em Estugarda, tendo sido angariado o patrocínio da Siemens AG, que foi essencial, bem como o envolvimento dos governos português e bávaro, que concederam os respectivos Altos Patrocínios e se fizeram representar ao mais alto nível pelas individualidades acima indicadas. De registar, também, o distinguido contributo do Restaurante Lisboa – Bar, de Munique, como patrocinador do jantar realizado no Fórum Siemens e ainda do Banco Santander Totta. De realçar, outrossim, o grupo de portugueses de Munique reunidos em torno do Grupo dos Amigos de Herigoyen, que se encarregou empenhadamente e com muito sucesso da organização logística do evento e de todo o apoio, nomeadamente financeiro, que possibilitou a sua realização. De sublinhar, por último, mas não de somenos importância, o papel dos oradores convidados, cuja eloquência das exposições orais sobre a pessoa e a obra daquele eminente arquitecto português despertou muito interesse junto dos convidados. Concluído com muito êxito este evento, que constituiu uma ocorrência importante para o reforço dos laços entre Portugal e a Baviera, este Consulado-Geral aproveita a ocasião para endereçar a todos os que participaram na sua organização as melhores felicitações e apela à Comunidade Portuguesa residente no Bade-Vurtemberga e na Baviera que aproveite esta iniciativa como um precedente para, em parceria com este Consulado-Geral, se encontrarem todas as possíveis vias (nomeadamente sugestões de eventos culturais, sociais, etc., em conjunto com as autoridades alemãs) para a promoção do relacionamento entre Portugal e a Alemanha. Estugarda, 4 de Novembro de 2010
PSD da Alemanha esteve reunido em Estrasburgo para discutir ensino do português O PSD da Alemanha fez chegar à nossa redacção um comunicado sobre os resultados de uma reunião no passado 19 de Outubro, em Estrasburgo, entre as estruturas do PSD de Paris, de Estrasburgo e da Alemanha. O tema central da reunião foi a análise do momento porque passa o Ensino do Português no Estrangeiro, tendo sido realçado que na Alemanha existem vários cursos que ainda não começaram estando o Natal aí à porta. É uma situação muito grave e que afecta, tal como em França, cerca de 1000 alunos. Esta é, segundo Artur Amorim Presidente do PSD Alemanha, uma situação recorrente e que já se arrasta há vários anos lesando a formação de um conjunto grande de alunos. A delegação alemã levantou
também a questão de uma eventual nova reestruturação com o encerramento de outras estruturas consulares neste país, o que seria algo preocupante, tendo realçado que tal reforma pode vir a acontecer num momento em que já existem preocupantes situações de ruptura no atendimento em alguns postos. As três secções do PSD anunciaram também nesta reunião o seu apoio à candidatura presidencial de Aníbal Cavaco Silva e lamentaram a ausência, no Orçamento de Estado para 2011, de verbas para algumas iniciativas bastante importantes no âmbito das Comunidades Portuguesas como é o caso dos novos fluxos migratórios, do recenseamento eleitoral ou o apoio ao movimento associativo português no estrangeiro.
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União Portuguesa Cultural e Desportiva de Hagen e. V.
Nova colectividade arranca em mega sede com 2300 metros quadrados
A comunidade de Hagen vai dispor de megas instalações onde ficará instalada a União Portuguesa Cultural e Desportiva de Hagen e. V., a nova agremiação criada para congregar as associações e ranchos folclóricos em Hagen e que iniciará a sua actividade logo a partir do início do próximo ano. A congregação das colectividades em Hagen não deixa de ser já por si uma notícia que merece um sublinhado especial e que dará, deste modo, um exemplo a todos e muito mais àqueles que andam a discutir alternativas para se ultrapassar a crise do associativismo. Com corpos gerentes já eleitos, a União Cultural e Desportiva tem
neste momento uma prioridade: adaptar as instalações àquilo que será a sua nova sede que terá um salão com mais de 1000m2; ainda um outro com cerca de 800m2, para além de escritórios, salas pequenas, cozinha, etc. Luís Martins, o presidente eleito da nova agremiação, dissenos que “há salas para alugar e para dar”. A União Portuguesa Cultural e Desportiva de Hagen e. V será maior associação da Alemanha, em instalações, claro. Será difícil encontrar uma colectividade lusa na Europa possuidora de um espaço tão grande como a de Hagen: 2300 m2 na sua totali-
dade. Como acrescentou Luís Martins, “agora não vai haver necessidade de alugar ou pedir salas para festas. Temos espaço suficiente para realizar qualquer tipo de festas”. Segundo Luís Martins, o valor da renda mensal do espaço não ultrapassa € 1196, “o que não é caro, considerando que a extinta associação pagava cerca de € 900 mensais”, informou o presidente da nova colectividade. Para já, sócios e directores estão entregues a obras de adaptação para tentarem inaugurarem o espaço e a colectividade passagem de ano de 2010 para 2011
GENTE
Comunistas portugueses na Alemanha debatem questões que mais afectam a comunidade Realizou-se em Leverkusen a IX Assembleia da Organização dos Comunistas Portugueses na Alemanha, anunciou o PCP num comunicado enviado à redacção do PP. A Assembleia, realizada no passado dia 31 de Outubro, aponta o ensino como uma das mais importantes preocupações da comunidade. Assim, os comunistas denunciam “a orientação virada para a desresponsabilização do Estado pelo ensino do português aos nossos filhos, através do estrangulamento da rede de cursos, da redução do orçamento para o ensino; da diminuição do número de horas semanais; da fragilização e precaridade da situação profissional dos professores, da obrigação pelos mesmos do pagamento de viagens e de cursos de formação; do aumento do número mínimo de alunos exigido para o funcionamento dos cursos; do início sistemático do ano lectivo com atrasos; da passagem, em Março de 2010, da responsabilidade do ensino no estrangeiro do Ministério da Educação para o Instituto Camões ao qual o Governo se prepara para cortar 8% do orçamento”. Ainda no comunicado, o PCP chama a atenção para o “enfraquecimento do apoio do Estado aos portugueses residentes no estrangeiro, através da revisão para pior do Regulamento Consular; do restabelecimento de horários de atendimento não flexíveis, da con-
cretização da despromoção dos postos consulares de Osnabrück e Frankfurt” . O anúncio recente feito pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, de que na União Europeia é necessário encerrar mais consulados é também tido pelos comunistas como uma preocupação. Outra das preocupações dos comunistas têm a ver com aquilo que o PC chama de “desincentivo à participação cívica, com a manutenção escandalosa da desactualização dos cadernos eleitorais; com as alterações à Lei do Recenseamento e a eliminação do apresentante, obrigando assim à deslocação ao consulado; a recusa do Presidente da República em promulgar a Lei da votação presencial nos consulados para a Assembleia da República” O associativismo também mereceu tratamento na Assembleia dos comunistas, com o PCP a insurgir-se contra as “medidas que visam o enfraquecimento do movimento associativo com o agravamento da falta de apoio técnico, administrativo e de formação de dirigentes às associações, com o aumento dos obstáculos para a concessão de subsídios e a sua falta de transparência, o que vem agravar ainda mais a difícil situação financeira já existente, resultante de exigências cada vez mais rigorosas das repartições de finanças às contas das colectividades e dos cortes dos subsídios das autarquias e de outras instituições”.
Socialistas portugueses apoiam Manuel Alegre O Secretariado da Secção do Partido Socialista em Estugarda anunciou em comunicado à nossa redacção o apoio sem restrições à candidatura presidencial de Manuel Alegre. Os socialistas portugueses de Estugarda afirmam ainda no comunicado colaborar com Nelson Rodrigues, o mandatário para a Alemanha de Manuel Alegre, disponibilizando ainda a estrutura do PS naquela região para coordenar as acções de campanha que se possam via a fazer. O comunicado também mani-
Uma das grandes referencias da arte contemporânea portuguesa, o pintor António Costa Pinheiro, nascido em 1932, em Moura, Alentejo, escolheu a cidade de Munique, onde se instalou definitivamente em 1963, como a sua segunda casa. Este artista, que teve uma primeira estadia em Munique no ano de 1957, realizou a sua primeira exposição na Alemanha, na Universidade do Sarre em 1960. Assim temos que Costa Pinheiro é, a par de alguns outros compatriotas, uma das personalidades da vida portuguesa de mais prestígio na Alemanha e de quem toda a comunidade se deve orgulhar.
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festa preocupação pela situação em que se encontra o ensino, “sendo a falta de professores em algumas zonas uma situação preocupante”. Os socialistas dizem ainda ter delegado o seu Coordenador, Francisco Costa, “para se inteirar da situação concreta de modo a poder alertar as entidades responsáveis para o problema”. Por último, o PS em Estugarda anuncia o seu habitual convívio de Natal a realizar no dia 04 deste mês, pelas 20h00, no Centro Português de Felbach.
Rectificação Contrariamente ao que o PORTUGAL POST anunciou na sua última edição, afinal Manuel Ferreira, director bancário, não será o mandatário para a Alemanha do candidato Cavaco Silva , mas sim para a área de jurisdição do vice consulado em Frankfurt /M. O PORTUGAL POST errou na medida em que pensou que Manuel Ferreira seria o mandatário para a Alemanha quando o visado nos informou que apenas iria representar o candidato. Fica aqui a rectificação e o pedido de desculpas ao visado e aos nossos leitores
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Serviço
Assim funcionam os serviços consulares O Site da Embaixada de Portugal avisa o visitante que a rede consular na Alemanha “está ao dispor” dos utentes para lhes prestar “todo o apoio possível”, seja através de contacto pessoal, telefónico ou por correio electrónico. Avisados por muitos leitores que desconhecem os horários de funcionamento da rede consular, o nosso jornal divulga aqui o horário de funcionamento de todos os postos. Convém recordar que as informações que dizem respeito aos número de portugueses aqui mencionados são uma informação do consulado em Düsseldor. As informações respeitantes horário de funcionamento têm como fonte a Embaixada em Berlim.
Começando pela Secção Consular em Berlim, que serve cerca de 5.021 portugueses residentes na sua área de jurisdição que abrange os estados Berlim, Brandemburgo, Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, Saxónia, Saxónia-Anhalt e Turíngia, o horário de funcionamento é das Segundas a Sextas-feiras: das 9h às 12h30 e das 14h às 16h. O contacto: (030) 2291388 Falta dizer que a responável deste posto chama-se Lúcia Portugal Núncio (na foto) e situa-se na Zimmerstr. 56, 1º andar, 10117 Berlim.
