Portugal Post Novembro 2011

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PORTUGAL POST ANO XVIII • Nº 208 • Novembro 2011 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: correio@free.de •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718

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Carta aberta ao ministro Paulo Portas sobre o encerramento do Vice-Consulado em Frankfurt Pág. 17

› Consulados

“Reestruturação diplomática e consular” ou “Encerramento de Embaixadas e Consulados”? Pág.3

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› Ensino

Governo prepara-se para manter ensino simbólico no estrangeiro, diz Teresa Soares Pág. 3 Publicidade

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PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 2011

PORTUGAL POST

Editorial Mário dos Santos

Agraciado com a Medalha da Liberdade e Democracia da Assembleia da República Fundado em 1993 Director: Mário dos Santos

Correspondentes António Horta: Gelsenkirchen Cristina Dangerfield-Vogt: Berlim Elisabete Araújo: Euskirchen João Ferreira: Singen Jorge Martins Rita: Estugarda Manuel Abrantes: Weilheim-Teck Maria dos Anjos Santos: Hamburgo Maria do Céu: Mogúncia Maria do Rosário Loures: Nuremberga Colunistas António Justo: Kassel Carlos Gonçalves: Lisboa José Eduardo: Frankfurt / M Lagoa da Silva: Lisboa Marco Bertoloso:  Colónia Paulo Pisco: Lisboa Rui Paz: Dusseldórfia Teresa Soares: Nuremberga Tradução dos textos Histórias da História: Barbara Böer-Alves Assuntos Sociais José Gomes Rodrigues Consultório Jurídico: Catarina Tavares, Advogada Michaela Azevedo dos Santos, Advogada Miguel Krag, Advogado Fotógrafos: Fernando Soares Publicidade Alfredo Cardoso

Começa muito mal a política do Governo para as Comunidades s primeiros 4 meses deste novo Governo dá para nós, sem sermos bruxos, adivinharmos que nada de bom vai acontecer às comunidades. Argumentando com a situação de austeridade com que Portugal e os portugueses se confrontam, os cortes já se começam a sentir. No caso da rede consular na Alemanha, é sabido que o Vice Consulado em Frankfurt vai encerrar, estando a comunidade local a organizar neste momento formas de luta, como seja a manifestação a realizar no dia cinco deste mês de Novembro. Como ainda o Governo não tirou os coelhos da cartola, não se sabe se o Vice-Consulado em Osnabrück vai encerrar. Se fosse consentido, as casas das apostas poderiam ganhar alguma massa colocando nas listas das apostas o (não) encerramento daquele

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coisa, a fazer. Não área de Estugarda, por exemplo, os cursos de LCP sofrem cortes nas horas de aulas. Das duas horas semanais, passam a ter uma, tanto que algumas comunidades já viram que não há outra forma de lutar contra senão com manifestações de rua que se organizam no princípio deste mês. Mas não é apenas nos cortes nos horários de aulas de que vive as preocupações da comunidade. Refira-se, por exemplo, os cerca de 300 alunos que neste momento estão sem professor e, logo, sem aulas. Isto, como diz Teresa Soares, SecretariaGeral do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas, quer dizer que „tudo leva a crer que estamos a aproximar-nos a passos largos do fim do ensino do português no estrangeiro com professores qualificados e aulas presenciais regulares“

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Agências: Lusa. DPA Impressão: Portugal Post Verlag

posto. Nestas coisas, como sói dizer-se em Portugal, não há fumo sem fogo. E tendo em conta que o encerramento de Osnabrück anda nas bocas do mundo, acha-se preferível que a comunidade vá pensando na melhor maneira de o evitar, como, diga-se, já por uma vez o conseguiu. É um erro fechar os vice-consulado na Alemanha. Como é um erro fechá-los sem considerem os prós e os contras; os gastos e as despesas; as vantagens e as desvantagens. Considerando isso, chama-se a atenção para o artigo publicado na página 3 e ainda para o texto de opinião na página 6 desta edição. Também no ensino, a comunidade começa a sentir na pele os cortes que este Governo está, assim como quem não quer a

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Redação e Colaboradores Cristina Krippahl: Bona Francisco Assunção: Berlim Joaquim Peito: Hanôver Luísa Costa Hölzl: Munique


Comunidades

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“Reestruturação diplomática e consular” ou “Encerramento de Embaixadas e Consulados”? Desde há algum um tempo a esta parte que a comunicação social nacional ora avança, ora retira os nomes de Embaixadas e Consulados a encerrar. Se tais oscilações não fossem acompanhadas de requerimentos apresentados na Assembleia da República por parte de alguns deputados, as notícias poderiam morrer à nascença. Será tudo contra-informação? Fumo sem fogo? Assim, entendemos que a denominada “reestruturação” nada reestrutura, por se concentrar única e exclusivamente no fecho de representações diplomáticas e consulares. Concentremo-nos na Alemanha. O PORTUGAL POST fez algumas pesquisas, e, contactou o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário, para melhor nos inteiramos das suas intenções. Demos atenção aos números, a muitos números, e também aos de quantos cidadãos portugueses essas missões servem. Temos assim a Embaixada de Portugal e a respetiva Secção Consular em Berlim que serve cerca de 7 a 8 mil portugueses. Mais a Norte, temos o Consulado em Hamburgo, o qual serve cerca de 12 mil nacionais e o Vice-Consulado em Osnabrück, que serve cerca de 22 a 23 mil utentes. O Consulado em Düsseldorf, serve cerca de 32 mil nacionais, o ViceConsulado em Frankfurt, serve cerca de 24 mil nacionais e o Consulado em Estugarda que deveria servir cerca de 34 mil cidadãos

portugueses. Olhámos com redobrada atenção para estes 5 postos consulares, tendo verificado que o Consulado em Estugarda cobre a maior área geográfica, seguindo-se do ViceConsulado em Osnabrück, enquanto o Consulado em Hamburgo não só serve a menor área geográfica, como também o menor número de cidadãos nacionais. Voltando à denominada reestruturação consular, traduzível no caso presente por encerramentos, parece ser intenção do atual governo “reestruturar” o ViceConsulado em Frankfurt, visto este já ter recebido ordem de Lisboa para rescindir o contrato de arrendamento no fim do corrente ano. Outra curisosidade, foi a de ver novamente o Vice-Consulado em Osnabrück na lista da reestruturação, intenção essa que foi desmentida pelo Vice-Cônsul, bem como pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Quem há muitos anos anda pela Alemanha e conhece a fundo o funcionamento dos postos consulares não entende quais são os critérios aplicados. Se atendermos às áreas geográficas abrangidas pelas representações diplomáticas, verificamos que o Consulado em Estugarda serve a maior área geográfica, seguindo-se o ViceConsulado de Osnabrück, mas há quem diga que o Consulado em Estugarda se revela incapaz de servir dignamente os muitos dos

nossos compatriotas que vivem a largas centenas de quilómetros. Tendo em mente o que tem vindo a público pela comunicação social nacional, e o que foi debatido na Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, concluiu-se o seguinte: os dias do Vice-Consulado em Frankfurt estão contados e a vida do Vice-Consulado de Osnabrück parece insegura. O trabalho que cada posto presta, seja qual for a sua qualidade, é do conhecimento geral da comunidade portuguesa residente na Alemanha. O que talvez não seja do conhecimento geral são os meios de que cada posto dispõe para prestar o serviço de proteção consular mau, suficiente ou bom. Reunindo todos os dados disponíveis: área geográfica que abrangem, número de atos consulares, número de nacionais inscritos no recenseamento eleitoral e quadro de pessoal, verificámos não existir justificação para o encerramento do Vice-Consulado em Frankfurt, e muito menos para o encerramento do Vice-Consulado em Osnabrück. Este último apresenta os melhores resultados laborais. Este posto conta apenas com o ViceCônsul e três funcionárias, tem o maior número de portugueses inscritos nos cadernos de recenseamento eleitoral e é de longe o que representa menos despesa para o Estado Português, além de ser o mais reputado junto da comunidade portuguesa. O leitor interrogar-se-á o que

pode levar o governo a querer encerrar os dois Vice-Consulados, pergunta essa que também a nós se colocou. Talvez pelo único fator que ambos os Vice-Consulados (Frankfurt e Osnabrück) possuem em comum, fator esse que os diferencia dos postos em Estugarda, Düsseldorf e Hamburgo: os seus titulares não são diplomatas de carreira! Se este governo quer fechar postos consulares, uma vez que a situação económico-financeira obriga a alguma contenção na despesa, então porque não utiliza critérios justos e transparentes, como por exemplo os custos, produtividade e área consular? De facto nenhum encerramento foi corroborado pelo atual governo, mas se o posto consular em Frankfurt já rescindiu o contrato de arrendamento para 31 de Dezembro, parece pouco provável, face aos invernos rigorosos da Alemanha, que possa atender os utentes no exterior, facto que já levou a comunidade a agendar uma manifestação para o dia 5 de Novembro. Quanto ao Vice-Consulado de Portugal em Osnabrück o prognóstico ainda não é seguro. O Vice-Cônsul, Manuel da Silva, tem desmentido “categoricamente” todas as notícias que apontam para o encerramento daquela representação consular, quer no Facebook do Vice-Consulado Portugal Osnabrück, quer em entrevista recentemente concedida à RDPi. Falta saber se o mesmo tem

informações privilegiados por parte do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário, ou, se os seus desmentidos se baseiam unicamente nas declarações públicas daquele governante. Se a intenção do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas ou do Ministro dos Negócios Estrangeiros é económico -financeira, então porque motivo não olham para a produtividade dos cinco postos consulares, corrigem o que está mal, põem fim ao desgoverno e responsabilizam os responsáveis? Quem certamente não é responsável são os mais de 130 mil cidadãos nacionais que já hoje percorrem centenas de quilómetros para tratarem da sua documentação. Estes mesmos 130 mil nacionais investem em Portugal, deslocam-se todos os anos a Portugal, gastando muito dinheiro no nosso país. Estes cidadãos nacionais não têm dupla nacionalidade como muitos dos nossos compatriotas que vivem noutros países, maioritariamente fora do espaço europeu: estes cidadãos necessitam de recorrer repetidamente aos seus consulados! O governo tem toda a legitimidade para reestruturar, mas não pode esquecer que apenas está legitimado para gerir o dinheiro público. Este direito obriga o governo a corrigir o que está mal e não a encerrar o que está bem, enquanto mantém intocáveis aqueles que se destacam pela incompetência.

Governo prepara-se para manter ensino “simbólico” no estrangeiro, diz Teresa Soares O Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL) disse que o Governo se prepara para acabar com o ensino de português no estrangeiro, mantendo uma presença „simbólica“ apenas nas grandes cidades. “Ainda não havia a crise que agora é usada como pretexto já tinham começado os enormes cortes neste ensino. Agora continuam. Os professores trabalham em condições impossíveis, não há a mínima qualidade de ensino e essas condições vão tornar-se ainda piores no próximo ano letivo“, disse a secretária-geral do SPCL, Teresa Soares. A dirigente sindical adiantou que a situação está a „piorar gradualmente“, dando como exemplo o corte de 30 cursos na rede de ensino de português no estrangeiro em relação ao ano passado, decidido em junho, a que se seguiu, em setembro, a decisão de não substituir professores que se en-

contrem em licença de maternidade ou que se reformem a meio do ano. „Todos esses alunos ficarão sem aulas. Na área de Estugarda, onde leciono, estão no momento mais de 300 alunos sem aulas e assim vão continuar até fevereiro porque os professores estão com licença de parentalidade“, disse. Acresce a isto, se- Teresa Soares secretária-geral do SPCL gundo Teresa Soares, o facto de o Instituto Camões, que tutela desde provas, a de conhecimentos na 2010 o ensino de português no embaixada do respetivo país e a estrangeiro, ter cancelado um conavaliação psicológica em Lisboa, curso para colocar professores no para verem os resultados do conensino básico e secundário e nos curso cancelados por falta de verleitorados no estrangeiro. bas. A sindicalista lembra que os „Obviamente que os alunos candidatos tiveram que pagar que essas pessoas iam lecionar fitodas as deslocações para fazer as caram sem aulas“, disse Teresa

Soares, adiantando não conseguir avançar com uma estimativa de quantos alunos foram afetados por esta decisão. Ainda assim, avançou que no total terão sido eliminados 100 cursos de português. Por tudo isto, Teresa Soares acredita que o Governo se prepara para acabar com o atual modelo de ensino de português no estrangeiro. „Tudo leva a crer que estamos a aproximar-nos a passos largos do fim do ensino do português no estrangeiro com professores qualificados e aulas presenciais regulares“, acrescentou a dirigente sindical. Teresa Soares sublinha a distância entre „a propaganda política“ sobre a aposta na valorização

estratégica da língua portuguesa e a prática. „Aqui só vejo uma estratégia, que é a de manter um ensino que não será mais do que simbólico e que será, se continuarmos neste caminho, apenas concentrado nas grandes cidades onde há grandes concentrações de portugueses. Depois os cursos para os portugueses que se encontram dispersos e que até são em maioria irão todos acabar. O resultado é que o ensino praticamente desaparece e ficamos com um ensino simbólico“, sublinhou. Para a secretária-geral do SPCL, afeto à Federação Nacional de Educação (FNE), o corte de cursos de português junta-se ao „encerramento projetado“ de vários consulados. „Portugal é um país europeu, mas vamos ficar sem representação na Europa porque não temos ensino da língua e cultura nem representação diplomática“, disse.


PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 4 Nacional & Comunidades PCP considera que comunidades portuguesas são alvo de “ofensiva contra os direitos constitucionais”

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FLASH

O Organismo de Coordenação da Emigração na Europa (OCEE) do PCP considerou que as comunidades portuguesas têm sido “objecto de uma ofensiva contra os seus direitos constitucionais” pelos últimos governos, em nome da crise. Em comunicado divulgado, o organismo do PCP, que esteve reunido em Paris para fazer uma avaliação da situação da emigração, acusou ainda que o programa do actual Governo “não aponta uma única medida para fazer inverter” os problemas que os emigrantes enfrentam devido à crise económica e financeira. “Os sucessivos governos da política de direita em Portugal fazem recair também sobre os portugueses emigrados os custos do desastre económico e financeiro em que as suas políticas mergulharam o país”, acentuou, considerando que “o programa do actual governo do PSD/CDS não aponta uma única medida concreta para

fazer inverter esta situação”. A estrutura comunista afirmou que nos últimos anos mais de duas dezenas de consulados “foram encerrados ou desprovidos” e que, no mesmo período, “o orçamento para o Ensino do Português no Estrangeiro caiu de 43 para 33 milhões de euros”. Os comunistas consideraram que se “sucedem os sinais de que as comunidades portuguesas vão continuar a ser penalizadas com mais cortes orçamentais e alvo de mais uma ofensiva contra os consulados e o ensino do Português no estrangeiro, em nome do combate ao défice das contas públicas”. Nesse sentido, denunciaram que, na Alemanha, o ano lectivo para as comunidades portuguesas se iniciou com “numerosos cursos sem funcionamento”, estando sem aulas 330 crianças, responsabilizando o Instituto Camões (IC), que “por falta de verbas”, não substitui professores que, por qual-

quer motivo, deixem de exercer a actividade, temporária ou definitivamente. “Na Bélgica, apesar da manu-

O PCP denuncia que, na Alemanha, o ano lectivo para as comunidades portuguesas se iniciou com “numerosos cursos sem funcionamento”, estando sem aulas 330 crianças tenção do número de alunos inscritos, a maioria dos professores estão com horários incompletos e a outros não foram atribuídos horários”, especificaram, acrescentando que a criação de cursos é recusada pelo IC e que foram cortados este ano 30 horários, deixando “dezenas de professores

sem colocação”. A organização do PCP manifestou também preocupação em relação aos postos consulares, realçando que o Governo “prepara uma nova ofensiva de encerramentos, como é o caso do viceconsulado de Frankfurt”. O OCEE considerou “necessário rever a actual lei do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), por forma a permitir a este organismo “o exercício das suas competências, com autonomia financeira e de funcionamento e que permita igualmente a sua actuação à escala de cada país, repondo os Conselhos Locais”. Apontou também que “o fraco nível de participação dos portugueses residentes no estrangeiro nos últimos atos eleitorais, demonstra a necessidade de rever a Lei do Recenseamento, repondo a figura do apresentante, de modo a facilitar a inscrição eleitoral de quem o desejar, mesmo que resida longe do respectivo consulado”.

