setembro 2011
data 21 de setembro: Dia da Árvore
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Evolução Da palavra à ação, existe um longo caminho a ser percorrido e essa trajetória nem sempre é uma tarefa fácil. Para atingir os objetivos propostos, é preciso manter-se fiel aos princípios éticos, com idoneidade, responsabilidade e, principalmente, respeito aos leitores e aos anunciantes. Por isso, ao completar três anos de existência, o Jornal Meio Ambiente consolida esse projeto que nasceu com o objetivo de ser um veículo informativo, cuja credibilidade se revela na presença de ilustres profissionais e conceituadas empresas que avalizam o nosso trabalho. Inovação significa mudanças. E para comemorar essa data, apresentamos a nova marca do jornal e o lançamento e de um novo Portal, mais dinâmico e com grandes novidades. A preocupação com a saúde é o destaque desta edição, revelado no artigo do jornalista Casemiro Linarth, além do perigo da ingestão de alimentos com agrotóxicos e muito mais. Uma ótima leitura.
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Desde 1965, no dia 21 de setembro, comemora-se o Dia da Árvore no Brasil. As árvores, além da própria beleza, prestam importantes serviços ao meio ambiente, ajudando a manter a umidade do ar, produzindo oxigênio, retirando carbono da atmosfera, protegendo o solo e a água, servindo de abrigo para pássaros e outros animais e muitos outros benefícios que trás ao homem. A devastação das florestas, principalmente no século passado, levou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a lançar a FERNANDO DE BARROS
Campanha Bilhões de Árvores em que estimula uma meta: plantar 14 bilhões de árvores no mundo. Até o momento, cerca de 85% do objetivo foi alcançado (12 bilhões), pois a iniciativa captou o interesse dos cidadãos em 193 países. No Brasil, país que mais desmatou na última década, foram plantadas quase 83 milhões de árvores nos últimos cinco anos, segundo informações de um banco de dados abastecido por cidadãos, países, ONGs e entidades de todo o mundo que comunicam as Nações Unidas sobre cada árvore plantada.
Metas O desempenho das oito nações mais ricas no plantio de árvores China e Taiwan .......... 2,9 bilhões Índia ............................ 2,1 bilhões México .................... 785,9 milhões Turquia .................... 716,0 milhões Itália ....................... 211,1 milhões Canadá .................... 135,6 milhões Indonésia ................ 103,9 milhões Brasil ......................... 83,1 milhões
Engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental, responsável técnico da Master Ambiental
Nossas irmãs, as árvores A natureza supre o planeta de tudo que os seres que aqui habitam necessitam para viver: água potável, solo fértil, o sol, a chuva, os peixes, os animais terrestres que nos dão a proteína de que tanto precisamos. E, sobretudo, as espécies vegetais, exemplo do milagre da vida. Uma pequena semente é capaz de se transformar em uma frondosa árvore, com dezenas de metros de altura e grandes copas e frutos. Não sabemos como isto acontece, apenas somos capazes de alterála geneticamente, através da transgenia, mas a sua programação genética continua um mistério. Pássaros e mamíferos, depois de comer os frutos das árvores, defecam seus caroços em outros locais, permitindo que as sementes se transformem em novas árvores, fazendo com que surjam as florestas, num tipo de dispersão chamada de zoocórica. As árvores nos dão alimentos e sombra. Através da evapotranspiração, uma grande mangueira, por exemplo, pode aspergir cerca de 100 litros por dia, mudando o microclima, reduzindo de forma expressiva a temperatura do seu entorno. Isto
sem falar da fotossíntese: por meio da luz solar, as plantas captam o CO2 da atmosfera, metabolizando o carbono, transformando-o em troncos, folhas, flores e frutos, nos devolvendo o oxigênio indispensável à vida humana. Sem as árvores não sobreviveríamos. Basta ver o exemplo da Ilha de Páscoa, possessão chilena no Oceano Pacífico. Lá, a civilização foi dizimada junto com a derrubada da última árvore.
Tenho que confessar que só agora acordei para esse fato quando tinha 40 anos de idade. Antes, como engenheiro, achava que as árvores eram obstáculos a serem vencidos, que sempre atrapalhavam o desenvolvimento econômico. Quando comprava no comércio do Rio de Janeiro peças de peroba rosa para fazer os telhados das construções, ou peças de canela para fazer batentes e esquadrias, nos anos 70 e 80, na verdade estava contribuindo para a derrubada das matas do Paraná. Após décadas desta prática voraz, já conhecemos os danos que causamos à natureza e ao homem pela derrubada das árvores para o clima, para as chuvas e para o homem. Hoje a humanidade começa a perceber, diferentemente do passado, a importância das árvores - e as vê como amigas do homem, embora alguns ainda continuem a enxergá-la com a visão distorcida do século XX. Conscientizemo-nos de vez que as árvores são uma parte visível da natureza e aliadas fundamentais na preservação da espécie humana. Artigo publicado na Folha Rural
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"Um país se faz com homens e livros" Monteiro Lobato
ALTA TENSAO - ARQUEIRO HARLAN COBEN
Uma mensagem anônima deixada no Facebook da ex-estrela do tênis Suzze T põe em dúvida a paternidade de seu filho. Grávida de oito meses, ela pede a ajuda de seu agente e amigo Myron Bolitar para descobrir o responsável por essa intriga e trazer de volta seu marido, o astro do rock Lex Ryder, que saiu de casa depois de ler o texto. Nesta história vencedora do Prêmio Internacional de Novela Negra, Harlan Coben mais uma vez consegue construir uma trama envolvente, que fala de fama, ganância e rivalidade e surpreende por seu toque humano. CAO DE FAMILIA - AGIR ALEXANDRE ROSSI, ALIDA GERGER
No livro "Cão de família", o leitor pode aprender as mais importantes informações sobre comportamento, saúde, educação e bem-estar dos cães. Escrito por Alexandre Rossi e Alida Gerger, esta é uma leitura considerada fundamental para quem tem ou quer ter um cão, seja ele filhote ou adulto. O guia é indicado para quem deseja entender a essência e as necessidades dos cães. FAMILIAS ANIMAIS - PUBLIFOLHA SAIBA COMO OS FILHOS VIVEM E SE DIVIRTEM
Ricamente ilustrado, o livro traz imagens engraçadas de filhotes de várias espécies animais como elefantes, zebras, coelhos, macacos, koalas, pinguins, ursos, girafas, gatos e hipopótamos. Indicado para crianças entre 3 e 7 anos, o livro alimenta a curiosidade própria da idade e mostra de forma lúdica como os filhotes aprendem a andar, comer, tomar banho, brincar e dormir. PAZ GUERREIRA - TH EDITORA O CAMINHO DAS DEZESSEIS PETALAS TALAL HUSSEINI
A ficção conta a história do jovem Kadriel Vahan, um funcionário de segundo escalão do ministério do Rei Sokárin, que se vê indicado pelo próprio monarca para sucedê-lo no reinado da cidade de Anthar. O desenvolvimento da trama ocorre por meio de capítulos intercalados, que descrevem situações aparentemente desconectadas. A definição de caráter das personagens se dá, em partes, pela narrativa e descrição apresentadas pelo autor, mas se tornam interessantes pelo seu próprio desenvolvimento ao longo do romance: tomadas de decisões, provocações e ironias humanizam as vidas ali descritas, colocando, em alguns momentos, até mesmo os heróis em situações de cheque.
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exposições | eventos |feiras A FIMAI - Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade Acontecerá nos dias 8, 09 e 10 de novembro de 2011, no Pavilhão Azul, do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, representa uma mostra atualizada de opções na área ambiental e possibilita o contato com os mais importantes especialistas e empresários atuantes no Brasil. www.fimai.com.br
EXPOURBANO 2011 Data: 22 a 24 de Novembro de 2011 Local: Pavilhão Azul, Expo Center Norte - São Paulo Site: http://www.expo-urbano.com.br/ Mais informações sobre o evento: O Expo Urbano é uma feira e conferência para a melhoria dos espaços urbanos. Os principais temas do evento são Estética, Conforto, Segurança e Recreação de lugares públicos como ruas, praças, parques, jardins, parques infantis, instalações esportivas, praias, áreas de lazer e estacionamentos. IX Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas - 24 a 26 de maio de 2012
Informações: GSC Eventos Especiais - (35) 3697-1551 Fórum Brasileiro e Feira Internacional de Resíduos Sólidos Data: 05 a 07 de outubro de 2011 Evento organizado e promovido pelo Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Brasileiro - IBDS, que busca apoiar e acompanhar os atores sociais e os agentes da cadeia produtiva brasileira na busca pela excelência da gestão da sustentabilidade, incentivando nas organizações o fomento contínuo da responsabilidade socioambiental.
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mundo Os seis rios mais poluídos do mundo
Rio Citarum
Rio Yamuna
Rio Buganga
Encontra-se na Indonésia , em seu redor há mais de 500 fábricas que diariamente despejam seus resíduos nele.
Afluente do Ganges, é um dos rios mais poluídos do mundo, onde 58% dos resíduos da capital é despejado.
Outro rio localizado na Ásia. O Buganga está situado em Bangladesh, foi recebe esgoto de todos os tipos.
Rio Amarelo
Rio Marilao, Filipinas
Rio Ganges
É o segundo mais longo da China é a principal fonte de água para milhões de pessoas é altamente poluído devido ao derrame de petróleo.
Plásticos,chinelos, carcaças de cachorros é umas das coisas que você pode encontrar nesse rio, apesar do governo fazer várias campanhas.
É o mais sagrado para os hindus. As pessoas ritualmente banham-se nele, apesar de ter resíduo químico, esgoto e cadáveres que são jogados.
Explosão em usina reabre debate sobre energia nuclear na França A explosão de um forno na central nuclear de Marcoule, na França, no último dia 12, relança o debate sobre o uso da energia nuclear no país. Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas no acidente. Com 58 reatores em atividade em 19 centrais, a França possui o segundo maior parque nuclear do mundo, responsável pela produção de mais de 80% da energia elétrica do país. A explosão, cuja causa ainda não é conhecida, ocorreu em um forno utilizado para derreter resíduos radioativos metálicos com baixo nível de atividade, segundo a Agência de Segurança Nuclear da França. O forno é operado pela empresa Socodei, filial da estatal de energia elétrica EDF. A secretária-nacional do Partido Verde pediu ao governo 'transparência sobre a situação e as consequências ambientais e sanitárias' do acidente ocorrido em Marcoule.
LIXO RADIOATIVO A central, que possui diversas instalações, funciona sobretudo como um centro de tratamento e estocagem de lixo radioativo e desmantelamento de centrais nucleares. Em março passado,
um outro acidente, classificado como de nível 2 (numa escala até 7) já havia ocorrido em Marcoule. ACIDENTES Boa parte do parque nuclear fran-
cês foi construída no final dos anos 1970 e nos anos 1980 e é considerada antiga, o que suscita polêmicas sobre os sistemas de segurança dessas instalações. Em abril, militantes ecologistas chegaram a fazer greve de fome para pedir o fechamento da central nuclear de Fesseinhein, no leste, a mais antiga do país, em funcionamento desde 1978. Segundo um estudo da Agência de Segurança Nuclear (ASN), o número de pequenos incidentes e anomalias nas centrais francesas dobrou nos últimos dez anos. Após a catástrofe de Fukushima, no Japão, em março passado, o primeiro-ministro francês, François Fillon, pediu a realização de uma auditoria das 19 centrais nucleares do país. Uma pesquisa divulgada em junho passado revelou que 62% dos franceses são favoráveis ao abandono progressivo da energia nuclear no país. Fonte: G1
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Fórum de Sustentabilidade Hospitalar - 2a edição Nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, o Hospital Municipal de Araucária (HMA) realizou a 2ª edição do Fórum de Sustentabilidade Hospitalar, que teve como tema central a realização de boas práticas para trazer melhores resultados. O Fórum Hugo Weber em sua palestra "Sustentabilidade e Gestão de Comunicação" foi realizado no A realização do Fórum foi auditório da Faculdade Edu- tação de cases de Hospitais cacional de Araucária – FA- que colocaram em prática possível graças ao apoio de patrocinadores e apoiadores, CEAR e contou com a parti- ações nessas áreas. cipação de cerca de 100 pesO 2º fórum teve a partici- que viabilizaram a aquisição de soas. pação presencial de aproxima- materiais e pagamento de Durante os dois dias, o damente 100 pessoas, entre todo o custo para realização foco central do evento foi a profissionais da área da saú- do evento. Nenhum palestrante codiscussão da sustentabilidade de e estudantes de Curitiba e na área da saúde e como as Região Metropolitana e tam- brou pela apresentação e não instituições podem colocar bém de outras regiões, como houve cobrança de taxa de em prática ações em prol do São Paulo, Santa Catarina, inscrição. Todos os participandesenvolvimento sustentável. Espírito Santo e do estado do tes doaram voluntariamente Foram realizadas palestras Pará. Uma novidade deste ano alimentos para doação, que abordando temas como sus- foi a transmissão ao vivo atra- serão destinados a ações sotentabilidade na área da saú- vés do site do Hospital, pos- ciais do município. Ao todo de; comunicação e sustentabi- sibilitando que profissionais foram arrecadados 110 kg de lidade, produção de relatório de todo o país pudessem par- alimento. de sustentabilidade, economia ticipar. Estavam conectados Mais informações sobre o sustentável, a agenda 21 e a no site do evento participanFórum estarão disponíveis em breve no site: saúde, gestão de custos, eco- tes em hospitais no Pará, São www.hospitaldearaucaria.org.br/forum nomia de energia e apresen- Paulo e Paraná.
Nos dois dias do evento, foram discutidas boas práticas para a sustentabilidade hospitalar
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DANILO OLIVEIRA DA SILVA Administrador Hospitalar e Diretor Geral do Hospital Municipal de Araucária
Como promover a sustentabilidade? Promover a sustentabilidade certamente não é tarefa fácil. Primeiramente, partimos do pressuposto que este é um conceito relativamente novo e ainda há grande controvérsia acerca do que realmente é o desenvolvimento sustentável. Isso é normal. Neste momento, a discussão certamente é válida e ajuda a formação da opinião das pessoas e a construção de um conceito que a cada dia vem sendo mais aprimorado. Para que isso aconteça é necessário promover discussões e debates a respeito do que nós, enquanto pessoas ou em nossas instituições, devemos fazer para colocar em prática ações imediatas, mas que trarão resultados no futuro. Mobilizar as pessoas, conscientizá-las e motivá-las, é o fator decisivo para a mudança de comportamento e pensamento. Este certamente é o grande desafio que temos pela frente.
Mobilizar as pessoas, conscientizá-las e motivá-las, é o fator decisivo para a mudança de comportamento e pensamento. No Hospital Municipal de Araucária este trabalho é realizado constantemente, através do engajamento dos nossos colaboradores. Com a realização de campanhas de comunicação e treinamento contínuo, buscamos orientar nosso público interno para que tenham atitudes conscientes não apenas dentro do Hospital, mas que levem isso para fora e as coloque em prática diariamente, em casa, na escola, na rua, etc. Este trabalho vem dando resultados e hoje já é notável a percepção das pessoas para isso. Para ampliar ainda mais a discussão e disseminar o conceito em um parâmetro maior, em 2010, resolvemos organizar o 1º Fórum de Sustentabilidade Hospitalar, direcionado aos profissionais e estudantes de nossa região. Com o sucesso e boa repercussão da primeira edição, agora em 2011, realizamos a segunda edição, novamente alcançando bons resultados. Com o Fórum, sabemos que não vamos transformar o cenário da sustentabilidade na área da saúde, mas, certamente, estamos contribuindo com a mudança. Assim como as ações de desenvolvimento sustentável, nossos melhores resultados serão colhidos no futuro.
Faveiro-de-Wilson
DIA DA ÁRVORE
Brasil tem quase 500 espécies de árvores ameaçadas Com a chegada da Primavera, no último dia 23, o Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) divulgou que o Brasil tem oficialmente 472 espécies de árvores ameaçadas de extinção. Ao menos 276 delas são originárias da Mata Atlântica. O número de espécies na "lista vermelha" da fauna nacional tem quatro vezes mais exemplares que o levantamento anterior, feito em 1992, que registrava 108 espécies em risco de extinção.A relação feita pelo Ibama no entanto, é muito menor que a lista real de tipos de árvores em vias de se extinguirem ou extintas.
Dados do Ibama apontam que outras 1.079 espécies nacionais ainda podem estar ameaçadas de extinção, mas não foram incluídas, por enquanto na lista, devido à falta de estudos científicos comprobatórios. O Sudeste brasileiro, onde fica a maior parte dos 8,5% que sobraram da Mata Atlântica, é a região com o maior número de espécies ameaçadas (348), seguido por Nordeste (168) e Sul (84). Curiosamente, a Amazônia é o bioma com menor número de espécies na lista (24). Entre as espécies mais ameaçadas da relação está o Faveiro-de-Wilson (Dimorphanda wilsonii Rizinni) e o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra).