Em Düsseldorf, o posto consular que serve uma comunidade estimada em cerca de 29.305, nacionais abrange todo o Estado de Renânia do Norte-Vestefália (excepto dis-
tritos de Detmold e Münster), tem o seguinte horário de funcionamento: Segundas, Terças e Quintas-feiras: das 8h às 12h30 e das 14h00 às 15h30? Quartas-feiras: das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00 Sextas-feiras: das 8h00 às 12h30 O contacto: (0211) 138780 A responsável pelo posto é a Cônsul-Geral Maria Manuel Durão (na foto). Friedrichstr. 20-22 - 40217 Düsseldorf
Na região de BadenWürtemberg e Baviera é o Consulado Geral em Estugarda que representa os interesses de Portugal e dos portugueses e que serve cerca de 33.184 compatriotas. O consulado funciona de Segundas a Quintas-feiras: das 9h00 às 17h00? Sextas-feiras: das 9h00 às 12h30. O contacto: (0711) 227396 O Responsável do posto é o Cônsul-Geral
Manuel Gomes Samuel (na foto). De recordar que o consulado faz deslocar de dois em dois meses um funcionário a Munique e a Singen para prestar informações a utentes daquelas regiões. (ver o PP de Outubro) Königstr. 20 - 70173 Estugarda
Em Hamburgo, o consulado tem uma população em cerca de 10.152 para servir os portugueses espalhados pelos distritos de Cuxhaven, Stade, Rotenburg (Wümme), Osterholz, Verden, Soltau-Fallingbostel, Harburg, Lüneburg, Lüchow-Dannenberg, Uelzen e Celle no Estado da Baixa Saxónia, Estados de Hamburgo e Schleswig-Holstein. O horário de funcionamento é de Segundas a Quartasfeiras: das 9h00 às 14h00 Quintas-feiras: das 9h00 às 17h00? Sextas-feiras: das 9h00 às 13h00 O contacto: (040) 3553484 O responsável deste posto é o Cônsul-Geral António José Alves de Carvalho (na foto). Büschstrasse 7 – I 20354 Hamburgo
Em Frankfurt, a capital monetária da Europa, Portugal tem um vice-consulado, este dirigido pelo Vice-
Cônsul Abilio Ferreira (na foto). A área de jurisdição do vice-consulado abrange os Estados de Hessen, Renânia-Palatinado e Sarre, que representa uma população estimada em 20.931 compatriotas. O horário de funcionamento é: Segundas, Terças, Quintas e Sextas-feiras: das 8h00 às 13h00. Quartas-feiras: das 8h00 às 16:30h. O contacto: (069) 9798800 Zeppelinallee 15 - 60325 Frankfurt am Main
O posto consular em Osnabrück, agora denominado vice-consulado depois de ter sido consulado-geral e escritório consular tem a seu cargo 15.881 portugueses, é dirigido por Manuel Correia da Silva (na foto) e a sua área de jurisdição abrange os Estados de Baixa Saxónia (excepto distritos de Cuxhaven, Stade, Rotenburg (Wümme), Osterholz, Verden, Soltau-Fallingbostel, Harburg, Lüneburg, Lüchow-Dannenberg, Uelzen e Celle), Bremen, e distritos de Detmold e Münster no Estado da Renânia do Norte-Vestfália. O contacto: (0541) 408080 O horário de funcionamento é: Segundas, Terças, Quintas e Sextas-feiras: das 8h00 às 13h00 Quartas-feiras: das 8h00 às 17h00. Schlosswall 2 - 49080 Osnabrück
Eleições presidenciais
Mandatário de Manuel Alegre constitui comissão de apoio ao candidato O mandatário para a Alemanha do candidato presidencial Manuel Alegre anunciou em comunicado enviado à nossa redacção a constituição de uma Comissão de Honra de apoio ao candidato “composta por personalidades que se destacam na Comunidade Portuguesa. Da lista que foi enviada ao Portugal Post constam nomes como Adelina Almeida Sedas, ex-assistente social da Cáritas de Hamburgo, Carlos Adalberto Almeida Rio Maior Pereira, bancário, Luísa Costa Hölzl, tradutora e poetisa e professora de Português na Universidade Ludwig Maximilian, em Munique, Manuel Moreira, empresário de Rheine, Licinia dos Santos Salamanca, advogada em
Manuel Alegre Münster e membro do Conselho Consultivo do Vice-Consulado de Osnabrück, Fernando da Silva Ferreira, Presidente da Assembleia da Secção do PS em Estugu-
arda, José Eduardo, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), Maria Margarida de Lima Mendes da Fonseca Professora no Max Planck Gymnsaium, em Dortmund, Dora Mourinho, socióloga, a viver na cidade de Essen, a pintora e docente Maria de Lurdes Apel, de Braunschweig, Manuel Lisboa, professor reformado e membro da Direcção nacional da FAPA (Federação das Associações Portuguesas na Alemanha) e, finalmente, o jovem estudante, Daniel Alves de Osnabrück. Nelson Rodrigues informa ainda que as biografiais destas personalidades podem ser consultadas no sítio mandatário de Manuel Alegre inaugurou para
concentrar o apoio da Alemanha (www.portal-comunidade.com). No comunicado, Nelson Rodrigues diz “que é uma obrigação de todos os portugueses participarem na vida do seu país e mobilizaremse para votar. O destino de Portugal não nos deve ser indiferente! Temos uma responsabilidade perante o futuro deste País. Nós que vivemos na Alemanha, numa situação de recuperação económica devemos ser solidários com todos os portugueses a viverem em Portugal e devemos dar o nosso contributo para que Portugal consiga combater a actual crise. Os nossos laços com Portugal são fortes; e neste momento difícil Portugal precisa de nós!”, exclama o mandatário de Manuela Alegre.
Obrigado José Pinto O colaborador e correspondente na área de Düsseldorf do PORTUGAL POST José Pinto Nascimento despede-se dos leitores do jornal por regressar definitivamente a Portugal após ter vivido quase 50 anos na Alemanha. Este nosso colaborador, a quem a direcção do PORTUGAL POST agradece a sua inestimável colaboração, muito reforçou o papel do PORTUGAL POST enquanto porta voz da comunidade. São de sua autoria muitos trabalhos, alguns que fizeram manchete e que alertaram para as preocupações e dificuldades da comunidade da sua área. Também lembramos muitos trabalhos de divulgação de aspectos e personalidades que contribuíram e contribuem para o prestígio e a projecção dos portugueses na área Dusseldorf e Colónia . Ao cessar a sua colaboração no PORTUGAL POST, José Pinto deixa um vazio que o jornal sente, porque a sua colaboração era também uma intervenção jornalística, isto é, da palavra escrita em prol da informação e do esclarecimento. Foram incontáveis as participações deste nosso amigo e colaborador. Fez entrevistas, alertou para casos de denúncia, escreveu artigos sobre o movimento associativo, a vida da comunidade, fez reportagens de rua, opinou quando em situações pertinentes e alguns dos seus trabalhos serviram para que outros OCS também se debruçassem sobre os temas divulgados pela caneta de José Pinto. Por tudo isto, o PORTUGAL POST também foi construído com a valiosa ajuda deste nosso colaborador que deixa a Alemanha para voltar à sua saudosa terra, a Cova da Beira. Desejamos, pois, tudo de bom e descanso merecido a quem andou e labutou por terras da emigração onde nós aqui ficamos para continuar o seu trabalho. MS
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Líder do Sindicato de Professores ao PP
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Serão de Solidariedade em Dortmund
“Ordenado cortado desce a níveis de 2006 ” Instituto Camões pretende elaborar projecto de mais economias para o início do novo ano escolar de 2011/2012 Teresa Duarte Soares frisou em declarações ao nosso jornal que , o previsto corte salarial da ordem de 8,5 por cento, projecta o salário dos professores para o nível de 2006, ano em que tinham sido contemplados com um de cerca de 32 por cento. A líder do Sindicato dos Professores na Alemanha frisa que tal salário é „ inadequado para o nível de vida dos países de acolhimento „, num balanço que realizou depois de uma audiência com o Cônsul-Geral de Estugarda no dia da Greve Geral no passado dia 24 de Novembro. Acentuando que, „ também na Alemanha e nos outros países da Europa em que existe ensino de
Teresa Duarte Soares Língua e Cultura Portuguesa os professores mostraram o seu desacordo relativamente às medidas economicistas e injustas do governo „, Teresa Soares releva que os professores do „ Ensino de Português no Estrangeiro estão entre os mais sacrificados „. A líder sindical alerta também para o facto do plano de poupanças que o Instituto Camões ten-
ciona realizar para o próximo ano escolar, 2011/2012, que, no seu entender, projecta „ graves inquietações „sobre o futuro profissional dos seus filiados no estrangeiro e o „ futuro do Ensino Português em geral „. Teresa Soares adiantou ainda ao nosso jornal que, acompanhada por um grupo de professores da área de Estugarda , entregou ao Cônsul-Geral um conjunto de „ documentação sobre os motivos da greve e as principais reivindicações dos docentes do E.P.E „. „ Os professores mostraram que estão dispostos a lutar e a defender o Ensino do Português e o direito dos alunos ao mesmo, assim como a sua dignidade pessoal e profissional. Esperemos agora que todos estes protestos não caiam em saco-roto e que tenham eco suficiente junto dos responsáveis, garantindo o futuro do E..E. e dos seus professores „, reiterou, a finalizar. F.A.R.
Foi uma noite simples e agradável aquela que decorreu em Dortmund no passado dia 5 de Novembro durante a qual algumas famílias conviveram apreciando uma bela sessão de fados. Mas o motivo desta nota não é bem a notícia de que houve fados, mas sim o que motivou a organização do serão: a angariação de fundos para uma instituição de solidariedade social. Diamantino Gomes, o organizador do serão de solidariedade, reuniu os grupos de fados “Gerações” e “Antologia do Fado” para
encantar o público com as saudosas canções urbanas de Lisboa. Ciro da Silva, Nicole Duarte Cravide, Anabela Ribeiro, Jorge Rodrigues foram os fadistas que preencherem o serão e foram acompanhados pelos instrumentistas Ivo Guedes; Miguel Ruas, Augusto Santos e João Silva, todos presentes na foto que acompanha esta nota. No final, o organizador recolheu € 505 revertidos a favor a Cooperativa de Solidariedade Social “Pelo Sonho é que Vamos” de apoio às crianças e famílias.
Padre da Missão Católica portuguesa em Hamburgo está arrependido de ter vindo para a paróquia sua frente. Acho que os portugueses que há muito cá residem, bem como os que cá nasceram, devem continuar a integrar e a fazer algo pela comunidade. Por isso mesmo, vai surgir um novo Conselho Paroquial e, independentemente de eu ficar ou não, há que seguir em frente. A vinda, no futuro, de um padre para cá, sendo ele português, brasileiro ou de outra nacionalidade, necessitará sempre da contribuição, colaboração e maior coesão desta comunidade”, avisou.
O padre António Moreno Pinto da Missão Católica portuguesa em Hamburgo disse ao PP que se soubesse dos problemas que a comunidade cria, bem como da falta de colaboração entre a paroquia e a comonidades que hoje se nota, não teria vindo para Hamburgo. „Vim para cá e conheci a Missão em Outubro/Novembro do ano passado e pensava que era uma possibilidade de permanecer aqui, uma vez que o anterior Padre Manuel tinha deixado a Missão. Senti-me solicitado e sensível às necessidades que tinham, principalmente, em ter um padre. O que entretanto aconteceu de negativo, e tendo em conta que vim para cá numa situação de crise da Missão, pensei que iria encontrar muita colaboração e disponibilidade junto da comunidade, mas isso não aconteceu“, desabafou ao PP o pároco António Moreno Pinto O descontentamento do padre tem a ver com com a fraca colaboração e não integração dos portugueses católicos em Hamburgo na vida paroquial.Também saliantou que a comunidade está muito agarrada ao passado, sendo esta uma das dificuldades para uma vida paroquial à medida dos novos tempos. O actual padre sentiu-se no
A história da Missão Católica Portuguesa em Hamburgo
Padre António Moreno Pinto início motivado e disponível em ficar em Hamburgo devido à grande afluência de fiéis portugueses e de outros países de expressão portuguesa à eucaristia dominical. Contudo, salienta, contrariamente ao que pensava, encontrou entraves, o que o leva a colocar a questão da sua permanência à frente da paróquia. „Eu acho que a Missão aqui tem uma tarefa muito grande à
Foi no 4° trimestre de 1965 que apareceu, pela primeira vez, em Hamburgo um sacerdote para colaborar com a Igreja local, na Pastoral dos fiéis de expressão portuguesa. Era o Padre Vicente Miranda, natural de Goa. A ele coube os primeiros contactos com os portugueses espalhados pela Alemanha do Norte, desde a Holanda a Berlin, desde a Dinamarca a Göttingen. Chamava-se então „Missão Católica Portuguesa da Alemanha do Norte“, com sede em Hamburgo. Estruturas paroquiais não havia e a colaboração com assistência social das Caritas tinha sido tentada, mas não resultara. No dia 8 de Fevereiro de 1971,
a Conferência Episcopal Portuguesa mandou para a Alemanha o missionário, Padre Eurico José de Azevedo, que chegou a 16 do mesmo mês e foi aceite pelo Bispo de Osnabrück, a 16 de Março, e pelo bispo de Hildesheim, a 1 de Abril. Mas a missão, para os católicos de expressão portuguesa de Hamburgo e de Schleswig-Holstein, só a 8 de Março de 1974 foi oficialmente criada pelo bispo de Osnabrück e, um pouco mais tarde, o bispo de Hildesheim estendeu a sua jurisdição ao norte da sua diocese. A criação de um núcleo com todas as estruturas paroquiais possíveis, em Sta. Maria de Hamburgo aconteceu no primeiro domingo de Março de 1971, onde até hoje, passou a haver missa todos os domingos. Aos poucos, foi-se organizando a catequese e a assistência social, na mais íntima e eficaz colaboração com as caritas. A sua acção estendeu-se depois ao campo cultural, dando-se cursos
de iniciação á lingua alemã e de alfabetização. A fundação da escola portuguesa, foi a maior proeza da missão católica de Hamburgo, que por despacho da secretaria do Ensino Básico e Secundário, foi em Setembro de 1978, reconhecida oficialmente o curso do ensino básico de língua e cultura portuguesas, da Missão Católica de Hamburgo. Mas recuando um pouco no tempo, já em 1971, foi escolhido, entre os leigos mais dedicados á Pastoral, o seu Conselho, que havia de tornar-se o embrião do futuro Conselho Paroquial, eleito por toda a Comunidade, pela primeia vez em 1975. Aos poucos, esta estrutura paroquial estendeu-se a Harburg e a Glinde, onde passaram a existir também todas as estruturas paroquiais, a começar pela Santa Missa, todos os domingos, e pela eleição de um Conselho Paroquial Autónomo. Maria dos Anjos, correspondente
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ENTREVISTA
PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
Frank Zehle, Delegado da TAP na Alemanha ao PP:
“Transportamos cerca de 250.000 passageiros anualmente entre a Alemanha e Portugal” de crescimento para a Alemanha, mas não posso ainda revelar detalhes neste momento.