Aristides de Sousa Mendes

Exposição Aristides de Sousa Mendes foi um diplomata português. Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial, Sousa Mendes desafiou ordens expressas do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Antônio de Oliveira Salazar, (cargo ocupado em acumulação com a chefia do Governo) e concedeu 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940. Aristides Sousa Mendes salvou dezenas de milhares de pessoas do Holocausto. Chamado de "o Schindler português", também teve a sua lista e salvou a vida de milhares de pessoas, das quais cerca de 10 mil judeus. Aé 16 de Novembro 2011

Aeroporto de Beja

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Voos “charter” para os mercados alemão em 2012 › Novembro já conta com oito voos para Estugarda O aeroporto de Beja poderá receber no próximo ano operações de voos „charter“ destinadas a transportar turistas da Alemanha e da Holanda para o Alentejo, revelou fonte da ANA - Aeroportos de Portugal. O trabalho de captação de novas operações de voos „charter“ para o aeroporto de Beja a partir de mercados previamente identificados pela ANA e pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) „continua a ser realizado, com uma focalização nos mercados alemão e holandês“, disse o porta-voz da ANA, Rui Oliveira. Segundo o responsável, a focalização nos mercados alemão e holandês está a ser desenvolvida „com vista à materialização de operações“ de voos „charter“ para o aeroporto de Beja no verão da Associação Internacional de Transporte Aéreo, que vai de Março a Outubro. No entanto, frisou, apesar das „diligências no mercado holandês“ com vista à realização de operações „charter“ a partir deste mercado, „o principal foco dos parceiros“ para o verão da Associação Internacional de Transporte Aéreo será „o mercado alemão“. Em Março deste ano, o presidente da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, já tinha dito à Lusa que a ANA e a ARPTA estavam a trabalhar os mercados alemão e holandês, para serem feitas

„a partir de 2012 ou 2013“ operações de voos „charter“ para o aeroporto de Beja e destinadas a turistas da Holanda e da Alemanha. Na altura, segundo Ceia da Silva, tratava-se de „contactos exploratórios para que venham a ser feitos para os mercados holandês e alemão contratos idênticos“ ao feito para o mercado britânico com o operador turístico Sunvil, o promotor da primeira operação comercial de voos „charter“ no aeroporto de Beja. A operação, que liga semanalmente o aeroporto de Heathrow, o principal de Londres, e o de Beja, começou a 22 de maio e termina domingo, após 22 operações, num total de 44 voos „charter“.

Cada operação tem vindo a realizar-se ao domingo e incluído dois voos, um Heathrow-Beja e outro Beja-Heathrow, num avião Embraer da companhia aérea British Midland International (BMI) com 49 lugares. Segundo Rui Oliveira, „em termos estatísticos“, até ao passado dia 9 de Outubro, quando se realizou a penúltima operação da ligação entre Londres e Beja, que „correspondeu às expetativas“, mas foi „bastante complicado“ convencer operadores turísticos a comprar lugares, desembarcam no aeroporto de Beja 421 passageiros e embarcaram 377, num total de 798. Além do voo inaugural e dos

voos „charter“ da operação da Sunvil, o aeroporto de Beja, que, desde que começou a operar, a 13 de Abril deste ano, já teve 973 passageiros, recebeu na segunda-feira o primeiro voo privado do operador líder mundial na aviação executiva, a norte-americana Netjets, com o qual a ANA está a trabalhar para captar mais operações do género para a infraestrutura alentejana. Também o Grupo Vila Vita vai realizar oito voos entre o aeroporto alemão de Estugarda e o de Beja, que vão decorrer durante este mês e Novembro, para transportar clientes do grupo para a sua unidade hoteleira no concelho de Beja, a Herdade dos Grous.

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Notícias

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O secretário de Estado das Comunidades admitiu que possam ser encerrados alguns consulados na reforma que o Governo está a preparar na rede consular, embora diga não saber ainda precisar as alterações que vão ocorrer. “Pode haver postos que vão ter que encerrar”, afirmou José Cesário, à saída de uma audição na Comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades. Perante os deputados, o governante disse que está a “analisar a rede consular”, que “pode haver alterações”, falou em “mexidas”, mas evitou admitir o encerramento de delegações diplomáticas portuguesas no estrangeiro, como veio a fazer depois à saída, embora sem avançar pormenores. Entretanto, e tal como noticiou o PORTUGAL POST na anterior edição, decido está o encerramento do Vice-Consulado em Frankfurt.

Acerca dos contratos dos 40 professores de Português que ensinavam junto das comunidades portuguesas e que não viram os seus contratos renovados, José Cesário disse que se deve à falta de verbas. “Não temos meios para cumprir esses contratos”, disse à saída. No início da sua intervenção, o secretário de Estado do Ministério liderado por Paulo Porta disse que atual crise está a “arrastar para fora de Portugal milhares e milhares” de pessoas, que optam por emigrar. Entre as comunidades portuguesas no estrangeiro, cujo total estima em cinco milhões de pessoas, José Cesário disse haver situações diferenciadas, com “bolsas de pobreza que não existiam” e “situações extremas de desemprego”, de um lado, e “comunidades em situação de sucesso extremo”, do outro.

Governo vai criar gabinetes de apoio às comunidades portuguesas O Governo tenciona criar gabinetes de apoio nas instituições associativas das comunidades portuguesas, de acordo com a versão preliminar da proposta das Grandes Opções do Plano (GOP) 2012-2015. Definindo as comunidades portuguesas como “uma prioridade absoluta no contexto da política externa”, o Governo atribui aos gabinetes que serão criados o desenvolvimento das „vertentes da acção consular, do apoio social e da acção cultural“. Por outro lado, define a mobilização dos jovens luso-descendentes como “uma das primeiras preocupações” e promete dar sequência a programas que permitam a sua relação com a cultura e a língua portuguesa e também “com a realidade do Portugal contemporâneo. Relativamente às comunidades portuguesas, o Governo propõe-se também dar prioridade ao alargamento da participação eleitoral dos portugueses residentes no estrangeiro e, em simultâneo,

incentivar o recenseamento eleitoral. “O Conselho das Comunidades Portuguesas e o movimento associativo da Diáspora serão considerados parceiros privilegiados, sendo chamados a pronunciar-se ou a acompanhar o desenvolvimento das principais medidas”, lêse no documento, em que também se refere a aposta em “mecanismos de captação de poupanças e investimentos dos portugueses residentes no estrangeiro”. No âmbito das comunidades, é ainda prioritária a reforma do ensino do português no estrangeiro, com aposta num modelo que permita alargar a rede aos países fora de Europa e desenvolver uma nova plataforma de ensino à distância. O objectivo desta plataforma é „apoiar a ação dos professores, a certificação das aprendizagens obtidas, a articulação estratégica com instituições formadoras existentes em cada país ou cidade de acolhimento e a contratação local de professores“.

Orçamento do Estado implica “redução de meios” em 2012, diz José Cesário O secretário das Comunidades Portuguesas, José Cesário, admitiu à Agência Lusa em Paris que o Orçamento de Estado (OE) para 2012 implicará „uma redução de meios“ na sua tutela. „Haverá redução de meios, com certeza, mais numas áreas que noutras, mas haverá redução“, declarou José Cesário. „Ainda não temos valores, temos uma ideia mas haverá eventualmente acertos que virão a ser feitos. Mas admito que teremos de fazer opções“, acrescentou o secre-

tário de Estado. „Vamos procurar corrigir todo o tipo de desperdícios e depois somos obrigados a fazer opções. Essas opções serão aquilo que nos permitem aproximar-nos das nossas comunidades e fazer com que as comunidades se sintam mais bem servidas“, explicou José Cesário. „Quando digo que vamos fazer opções, isso significa que há actividades em que provavelmente não vamos reduzir meios e que há outras que acabarão“, frisou também o secretário de Estado.

Equipamentos portáteis de recolha de dados para emissão de cartões de cidadão, passaportes e vistos vão funcionar ainda este ano ou no início de 2012 na rede consular portuguesa, anunciou o secretário de Estado das Comunidades. A mobilidade dos equipamentos vai possibilitar que funcionários consulares se desloquem às comunidades de emigrantes mais distantes, evitando que as pessoas tenham que percorrer grandes distâncias para tratar da documentação. José Cesário disse que estão ser estabelecidos protocolos com associações de emigrantes e outras instituições para que o tra-

balho de recolha dos dados biométricos para emissão da documentação, agora centralizada em Lisboa, possa ser feita nesses locais. “É uma medida prevista no orçamento do Estado do próximo ano”, assegurou o governante, acrescentando que já estão a ser realizados testes com os equipamentos.“Será uma autêntica revolução no atendimento consular”, acrescentou José Cesário. Os equipamentos portáteis permitem recolher as impressões digitais de todos os dedos das mãos dos portadores, mas por enquanto vão continuar a ser recolhidas apenas as dos dedos indicadores.

Segundo Deputado do PSD Carlos Gonçal-

Diplomacia económica tem que contar com empresários das comunidades O deputado social-democrata pela Europa, Carlos Gonçalves, defendeu que a estratégia para a diplomacia económica não pode excluir os empresários das comunidades, apontando o exemplo da França onde existem 45 mil empresas de portugueses. „Não me parece poder, no interesse de Portugal, haver uma estratégia da diplomacia económica sem contar com os empresários das comunidades portuguesas e com as organizações que existem nessas comunidades na área empresarial“, disse Carlos Gonçalves. O deputado, que na última quinzena tem mantido contactos com empresários portugueses nas regiões francesas de Paris, Lyon, Orleans e Tours e com a Câmara de Comércio Franco-Portuguesa, sublinhou que „as comunidades estão organizadas (empresarialmente)“, sendo „essencial contar com elas“. „Só em França há 45 mil empresas de portugueses, em diversas áreas, médios e grandes empresários, e, por isso, é fundamental que nessa estratégia seja incluída esta área. Sei muito bem que comunidades portuguesas e diplomacia nem sempre se compatibilizaram, muitas vezes por preconceitos, preconceitos esses que têm que ser ultrapassados“, disse. Carlos Gonçalves explicou que os contactos com empresários têm como propósito chamar à atenção para a importância das comunidades portuguesas numa altura em

Carlos Gonçalves que foram conhecidas as várias propostas do grupo de trabalho para a internacionalização da economia portuguesa. Nos cenários apresentados, Carlos Gonçalves afirmou não vislumbrar qualquer indicação de que as comunidades portuguesas serão incluídas neste processo, mas garante que esse é um dos propósitos do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. „No documento não fica expresso isso totalmente, por isso fiz também este tipo de contactos para assinalar essa necessidade. Quero acreditar que aqueles que analisam a economia portuguesa integram no todo as comunidades portuguesas, mas são necessários sinais. Este foi só um grupo de trabalho, acredito que estes sinais serão dados e quero acreditar que a estratégia final terá de contar com a área das comunidades portuguesas“, considerou.

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Secretário de Estado das Comunidades admite Equipamentos portáteis vão facilitar emissão encerramento de postos consulares de documentos aos emigrantes

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Informação Consular Divórcio

A partir de 01/03/2001, conforme resulta do disposto no Regulamento (CE) n.º 1347/2000, de 29 de Maio, as decisões proferidas num Estado-Membro relativas à competência em matéria matrimonial e de regulação do poder paternal em relação aos filhos comuns do casal, são reconhecidas nos outros Estados-Membros sem necessidade de recurso a qualquer procedimento. Deixou, portanto, de ser necessário recorrer ao Tribunal de Relação em Portugal para revisão de sentença estrangeira quando existe uma sentença de divórcio pronunciada na Alemanha depois de 01/03/2001. O Regulamento (CE) n.º 2201/2003 do Conselho, de 27 de Novembro de 2003, relativo à competência, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria matrimonial e em matéria de responsabilidade parental substitui e, por conseguinte, revoga o Regulamento (CE) n.º 1347/2000, com efeitos à data da sua aplicação, seguidamente indicada. Entrou em vigor em 01/08/2004 e é directamente aplicável a partir de 1 de Março de 2005 nos EstadosMembros, em conformidade com o Tratado que institui a Comunidade Europeia. Assim, todos os nacionais cujo casamento foi dissolvido por decisão de um Tribunal local, podem regularizar a sua situação, dirigindo-se ao consulado da sua área. Fonte: Vice-Consulado em Osnabrück PUB


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Opinião António Justo*

Vice-Consulado de Frankfurt vítima de interesses duma classe

U

m consulado faz o mesmo trabalho que um vice-consulado. O chefe dum consulado é um diplomata de carreira, mais para representar do que para trabalhar. E isto com a agravante que, no consulado ele ainda sobrecarrega os outros funcionários com trabalho seu e ocupa um escritório. Um Vice-cônsul faz o trabalho dos dois mas mais modicamente e mais próximo do povo. As despesas com um Cônsul português na Alemanha chegariam para manter um vice-consulado. Pelo que consta, um cônsul além do seu ordenado tem direito a um subsídio mensal de renda de casa entre 3.000 e 4.000 euros, e um subsídio de representação de 7.000 euros mensais. Um consulado tem o seu cônsul, um vicecônsul e outros empregados. Se o Governo nomeasse, em vez dum

cônsul de carreira, apenas um vice-cônsul residente no país do Posto consular, poderia empregar o subsídio de residência que gastaria com o cônsul no aluguer das instalações para um vice-consulado e os sete mil euros de representação poderiam ser aplicados produtivamente. A redução de dois consulados para vice-consulados, na Alemanha, disponibilizaria dinheiros suficientes para se manter os vice-consulados de Frankfurt e de Osnabrück . Um cônsul custa ao erário público pelo menos 15 mil euros por mês. Diplomatas de Carreira defendem as suas Mordomias O Governo encontra grande oposição ao seu plano de reestruturação e poupança nas embaixadas e consulados de carreira. Aí poderia o Estado poupar fortunas mas não parece ter poder contra a classe dos diplomatas. Estes querem manter a maior parte de pos-

tos de carreira preferindo acabar com os vice-consulados, porque nestes não são precisos diplomatas de carreira. Será que Paulo Portas não tem poder para emagrecer este gordo couto, ou será que o poder corrompe? Uma nação economicamente ajoelhada torna-se ridícula nas regalias que dá às suas mordomias de representação sem obter nada em contrapartida. Naturalmente que as embaixadas se prestam param se tornarem reservados de ilustres dos partidos. De facto, o encerramento dum vice-consulado encontra o apoio do corpo diplomático porque o vice-consulado faz o mesmo trabalho dum consulado não precisando, para o efeito, pessoal diplomático. Este opõe-se, por isso, à passagem de Consulados a vice-consulados. Sabe-se porém que, duma maneira geral, Viceconsulados servem melhor o pú-

blico do que os consulados. O MNE ao seguir à pressão dos diplomatas não toma a sério as medidas de poupança. O Estado deveria fazer contas. A falta de assistência aos portugueses desmotiva o envio de receitas para Portugal, fomenta a naturalização alemã bem como a ida de pessoas idosas para Portugal. Tudo problemas complicados. É preciso emagrecer a máquina e aproveitar a reforma para salvar as instituições que funcionam bem. A crise é uma grande oportunidade para finalmente se tomar a sério o Estado e o povo. Se se poupam na reforma os senhores do olimpo, a credibilidade de Portugal, para resolver a crise, torna-se nula. Senhor ministro Paulo Portas, aproveite a oportunidade para ficar na história como um estadista valente. Heróis só são possíveis em tempos de crise, há que não deixar passar a oportunidade.

É preciso arrumar com as teias de aranha que ainda restam no corpo diplomático. Diplomacia é boa se não for construída à custa de privilégios que afastam do povo e obstruam o melhor servir! Como constatamos a vida é luta e muitos dos que lutam alcançam um lugar ao sol na sociedade. Os diplomatas defendem afincadamente os seus privilégios porque sabem disso. E o povo, ingenuamente, queixa-se em vez de se levantar e protestar com eficácia. Democracia corre o risco de se tornar num álibi para justificar o domínio dos que sempre dominaram e viveram demasiado bem à custa dos Estados e dos Povos!