Jacarandá-da-bahia - uma das espécies ameaçadas
Parlamentares pedem redução na área de 20 terras protegidas Cerca de 20 projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional pedem a redução de área, ou da proteção, do equivalente a 6,5 milhões de hectares de terras protegidas. Os diferentes projetos de autoria de senadores e deputados de vários estados e partidos pedem que sejam eliminadas áreas legalmente protegidas principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado. Entre os parques que podem desaparecer ou perder áreas de proteção legalmente garantida estão o Parque Nacional da Serra do Pardo, no Pará, e o Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais. O Parque Nacional de Brasília, que perdeu 25% de suas matas por causa de um incêndio criminoso em setembro, também pode perder áreas de proteção. O Parque tem 3 mil moradores irregulares, entre eles moradores de casas com piscinas e quadras de esportes. Entre outras alterações, as pro-
postas transformam a reserva biológica da Serra do Cachimbo (PA) em parque nacional e área de proteção ambiental; reabrem a chamada Estrada do Colono, em meio ao Parque Nacional do Iguaçu (PR); transferem a gestão da Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (DF) para os governos do Distrito Federal e de Goiás, e dão fim à floresta nacional do Bom Futuro (RO). As justificativas apontadas pelos parlamentares nos projetos para reduzir ou extinguir as 20 áreas protegidas envolvem supostos erros em seus processos de criação, como inclusão de áreas urbanas ou rurais habitadas, atrasos na regularização fundiária, prejuízos ao uso de terras agricultáveis ou a projetos de colonização. O alerta foi feito nessa terça-feira (20) pela entidade WWF-Brasil. "O Brasil passa por um momento delicado da sua história ambiental, com forte ataque de setores com visão atrasada sobre nossos recursos naturais
estratégicos, dentro e fora de unidades de conservação. Não podemos seguir vendo os espaços protegidos como entraves ao desenvolvimento. Pelo contrário, é preciso reconhecer seus valores e sua contribuição à economia e à qualidade de vida de todos os brasileiros", ressaltou Maria Cecília Wey de Brito, secretária-geral interina do WWF-Brasil. CONTRA ALTERAÇÕES O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) contesta as propostas de alterações. Segundo o presidente do órgão responsável pela gestão das terras protegidas do país, os projetos são incompletos, pois em suas justificativas não apresentam estudos técnicos que justifiquem a alteração das terras protegidas. "Alterar o limite de uma unidade de conservação é algo válido desde que haja uma necessidade maior, e não por interesse individual. Para isso é
necessário que sejam divulgados estudos técnicos detalhados sobre o porquê da proposta e suas consequências", diz Rômulo Melo, presidente do Icmbio. "Alterar o limite ou a categoria de uma terra protegida é sempre o último recurso". Em agosto, uma medida provisória da presidente Dilma Rousseff reduziu a área do Parque Nacional do Mapinguari, em Rondônia. A decisão foi tomada porque o parque foi criado em cima dos canteiros de obras da hidrelétrica de Jirau. "Nesse caso, a redução foi feita para corrigir um erro durante a criação", diz Melo. Apesar da concordância do Icmbio, o Ministério Público de Rondônia entrou com uma ação de contestação da medida provisória. Os promotores e procuradores que assinaram a ação alegaram que a medida trazia danos ambientais e que a proposta não foi apreciada no Congresso Nacional, como prevê a Constituição. Fonte: Juliana Arini/ Globo Natureza
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Dia 5 de Setembro: Dia da Amazônia A data foi instituída em 2007 para promover ações em defesa da maior floresta tropical do Planeta Com características marcantes por sua incrível biodiversidade e riqueza, o bioma atinge 5,5 milhões de quilômetros quadrados, espalhados por nove países sulamericanos - Brasil, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru e Suriname. A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país, e a chamada Amazônia Legal é ainda maior, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins. A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra. Floresta Amazônica. É composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas que incluem florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, savanas e uma de rios, lagos e igarapés. O Rio Amazonas com mais de 6.400 km de extensão é o segundo rio mais longo do mundo, atrás
apenas do Rio Nilo, na África. A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna.
O avanço da soja e da pecuária sobre a floresta tem aumentado em um ritmo veloz. Nesta época do ano, a área é devastada por queimadas. O uso do fogo ainda é uma prática agrícola comum nas fazendas de gado e grãos da Amazônia. Infelizmente a Amazônia está ameaçada por inúmeras atividades predatórias e a sua perda anual permanece em níveis alar mantes. Contudo, segundo dados da ONG WWF, 80% da floresta original permanece intacta e, talvez, seja possível salvar esse patrimônio da humanidade.
AMEAÇA Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia.
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Amazônia Exótica artistas plásticos Eron Teixeira e Antonio Martins confere uma bela apresentação à obra, agradável aos olhos, tornando-se leitura indispensável para estudo e lazer. A autora Olímpia Reis Resque, graduada em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal do Pará e especialista em Bibliotecas Universitárias pela mesma Universidade, exerce suas funções profissionais na Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna e Arquivo Guilherme de La Penha, ambos no Museu Paraense Emílio Goeldi durante 30 anos, de-
ODAIR SANCHES
Advogado e eng. agrônomo, graduado em Direito - Faculdade de Direito de SANCHES Curitiba e em Engenharia Agronômica - UFPR, especialização ODAIR Lato Sensu em Gestão Ambiental com Ênfase em Perícia e Auditoria Ambiental - IMEC - Instituto Martinus de Educação e Cultura
A extrema e por vezes maléfica subjetividade na imposição dos valores das multas ambientais A lei de crimes ambientais contempla algo que se mal usado, e muitas vezes o é, pode causar transtornos irreversíveis aos tutelados. Sejamos mais claros, a extrema discricionariedade do agente público na mensuração dos valores das multas ambientais é por vezes um verdadeiro revolver na mão de macaco. Quando da imposição de uma multa, não se sabe aonde a coisa vai parar. A legislação ambiental que serve de norte para as legislações municipais e estaduais prevê uma gama muito ampla de valores pecuniários como sanção aos infratores ambientais. A lei 9.605 de 1998 (Lei de crimes ambientais) possui margens muito grandes, no art. 75 temos ipsis litteris "O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no re-
A Floresta Amazônica estende-se por 9 países da América do Sul
A bibliotecária e pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi Olímpia Reis Resque lançou, em Curitiba, o livro Amazônia Exótica: Curiosidades da Floresta, fruto de uma exaustiva pesquisa em torno dos relatos dos cronistas e viajantes que cruzaram à Amazônia desde o século XVII ao início do século XX, onde seleciona um universo fantástico e curioso de aspectos da floresta, seus habitantes e os mistérios da mitologia indígena. O livro, ricamente ilustrado com iconografias da época e aquarelas dos
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opinião
senvolvendo pesquisa bibliográfica, histórica e indexação de documentos. Publicou outros trabalhos como: Coletânea das Publicações do Museu Paraense Emílio Goeldi (1894-1956), Os Viajantes, Caderno de Anotações com relatos dos viajantes brasileiros e estrangeiros que passaram por essa região em séculos passados e o Vocabulário Controlado de Frutas Comestíveis na Amazônia, disponível no Repositório Institucional do Museu Goeldi, on line. O guia teve a colaboração do biólogo, biomédico e pesquisador Daniel Rebisso Giese.
O livro encontra-se na Livraria Alexandria, à Travessa Nestor de Castro, 223 - loja 2 (esquina c/ Rua do Rosário) Curitiba - PR. Tel.: 41-3027-4741
gulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). O Decreto que a regulamenta, Decreto 6.514 de 2008 (que revogou o anterior, 3.179 de 1999) não melhora em muito o amplo leque, já que os limites inferiores e superiores permanecem, joga um pálido lúmen no assunto, só. Vejamos com exemplos. No art. 61 temos "Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinquen-
ta milhões de reais)" Não melhorou muito não é verdade?. Tudo isso tem que ser visto sob o prisma da subjetividade quando da avaliação do dano ambiental. O meio ambiente complexo como é, permite divagações de todas as ordens, não é ciência exata. A formação profissional do agente público, seu bom senso, seu poder de avaliação, seu grau de apego ao bem tutelado, e até fatores de ordem pessoal contribuem para que a multa seja lavrada a maior ou a menor. Não é difícil de acontecer que o mesmo dano ambiental, visto por dois agentes diferentes tenham mensurações de valores diversos. Tudo isso ainda sem levar em conta que a multa deve ter o condão de impingir ao infrator relevante ônus fi-
nanceiro para que o penalize do ato praticado e o inibida de atos infracionais futuros. Alem do mais, tal avaliação (condição financeira do infrator), quase sempre acontece de modo superficial, vai-se predominantemente pela aparência e convenhamos, quem julga pela aparência julga mal. Um maior nivelamento dos conhecimentos científicos de avaliação do dano ambiental, uma maior objetividade dos valores a serem impostos, tudo isso conjugado daria ao meio ambiente a proteção que este necessita. Diante de uma maior objetividade não nos depararíamos com casos onde se matou uma mosca com uma bala de canhão, que é o que aconteceu por vezes nas multas ambientais que tivemos acesso.
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entrevista
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Arquiteto paranaense lança projeto de compensação ambiental Fotos: Diego Pisante
Formado em Desenho Industrial e Arquitetura e Urbanismo, Luiz Baccoccini apresenta a Bacoccini Arquitetura e Consultoria como uma catalisadora de ideias. Assina projetos arquitetônicos prezando pela fluidez dos espaços. Atua amparado por uma competente equipe de arquitetos e designers. Realiza projetos pautados em rígidos controles de qualidade. Seu escritório é reconhecido por inúmeros prêmios. Luiz Bacoccini concedeu uma entrevista sobre o seu projeto. JMA - Como surgiu a ideia de realizar esse projeto? Bacoccini - O movimento começou no início de 2010, quando decidi desenhar cinco selos que sinalizassem a preocupação do escritório com a sustentabilidade. A partir daí envolvi toda a equipe e, juntos, conseguimos reorientar o conceito do escritório. É preciso ressaltar que, antes mesmo disso acontecer, a ideia de que atitudes conscientes são capazes de mudar o mundo sempre esteve presente. Acredito que é nosso dever garantir às futuras gerações que haja um planeta mais saudável aguardando por elas. Então, é uma questão de consciência, nós sabemos que as construções acabam impactando o meio ambiente de uma forma muito rigorosa e é por
Acredito que é nosso dever garantir às futuras gerações que haja um planeta mais saudável aguardando por elas. isso que, de uma forma independente, nós estamos fazendo essa compensação. JMA - E a escolha do local para a sua implantação? Bacoccini - O ponto mais importante para definir a área a ser adquirida foi a localização. Desde o início eu gostaria que fosse uma área perto de Curitiba para ter a facilidade de poder ir até o local. Outro ponto importante para definição da área foram as características que eu encontrei no local, um terreno com grande parte de mata nativa, um bosque relevante. Além disso, o fato de a região leste paranaense ser considerada o pulmão do Estado também chamou a minha atenção na hora de decidir. JMA - Poderia explicar exataFoto área: Arquivo pessoal
mente como funciona esse projeto de compensação ambiental? Bacoccini - Depois da aquisição da área em Morretes, nós fizemos o levantamento das espécies locais, um mapeamento da região e, em seguida, traçamos uma malha dividindo o terreno em quadrículas de 64m² cada. A ideia é que cada quadrícula represente um projeto assinado pelo escritório. Por exemplo, em função da construção de determinado projeto, nós destinamos uma quadrícula para ser preservada e, dessa maneira, fazemos uma compensação ambiental, nos comprometendo a sempre preservar essa quadrícula. JMA - Como tem sido a aceitação desse projeto? Bacoccini - A aceitação não poderia ser melhor. Estamos muito satisfeitos com a forma como o projeto tem sido recebido. Pensamos, inclusive, em adquirir outras áreas vizinhas ao atual terreno para expandir o projeto de preservação. Quando entregamos os certificados e os troféus às incorporadoras é sempre uma surpresa para eles. A iniciativa é sempre muito elogiada. Os certificados são entregues somente depois que a Prefeitura libera o alvará para a construção e algumas incorporadoras já estão ansiosas para receber o próximo certificado e o próximo troféu. Depois de trabalharmos a entrega do primeiro troféu, uma araucária, vamos entregar outra espécie de árvore. JMA - Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
Bacoccini - Acho importante que cada profissional reflita sobre sua atividade e pense de que forma pode colaborar com o meio ambiente. Sinto orgulho da nossa iniciativa, pois estamos conseguindo sensibilizar nossos parceiros, que tem um grande poder de persuasão também. Acredito que com essa iniciativa estamos fazendo nossa parte e que se cada um fizer um pouco, teremos um mundo melhor.
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sustentabilidade Ações sustentáveis das empresas pelo Brasil Itaipu ganha Americas Award pelo Programa Cultivando Água Boa O Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi escolhido como exemplo de excelência na categoria sustentabilidade ambiental pelo Americas Award 2011. A premiação é concedida pelo Instituto das Nações Unidas para o Treinamento e Pesquisa (Unitar), em parceria com o Centro Internacional de Formação de Atores Locais para a América Latina (Cifal) Atlanta, Estados Unidos. O prêmio é um reconhecimento dos resultados positivos do programa em termos de preservação e proteção. A gestão integrada da água e a redução de poluentes, promovidas pelo CAB, foram decisivas para a escolha dos jurados, segundo a Unitar. A cerimônia de entrega será no dia 6 de outubro, durante jantar oficial do 5º Americas Competitiveness Fórum, em Santo Domingo, República Dominicana. O American Award reconhece programas públicos e oficiais nas Américas que tenham contribuído para o desenvolvimento econômico e social. A premiação está presente em cada uma das áreas de ação dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. "Com esta indicação vencedora, o Cifal faz uma justa homenagem de uma organização brasileira que incentiva e promove práticas concretas para o desenvolvimento sustentável", afirmou em carta o presidente do comitê gestor do Cifal Curitiba e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures. O prêmio, que conta com o apoio do Carter Center, da Organization of American States (OAS) e do Metropolis International Institute, é um dos mais importantes recebi-
dos pelo Programa Cultivando Água Boa, da Itaipu. Em 2005, o CAB foi contemplado com o Prêmio “Earth Charter + 5 (Carta da Terra + 5). O programa também rendeu à Itaipu pelo menos uma dezena de condecorações, além da indicação para ser o case do Brasil na Rio+20. Na avaliação do diretorgeral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, estes tipos de reconhecimentos são fundamentais para ampliar a visibilidade do projeto e, com isso, permitir que ele seja adotado por outras instituições. “O mais interessante nesta experiência é a visibilidade que ela nos dá para compartilharmos e replicarmos o que fazemos aqui. Em todos os casos, mostramos a metodologia e os resultados concretos do programa. Eles passam a ser vistos e incentivam outros a terem as mesmas iniciativas”, avaliou o DGB. “Assim contribuímos não só localmente, mas para todo um ambiente melhor”. REFERÊNCIA Na prática, as ações adotadas pelo CAB renderam interesse da iniciativa privada e de outros empreendimentos hidrelétricos, como a usina de Belo Monte, que deve usar o projeto para suas ações socioambientais. Yacyretá, binaci-
onal do Paraguai e da Argentina, adotou o padrão de desenvolvido por Itaipu para um programa similiar. Outros institutos de renome também recomendam o programa. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto Superior de Administração e Economia (Isae) lançaram o livro “Programa Cultivando Água Boa: Resultados, Modelo de Gestão e o seu Papel como Referência Mundial”, enquanto a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) considera o CAB modelo a ser seguido. CINCO ESTRELAS Em solo brasileiro, o Cultivando Água Boa foi contemplado, entre outros, com o Prêmio ANA 2010, promovido pela Agência Nacional de Águas, e ingressou no Ranking Benchmarking dos Detentores das Melhores Práticas de Sustentabilidade do País no último mês de julho. Para Samek, o sucesso do programa está associado ao trabalho desenvolvido pelos empregados de Itaipu e ao empenho dos parceiros, que ajudam a geri-lo em toda a Bacia do Paraná 3. “Fico muito satisfeito. Quando todo mundo dá as mãos no mesmo projeto, o resultado aparece”, conclui o DGB.
Segurança, tecnologia e consciência ambiental
A busca contínua de soluções ecologicamente corretas para o destino de óleo industrial e automotivo usado é a maior preocupação da Lubrificantes Fenix. A empresa tem como principais atividades o rerrefino de óleos lubrificantes usados ou contaminados, a prestação de serviço de reciclagem de óleos lubrificantes, coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, transporte rodoviário de carga seca e a granel de derivados de petróleo, coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos contaminados com óleo. O respeito se mostra em detalhes que garantem a segurança na coleta e transporte de óleo lubrificante industrial, realizado através de frota especializada de caminhões equipados com software de rastreamento por satélite e sistema SOS Cotec, possuindo cobertura total contra acidentes que envolvem cargas perigosas. A empresa também conta com o exclusivo veículo hibrido de coleta, que permite coletar óleo a granel e resíduos sólidos no mesmo veículo. Os veículos híbridos de coleta da empresa possuem a capacidade de coletar e armazenar 40 milhões de litros de óleo por ano. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas) são coletados 400 mil litros de óleo lubrificante industrial e em todo Estado de São Paulo esse número sobe para 1,5 milhão por mês. Introduzido no Brasil há mais de 25 anos pela Fenix, a reciclagem tomou espaço de
todos os processos até então utilizados, devido à grande vantagem técnica e econômica. O serviço de reciclagem de óleo lubrificante realizado pela empresa é diferenciado, superior a uma simples filtragem, tendo como destaque um processo físico que remove do óleo todos os materiais insolúveis e reduz os valores de resíduo de carbono. Além da reciclagem, a Lubrificantes Fenix faz o rerrefino, única destinação correta do OLUC (óleo lubrificante usado / contaminado). A atividade consiste em um processo industrial de alta complexidade e tecnologia avançada que transforma o óleo lubrificante usado em óleo mineral básico de alta qualidade e em oito etapas o óleo usado passa a ter característica semelhante às do óleo básico de primeiro refino. Preocupada e consciente com a destinação correta de resíduos sólidos gerados em postos de serviços, concessionárias, transportadoras e outras empresas geradoras desses materiais, a Fenix criou a marca EcoFenix, responsável pela execução do "Projeto Casa Limpa", promovendo de forma ambientalmente correta, a coleta, transporte e destinação final de embalagens plásticas de óleo, estopas, filtros de óleo e EPIs. A coleta é feita pelos veículos autorizados em postos de serviço, centros de troca de óleo, oficinas mecânicas, transportadoras e indústrias. É a Lubrificantes Fenix em busca de um futuro melhor, consolidando seu compromisso com a natureza.