Após um ano à frente dos destinos da TAP na Alemanha (e Áustria), Frank Zehle concedeu uma entrevista ao PORTUGAL POST para, em linha gerais, retratar a situação da companhia num momento de recuperação económica da Alemanha e depois de um conturbado período que a aviação comercial viveu.Também por ser uma empresa pública, ao leitor vale a pena ficar informado sobre a companhia nacional num momento em que se pede às empresas do Estado esforços para aumentar as receitas porque com isso ganha o país e os seus trabalhadores. PORTUGAL POST - Com a Alemanha a recuperar bem segundo os indicadores mais recentes, será que a TAP na Alemanha está também a acompanhar essa recuperação? Frank Zehle - Sim, a TAP na Alemanha está vivendo bons momentos, tendo acompanhado o crescimento da economia alemã e do transporte aéreo acima da média. Até Setembro de 2010 as vendas da TAP na Alemanha cresceram mais de 21%, enquanto a média do crescimento da indústria de aviação foi de 15% na Alema-
“Acho que no futuro a TAP irá operar a partir de Berlim” nha. Em termos de receitas de voo, a TAP na Alemanha cresceu cerca de 9% este ano, sendo no entanto de considerar que o primeiro semestre foi bastante fraco, com a crise do vulcão da Islândia a contribuir fortemente para essa situação. Mas desde Junho estamos batendo recordes, com taxas de crescimento entre 10% e 30% mensais. PP– Com quantos voos e de onde é que a TAP está a operar neste preciso momento F.Z.- Em geral estamos a operar para Lisboa 3 voos diários de Frankfurt, 2 voos diários de Hamburgo e 2 voos de Munique. Mas estamos a adequar a oferta durante os períodos de menor procura, e assim durante alguns períodos de Inverno iremos reduzir os voos de Munique e de Hamburgo para 13 e 11 voos semanais respectivamente. PP – Desde o início da operação da TAP a partir de Hamburgo, qual tem sido a
evolução dos voos a partir daquela cidade? F.Z. - Esta operação viveu momentos bons e momentos difíceis. De modo geral a procura de Hamburgo para Lisboa está bastante interessante, mas com a redução da procura e da oferta durante a crise económica, verificámos uma perda de “market share”, mesmo sendo a única empresa a operar nesta rota. Mas a competitividade era extremamente grande e vimos passageiros a viajar através de outros `hubs´. Tenho que dizer que a nossa consideração de viabilidade duma rota também não depende somente da procura na rota em si, mas também se conseguimos alimentar o nosso ´hub´ em Lisboa, que oferece ligações interessantes dentro de Portugal, para África e América Latina, principalmente para o Brasil. A rota de Hamburgo está contribuindo bem para este tipo de tráfego, mas acho que ainda temos potencial para crescimento. PP-Berlim, a cidade que comanda os destinos da Europa, está fora da rota da TAP. Como explicar? F.Z. - Berlim é uma capital política, mas ainda não económica. A procura do mercado de Berlim para Portugal, África e América Latina ainda está baixo. Além disso, o aeroporto Tegel de Berlim ainda não é um “hub”, e portanto não gera muitas possibilidades de ligações aéreas. Isso não significa que a TAP Portugal não esteja a analisar a situação, e com a mudança para o novo aeroporto em Berlim em 2011 talvez surjam condições mais interessantes. Além disso, Berlim está a crescer muito no seu potencial económico e turístico, e portanto acho que no futuro a TAP irá operar a rota. PP -Desde há tempos para cá a comunidade lusa na
PP -Qual a importância e que tipo de oferta é que a companhia tem para os nacionais dos países de expressão portuguesa F.Z.- Tradicionalmente a nossa rede de voos está muito forte nesses países, mas estamos crescendo também em mercados “não tradicionais” na África, no Leste Europeu etc. Não oferecemos tarifas especiais para nacionais desses países, mas temos ofertas promocionais que consideramos bem interessantes. Como a companhia é portuguesa, os nossos serviços e os canais de comunicação estão neste idioma, assim oferecendo uma vantagem para o público de expressão portuguesa.
Frank Zehle. Foto: TAP Alemanha estimada em 130.000 pessoas (sem contar com os lusodescendentes que partilham a nacionalidade alemã) parece não merecer qualquer atenção da TAP. A que se deve esta atitude quando o Presidente da TAP diz, e citamos, „o português residente no estrangeiro é um componente fundamental na operação da TAP, e, sinceramente é-o bastante
“A comunidade lusa por si só não tem capacidade para encher os nossos aviões; por este motivo precisamos também de cativar outros segmentos de mercado. Certamente valorizamos a comunidade lusa, mas também a comunidade brasileira, a comunidade africana e todos os alemães que querem viajar connosco.
mais do que eu próprio imaginava ”? F.Z. - Eu não considero certa a afirmação que a TAP não valoriza a comunidade lusa. Acho, isso sim, que a TAP se adaptou às realidades desta comunidade. Os portugueses que hoje procuram a TAP já nasceram na segunda ou terceira geração na Alemanha e integraram-se bastante bem. Temos apoiado acções culturais do Turismo de Portugal e dos consulados. Mas também temos que ver que hoje transportamos cerca de 250.000 passageiros anualmente entre a Alemanha e Portugal. Com esta dimensão, a comunidade lusa por si só não tem capacidade para encher os nossos aviões; por este motivo precisamos também de cativar outros segmentos de mercado. Certamente valorizamos a comunidade lusa, mas também a comunidade brasileira, a comunidade africana e todos os alemães que querem viajar connosco. Tal como os portugueses usam também os nossos concorrentes, a TAP tem também de equilibrar os seus esforços de vendas e marketing. PP -A TAP está a pensar alterar as carreiras para Portugal? F.Z. - Sim, estamos com planos
PP- Desde que está ao serviço da TAP, como é que avalia a prestação da companhia no panorama da aviação comercial da Europa. F.Z. - Acho que a TAP presta um serviço bastante adequado a um preço acessível. Penso que a qualidade da TAP melhorou bastante nos últimos anos, com os níveis de serviço dentro da média da Star Alliance, aliança global de que a TAP faz parte desde 2005. Temos uma frota jovem, o conforto - especialmente nos voos de longo curso - superior ao de muitos concorrentes, e temos implementado muitas melhorias para o público executivo, especialmente no “hub” de Lisboa. Infelizmente o nosso principal hub de Lisboa tem limitações, mas dentro deste contexto acho que estamos muito bem posicionados. Claro que ainda estamos longe da perfeição, mas estamos a continuar o processo de melhoria, acompanhado por pesquisas e “benchmarking” dentro da Star Alliance, e vemos claramente um movimento na direcção certa. Temos conquistado diversos reconhecimentos e prémios, por exemplo acabamos de receber este ano pela segunda vez consecutiva o prémio de “Companhia Lider Mundial para a América do Sul” no World Travel Award 2010. MS
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NATAL
PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
Como festejar o Natal com mesas a abarrotar de bacalhaus, perus e pudins, quando sabemos que de 15 em 15 segundos morre no mundo uma criança de fome? Num processo abusivo pega em expressões de índole cristã (às vezes mesmo em citações do Evangelho) e aplica-as ao seu mundo de compra e venda, de lucro e cifrões. É como se a cultura cristã se tivesse reduzido a um papaguear de frases, postas fora do seu
contexto original, prostituídas ao serviço da mais valia, vazias de sentido e ocas. Falta de valores, ouve-se por aí... As igrejas oficiais bem se esforçam ( ou esforçam-se pouco...), os símbolos cristãos, as velas, as estrelas, os anjos, o Menino Jesus, andam por aí ao deus-dará, em montras manhosas e iluminações pomposas, em papel dourado nas vidraças das janelas, atrás das quais os habitantes não encon-
tram sossego para se sentarem e descansarem da corrida constante. O Natal está cada vez mais desligado da sua origem. Por outro lado, as igrejas enchem-se, as tradições cumprem-se e, todos nós, mais ou menos crentes, festejamos em família. A festa do Natal oscila então, de há muitos anos para cá, entre um festejar de rituais que englobam consumo e gastos, mas também alegres encontros e reencontros de familiares e a crítica desses mesmos rituais! Crítica essa que contem também a má consciência daqueles aos quais nada falta: como festejar o Natal com mesas a abarrotar de bacalhaus, perus e pudins, quando sabemos que de 15 em 15 segundos morre no mundo uma criança de fome? Deixo aqui uma frase da filósofa política alemã de origem judaica Hannah Arendt (Hannover, 1906 - Nova Iorque, 1975): „Dass man in der Welt Vertrauen haben und dass man für die Welt hoffen darf, ist vielleicht nirgends knapper und schöner ausgedrückt als in den Worten, mit denen die Weihnachtsoratorien ‘die frohe Botschaft’ verkündigen: ‘Uns ist ein Kind geboren.’“ (do seu livro „Vita Activa“, no original inglês „The human condition“) O que significa: „Que possamos confiar no mundo e nele ter esperança, nunca foi expresso de modo tão claro e límpido como nas palavras da „boa nova“ anunciadas nos oratórios de Natal: Hoje nasceu-nos uma criança.“ Sim, esse milagre dum novo ser, de um qualquer nascimento sempre sentido como milagre, de um qualquer surgimento de vida em que se coloca esperança, tudo isso merece que o quotidiano seja interrompido, que nos juntemos, que festejemos e que olhemos o mundo como um lugar que merece salvação. Luísa Costa Hölzl
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Neste tempo pré-natalício o jornal chega-nos a casa a abarrotar de publicidade. Estamos na época alta das compras, do consumo, dos presentes para este e para aquele. Contra isto, nada podemos fazer, apenas a nível privado estabelecer que não entramos na roda, que nos iremos restringir a umas pequenas lembranças, que evitaremos se possível lojas, armazéns e centros comerciais. Uma olhadela fugidia a prospectos coloridíssimos e brilhantes confronta-me com a linguagem ali usada: Weihnachtsträume, himmlische Qualitäten, feine Wäsche für das Fest - sonhos de Natal, qualidades celestiais, roupa fina para a festa - e mais: Weihnachtsfreude, Weihnachtszeit - die Zeit voller Lichterglanz und Kerzenschein - alegria de Natal, época do Natal - época cheia de brilho luminoso e de luz de velas. Reparem: sonho de Natal é a esperança dos cristãos na vinda de Deus ao mundo, qualidades celestiais serão aquelas que os crentes deviam ter para que o mundo fosse já um bocadinho do reino de Deus na terra, a festa seria a festa interior, aquela que diz que aquele menino nasceu em Belém, há 2000 anos, para salvar o mundo e que, com renovada alegria, quem quer e quem acredita nessa mensagem pode festejar esse nascimento todos os anos e essa seria também a alegria natalícia, uma alegria interior feita de confiança e de esperança, de que as velas são apenas um símbolo: na noite escura, em tudo aquilo que escraviza e consome os seres humanos, aparece uma luzinha a dizer que nem tudo está perdido, que há sempre uma esperança de paz na terra, anunciada aos „de boa vontade“ por alturas do nascimento que queremos lembrar. A publicidade e a sua linguagem vêm usurpando cada vez mais o significado profundo da fé cristã.