*Conselheiro Consultivo do Vice-Consulado de Frankfurt

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Entrevista

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Comissão de Pais de Fellbach apela

“Não cortem o direito aos nossos filhos de aprenderem português! A Comissão de Pais de Fellbach enviou um comunicado ao PORTUGAL POST no qual se insurge contra o corte de um dia de aulas de ensino da língua e cultura portuguesas, ficando cerca de trinta crianças apenas com um dia de aulaspor sem naquela região. “Venho em nome de todos os encarregados de educação do Curso de Fellbach (Baden Württemberg) apresentar o nosso descontentamento em nos terem cortado tempos lectivos de aulas de português aos nossos filhos, pois tal não se justifica”, diz José

Loureiro, presidente da Comissão de Pais de Fellbach, que diz ainda não ver razões “para este procedimento visto que o número de alunos manteve-se igual ou terá mesmo aumentado relativamente ao ano anterior”. Confrontada pelo nosso jornal com esta situação, a adjunta dos serviços de ensino da embaixada remeteu-nos para António Moniz, Ministro Conselheiro da embaixada que, em resposta a um email nos disse que “o corte de um dia de aulas do curso de LCP em Fellbach está relacionado com os

actuais constrangimentos orçamentais que levaram o Instituto Camões a redifinir os critérios para a elaboração das redes escolares EPE (em todos os países e não apenas na Alemanha)”. Explicado o corte por razões de austeridade, a Comissão de Pais de Fellbach pergunta “se é vantajoso cortarem no ensino de português”, impedindo as crianças e os jovens a aprender português. “Se, no futuro, as crianças regressarem ao seu país de origem, como será a sua integração?”, pergunta a Comissão de Pais

“Será justo que a minha filha não possa ter orgulho em ser portuguesa e em saber falar bem a língua de que tanto me orgulho?”, pergunta José Loureiro. Por último, a Comissão Pais de Fellbach apela “aos responsáveis pelo ensino do português no Estrangeiro, para que tomem medidas urgentes em salvaguardar a língua que utilizava o nosso Poeta Camões e deixem que a crise não afecte o ensino. Ou que pelo menos não nos ignorem e nos expliquem o porquê de estarmos a ser postos de parte”.

Alemão faz paragem em Trás-os-Montes numa volta ao mundo em bicicleta solidária

O Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Gütersloh” organizou o seu 6º Festival › Discurso do Vice-Cônsul de Portugal em Osnabrück mereceu fortes aplausos No passado dia 1 de Outubro decorreu o 6º Festival de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Gütersloh”, que contou com a presença dos Ranchos Folclóricos “ArcoÍris” (Osnabrück), “Âncora do Mar” (Rheine), “Coração do Minho” (Hagen), “St. António” (Dortmund) e um Rancho Folclórico vindo do Luxemburgo. O Festival teve lugar em Verl, uma pequena cidade vizinha, onde o FC Porto defrontou o SC Verl em jogo de preparação no último verão. Assistimos a um dia maravilhoso, repleto de portugalidade, onde predominaram a amizade e a convívio. Até a temperatura exterior ajudou, pois viveu-se um “1 de Outubro” nunca visto, de céu azul e com temperaturas que mais faziam lembrar o nosso lindo Portugal. Ao som dos acordeões, os ranchos folclóricos apresentaram o seu reportório, sempre muito bem anunciado pelo Sr. Machado, apresentador convidado para o efeito, que apresentou todo este festival de uma forma muito profissional. A presença do Vice-Cônsul Manuel Correia da Silva foi visivelmente apreciada por todos os presentes, mesmo pelos elementos dos ranchos folclóricos oriundos de outras áreas consulares. É notável que este representante do Estado Português é muito apreciado pela Comunidade Portuguesa, apreciação essa que não se limita à sua área consular. No final da atuação de todos os ranchos folclóricos a Presidente do Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Gütersloh” convidou o Vice-Cônsul a dirigir umas palavras às centenas de pessoas que se encontravam no pavilhão. No seu discurso, livre e muito sentido, Manuel Correia da Silva

Manuel Silva enquanto discursava. à dir., Luis de Freitas do Montepio Geral lembrou os presentes do que para ele representavam as Comunidades Portuguesas, o associativismo e os ranchos folclóricos. Referiuse ao “projeto de gerações”, pois entendia que todas estas agremiações que sobreviveram várias gerações só faziam sentido se fossem entendidas como um verdadeiro projeto de gerações, nunca terminando, mas evoluindo com os novos tempos e gostos, sem nunca se esquecerem das raízes. Mais lembrou o esforço financeiro que o Estado Português tem feito para assegurar o ensino da Língua e Cultura Portuguesa, alertando os presentes para o facto de que o ensino da língua portuguesa começa em casa e é da competência dos pais, cabendo aos professores o aperfeiçoamento da proficiência linguística. O ViceCônsul afirmou convictamente que “os bons conhecimentos da língua portuguesa são, cada vez mais, uma mais-valia no mercado de trabalho”.

Ao terminar o seu discurso o Vice-Cônsul, de uma forma muito sentida, agradeceu à Comunidade Portuguesa a amizade e a excelente colaboração com as quais sempre contou, tendo frisado que “sempre lutou e sempre lutará para defender os interesses das Portuguesas e dos Portugueses”, pois são estes que representam Portugal. De seguida apelou a todos os Portugueses a não se resignarem, mas sim a acreditar em Portugal e a ajudarem Portugal a enfrentar os atuais problemas económico-financeiros. “Não duvido que juntos vamos conseguir vencer, desde que para isso todos colaborem.” De um modo muito subtil agradeceu aos dois patrocinadores do evento: Jorge Fiqueiredo, proprietário da empresa Esporal, e Luís Freitas, como Responsável do Banco Montepio na Alemanha, com sede em Frankfurt. Enalteceu a presença de ambos, dizendo “a estes patrocinadores se deve este

evento, pois a existência destes Ranchos Folclóricos depende de patrocinadores e do sacrifício pessoal e financeiro dos seus elementos. Quero agradecer-vos o vosso apoio e a vossa presença.” Ouviram-se fortes aplausos de todos os presentes e quando o Vice-Cônsul desceu o palco foi rodeado por um grupo de jovens portuguesas do “R.F. Coração do Minho” de Hagen, área consular de Düsseldorf, as quais solicitaram serem fotografadas com ele. Depois de terminado o discurso foi a vez da Banda “Beto & Vitor & Sara” de Frankfurt abrilhantar a noite, destacando-se a música do Kuduro que fez todos os presentes dançarem ao seu ritmo. Para quem pôde estar presente neste Festival, foi notório que o bom trabalho prestado pelo ViceConsulado em Osnabrück não passa despercebido e há muito é comentado e apreciado também por nacionais que residem noutras áreas consulares.

O alemão Wolfgang Lenzen faz uma paragem em Vila Real, na viagem de bicicleta que está a realizar à volta do mundo para angariar dinheiro para a luta contra a sida e crianças carenciadas do Uganda e Equador. Wolfgang Lenzen, professor de filosofia aposentado, de 65 anos, partiu no dia 01 de outubro da sua cidade natal, Osnabrück, na Alemanha. O seu desafio é cobrir uma distância equivalente à circunferência total da Terra no Equador (40,075 quilómetros) dentro do período de 12 meses, pelo que esta rota o irá levar aos cinco continentes. Ao mesmo tempo, Wolfgang Lenzen tem um objetivo solidário. Como embaixador do Rotary Club Osnabrueck-Mitte, o alemão quer angariar dinheiro para „Für Afrika Aidshilfe“, um projeto de luta contra a sida em Soroti, Uganda, e para „Feria Libre - El Arenal“, um projeto educativo para crianças carentes, em Cuenca, Equador. A ideia é alcançar a equação: 40.075 quilómetros = 40.075 euros. Wolfgang Lenzen pretende conquistar amigos e patrocinadores que possam doar um euro por quilómetro. A primeira parte da viagem de 4.000 quilómetros ao longo do Sul da Europa, está a conduzir o professor pela Alemanha, França, Espanha e Portugal. Nesse âmbito, chega a Vila Real na terça-feira, onde vai ser recebido na Câmara Municipal. Esta passagem pela cidade transmontana decorre no âmbito da geminação entre o município de Vila Real e o município de Osnabrück. Com esta receção, a autarquia quer, segundo um comunicado enviado à imprensa, dar visibilidade a esta iniciativa de carácter solidário do professor alemão.


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Comunidade

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Encerramento do Vice-Consulado em Frankfurt

Comunidade manifesta-se no dia 5 de Novembro A comunidade portuguesa pertencente à área de Jurisdição do ViceConsulado em Frankfurt está a organizar uma manifestação contra o encerramento daquele posto consular noticiado pelo PORTUGAL POST na anterior edição. A notícia da manifestação foi avançada pelos membros do Conselho Consultivo (CC) junto daquele posto consular que dizem estar a organizar a manifestação para o próximo dia 5 de Novembro, com percurso entre Alte Oper e Consulado. “Os trâmites legais estão regulados com o Ordnungsamt de Frankfurt, já se encontrando devidamente autorizada essa manifestação, com início às 13h00 e termo às 16h00”, disse-nos António Justo, o membro do CC. A comunidade local também está a promover um abaixo assinado contra o encerramento do Vice-Consulado porque, dizemnos “a comunidade não está disposta assistir impávida e serena ao fecho do “seu” posto consular”. A notícia do encerramento do posto, que apanhou de surpresa toda a comunidade, também não deixou indiferente Os Conselheiros da Alemanha do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).

Num comunicado enviado à nossa redacção, o CCP insurge-se contra o encerramento do ViceConsulado. “Convém relembrar que a área consular de Frankfurt abrange cerca de 30 mil portugueses (com tendência a aumentar!); é o principal centro financeiro da Europa; placa giratória dos transportes aéreos mundiais e da economia europeia; cidade alemã com o maior número de representações diplomáticas depois da capital, Berlim.”, acentua o comunicado, acrescentando ainda que “há anos que as comunidades portuguesas estão a ser alvo de uma ofensiva contra a rede consular e o ensino do português, os dois vectores fundamentais da sua ligação a Portugal. Os Conselheiros da Alemanha apelam ao Governo para que acabe de uma vez por todas com os constantes ataques contra os direitos das comunidades, nomeadamente contra o direito constitucional à “protecção dos cidadãos portugueses que se encontrem ou residam no estrangeiro” Também as secções do Partido Socialista de Münster e de Estugarda se solidarizam com a comunidade afectada pelo fecho do

Edifício do Vice-Consulado em Frankfurt

Vice-Consulado em Frankfurt. Alfredo Cardoso, coordenador da secção de Münster, disse, numa nota enviada ao PORTUGAL POST, “que o PS protesta contra o encerramento do Vice-Consulado” e, também, “manifesta solidariedade para com os trabalhadores

daquele posto consular”. Alfredo Cardoso diz ainda que apoia a manifestação da comunidade marcada para o dia 5 deste mês e apela à participação de todos. Contactado pelo PORTUGAL POST, o Secretario de Estado das

3 perguntas a...

NOTA

José Eduardo, membro do Conselho das Comunidades Portugueas Acha que a comunidade vai assistir impotente ao encerramento do ViceConsulado? Estou seguro de que a Comunidade vai lutar pela defesa do Vice-Consulado de Frankfurt. Já quando se deu a despromoção havia na comunidade aqueles que defendiam que se devia ir para a rua protestar. No entanto, e porque fomos informados de que, para os utentes, não havia qualquer diferença entre Consulado Geral e Vice - Consulado, decidimos não reagir. Ora, como sabíamos que este era apenas uma figura de decoração (nunca tínhamos visto um Cônsul-Geral mexer uma palha), achámos que sem tal figura o nosso consulado continuaria a trabalhar bem como o tinha feito até então. Depois tivemos a confirmação. Decidiram fechar Frankfurt, não para poupar o erário público, mas sim para defenderem uma elite e porque é mais fácil. Podem fazê-lo sem beliscar o corpo diplomático que, a meu ver sempre, desconsiderou as comunidades portuguesas. Ora conhecendo como conhecemos Paulo Portas, sabemos que ele se vai decidir pela defesa das suas elites, ignorando

as comunidades, bem como os funcionários que há dezenas de anos servem de forma soberana essas mesmas comunidades. Portanto e voltando à sua pergunta estou seguro de que a manifestação marcada para 5 de Novembro vai ter uma enorme adesão, vai deixar bem patente a indignação da comunidade, contra a intenção do Governo de encerrar o Vice-consulado. O Conselho das Comunidades foi ouvido nesta decisão do Governo? O Conselho das Comunidades não foi ouvido por ninguém. Logo que tomei conhecimento da intenção do Governo, escrevi ao Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas a pedir-lhe uma audiência. Fi-lo na minha qualidade de Conselheiro eleito por esta área consular. Para além disso, fiz também referencia ao facto de ser um dos decanos da comunidade portuguesa, de ser activo e pioneiro nos conselhos de estrangeiros e um dos poucos autarcas portugueses neste País. Expliquei ao senhor Secretário de Estado os motivos porque considerava errada esta intenção e mostrei-me disponível para os poder apresentar de viva voz. Por razões

Comunidades, José Cesário, disse que „neste momento não confirmo qualquer encerramento específico. Poderá haver casos em que tal se verifique fruto da delicadíssima situação financeira que estamos a atravessar mas as decisões não estão tomadas”.

que desconheço, e contrariando o que dizia enquanto oposição, o senhor José Cesário não respondeu à minha solicitação. Ora eu achava muito importante poder informálo pessoalmente dos meus conhecimentos sobre este assunto, até porque estou certo de que esta intenção de encerrar Frankfurt se está a basear em informações falsas, fornecidas por alguém que, como já deixei dito, “está-se nas tintas”, quer para o erário nacional, quer para a comunidade portuguesa, Repito o que está em causa nesta intenção é a defesa de diplomatas, isto é cônsules que, como sabemos, salvo raras excepções, não fazem qualquer falta. Para além de um comunicado, que iniciativas é que os Conselheiros do CCP têm em vista para protestar contra o encerramento do posto consular? Como sabe o novo estatuto do CCP acabou com os conselhos regionais. Nós, os conselheiros de cada País estamos enquadrados numa comissão permanente. Ora como queríamos que a Alemanha estivesse representada num máximo de comissões, decidimos entre nós em que comissão é que

íamos trabalhar. Portanto somos conselheiros da comissão X, Y ou Z e é nestas comissões que desenvolvemos as nossas actividades. Para um trabalho de colaboração entre nós não há verbas. Além disso, também não há qualquer verba para um trabalho junto das comunidades. Por isso e de uma forma sistemática temos cada um de nós tentado fazer algo pela defesa do Vice-Consulado de Frankfurt. De imediato tentámos falar com a Embaixada. Tentámos falar com o Secretário de Estado das Comunidades. Tentámos saber do Presidente do Conselho Permanente se este tinha sido ouvido. Entrámos em contacto com os grupos parlamentares da AR. Em conjunto, elaborámos e assinámos um protesto que remetemos para o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Resumindo todos nós estamos empenhados na luta pela defesa de Frankfurt. No entanto, como CCP Alemanha não somos reconhecidos, nada podemos fazer a não ser empenhar-nos e apoiarmos a luta da comunidade. É isso que estamos a fazer, apelando à comunidade que não tenha medo de demonstrar a sua indignação através de uma participação massiva na manifestação bem como na recolha de assinaturas.

DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTUGAL POST AOS NOSSOS LEITORES ASSINANTES A partir de Janeiro de 2012, o preço de assinatura anual do PORTUGAL POST vai sofrer um ligeiro aumento. Em vez dos actuais € 20,45, os leitores passarão a pagar € 22,45 pelo preço de assinatura. Neste preço está já incluída a taxa do IVA (MWSt 7%). Recordamos que desde a sua fundação (em 1993) o jornal nunca aumentou o preço de assinatura, isto apesar de ao longo destes anos todos se ter registado significativos aumentos de produção e de envio, sendo o último dos quais o aumento que o DEUTSCHE POST nos impôs.. Ao fim e ao cabo, os leitores assinantes pagam apenas os custos de envio do jornal para sua casa. Pedimos, pois, a compreensão dos nossos leitores assinantes por este primeiro aumento que fazemos nestes quase 19 anos de existência. Portugal Post Verlag A administração


Comunidade

PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 2011

Comunidade em Düsseldorf cria Comissão Organizadora do festejos do 10 de Junho em 2012

Fala o Leitor Pais escrevem à embaixada e esperam e desesperam por uma resposta A carta que aqui reproduzimos foi-nos enviada pela Comissão de Pais de Markgröningen com pedido de publicação após ter sido enviada para os Serviços de Coordenação de ensino na Embaixada de Portugal em Berlim a 28 de Setembro que, conforme nos adiantou a Comissão de Pais, ainda não respondeu às preocupações dos encarregados de educação. Comissão de Pais de Markgröningen A/C: Serviços de Coordenação de Ensino Embaixada de Portugal - Berlim Zimmerstrasse 56 10117 Berlim Assuntos: Redução do horário de 2 para apenas 1 dia Substituição da professora em licença de maternidade

Na ultima década, as comemorações do 10 de Junho, (Dia de Portugal) na área consular de Düsseldorf caíram no esquecimento, isto salvo uma ou outra Associação que, no caso da data ser a um fim-de-semana, tenha tentado comemorar esse dia com um bailarico ou algo do género. Tendo isto como pano de fundo, a Cônsul-Geral em Dusseldorf, Maria Durão, convocou uma reunião que se realizou no passado dia 16 de Outubro nas instalações do Consulado para se falar sobre a possibilidade de se organizar os festejos do 10 de Junho de 2012 em Düsseldorf. Para esta reunião foram convidadas as 51 associações e ranchos folclóricos inscritos no consulado, assim como alguns empresários da região Compareceram nesse domingo de sol, além da Cônsul e de um funcionário, dezoito pessoas, a saber: cinco representantes de associações (Düsseldorf, Hagen, Solingen, Neuss e Gelsenkirchen); três de Ranchos Folclóricos: Coração do Minho de Hagen, Danças e

Cantares de Krefeld e Quinas de Portugal de Düsseldorf); dois empresários, assim como um membro do CCP. Antes de se falar naquilo para o qual os elementos foram convidados, a cônsul começou por manifestar o seu descontentamento face às autoridades municipais alemãs em Düsseldorf que, quando convidadas para os festejos oficiais do 10 de Junho, têm ignorado o convite . Um outro momento de insatisfação foi o desprezo de entidades alemãs face a portugueses nas comemorações dos 50 anos do tratado da Alemanha com a Turquia. Por essa ocasião, a cidade de Duisburgo não só distinguiu e homenageou turcos, como ainda cidadãos de várias nacionalidades, alguns com uma presença numérica inferior à portuguesa naquela cidade. Perante a questão colocada aos presentes sobre alguma ideia relativa a eventos para comemorar o Dia de Portugal em 2012, notouse na cara dos presentes que estes estavam ali com a intenção de

saber como organizar juntos com a ajuda do Consulado algo que dignifique o nome de Portugal. Depois de alguma informação por parte dos presentes, alguns presentes alertaram para o facto de um evento destes implicar avultados custos e requerer muito trabalho voluntário. Chamou-se ainda a atenção para outros riscos, como sejam as condições atmosféricas e a capacidade de decisão das actuais direcções de associações que não podem decidir iniciativas para outros corpos gerentes acatar . Neste entrementes, decidiu-se formar “Comissão Organizadora do Dia de Portugal 2012“, Comissão que funcionará com a ajuda do consulado. À Comissão podem aderir outros elementos que terão de manifestar esse desejo até à próxima reunião a realizar a 6 deste mês. Para já foi acordado que o evento a ser realizado ocorrerá em dois dias e em Dusseldorf, talvez na Apoloplatz. Antonio Horta, Correspondente

ABíLIO FERREIRA, Vice-Cônsul em Frankfurt verá, como tudo indica, o “seu” posto consular encerrado no final do presente ano. Com 35 anos ao serviço do consulado como Técnico Social, Abílio Ferreira merece, de todo, destaque aqui neste espaço por ter sido um homem que sempre se dedicou à comunidade de alma e coração. Nomeado Vice-Cônsul em Agosto de 2009, Abílio Ferreira chegou à Alemanha quando tinha 21 anos no ano de 1971, tendo entrado para o consulado em Outubro de 1976. Abílio Ferreira é um homem que compreende as preocupações da comunidade, daí que a manifestação contra o encerramento do Vice-Consulado seja também uma manifestação de apoio a Abílio Ferreira e a todos os funcionários consulares que, com ele, serviram a comunidade local.

Informação Consular

Í

GENTE

Exmos. Senhores, A Comissão de Pais de Markgröningen, pertencente à Área Consular de Estugarda, vem por este meio manifestar, em nome do Curso de Português de Markgröningen, juntamente com todos os Encarregados de Educação (abaixo-assinado anexo), a sua discordância em relação à redução do horário deste Curso de 2 para apenas 1 dia por semana. Esta redução irá prejudicar em muito os alunos que frequentam este Curso, uma vez que, para mais de 35 alunos, do 1º ao 12º anos, para além de ser difícil elaborar um horário que seja compatível com os horários da Escola Alemã de todos estes alunos, já que muitos também têm aulas à tarde, parece-nos completamente antipedagógica a tentativa de agrupar numa só tarde este número de alunos e nessa mesma tarde esperar que seja possível ensinar tantos anos de Língua e Cultura Portuguesas. Como consequência desta medida assistiremos não só à desistência de muitos alunos, assim como à degradação das condições de ensino-aprendizagem. Esta é, do nosso ponto de vista, uma medida inaceitável e que desrespeita de forma grosseira o direito que estes alunos têm à aprendizagem da Língua e Cultura Portuguesas. Em segundo lugar gostaríamos também de manifestar o nosso desagrado perante a falta de resposta até agora obtida relativamente à substituição da Professora Cláudia Cardoso, que lecciona neste Curso e que de momento se encontra em Licença de Maternidade. Deste modo, estes alunos encontram-se na eminência de ficar sem aulas até finais de janeiro, altura em que a referida professora retomará ao serviço. Pedimos que a situação destes alunos seja vista com muito cuidado, é nosso dever olhar pelos seus direitos e lutar por eles. Do ponto de vista dos Encarregados de Educação estas são duas situações inaceitáveis e incompreensíveis. Agradecíamos um breve esclarecimento da situação. Mobilizarnos-emos para que os nossos alunos possam aceder a este ensino nas condições que nos parecem ser as mínimas aceitáveis. Sem mais outro assunto, Muito cordialmente, Markgröningen, 28 de Setembro de 2011 A Comissão de Pais

Passaporte Electrónico

O passaporte é um documento de viagem individual, o qual permite ao seu titular a entrada e saída do território nacional, bem como do território de outros Estados que o reconheçam para esse efeito.

Nas nossas páginas apresentamos uma síntese dos pontos mais significativos para os portugueses residentes na República Federal da Alemanha. Se pretender requerer um Passaporte Comum, o qual reveste a forma de Passaporte Electrónico Português deverá comparecer no Vice-Consulado munido dos seguintes documentos: ► Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão válido; ► Passaporte anterior, se possuir (caducado ou válido)

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Reportagem

PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 2011

Donos dos supermercados Aldi e Lidl são os mais ricos da Alemanha

A propósito da

Uma placa negra presa ao muro conta-nos a história de um passado demasiado presente e uma escultura com figuras humanas em bronze relembra os habitantes do lar de idosos deportados para Theresienstadt e Auschwitz. Uma estrela de David confirma a sua identidade religiosa. Inúmeras pequenas pedras e seixos foram colocados na base da escultura e no alto da lápide de Mendelsohn. Foto:CDV

queda do muro de Berlim Cristina Dangerfield-Vogt

No dia 3 de Outubro celebraramse 21 anos da união da República Democrática Alemã com a República Federal Alemã e, agora, no dia 9 de Novembro comemoramse 22 anos da Queda do Muro. O que é visto por uns como a reunificação das duas “Alemanhas”, é sentido por outros como uma anexação do seu país, um arrasar do seu sistema social e laboral, uma invasão dos valores materialistas. Além disso, apesar de se ter lembrado 50 anos da construção do Muro e as suas vítimas, com a recente inauguração do novo Memorial do Muro em Berlim-Mitte, continuam a existir muros entre os alemães orientais e os ocidentais e até mesmo a separar alguns que desejam a sua reconstrução. Durante o pós-guerra, a RFA não só reconstruiu o país, mas reeducou os seus cidadãos para a democracia deitando-os no sofá colectivo do psicanalista para tentar perceber a razão do seu desvario que terminou no Holocausto. Durante o mesmo período, a RDA viveu isolada voluntariamente, impôs a ditadura do proletariado aos seus cidadãos e vivenciou o seu socialismo e a construção de uma nova sociedade e o esculpir do novo Homem, perdendo, desta forma, a oportunidade de analisar o passado demasiado recente. Neste mês de comemorações relembremos o que foi, e no que se tornou, uma rua do antigo bairro judeu em Berlim-Mitte. A Grosse Hamburgerstr. é uma rua sossegada no centro do

Scheunenviertel, pela qual passeiam grupos de turistas, passam confiantes os miúdos do colégio judeu e corre a pequenada do infantário da paróquia de Santa Sofia. Nas imediações, um parque da memória, fechado por um portão, guarda no seu silêncio o túmulo de Moses Mendelsohn, o filósofo judeu alemão, em cuja vida o escritor alemão Gotthold Epghraim Lessing se baseou para criar a personagem Nathan, da peça homónima, uma das obra-primas da literatura alemã. Alberga ainda as pedras tumulares de muitos outros judeus desaparecidos no passado. As lápides escritas em alemão e em hebraico, que sobreviveram à destruição hitleriana, foram encostadas à parede em memória da História. Considerado o cemitério judeu mais antigo de Berlim foi inaugurado em 1672, encerrado em 1827 e destruído em 1943. Quando o meu filho frequentava o infantário contíguo, eu levava-o àquele parque silencioso, que fora abandonado ao seu destino no tempo da RDA. No Outono, dourado pelas folhas caídas, atraía as crianças que gritavam de alegria e se atiravam sobre aquele tapete quebradiço que cedia à leveza dos seus corpos e parecia também rir e brincar, agaiatado. Por momentos, era um parque esquecido das suas mágoas. Por vezes, aparecia por ali um cão a farejar, a tentar marcar o território, mas depressa era afugentado pelos pais dos infantes brincalhões. Aquele lugar onde se brincava era sagrado e fora testemunho de atrocidades. Actualmente, está cercado por grades e fechado por um portão com horá-

rio de abertura. Encerrado no Sabat e feriados judaicos, o parque da memória está deserto de crianças e privado dos seus gritos alegres, porque ainda há aqueles que o desrespeitam. Uma placa negra presa ao muro conta-nos a história de um passado demasiado presente e uma escultura com figuras humanas em bronze relembra os habitantes do lar de idosos deportados para Theresienstadt e Auschwitz. Uma estrela de David confirma a sua identidade religiosa. Inúmeras pequenas pedras e seixos foram colocados na base da escultura e no alto da lápide de Mendelsohn uma tradição judaica, em memória dos outros, por aqueles que lá passam, e relembram avós, tiosavós e vidas sépia desaparecidas na grande Shoa. A alguns metros, do lado oposto, encontra-se o hospital católico de Santo Hedwig, de boa memória. Foi ali que as freiras da ordem esconderam vários judeus, fazendo-os passar por doentes e salvando-lhes a vida com risco de serem também, deportadas para os campos de concentração. Deixo as recordações boas e más e continuo o meu passeio por esta rua do Scheunenviertel, o antigo shtetl dos judeus ortodoxos eslavos, desaparecidos. Passo pelo liceu judaico, de onde saem jovens falando animadamente em russo, alemão e hebraico. Os polícias estão ao portão próximo do segurança de kipa e olhar severo num rosto jovem. O meu shalom soltalhe um sorriso do semblante sério. Onde havia um mundo e um muro em ruínas, sobre o qual o meu filho equilibrava os seus 3 anos, há agora um muro com grades de

ferro e câmaras de vigilância e policiamento 24 horas. Proibido subir ao muro, proibido estacionar, proibido...dizem os avisos fixados nas grades altas e que nos falam de medos sobreviventes. Apesar de a rua estar quase toda restaurada e recuperados os seus prédios antigos, uma das paredes de um edifício do complexo da igreja de Santa Sofia, contígua ao Jüdisches Gymnasium, ainda nos mostra as feridas deixadas pelas batalhas de rua entre os soviéticos e os nazis no final da Segunda Guerra mundial; a última parede de que ainda não foram apagadas as marcas do tempo que passa e que não deveria ser esquecido. O andaime lá colocado deixa-nos antever para breve o apagão da memória física. Enquanto reflectia sobre estas questões, vejo quatro quadrados de cobre embutidos no passeio com nomes e datas gravados, e leio - aqui viveu a família Rosenberg. A história conheço-a de Israel; ouvia-a em Telavive directamente da fonte (o dentista do meu filho) enquanto lhe fixava o aparelho; os seus familiares que não foram assassinados durante o holocausto, mudaram de apelido em Israel. Um dia, vieram a Berlim colocar, na rua onde viveram, a memória das atrocidades para que jamais se esquecesse aquele passado de má memória. Apesar da história trágica da família, o meu filho, com avós alemães, foi tratado com carinho pelo emérito professor da universidade de Telavive, que lhe falava sempre na língua de Goethe e da família Rosenberg assassinada em Auschwitz! Correspondente em Berlim

Os membros da família fundadora dos supermercados Aldi, seguidos do dono da concorrente Lidl, continuam a liderar a lista dos 500 alemães mais ricos, divulgou a revista Manager Magazin. Estas duas cadeias de supermercados operam em Portugal. A informação, divulgada pela agência noticiosa EFE, adianta que Karl Albrecht, de 91 anos, ocupa o primeiro lugar dos alemães mais ricos este ano, com um património estimado em 17.200 milhões de euros. Em segundo lugar, e a pouca distância do primeiro lugar, estão os herdeiros do seu irmão Theo Albrecht (falecido em Julho do ano passado): Berthold (57 anos) e Theo (61), com uma fortuna conjunta de 16.000 milhões de euros. O proprietário da cadeira de supermercados Lidl, Dieter Schwarz, de 72 anos, conta com uma fortuna de cerca de 11.500 milhões de euros, cerca de mais mil milhões de euros do que há um ano, o que o coloca na terceira posição. Apesar da crise do euro ter tido repercussões na situação patrimonial dos alemães mais ricos, refere a revista, o número de pessoas ou famílias na Alemanha com fortunas de cerca de mil milhões de euros aumentou para 108 (em 2010 eram 91). A herdeira da do fabricante automóvel BMW, Susanne Klatten, foi a que registou o maior aumento patrimonial, ganhando mais de 1.050 milhões de euros. A empresária, de 49 anos, galgou várias posições até ao quinto lugar, com uma fortuna de 8.900 milhões de euros, ficando atrás da família Otto, cujo negócio é vendas por catálogo. Entre os 15 alemães mais ricos estão os outros herdeiros da família Quandt (BMW)_ Johanna Quandt, a mãe de Klatten, com uma fortuna estimada em 5.200 milhões de euros, e Stefan Quandt, seu irmão, com cerca de 4.900 milhões de euros.