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entrevista Sacola biodegradável é o primeiro produto com a tecnologia Eco-One
Em entrevista ao Jornal Meio Ambiente, Flávio Rodrigues, diretor da Bioecológico e representante da Tiv Plásticos Eco-one, fala a respeito das qualidades dos seus produtos JMA - Qual o maior diferencial da Sacola Biodegradável da Bioecológico? Flávio Rodrigues - Nossa constante procura por tecnologias alternativas e de menor impacto ambiental para o setor de plásticos fez com que alcançássemos grande conhecimento junto ao segmento e com certeza chegamos ao que há mais atual e de grandes possibilidades de transformação no momento denominado Eco-One. Foi então que em 2010 Bioecológico lançou a Sacola Legal, primeiro produto a receber a tecnologia Eco-One no Brasil onde passaríamos a oferecer aos nossos clientes produtos realmente biodegradáveis sob padrões reais de descarte de nosso país e de que ainda manteríamos os mesmos totalmente recicláveis assim poupando recursos. Sabemos dos grandes desafios e obstáculos que teremos que enfrentar para informar, esclarecer a grande polêmica que se formou com o termo biodegradável mundo a fora, mas não temos dúvidas que o Eco-One é realmente a melhor opção para reduções de impactos para o setor do plástico mundial. Entendemos que boa parte dos materiais plásticos quando não reciclados acabam em um aterro sanitário e para atender normas de compostagem não estaríamos dentro da nossa realidade. Gostaríamos também de agradecer pelo espaço concedido, pois é de grande importância poder divulgar e poder esclarecer a tecnologia Eco-One para toda a indústria e assim permitir que novas ações e práticas menos agressivas ao Meio Ambiente sejam analisadas. JMA - O que é a tecnologia Eco-One? Flávio Rodrigues - Eco-One é um composto orgânico fabricado e comercializado mundialmente pela empresa americana EcoLogic-llc e distribuído no Brasil pela Tiv Plásticos. Este composto quando adicionado na transformação dos plásticos os
Flávio Rodrigues, diretor da Bioecológico e representante TIV Plásticos Eco-One
tornam biodegradáveis por ação de bactérias de preferência em ambientes descartáveis tais como os aterros sanitários ou ambientes anaeróbios, ou seja, ambientes desprovidos de oxigênio. Este composto pode revolucionar a indústria do plástico no cenário mundial, pois algumas tecnologias existentes não possibilitam a ação direta de microorganismos em produtos
poliolefínicos e assim não comprovando a biodegradabilidade dos materiais. Eco-One além de oferecer esta possibilidade faz com que os plásticos com características hidrofóbicas de grande resistência a água e ar se transformem em cadeias hidrofílicas “mais receptíveis a água”. Suas certificações estão voltadas a ASTM D5511 e ISO15985:2004 Biodegradação anaeróbia: Degradação causada por atividade biológica de ocorrência natural, por ação enzimática, em ausência de oxigênio ou em ambiente com baixa disponibilidade de oxigênio, causando uma mudança na estrutura química do material, produzin-
do principalmente biogás, matéria orgânica estabilizada e dióxido de carbono. JMA - Ele pode ser adicionado em qualquer produto plástico? Flávio Rodrigues - Esta nova possibilidade de biodegradação pode atender a maioria dos polímeros tais como: PE (HDPE – LLDPE - LDPE e
“BLENDS” DE LDPE). EVA – ABS - PVC. Borracha Natural. PP (inclui filme de BOPP). PS (não para PS expandido). Nylon - PC - PET JMA - Quais são os maiores benefícios? Flávio Rodrigues - Como a grande preocupação era em adotar um produto visualizando todos os seus aspectos e de seus benefícios reais ao Meio Ambiente, podemos destacar os seguintes: 1- O composto é orgânico. 2- Os plásticos realmente sofrem ação de microorganismo em ambien-
tes anaeróbios comprovados pelos métodos ASTM D5511 e ISO 15985:2004. 3- Os materiais são biodegradáveis em ambientes anaeróbios, ou seja, na ausência de oxigênio onde a maioria de outras tecnologias não é eficaz. 4- Não ter necessidade de mudanças ou de investimentos em sua linha de produção, pois se trata apenas de uma adição. 5- Os materiais transformados não sofrem mudanças e suas características são mantidas quando estocados, pois este não é um ambiente favorável para sua degradação. 6- Os materiais continuam totalmente recicláveis e não contaminam o ciclo dos 3Rs. 7- Ensaio biológico de toxicidade sob normativa Standard Methods (1975, CETESB,1991) Bioensaio da Toxicidade aguda em teste Daphnia similis UNESP Rio Claro. 8- Plásticos que usam Eco-One em sua formulação passam à ser fontes de energia em aterros sanitários possibilitando assim a captura do Biogás. 9- Pode ser adicionado na maioria dos plásticos. 10- Melhor custo benefício para o setor. Não temos dúvidas com relação às garantias do EcoOne e que as possibilidades de produção de materiais plásticos em biodegradáveis hoje é uma realidade para todos sem que seja investido muito tempo para sua implantação, os grandes diferenciais de sucesso para esta nova possibilidade de biodegradação ficará por conta de empresas que atuarem melhor junto aos seus setores de sustentabilidade, marketing e lógico para seus clientes já fidelizados. Mais informações: www.sacolabiodegradavel.com.br www.brazil.ecologic-llc.com www.tivplasticos.com.br
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saúde
Robinson Rolim Ressetti
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos desde 2008. Em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - Censo Agropecuário 2006), nesse ano ocorreram 25.008 casos de intoxicação aguda por agrotóxicos no Brasil, um número muito superior aos notificados oficialmente. A intoxicação é considerada aguda quando o agricultor chega ao hospital com vômitos, diarréias e tonturas. O Ministério da Saúde estima que, para cada caso notificado de intoxicação por agrotóxicos, existam outros 50 não notificados. A definição legal de agrotóxico é que eles são 'os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos (...) cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos' (Lei 7.802/1989). Essa mesma lei deixa estabelecido o termo 'agrotóxicos' em substituição a 'defensivos agrícolas', deixando evidente a toxicidade desses produtos para o ser humano e meio ambiente. Com o objetivo de controlar e estruturar um serviço de avaliação da qualidade dos alimentos em relação aos resíduos de agrotóxicos, foi iniciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2001, o Projeto de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Esse projeto se tornou um Programa da ANVISA em 2003. A previsão de divulgação dos resultados do PARA 2010 é meados de outubro de 2011. No ano anterior (2009), foram monitorados 20 alimentos pelo PARA, cuja escolha se baseou em informações de consumo fornecidas pelo IBGE, na disponibilidade destes nos supermercados em 26 diferentes Unidades da Federação e no uso intensivo de agrotóxicos nessas culturas. Em função da cultura estudada, as análises contemplaram até 234 ingredientes ativos de agrotóxicos. Foram avaliadas 3.130 amostras no PARA 2009, onde 29 % foram consideradas insatisfatórias, apresentando as seguintes irregularidades: 1- presença de agrotóxicos em níveis acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR);
Foto: Lavorenti (2008)
Minimizando os resíduos de agrotóxicos em alimentos
2- utilização de agrotóxicos não autorizados (NA) para a cultura; e 3- resíduos acima do LMR e NA em uma mesma amostra. As amostras analisadas que demonstraram as maiores desconformidades foram pimentão (80,0 %), uva (56,4 %), pepino (54,8 %), morango (50,8 %), couve (44,2 %), abacaxi (44,1 %), mamão (38,8 %), alface (38,4 %), tomate (32,6 %), beterraba (32,0 %), arroz (27,2 %) e cenoura (24,8 %). A irregularidade mais frequente foi de uso de agrotóxico não autorizado para a cultura. Esse fato implica no aumento do risco dietético de consumo de resíduos desses agrotóxicos, pois essa prática não foi considerada no cálculo do impacto na 'Ingestão Diária Aceitável (IDA)'. Esses mesmos agrotóxicos (metamidofós, endossulfam e acefato) estão com indicação de banimento ou de sofrerem restrições de uso pelos efeitos adversos à saúde humana. Outro fato importante é que 3,9 % do total de amostras que continham ingredientes ativos não autorizados apresentavam substâncias banidas do Brasil ou que nunca tiveram registro no País (ex. clortiofós, dieldrina, mirex, piperonyl butoxide, parationa-etílica e azinfós-metílico), sugerindo persistência ambiental e contrabando. Apenas uma pequena fração do agrotóxico aplicado nas culturas efetivamente atinge o 'ser nocivo' ou 'patógeno'. Esse percentual é inferior a 1 %. Dessa forma, mais de 99 % dos agrotóxicos aplicados são dissipados e afetam os seres humanos, o solo, a água, a atmosfera e espécies animais e vegetais 'não alvo'.
Os 'patógenos' são organismos que aumentam rapidamente sua população quando o hospedeiro (planta ou animal) está enfraquecido. Eles proliferam lentamente no ambiente externo por estarem em equilíbrio com o meio. Por essa razão, a presença de 'patógenos' em um hospedeiro vivo deve ser visto como um modo natural para indicar sua vulnerabilidade. De modo geral, executa-se uma batalha contra os 'patógenos', porque a ciência materialista reducionista não aceita esse mecanismo espontâneo que é completamente benigno. Eles atuam como indicadores da baixa resistência (força vital reduzida) de um organismo, seja por este se encontrar debilitado e/ou estar em um ambiente adverso. Uma vez que as condições que desencadeiam o processo não ocorram ou estejam corrigidas, os 'patógenos' não se tornam um problema. Com relação à presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos, alguns esclarecimentos se fazem necessários: 1- os agrotóxicos são divididos em sistêmicos e de contato. Os primeiros circulam por todos os tecidos vegetais e se distribuem de maneira uniforme no vegetal, ampliando seu período de ação. Os últimos agem externamente, mas uma parte também é absorvida pela planta, alcançando seu interior através de aberturas naturais; 2- a lavagem dos alimentos com água corrente e a retirada das cascas pode remover parte dos resíduos presentes na superfície, mas não os que estão em seu interior; 3- as soluções de hipoclorito de sódio (água sanitária) são eficazes na
Robinson Rolim Ressetti, M.S., Eng. Agr. <robinsonrr@bol.com.br>
higienização de bactérias superficiais nos alimentos, na dose de uma colher de sopa para 1 L de água; essas soluções não têm efeito em ovos viáveis de helmintos e na eliminação de resíduos de agrotóxicos; 4- o uso indiscriminado de agrotóxicos e a negligência ao intervalo de segurança (período de tempo entre a última aplicação e a colheita dos alimentos) levam à presença de resíduos nos produtos em teores acima dos estabelecidos pela legislação como 'seguros', colocando em risco a saúde de seus consumidores; 5- a absorção continuada de pequenas doses de agrotóxicos pode levar, em longo prazo, a problemas de pele e respiratórios, doenças neurológicas, várias formas de câncer, alterações do sistema imunológico, infertilidade masculina, malformações congênitas, abortos e doenças hepáticas crônicas entre outras; e 6- os trabalhadores rurais que fazem a aplicação dos agrotóxicos se encontram em muito maior grau de exposição que a população em geral (a agricultura familiar corresponde a 84,4 % dos estabelecimentos rurais no País - IBGE, Censo 2006). É clara a necessidade de maior orientação aos profissionais legalmente habilitados na prescrição de agrotóxicos e de levar esclarecimento e treinamento aos produtores rurais quanto ao 'uso racional' desses insumos, bem como se ter fiscalização constante nos pontos de venda e nos locais de produção. Informações referentes a métodos alternativos de produção agrícola, onde agrotóxicos e outros produtos artificiais não são utilizados, também devem fazer parte de programas de qualificação profissional e de educação e conscientização do produtor rural. O consumo de produtos orgânicos pode evitar a exposição aos agrotóxicos e contribuir na manutenção de uma cadeia sustentável de produção de alimentos, onde o respeito ao meio ambiente, à qualidade do produto e à saúde e bem-estar do agricultor e da população são considerados. Mais informações sobre o monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos alimentos podem ser obt i d a s n o p o rtal da ANVISA <portal.anvisa.gov.br/>.
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opinião Entenda um pouco mais sobre o futuro de nossa alimentação Os alimentos geneticamente modificados hoje estão presentes na mesa de muitos consumidores, sem que eles saibam. Mas o que são alimentos transgênicos? Como surgiram? Quais os riscos? Que gosto tem? Onde são encontrados? Alimentos transgênicos são alimentos geneticamente modificados, ou seja, criados em laboratórios com a utilização de genes (parte do código genético localizado no interior das células) de espécies diferentes de animais, vegetais ou micróbios. Surgiram no início dos anos 80, quando cientistas conseguiram transferir genes específicos de um ser vivo para outro. A comercialização de transgênicos ainda é polêmica. Por um lado algumas empresas, produtores e cientistas defendem a nova tecnologia e dizem que ela aumentará a produtividade, reduzirá os preços dos produtos e permitirá a redução dos agrotóxicos utilizados. Por outro lado, os ambientalistas e outra parcela de cientistas afirmam que o produto é perigoso uma vez que não se conhece seus efeitos sobre a saúde nem o impacto que pode causar ao meio ambiente. Pesquisadores e cientistas do mundo inteiro, estão desenvolvendo pesquisas sobre quais são as reais conseqüências da utilização de alimentos genéticos no organismo humano e no meio-ambiente. Alguns alimentos transgênicos já tiveram comprovados, certos benefícios, como por exemplo, em 1997, segundo a instituição americana, a Sustainabele Maize and Wheat Systems for the Poor (Sistemas Sustentáveis de Milho e Trigo para Pobres), que desenvolveu um milho híbrido mais rico em vitamina A, zinco e ferro. A produção de um alimento transgênico permite introduzir, nesse alimento, elementos que antes não existiam, tornando-o mais rico e saudável.
Como pontos negativos apontam que os transgênicos tornam a agricultura mais arriscada, podendo provocar a poluição genética e o surgimento de superpragas, além de matar insetos benéficos para a agricultura e conseqüentemente provocar queda na produção e/ou aumento de seus custos; além disso, ninguém quer assumir a responsabilidade pelos riscos que podem aparecer. As discussões em torno de produzir ou não alimentos transgênicos levam também a discussão sobre a fome no mundo, pois há quem acredite ser esta uma das únicas soluções. Porém, isso nos remete á uma questão ética: para se matar a fome no mundo deve-se produzir alimentos cuja toxicidade ainda não tenha sido amplamente testada? Consumidores de países onde já ocorre a comercialização de alimentos transgênicos exigem a sua rotulagem, já que todo cidadão tem o direito de saber o que irá consumir. Aqui não pode ser diferente! É importante acompanhar de perto, pois o simples rótulo na embalagem só indica a presença ou não desse alimento, mas não indica o que mais pode estar ali contido ou o que isso significa para nossa saúde. Uma coisa é certa: é preciso investir em pesquisa e aprimorar os estudos, antes que novos produtos sejam liberados. Hoje além da soja transgênica, já é possível encontrar um algodão que nasce colorido (verde, vermelho ou amarelo), conforme o interesse do produtor. Além da aplicação da biotecnologia pela indústria alimentícia, plantas e animais vêm sendo alterados para outras finalidades, como é o caso do Instituto Roslin, na Escócia, que fez a clonagem da ovelha Dolly; cria carneiros em cujo leite é gerada uma droga que estimula a coagulação do sangue. Chamada de Fator IX, ela deverá ser empregada no combate à hemofilia.
meio ambiente e mercado HUGO WEBER JR.