Desejamos a todos, especialmente aos leitores, assinantes , clientes do nosso jornal, um feliz e solidário Natal
ALEMANHA
PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
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Nuremberga e Dresden têm os mercados de Natal preferidos dos alemães Os tradicionais mercados alemães de Natal remontam ao século 15. Nos seus primórdios, duravam no máximo dois dias e tinham poucas barracas montadas de preferência próximas da igreja principal. Hoje, a tradição espalhou-se por todo o país. Com a duração de quase um mês, os mercados são sinónimo de festividade, compras e diversão no inverno do norte da Europa.
Uma pesquisa online realizada pelo portal de cidades Meinestadt.de, com a participação de três mil usuários, revelou que Nuremberga e Dresden têm os mercados natalícios preferidas dos alemães. Nuremberga O Christkindlesmarkt (feira do Menino Jesus) de Nuremberga é o mercado matalíciomais conhecida do mundo. Mencionada pela primeira vez em 1628, ela é aberta todos os anos na sexta-feira antes do Advento e prossegue até ao dia 23 de Dezembro. Desde 1948, realiza-se uma cerimónia especial de abertura, com o „Menino Jesus“ (um papel sempre cobiçado, representado por uma adolescente da cidade) declamando um prólogo. A arquitectura medieval da cidade dá um toque ainda mais especial à atmosfera de Natal. Cerca de 180 barraquinhas de madeira, decoradas com tecido branco e vermelho, oferecem não só o que a cidade tem de tradicional ? Lebkuchen (pão de mel), Früchtebrot (pão de frutas secas e especiarias) e a salsicha típica da cidade ? como também artesanato da região. Striezelmarkt em Dresden Fundado em 1434, o Dresdner Striezelmarkt é o mercado natalício mais antiga da Alemanha. Seu nome vem de Hefestriezel (bolo em forma de trança), que com o passar dos séculos passou a ser o famoso Dresdner Christstollen, o bolo de Natal alemão. Típicos da cidade são ainda o Pflaumentoffel, um boneco da sorte feito com ameixas secas, e a maior pirâmide de Natal do mundo (segundo o Guinness), com 14,6 metros de altura e 42 figuras. Uma pirâmide de Natal é uma estrutura giratória de madeira em
forma de cone, que pode ter vários andares, decorados com figuras alusivas ao Natal. O movimento giratório é obtido com o ar quente das velas acesas na sua base, que impulsiona as hélices no seu topo. Por estar próxima à serra Erzgebirge, a cidade de Dresden é considerada „cidade do Natal“ por excelência, pois nesta região são fabricados muitos adornos típicos desta época, principalmente em madeira. Não faltam também os tradicionais quebranozes, os Räuchermänner (bonecos de madeira em que se coloca incenso), a típica cerâmica azul do Lausitz, as rendas de bilro
cidade, todas já consagradas. Há momentos nos finais de semana do Advento em que o centro da cidade chega a ser interditado pela polícia, por causa da enorme quantidade de público. A cidade recebe excursões dos países vizinhos ? principalmente Reino Unido e Holanda ?, mas também do Leste Europeu. Além dos tradicionais mercados junto à famosa catedral gótica, há ainda outras no centro histórico, na praça central Neumarkt e na praça Rudolfplatz. Atracções especiais são o mercado de Natal da Idade Média, junto ao Museu do Chocolate, e o mercado flutuante, num Mercado de Natal em Dresden
anos. Os visitantes elogiam especialmente as atracções oferecidas às crianças, como a presença de um pai Natal. Adicionalmente às barracas, Leipzig tem o maior calendário de Advento do mundo, disposto numa superfície de 857 m?. De 1º a 24 de dezembro, todos os dias às 16h30, é aberta uma das enormes janelas, de 2 x 3 metros.
visitam todos os anos o mercado de Natal de Aachen ao pé da catedral da cidade de Carlos Magno, no oeste alemão. Vale a pena experimentar o Reibekuchen (bolinho de batata ralada), as tradicionais bolachas Spekulatius e Aachener Printen, além das delícias de marzipã, produzidas na cidade e exportadas para todo o mundo.
Rostock O maior mercado de Natal do norte alemão tem duas peculiaridades: em primeiro lugar, a che
Estugarda O mercado de Natal na cidade suábia tem longa tradição que re
Mercado de Natal em Nuremberga
de Plauen e as bolas de Natal feitas à mão. Colónia O enorme sucesso turístico do mercado de Natal de Colónia levou à criação de várias feiras na
barco sobre o Rio Reno. Leipzig O mercado de Natal de Leipzig remonta a 1767 e conquistou enorme popularidade nos últimos
Mercado de Natal em Colónia
gada pai Natal é num navio. Em segundo, a evidente integração com os países vizinhos. As centenas de barraquinhas, espalhadas ao longo de vários quilómetros, oferecem não só produtos típicos da região, como também especialidades da Finlândia, da Suécia e dos países bálticos.
Mercado de Natal em Leipzig
Aachen Mais de 1,5 milhão de pessoas
monta ao ao ano de 1692. Os produtos típicos, o clima festivo dos concertos de Advento no jardim do castelo Altes Schloss, as barraquinhas de madeira luxuosamente decoradas com figuras de anjos, ramos de pinheiros e bolas de Natal, e o „Mundo Infantil“ atraem todos os anos milhões de visitantes. Cortesia DW
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GESCHICHTEN AUS DER GESCHICHTE
PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
Viriato, der lusitanische Held. Ein unbesiegbarer Anführer. Ich glaube nicht, dass wir sagen können, wir seien Nachfahren der Lusitanier. Es befinden 1000 Jahre zwischen zwischen Viriato und dem Gründer Portugals, D. Afonso Henriques. Joaquim Peito
Außergewöhnlich stark, schnell, geschickt. Der Asterix Lusitaniens. Ein Mann, der sehr wenig aß und schlief. Er kämpfte am Tag und in der Nacht und verachtete materielle Reichtümer. Meister der Guerilla-Taktik, gerecht. Gerühmt für die Gerechtigkeit bei der Aufteilung der geplünderten Beute und dafür, dass er häufig Sinnbilder und Gleichnisse verwendete. Man verglich ihn sowohl mit Salazar, „dem großen Führer“, der zu jener Zeit Portugal regierte, als auch mit den Werten der Bescheidenheit, Heldenhaftigkeit sowie der Liebe zum Vaterland, Werten, die dem Estado Novo so lieb und teuer waren. Man bezeichnete ihn als den Großvater der Portugiesen. Wer war Viriato, jener Unbekannte (ca. 190-139 v. Chr.)? Woher stammt Viriato? Aus den Beiras, nicht wahr? Könnten seine Herkunft und sein Territorium zwischen Évora und Andalusien gelegen haben? Viriato ist Lusitanier? Ja, ohne Zweifel, sämtliche alte Quellen bestätigen es. Portugiese für die einen, Spanier für die anderen. Viriato ist Portugiese? Vielleicht nicht. Die „Portugiesierung“ des Helden Lusitaniens besitzt kein historisches Fundament. Von vornherein erscheint es uns tatsächlich missbräuchlich, Verbindungen zwischen zwei Momenten zu finden, die durch ca. 1000 Jahre voneinander getrennt sind: Der Kampf gegen die römische Besatzung, der letztendlich von einem Volk oder einem Zusammenschluss von Völkern, die die Römer als Lusitanier bezeichneten, geführt wurde und die Gründung des Condado Portucalense, unzweifelhaft in der Entstehung der aktuellen portugiesischen Nation. Gegenwärtig verwerfen nahezu alle Historiker die These über die erste für unsere gemeinsame Identität relevante Figur, unseres Hirten Viriato, geboren und aufgewachsen in den Bergen. Nirgendwo existiert in Bezug auf Viriato irgendein Hinweis auf die Serra da Estrela, den damals so genannten „mons Herminius“, oder Viseu oder andere Orte. Man sagt, dass er ein Mann der Berge war, der in den Bergen Zuflucht suchte, doch man geht nicht genauer darauf ein, welche. In Wahrheit war es schon viele Jahrhunderte nach Viriato und den Schriftstücken, dass man uns
seine Geschichte übermittelte, die seine „Portugiesierung” in Gang setzte sowie den beiranischen Ursprung, der ihm angeheftet wurde. Ein Mann der Widersprüche Die Spuren seiner Persönlichkeit, die man seit den Werken der altertümlichen Schreiber gesammelt hat, stellen ihn als einen gewalttätigen und blutrünstigen Mann dar, einen brillanten Strategen und charismatischen Führer, genügsam, energisch, gerecht und Liebling seinesgleichen, der keine Greueltaten nach den Siegen erlaubte. Ein General, der Insignien und Prahlerei, Gold und den Machtrausch verachtete. Ein Mann der treu zu seinem Wort stand, Luxus und Komfort absolut verabscheute, und vor Allem lässt man uns schlussfolgern, dass es sich ebenso wie um einen exzellenten militärischen Strategen um einen wahrhaften Politiker handelte. Er war der unangefochtene Militärführer der Lusitanier und Verteidiger ihrer Freiheit und kein plumper Hirte aus den Bergen. Diese Charakterisierung basiert auf den Quellen jener Epoche, den griechischen und römischen. Viriato darzustellen als Verteidiger einer gewissen militärischen und politischen Vereinigung gegen die Macht der Römer und als möglichen Gründer einer Monarchie in Lusitanien - dessen Territorium keine soziale und oder politische Einheit darstellte ist vielleicht übertrieben. Aber die Wahrheit ist, dass die Leistung Viriatos, sowohl militärisch als auch diplomatisch, dazu führte, dass die benachbarten Völker unter seinem Kommando und seiner Führung gegen Rom mobil machten. „Wir Lusitanier mögen ärmer, schlechter organisiert und weniger kultiviert sein. Aber haben wir nicht das Recht, zu existieren? Wir können dahin kommen, Freunde Roms zu sein, aber wir haben das Recht, keine Römer sein zu wollen!“ So sprach Viriato, der Widerständler. Vom Hirten zum Krieger bis hin zum Cintux (Anführer) der Lusitanier, so wurde Viriato zum ersten Lusitanier mit Kommando über einen Truppenverband von Kriegern, die sich aus Leuten verschiedener Stämme zusammensetzten, und während der acht Jahre, die seine Feldzüge dauerten, gab es nicht einen Fall von Disziplinlosigkeit unter den Truppen. Eine überraschende Tatsache dafür, dass es sich um ein „barbarisches Heer”handelte, wie die
Römer sagten. Held Auf beiden Seiten der Grenze wird Viriato als Paradigma gesehen: Für die Spanier als Anführer, der es verstand, die iberischen Völker unter seinem Kommando im Kampf gegen das römische Reich und die Besatzung zu vereinen; für die Portugiesen als Nationalheld, Symbol einer nationalen, offensichtlich portugiesischen Be-
sonderheit und Identität. Verschiedene Visionen, unterschiedliche Ziele. Auf der einen Seite der Wunsch nach einer iberischen Vereinigung, einer Wiederherstellung des Konzeptes eines unter derselben Krone politisch geeinten Hispaniens. Auf der anderen die Bestätigung Portugals und der Portugiesen in Bezug auf Kastilien als historische Erben der lusitanischen Nation, unabhängig und souverän. Ironischerweise wurde Viriato, der für die Freiheit seines Volkes kämpfte, mit den beiden letzten Diktatoren der iberischen Historie in Verbindung gebracht. Auf der spanischen Seite mit dem Caudillo Francisco Franco. In Portugal mit der Figur des Oliveira Salazar. „Wenn die Zukunft des Vaterlandes vage zu erscheinen beginnt, taucht sofort unter den Portugiesen jemand auf, der es versteht, sie mit mutiger und harter Hand erneut auf den Weg der Ehre und des Ruhmes zu führen.“ „(...) beide Männer einsam, genügsam, gleichgültig gegenüber materiellen Reichtümern.“
Es ist gut, daran zu erinnern, dass auch Salazar ein sparsamer Sohn der Beiras war. Die Collage war simpel und wirksam. In Spanien brachte es Viriato soweit, ab 1939 „Caudillo von Spanien“ und mit General Franco verglichen zu werden. Franco stellte sich als authentischer Nachfolger Viriatos heraus, der ebenfalls den Namen des Caudillo erhielt. Sämtliche historischen Handbücher Spaniens aus jener Epoche bestehen auf jenem Bild von Viriato als