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Outras artes

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Ferreira do Zêzere:

Ex-emigrante na Alemanha, Leonel Rocha, o homem que faz acordéons à medida do artista Trabalho não falta a Leonel Rocha no atelier onde passa os dias a fazer e a reparar acordéons e concertinas, respondendo a encomendas que lhe chegam de todo o país e também do estrangeiro. O rés do chão da vivenda que construiu em Ferreira do Zêzere está ocupado por centenas de acordéons, uns em construção, outros em reparação, e outros ainda já em exposição na loja que ocupa a dianteira da casa. “Este é todo feito aqui”, diz pegando um acordéon vermelho, luzente, incrustado de brilhantes, resultado de uma encomenda. Porque faz tudo à vontade do freguês. “O que o cliente pedir é o que o cliente recebe”, afirmou, mostrando os “50 a 60 moldes” de desenhos com que trabalha, já que, tirando algumas peças, como os botões ou os chassis em alumínio, é das suas mãos que sai toda a estrutura do instrumento. Leonel Rocha era emigrante

na Alemanha quando, já lá vão 30 anos, se meteu à estrada rumo a Itália à procura de quem lhe ensinasse a arte do instrumento que o fascinava desde criança, um “bichinho” que veio primeiro do avô e depois do pai, que animava as descamisadas e os bailes da aldeia com uma “concertinazita muito

velhinha”. Foi em 1981 que obteve da fabricante italiana Accordiola um contrato que o tornou representante em Portugal, ficando registada para si a marca Perle d’Or. Nessa altura, ainda emigrante, comprometeu-se a vender 20 acordéons por ano, que “despa-

chava” nas férias de Agosto e de Natal. Regressado a Ferreira do Zêzere, Leonel Rocha já perdeu a conta dos acordéons que lhe passaram pelas mãos e só lamenta que o tempo não lhe chegue para as encomendas. O instrumento voltou a estar

na moda e só na escola que acolhe na sua vivenda andam “à volta de quarenta e tantos alunos”, além daqueles que o professor Bruno tem em várias localidades da região que percorre durante a semana. O filho da empregada que o acompanha há mais de 20 anos é a garantia de que a sua arte terá seguidores. “O Bruno hoje está um afinador exímio. Posso entregar-lhe toda a parte mecânica, e na afinação é um dos grandes ouvidos do acordéon”, disse. O Atelier do Acordéon ocupa a parte central da área expositiva da Feira do Acordéon que se iniciou sexta-feira em Ferreira do Zêzere e termina hoje com a segunda Gala Internacional do Acordéon. Foi a realização deste evento em 2010 que levou a autarquia a pensar numa iniciativa mais alargada, que permita aos amantes e curiosos do acordéon, além de assistirem a espetáculos, poderem participar em workshops e demonstrações. PUB

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Manulena quer iluminar os lares na Alemanha

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Imobiliária

PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 2011

Emigrantes voltam a comprar casa em Portugal e fazem subir número de transações Os emigrantes voltaram a comprar casas em Portugal, o que fez aumentar o número de vendas de habitações em Agosto, disse o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) “O aumento do número de transacções registado em Agosto foi particularmente significativo no interior Norte, fruto do efeito sazonal do regresso dos emigrantes”, adiantou Luís Lima, considerando que são “um potencial de negócio” em que é preciso reflectir. Luís Lima defende que o facto de os emigrante terem voltado a comprar casa no seu país é um sinal positivo. "Este fenómeno é inclusiva-

mente susceptível de ser corroborado pelos dados do Banco de Portugal sobre as origens do investimento directo estrangeiro no imobiliário nacional que apontam a França e a Suíça, como dois dos principais pólos investidores em Portugal, precisamente pelo efeito dos emigrantes”, salientou. Os distritos de Viseu, Guarda e Bragança foram os que registaram maiores incrementos do dinamismo imobiliário em Agosto (com taxas de crescimento mensais de 58,6%, 82,3% e 72,9%, respectivamente) e os de Lisboa, Portalegre e a Região Autónoma da Madeira, os que sofreram maiores contracções, todas

elas superiores a 25%. De acordo com estimativas da APEMIP, ao longo dos oito primeiros meses de 2011 foram transaccionados entre 130.000 a 135.000 imóveis (tanto urbanos, como rústico e mistos). Só em Agosto, este dinamismo situou-se entre os 16.350 e os 16.800 negócios concretizados, o que se traduziu num crescimento mensal de 3,3% face a Julho. Pela primeira vez este ano registaram-se dois meses consecutivos de expansão imobiliária (sobretudo visível no interior norte que não foi sentida nas áreas metropolitanas). As estimativas da APEMIP referem que as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto con-

centram cerca de 32,2% das vendas registadas em Portugal este ano (25,2% apenas em Agosto). A Área Metropolitana de Lisboa representa 19,9% das transações imobiliárias registadas em termos nacionais em 2011, (14,6%, considerando apenas Agosto), sendo que a do Porto não foi além dos 12,1% ao longo dos últimos oito meses (10,4% em Agosto). “O período de verão penalizou de forma significativa as áreas metropolitanas (que registaram uma quebra mensal, em Agosto, de 19,4%) que,

desta forma, não acompanharam a dinâmica nacional que se manteve em terreno positivo”, sublinha a associação. Em termos nacionais, cerca de 30 municípios conseguiram já assegurar a realização de, pelo menos, 1.000 transacções imobiliárias desde o início do ano (9,7% dos 308 concelhos portugueses) e 43 ainda não conseguiram garantir a concretização de, pelo menos, 100 negócios imobiliários ao longo do primeiro semestre (o que é sinónimo de uma média mensal de transacções inferior a 13 ocorrências), acrescenta. PUB

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Cultura

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Artista plástico português, Rui Calçada Bastos, expõe em Berlim Rui Calçada Bastos é um artista plástico português que vive, trabalha e expõe em Berlim-Mitte. As suas obras dialogam connosco de forma intemporal e sem palavras desencontradas sobre pormenores pessoais do mundo global. Durante a adolescência, viveu em Macau e viajou pelo Oriente, passou pela escola António Arroio e frequentou a faculdade de Belas Artes no Porto e em Lisboa. Mais tarde, viveu algum tempo em Paris e em Los Angeles. O seu percurso levou-o a passar por cidades marcantes do mundo da cultura, que comunica mediante expressões e linguagens comuns e eclécticas, fixando-se em Berlim, onde Rui vive e trabalha desde 2002. Foi na Galeria Invaliden 1 que nos encontrámos, poucas horas antes da inauguração da sua mais recente instalação “if you´re going through hell, keep going”, que estará patente ao público de 30 de Setembro a 12 de Novembro e contou com o apoio da Embaixada de Portugal e do Instituto Camões. O Rui recebeu-me amavelmente na Invaliden 1 e, apesar de aquelas horas serem fundamentais para acertar os últimos pormenores, guiou-me pacientemente por aquele rectângulo cinzento-escuro do qual se destacava ao fundo um écrã desligado, flanqueado por duas foto-

grafias iluminadas. Numa, via-se uma estrada de alcatrão cuja ascensão terminava numa curva desmotivada e parecia desfalecer para se fundir numa colina semidesértica, permitindo-nos imaginar a continuação da história. Observada a alguns passos de distância e por uma ilusão de óptica, esta estrada transformava-se num perturbador lago de águas negras. Noutra fotografia, sobressaíam umas mãos escuras e rugosas de dedos grossos e fortes entrelaçados sobre um teclado de computador, que se prolongavam por uns braços pousados no tapete do rato colocado sobre a barriga de um torso humano encasacado e reclinado, evocando o descanso depois de um bom almoço – a cabeça desaparecia para lá da fotografia, como se não encaixasse no todo, porém, adivinhava-se à procura dos seus pensamentos. A vidraça da montra da galeria fora pintada de preto para obscurecer o espaço. O título da instalação “if you´re going through hell, keep going” evidenciava-se numa frase recortada e colocada ao nível da estrada de forma a ver-se passar os carros e não necessariamente as pessoas, aludindo a um mundo silenciado pela intransmissibilidade sonora do movimento exterior.

O Rui deu umas últimas pinceladas para conseguir simultaneamente prolongar a escuridão e acentuar o efeito luminoso: o mundo parecia transpor-se para a instalação filtrado por aquela barreira. A realidade da rua corria paralela à acção de um curto filme da sua autoria projectado no écrã. No vídeo, os automóveis circulavam à noite por uma auto-estrada de seis faixas de rodagem, numa espécie de dança monocórdica de chapa e luzes, e os seus passageiros, fantasmas sem rosto, proferiam diálogos entrecortados por acordes musicais. Concentrei-me naqueles diálogos em inglês americano, criados em colaboração com o escritor alemão Patrick Findeis mas, o seu volume ainda teria de ser ajustado à acústica da sala para serem compreensíveis. Ouviam-se frases estranhas que ficavam suspensas no ar, que apareciam com cada automóvel, ocupando estes, por momentos breves, o grande plano. Os automóveis eram acompanhados pelo deslizar de um “travelling” cinematográfico; de um automóvel vermelho que passava saía a frase “none of us are saints” e de um outro “anyway I had a good time”. Pensei que os automóveis poderiam ser “Transformers”, mas o artista

censurou-me a banalidade incipiente, contrapondo tratarem-se de frases de “Serial Killers”. Os automóveis rolavam sem rumo por caminhos que pareciam não ter destino. O filme projectava momentos de vidas suspensos numa auto-estrada anónima e que, se não fosse o sotaque que os situava nos EUA e a informação do Rui de que era uma auto-estrada de Los Angeles, podiam ser vividos em qualquer outro lugar do mundo. Como se o local fosse irrelevante – places are interchangeable! Los Angeles é uma cidade de e para os automóveis, onde não há passeios e se vagueia de automóvel. Os diálogos saíam dos carros em bolhas auditivas e seguiam um caminho aparentemente normal embora os parâmetros dos pensamentos se encontrassem no limiar de um caminho sem retorno em direcção da (a)normalidade. Este efeito de estranhamento, que me lembrou L´Étranger de Camus, é-nos transmitido de uma forma sublime e com uma simplicidade surpreendente pelo impacto que tem nesta instalação de Rui Calçada Bastos. A escuridão que nos rodeava acentuava o desconforto e a sensação de vidas encalhadas num beco sem saída, encerradas numa claustrofobia de

pensamentos bipolares, que se poderia interpretar como uma metáfora bem conseguida sobre o mal-estar e o desassossego que invadem a nossa sociedade. Rui Calçada Bastos e Noé Sendas irão estar em Bruxelas a trabalhar um projecto conjunto até ao fim do ano. No início de Janeiro, o Rui estará em Madrid com mais uma instalação.” A Galeria Invaliden 1 foi fundada em 2005 por seis artistas, dois deles portugueses com uma longa e diversificada carreira internacional, e funciona numa parceria artística, designada em alemão por “Produzenten Galerie”. O artista plástico Pedro Cabrita Reis e a bailarina Cláudia Serpa Soares são alguns dos nomes portugueses já apresentados nesta galeria, que ao longo dos seis anos da sua existência tem vindo a oferecer um programa internacional, contando já com nomes como Ming Wong, Annika von Hausswolf ou John Isaacs, entre outros. “If you’re going through hell, keep going” estará patente ao público na Galeria Invaliden 1 até 12 de Novembro, de 3ª feira a sábado, entre as 12:00h e as 18:00h. Cristina Dangerfield-Vogt Correspondente em Berlim

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Histórias da História

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Marquesa de Alorna: A mulher da cultura e um turbilhão no feminino › Esta mulher extraordinária brilhou nas letras, meteu-se na política, conheceu a reclusão, a liberdade, o exílio, o regresso, os salões literários, as conspirações, os altos e baixos da fortuna.

Joaquim Peito

Vítima das perseguições do Marquês de Pombal para com a sua família, a 4° Marquesa de Alorna, Dona Leonor de Almeida de Portugal Lorena e Lencastre, nascida a 31 de Outubro de 1750, passou a maior parte da sua infância na cadeia, mas foi a primeira mulher portuguesa a estimular a revolução do bom gosto. Esta mulher extraordinária brilhou nas letras, meteu-se na política, conheceu a reclusão, a liberdade, o exílio, o regresso, os salões literários, as conspirações, os altos e baixos da fortuna. Teve uma vida bem longa, mormente para aquele tempo: 89 anos, que abarcam a época do despotismo iluminado, a Revolução Francesa, as invasões napoleónicas, a revolução liberal portuguesa. E tudo isto foi mais do que presenciado: foi vivido, foi experimentado por esta mulher que teve uma vida nada fácil. Vamos à história! O atentado contra D. José, na noite de 3 de Setembro de 1758, teve como suspeito o Duque de Aveiro e como cúmplices o Marquês e a Marquesa de Távora, os seus filhos e o Conde de Atouguia, D. Jerónimo de Almeida. D. José foi atingido na carruagem e os suspeitos presos e barbaramente justiciados em Belém. Pombal (que, nessa altura, ainda era somente conde de Oeiras, mas já era omnipotente) não esqueceu que o pai da menina Leonor, D. João de Almeida, 2° Marquês de Alorna, era filho dos Marqueses de Távora e por isso foi imediatamente acusado de ter emprestado uma das armas usadas no atentado. Foi encarcerado no Forte da Junqueira e a mulher e as duas filhas, Leonor com oito anos e Maria, de seis, foram enclausuradas no Convento de S. Félix, em Chelas, local frequentado por muitos homens de le-

tras. Mas os anos passados em Chelas revelar-se-iam profundamente consequentes na longa vida de Leonor. Ali, na incerteza do futuro, adquiriu ela as bases do gosto literário e do espírito crítico que lhe permitiram fazer face a outros momentos negros da sua vida. Apenas o irmão, Pedro, de quatro anos de idade, ficou livre e foi admitido no Paço, vindo a morrer mais tarde, após uma carreira militar, em Koenigsberg, depois de ter acompanhado Napoleão à Rússia. Com a sua morte, o título dos Marqueses de Alorna passa para Leonor. No convento, as duas crianças aplicam-se ao estudo das línguas e à poesia, que Leonor faz durante os dez anos de clausura. Em pleno auge do Iluminismo, a jovem Dona Leonor deu mostras de uma curiosidade intelectual rara em mulheres portuguesas, que a levou a ler Locke, Voltaire, Diderot, Rousseau os enciclopedistas e a aprender línguas. Latim, inglês, francês. Estudou, leu, descobriu as suas aptidões literárias. Isto sem esquecer a música e a dança, de que ela e a sua irmã se orgulhavam de ser excelentes cultoras. Mesmo fechada no convento, lia tudo o que podia e escrevia. Inverte completamente o que se poderia esperar de uma rapariga do séc. XVIII. Ela era extremamente conhecida no país. Uma figura mediática, como hoje se diria, mas sem televisão. Só com a morte de D. José e a queda de Pombal, em 1777, e com a subida ao trono de D. Maria I, é que a família é finalmente libertada. Uma vez devolvida à liberdade, Leonor de Almeida Portugal, então com 27 anos, uma idade já para ficar tia, não perdeu tempo. Já vira o bastante para compreender que a vida se agarra ou se perde com uma crueldade desarmante. Entre os pretendentes, que não lhe faltaram, escolheu, contrariando um pouco os desejos da família, o conde de Oyenhausen-Gravenburg e do Sacro Império. O pai quis todos menos o que ela queria. Mas opõe-se à vontade do pai e casa mesmo com o

conde. De enorme beleza e uma pessoa excecional, Leonor casa em Outubro de 1750 aos 27 anos com Carlos Augusto, o Conde de Ceynhausen-Gravenburg, um jovem oficial hanoveriano bonito, escorreito, limpo e com ideias abertas de 40 anos, vindo para Portugal com o conde reinante de Schaumbourg-Lippe, com a missão de reorganizar o exército português. Os pais não aprovaram logo o casamento, uma vez que este significava o afastamento da filha do país. Após a sua nomeação como ministro é enviado para Viena de Áustria em 1780, um ano após o casamento. Mas antes, o casal percorreu a Europa (Espanha, França, Alemanha) em algumas missões diplomáticas e Leonor aumenta a sua bagagem literária e alarga os seus horizontes; trava conhecimento com celebridades como Madame de Stael. A marquesa não queria ficar nesse Portugal pequenino, tinha um voo maior. Ela foi uma grande viajante, queria conhecer o mundo. Em Viena, a vida foi difícil economicamente, mas Leonor brilhou e conviveu com figuras maiores da cultura europeia do seu tempo. Os filhos iam nascendo e o conde acaba por morrer em 1793 com 54 anos. Deixa a mulher com cinco filhos menores e uma pensão baixa, que mantêm a pobreza a rondar de perto. Em 1813, herda o marquesado de Alorna em circunstâncias trágicas (uma vez mais): o irmão, Pedro, oficial ao serviço de Napoleão, morre na campanha da Rússia, depois de ter perdido dois filhos ainda crianças, extinguindo-se assim, a linha varonil da casa de Alorna. Entretanto, a Revolução Francesa fermenta. De volta a Portugal, é de novo perseguida pelas suas ideias, desta vez por Pina Manique. A marquesa nunca deixou de ser uma mulher do seu tempo. Ela sonha com ideias de liberdade e a sua poesia torna-se revolucionária. Vê a sua casa revistada e é exilada em Londres, onde permaneceu entre 1804 e 1814,