Consultor em Marketing Ambiental
O marketing ambiental e a modelagem verde “Para o setor econômico, o meio ambiente não é uma ameaça e sim uma oportunidade”. Paul de Baker Embora a preocupação do público consumidor com a qualidade ambiental não seja nova, o uso destas ansiedades pelos profissionais em marketing para vender produtos e serviços tem uma história relativamente curta. Antes da recente onda de preocupação, os benefícios projetados como sendo associados aos produtos tendiam a incidir sobre os desejos e necessidades do comprador ou dos grupos familiares ou de referência imediata que aqueles que representavam. Contudo, muito dos produtos amigos do ambiente da “nova onda” tem sido vendidos de modo a gerar no consumidor preocupação por questões ambientais mais novas. Alguns produtos têm apenas benefícios indiretos em termos de qualidade ambiental e têm de ser tratados de modo diferente pelos profissionais em marketing. Produtos como detergentes em pó concentrados, que reivindicam benefícios ambientais porque se usa menos pó, proporcionam um exemplo. Essas reivindicações poderiam ser consideradas ilegítimas se forem considerados que os fabricantes estão simplesmente invocando características alternativas para ingredientes e tecnologias existentes, em vez de procurarem substitutos menos nocivos. De fato, pode-se argumentar que estes fabricantes estão mais preocupados em realçar a sua imagem empresarial “verde” para dar aos seus produtos legitimidade no quadro das preocupações ambientais. Tomando ainda o exemplo dos detergentes em pó concentrados, o fato de um pó ser mais concentrado não significa que seu impacto ambiental seja menor. Na verdade, pode-se dizer que determinados pós podem causar maior impacto, devido à presença de enzimas, do que os tradicionais menos concentrados. Vários elementos do chamado marketing “verde”, levantam uma quantidade de questões importantes que necessitam ser abordadas pelos especialistas em marketing. A primeira relaciona-se com a função básica do marketing de ligar a produção e o consumo no âmbito das exigências da sociedade quanto às questões ambientais. O marketing deve permitir que as empresas forneçam produtos que o mercado deseje. A questão que precisa ser colocada é se o marketing moldará esses desejos ao invés de corresponder-lhes. Isto leva-nos à segunda questão, nomeadamente, se estarão as empresas a usar práticas responsáveis de marketing no que se refere às questões ambientais. Para isso exige-se uma mudança fundamental no paradigma de valores dominantes no marketing e, mais amplamente, no meio empresarial em geral. Fundamental neste processo será o papel da formação em marketing “verde” ou marketing ambiental. Essa questão é fundamental e baseia-se num simples fator a ser tomado pelos profissionais que produzem o marketing nas empresas. Trata-se da Resolução Ambiental. TAREFAS A primeira tarefa da Resolução Ambiental pelos profissionais em marketing, a condição indispensável para garantir o sucesso, é acordar os que adormeceram, fazendo com que fiquem ativos e atentos; é assegurar que cada um se sinta dono do mundo, de seu país, de sua empresa, escritório ou instituição. ISTO É O PRINCIPAL. A tarefa seguinte é conscientizar e envolver os indivíduos e a coletividade em todos os processos ambientais. ISTO É O MAIS IMPORTANTE. A Resolução Ambiental é uma necessidade mercadológica para um mundo abarrotado de problemas ambientais, ecológicos, sociais e econômicos, mergulhados na pobreza, atraso e doença. Somos estudantes e nosso professor é a vida. Acreditamos que cada vez mais profissionais em marketing perceberão que a integridade de nosso mundo será acentuada através do marketing “verde” por intermédio da Resolução Ambiental, no sentido amplo da palavra. Fazer a lição de casa e deveres, receber boas notas de nosso principal professor, a vida, para estarmos no Século XXI bem preparados e seguros de que haverá mais progresso, conforto e muito mais consciência ambiental. Essas são as tarefas do marketing ambiental
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CRYSTIAN PETTERSON GALANTE Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental pela Faculdade de Direito de Curitiba, Autor de trabalhos científicos ligados ao tema de Resíduos Sólidos. e-mail: crystian@galante.adv.br
opinião Comissão do Senado aprova mudanças no novo Código Florestal
Responsabilidade Civil Ambiental A atuação do Direito Ambiental ocorre em três esferas básicas: a preventiva, a reparatória e a repressiva. A reparação de danos ao ambiente é regulamentado através das normas de responsabilidade civil, insculpidas essencialmente no Código Civil Brasileiro. A Lei da Política Nacional de Meio Ambiente - 6938/ 81, em seu artigo 14, §10, criou o regime da responsabilidade objetiva pelos danos causados ao meio ambiente. Isto quer dizer que o causador de danos ao meio ambiente responde pelos danos independentemente da comprovação ou existência de culpa (ou dolo); bem como da ilicitude da conduta, bastando tão somente existir o dano e o nexo causal para ser responsabilizado civilmente pelas lesões ocorridas. Tal regime, instituído pela Lei 6938/81, é conseqüência da chamada Teoria do Risco da Atividade ou Teoria da Empresa, a qual prevê a responsabilidade direta daqueles que exercem atividades perigosas (potencialmente lesivas ao ambiente), os quais detêm o ônus de reparar os danos advindos do exercício de tais atividades. Nem mesmo casos fortuitos ou de força maior podem isentar tais autores de sua responsabilidade de reparar (quando possível) e indenizar os danos ao ambiente, tendo em vista que o autor deve arcar com os riscos decorrentes de suas atividades, que de certa forma são previsíveis dentro de uma escala de probabilidades. Dessa forma, comprovado o dano (lesão), será indispensável comprovar a relação de causa e efeito (nexo de causalidade) entre a ação (comportamento do agente) e a lesão ao ambiente (danos); mas será despiciente comprovar ou demonstrar se a conduta do agente foi lícita ou ilícita em face da Teoria do Risco da Atividade. A reparação dos danos ao ambiente, de forma genérica, poderá ocorrer diretamente no local afetado e de forma pecuniária. Assim, quando não for possível uma reparação direta (in natura), o agente será compelido a uma reparação pecuniária em conjunto com a recomposição do ambiente lesionado. Tais sanções, aliadas as administrativas e criminais, estimula a proteção do ambiente, visto que obriga o agente (poluidor) investir na prevenção do risco ambiental advindo de suas atividades. Nesse diapasão, destaca-se o Princípio do Poluidor-Pagador, o qual dispõe que o agente poluidor deverá arcar com as despesas advindas de suas atividades lesivas, bem como a repará-las e/ou mitigá-las quando for possível.Em síntese, podemos dizer que, verificado um dano ao meio ambiente, aplicar-se-á, em regra, a Teoria da Responsabilidade Civil Objetiva, na qual aquele que, através de sua atividade criar um risco para terceiros, ficará obrigado a repará-lo, independentemente se sua atividade e seu comportamento forem isentos de culpa.
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saúde Água - Consciência e preservação
Cerca de metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas regulares de abastecimento de água, pois muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. De toda a água existente no planeta, 97% é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e apenas 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos. Este 1% de água é distribuído desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas e outros usos, mas atualmente mesmo este pouco de água que nos resta está ameaçado. Isso porque somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais. Toda a sociedade tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas, mas como não podemos resolver tudo de uma só vez, podemos começar a contribuir no dia-a-dia? Você sabia que uma pessoa consome, em média, 250 litros de água por dia? Entre banho (s), cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e água potável. 1. BANHO RÁPIDO Se você demora no banho, você gasta de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos rápidos (de no máximo 15 minutos) economizam água e energia. 2. ESCOVANDO OS DENTES Se a torneira ficar aberta enquanto você escova os dentes, você gasta você gasta até 25 litros de água. Então, o melhor é primeiro escovar e depois abrir a torneira.
pós quatro horas de debates, foi aprovado no último dia 21, Dia da Árvore, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), a favor da reforma do Código Florestal. A votação - 14 votos a 5 - representa derrota para o governo, cujos técnicos apontam inconstitucionalidade no texto. Para o governo, há pelo menos três pontos contrários à Constituição. Um deles, incluído no relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do BSP) aprovado pela Câmara, permite legalizar desmata-
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mentos feitos até julho de 2008 nas chamadas áreas rurais consolidadas. O texto do Senado aplica o conceito às APPs (áreas de preservação permanente0, em topos de morro e várzeas de rios que precisam de proteção especial. Outro trecho determina que as mesmas áreas sejam recuperadas. Segundo o coordenador de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros isso "é uma contradição: ou você regulariza tudo ou exige recuperar uma parte". Um segundo artigo abre brecha para a consolidação de desmatamentos ilegais, e o ter-
ceiro ameaça a proteção do Pantanal. PRÓXIMOS PASSOS PARA A APROVAÇÃO O projeto segue agora para a comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), onde poderá ser alterado no mérito. Uma das mudanças deve ser a inclusão de regras para remunerar agricultores que mantiverem florestas em suas propriedades, como pagamento por serviço ambiental. A proposta é defendida pelo presidente da CCT, Eduardo Braga (PMDB-AM), e consta de emendas apresentadas ao projeto.
Código Florestal A atual versão do Código Florestal é de 1965 e teve sua última modificação em 2001. A proposta para sua reforma foi aprovada pela Câmara e agora tramita no Congresso.
PONTOS POLÊMICOS Anistia para desmatadores - Mantém a legalização das atividades agropecuárias realizadas em Áreas de Preservação Permanente até 22 de julho de 2008. Regularização - Perdoa multas de quem se inscrever em programas de regularização ambiental, mas abre brecha para regularizar áreas que não passaram pelo programa.
Poder para os Estados - Governadores não podem estabelecer normas próprias para autorizar o desmatamento, exceto no artigo que trata do Pantanal, considerado institucional pelo Governo Federal. Liberdade para desmatamentos - Define 20 situações em que pode haver desmatamento nas APPs, entre elas quando há obras de infraestrutura.
3. TORNEIRA FECHADA Torneira aberta é igual a desperdício. Com a torneira aberta, você gasta de 12 a 20 litros de água por minuto. Se deixar pingando, são desperdiça-
dos 46 litros por dia. 4. DESCARGA Uma descarga chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto! Então, aperte a descarga apenas o tempo necessário. 5. LAVANDO LOUÇA Ao lavar louças, não deixe a torneira aberta o tempo todo (assim você desperdiça até 105 litros). Primeiro passe a esponja e ensaboe e depois enxágüe tudo de uma só vez. 6. LAVANDO O CARRO Lavar o carro com uma manguei-
ra gasta até 560 litros de água em 30 minutos. Quando precisar lavar o carro, use um balde!
da chuva e regue sempre de manhã cedo, evitando que a água evapore com o calor do dia.
7. MANGUEIRA, VASSOURA E BALDE Ao lavar a calçada não utilize a mangueira como se fosse vassoura. Utilize uma vassoura de verdade e depois jogue um balde d'água (assim você economiza até 250 litros de água).
9. AQUÁRIO Quando for limpar o aquário, aproveite a água para regar as plantas. Esta água está enriquecida com nitrogênio e fósforo, o que faz muito bem para as plantas.
8. JARDIM Regando plantas você gasta cerca de 186 litros de água limpa em 30 minutos. Para economizar, guarde a água
10. PRESSÃO POLÍTICA Não adianta só economizar: é preciso brigar por políticas que cuidem dos rios e lagos e garantam água potável para todos. Fonte: www.mma.gov.br
Academia de tênis em Curitiba inova com captação da água da chuva Eco Tênis Clube, conhecida academia de tênis com forte apelo e atuação ecológica divulgou recentemente que no primeiro ano de abertura da academia conseguiu economia de mais de 70% utilizando-se da captação de águas pluviais para uso em irrigação das quadras de saibro.
Essa é uma alternativa sócioambientalmente responsável, pois com esta atitude, afirma Eduardo Borges dos Reis, além da economia por si própria a Eco Tênis exerce seus valores de fundação, buscando a sustentabilidade e integração com a natureza em todas suas ações.
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saúde
Paraná apresenta excesso de agrotóxicos nos alimentos A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lançou este mês o Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos visando reduzir a presença de agrotóxicos nos alimentos cultivados no Estado. É uma medida extremamente necessária, pois o Paraná, de acordo com os últimos dados nacionais referentes a 2009 e publicados em 2010, ficou em primeiro lugar na quantidade de amostras insatisfatórias (com excesso de agrotóxicos), que indicam a reprovação de 80% das amostras analisadas de pimentão, 56% das amostras de uva, 54% de pepino, 50,8% de morango, 44% de couve, 44% de abacaxi. O menor índice registrado foi registrado nas amostras de batata, 1,2% de
reprovação. Entre os estados, O Paraná ficou em primeiro lugar na quantidade de amostras insatisfatórias -140 amostras analisadas e 48 reprovadas representando 34%. Foi a mesma proporção do Piauí, mas que enviou 119 amostras com a reprovação de 40 delas. Foram monitorados 20 alimentos entre frutas e verduras e as escolhas baseadas nos índices de consumo e disponibilidade nos supermercados em todo o País. A principal irregularidade detectada foi a presença de agrotóxicos não autorizados para aquela cultura específica em 23,8% das amostras. Também foi constatada a presença de agrotóxicos acima dos índices indicados no Limite Máximo de Re-
síduos (LMR), em 2% dos casos e de resíduos acima dos aceitáveis em 2,4%. SAÚDE O consumo de agrotóxicos pode causar uma série de doenças, especialmente o câncer. Por isso, especialistas orientam para o consumo de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos. Quem utiliza a aplicação nas lavouras, e este é um fato comprovado, correm mais riscos pela exposição ao produto e podem sofrer alterações no sistema nervoso central, apresentando dores de cabeça e paralisia nos membros do corpo. CUIDADOS Os alimentos devem ser muito
bem lavados antes da ingestão para minimizar a quantidade de agrotóxicos. Soluções de hipoclorito de sódio devem ser usadas para a higienização dos alimentos para matar agentes microbiológicos e, mesmo que a lavagem não retire completamente os resíduos, é um hábito que deve ser seguido normalmente. A partir de 2012, equipes da Secretaria de Estado da Saúde farão a análise de amostras para basear a implantação de novas medidas e a Vigilância Sanitária dos municípios ficará responsável pela fiscalização e por promover o rastreamento dos produtos. Isto significa saber a origem do alimento e em qual lavoura foi produzido.
Produtos reprovados pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
Pimentão
Uva
Pepino
Morango
Abacaxi
social na produção alimentícia, que, consequentemente, afeta a renda econômica. A produção orgânica tem enorme potencial de crescimento no Brasil, pois representa, atualmente, menos de 1% da produção agrícola, ocupando cerca de 100 mil hectares. Qualidade de vida é um assunto que vem cada vez mais despertando o
interesse e influenciando muita gente a adotar hábitos mais saudáveis. Como o consumidor brasileiro, há mais de duas décadas conta com o código de defesa para conter os abusos, vem criando outra consciência na sua relação com o mercado e as empresas que produzem para atender as suas necessidades. Esse cuidado aumenta quando a saúde está em questão.
27 de setembro: Dia Mundial do Turismo A chamada indústria sem chaminé é uma das mais importantes atividades econômicas do mundo Organização Mundial do Turismo instituiu a data em 1980, como forma de promover um intercâmbio entre os povos. Anualmente, é escolhido pelos países membros da Organização um tema a ser debatido internacionalmente. Para 2011 o tema escolhido foi "Turismo e a aproximação das culturas", para celebrar a integração entre os povos, proporcionando o conhecimento das mais variadas culturas, como também da biodiversidade de cada país.
sendo que 46% são provenientes da América do Sul e 16% das Américas Central e, principalmente, do Norte. A Europa é responsável por cerca de 31% dos turistas que chegam ao nosso país e o restante se divide entre Ásia e Pacífico (5%) e países africanos (2%). Com os eventos internacionais programados, como a Rio+20, Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016, o país precisa estar preparado com serviços e infraestrutura compatível com os padrões internacionais para receber todos os turistas que serão atraídos por esses grandes acontecimentos. A meta da Embratur é atrair 7,2 milhões de turistas estrangeiros em 2014, uma previsão de que 600 mil virão exclusivamente para ver os jogos.
A
ECONOMIA O turismo gera 7 milhões de empregos no país e é responsável por 3,2% do PIB, o que representa R$ 166,56 bilhões. De acordo com o Ministério do Turismo, entre 2007 e 2010, o número de turista cresceu 20%, passando de 155,9 milhões para 186 milhões. A expectativa é que até o final deste ano o número de turistas cresça 14,3% em relação ao ano passado, alcançando 78 milhões de regis-
Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu e São Paulo são as cidades mais visitadas pelos turistas
Couve
Produtos Orgânicos: base para uma alimentação saudável Enquanto discutimos se é correto comercializar alimentos geneticamente modificados, existe uma realidade na mesa do consumidor e uma unanimidade quanto aos benefícios à saúde: o alimento orgânico. Uma série de idéias e pensamentos fazem parte deste ramo da agroecologia, entre eles o crescimento natural do alimento sem agrotóxicos, o respeito à vida animal e vegetal e a limpeza da terra e das águas. Inúmeros dados comprovam as vantagens do alimento orgânico. Relatório da Academia Americana de Ciências, de 1987, calculou em 1 milhão e 400 mil os novos casos de câncer provocados por pesticidas. A Agência de Proteção Ambiental Americana calcula que os pesticidas já poluam metade da água potável dos EUA. A riqueza mineral de frutas e hortaliças possui mais que o dobro de minerais que o artificial. Tudo isso comprova que há um custo ambiental e
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PROTEÇÃO PARA AS FUTURAS GERAÇÕES Os alvos mais vulneráveis da agricultura convencional são as crianças. Quando completam um ano de idade, já recebem a dose máxima de agrotóxicos que seria permitida para uma vida inteira. A agricultura orgânica cumpre a tarefa de deixar para as futuras gerações um planeta reconstruído e livre de doenças. A conscientização das pessoas quanto às vantagens da alimentação saudável é um passo fundamental para que as vendas ganhem cada vez mais força, visto que o consumidor está disposto a pagar mais pela sua saúde. Consumindo produtos orgânicos, você exercita seu papel social, contribuindo para a conservação e preservação do meio ambiente, além de apoiar causas sociais, relacionadas com a proteção do trabalhador e a eliminação da mão-de-obra infantil.
tros, 10 milhões a mais que 2010. Em termos globais, os primeiros meses de 2011 já registraram um crescimento próximo de 51%, sendo que as regiões da América do Sul e Sul da Ásia lideram esse crescimento com taxa de 15% no período. BRASIL O Brasil recebe por ano aproximadamente cinco milhões de turistas,
FEIRA O Rio de Janeiro será a sede da 39ª Feira das Américas que acontecerá no Centro de Convenções Riocentro entre 19 e 21 de outubro. Organizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagem que espera que a feira reúna aproximadamente 800 empresas e um público de 24 mil visitantes. Empresas brasileiras, como a CVC, mostrarão suas programações de embarque até as férias de 2012. Fonte abav ministério do turismo
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11 de setembro: Dia Nacional do Cerrado A data foi criada para reforçar a importância do segundo maior bioma do País O Cerrado é uma região estratégica para o futuro do país, porém, sua vegetação nativa é diariamente destruída, seja pelo desmatamento ou pelas queimadas. A extração ilegal de madeira e de carvão, o avanço da agropecuária, da urbanização e da geração de energia e a margem legal para o desflorestamento são os principais motivos dessa destruição. Localizado basicamente no Planalto Central do Brasil, o Cerrado ocupa uma área contínua de cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente 23% do território nacional - já chegou a ocupar um quarto da área do país - abrangendo os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia. O Cerrado é o segundo maior bioma do País, superado apenas pela Floresta Amazônica, detém 30% da biodiversidade brasileira e caracterizase por tipos específicos de vegetação, como a caatinga, o cerrado entre outros. Sua flora consiste em mais de 12 mil espécies, sendo 44% endêmicas. Os principais rios brasileiros nascem e crescem no Cerrado, com exceção do Solimões e alguns de seus afluentes As três maiores bacias hidrográficas da América Latina recebem águas do Cerrado. A bacia Amazônica (Araguaia -Tocantins) tem 78% de suas nascentes no Cerrado, a bacia do Paraná-Paraguai possui 48%, enquanto a bacia do São Francisco tem quase metade de seu volume de água proveniente desse bioma. O relevo do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões. Devido a essas características, até meados de 1960 a vocação dessas terras era direcionada pecuária (produção de gado de corte), sendo a atividade agrícola bastante limitada, uma vez que os solos do cerrado são naturalmente inférteis. Nas décadas de 70 e 80, graças à irrigação e técnicas de correção do solo, houve grande expansão da fronteira agrícola, passando também a ser um importante centro de produção
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opinião ELOY FASSI CASAGRANDE JR Professor, PhD em Recursos Minerais e Meio Ambiente, Pós-doutor em Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, Coordenador do Escritório Verde e Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR
O consumismo que consome a razão e o meio ambiente
de grãos, principalmente soja, feijão, milho e arroz. O acelerado processo de ocupação promovido por um intenso desmatamento, ocasionou a perda de espécies animais e vegetais, além de ocorrer perda de solo, que por estar exposto foi facilmente erodido, resultando na modificação de 67% das áreas de Cerrado. Ocupando áreas de clima tropical, com duas estações alternadas bem marcadas (a seca, que ocorre no inverno e a chuvosa, no verão), Devido aos impactos sofridos, o Poder Público tem criado diversas categorias de Unidades de Conservação, como: o Parque Nacional das Emas (131.832 ha), o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (84.000 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (33.000 ha), o Parque Nacional da Serra da Canastra (71.525 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (60.000 ha) e o Parque Nacional de Brasília (28.000 ha) no intuito de preservar e proteger os remanescentes de Cerrado.