„Caudillo von Spanien“. Als mystifizierte aber nicht doch mystische Figur, Flagge von Kämpfen und Zwecken, die heute an Sinn zu verlieren scheinen ist der Mythos des Viriato verwickelt in einen unlösbaren Widerspruch. Es ist klar, dass Portugal und Spanien dasselbe Recht haben. Viriato ist ein spanischer Held, ein Held, der auf derart beherzte Weise das römische Reich bekämpfte. Seine Leistung entwickelte sich sowohl auf heutigem portugiesischen Territorium als auch auf heutigem spanischen Territorium, aber er ist eine Figur aus einer Zeit vor der Definition der verschiedenen Nationen auf der Halbinsel. In Viriatos Epoche gab es keine zwei Länder. Die Trennung Portugals von den Königreichen Spaniens erfolgte im 12. Jahrhundert, und er gehört ins 1. Jahrhunderte Verraten für Geld wurde er getötet während er schlief Luís de Camões sprach von Viriato, ebenso wie Lope de Veja und
Miguel de Cervantes. Viriato war der Anführer der Lusitanier, die sich der Invasion der iberischen Halbinsel widersetzten, ein großer Held der Freiheit genau wie Vercingetorix in Galien im Kampf gegen die Römer. Die Römer benötigten 200 Jahre, um Hispanien zu erobern. César erledigte die Angelegenheit in Galien in sechs Jahren. Das ist ein schwerwiegender Unterschied. Die sogenannten „Lusitanischen Kriege“ nährten viele beschriebene Seiten Roms: Als Straßenräuber plünderten die Lusitanier die reichhaltigen Böden des Guadalquivirs und drangen danach, bereits mit Viriato, in römische Territorien ein. Es war eine der größten Veränderungen, die der wahrscheinliche „Hirte“, der zum Straßenräuber wurde und danach für die Dauer von acht Jahren zum Anführer der Lusitanier, einführte: Er verwandelte den Guerilla-Krieg, bis dahin defensiv, in eine Angriffsstrategie. Für acht Jahre war er an der Spitze eines multiethnischen Heeres. Wir können bestätigen und schlussfolgern, dass Viriato ohne Zweifel ein „Gesandter der zwei Länder” und „ein geteiltes Erbe” ist. Ich glaube nicht, dass wir sagen können, wir seien Nachfahren der Lusitanier. Es befinden 1000 Jahre zwischen zwischen Viriato und dem Gründer Portugals, D. Afonso Henriques. Auf gewisse Weise wurde Viriato für die Historie bereits unter der Drapierung des Mythos geboren. Was ihm danach hinzugefügt wurde, führte dazu, diese Facette zu akzentuieren. Ein „Haufen Klischees“. wiederauferstandener Held, der immer dann wiedergeboren wird, wenn das Vaterland sich einer Bedrohung ausgesetzt sieht. Viriato ist ein Held, über den man wenig weiß und dessen Leidenschaft für die Freiheit schließlich verraten wurde. Verraten im Namen der Gier nach Macht und Reichtum wurde er getötet, während er schlief. Eine mythische Figur verbunden mit Widerstand, Zähigkeit, Charisma und Verrat. Mit dem Kampf für eine Utopie, die fast verwirklicht wurde - und die nur die menschliche Natur in einer ihrer schlimmsten Formen zerstörte. Und mehr, viel mehr noch mit Parallelen, die sich bis zum heutigen Tag ausdehnen. (übersetzt aus dem Portugiesischen von Aiko Thedinga)
HISTÓRIAS DA HISTÓRIA
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Viriato, o herói lusitano. Um chefe invencível. Não acredito que possamos dizer que somos descendentes dos lusitanos. Existem mil anos de permeio entre Viriato e o fundador de Portugal, D. Afonso Henriques. Joaquim Peito
Extraordinariamente forte, rápido, ágil. O Astérix da Lusitânia. Um homem que comia e dormia muito pouco. Lutava durante o dia e durante a noite e desprezava as riquezas materiais. Mestre das guerrilhas, justo. Louvado pela justiça na repartição dos saques e que empregava com frequência as alegorias ou parábolas. Compararam-no a Salazar “ao grande líder”, que ao tempo reinava em Portugal, bem como os valores de humildade, heroismo e amor à Pátria, valores tão caros ao Estado Novo. Dizem-no avô dos portugueses. Quem foi Viriato, esse desconhecido (c.190 a.C.–139 a.C.)? De onde é Viriato? Das Beiras, não? A sua origem e o seu território poderão estar entre Évora e a Andaluzia? Viriato é lusitano? Sim, sem dúvida, todas as fontes antigas o
Viriato é português? Talvez não. O “aportuguesamento” do herói da Lusitânia não tem fundamento histórico.Efetivamente, à partida, parece-nos abusivo encontrar ligações entre dois momentos separados entre si por cerca de mil anos: a luta contra a ocupação romana, levada a cabo por um povo ou conjunto de povos, que os Romanos designavam por Lusitanos, e a fundação do Condado Portucalense, este sim indubitavelmente na génese da atual Nação portuguesa. confirmam. Português para uns, espanhol para outros. Viriato é português? Talvez não. O “aportuguesamento” do herói da Lusitânia não tem fundamento histórico.Efetivamente, à partida, parece-nos abusivo encontrar ligações entre dois momentos separados entre si por cerca de mil anos: a luta contra a ocupação romana, levada a cabo
por um povo ou conjunto de povos, que os Romanos designavam por Lusitanos, e a fundação do Condado Portucalense, este sim indubitavelmente na génese da atual Nação portuguesa. Atualmente, quase todos os historiadores rejeitam a tese sobre a primeira figura relevante para a nossa identidade coletiva, de um “nosso” pastor Viriato nascido e criado nas montanhas. Em lado nenhum, relacionada com Viriato, existe qualquer referência à serra da Estrela, o então chamado “mons Herminius”, ou Viseu ou outras. Diz-se que era um homem das montanhas, que se refugiava nas montanhas, mas não se especifica quais. Na verdade, foi já muitos séculos depois de Viriato e dos escritos que nos transmitiram a sua história que começou o seu “aportuguesamento” e a origem beirã que lhe acabou colada.
De pastor a guerreiro, até chegar a Cintux (chefe) dos Lusitanos, Viriato foi o primeiro lusitano no comando de um corpo de guerreiros composto por pessoas de diversas tribos e durante os oito anos que duraram as suas campanhas não houve nenhum caso de indisciplina entre as tropas. Facto surpreendente por se tratar de um «exército bárbaro», como diriam os romanos.”
Francisco Franco. Em Portugal, à figura de Oliveira Salazar. “Quando o futuro da Pátria se torna brumoso, logo aparece alguém de entre os portugueses que, com mão firme e corajosa, os sabe conduzir novamente ao caminho da honra e glória”. “(…) ambos homens sós, sóbrios, desprendidos das riquezas materiais.” É bom recordar, que Salazar, também ele era um austero filho
Um homem de contradições Os traços da sua personalidade, recolhidos a partir das obras dos autores antigos, apresentamno como um homem feroz e sanguinário, brilhante estratego e líder carismático, sóbrio, enérgico, justo e bem-amado pelos seus pares, que não permitia violações depois das vitórias. Um general que desprezava as insignias e ostentações, o ouro e a embriaguez do poder. Homem fiel à palavra dada, desprezando em absoluto o luxo e o conforto e, sobretudo, como um excelente estratega militar, levam-nos a concluir que se tratava de um verdadeiro político, o indiscutível chefe militar dos lusitanos e defensor da sua liberdade, e não de um rude pastor das montanhas. Esta caracterização é baseada em fontes da época, gregas e romanas. Apresentar Viriato como o defensor de uma certa unificação militar e política contra o poder de Roma e como possível criador de uma monarquia na Lusitânia – cujo território não formava uma unidade social ou política – é talvez exagerado. Mas, a verdade é que a ação de Viriato, tanto militar como diplomática, fez com que todos os povos vizinhos se mobilizassem contra Roma sob o seu comando e direção. “Nós, Lusitanos, podemos ser mais pobres, mais desorganizados, menos cultos. Mas não temos o direito de existir? Podemos vir a ser amigos de Roma, mas temos o direito de não querer ser Romanos!” Assim falou Viriato, o resistente.
Herói Em ambos os lados da fronteira, Viriato era visto como paradigma: para os espanhós, como líder que soube reunir sob o seu comando os povos ibéricos na luta contra o domínio e a ocupação romana; para os portugueses, como herói nacional, símbolo de uma especificidade e identidade nacional, obviamente portuguesa. Visões distintas, diferentes objetivas. De um lado, o desejo de uma unificação ibérica, a recuperação do conceito de uma Hispânia politicamente unida sob a mesma coroa. De outro, a afirmação, em relação a Castela, de Portugal e dos Portugueses como herdeiros históricos da nação lusitana, independente e soberana. Irónicamente, Viriato, que lutava pela liberdade do seu povo, foi associado aos dois mais recentes ditadores da história ibérica. No lado espanhol, ao caudilho
das Beiras. A colagem foi simples e eficaz. Em Espanha, Viriato passou a ser chamado, a partir de 1939, “caudilho de Espanha”, e comparado com o general Franco. Franco vira a ser um autêntico sucessor de Viriato, que também recebeu o nome de caudilho. Todos os manuais de história de Espanha dessa época insistem nessa imagem de Viriato como “caudilho de Espanha”. Figura mitificada, que não mítica, bandeira de lutas e causas, que hoje parecem perder sentido, o mito de Viriato enreda-se numa contradição insolúvel. É evidente que Portugal e Espanha têm o mesmo direito. Viriato é um herói hispânico, um herói que combateu de forma tão denodada o império romano. A sua ação desenvolveu-se tanto em território atualmente português como em território atu-
almente espanhol, mas ele é uma figura anterior à definição das várias nações penínsulares. Na época de Viriato não havia dois países. A separação de Portugal e os reinos de Espanha deu-se no século XII e ele pertenceu ao século I. Traído por dinheiro, foi morto enquanto dormia Luís de Camões falou de Viriato, assim como Lope de Veja e Miguel de Cervantes. Viriato foi o chefe dos lusitanos que resistiram à invasão da Peninsula Ibérica, um grande herói da liberdade assim como Vercingetorix na Gália, na luta contra os romanos. Os romanos demoraram 200 anos a conquistar a Hispânia. César arrumou o assunto na Gália em seis anos. É uma diferença de peso. As chamadas “Guerras Lusitanas” alimentaram muitas páginas de Roma: salteadores os lusitanos, pilhando terras ricas do Guadalquivir e entrando depois, já com Viriato, pelos territórios romanos. Foi uma das grandes diferenças introduzidas pelo provável “pastor” que se tornou salteador e depois chefe dos lusitanos durante oito anos: transformou a guerra de guerrilha, até então defensiva, numa estratégia de ataque. Durante oito anos esteve à frente de um exército multiétnico. Podemos afirmar e concluir que Viriato é sem dúvida um “legado dos dois países” e “uma herança partilhada”. Não acredito que possamos dizer que somos descendentes dos lusitanos. Existem mil anos de permeio entre Viriato e o fundador de Portugal, D. Afonso Henriques. De certo modo, Viriato nasceu para a História já sob a roupagem do mito. O que lhe foi acrescentando depois apenas veio acentuar esta faceta. Um “feixe de clichés”. Um herói redivivo que renasce sempre que a pátria se encontra ameaçada. Viriato é um herói pouco conhecido, cuja paixão pela liberdade acabou por ser traída. Traído em nome da ganância do poder, da riqueza, foi morto enquanto dormia. Uma figura mítica sobre resistência, tenacidade, carisma e traição. Sobre a luta por uma utopia que esteve quase a ser conseguida – e que só a natureza humana, na pior das suas formas, derrotou. E mais, muito mais, com paralelismos que se estendem até aos nossos dias.