país que detesta. Só volta a Portugal em 1814, com enorme alegria, apesar de enfrentar enormes dificuldades financeiras. Empenha todos os seus bens, quadros e jóias e fica à mercê dos credores. Mantém apenas uma pequena parte da casa de Alorna, onde recebe sempre os amigos, numa miséria dourada. Até com as filhas, a felicidade anda longe. Uma é amante de Andoche Junot, militar francês, sendo casada, e a outra fora raptada por um médico português fixado em Londres. A sua residência transforma-se num foco de ebulição cultural, onde se debatem as novas ideias políticas e também as novas correntes estéticas e literárias. Presentes estão Bocage e Alexandre Herculano, em períodos diferentes e outros poetas da Arcádia e depois da Nova Arcádia. Escolhe o pseudónimo de “Alcipe” e trabalha em traduções de latim, alemão, inglês e francês, cultiva a epistolografia e escreve poesia, reunida em seis volumes das „Obras Poéticas da Marquesa de Alorna“ (1844). Este nome poético “Alcipe”, que a marquesa usou, é o da filha de uma divindade da Grécia clássica. Com tantas contrariedades, Leonor, marquesa de Alorna morre em Lisboa, aos 89 anos, no ano de 1839, mas a sua influência literária produziu efeitos numa época de pré-romantismo, que marca a sua poesia, aberta que era a todas as culturas do seu tempo. Ela foi uma poetisa de uma ambição extremada, a única mulher das Luzes conhecida em Portugal. Nunca ficou na penumbra, como acontecia normalmente com as mulheres do seu tempo. Liberal, atacou as formas de despotismo, de que foi vítima e exaltou a liberdade. As suas cartas a amigos e família, constituem um documento histórico da sua época, de um espírito que viveu para lá do seu tempo. UMA MULHER À FREnTE DO SEU TEMPO A vida de Marquesa de Alorna é

uma história de amor à Liberdade e de amor a Portugal. A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite. Leonor de Almeida, Alcipe, condessa d’Oeynhausen, marquesa de Alorna – nomes de uma mulher única e plural, inconfundível entre as elites europeias. Com a sua personalidade forte e enorme devoção à cultura, desconcertou e deslumbrou o Portugal do séc. XVIII e XIX, onde ser mãe de cinco filhos, católica, poetisa, política, instruída, viajada, inteligente e sedutora era uma absoluta raridade. Como membro da alta nobreza portuguesa, ela esteve sempre apostada em ser uma filha, mãe, esposa e aristocrata exemplares e em manter o status quo da sua linhagem. Viu Lisboa e a infância desmoronarem-se no terramoto de 1755, passou dezoito anos atrás das grades de um convento por ordem do marquês de Pombal e repartiu a vida, a curiosidade e os afetos por Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid e Londres. Viveu uma vida intensa e dramática, sem nunca se deixar vencer. Privou com reis e imperadores, filósofos e poetas, influenciou políticas, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio. Necessariamente, muitíssimo fica por dizer, aqui sobre a marquesa de Alorna. D. Leonor de Almeida Portugal foi, sem dúvida, uma poetisa de mérito, onde escreveu odes, sonetos, éclogas, elegias, canções, apólogos, cantigas e epigramas sempre com espírito e inteligência. Um grande nome a reter na literatura portuguesa. Mas foi, sobretudo, uma voz de liberdade. Uma voz de liberdade gritada no feminino, numa época em que as mulheres quase não tinham voz. A vida de Leonor daria, facilmente, vários livros. E a sua vida, cheia de contradições e de peripécias, refletiu fielmente o conturbado período histórico em que decorreu.

A VPU convida A VPU (Federação de Empresários Portugueses na Alemanha) vai organizar no dia 25 de Novembro 2011, pelas 16.30 horas, na Theodor-Heuss-Ring 23, 50668 Köln – (rés-do-chão) , em Colónia, uma sessão de informação para empresários e particulares com residência fora de Portugal sobre o tema “Incentivos Fiscais para Investimentos de Personalidades não residentes em Portugal” . Para esse efeito, deslocar-se-á de Lisboa um membro da prestigiada empresa de consultadoria PricewaterhouseCoopers, o qual irá apresentar , as vantagens oferecidas pelo sistema fiscal no nosso país para os Não Residentes em Portugal. Haverá ainda no final dessa sessão um debate sobre a tema “O que podemos nós (não residentes) contribuir para ajudar Portugal ultrapassar esta crise”.


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Geschichten aus der Geschichte

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Die Marquise de Alorna: Eine gebildete Frau und ein Wirbelwind in der weiblichen Welt Joaquim Peito

Als Opfer der Verfolgungen ihrer Familie durch den Marquis de Pombal verbrachte die 4. Marquise (Markgräfin) de Alorna, Dona Leonor de Almeida de Portugal Lorena e Lencastre, geboren am 31. Oktober 1750, den größten Teil ihrer Kindheit als Gefangene; und doch war sie die erste portugiesische Frau, die die Revolution des guten Geschmacks beflügelte. Diese außerordentliche Frau glänzte in den Geisteswissenschaften, ließ sich auf die Politik ein, durchlebte Zuchthaus, Freiheit, Verbannung, Rückkehr, literarische Salons, Verschwörungen, Höhen und Tiefen des Glücks. Sie hatte, vor allem für jene Zeit, ein recht langes Leben: in ihren 89 Jahren sah sie den aufgeklärten Absolutismus, die Französische Revolution, die napoleonischen Überfälle, die liberale Revolution in Portugal. Und bei alledem war sie nicht nur dabei: diese Strömungen wurden von einer Frau, die keineswegs ein leichtes Leben hatte, durchlebt und durchlitten. Kommen wir zur Geschichte! Für das Attentat auf D. José (I.) in der Nacht des 3. September 1758 wurden der Herzog von Aveiro und als seine Komplizen der Marquis und die Marquise de Távora, ihre Kinder und der Graf von Atouguia, D. Jerónimo de Almeida, verdächtigt. Pombal (der zu jener Zeit erst Graf von Oeiras, aber bereits allmächtig war) vergaß nicht, dass der Vater der Komtesse Leonor, D. João de Almeida, 2. Marquis de Alorna, ein Sohn der Markgrafen von Távora war; er wurde deswegen sofort angeklagt, er habe eine der Waffen entliehen, die bei dem Attentat im Spiel waren. Er wurde im Fort Junqueira ins Gefängnis geworfen und die Frau und die beiden Töchter, die achtjährige Leonor und die sechsjährige Maria, im Kloster S. Félix in Chelas, eingesperrt, einem Ort, in dem viele Literaten ein und aus gingen. Doch sollten sich in Leonors langem Leben die Jahre in Chelas als prägend erweisen. Hier bildeten sich angesichts einer ungewissen Zukunft die Grundlagen für ihre Liebe zur Literatur und ihr kritischer Geist heraus, die sie befähigten, anderen dunklen Augenblicken im Leben standzuhalten. Nur ihr vierjähriger Bruder Pedro blieb in Freiheit und wurde bei Hofe zugelassen; er starb später nach einer militärischen Laufbahn in Königsberg, als er Napoleon nach Russland begleitet hatte. Mit seinem Tod geht der Titel Marquis/Marquise de Alorna auf Leonor über. Im Kloster widmeten sich die beiden Mädchen dem Erlernen von Sprachen und der Poesie, die Leonor wärend der zehn Jahre ihrer Klausur pflegte. Auf dem Höhepunkt der Aufklärung zeigte die junge Dona Leonor eine bei portugiesischen Frauen sel-

tene intelektuelle Wissbegierde, die sie Locke, Voltaire, Diderot, Rousseau, die Enzyklopädisten lesen und Sprachen erlernen ließ. Latein, Englisch, Französisch. Sie lernte, las und entdeckte ihre literarischen Fähigkeiten. Zudem waren Musik und Tanz nicht vergessen, sie und ihre Schwester pflegten sie in hervorragender Form. Auch wenn sie im Kloster eingeschlossen war, las Leonor alles Erreichbare und schrieb selbst. Sie stellt das, was man von einem Mädchen des 18. Jahrhunderts erwartet hätte, auf den Kopf. Sie war außerordentlich bekannt im Land. Einen Medienstar würde man sie heute nennen, aber ohne Fernsehen. Erst mit dem Tode von D. José I., dem Sturz Pombals im Jahre 1777 und der Thronbesteigung von D. Maria I. wurde die Familie endlich freigelassen. Sobald Leonor de Almeida Portugal mit 27 Jahren die Freiheit wiedererlangt hatte, beinahe schon eine alte Jungfer, verlor sie keine Zeit. Sie hatte bereits genug gesehen und verstanden, dass man das Leben entweder ergreift oder es mit entwaffnender Grausamkeit verliert. Es fehlte ihr nicht an Anwärtern, sie aber wählte – und durchkreuzte damit ein wenig die Wünsche der Familie – den Grafen von Oeynhausen-Gravenburg aus dem Heiligen Römischen Reich deutscher Nation. Der Vater wollte alle, nur nicht den, den sie wollte. Sie aber widersetzt sich dem Vater und heiratet den Grafen tatsächlich. Im Oktober 1779 ehelicht Leonor, eine ausnehmend schöne Frau und eine Ausnahmepersönlichkeit, mit 29 Jahren Karl August Graf von Oeynhausen-Gravenburg, einen 40-jährigen, jungen, hübschen, gesunden, sauberen Offizier aus Hannover, der mit dem regierenden Grafen von Schaumburg-Lippe nach Portugal gekommen war, um das portugiesische

Heer neu aufzustellen. Die Eltern billigen die Heirat nicht gleich, da sie die Tochter von den Eltern weit weg führen würde. Nur ein Jahr nach der Hochzeit wird der junge Ehemann nach seiner Ernennung zum Minister 1780 nach Wien in Österreich entsandt. Zuvor aber bereist das Paar in einigen diplomatischen Missionen Europa (Spanien, Frankreich, Deutschland) und Leonor mehrt ihren literarischen Reichtum und erweitert ihren Horizont; sie macht Bekanntschaft mit Berühmtheiten wie Madame de Staël. Die Marquise wollte nicht in diesem kleinen Portugal bleiben, wollte höher fliegen. Sie reist leidenschaftlich gern und will die Welt kennen lernen. In Wien ist das Leben wirtschaftlich schwierig, aber Leonor glänzt und trifft mit großen Persönlichkeiten der europäischen Kultur ihrer Zeit zusammen. Die Kinder kommen eins nach dem anderen und schließlich stirbt der Graf 1793 mit 54 Jahren. Er hinterlässt seine Frau mit fünf minderjährigen Kindern und einer geringen Pension, die sie stets an der Grenze der Armut leben lässt. 1813 erbt sie die Markgrafschaft Alorna (wieder einmal) unter tragischen Umständen: ihr Bruder Pedro stirbt als Offizier Napoleons im Russlandfeldzug und, nachdem er bereits zwei Söhne im Kindesalter verloren hat, erlischt so die männliche Linie des Hauses Alorna. Inzwischen lodert die Französische Revolution. Zurück in Portugal wird Leonor erneut ihrer Ideen wegen verfolgt, diesmal von (Polizeipräsident) Pina Manique. Die Marquise hört nie auf eine Frau ihrer Zeit zu sein. Sie träumt in Gedanken von Freiheit und ihre Dichtkunst wird revolutionär. Sie muss zusehen, wie man ihr Haus durchsucht und wird nach London verbannt, wo sie von

1804 bis 1814 bleibt, ein Land, das sie hasst. Erst 1814 kehrt sie in großer Freude nach Portugal zurück, obwohl sie auf riesige finanzielle Schwierigkeiten stößt. Sie versetzt all ihr Vermögen, Bilder und Schmuck und ist von ihren Gläubigern abhängig. Sie behält nur einen kleinen Teil des Hauses Alorna, wo sie stets Freunde empfängt – im vergoldeten Elend. Selbst mit den Töchtern bleibt ihr das Glück versagt. Eine ist Geliebte von Andoche Junot, einem verheirateten französischen Militär, und die andere war von einem in London ansässigen portugiesischen Arzt geraubt worden. Ihr Haus wird zum Brennpunkt brodelnden kulturellen Lebens, in dem neue politische Ideen, auch neue ästhetische und literarische Strömungen diskutiert werden. Zu verschiedenen Zeiten sind Bocage und Alexandre Herculano und andere Dichter der Arcádia und später der Neuen Arcádia dabei. Sie wählt das Pseudonym “Alcipe” und arbeitet an Übersetzungen aus dem Lateinischen, Deutschen, Englischen und Französischen, kultiviert das Briefeschreiben und schreibt Gedichte, die in sechs Bänden der „Obras Poéticas da Marquesa de Alorna“ („Dichterische Werke der Marquise de Alorna“) (1844) zusammengefasst sind. Den Dichternamen “Alcipe” borgt sich die Marquise bei der Tochter einer klassischen griechischen Gottheit aus. Nach so viel Widerwärtigkeiten stirbt Leonor, Marquise de Alorna, 1839 mit 89 Jahren in Lissabon, ihr literarischer Einfluss jedoch zeitigt Früchte in einer präromantischen Epoche, die ihre Poesie durchzieht, offen wie sie für alle Kulturen ihrer Zeit war. Sie war eine Dichterin von äußerstem Ehrgeiz, die einzige Frau der Aufklärung (im Século das Luzes) in Portugal. Nie blieb sie im Halbschatten wie normalerweise die Frauen ihrer Zeit. Als Liberale griff sie die Formen der Tyrannei an, deren Opfer sie war, und pries die Freiheit. Ihre Briefe an Freunde und Familie sind historische Zeitzeugen eines Geistes, der über seine Zeit hinaus lebendig war. EInE FRAU, DIE IHRER ZEIT VORAUS WAR Das Leben der Marquise de Alorna ist eine Geschichte von Liebe zur Freiheit und zu Portugal. Die Geschichte einer leidenschaftlichen, rebellischen, entschlossenen Frau mit Träumen, die nie aufgab sich in jene ungeahnten Höhen aufzuschwingen, wo der Stern stand, den sie als Kind am Himmel hatte vorbeiziehen sehen. Leonor de Almeida, Alcipe, Komtesse von Oeynhausen, Marquise de Alorna – Namen einer einzigartigen, vielseitigen, unter Europas Eliten unverwechselbaren Frau. Mit ihrer starken Persönlichkeit und enormen Hingabe an die Kultur bestürzte und verblüffte

sie Portugal im 18. und 19. Jahrhundert, in dem sie als Mutter von fünf Kindern, katholisch, Dichterin, Politikerin, gebildet, weitgereist, intelligent und verführerisch zugleich, eine absolute Seltenheit war. Als Mitglied des Hochadels war sie stets darauf bedacht, als Tochter, Mutter, Ehefrau und Aristokratin untadelig zu sein und den Status quo ihrer Herkunft aufrecht zu erhalten. Sie hatte Lissabon und ihre Kindheit im Erdbeben von 1755 untergehen sehen, verbrachte auf Anordnung des Marquis de Pombal achtzehn Jahre hinter den Gittern eines Klosters und verteilte ihr Leben, ihre Wissbegierde und Zuneigung auf Lissabon, Porto, Paris, Wien, Avignon, Marseille, Madrid und London. Sie lebte ein intensives und dramatisches Leben, ohne sich jemals geschlagen zu geben. Sie hatte vertrauten Umgang mit Königen und Kaisern, Philosophen und Dichtern, beeinflusste Politiker, kannte brennende Leidenschaften, kostete Überfluss und Armut, Verehrung und Verbannung. Vieles über die Marquise de Alorna muss hier ungesagt bleiben. D. Leonor de Almeida Portugal war ohne Zweifel eine vortreffliche Dichterin; sie schrieb Oden, Sonette, Schäfergedichte, Elegien, Gesänge, Lehrfabeln, Lieder und Spottverse, immer geistreich und scharfsinnig. Ein merkenswerter Name in der portugiesischen Literatur. Vor allem jedoch war sie eine Stimme der Freiheit. Eine nach Freiheit schreiende Stimme in der weiblichen Welt zu einer Zeit, in der Frauen fast gar keine Stimme hatten. Leonors Leben könnte leicht mehrere Bücher füllen. Und gewiss ist ihr an Widersprüchen und Kehrtwendungen so reiches Leben ein getreuer Spiegel der unruhigen Zeitläufte, in die sie hineingeboren war. (Übersetzung aus dem Portugiesischen von Barbara Böer Alves)


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O consultório jurídico tem a colaboração permanente dos advogados Catarina Tavares, Lisboa, Michaela Azevedo dos Santos e Miguel Krag, Hamburgo

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Internamento cautelar Por que razões são libertados criminosos sexuais apesar de perigo latente Miguel Krag, Advogado