Multas por desmatamento no Cerrado chegam a R$ 142 mi As multas emitidas pelo Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), por desmatamento ilegal no Cerrado somaram R$ 142 milhões no período compreendido entre janeiro e agosto deste ano, onde foram identificadas 5l7 infrações contra o bioma em 140 municípios no país e autuadas mais de 1250 empresas. O Maranhão, estado que só perde para o Mato Grosso do Sul em extensão do bioma, foi o que teve a maior área de Cerrado desmatada - 1.587 mil quilômetros quadrados - entre 2009 e 2010. Segundo o órgão, a pecuária é um dos principais responsáveis desse desmatamento e pretende apurar a legalidade do desflorestamento na região onde está concentrada a abertura de novas áreas destinadas a esse fim. A intenção do Ministério do Meio Ambiente é manter sob con-
trole o ritmo de desmatamento do Cerrado que hoje já atinge 48,5% da área total do bioma espalhado por dois milhões de quilômetros quadrados. Segundo a ministra Izabella Teixeira, "essa região passa pela segunda vez por desmatamento e estamos conversando com os estados para saber o quanto disso é legal ou ilegal" revela. Apesar dos números serem preocupantes, o rítmo do desmatamento tem se reduzido, de acordo com o monitoramento do governo, porém os motivos são os mesmos: expansão da pecuária, produção siderúrgica e exploração do carvão vegetal. META - O acordo fir mado como parte da Conferência do Clima Organizado das Nações Unidas (ONU), prevê a redução de 40% do desmatamento do Cerrado no período entre 2010 e 2020.
Uma das raízes do problema ambiental está no consumismo exacerbado, sendo em grande parte de produtos supérfluos, o que exerce grande pressão sobre os recursos naturais não renováveis. A economia ortodoxa ainda não encontrou uma fórmula de crescimento que não seja o estímulo ao consumo, para aumentar produção e, por conseqüente, emprego e renda! A pergunta a se fazer é como podemos sair deste círculo vicioso, educando para a redução consumo, além de adotar um consumo mais ético e ecológico? De acordo com o relatório de 2010 do WorldWatch Institute (WWI), são extraídas 60 bilhões de toneladas de recursos naturais cada ano, isto significa cerca de 50% a mais de recursos naturais do que há apenas 30 anos. Sendo que os 65 países de maior renda acumularam 78% dos gastos de consumo mundiais, contendo apenas 16% da população mundial. Somente nos Estados Unidos, verifica-se que nesse período houve um gasto de cerca de US$ 32.400 per capita, o que significa que 32% dos gastos globais foram feitos por apenas 5% da população! Neste cenário entra uma triangulação que envolve a inovação, o design e o marketing, como ferramentas que servem de estímulo ao consumo, muitas vezes de coisas que não precisamos e que são descartáveis! Se analisarmos o comportamento das
crianças e adolescentes de hoje, vemos o conflito em que vivem. Ao mesmo tempo em que eles têm um maior acesso a informação e a educação ambiental na escola ou mesmo no seio da família, vemos o bombardeio de propagandas das marcas, seja dos aparelhos eletrônicos, tênis ou acessórios, que os fazem "estar na onda" para se sentirem parte da tribo! Uma pesquisa nos Estados Unidos revelou que as crianças ficam expostas anualmente a cerca de 30 mil mensagens publicitárias veiculadas pelos meios de comunicação. Como lidar com isto? No Brasil, as crianças até 14 anos representam quase 40% da população. Um prato cheio para os marketeiros de produtos infantis! As estratégias são
muitas e vão desde miniaturas de Harry Poters oferecidos para aumentar o consumo dos hambúrgueres altamente calóricos do MacDonalds, passando por bichinhos de pelúcia da Parmalat que estimulam o consumo de produtos açucarados, até tampinhas de garrafas de Coca-Cola trocadas por mini-engradados de garrafinhas de coleção! A situação se agrava quando vemos uma tradição de programas infantis da TV brasileira outrora conduzidos por estrelas como Xuxa, Angélica, Eliana, Mara Maravilha e outras, que faziam a cabeça das crianças, influenciando nos seus gostos e atitudes, além de criarem falsas necessidades! Quantas famílias já não se endividaram para dar a boneca da Xuxa
para suas filhas? Como educar para o consumo ético e o grande desafio do Século 21. Poderia se começar nas escolas através da leitura e o debate de textos críticos, como o poema "Eu, etiqueta", de Carlos Drumond de Andrade, que aqui selecionei alguns trechos: Em minha calça está grudado um nome / Que não é meu de batismo ou de cartório Um nome… estranho. / Meu blusão traz lembrete de bebida / Que jamais pus na boca, nessa vida, Em minha camiseta, a marca de cigarro / Que não fumo, até hoje não fumei. Agora sou anúncio / Ora vulgar ora bizarro. Eu é que mimosamente pago / Para anunciar, para vender Em bares festas praias pérgulas piscinas, / E bem à vista exibo esta etiqueta É duro andar na moda, ainda que a moda / Seja negar minha identidade, Por me ostentar assim, tão orgulhoso / De ser não eu, mas artigo industrial, Peço que meu nome retifiquem. / Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. / Eu sou a Coisa, coisamente. Para o poema completo, veja em: http://pensador.uol.com.br/ eu_etiqueta/
Projeto Biomas chega à Caatinga e Amazônia Iniciativa visa estabelecer padrões para a produção sustentável As equipes do Projeto Biomas se preparam para selecionar áreas de pesquisa na Caatinga e Amazônia. Eles vão para o campo no próximo mês com a missão de iniciar o projeto nas propriedades escolhidas. "A idéia é que as áreas de pesquisa se tornem vitrines tecnológicas, onde mostraremos como o produtor rural pode usar o elemento árvore para melhorar sua produção e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo", conta Cláudia Mendes Rabello, coordenadora do Projeto Biomas na CNA.
O Projeto Biomas, realizado pela CNA em parceria com a Embrapa, vai identificar a melhor forma de reintroduzir a árvore na propriedade rural, trazendo benefícios econômicos e ambientais, considerando as especi-
ficidades de cada um dos seis biomas do nosso país. O projeto que já está em andamento na Mata Atlântica e Cerrado, teve início em 2010 e terá a duração de nove anos. Pretende estabelecer padrões para a produção sustentável de alimentos. Isso tudo porque o Brasil se encontra diante de um grande desafio: preservar o seu enorme patrimônio ambiental e continuar produzindo alimento barato e de qualidade. "Este projeto, em parceria com a ciência, em parceria com a pesquisa, pretende dobrar a produção de ali-
mentos para o mundo. O que produz hoje sem desmatar nada, sem derrubar uma árvore", conta a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. O resultado do Projeto Biomas será repassado nas vitrines tecnológicas aos produtores rurais de todo o país, que poderão copiar os modelos de produção, agregando valor ambiental e econômico às suas propriedades. Tudo isso, valorizando a árvore, o meio ambiente, sem deixar de pensar na produção de alimentos. Por Globo Rural
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especial
Terminator ataca de novo, ou as sementes suicidas CASEMIRO EUGÊNIO LINARTH
estará "entregando a possibilidade de decidir sobre a sua própria alimentação".
ramitam no Congresso Nacional brasileiro dois projetos de UM NOVO PROJETO lei que pretendem liberar o uso A proposta de emenda à lei de bide sementes Terminator (que quer di- ossegurança que proíbe o uso, a comerzer "exterminador" em inglês) no país, cialização, o registro, o patenteamento e apesar de o Convênio de Diversidade o licenciamento de tecnologias genétiBiológica das Nações Unidas ter ado- cas com restrição de uso partiu da entado, no ano de 2000, uma moratória tão deputada federal Kátia Abreu global contra a experimentação e o uso (DEM-TO e hoje no PSD). Com a eleidessa tecnologia. Na época, a tecnolo- ção de Kátia para o Senado, o projeto gia suscitou uma rejeição enorme dos de lei foi reapresentado na Câmara pelo movimentos de camponeses e organi- deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR). Em 2009, o deputado zações sociais e declaraCândido Vacarezza ções de oposição de insti(PT-SP), líder do gotuições públicas de pesquiverno federal na Câsa e do então diretor da As Terminator mara, que nunca atuou Organização das Nações são sementes no campo da agriculUnidas para Agricultura e tura (é médico ginecoAlimentação (FAO), o seuniformes que logista e obstetra), negalês Jacques Diouf. vão acabando apresentou novo proEra, para todos, uma tecjeto de lei que prevê a nologia indesejável. com a liberação de sementes De acordo com a pesdiversidade à Terminator no Brasil. quisadora Sílvia Ribeiro, a tecnologia Terminator foi Em 2010, a Cammedida que desenvolvida pela emprepanha por um Brasil sa Delta & Pine, proprieEcológico e Livre de são aplicadas Tr ansgênicos fe z dade da Monsanto, em uma denúncia inforparceria com o Departamando que o arquimento de Agricultura dos vo que estava dispoEstados Unidos. "Trata-se Silvia Ribeiro nível no site da Câmade uma tecnologia transcoordenadora do Grupo ETC ra dos Deputados gênica para fazer semendo México com a proposta do tes suicidas: são plantadas, projeto de lei do líder dão fruto, mas a segunda geração torna-se estéril, para obrigar os do governo tinha como origem o comagricultores a comprar sementes nova- putador de uma advogada da empresa Monsanto. mente em cada estação", explica. A advogada Patrícia Fukuma, do esSílvia Ribeiro é coordenadora de programas do Grupo ETC, com sede critório Fukuma Advogados, inicialmenno México, grupo de pesquisa sobre te negou que fosse coautora do projeto novas tecnologias e comunidades rurais. de lei de Vacarezza, mas depois admitiu Produziu uma série de artigos sobre que ele não é inteiro de sua autoria. "Eu transgênicos, novas tecnologias, concen- fiz uma revisão, por assim dizer", detração empresarial, propriedade intelec- clarou. Patrícia também afirmou que tual e direitos dos agricultores que tem não é, nem nunca foi, advogada da Monsido publicados em revistas e jornais de santo. Em conversa gravada, no entanpaíses latino-americanos, europeus e to, a assessoria de imprensa da multinacional listou Patrícia como uma das norte-americanos. Atualmente, segundo Sílvia, seis "pessoas que atende a Monsanto em retransnacionais controlam as sementes lação a esse tema". O escritório Fukutransgênicas plantadas no mundo. Des- ma Advogados também confirmou, tas, cinco têm patentes do tipo Termi- por telefone, que o grupo atende a Monnator e três detêm mais da metade do santo. O projeto de lei foi muito questiomercado global de sementes (53%), informa. Ela critica os dois projetos de nado na sua tramitação na Câmara, mas, lei e enfatiza que, se o Brasil aprová-los, apesar disso, foi criada uma comissão
tem uma importância mundial", observa. "As Terminator são sementes uniformes que vão acabando com a diversidade à medida que são aplicadas. Em parte, porque elas se baseiam em algumas poucas variedades selecionadas pelas empresas centralmente para todo o globo ou para grandes regiões. A uniformidade produz uma vulnerabilidade enorme e uma quantidade cada vez maior de tóxicos, o que serve ao lucro das empresas", ressalta a pesquisadora do Grupo ETC.
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especial para apressar a sua tramitação. Quando se cria uma comissão especial, o projeto de lei passa pelas instâncias competentes em regime de prioridade, diminuindo das quarenta sessões da tramitação ordinária para dez sessões apenas.
sementes". Para Juliana, as políticas públicas não devem proteger apenas a biodiversidade silvestre, mas também a biodiversidade agrícola, garantindo a variedade de espécies de milho, arroz, feijão e outros vegetais necessários à alimentação humana.
O MAIS ATACADO Em audiência na Câmara sobre produtos transgênicos, realizada em julho do ano passado, o texto que libera a tecnologia de restrição do uso de sementes, chamada Terminator, foi o mais atacado. Os participantes lembraram que quem melhora a qualidade das sementes é sempre o agricultor, ao manejar as espécies e selecionar os melhores grãos para a próxima colheita. O desenvolvimento tecnológico em laboratório é feito em cima do produto já trabalhado no campo. Mesmo assim, segundo a representante da Articulação Nacional de Agroecologia, Larissa Packer, o Brasil tem optado por tratar o direito dos agricultores como exceção, numa legislação que prioriza o direito das grandes empresas de melhoramento tecnológico das sementes. A representante da promotoria de Justiça do Paranoá, no Distrito Federal, Juliana Santilli, afirmou que "é um componente fundamental de qualquer política para a conservação da biodiversidade que sejam resguardados os direitos dos agricultores de guardar, utilizar, intercambiar e produzir suas próprias
"SEMENTES OBSOLETAS" Cinco das seis transnacionais que controlam as sementes transgênicas plantadas em nível mundial têm patentes do tipo Terminator. A Syngenta é a que tem o maior número dessas patentes. Segundo Sílvia Ribeiro, as empresas que desenvolveram a tecnologia Terminator a chamaram de "Sistema de Proteção da Tecnologia", porque ela serve para promover a dependência e impedir o uso de sementes sem lhes pagar royalties pelas patentes. Em seus primeiros folhetos de propaganda, elas asseguravam também que é para que "os agricultores do terceiro mundo deixem de usar suas sementes obsoletas". Por isso, as multinacionais tentaram, desde a aprovação da moratória internacional no ano 2000, eliminá-la por diversas vias. Agora, isso se manifesta mais claramente no Brasil, com as duas propostas para acabar com a proibição do Terminator. Se isso for obtido, afirma Sílvia Ribeiro, o próximo passo será a tentativa do Brasil de mudar a moratória em nível internacional, porque se não o fizer, ao aplicar a Terminator, violará a moratória. "Por isso, a discussão sobre esse tema no Brasil
CONTROLE DA AGRICULTURA Na avaliação do técnico Gabriel Fernandes, da entidade ambientalista Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (ASPTA), a discussão no Congresso expõe a tentativa de controle das empresas sobre a agricultura. "O que está em jogo, na verdade, é o controle absoluto das multinacionais sobre as sementes. Cada vez que as multinacionais conseguem aumentar seu controle sobre as sementes, os agricultores perdem a autonomia sobre a semente", diz. A proposta de Vacarezza apresenta como uma das principais vantagens da tecnologia Terminator que ela pode ser mais uma garantia para a biossegurança. Por ser estéril, impede a contaminação das sementes convencionais pelas transgênicas. No entanto, Gabriel Fernandes rebate esse argumento. "Na verdade, esse argumento é uma grande falácia, porque as sementes Terminator não vão evitar a contaminação. Pelo contrário, podem promover uma contaminação ainda mais grave, que se-
ria de passar essa esterilidade para outras sementes. Então o agricultor que vai colher a semente dele e separá-la para plantar na próxima safra, se tiver sido contaminada com as sementes Terminator, boa parte da lavoura não vai nascer no ano seguinte", assegura. Sílvia Ribeiro acrescenta outros problemas que a tecnologia Terminator pode provocar. Segundo ela, a Terminator nunca é uma medida de biossegurança, mas o contrário. Isso quer dizer que a proposta apresenta um risco triplo: que sejam cultivadas plantas que podem ser tóxicas para a saúde se contaminarem outras; que a Terminator seja aprovada (que, sem dúvida, será usada em todas as plantas, não só nessas, porque este é o verdadeiro interesse das empresas); e que se incentive o uso de monocultivos de árvores transgênicas, que, a todos os problemas dos monocultivos, acrescentarão o da contaminação transgênica e a esterilidade. GRANDES RISCOS Em junho de 2011, a 10ª Jornada de Agroecologia do Paraná, com mais de quatro mil participantes, se pronunciou por unanimidade contra as novas propostas de permitir a Terminator. O Seminário Internacional Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, com cerca de 500 participantes de vários países, que foi realizada no Rio de Janeiro em julho de 2011, também se pronunciou contrário aos projetos de lei. Segundo Sílvia Ribeiro, seria uma enorme contradição e uma vergonha internacional que um país que, pela segunda vez, será anfitrião de uma conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento, a Rio+20, esteja adotando uma tecnologia como a Terminator, que traz grandes riscos para o meio ambiente e para a biodiversidade, e é rejeitada por todos os governos do mundo. "Não podemos aceitar que, para se ajustar aos interesses de três ou quatro empresas transnacionais de sementes, nosso país tente romper a moratória internacional, algo que pode ter consequências devastadoras para a biodiversidade e a soberania alimentar, não só do Brasil, mas também de tantos outros países muito mais vulneráveis, que hoje estão protegidos pela moratória internacional", conclui.