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O consultório jurídico tem a colaboração permanente dos advogados Catarina Tavares, Lisboa, Michaela Azevedo dos Santos, Bona, Miguel Krag, Hamburgo
Catarina Tavares Advogada em Portugal Rua Castilho, n.º 44, 7º 1250-071 Lisboa advogados@bpo.pt Telf.: + 351 21 370 00 00
Casamento civil entre pessoas do mesmo sexo Catarina Tavares, Advogada, Lisboa No dia 8 de Janeiro de 2010 foi apresentada pelo Primeiro Ministro José Sócrates, a proposta de lei do Casamento Civil entre Pessoas do Mesmo sexo (adiante Casamento entre PMS), uma das medidas integradas no Programa de Governo nesta legislatura. Seguiuse a votação e consequente aprovação em sede de Assembleia da República no dia 11 de Fevereiro de 2010. Todavia, a aprovação do casamento entre PMS dependeu ainda de um aval positivo do Tribunal Constitucional a requerimento do Presidente da República, porquanto, finalizou-se todo o procedimento com a publicação da Lei n.º9/2010 de 31 de Maio de 2010. Não obstante, a entrada da lei objecto do presente, entrou em vigor apenas no dia 7 de Junho de 2010, só assim a partir desta data, começou a ser permitido o Casamento entre PMS a ser celebrado
nas Conservatórias de Registo Civil sitas em território Português, excluindo-se assim, o casamento católico entre indivíduos do mesmo sexo. Não nos cabendo qualquer posição relativamente ao que anteriormente foi e continua a ser discutido em sede desta questão, será de referir, de todo o modo, que a publicação desta lei fez com que o regime jurídico português do casamento se aproximasse e não contendesse com o artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, onde se ressalva o Princípio da Igualdade quanto à ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual. Por conseguinte, a lei n.º 9/2010 de 31 de Maio, veio consignar alterações ao regime do casamento previsto no Código Civil, nomeadamente, no artigo 1577.º onde se passa a ler “Casamento é
o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida (...)”, abandonando-se assim qualquer preceito que propugnasse qualquer desigualdade, designadamente, “pessoas de sexo diferente”, como decorria da anterior redacção. Por este caminho, seguiram-se também as alterações ao conteúdo dos artigos 1591.º e 1690.º, revogando-se ainda, o casamento entre PMS das causas de inexistência do casamento, conforme estipulado na anterior e agora excluída alínea e) do art. 1628 do Código Civil. Uma das ressalvas instruídas e esclarecidas relativamente à aprovação de uma lei que permitisse o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, foi a desvinculação ou sequer ligação entre esta forma de casamento com a permissão e alteração do regime da adopção, apesar do artigo 1979.º não distinguir entre pessoas do mesmo ou sexo diferente, reclamando
apenas que estejam “casadas há mais de quatro anos”. Não obstante e de forma a restringir a interpretação daquele preceito legal, o artigo 3.º da Lei n.º9/2010 de 31 de Maio, veio proclamar que “as alterações introduzidas pela presente lei não implicam a admissibilidade legal da adopção, em qualquer das suas modalidades, por pessoas casadas com cônjuge do mesmo sexo.”Por esta via, continua a ser vedada a adopção por duas pessoas do mesmo sexo casadas entre si, já não o sendo, todavia, por pessoa solteira independentemente da sua orientação sexual. Ora, embora a Lei n.º 9/2010 de 31 de Maio, venha permitir uma maior igualdade entre pessoas independente da sua orientação sexual, a verdade é que não veio dar cobro a situações que agora ainda mais se irão notar, nomeadamente, a questão da (in)constitucionalidade do presente instituto da adopção, restringido a casais de sexo diferente
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unidos pelo casamento, da coadopção (adopção de filho de um dos cônjuges pelo outro, garantindo assim os mesmos direitos/deveres do progenitor/adoptante), ou ainda das questões derivadas de parentalidade que por ventura e quase que previsivelmente ocorrerão no seio de duas pessoas unidas de facto ou casadas entre si, quando entendam constituir família como direito que lhes é (ou devia ser) concedido, nomeadamente, através da Procriação Medicamente Assistida (outro dos institutos que estão vedados às mulheres homossexuais, casadas ou solteiras), inseminação caseira ou através de clínicas noutro país onde tal seja legal e permitido. Veja-se que mais do que os próprios direitos de dois indivíduos que firmaram uma relação entre si, de uma forma contratual ou não, há que atender aos direitos das crianças que nascem dessa união e que só estão plenamente assegurados relativamente a um dos pais.
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José Gomes Rodrigues
Assistente Social Caritas Neuss
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Hartz IV - Os direitos e os deveres Muitos leitores têm-se dirigido ao jornal colocando algumas perguntas sobre o Hartz IV (ajuda social para quem está desempregado ou em condições sociais muito precárias). De todas as perguntas, fizemos um resumo daquelas que mais interessam aos leitores. Chamamos a atenção que na edição online do nosso jornal (www.portugalpost) o leitor pode encontrar uma versnao em PDF de um caderno que editamos sobre o tema.
É ou não um direito de cada cidadão receber esta ajuda? Não é em princípio um direito, mas melhor a responsabilidade do Estado de procurar que os seus cidadãos tenham o suficiente para a sua sobrevivência, desde que estes cumpram também com os deveres. Só há direitos se há deveres. As condições para receber esta ajuda social, que existe desde Janeiro de 2005 e que veio substituir a ajuda normal aos desempregados, são, entre outras, as seguintes: • Não possuir rendimentos suficientes para a sua sobrevivência e a da sua família, estar à disposição do mercado de trabalho, e ser activo e flexível na busca de uma nova actividade. Esta atitude pressupõe que o compatriota se prepare devidamente para optimizar as suas competências profissionais através de cursos de formação e de reciclagem profissional, da participação de cursos de aprendizagem ou aperfeiçoamento da língua alemã ou, ainda, na participação activa de seminários e ofertas da repartição de trabalho. Aceitar ofertas de trabalho que a repartição de trabalho lhe propor desde que estas não estejam contra a ética laboral. Recorde-se que estará a ser remunerado por uma caixa de solidariedade e que esta é alimentada pelos descontos de quem ainda se encontra no activo, por isso deve usar de todos os meios que a lei e o bom senso lhe ditam para sair dessa situação passiva.
de residência, sem comum acordo; ao negar-se à apresentação duma oferta de trabalho ou medida de aperfeiçoamento profissional ou outra congénere. A ajuda social poderá ser encurtada de 10 a 30%, durante três meses, podendo prolongar-se até à supressão. A ajuda monetária poderá ser substituída por títulos de compras essenciais para a alimentação ou para os cuidados essenciais.
Havendo algum incumprimento da nossa parte, a Repartição de Trabalho poderá ditar sanções ou castigos, ? São várias as sanções a que poderão estar sujeitos os desempregados nesta circunstancia. Eis algumas: Ao faltar, sem uma justificação viável e fiável a um convite de apresentação do Departamento; se não cumprir com as determinações ou os acordos feitos com o responsável do seu processo; a ausência do lugar
Posso conservar o meu automóvel ao receber essa ajuda social? Hoje em dia o automóvel é considerado como um instrumento necessário para o trabalho. Sem ele as deslocações são morosas e até mais caras. A flexibilidade é um dos elementos essenciais na vida de trabalho. Por essa razão, conforme os casos, e o valor do automóvel, este não entra no cálculo como um objecto de luxo. Um automóvel cujo valor comercial não
Ofereceram-me um trabalho para cuidar dum jardim, mas só ganharei 400 € mensais, poderei aceitar esse trabalho? É óbvio que sim, pois é obrigado a recorrer a todas as possibilidades para terminar ou reduzir a dependência financeira da caixa pública. A legislação está de tal forma concebida que terá benefícios financeiros por reduzir essa dependência. Mais adiante voltaremos ao assunto. Tenho uma casa em Portugal que construí com as minhas poupanças e muitos sacrifícios. É a regress intenção regressar e habitar essa casa após a reforma. Serei obrigado a vendê-la? Deve pelo menos declará-la ao requerer esta ajuda social. Se este imóvel é considerada como património, será decidido caso por caso e tendo em consideração diversos factores. Em último caso poderá não receber esta ajuda social por um determinado período de tempo.
ultrapasse os 7.500 € é considerado normal para o efeito. Devo desfazer - me duma conta de poupança do meu filho? Não deve necessitar de o fazer, já que cada elemento do agregado familiar, incluindo os filhos, podem possuir o equivalente a um capital no valor de 3.100 €, sem que lhe seja abolida ou reduzida este apoio. É uma quantia sujeita a protecção. Além dessa quantia é reconhecida outra parcela adicional de 750€. Se o valor da poupança ultrapassar essa quantia, então não receberá a ajuda até que gaste a quantia que exceda esse montante. Sou divorciada e o meu exmarido foi obrigado a pagar uma certa quantia para o sustento do filho. Tenho de declarar esta quantia como entrada financeira? Esta quantia é considerada como entradas regulares e ira reduzir a ajuda na quantia que aufere do pai ou seu ex-marido. Se ele não tiver condições financeiras de assumir essa ajuda obrigatória, será a Câmara Municipal a anteciparlhe esse dinheiro. Não esqueça de o requerer, pois mesmo que o não receba, permanece um direito e será considerado como se recebesse. De que modo é feito o cálculo desta ajuda social? Esta ajuda compreende a ajuda à renda de casa com os gastos suplementares. Todos os gastos relacionados com a habitação são suportados pela câmara ou pelo concelho da cidade. Além deste suporte financeiro, receberá uma soma de dinheiro de sobrevivência para cada membro da família. Esta difere conforme a idade. Até aos 6 anos recebe 215 €, a partir dos 7 aos 14 anos receberá 251 € e dos 15 aos 25 anos 287 €. Para
maiores dessa idade incluindo a dos conjugues a quantia social é de 322 €. Sendo um só o responsável pela educação, é o caso de casais separados ou divorciados, essa quantia sofre um aumento de 359 €, além da inclusão dum pequeno subsídio de educação. A sua esposa, e todos os membros da família, são, a partir do requerimento, considerados também como desempregados e terão de obedecer às condições que acima referimos. É obrigatório declarar todos os recursos financeiros que se possuem. Mesmo o ordenado da sua esposa, mesmo que seja sem papéis, como o senhor afirma. Hoje com a comunicação informatizada e com o cruzamento de informações entre as diversas instituições estatais torna-se fácil uma averiguação. Se não declarar os rendimentos e for descoberto, deverá não só devolver parte do dinheiro pago, como terá de pagar uma multa por, segundo o tribunal público, ter procurado burlar o Estado. Que poderia acontecer se, após ter entregue o requerimento e sem o esperar, recebo uma herança? Mesmo que tenha entregue o seu requerimento ou que este já tenha sido aceite e tenha sido dimanada já uma decisão positiva, é obrigado a declarar esta herança, assim como todas as alterações que entretanto, e no futuro, tenham ou venham a acontecer. Se o não fizer e se mais tarde for detectado, além de ter de repor a ajuda recebida, é-lhe interposta uma acção junto do ministério público. É um processo que lhe pode sair muito caro.