Caras leitoras, caros leitores, Nos últimos tempos, têm surgido nos meios de comunicação cada vez mais notícias sobre detidos que foram condenados por crimes graves de toda a espécie, inclusive crimes sexuais, e que são postos em liberdade, apesar de continuarem a consistir um perigo para a sociedade. A população em geral fica espantada não só com as histórias de cidadãos indignados que não estão dispostos a admitir no seio da sua comunidade uma pessoa com tal passado, mas também com os custos imensos e com a envergadura dos meios usados para a vigilância destes criminosos, vigilância essa destinada tanto a proteger os cidadãos como também a evitar que o povo faça justiça pelas suas próprias mãos. Por que razão se

actua desta forma? Por que é que não se deixa os criminosos ficarem na prisão? Por que é que o estado alemão despende tanto dinheiro com a libertação de criminosos que continuam comprovadamente a consistir um perigo para a sociedade? A razão está na história do chamado internamento cautelar. Trata-se de uma medida de privação de liberdade cuja regulamentação se encontra no Código Penal alemão. Ao contrário da pena de prisão normal, o internamento cautelar não se destina à expiação de uma pena pelo crime cometido, mas é adicionado ao mesmo com o fim de proteger a sociedade de delinquentes perigosos. Até 1998, a aplicação do internamento cautelar estava limitada a dez anos (no caso de se tratar de uma primeira vez), só podendo ser decretada em conjunto com uma sentença de pri-

são. Este limite máximo de dez anos foi eliminado em 1998. Além disso, houve nos anos seguintes um grande número de alterações da lei que foram tornando mais fácil a imposição do internamento cautelar. A opinião pública foi ainda bastante influenciada por uma entrevista do chanceler de então (Gerhard Schröder) que, no contexto da discussão sobre criminosos sexuais, disse: “É pô-los a sete chaves. E para sempre”. Assim, no ano de 2004, foi aprovada por exemplo a lei para a “Introdução da aplicação posterior do internamento cautelar”. Desta forma, o legislador pretendeu fechar uma lacuna da lei, designadamente, o caso de não terem persistido na altura da condenação quaisquer indícios que justificassem um internamento cautelar, mas de, na altura de o criminoso ser posto em liberdade, existirem todavia razões

que parecessem tornar necessário tal internamento. Mas foi precisamente isto que, a 13 de Janeiro de 2011, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos declarou ser uma infracção contra os direitos humanos. Também o Tribunal Federal Constitucional declarou, em consequência de acções interpostas por criminosos afectados, que eram inconstitucionais todas as prescrições relativas ao internamento cautelar. Deu ao legislador um prazo até Junho de 2013 para proceder a um nova regulamentação básica. Para casos antigos, existe uma regulamentação transitória de acordo com a qual os tribunais de execução terão de verificar se persiste um perigo eminente de serem cometidos crimes violentos e sexuais, e se o detido que se encontra em internamento cautelar sofre de uma perturbação psíquica. No caso

de estes pressupostos não se confirmarem, a libertação terá de ser decretada de forma a entrar em vigor com um prazo máximo até 31 de Dezembro de 2011. Por consequência, poderá surgir a situação de, apesar de ter sido pronunciado posteriormente um internamento cautelar, se tenha de pôr em liberdade delinquentes perigosos, pois estes não o são “suficientemente” ou não sofrem também de uma perturbação psíquica. Assim, em consequência das falsas vias tomadas pela legislação relativamente ao internamento cautelar, o estado é obrigado a libertar de tal regime delinquentes considerados perigosos. E, mesmo que nos pareça um tanto estranho, é desta forma que o estado restabelece uma situação que volta a ser constitucional e que respeita os direitos humanos. PUB

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Carta aberta Carta aberta ao Dr. Paulo Portas relativa ao eventual encerramento do Vice-Consulado de Frankfurt E os nossos filhos Senhor Ministro? Transformaremos a cultura e língua portuguesas em reminiscências nostálgicas? Sabe Deus quão difícil é, motivá-los ou até obrigá-los a frequentar o ensino de português. Um consulado tão longe só contribuirá para que se abdique da

Exmo. Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, Permita que lhe expresse que partilho parcialmente a sua visão economicista e que compreendo que se terão de efectuar cortes nas despesas, atendendo à situação que se vive em Portugal. Até compreenderia se se tratasse do encerramento de todos os consulados a nível mundial, em prol de uma medida de poupança e consolidação de serviços, deixando em funcionamento apenas uma embaixada por país. Mas a notícia do eventual encerramento do Vice-Consulado em Frankfurt, cujos custos são logicamente mais circunscritos, deixando simultaneamente abertos outros consulados orientados por cônsules “de carreira”, cujos custos de manutenção são obviamente mais dispendiosos, deixou-me estupefacta. Consequentemente, passo a focar alguns aspectos pragmáticos que este seu propósito poderá acarretar negativamente, tanto sob o prisma económico bem como sob o aspecto sociocultural, garantindo estar isenta de qualquer apologia pró ou contra-partidária. No âmbito da contenção de custos, seria plausível sugerir que aos consulados existentes na Alemanha fossem reduzidas as despesas de representação e subsídios, montantes esses que, per se, já chegariam para financiar a continuação do funcionamento do nosso ViceConsulado de Frankfurt; aliás prática essa de poupança que, pude constatar, é já adoptada por alguns ministros em Portugal. Julgava eu – e muita gente certamente – que Portugal, através da sua rede de embaixadas e consulados, deveria defender os interesses políticos, económicos, sociais e culturais do nosso país. Mas

mesmo subordinando todas estas vertentes ao mero interesse mercantilista, permita então que lhe chame a atenção para o facto de Frankfurt ser a metrópole mais internacional de toda a Alemanha com fortíssimos laços económicos, em virtude de se tratar, entre outras actividades económicas, essencialmente da cidade dos bancos, das companhias de aviação e asseguradoras por excelência. Com a inauguração da nova pista de aterragem, desde há poucos dias, Frankfurt passou a constituir o maior aeroporto europeu ainda antes de Heathrow (Londres). Além disso, é de salientar que Frankfurt desempenha um papel económico relevante na medida em que se realizam aqui anualmente diversas feiras afamadas internacionalmente como seja o salão automóvel, a feira do livro e a dos têxteis, em que participam igualmente comerciantes portugueses. Trabalhei durante mais de 30 anos para o primeiro banco comercial alemão, tendo alcançado uma carreira de middle management. Apenas pretendo dizer que escrevo com conhecimento de causa. Verifiquei ao longo desses muitos anos, através do lugar que desempenhei, que de ano para ano havia mais portugueses com possibilidades de carreira dentro da instituição. Já para não falar do Banco Central Europeu e do papel económico primordial de que se reveste a sua presença em Frankfurt; a considerar seriam igualmente os braços portugueses desempenhando funções dentro do mesmo. E esta outra emigração portuguesa de gerações mais novas também necessita de apoio consular! Há jovens cientistas que se encontram a concluir estágios, investigações ou até doutoramentos e que recorrem aos serviços con-

aquisição de documentos de identificação portugueses, tornando-os cada vez mais “germanizados”. Ou seja, o nosso esforço, como pais, em proveito da criação de raízes com Portugal, é pura e simplesmente boicotado pelas decisões injustas da burocracia portuguesa.

sulares. E a emigração clássica? E os cidadãos portugueses trabalhando em ramos secundários relacionados com as empresas dos ramos de serviços mencionados acima? Terão que deslocar-se 200, 300 ou 400 km para tratar de assuntos burocráticos pessoais? Conheço bem a mentalidade do patronato alemão e não me parece que estas deslocações vão contribuir para um clima afável dentro das firmas. São 30.000 os portugueses a sofrer as consequências…Afectados pela medida seriam também portugueses com postos de trabalho indirectamente atingidos como sejam por exemplo tradutores ou, numa segunda fase, eventualmente professores. E os nossos filhos Senhor Ministro? Transformaremos a cultura e língua portuguesas em reminiscências nostálgicas? Sabe Deus quão difícil é, motivá-los ou até obrigá-los a frequentar o ensino de português. Um consulado tão longe só contribuirá para que se abdique da aquisição de documentos de identificação portugueses, tornando-os cada vez mais “germanizados”. Ou seja, o nosso esforço, como pais, em proveito da criação de raízes com Portugal, é pura e simplesmente boicotado pelas decisões injustas da burocracia portuguesa. Os nossos filhos ficam cada vez mais abandonados e voltados e votados ao país de acolhimento. Pessoas com deficiência deixarão de ter acesso a documentos de identidade e, em consequência, serão extraditados para Portugal sobrecarregando assim, ainda mais, a rede social portuguesa. Na Alemanha não é permitida a residência a estrangeiros sem documento de identidade válido. Mas também o investimento alemão no nosso país poderá ser afectado negativa-

mente. Esta intenção de encerramento do consulado, a efectivar-se, irá agastar o potencial investidor alemão que, ao perder a possibilidade de fazer as suas procurações ou esclarecer as suas dúvidas, relativamente aos imóveis que possui em Portugal, pode eventualmente acabar por vender os mesmos, deixando de fazer turismo e trazer capital de investimento para Portugal. A maior economia europeia necessita já e nos próximos tempos de mão-de-obra portuguesa. Vão recrutar-se quadros técnicos, médicos, engenheiros e enfermeiros. É de presumir que haja jovens académicos portugueses que não queiram deixar de aproveitar esta oportunidade. Portugal não tem estrutura económica para empregar esta gente, por um lado. Por outro lado, também lhe quer negar o auxílio a nível de assistência consular que os mesmos necessitariam para se estabelecerem e permanecerem na Alemanha. Ou seja o país volta por duas vezes as costas aos seus cidadãos... É triste. Uma vez que não vão fechar todos os consulados, seria então bastante mais lógico que deixassem subsistir o consulado de Frankfurt, em virtude da posição geográfica de que goza, pois situa-se precisamente no centro da Alemanha. Foi exactamente a localização geográfica de Frankfurt que contribuiu para o florescimento económico que usufrui. Frankfurt é um Decision Center! Os meus conhecimentos económicos levam-me a ser apologista de medidas de “economization,” enfim, chamemos-lhe o que se quiser, mas o facto é que estas medidas devem ser tomadas de forma diferenciada, esclarecida e com precaução. Frankfurt é a segunda cidade da Alemanha com maior número de consulados, 104 ao que parece. Não

seria mais inteligente manter a estrutura consular existente e utilizá-la no sentido da expansão da economia portuguesa, inclusive tentando cativar o investimento alemão em Portugal? O estado federal de Hessen, teve um crescimento económico de 4,3 % no último semestre! Actualmente vivem 116 mil portugueses na Alemanha. Uma vez que o Vice-Consulado de Frankfurt é responsável por 30.000, corresponde a mesma fatia a cerca de 26 %. Não justificará esta percentagem a manutenção dos serviços na nossa cidade? Em última análise, poderia colocar-se a hipótese alternativa de alugar instalações mais acessíveis, assegurando a expedição de serviços consulares para que os utentes não fiquem desprovidos de toda e qualquer assistência. Com a sua licença, Senhor Ministro, as coisas não podem ser feitas “às cegas”. Vai desculpar-me, mas duvido que os “experts” à sua volta tivessem tido os devidos conhecimentos para o aconselharem correctamente. O approach economicista seria aceitável, no âmbito de um tratamento de igualdade, mas da forma em que o plano se apresenta, a comunidade só pode ter sentimentos de desilusão ou até raiva. Na sua página do facebook o Senhor escreve “por ti, por todos”. Definitivamente não se aplica esse lema. O Senhor Ministro pretende proteger alguns em desfavorecimento de muitos! Solicito-lhe que reconsidere a sua intenção, à luz dos factos expostos. Com os meus melhores cumprimentos, Maria Cristina Henriques da Silva Weber Frankfurt, 25 de Outubro de 2011


18 Agenda Tome Nota

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IMPORTANTE Às associações, clubes, bandas , etc.. As informações sobre os eventos a divulgar deverão dar entrada na nossa redacção até ao dia 15 de cada mês Tel.: 0231 - 83 90 289 Fax :0231-8390351 Email: correio@free.de

Citações do mês "As pessoas vaidosas não podem ser astutas; elas são incapazes de se calar." Vauvenargues , Luc de Clapiers "Para se desprezar o dinheiro é preciso justamente tê-lo, e muito. Pavese , Cesare

NOVEMBRO 2011

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.2011 – SAARBRÜCKEN – Concerto de Sina Nossa – Local: Bei Étage-Spielbank Saarbrücken. Início: 20h30

de S.Martinho. Há castanhas e água pé. Local: UND Minz, Membacherstr 38b, Mainz. Início: 21h30

5.11.2011 – OFFENBURG – Concerto de Sina Nossa – Local: Spitalkeller, Spitalstr 2. 77625 Offenburg. Início: 20h30

12.11.2011 – HAMBURGO Festa do São Martinho a partir das 21:30 horas. Actuação do Conjunto BANDA LUSITANA Local: Stenzelring 24, Hamburgo Org.:JUVENTUDE DO MINHO, Info: www.bandalusitana.de

1 a 16. 11. 2011 – LANGELFELD – Esposição sobre Aristides de Sousa Mendes. Local. Rathaus Langenfeld – Foyer. Konrad Adenauer-Platz 1. 11.11.2011 – BERLIM – Dia das portas abertas na Escola Oficial Europeia de Berlim Português-Alemão. Local: Grundschule Neues Tor, Hannoverschestr. 20

17.11.2011 – MUNIQUE – Concerto de Cristina Branco. Local: Prinzregententheater München. Início: 20h00

11.11.2011 – MÜNSTER - Festas das Castanhas, Casa do Benfica em Münster e. V.Com o conjunto musical os “Segurate”.Local: Albersloherweg 587, 48167 Münster, Telef. (0251) 6279554: Início: 21h00 12.11.2011 – BRAUSCHWEIG – Festa de S. Martinho. Local: Centro Português de Brauschweig. Início: 17h00. Info: Tel.: 0531/375613 ou 0531/508416 12.11.2011 – MAINZ - Festa

Cristina Branco

17.11.2011 – HAMBURGO – Trio Fado concerto. Local: Kulturkirche Altona, Max-BrauerAllee 199. Início: 20h00

19.11.2011. – BRAUSCHWEIG - Noite de Fados. Local: Studio Saal da Brunswiga em Braunschweig Karl str 23 38106 Brauschweig. Com o grupo "ANTOLOGIA DO FADO" a partir das 20 horas (entrada a partir da 19 horas. Reservas e informacöes pelos telefones 0531/375613 ou 0531/508416 25.11.2011 – BERLIM – Telmo Pires & Ensemble. Passionskirche, Martheinekeplatz 1, Berlim. Início: 20h00 26.11.2011 – PADERBORN – Noite de fados com o grupo Sina Nossa Local: Kulturwerkstatt, Bahnhofstr 64, 33102 Paderborn Início 20h00 O CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL EM DÜSSELDORF informa que, para questões relacionadas com o ensino de Português, poderá ser contactada a docente de apoio pedagógico, professora Joana Andrade. Horário de atendimento ao público: 4ª-feira das 10H00 às 12H30 e das 14H00 às 15H30. Para marcações prévias, por favor contactar o Consulado (Ana Maria Schmitt – 0211138783


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CONTOS POPULARES PORTUGUESES Preço: € 12,00 Contos Populares Portugueses são contos de todos os tempos e de todas as idades. Uma obra que nos devolve o imaginário e o maravilhoso da nossa cultura popular, e de que faz parte, entre outras, «História da Carochinha», «A Formiga e a Neve», «O Coelhinho Branco», «A Raposa e o Lobo», «O Compadre Lobo e a Comadre Raposa» e «Os Dois Irmãos».