Feijão transgênico é liberado no Brasil, mesmo com estudos "falhos" A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou a comercialização no Brasil do feijão transgênico, apesar dos apontamentos de irregularidades e evidências de que os estudos desse feijão "são falhos". Segundo a avaliação do agrônomo José Maria Gusman Ferraz, que também é membro da CTNBio e doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), são necessários "estudos mais rigorosos" quando se trata da liberação de um produto transgênico que não possui autorização para ser comercializado em nenhum país do mundo. Ferraz diz que nos testes realizados o feijão transgênico 5.1 da Embrapa não apresentou comportamento semelhante ao feijão convencional no que se refere à "quantidade de nutrientes no feijão, no efeito sobre órgãos internos como rins e fígado e na área de absorção do intestino delgado e grosso na produção de várias substâncias presentes no grão". Além das possíveis implicações para a saúde, a liberação do feijão transgênico poderá prejudicar a agricultura familiar, maior produtora do alimento. "Existe a tendência de que sejam cobrados royalties para o uso da semente, tornando o produto mais caro, e a possibilidade de que ele contamine variedades crioulas de diversas formas, no campo ou nas trocas de sementes por meio das práticas rotineiras entre agricultores familiares. A liberação do feijão transgênico colocará em risco também a soberania alimentar, uma vez que compromete a posse da semente pelos seus verdadeiros detentores", afirma Ferraz. Segundo o agrônomo, o tempo de observação do feijão transgênico foi muito curto, de apenas 35 dias, e foram usados apenas três animais para avaliar os efeitos na saúde. "Nessa amostragem reduzida foram observadas alterações, como aumento do fígado e diminuição dos rins. Essas informações são mais do que suficientes para evidenciar a necessidade de aprofundar os estudos antes de uma liberação comercial. Principalmente levando em conta que o brasileiro come feijão durante a vida inteira, e não só durante 35 dias", ressaltou.
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especial
Terminator ataca de novo, ou as sementes suicidas CASEMIRO EUGÊNIO LINARTH
estará "entregando a possibilidade de decidir sobre a sua própria alimentação".
ramitam no Congresso Nacional brasileiro dois projetos de UM NOVO PROJETO lei que pretendem liberar o uso A proposta de emenda à lei de bide sementes Terminator (que quer di- ossegurança que proíbe o uso, a comerzer "exterminador" em inglês) no país, cialização, o registro, o patenteamento e apesar de o Convênio de Diversidade o licenciamento de tecnologias genétiBiológica das Nações Unidas ter ado- cas com restrição de uso partiu da entado, no ano de 2000, uma moratória tão deputada federal Kátia Abreu global contra a experimentação e o uso (DEM-TO e hoje no PSD). Com a eleidessa tecnologia. Na época, a tecnolo- ção de Kátia para o Senado, o projeto gia suscitou uma rejeição enorme dos de lei foi reapresentado na Câmara pelo movimentos de camponeses e organi- deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR). Em 2009, o deputado zações sociais e declaraCândido Vacarezza ções de oposição de insti(PT-SP), líder do gotuições públicas de pesquiverno federal na Câsa e do então diretor da As Terminator mara, que nunca atuou Organização das Nações são sementes no campo da agriculUnidas para Agricultura e tura (é médico ginecoAlimentação (FAO), o seuniformes que logista e obstetra), negalês Jacques Diouf. vão acabando apresentou novo proEra, para todos, uma tecjeto de lei que prevê a nologia indesejável. com a liberação de sementes De acordo com a pesdiversidade à Terminator no Brasil. quisadora Sílvia Ribeiro, a tecnologia Terminator foi Em 2010, a Cammedida que desenvolvida pela emprepanha por um Brasil sa Delta & Pine, proprieEcológico e Livre de são aplicadas Tr ansgênicos fe z dade da Monsanto, em uma denúncia inforparceria com o Departamando que o arquimento de Agricultura dos vo que estava dispoEstados Unidos. "Trata-se Silvia Ribeiro nível no site da Câmade uma tecnologia transcoordenadora do Grupo ETC ra dos Deputados gênica para fazer semendo México com a proposta do tes suicidas: são plantadas, projeto de lei do líder dão fruto, mas a segunda geração torna-se estéril, para obrigar os do governo tinha como origem o comagricultores a comprar sementes nova- putador de uma advogada da empresa Monsanto. mente em cada estação", explica. A advogada Patrícia Fukuma, do esSílvia Ribeiro é coordenadora de programas do Grupo ETC, com sede critório Fukuma Advogados, inicialmenno México, grupo de pesquisa sobre te negou que fosse coautora do projeto novas tecnologias e comunidades rurais. de lei de Vacarezza, mas depois admitiu Produziu uma série de artigos sobre que ele não é inteiro de sua autoria. "Eu transgênicos, novas tecnologias, concen- fiz uma revisão, por assim dizer", detração empresarial, propriedade intelec- clarou. Patrícia também afirmou que tual e direitos dos agricultores que tem não é, nem nunca foi, advogada da Monsido publicados em revistas e jornais de santo. Em conversa gravada, no entanpaíses latino-americanos, europeus e to, a assessoria de imprensa da multinacional listou Patrícia como uma das norte-americanos. Atualmente, segundo Sílvia, seis "pessoas que atende a Monsanto em retransnacionais controlam as sementes lação a esse tema". O escritório Fukutransgênicas plantadas no mundo. Des- ma Advogados também confirmou, tas, cinco têm patentes do tipo Termi- por telefone, que o grupo atende a Monnator e três detêm mais da metade do santo. O projeto de lei foi muito questiomercado global de sementes (53%), informa. Ela critica os dois projetos de nado na sua tramitação na Câmara, mas, lei e enfatiza que, se o Brasil aprová-los, apesar disso, foi criada uma comissão
tem uma importância mundial", observa. "As Terminator são sementes uniformes que vão acabando com a diversidade à medida que são aplicadas. Em parte, porque elas se baseiam em algumas poucas variedades selecionadas pelas empresas centralmente para todo o globo ou para grandes regiões. A uniformidade produz uma vulnerabilidade enorme e uma quantidade cada vez maior de tóxicos, o que serve ao lucro das empresas", ressalta a pesquisadora do Grupo ETC.
T
especial para apressar a sua tramitação. Quando se cria uma comissão especial, o projeto de lei passa pelas instâncias competentes em regime de prioridade, diminuindo das quarenta sessões da tramitação ordinária para dez sessões apenas.
sementes". Para Juliana, as políticas públicas não devem proteger apenas a biodiversidade silvestre, mas também a biodiversidade agrícola, garantindo a variedade de espécies de milho, arroz, feijão e outros vegetais necessários à alimentação humana.
O MAIS ATACADO Em audiência na Câmara sobre produtos transgênicos, realizada em julho do ano passado, o texto que libera a tecnologia de restrição do uso de sementes, chamada Terminator, foi o mais atacado. Os participantes lembraram que quem melhora a qualidade das sementes é sempre o agricultor, ao manejar as espécies e selecionar os melhores grãos para a próxima colheita. O desenvolvimento tecnológico em laboratório é feito em cima do produto já trabalhado no campo. Mesmo assim, segundo a representante da Articulação Nacional de Agroecologia, Larissa Packer, o Brasil tem optado por tratar o direito dos agricultores como exceção, numa legislação que prioriza o direito das grandes empresas de melhoramento tecnológico das sementes. A representante da promotoria de Justiça do Paranoá, no Distrito Federal, Juliana Santilli, afirmou que "é um componente fundamental de qualquer política para a conservação da biodiversidade que sejam resguardados os direitos dos agricultores de guardar, utilizar, intercambiar e produzir suas próprias
"SEMENTES OBSOLETAS" Cinco das seis transnacionais que controlam as sementes transgênicas plantadas em nível mundial têm patentes do tipo Terminator. A Syngenta é a que tem o maior número dessas patentes. Segundo Sílvia Ribeiro, as empresas que desenvolveram a tecnologia Terminator a chamaram de "Sistema de Proteção da Tecnologia", porque ela serve para promover a dependência e impedir o uso de sementes sem lhes pagar royalties pelas patentes. Em seus primeiros folhetos de propaganda, elas asseguravam também que é para que "os agricultores do terceiro mundo deixem de usar suas sementes obsoletas". Por isso, as multinacionais tentaram, desde a aprovação da moratória internacional no ano 2000, eliminá-la por diversas vias. Agora, isso se manifesta mais claramente no Brasil, com as duas propostas para acabar com a proibição do Terminator. Se isso for obtido, afirma Sílvia Ribeiro, o próximo passo será a tentativa do Brasil de mudar a moratória em nível internacional, porque se não o fizer, ao aplicar a Terminator, violará a moratória. "Por isso, a discussão sobre esse tema no Brasil
CONTROLE DA AGRICULTURA Na avaliação do técnico Gabriel Fernandes, da entidade ambientalista Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (ASPTA), a discussão no Congresso expõe a tentativa de controle das empresas sobre a agricultura. "O que está em jogo, na verdade, é o controle absoluto das multinacionais sobre as sementes. Cada vez que as multinacionais conseguem aumentar seu controle sobre as sementes, os agricultores perdem a autonomia sobre a semente", diz. A proposta de Vacarezza apresenta como uma das principais vantagens da tecnologia Terminator que ela pode ser mais uma garantia para a biossegurança. Por ser estéril, impede a contaminação das sementes convencionais pelas transgênicas. No entanto, Gabriel Fernandes rebate esse argumento. "Na verdade, esse argumento é uma grande falácia, porque as sementes Terminator não vão evitar a contaminação. Pelo contrário, podem promover uma contaminação ainda mais grave, que se-
ria de passar essa esterilidade para outras sementes. Então o agricultor que vai colher a semente dele e separá-la para plantar na próxima safra, se tiver sido contaminada com as sementes Terminator, boa parte da lavoura não vai nascer no ano seguinte", assegura. Sílvia Ribeiro acrescenta outros problemas que a tecnologia Terminator pode provocar. Segundo ela, a Terminator nunca é uma medida de biossegurança, mas o contrário. Isso quer dizer que a proposta apresenta um risco triplo: que sejam cultivadas plantas que podem ser tóxicas para a saúde se contaminarem outras; que a Terminator seja aprovada (que, sem dúvida, será usada em todas as plantas, não só nessas, porque este é o verdadeiro interesse das empresas); e que se incentive o uso de monocultivos de árvores transgênicas, que, a todos os problemas dos monocultivos, acrescentarão o da contaminação transgênica e a esterilidade. GRANDES RISCOS Em junho de 2011, a 10ª Jornada de Agroecologia do Paraná, com mais de quatro mil participantes, se pronunciou por unanimidade contra as novas propostas de permitir a Terminator. O Seminário Internacional Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, com cerca de 500 participantes de vários países, que foi realizada no Rio de Janeiro em julho de 2011, também se pronunciou contrário aos projetos de lei. Segundo Sílvia Ribeiro, seria uma enorme contradição e uma vergonha internacional que um país que, pela segunda vez, será anfitrião de uma conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento, a Rio+20, esteja adotando uma tecnologia como a Terminator, que traz grandes riscos para o meio ambiente e para a biodiversidade, e é rejeitada por todos os governos do mundo. "Não podemos aceitar que, para se ajustar aos interesses de três ou quatro empresas transnacionais de sementes, nosso país tente romper a moratória internacional, algo que pode ter consequências devastadoras para a biodiversidade e a soberania alimentar, não só do Brasil, mas também de tantos outros países muito mais vulneráveis, que hoje estão protegidos pela moratória internacional", conclui.
Feijão transgênico é liberado no Brasil, mesmo com estudos "falhos" A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou a comercialização no Brasil do feijão transgênico, apesar dos apontamentos de irregularidades e evidências de que os estudos desse feijão "são falhos". Segundo a avaliação do agrônomo José Maria Gusman Ferraz, que também é membro da CTNBio e doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), são necessários "estudos mais rigorosos" quando se trata da liberação de um produto transgênico que não possui autorização para ser comercializado em nenhum país do mundo. Ferraz diz que nos testes realizados o feijão transgênico 5.1 da Embrapa não apresentou comportamento semelhante ao feijão convencional no que se refere à "quantidade de nutrientes no feijão, no efeito sobre órgãos internos como rins e fígado e na área de absorção do intestino delgado e grosso na produção de várias substâncias presentes no grão". Além das possíveis implicações para a saúde, a liberação do feijão transgênico poderá prejudicar a agricultura familiar, maior produtora do alimento. "Existe a tendência de que sejam cobrados royalties para o uso da semente, tornando o produto mais caro, e a possibilidade de que ele contamine variedades crioulas de diversas formas, no campo ou nas trocas de sementes por meio das práticas rotineiras entre agricultores familiares. A liberação do feijão transgênico colocará em risco também a soberania alimentar, uma vez que compromete a posse da semente pelos seus verdadeiros detentores", afirma Ferraz. Segundo o agrônomo, o tempo de observação do feijão transgênico foi muito curto, de apenas 35 dias, e foram usados apenas três animais para avaliar os efeitos na saúde. "Nessa amostragem reduzida foram observadas alterações, como aumento do fígado e diminuição dos rins. Essas informações são mais do que suficientes para evidenciar a necessidade de aprofundar os estudos antes de uma liberação comercial. Principalmente levando em conta que o brasileiro come feijão durante a vida inteira, e não só durante 35 dias", ressaltou.
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11 de setembro: Dia Nacional do Cerrado A data foi criada para reforçar a importância do segundo maior bioma do País O Cerrado é uma região estratégica para o futuro do país, porém, sua vegetação nativa é diariamente destruída, seja pelo desmatamento ou pelas queimadas. A extração ilegal de madeira e de carvão, o avanço da agropecuária, da urbanização e da geração de energia e a margem legal para o desflorestamento são os principais motivos dessa destruição. Localizado basicamente no Planalto Central do Brasil, o Cerrado ocupa uma área contínua de cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente 23% do território nacional - já chegou a ocupar um quarto da área do país - abrangendo os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia. O Cerrado é o segundo maior bioma do País, superado apenas pela Floresta Amazônica, detém 30% da biodiversidade brasileira e caracterizase por tipos específicos de vegetação, como a caatinga, o cerrado entre outros. Sua flora consiste em mais de 12 mil espécies, sendo 44% endêmicas. Os principais rios brasileiros nascem e crescem no Cerrado, com exceção do Solimões e alguns de seus afluentes As três maiores bacias hidrográficas da América Latina recebem águas do Cerrado. A bacia Amazônica (Araguaia -Tocantins) tem 78% de suas nascentes no Cerrado, a bacia do Paraná-Paraguai possui 48%, enquanto a bacia do São Francisco tem quase metade de seu volume de água proveniente desse bioma. O relevo do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões. Devido a essas características, até meados de 1960 a vocação dessas terras era direcionada pecuária (produção de gado de corte), sendo a atividade agrícola bastante limitada, uma vez que os solos do cerrado são naturalmente inférteis. Nas décadas de 70 e 80, graças à irrigação e técnicas de correção do solo, houve grande expansão da fronteira agrícola, passando também a ser um importante centro de produção
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opinião ELOY FASSI CASAGRANDE JR Professor, PhD em Recursos Minerais e Meio Ambiente, Pós-doutor em Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, Coordenador do Escritório Verde e Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR
O consumismo que consome a razão e o meio ambiente
de grãos, principalmente soja, feijão, milho e arroz. O acelerado processo de ocupação promovido por um intenso desmatamento, ocasionou a perda de espécies animais e vegetais, além de ocorrer perda de solo, que por estar exposto foi facilmente erodido, resultando na modificação de 67% das áreas de Cerrado. Ocupando áreas de clima tropical, com duas estações alternadas bem marcadas (a seca, que ocorre no inverno e a chuvosa, no verão), Devido aos impactos sofridos, o Poder Público tem criado diversas categorias de Unidades de Conservação, como: o Parque Nacional das Emas (131.832 ha), o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (84.000 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (33.000 ha), o Parque Nacional da Serra da Canastra (71.525 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (60.000 ha) e o Parque Nacional de Brasília (28.000 ha) no intuito de preservar e proteger os remanescentes de Cerrado.
Multas por desmatamento no Cerrado chegam a R$ 142 mi As multas emitidas pelo Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), por desmatamento ilegal no Cerrado somaram R$ 142 milhões no período compreendido entre janeiro e agosto deste ano, onde foram identificadas 5l7 infrações contra o bioma em 140 municípios no país e autuadas mais de 1250 empresas. O Maranhão, estado que só perde para o Mato Grosso do Sul em extensão do bioma, foi o que teve a maior área de Cerrado desmatada - 1.587 mil quilômetros quadrados - entre 2009 e 2010. Segundo o órgão, a pecuária é um dos principais responsáveis desse desmatamento e pretende apurar a legalidade do desflorestamento na região onde está concentrada a abertura de novas áreas destinadas a esse fim. A intenção do Ministério do Meio Ambiente é manter sob con-
trole o ritmo de desmatamento do Cerrado que hoje já atinge 48,5% da área total do bioma espalhado por dois milhões de quilômetros quadrados. Segundo a ministra Izabella Teixeira, "essa região passa pela segunda vez por desmatamento e estamos conversando com os estados para saber o quanto disso é legal ou ilegal" revela. Apesar dos números serem preocupantes, o rítmo do desmatamento tem se reduzido, de acordo com o monitoramento do governo, porém os motivos são os mesmos: expansão da pecuária, produção siderúrgica e exploração do carvão vegetal. META - O acordo fir mado como parte da Conferência do Clima Organizado das Nações Unidas (ONU), prevê a redução de 40% do desmatamento do Cerrado no período entre 2010 e 2020.