Existe alguma isenção no cálculo das fontes de rendimento? Para os rendimentos que não provenham duma actividade dependente são-lhe tidos em conta como rendimentos normais na sua totalidade. É o caso dos juros e prémios bancários que possa usufruir, assim como do arrendamento de apartamentos ou congéneres. E como é com o Abono de Família? É considerado também? Sim, é considerado como entradas financeiras, e reduz nesse valor a ajuda. Contudo a ajuda que recebe do instituto de trabalho é bastante superior ao abono de família sendo escalada conforme as idades, como comentámos já. O abono de família dos filhos maiores de idade e que não vivam no agregado familiar, não são considerados como recursos financeiros para os pais, se estes comprovem que os devolvem na sua totalidade aos filhos. É o caso dos pais que têm os filhos que estudam em Portugal. Posso trabalhar e receber cumulativamente esta ajuda social, o Hartz IV? Infelizmente sim. Digo infelizmente, pois não deveria ser necessário recorrer a esta ajuda que advém dos impostos de quem de quem trabalha todo o tempo. Mas há, infelizmente, empresas que não remuneram suficientemente os seus trabalhadores ou por falta de produção ou que exercem uma ocupação reduzida. Problemático são os patrões que, à custa desta possível ajuda, a usem para engrossar os seus rendimentos...e à custa de quem trabalha.
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IMPORTANTE Às associações, clubes, bandas , etc.. As informações sobre os eventos a divulgar deverão dar entrada na nossa redacção até ao dia 15 de cada mês Tel.: 0231 - 83 90 289 Fax :0231-8390351 Email: correio@free.de
04.12.2010- COLÓNIA - Grande Noite de Fados no Restaurante Vasco da Gama. Com a fadista Paula Oliveira. Reservas mesa: 0221 – 3566566 Menu: € 35 p/ pessoa Local: Liebigstr. 120 - 50823 Köln 10 /11.2010 DORTMUND- Concurso de Karaok.Inscrições via Tel.: 0231- 799 80 69. Local: Local: Tapas Bar Dortmund. Jägerstr. 2 - 44145 Dortmund 11.12.2010 – LOHMAR- Festa de natal organizada pela União Operária de Lohmar. Baile pela noite com o grupo musical “FM RADIO” Local: Hauptschule Hermann-Löhn; HermannLöhnstraße , 53797 LohmarInício: 20h30 horas. Informações : Sr. Antonio Luis : 02242-9189030 ; 015115290876. www.fmradio.de.com
Citações do mês A mulher que amamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades, pelo que lhe somos infiéis com a mulher que não amamos Proust , Marcel A beleza ideal está na simplicidade calma e serena Goethe , Johann
18.12.2010 – DÜSSELDORF - Festa de natal da Associação Portuguesa S.Jorgense. Baile abrilhantado pelo grupo musical “FM RADIO” . Local: Am Heerdter Hof 18, 40549 Düsseldorf. Início: 20h30 horas. Informações : Sr. Tó Manuel: 0211-5047230- www.fmradio.de.com
Reveillon no Restaurante Vasco da Gama Passagem de Ano Em Colónia
25.12.2010 – DORTMUND - Festa de Natal no Tas Bar . Local: Local: Tapas Bar Dortmund. Tel.: 0231- 799 80 69 Jägerstr. 2 - 44145 Dortmund
Reservas de mesa: 0221 – 3566566 Menu: € 35 p/ pessoa Música ao vivo com o Duo Onda Musical
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17 anos ao Serviço da Comunidade LusoAlemã
Parabéns ao Portugal Post pelo bom serviço prestado à comunidade
Ao passar mais um ano, o 17º, de existência e publicação ininterrupta, o jornal PORTUGAL POST consolida ainda mais a sua missão de porta-voz da Comunidade portuguesa na Alemanha. Como um órgão de informação, que já conquistou um lugar no panorama da imprensa portuguesa da emigração, o PP é hoje um jornal que constitui um verdadeiro património da Comunidade lusa residente neste país. Plural, sério, crítico e atento, o PP já há muito que ganhou a confiança de todos, querendo estar cada vez mais ao serviço de toda a comunidade.
O Portugal Post, para quem que como eu se quer manter ao corrente de tudo o que à emigração portuguesa na Alemanha diz respeito, tornou-se leitura obrigatória. Tive o prazer de acompanhar a evolução do jornal desde que há 17 anos apareceu e com ele aprendi muitos dos conhecimentos que hoje tenho sobre a emigração portuguesa neste País. A isenção com que o jornal tem vindo a tratar de todos os assuntos da actualidade, sem nunca perder de vista a defesa dos interesses dos seus leitores bem como de todos os emigrantes em geral, merecem o nosso apreço e respeito. É por isso que não tenho dúvidas em recomendar a leitura do Portugal Post a todos aqueles que querem estar bem informados quer sobre os nossos problemas quer ainda sobre o que se passa no nosso País. Está de parabéns o Portugal Post pelo bom serviço prestado à comunidade. De parabéns estão também os leitores em geral e os assinantes em particular, por terem escolhido e assinado este jornal.
Ein unverzichtbares Medium “Seit 17 Jahren ist die Portugal Post für die über 100 000 in Deutschland lebenden Portugiesen ein unverzichtbares Medium, das aktiv das Gemeinschaftsgefühl fördert und als einzige Zeitschrift einen Überblick gibt über ihre Aktivitäten in den deutschen Städten. Dass die Portugal Post dabei der Hansestadt Hamburg mit ihren speziellen jahrhundertelang gewachsenen Beziehungen zu Portugal besonderes Augenmerk widmet, freut mich natürlich besonders. Die Portugal Post ist aber auch für all jene, die sich, wie zum Beispiel die Portugiesisch-Hanseatische Gesellschaft, für die Vertiefung der Beziehungen beider Länder einsetzen, eine gute Informationsquelle.
José Eduardo Membro do Conselho das Comunidades Portuguesas
O porta-voz da comunidade portuguesa na Alemanha
Uly Foerster, Chefredakteur Lufthansa Magazin, Hamburg”
Desde há anos que acompanho a publicação do Portugal Post, que tem sido para mim uma importante fonte de informação. Considero muito importante haver um jornal como o Portugal Post na Alemanha principalmente por duas razoes: 1. Como somos uma comunidade bastante pequena e dispersa por várias partes da país em que vivemos o Portugal Post é um elo de comunicação e de troca de informação entre as várias comunidades; 2. uma vez que os hábitos de leitura dentro da comunidade variam muito, também entre as gerações, o Portugal Post é um contributo importante para manter o contacto com a língua portuguesa escrita, particularmente para os lusos-descendentes. Para concluir, o Portugal Post constitui uma plataforma e é o porta-voz da comunidade
Devemos estar informados Na qualidade de Presidente da Federação de Empresários Portugueses na Alemanha (VPU) venho por este meio agradecer ao PP pelo valioso trabalho prestado ao longo destes anos. Tanto para a VPU como para os inúmeros empresários portugueses na Alemanha o Jornal é um parceiro de enorme valor, mostrando e reforçando a presença empresarial neste país." Dr. Simeon Ries. Presidente da VPU Federação de Empresários Portugueses na Alemanha
portuguesa na Alemanha.
Dora Mourinho, Socióloga
O Portugal Post presta um inestimável serviço à comunidade portuguesa na Alemanha
Trabalho sério e rigoroso O Portugal Post cumpre 17 anos de publicação. Foi um tempo de sucesso, construído na base dum trabalho sério e rigoroso que lhe foi granjeando credibilidade e prestígio. A isenção e pluralismo na abordagem dos temas políticos, como instrumento de intervenção democrática, a apologia dos valores cívicos e a motivação e empenho em prol das aspirações e anseios das comunidades portuguesas, fizeram do Portugal Post um título de referência para a generalidade dos seus leitores, os portugueses residentes na Alemanha. Aí, sempre eles encontraram um amparo, uma palavra, o respaldo amigo e o conselho avisado para que ultrapassassem as dificuldades e constrangimentos que sempre afectam quem vive longe da sua terra. Ao jornal, aos seus leitores e, em especial, ao seu director, Mário dos Santos, os meus melhores votos de sucesso e longa vida.
A universalidade dessa relevante contribuição é reflectida em cada edição, que tem artigos escritos por autores representativos vindos de todas as partes da Alemanha. As opiniões divergentes sobre temas actuais e do interesse da comunidade, com certeza contribuem para o debate de ideias, divulgando e despertando ao mesmo tempo o espírito crítico dos leitores. Parabéns.
Michaela Azevedo Ferreira Advogada, Bonn
José Lello, deputado do PS e ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
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Glückwunsch Portugal hat unzählige Freunde in Deutschland: Viele haben schon Urlaub gemacht zwischen Minho und Algarve, dort gearbeitet oder studiert. Andere schätzen Pessoa oder Saramago, sind Fans von Mariza oder Madredeus, Figo oder Cristiano Ronaldo, lieben Pastéis de Nata oder Bacalhau. Noch wichtiger: viele Deutsche mögen Portugal, weil sie portugiesische Kollegen, Nachbarn oder Freunde haben, weil die Kinder mit Portugiesen zur Schule gehen oder weil der Espresso im nettesten Café oder Restaurant in der Nähe Bica heißt. All diese Menschen sollten eigentlich die "Portugal Post" lesen, um auf dem Laufenden zu bleiben und um die Portugiesen in Deutschland noch besser zu verstehen. Am schönsten wäre es aber, wenn die deutschen Freunde Portugals sich mehr mit eigenen Texten und Ideen an der Zeitung beteiligen würden. Dann könnten die nächsten siebzehn Jahre "Portugal Post" noch stärker im Zeichen von Dialog und Miteinander stehen.
Marco Bertoloso Leiter der Abteilung Zentrale Nachrichten beim Deutschlandfunk
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VIDAS
PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
O dia em que encontrei a fé Tenho lido todas as histórias de vida que o jornal publica todos os meses. Muitas delas deixam-me perplexa e tem havido algumas com as quais me revejo. O que eu quero contar não é nenhum caso de relação trágica com homem, marido ou amante, isto apesar de eu ter 49 anos e viver sozinha já há quase cinco anos. Depois de me divorciar fiquei sem ninguém aqui na Alemanha. A minha única filha também casou e foi viver com o seu marido para Espanha O que me valia e ainda vale é o trabalho que para além do meu ganha pão me ocupava os dias. Assim eu vivo, ainda hoje só. Com o meu ex-marido não havia contactos nem bons nem maus, não havia nada. Ele casou pela segunda vez e acho que fez bem. Às vezes lá falamos sobre a nossa filha e quando falamos é como se fossemos duas pessoas estranhas. Desde que me separei e divorciei pensei que um dia poderia um dia recomeçar a minha vida com alguém que viesse a conhecer. Pus até um anúncio aí no Jornal. Tive alguns contactos mas não correspondiam aos meus interesses e nunca mais me interessei nem pensei nisso. Vivia o meu dia a dia como todas as pessoas. Casa, trabalho, casa, compras e passeios pelo parque. Telefonava às vezes à minha filha e até a visitei por duas vezes em Sevilha onde ela morava com o seu marido espanhol. Gostei muito de Sevilha que é um sitio onde não me importava de viver. Há cerca de mais ou menos dois anos tive uma indisposição por ter comido qualquer coisa que não me caiu bem. Fui ao médico
para me passar a baixa porque no dia a seguir à indisposição não tinha ido ao trabalho. O médico lá me consultou e mandou-me fazer exames: tirar sangue, analise à urina e fazer uma Magenspiegelung (penso que em português se diz uma gastroscopia). Passaram os dias. Uma semana depois deveria ir ao médico para saber os resultados das análises. Mas o que se passou é que não fui. Dito melhor: esqueci . Os dias passaram-se e eu retomei o trabalho normalmente e nunca mais pensei no médico. Mas às vezes tinha uma disposição que me incomodava muito. Aquilo passava e eu esquecia. Cerca de quinze dias depois de ter ido a primeira vez ao médico, um dia, quando tinha chegado a casa mais cedo do que o habitual, recebi uma chamada do consultório médico para me dizer que tinha de ir logo no dia seguinte ao consultório. Perguntei claro por que razão, mas a assistente apenas me disse que o médico queria falar comigo. Fiquei muito pensativa e nessa noite não dormi só a pensar nesse telefonema. Que seria? Que não seria? Foi uma noite desgraçada. Logo pela manhã, com uma ansiedade e um aperto muito grande no peito, apresentei-me no consultório muito tempo antes de ele abrir. Fui a primeira a ser atendida e a assistente colocou-me num quarto de espera e disse-me que me podia deitar na marquesa e esperar que o médico me chamasse. Esperei cerca de uma hora e meia. Quando o médico me atendeu ele já tinha tudo pronto para me hospitalizar dizendo-me que o
Memória futura
diagnóstico das análises que eu tinha feito havias indícios de algo maligno e que a minha ida para o hospital era para apenas ter a certeza desses indícios. Internaram-me e três dias depois fui operada. Conclusão: diagnosticaramme um cancro mas ainda “muito fresco”. Foi um choque tremendo para mim. E os dias que tive no hospital foram os mais tenebrosos da minha vida, isto apesar dos médicos me dizerem que havia muitas possibilidade de eu recuperar bem e não correr o risco de uma propagação da doença. Comecei a fazer os tratamentos indicados que demoraram cerca de três meses. Durante esses três meses recolhi-me em casa e quando saia era para ir ao hospital ou ao médico. A minha vida mudou muito. Comecei a dar mais valor a todos os minutos e a todas as coisas que eu fazia. Tinha chegado a uma conclusão simples mas que nunca tinha dado valor: a saúde é o mais precioso bem que temos e todos os
”A minha vida mudou muito. Comecei a dar mais valor a todos os minutos e a todas as coisas que eu fazia. Tinha chegado a uma conclusão simples mas que nunca tinha dado valor: a saúde é o mais precioso bem que temos e todos os nossos objectivos de ganhar dinheiro, ser às vezes comezinhos, as nossas irritações não valem de nada quando não temos saúde”.