«De Nordeste a Noroeste, caminhos que vão dar às "Meninas de Castro Laboreiro", à "História do soldado José Jorge" ou ao Monte Evereste de Lanhoso. Depois, as "Terras baixas, vizinhas do mar". Encontramos nelas "Um Castelo para Hamlet", e descobre-se que nem todas as ruínas são romanas. Viaja-se ainda pelas "brandas beiras de pedra", com as "novas tentações do demónio" e "o fantasma de José Júnior". Um convite, entretanto, a parar em todo o lado, entre Mondego e Sado, para observar "artes da água e do fogo" ou as chaminés e laranjais. E um passeio pela "grande e ardente terra de Alentejo". Aí, "a noite em que o mundo começou"; aí, "uma flor da rosa"; aí, onde "é proíbido destruir os ninhos". E mais o sol, o pão seco e o pão mole do Algarve, com "o português tal qual se fala". "Pelos caminhos de Portugal / Eu vi tantas coisas lindas vi o mundo sem igual", canta o cancioneiro popular, e assim faz Saramago, com a diferença essencial que a qualidade da sua escrita está bastantes furos acima. Uma viagem, se não pelo Portugal profundo, pelo menos por uma forma profunda de ver Portugal.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)

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Passar o Tempo

PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 2011 PUB

Encomenda de Livros

CONSULTÓRIO ASTROLÓGICO E-mail: mariahelena@mariahelena.tv TELEFONE: 00 351 21 318 25 91

Como Cortar Trabalhos de Bruxaria Formato: 14x21cm Páginas: 152 Preço: 25,00 € Um ritual de magia negra posto em acção contra alguém pode prejudicar avítima e destruir a sua vida de forma brusca e surpreendente. Todas as áreasestão sujeitas a ficar afectadas. Tudo à sua volta parece ruir. E, mais graveainda, a vítima de magia negra não consegue encontrar forças para reagir. Neste livro de carácter prático, a autora apresenta rituais fáceis de executar quepermitem criar uma aura de protecção.

Aprenda a Proteger-se Contra a Inveja e Mau-Olhado Formato: 15,5 X 23 cm Paginas: 156 Preço: 19,90 € Nas alturas de maior fragilidade, há que criar uma protecção efectiva contra os possíveis efeitos das energias negativas. Neste livro damos-lhe conhecimento de mantigos amuletos, fórmulas, rituais práticos, orações e rezas especiais mpara que possa repelir esse encantamento maligno.

Grande Livro de Orações Formato: 14x21cm Páginas: 340 Preço: 25.99 É uma extensa antologia com centenas de orações a saantos, anjos, arcanjos e toda a corte celestial. Nestas páginas encontra uma mensagem de esperança, um motivo para acreditar que a fé existe e que nos rodeia em todos os momentos da nossa vida. É o companheiro ideal, pois as suas orações têm o poder de transmitir ao espírito a energia que restaura a alegria de viver e a confiança no amor, na paz e na esperanaa para o futuro.

Aprenda a Viver Sem Stress Formato: 15,5 X 23 cm. Páginas: 100 Preço: 20,99 Quanto mais tempo da sua vida é que está disposto a desperdiçar? Quanto mais tempo da sua vida está disposto a continuar a sofrer? Quanto da sua vida está disposto a finalmente reivindicar hoje? Quanto mais tempo vai deixar que os outros mandem nas suas escolhas? E, se reivindicar a sua vida, acha que fica a dever alguma coisa aos outros? Quando você cede ao stress, você não está ser você mesmo. Quando você cede ao stress, você passa ao lado da vida, da sua vida. Você vive em permanente sobrevivência. E quem sobrevive, sofre. E quem sofre, vive em stress. . "Aprenda a Viver Sem Stress" é um livro que o ajuda a reencontrar-se.

Orações para Todos os Males Formato: 14x21cm Páginas: 90 Preço: 22,00 € Por razões de saúde, familiares, afectivas, materiais ou espirituais, todos mpassamos em algum momento por situações difíceis. Nesta obra encontrará uma centena de orações adequadas a cada caso. Orações para encontrar mcompanheiro/a, para conseguir casar-se com o seu namorado, pela paz da família, contra doenças, etc.

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Previsões Novembro 2011

Por Maria Helena Martins

CARNEIRO Amor: Estará muito carente, procure ser mais optimista quanto ao seu futuro sentimental. Saúde: Tendência para dores de cabeça. Dinheiro: Período favorável, aproveite bem este momento para dinamizar a sua vida financeira.

LEÃO Amor: Dê mais atenção aos seus familiares, eles também precisam de si e sentem a sua falta. Saúde: Previna-se contra o colesterol evitando alimentos que lhe são prejudiciais. Dinheiro: Período bastante favorável. Pode ter uma promoção ou assumir novas responsabilidades no local onde trabalha.

TOURO Amor: O seu coração está um pouco dividido, pense bem qual o caminho que deve seguir, procure não ferir os sentimentos dos outros. Saúde: Faça uma limpeza geral aos seus dentes para poder ter um sorriso radiante. Dinheiro: A vitalidade e esforço que tem demonstrado no trabalho serão muito favoráveis para si.

VIRGEM Amor: Deixe o ciúme de uma vez por todas e aproveite bem os momentos de que dispõe a sós com o seu companheiro. Saúde: Cuidado com os excessos alimentares, anda a comer de mais. Dinheiro: Não peça um empréstimo neste mês, os tempos não estão favoráveis para contrair dívidas de qualquer género.

GÉMEOS Amor: O amor e o carinho reinarão na sua relação afectiva, aproveite para avançar para um compromisso mais sério. Saúde: Tente controlar as suas emoções para que o seu sistema nervoso não se ressinta de forma negativa. Dinheiro: Não haverá nenhuma alteração significativa na sua vida profissional, e as finanças estão estabilizadas. CARANGUEJO Amor: Prepare um jantar especial romântico para a sua carametade. Saúde: Procure relaxar mais para não andar muito tenso. Aprenda a descontrair. Dinheiro: Poderá ser surpreendido negativamente ao verificar o seu saldo bancário, por isso previna-se contra surpresas menos agradáveis e aprenda a poupar!

BALANÇA Amor: A sua sensualidade e beleza vão partir muitos corações, não se surpreenda com uma declaração de amor. Saúde: Vigie a sua alimentação, consuma alimentos menos calóricos e evite abusar do sal. Dinheiro: Esta é uma óptima altura para tentar reduzir os seus gastos pois conseguirá fazer poupanças neste período. ESCORPIÃO Amor: Se ainda não encontrou o amor da sua vida prepare-se, pois está mais perto do que imagina! Saúde: Faça exercício físico ao ar livre, o contacto com a Natureza far-lhe-á muito bem. Dinheiro: Provável aumento das suas finanças, pode aproveitar para pôr algum dinheiro de parte. SAGITÁRIO Amor: Cuide da sua aparência

física para conquistar quem mais deseja ter a seu lado. Saúde: Poderá surgir uma infecção urinária, procure o seu médico de imediato se notar algum sintoma menos comum. Dinheiro: Irá conseguir atingir os seus objectivos, graças a ajudas inesperadas que irão surgir. CAPRICÓRNIO Amor: O amor poderá bater-lhe à porta, por isso fique atento e mostre-se disponível para a mudança. Saúde: Procure fazer uma vida mais saudável e corte de vez com qualquer vício. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir em negócios de vulto ou compras que envolvam muito dinheiro. AQUÁRIO Amor: Neste período a tendência é para andar hipersensível. Procure controlar as suas variações de humor para evitar discussões desnecessárias. Saúde: Procure fazer uma alimentação mais equilibrada diversificando os alimentos e apostando mais nos legumes e verduras. Dinheiro: Não corra riscos desnecessários no que toca a gastos e a investimentos, seja prudente. PEIXES Amor: Dê mais atenção ao seu companheiro, ele pode estar mais carente do que é habitual e precisa de maior atenção da sua parte. Saúde: Vá ao médico e aproveite este mês para fazer exames de rotina. Dinheiro: Seja mais exigente consigo, só assim conseguirá atingir o sucesso tão desejado e cumprir com os objectivos a que se propôs.

Repartição de Esmolas Três padres conversavam a respeito da maneira como usavam as esmolas que os fiéis deitam na «Caixa das Almas». Diz o francês: -Nós fazemos um risco no chão, quando abrimos a caixa, no fim do mês. As moedas e as notas que caem à direita são para Deus; as outras são para as necessidades da paróquia. O espanhol: - Nós fazemos uma fenda, num estrado. Atiramos ao ar: as que entram pela fenda são para Deus; as outras, as que caem fora, são para a paróquia. O português: -Nós fazemos isso mais simples. Abrimos a caixa, atiramos tudo ao ar, notas e moedas. As que Deus apanha são para Ele.


Vidas

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Quando a esperança era a última coisa a morrer Caros senhores , Escrevo-vos para desabafar um pouco esperando que os senhores publiquem o que eu aqui nestas linhas quero contar. Não é obrigatório que publiquem, mas como já li coisas idênticas à minha situação acho que seria interessante publicar de modo a que os leitores leiam o que quero dizer. Tenho 42 anos, vivo só há mais de 7 anos e nem sequer tive a felicidade de ter filhos. Hoje, como é fácil perceber, já pode ser tarde para os ter. Se estou triste por não ter filhos, que me poderiam fazer agora companhia, também estou contente por não os ter. Ou melhor, estou contente por não os ter do homem com quem casei e vivi mais de 20 anos. Hoje, felizmente, estou divorciada. Mesmo que agora prove a amargura de estar só, na solidão, isto é muto melhor do que a vida que tinha quando era casada. Ainda hoje penso como fui tão burra ao ponto de ter de aguentar um homem que me fez mal durante quase toda a vida de casada. E eu pensava que tinha de aguentar aquilo, ou melhor, pensava que era a minha obrigação de esposa ter de carregar o fardo dos insultos e dos maus tratos. Quando viemos para a Alemanha a nossa vida era como a de tantos portugueses que para aqui vieram. O nosso sonho era juntar algum dinheiro, construir uma casa em Portugal e depois regressar para gozar o tempo que nos restasse da vida. Ele trabalhava numa fábrica e eu, para além de tratar da casa, fazia muitas horas a limpar. Quase que trabalhava mais do que ele e, de certo modo, até às vezes chegava a ganhar mais do que ele. O dinheiro que eu ganhava ia directamente para a conta de um banco em Portugal. Como éramos só os dois, parte do que ele ganhava juntava-mos num Sparbuch aqui na Alemanha. Ele o quem mais desejava era ter filhos e, diga-se, eu também. Por isso fazíamos tudo para os ter. Aquilo era de noite e de dia e...nada. Do modos que ele começou a dizer que era por minha culpa que não eu não engravidava. Mesmo assim eu tentava sempre e isso começou a ser para mim uma cisma a pontos de auto-culpabilizar-me por não ser capaz de engravidar. A partir de uma certa altura ele começou a atirar as culpas para cima de mim e a dizer que eu como mulher não prestava para nada. Isso fazia com que eu

quando estava com ele me entregasse mais ao ponto de muitas vezes fingir coisas que eu não sentia. Paciente eu esperava uma gravidez, mas nada. O tempo passou assim. Ele desinteressava-se por mim e chegávamos a um ponto que ele não falava ou quando se me dirigia era com modos rudes e às vezes muito insultuosos. Eu aguentava porque achava que era o meu dever. O tempo ia assim passando. Quando ele precisava de mim servia-se e sem palavras virava as costas, acendia um cigarro e ficava em silêncio. E eu sofria. Como pertencíamos na altura a uma associação portuguesa na cidade onde vivíamos, ele começou a passar a maior parte do tempo lá e, como passava mais tempo lá do que em casa, toda a gente dizia à boca cheia que ele tinha uma amante porque eu era fria. Foi assim que desisti de lá ir. Continuava a fazer as limpezas, a ter, enfim, uma vida negra porque ele começou a bater-me por tudo e por nada,. E ainda por cima servia-se de mim como se eu fosse uma coisa de usar e deitar fora. A vida em casa tornou-se assim um inferno durante alguns anos. Até que houve um momento em que ele, para meu espanto, começou a ter modos bons e a falar comigo, perguntando-me se eu não queria ir aos baile da associa-

ção. Eu, sem ter por onde escolher, ia. Então gozava esses momento e aceitava-o como um marido que teve momentos maus e que de um momento para outro pôs a mão na consciência e viu quanto era o mal que fazia à sua mulher. Quando estávamos na intimidade eu já estava mais relaxada e aceitava-o sem impedimentos. Nesses momentos ele começavame a chamar por “minha mulherzinha” e coisas assim, tanto que eu voltei a acreditar que ele voltava a gostar de mim.

Ainda hoje penso como fui tão burra ao ponto de ter de aguentar um homem que me fez mal durante quase toda a vida de casada. E eu pensava que tinha de aguentar aquilo, ou melhor, pensava que era a minha obrigação de esposa ter de carregar o fardo dos insultos e dos maus tratos. Mas, quando ia agora à associação, eu sabia que as bocas ainda diziam coisas horríveis sobre mim e que havia muitos olhos que me olhavam de forma muito estranha. Era também lá que eu percebia que ele ainda tinha a amante, uma portuguesa mais nova do que eu e divorciada que andava no rancho da associação.

O paleio dele ainda continuava a ser o mesmo. Minha querida pra lá, minha querida pra cá, mal sabendo eu que ele andava com ela fisgada. Conclusão: comecei acreditar que o nosso casamento era agora seguro e eu voltava a estar em casa, a trabalhar e a estar com ele como se nada acontecesse. Quanto ao resto, eu deixava que as más línguas falassem e defendia com unhas e dentes o marido apesar de saber que ele tinha uma amante e que até não poucas vezes passava lá noites. Mas eu, com o medo de ficar só e, por outro lado, também com o medo de o exaltar e as coisas voltarem à situação infernal por que tinha passado, calava-me e esperançava que um dia ele reconsiderasse e deixasse a amante e se dedicasse a mim a cem por cento. As coisas ia correndo assim naquela rotina. A partir de um momento ele fazia as coisas com a amante assim tão descaradamente que mesmo os estranhos quase se envergonhavam pelo comportamento deles. Eu suportava. Pensava que ele tinha a amante porque eu não o satisfazia como ele desejava e recorria-se da amante para se satisfazer. Eu nesses momentos preferia que ele fosse às mulheres da rua do que ter uma amante assim às descaradas. O problema é que as mulheres da rua custam dinheiro e elas não faziam o que ele queria: tratar bem dele, cozinhar petiscos, apaparicá-lo, etc. Facto é que agora ele passava

mais tempo com a amante do que comigo. Era assim: amante davalhe cama e eu é que tratava dele, cozinhava, vestia-o , lavava-o, e ele quando chegava do trabalho tinha-me a mim como escrava para pôr a comida em cima da mesa. A única coisa que ele fazia quando esta em casa era estar no sofá a ver a Sport TV. Eu, já se sabe, andava tão abatida e desanimada que um dia decidi ir consultar um médico para tentar compreender porque não engravidava. Pensava que se eu engravidasse o prendia à casa e seria um motivo para ele abandonar a amante. Mas, ó sorte de um raio!, quem engravidou foi a amante e eu disso desconfiei quando ele chegou a casa, meteu algumas coisas numa mala disse-me com o ar mais natural do mundo que ia viver com a sua nova mulher e que já estava a tratar das coisas para o divórcio. Sobre a gravidez da amante soube mais tarde quando ele teve um filho e houve uma grande festa de baptismo na associação portuguesa. Leitora devidamente identificada

Pedimos aos leitores que nos enviam correspondência para esta rubrica para não se alongarem muito nos textos que escrevem. A redacção reserva o direito de condensar e de trabalhar os textos que nos enviam. Obrigado.

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Economia

PORTUGAL POST Nº 208 • Novembro 2011

Escritório de Representação na Alemanha faz 10 anos O Escritório de Representação do MONTEPIO em Frankfurtt celebrou, recentemente, 10 anos de actividade junto dos seus clientes e associados na Alemanha. Dirigido por Luís de Freitas, o MONTEPIO na Alemanha está ainda „representado“ através de promotores em diversas localidades em que se regista uma significativa concentração de portugueses. Ainda assim, o responsável pelo Escritório de Representação na Alemanha diz que pretende “reforçar e alargar a nossa presença

tas.

junto da comunidade”. “Através do apoio a diversos dos muitos eventos, organizados pelas colectividades na Alemanha, registo que o Montepio é muito considerado pela comunidade portuguesa, ou seja, o Montepio também se divulga e promove através da sua “Responsabilidade Social”, acentua Luís de Frei-

“Aumentar a sua influência junto da Comunidade equivale a aumentar a carteira de clientes e o volume de negócios”, diz ainda Luzis de Freitas. “Registo com satisfação um crescimento constante e, apesar das „turbulências“ nos mercados, os clientes reconhecem no MONTEPIO uma instituição de gestão prudente, com qualidade de serviço, com comportamento ético e dinamizador da Economia Social”., finaliza Luís de Freitas.

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