Uma das raízes do problema ambiental está no consumismo exacerbado, sendo em grande parte de produtos supérfluos, o que exerce grande pressão sobre os recursos naturais não renováveis. A economia ortodoxa ainda não encontrou uma fórmula de crescimento que não seja o estímulo ao consumo, para aumentar produção e, por conseqüente, emprego e renda! A pergunta a se fazer é como podemos sair deste círculo vicioso, educando para a redução consumo, além de adotar um consumo mais ético e ecológico? De acordo com o relatório de 2010 do WorldWatch Institute (WWI), são extraídas 60 bilhões de toneladas de recursos naturais cada ano, isto significa cerca de 50% a mais de recursos naturais do que há apenas 30 anos. Sendo que os 65 países de maior renda acumularam 78% dos gastos de consumo mundiais, contendo apenas 16% da população mundial. Somente nos Estados Unidos, verifica-se que nesse período houve um gasto de cerca de US$ 32.400 per capita, o que significa que 32% dos gastos globais foram feitos por apenas 5% da população! Neste cenário entra uma triangulação que envolve a inovação, o design e o marketing, como ferramentas que servem de estímulo ao consumo, muitas vezes de coisas que não precisamos e que são descartáveis! Se analisarmos o comportamento das
crianças e adolescentes de hoje, vemos o conflito em que vivem. Ao mesmo tempo em que eles têm um maior acesso a informação e a educação ambiental na escola ou mesmo no seio da família, vemos o bombardeio de propagandas das marcas, seja dos aparelhos eletrônicos, tênis ou acessórios, que os fazem "estar na onda" para se sentirem parte da tribo! Uma pesquisa nos Estados Unidos revelou que as crianças ficam expostas anualmente a cerca de 30 mil mensagens publicitárias veiculadas pelos meios de comunicação. Como lidar com isto? No Brasil, as crianças até 14 anos representam quase 40% da população. Um prato cheio para os marketeiros de produtos infantis! As estratégias são
muitas e vão desde miniaturas de Harry Poters oferecidos para aumentar o consumo dos hambúrgueres altamente calóricos do MacDonalds, passando por bichinhos de pelúcia da Parmalat que estimulam o consumo de produtos açucarados, até tampinhas de garrafas de Coca-Cola trocadas por mini-engradados de garrafinhas de coleção! A situação se agrava quando vemos uma tradição de programas infantis da TV brasileira outrora conduzidos por estrelas como Xuxa, Angélica, Eliana, Mara Maravilha e outras, que faziam a cabeça das crianças, influenciando nos seus gostos e atitudes, além de criarem falsas necessidades! Quantas famílias já não se endividaram para dar a boneca da Xuxa
para suas filhas? Como educar para o consumo ético e o grande desafio do Século 21. Poderia se começar nas escolas através da leitura e o debate de textos críticos, como o poema "Eu, etiqueta", de Carlos Drumond de Andrade, que aqui selecionei alguns trechos: Em minha calça está grudado um nome / Que não é meu de batismo ou de cartório Um nome… estranho. / Meu blusão traz lembrete de bebida / Que jamais pus na boca, nessa vida, Em minha camiseta, a marca de cigarro / Que não fumo, até hoje não fumei. Agora sou anúncio / Ora vulgar ora bizarro. Eu é que mimosamente pago / Para anunciar, para vender Em bares festas praias pérgulas piscinas, / E bem à vista exibo esta etiqueta É duro andar na moda, ainda que a moda / Seja negar minha identidade, Por me ostentar assim, tão orgulhoso / De ser não eu, mas artigo industrial, Peço que meu nome retifiquem. / Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. / Eu sou a Coisa, coisamente. Para o poema completo, veja em: http://pensador.uol.com.br/ eu_etiqueta/
Projeto Biomas chega à Caatinga e Amazônia Iniciativa visa estabelecer padrões para a produção sustentável As equipes do Projeto Biomas se preparam para selecionar áreas de pesquisa na Caatinga e Amazônia. Eles vão para o campo no próximo mês com a missão de iniciar o projeto nas propriedades escolhidas. "A idéia é que as áreas de pesquisa se tornem vitrines tecnológicas, onde mostraremos como o produtor rural pode usar o elemento árvore para melhorar sua produção e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo", conta Cláudia Mendes Rabello, coordenadora do Projeto Biomas na CNA.
O Projeto Biomas, realizado pela CNA em parceria com a Embrapa, vai identificar a melhor forma de reintroduzir a árvore na propriedade rural, trazendo benefícios econômicos e ambientais, considerando as especi-
ficidades de cada um dos seis biomas do nosso país. O projeto que já está em andamento na Mata Atlântica e Cerrado, teve início em 2010 e terá a duração de nove anos. Pretende estabelecer padrões para a produção sustentável de alimentos. Isso tudo porque o Brasil se encontra diante de um grande desafio: preservar o seu enorme patrimônio ambiental e continuar produzindo alimento barato e de qualidade. "Este projeto, em parceria com a ciência, em parceria com a pesquisa, pretende dobrar a produção de ali-
mentos para o mundo. O que produz hoje sem desmatar nada, sem derrubar uma árvore", conta a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. O resultado do Projeto Biomas será repassado nas vitrines tecnológicas aos produtores rurais de todo o país, que poderão copiar os modelos de produção, agregando valor ambiental e econômico às suas propriedades. Tudo isso, valorizando a árvore, o meio ambiente, sem deixar de pensar na produção de alimentos. Por Globo Rural
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saúde
Paraná apresenta excesso de agrotóxicos nos alimentos A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), lançou este mês o Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos visando reduzir a presença de agrotóxicos nos alimentos cultivados no Estado. É uma medida extremamente necessária, pois o Paraná, de acordo com os últimos dados nacionais referentes a 2009 e publicados em 2010, ficou em primeiro lugar na quantidade de amostras insatisfatórias (com excesso de agrotóxicos), que indicam a reprovação de 80% das amostras analisadas de pimentão, 56% das amostras de uva, 54% de pepino, 50,8% de morango, 44% de couve, 44% de abacaxi. O menor índice registrado foi registrado nas amostras de batata, 1,2% de
reprovação. Entre os estados, O Paraná ficou em primeiro lugar na quantidade de amostras insatisfatórias -140 amostras analisadas e 48 reprovadas representando 34%. Foi a mesma proporção do Piauí, mas que enviou 119 amostras com a reprovação de 40 delas. Foram monitorados 20 alimentos entre frutas e verduras e as escolhas baseadas nos índices de consumo e disponibilidade nos supermercados em todo o País. A principal irregularidade detectada foi a presença de agrotóxicos não autorizados para aquela cultura específica em 23,8% das amostras. Também foi constatada a presença de agrotóxicos acima dos índices indicados no Limite Máximo de Re-
síduos (LMR), em 2% dos casos e de resíduos acima dos aceitáveis em 2,4%. SAÚDE O consumo de agrotóxicos pode causar uma série de doenças, especialmente o câncer. Por isso, especialistas orientam para o consumo de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos. Quem utiliza a aplicação nas lavouras, e este é um fato comprovado, correm mais riscos pela exposição ao produto e podem sofrer alterações no sistema nervoso central, apresentando dores de cabeça e paralisia nos membros do corpo. CUIDADOS Os alimentos devem ser muito
bem lavados antes da ingestão para minimizar a quantidade de agrotóxicos. Soluções de hipoclorito de sódio devem ser usadas para a higienização dos alimentos para matar agentes microbiológicos e, mesmo que a lavagem não retire completamente os resíduos, é um hábito que deve ser seguido normalmente. A partir de 2012, equipes da Secretaria de Estado da Saúde farão a análise de amostras para basear a implantação de novas medidas e a Vigilância Sanitária dos municípios ficará responsável pela fiscalização e por promover o rastreamento dos produtos. Isto significa saber a origem do alimento e em qual lavoura foi produzido.
Produtos reprovados pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
Pimentão
Uva
Pepino
Morango
Abacaxi
social na produção alimentícia, que, consequentemente, afeta a renda econômica. A produção orgânica tem enorme potencial de crescimento no Brasil, pois representa, atualmente, menos de 1% da produção agrícola, ocupando cerca de 100 mil hectares. Qualidade de vida é um assunto que vem cada vez mais despertando o
interesse e influenciando muita gente a adotar hábitos mais saudáveis. Como o consumidor brasileiro, há mais de duas décadas conta com o código de defesa para conter os abusos, vem criando outra consciência na sua relação com o mercado e as empresas que produzem para atender as suas necessidades. Esse cuidado aumenta quando a saúde está em questão.
27 de setembro: Dia Mundial do Turismo A chamada indústria sem chaminé é uma das mais importantes atividades econômicas do mundo Organização Mundial do Turismo instituiu a data em 1980, como forma de promover um intercâmbio entre os povos. Anualmente, é escolhido pelos países membros da Organização um tema a ser debatido internacionalmente. Para 2011 o tema escolhido foi "Turismo e a aproximação das culturas", para celebrar a integração entre os povos, proporcionando o conhecimento das mais variadas culturas, como também da biodiversidade de cada país.
sendo que 46% são provenientes da América do Sul e 16% das Américas Central e, principalmente, do Norte. A Europa é responsável por cerca de 31% dos turistas que chegam ao nosso país e o restante se divide entre Ásia e Pacífico (5%) e países africanos (2%). Com os eventos internacionais programados, como a Rio+20, Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016, o país precisa estar preparado com serviços e infraestrutura compatível com os padrões internacionais para receber todos os turistas que serão atraídos por esses grandes acontecimentos. A meta da Embratur é atrair 7,2 milhões de turistas estrangeiros em 2014, uma previsão de que 600 mil virão exclusivamente para ver os jogos.
A
ECONOMIA O turismo gera 7 milhões de empregos no país e é responsável por 3,2% do PIB, o que representa R$ 166,56 bilhões. De acordo com o Ministério do Turismo, entre 2007 e 2010, o número de turista cresceu 20%, passando de 155,9 milhões para 186 milhões. A expectativa é que até o final deste ano o número de turistas cresça 14,3% em relação ao ano passado, alcançando 78 milhões de regis-
Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu e São Paulo são as cidades mais visitadas pelos turistas
Couve
Produtos Orgânicos: base para uma alimentação saudável Enquanto discutimos se é correto comercializar alimentos geneticamente modificados, existe uma realidade na mesa do consumidor e uma unanimidade quanto aos benefícios à saúde: o alimento orgânico. Uma série de idéias e pensamentos fazem parte deste ramo da agroecologia, entre eles o crescimento natural do alimento sem agrotóxicos, o respeito à vida animal e vegetal e a limpeza da terra e das águas. Inúmeros dados comprovam as vantagens do alimento orgânico. Relatório da Academia Americana de Ciências, de 1987, calculou em 1 milhão e 400 mil os novos casos de câncer provocados por pesticidas. A Agência de Proteção Ambiental Americana calcula que os pesticidas já poluam metade da água potável dos EUA. A riqueza mineral de frutas e hortaliças possui mais que o dobro de minerais que o artificial. Tudo isso comprova que há um custo ambiental e
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PROTEÇÃO PARA AS FUTURAS GERAÇÕES Os alvos mais vulneráveis da agricultura convencional são as crianças. Quando completam um ano de idade, já recebem a dose máxima de agrotóxicos que seria permitida para uma vida inteira. A agricultura orgânica cumpre a tarefa de deixar para as futuras gerações um planeta reconstruído e livre de doenças. A conscientização das pessoas quanto às vantagens da alimentação saudável é um passo fundamental para que as vendas ganhem cada vez mais força, visto que o consumidor está disposto a pagar mais pela sua saúde. Consumindo produtos orgânicos, você exercita seu papel social, contribuindo para a conservação e preservação do meio ambiente, além de apoiar causas sociais, relacionadas com a proteção do trabalhador e a eliminação da mão-de-obra infantil.
tros, 10 milhões a mais que 2010. Em termos globais, os primeiros meses de 2011 já registraram um crescimento próximo de 51%, sendo que as regiões da América do Sul e Sul da Ásia lideram esse crescimento com taxa de 15% no período. BRASIL O Brasil recebe por ano aproximadamente cinco milhões de turistas,
FEIRA O Rio de Janeiro será a sede da 39ª Feira das Américas que acontecerá no Centro de Convenções Riocentro entre 19 e 21 de outubro. Organizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagem que espera que a feira reúna aproximadamente 800 empresas e um público de 24 mil visitantes. Empresas brasileiras, como a CVC, mostrarão suas programações de embarque até as férias de 2012. Fonte abav ministério do turismo
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CRYSTIAN PETTERSON GALANTE Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental pela Faculdade de Direito de Curitiba, Autor de trabalhos científicos ligados ao tema de Resíduos Sólidos. e-mail: crystian@galante.adv.br
opinião Comissão do Senado aprova mudanças no novo Código Florestal
Responsabilidade Civil Ambiental A atuação do Direito Ambiental ocorre em três esferas básicas: a preventiva, a reparatória e a repressiva. A reparação de danos ao ambiente é regulamentado através das normas de responsabilidade civil, insculpidas essencialmente no Código Civil Brasileiro. A Lei da Política Nacional de Meio Ambiente - 6938/ 81, em seu artigo 14, §10, criou o regime da responsabilidade objetiva pelos danos causados ao meio ambiente. Isto quer dizer que o causador de danos ao meio ambiente responde pelos danos independentemente da comprovação ou existência de culpa (ou dolo); bem como da ilicitude da conduta, bastando tão somente existir o dano e o nexo causal para ser responsabilizado civilmente pelas lesões ocorridas. Tal regime, instituído pela Lei 6938/81, é conseqüência da chamada Teoria do Risco da Atividade ou Teoria da Empresa, a qual prevê a responsabilidade direta daqueles que exercem atividades perigosas (potencialmente lesivas ao ambiente), os quais detêm o ônus de reparar os danos advindos do exercício de tais atividades. Nem mesmo casos fortuitos ou de força maior podem isentar tais autores de sua responsabilidade de reparar (quando possível) e indenizar os danos ao ambiente, tendo em vista que o autor deve arcar com os riscos decorrentes de suas atividades, que de certa forma são previsíveis dentro de uma escala de probabilidades. Dessa forma, comprovado o dano (lesão), será indispensável comprovar a relação de causa e efeito (nexo de causalidade) entre a ação (comportamento do agente) e a lesão ao ambiente (danos); mas será despiciente comprovar ou demonstrar se a conduta do agente foi lícita ou ilícita em face da Teoria do Risco da Atividade. A reparação dos danos ao ambiente, de forma genérica, poderá ocorrer diretamente no local afetado e de forma pecuniária. Assim, quando não for possível uma reparação direta (in natura), o agente será compelido a uma reparação pecuniária em conjunto com a recomposição do ambiente lesionado. Tais sanções, aliadas as administrativas e criminais, estimula a proteção do ambiente, visto que obriga o agente (poluidor) investir na prevenção do risco ambiental advindo de suas atividades. Nesse diapasão, destaca-se o Princípio do Poluidor-Pagador, o qual dispõe que o agente poluidor deverá arcar com as despesas advindas de suas atividades lesivas, bem como a repará-las e/ou mitigá-las quando for possível.Em síntese, podemos dizer que, verificado um dano ao meio ambiente, aplicar-se-á, em regra, a Teoria da Responsabilidade Civil Objetiva, na qual aquele que, através de sua atividade criar um risco para terceiros, ficará obrigado a repará-lo, independentemente se sua atividade e seu comportamento forem isentos de culpa.
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saúde Água - Consciência e preservação
Cerca de metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas regulares de abastecimento de água, pois muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. De toda a água existente no planeta, 97% é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e apenas 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos. Este 1% de água é distribuído desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas e outros usos, mas atualmente mesmo este pouco de água que nos resta está ameaçado. Isso porque somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais. Toda a sociedade tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas, mas como não podemos resolver tudo de uma só vez, podemos começar a contribuir no dia-a-dia? Você sabia que uma pessoa consome, em média, 250 litros de água por dia? Entre banho (s), cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e água potável. 1. BANHO RÁPIDO Se você demora no banho, você gasta de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos rápidos (de no máximo 15 minutos) economizam água e energia. 2. ESCOVANDO OS DENTES Se a torneira ficar aberta enquanto você escova os dentes, você gasta você gasta até 25 litros de água. Então, o melhor é primeiro escovar e depois abrir a torneira.
pós quatro horas de debates, foi aprovado no último dia 21, Dia da Árvore, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), a favor da reforma do Código Florestal. A votação - 14 votos a 5 - representa derrota para o governo, cujos técnicos apontam inconstitucionalidade no texto. Para o governo, há pelo menos três pontos contrários à Constituição. Um deles, incluído no relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do BSP) aprovado pela Câmara, permite legalizar desmata-
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mentos feitos até julho de 2008 nas chamadas áreas rurais consolidadas. O texto do Senado aplica o conceito às APPs (áreas de preservação permanente0, em topos de morro e várzeas de rios que precisam de proteção especial. Outro trecho determina que as mesmas áreas sejam recuperadas. Segundo o coordenador de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros isso "é uma contradição: ou você regulariza tudo ou exige recuperar uma parte". Um segundo artigo abre brecha para a consolidação de desmatamentos ilegais, e o ter-
ceiro ameaça a proteção do Pantanal. PRÓXIMOS PASSOS PARA A APROVAÇÃO O projeto segue agora para a comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), onde poderá ser alterado no mérito. Uma das mudanças deve ser a inclusão de regras para remunerar agricultores que mantiverem florestas em suas propriedades, como pagamento por serviço ambiental. A proposta é defendida pelo presidente da CCT, Eduardo Braga (PMDB-AM), e consta de emendas apresentadas ao projeto.
Código Florestal A atual versão do Código Florestal é de 1965 e teve sua última modificação em 2001. A proposta para sua reforma foi aprovada pela Câmara e agora tramita no Congresso.
PONTOS POLÊMICOS Anistia para desmatadores - Mantém a legalização das atividades agropecuárias realizadas em Áreas de Preservação Permanente até 22 de julho de 2008. Regularização - Perdoa multas de quem se inscrever em programas de regularização ambiental, mas abre brecha para regularizar áreas que não passaram pelo programa.
Poder para os Estados - Governadores não podem estabelecer normas próprias para autorizar o desmatamento, exceto no artigo que trata do Pantanal, considerado institucional pelo Governo Federal. Liberdade para desmatamentos - Define 20 situações em que pode haver desmatamento nas APPs, entre elas quando há obras de infraestrutura.
3. TORNEIRA FECHADA Torneira aberta é igual a desperdício. Com a torneira aberta, você gasta de 12 a 20 litros de água por minuto. Se deixar pingando, são desperdiça-
dos 46 litros por dia. 4. DESCARGA Uma descarga chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto! Então, aperte a descarga apenas o tempo necessário. 5. LAVANDO LOUÇA Ao lavar louças, não deixe a torneira aberta o tempo todo (assim você desperdiça até 105 litros). Primeiro passe a esponja e ensaboe e depois enxágüe tudo de uma só vez. 6. LAVANDO O CARRO Lavar o carro com uma manguei-
ra gasta até 560 litros de água em 30 minutos. Quando precisar lavar o carro, use um balde!
da chuva e regue sempre de manhã cedo, evitando que a água evapore com o calor do dia.