Nós queremos publicar aqui as fotografias que fazem viver as suas recordações das férias, na associação, no trabalho, com os amigos, no restaurante, nas festas, etc. O envio das fotos pode ser feito por e-mail ou por carta (com a garantia de restituirmos todas as fotos que recebermos)
1995 Esta fotografia retrata uma emissão do programa radiofónico “Clube de Amizade” que vai para o ar todos os domingos na RDP internacional. Os responsáveis da emissão reuniram alguns portugueses no Centro Português de Singen para serem entrevistados. Na altura, o PORTUGAL POST esteve presente com uma delegação de peso: o director do Jornal, e ainda o colaborador Renato Calvário (entretanto falecido) e o correspondente local do PP, João Ferreira. Tudo aconteceu decorria o ano de 1995. Um dia antes da realização do programa, o PORTUGAL POST tinha estado numa grande festa de aniversário do Centro Português de Singen Foto: PP
nossos objectivos de ganhar dinheiro, ser às vezes comezinhos, as nossas irritações não valem de nada quando não temos saúde. O mundo parece ser outro e aceitamos tudo com mais generosidade e comçamos a dar mais valor à vida, às pessoas, às amizades... Às vezes tinha fases muito negativistas e chorava pelos cantos da casa, não acreditava muito nos tratamentos e quando ouvia no hospital pessoas a quem as coisas corriam mal ficava pensativa e com muito medo. Mas no fundo pensava de mim para mim que não deveria desistir, acreditar que podia ultrapassas esta fase. Enfim, foi um período que não mais quero viver. Os médicos no entanto entusiasmavam-me sempre que os consultavam e diziam que as coisas estavam a decorrer muito favoravelmente. Depois de um logo período com quimo terapia, comecei a voltar ao normal e a ter o mesmo aspecto e o cabelo começou de novo a crescer. Os médicos tinham dito que estava tudo bem e que não me escusava de me preocupar. Deveria era ter consultas esporádicas para simples controlo. Os dias correram, finalmente, estava bem. Sentia-me bem e voltei de novo ao trabalho. Mas a minha vida mudou muito. Comecei a dar mais importância às coisas que fazia e a ter uma sensibilidade mais apurada. Nunca mais me irritei com ninguém. Na rua ou no eléctrico sorria por tudo e por nada às pessoas. Conclusão, a vida para mim era demasiadamente importante para que eu me irritasse comigo ou com alguém. Também deixei de dar importância a pequenas e grandes
vaidades. Vestia-me por necessidade e não por vaidade. O que me importava é que eu vivia e respirava, e isso era importante para mim. Até que um dia.... Até que um dia encontrei alguém superior e nesse alguém a felicidade. Foi quando, nesta nova sensibilidade para as coisas da vida e para a fé na vida que eu entrei numa igreja e dei comigo a rezar com todo o fervor, agradecendo a Deus por me ter dado a oportunidade de viver. Foi a partir daí que comecei a ir rezar à igreja da rua onde eu moro para estar comigo e com Deus e nessa contemplação, quero dizer, nesse dar de mim e receber a sua graça naquela atmosfera serena e pacífica que eu comecei também a receber a felicidade. Foi também a partir daí que eu me entreguei a causas e me inscrevi numa associação de apoio a pessoas doentes com cancro para transmitir a minha experiência e dar aos infelizes apanhados pelo mal alguma esperança, dizendo-lhes que vale a pena viver e lutar nem que seja minutos que temos à nossa disposição. É esta a história que eu queria contar e transmitir na esperança de dizer àqueles que estão na situação que eu estive para não mais desistirem. Maria Pinto Karlsruhe Pedimos aos leitores que nos enviam correspondência para esta rubrica para não se alongarem muito nos textos que escrevem. A redacção reserva o direito de condensar e de trabalhar os textos. Obrigado.
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PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
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CARNEIRO Amor: Estará muito carente, procure ser mais optimista quanto ao seu futuro sentimental. Saúde: Tendência para dores de cabeça. Dinheiro: Período favorável, aproveite bem este momento para dinamizar a sua vida financeira. TOURO Amor: O seu coração está um pouco dividido, pense bem qual o caminho que deve seguir, procure não ferir os sentimentos dos outros. Saúde: Faça uma limpeza geral aos seus dentes para poder ter um sorriso radiante. Dinheiro: A vitalidade e esforço que tem demonstrado no trabalho serão muito favoráveis para si. GÉMEOS Amor: O amor e o carinho reinarão na sua relação afectiva, aproveite para avançar para um compromisso mais sério. Saúde: Tente controlar as suas emoções para que o seu sistema nervoso não se ressinta de forma negativa. Dinheiro: Não haverá nenhuma alteração significativa na sua vida profissional, e as finanças estão estabilizadas. CARANGUEJO Amor: Prepare um jantar especial romântico para a sua cara-metade. Saúde: Procure relaxar mais para não andar muito tenso. Aprenda a descontrair. Dinheiro: Poderá ser surpreendido negativamente ao verificar o seu saldo bancário, por isso previna-se contra surpresas menos agradáveis e aprenda a poupar! LEÃO Amor: Dê mais atenção aos seus familiares, eles também precisam de si e sentem a sua falta. Saúde: Previna-se contra o colesterol evitando alimentos que lhe são prejudiciais. Dinheiro: Período bastante favo-
Previsões para Dezembro de 2010 rável. Pode ter uma promoção ou assumir novas responsabilidades no local onde trabalha. VIRGEM Amor: Deixe o ciúme de uma vez por todas e aproveite bem os momentos de que dispõe a sós com o seu companheiro. Saúde: Cuidado com os excessos alimentares, anda a comer de mais. Dinheiro: Não peça um empréstimo neste mês, os tempos não estão favoráveis para contrair dívidas de qualquer género. BALANÇA Amor: A sua sensualidade e beleza vão partir muitos corações, não se surpreenda com uma declaração de amor. Saúde: Vigie a sua alimentação, consuma alimentos menos calóricos e evite abusar do sal. Dinheiro: Esta é uma óptima altura para tentar reduzir os seus gastos pois conseguirá fazer poupanças neste período. ESCORPIÃO Amor: Se ainda não encontrou o amor da sua vida prepare-se, pois está mais perto do que imagina! Saúde: Faça exercício físico ao ar livre, o contacto com a Natureza far-lhe-á muito bem. Dinheiro: Provável aumento das suas finanças, pode aproveitar para pôr algum dinheiro de parte. SAGITÁRIO Amor: Cuide da sua aparência física para conquistar quem mais deseja ter a seu lado. Saúde: Poderá surgir uma infecção urinária, procure o seu médico de imediato se notar algum sintoma menos comum. Dinheiro: Irá conseguir atingir os seus objectivos, graças a ajudas inesperadas que irão surgir. CAPRICÓRNIO Amor: O amor poderá bater-lhe à porta, por isso fique atento e mostre-se disponível para a mudança. Saúde: Procure fazer uma vida
mais saudável e corte de vez com qualquer vício. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir em negócios de vulto ou compras que envolvam muito dinheiro. AQUÁRIO Amor: Neste período a tendência é para andar hipersensível. Procure controlar as suas variações de humor para evitar discussões desnecessárias. Saúde: Procure fazer uma alimentação mais equilibrada diversificando os alimentos e apostando mais nos legumes e verduras. Dinheiro: Não corra riscos desnecessários no que toca a gastos e a investimentos, seja prudente. PEIXES Amor: Dê mais atenção ao seu companheiro, ele pode estar mais carente do que é habitual e precisa de maior atenção da sua parte. Saúde: Vá ao médico e aproveite este mês para fazer exames de rotina. Dinheiro: Seja mais exigente consigo, só assim conseguirá atingir o sucesso tão desejado e cumprir com os objectivos a que se propôs.
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PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
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PORTUGAL POST Nº 197 • Dezembro 2010
Novo produtor do Alentejo lança vinho no mercado Um novo produtor de vinho do concelho de Estremoz, Artur Ferro, lançou no mercado o seu primeiro Vinho Regional Alentejano, pretendendo no futuro avançar para a exportação, revelou um responsável da empresa. Em declarações à Agência Lusa, Luiza Ferro, responsável da empresa, explicou que o vinho, com a designação „Cultural“, apresenta-se como „inovador e de qualidade“ e
é da responsabilidade de Joachim Roque, „um enólogo experiente e de referência“. Luiza Ferro explicou que a nova empresa de produção de vinho vem dar continuidade a uma tradição de família. Artur Joaquim Parreiras Ferro lançou no mercado, nesta primeira fase, 13500 garrafas de vinho tinto, sobretudo para o Alentejo e Algarve, com a intenção de alargar as
vendas a outras regiões do país. „Já fomos contactados também para começar a exportar, o que é nossa intenção, mas ainda é cedo, visto que lançámos recentemente o nosso vinho“, salientou Luiza Ferro. O vinho de Artur e Luiza Ferro resulta da vinificação de uvas próprias nos 6,5 hectares de castas tintas (Aragonez e Cabernet Sauvignon), na Quinta de Dom Joaquim. A empresa tem mais seis hectares de vinha, o que vai permitir aumentar a produção e produzir também vinho branco.
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Principais regiões constam no portfolio da Lusovini Vinhos de produtores das principais regiões vitícolas portuguesas fazem parte do „portfolio“ da nova distribuidora Lusovini, que está apostada em alterar imagens negativas de algumas delas. Na Bairrada, por exemplo, está por enquanto apenas a trabalhar com o espumante „Aplauso“, uma vez que „em termos de vinhos de mesa ou vinhos tranquilos tem um reconhecimento negativo no mercado“, como explicou à imprensa Carlos Moura, administrador comercial da Lusovini. „Queremos ser uma alavanca para contornar essas vicissitudes que,infelizmente, hoje acontecem e estamos a começar pelo espumante, que é onde o mercado reconhece maior prestígio e maior qualidade à região da Bairrada“, justificou.
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