7. MANGUEIRA, VASSOURA E BALDE Ao lavar a calçada não utilize a mangueira como se fosse vassoura. Utilize uma vassoura de verdade e depois jogue um balde d'água (assim você economiza até 250 litros de água).
9. AQUÁRIO Quando for limpar o aquário, aproveite a água para regar as plantas. Esta água está enriquecida com nitrogênio e fósforo, o que faz muito bem para as plantas.
8. JARDIM Regando plantas você gasta cerca de 186 litros de água limpa em 30 minutos. Para economizar, guarde a água
10. PRESSÃO POLÍTICA Não adianta só economizar: é preciso brigar por políticas que cuidem dos rios e lagos e garantam água potável para todos. Fonte: www.mma.gov.br
Academia de tênis em Curitiba inova com captação da água da chuva Eco Tênis Clube, conhecida academia de tênis com forte apelo e atuação ecológica divulgou recentemente que no primeiro ano de abertura da academia conseguiu economia de mais de 70% utilizando-se da captação de águas pluviais para uso em irrigação das quadras de saibro.
Essa é uma alternativa sócioambientalmente responsável, pois com esta atitude, afirma Eduardo Borges dos Reis, além da economia por si própria a Eco Tênis exerce seus valores de fundação, buscando a sustentabilidade e integração com a natureza em todas suas ações.
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saúde
Robinson Rolim Ressetti
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos desde 2008. Em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - Censo Agropecuário 2006), nesse ano ocorreram 25.008 casos de intoxicação aguda por agrotóxicos no Brasil, um número muito superior aos notificados oficialmente. A intoxicação é considerada aguda quando o agricultor chega ao hospital com vômitos, diarréias e tonturas. O Ministério da Saúde estima que, para cada caso notificado de intoxicação por agrotóxicos, existam outros 50 não notificados. A definição legal de agrotóxico é que eles são 'os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos (...) cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos' (Lei 7.802/1989). Essa mesma lei deixa estabelecido o termo 'agrotóxicos' em substituição a 'defensivos agrícolas', deixando evidente a toxicidade desses produtos para o ser humano e meio ambiente. Com o objetivo de controlar e estruturar um serviço de avaliação da qualidade dos alimentos em relação aos resíduos de agrotóxicos, foi iniciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2001, o Projeto de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Esse projeto se tornou um Programa da ANVISA em 2003. A previsão de divulgação dos resultados do PARA 2010 é meados de outubro de 2011. No ano anterior (2009), foram monitorados 20 alimentos pelo PARA, cuja escolha se baseou em informações de consumo fornecidas pelo IBGE, na disponibilidade destes nos supermercados em 26 diferentes Unidades da Federação e no uso intensivo de agrotóxicos nessas culturas. Em função da cultura estudada, as análises contemplaram até 234 ingredientes ativos de agrotóxicos. Foram avaliadas 3.130 amostras no PARA 2009, onde 29 % foram consideradas insatisfatórias, apresentando as seguintes irregularidades: 1- presença de agrotóxicos em níveis acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR);
Foto: Lavorenti (2008)
Minimizando os resíduos de agrotóxicos em alimentos
2- utilização de agrotóxicos não autorizados (NA) para a cultura; e 3- resíduos acima do LMR e NA em uma mesma amostra. As amostras analisadas que demonstraram as maiores desconformidades foram pimentão (80,0 %), uva (56,4 %), pepino (54,8 %), morango (50,8 %), couve (44,2 %), abacaxi (44,1 %), mamão (38,8 %), alface (38,4 %), tomate (32,6 %), beterraba (32,0 %), arroz (27,2 %) e cenoura (24,8 %). A irregularidade mais frequente foi de uso de agrotóxico não autorizado para a cultura. Esse fato implica no aumento do risco dietético de consumo de resíduos desses agrotóxicos, pois essa prática não foi considerada no cálculo do impacto na 'Ingestão Diária Aceitável (IDA)'. Esses mesmos agrotóxicos (metamidofós, endossulfam e acefato) estão com indicação de banimento ou de sofrerem restrições de uso pelos efeitos adversos à saúde humana. Outro fato importante é que 3,9 % do total de amostras que continham ingredientes ativos não autorizados apresentavam substâncias banidas do Brasil ou que nunca tiveram registro no País (ex. clortiofós, dieldrina, mirex, piperonyl butoxide, parationa-etílica e azinfós-metílico), sugerindo persistência ambiental e contrabando. Apenas uma pequena fração do agrotóxico aplicado nas culturas efetivamente atinge o 'ser nocivo' ou 'patógeno'. Esse percentual é inferior a 1 %. Dessa forma, mais de 99 % dos agrotóxicos aplicados são dissipados e afetam os seres humanos, o solo, a água, a atmosfera e espécies animais e vegetais 'não alvo'.
Os 'patógenos' são organismos que aumentam rapidamente sua população quando o hospedeiro (planta ou animal) está enfraquecido. Eles proliferam lentamente no ambiente externo por estarem em equilíbrio com o meio. Por essa razão, a presença de 'patógenos' em um hospedeiro vivo deve ser visto como um modo natural para indicar sua vulnerabilidade. De modo geral, executa-se uma batalha contra os 'patógenos', porque a ciência materialista reducionista não aceita esse mecanismo espontâneo que é completamente benigno. Eles atuam como indicadores da baixa resistência (força vital reduzida) de um organismo, seja por este se encontrar debilitado e/ou estar em um ambiente adverso. Uma vez que as condições que desencadeiam o processo não ocorram ou estejam corrigidas, os 'patógenos' não se tornam um problema. Com relação à presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos, alguns esclarecimentos se fazem necessários: 1- os agrotóxicos são divididos em sistêmicos e de contato. Os primeiros circulam por todos os tecidos vegetais e se distribuem de maneira uniforme no vegetal, ampliando seu período de ação. Os últimos agem externamente, mas uma parte também é absorvida pela planta, alcançando seu interior através de aberturas naturais; 2- a lavagem dos alimentos com água corrente e a retirada das cascas pode remover parte dos resíduos presentes na superfície, mas não os que estão em seu interior; 3- as soluções de hipoclorito de sódio (água sanitária) são eficazes na
Robinson Rolim Ressetti, M.S., Eng. Agr. <robinsonrr@bol.com.br>
higienização de bactérias superficiais nos alimentos, na dose de uma colher de sopa para 1 L de água; essas soluções não têm efeito em ovos viáveis de helmintos e na eliminação de resíduos de agrotóxicos; 4- o uso indiscriminado de agrotóxicos e a negligência ao intervalo de segurança (período de tempo entre a última aplicação e a colheita dos alimentos) levam à presença de resíduos nos produtos em teores acima dos estabelecidos pela legislação como 'seguros', colocando em risco a saúde de seus consumidores; 5- a absorção continuada de pequenas doses de agrotóxicos pode levar, em longo prazo, a problemas de pele e respiratórios, doenças neurológicas, várias formas de câncer, alterações do sistema imunológico, infertilidade masculina, malformações congênitas, abortos e doenças hepáticas crônicas entre outras; e 6- os trabalhadores rurais que fazem a aplicação dos agrotóxicos se encontram em muito maior grau de exposição que a população em geral (a agricultura familiar corresponde a 84,4 % dos estabelecimentos rurais no País - IBGE, Censo 2006). É clara a necessidade de maior orientação aos profissionais legalmente habilitados na prescrição de agrotóxicos e de levar esclarecimento e treinamento aos produtores rurais quanto ao 'uso racional' desses insumos, bem como se ter fiscalização constante nos pontos de venda e nos locais de produção. Informações referentes a métodos alternativos de produção agrícola, onde agrotóxicos e outros produtos artificiais não são utilizados, também devem fazer parte de programas de qualificação profissional e de educação e conscientização do produtor rural. O consumo de produtos orgânicos pode evitar a exposição aos agrotóxicos e contribuir na manutenção de uma cadeia sustentável de produção de alimentos, onde o respeito ao meio ambiente, à qualidade do produto e à saúde e bem-estar do agricultor e da população são considerados. Mais informações sobre o monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos alimentos podem ser obt i d a s n o p o rtal da ANVISA <portal.anvisa.gov.br/>.
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opinião Entenda um pouco mais sobre o futuro de nossa alimentação Os alimentos geneticamente modificados hoje estão presentes na mesa de muitos consumidores, sem que eles saibam. Mas o que são alimentos transgênicos? Como surgiram? Quais os riscos? Que gosto tem? Onde são encontrados? Alimentos transgênicos são alimentos geneticamente modificados, ou seja, criados em laboratórios com a utilização de genes (parte do código genético localizado no interior das células) de espécies diferentes de animais, vegetais ou micróbios. Surgiram no início dos anos 80, quando cientistas conseguiram transferir genes específicos de um ser vivo para outro. A comercialização de transgênicos ainda é polêmica. Por um lado algumas empresas, produtores e cientistas defendem a nova tecnologia e dizem que ela aumentará a produtividade, reduzirá os preços dos produtos e permitirá a redução dos agrotóxicos utilizados. Por outro lado, os ambientalistas e outra parcela de cientistas afirmam que o produto é perigoso uma vez que não se conhece seus efeitos sobre a saúde nem o impacto que pode causar ao meio ambiente. Pesquisadores e cientistas do mundo inteiro, estão desenvolvendo pesquisas sobre quais são as reais conseqüências da utilização de alimentos genéticos no organismo humano e no meio-ambiente. Alguns alimentos transgênicos já tiveram comprovados, certos benefícios, como por exemplo, em 1997, segundo a instituição americana, a Sustainabele Maize and Wheat Systems for the Poor (Sistemas Sustentáveis de Milho e Trigo para Pobres), que desenvolveu um milho híbrido mais rico em vitamina A, zinco e ferro. A produção de um alimento transgênico permite introduzir, nesse alimento, elementos que antes não existiam, tornando-o mais rico e saudável.
Como pontos negativos apontam que os transgênicos tornam a agricultura mais arriscada, podendo provocar a poluição genética e o surgimento de superpragas, além de matar insetos benéficos para a agricultura e conseqüentemente provocar queda na produção e/ou aumento de seus custos; além disso, ninguém quer assumir a responsabilidade pelos riscos que podem aparecer. As discussões em torno de produzir ou não alimentos transgênicos levam também a discussão sobre a fome no mundo, pois há quem acredite ser esta uma das únicas soluções. Porém, isso nos remete á uma questão ética: para se matar a fome no mundo deve-se produzir alimentos cuja toxicidade ainda não tenha sido amplamente testada? Consumidores de países onde já ocorre a comercialização de alimentos transgênicos exigem a sua rotulagem, já que todo cidadão tem o direito de saber o que irá consumir. Aqui não pode ser diferente! É importante acompanhar de perto, pois o simples rótulo na embalagem só indica a presença ou não desse alimento, mas não indica o que mais pode estar ali contido ou o que isso significa para nossa saúde. Uma coisa é certa: é preciso investir em pesquisa e aprimorar os estudos, antes que novos produtos sejam liberados. Hoje além da soja transgênica, já é possível encontrar um algodão que nasce colorido (verde, vermelho ou amarelo), conforme o interesse do produtor. Além da aplicação da biotecnologia pela indústria alimentícia, plantas e animais vêm sendo alterados para outras finalidades, como é o caso do Instituto Roslin, na Escócia, que fez a clonagem da ovelha Dolly; cria carneiros em cujo leite é gerada uma droga que estimula a coagulação do sangue. Chamada de Fator IX, ela deverá ser empregada no combate à hemofilia.
meio ambiente e mercado HUGO WEBER JR.
Consultor em Marketing Ambiental
O marketing ambiental e a modelagem verde “Para o setor econômico, o meio ambiente não é uma ameaça e sim uma oportunidade”. Paul de Baker Embora a preocupação do público consumidor com a qualidade ambiental não seja nova, o uso destas ansiedades pelos profissionais em marketing para vender produtos e serviços tem uma história relativamente curta. Antes da recente onda de preocupação, os benefícios projetados como sendo associados aos produtos tendiam a incidir sobre os desejos e necessidades do comprador ou dos grupos familiares ou de referência imediata que aqueles que representavam. Contudo, muito dos produtos amigos do ambiente da “nova onda” tem sido vendidos de modo a gerar no consumidor preocupação por questões ambientais mais novas. Alguns produtos têm apenas benefícios indiretos em termos de qualidade ambiental e têm de ser tratados de modo diferente pelos profissionais em marketing. Produtos como detergentes em pó concentrados, que reivindicam benefícios ambientais porque se usa menos pó, proporcionam um exemplo. Essas reivindicações poderiam ser consideradas ilegítimas se forem considerados que os fabricantes estão simplesmente invocando características alternativas para ingredientes e tecnologias existentes, em vez de procurarem substitutos menos nocivos. De fato, pode-se argumentar que estes fabricantes estão mais preocupados em realçar a sua imagem empresarial “verde” para dar aos seus produtos legitimidade no quadro das preocupações ambientais. Tomando ainda o exemplo dos detergentes em pó concentrados, o fato de um pó ser mais concentrado não significa que seu impacto ambiental seja menor. Na verdade, pode-se dizer que determinados pós podem causar maior impacto, devido à presença de enzimas, do que os tradicionais menos concentrados. Vários elementos do chamado marketing “verde”, levantam uma quantidade de questões importantes que necessitam ser abordadas pelos especialistas em marketing. A primeira relaciona-se com a função básica do marketing de ligar a produção e o consumo no âmbito das exigências da sociedade quanto às questões ambientais. O marketing deve permitir que as empresas forneçam produtos que o mercado deseje. A questão que precisa ser colocada é se o marketing moldará esses desejos ao invés de corresponder-lhes. Isto leva-nos à segunda questão, nomeadamente, se estarão as empresas a usar práticas responsáveis de marketing no que se refere às questões ambientais. Para isso exige-se uma mudança fundamental no paradigma de valores dominantes no marketing e, mais amplamente, no meio empresarial em geral. Fundamental neste processo será o papel da formação em marketing “verde” ou marketing ambiental. Essa questão é fundamental e baseia-se num simples fator a ser tomado pelos profissionais que produzem o marketing nas empresas. Trata-se da Resolução Ambiental. TAREFAS A primeira tarefa da Resolução Ambiental pelos profissionais em marketing, a condição indispensável para garantir o sucesso, é acordar os que adormeceram, fazendo com que fiquem ativos e atentos; é assegurar que cada um se sinta dono do mundo, de seu país, de sua empresa, escritório ou instituição. ISTO É O PRINCIPAL. A tarefa seguinte é conscientizar e envolver os indivíduos e a coletividade em todos os processos ambientais. ISTO É O MAIS IMPORTANTE. A Resolução Ambiental é uma necessidade mercadológica para um mundo abarrotado de problemas ambientais, ecológicos, sociais e econômicos, mergulhados na pobreza, atraso e doença. Somos estudantes e nosso professor é a vida. Acreditamos que cada vez mais profissionais em marketing perceberão que a integridade de nosso mundo será acentuada através do marketing “verde” por intermédio da Resolução Ambiental, no sentido amplo da palavra. Fazer a lição de casa e deveres, receber boas notas de nosso principal professor, a vida, para estarmos no Século XXI bem preparados e seguros de que haverá mais progresso, conforto e muito mais consciência ambiental. Essas são as tarefas do marketing ambiental
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entrevista Sacola biodegradável é o primeiro produto com a tecnologia Eco-One
Em entrevista ao Jornal Meio Ambiente, Flávio Rodrigues, diretor da Bioecológico e representante da Tiv Plásticos Eco-one, fala a respeito das qualidades dos seus produtos JMA - Qual o maior diferencial da Sacola Biodegradável da Bioecológico? Flávio Rodrigues - Nossa constante procura por tecnologias alternativas e de menor impacto ambiental para o setor de plásticos fez com que alcançássemos grande conhecimento junto ao segmento e com certeza chegamos ao que há mais atual e de grandes possibilidades de transformação no momento denominado Eco-One. Foi então que em 2010 Bioecológico lançou a Sacola Legal, primeiro produto a receber a tecnologia Eco-One no Brasil onde passaríamos a oferecer aos nossos clientes produtos realmente biodegradáveis sob padrões reais de descarte de nosso país e de que ainda manteríamos os mesmos totalmente recicláveis assim poupando recursos. Sabemos dos grandes desafios e obstáculos que teremos que enfrentar para informar, esclarecer a grande polêmica que se formou com o termo biodegradável mundo a fora, mas não temos dúvidas que o Eco-One é realmente a melhor opção para reduções de impactos para o setor do plástico mundial. Entendemos que boa parte dos materiais plásticos quando não reciclados acabam em um aterro sanitário e para atender normas de compostagem não estaríamos dentro da nossa realidade. Gostaríamos também de agradecer pelo espaço concedido, pois é de grande importância poder divulgar e poder esclarecer a tecnologia Eco-One para toda a indústria e assim permitir que novas ações e práticas menos agressivas ao Meio Ambiente sejam analisadas. JMA - O que é a tecnologia Eco-One? Flávio Rodrigues - Eco-One é um composto orgânico fabricado e comercializado mundialmente pela empresa americana EcoLogic-llc e distribuído no Brasil pela Tiv Plásticos. Este composto quando adicionado na transformação dos plásticos os
Flávio Rodrigues, diretor da Bioecológico e representante TIV Plásticos Eco-One
tornam biodegradáveis por ação de bactérias de preferência em ambientes descartáveis tais como os aterros sanitários ou ambientes anaeróbios, ou seja, ambientes desprovidos de oxigênio. Este composto pode revolucionar a indústria do plástico no cenário mundial, pois algumas tecnologias existentes não possibilitam a ação direta de microorganismos em produtos
poliolefínicos e assim não comprovando a biodegradabilidade dos materiais. Eco-One além de oferecer esta possibilidade faz com que os plásticos com características hidrofóbicas de grande resistência a água e ar se transformem em cadeias hidrofílicas “mais receptíveis a água”. Suas certificações estão voltadas a ASTM D5511 e ISO15985:2004 Biodegradação anaeróbia: Degradação causada por atividade biológica de ocorrência natural, por ação enzimática, em ausência de oxigênio ou em ambiente com baixa disponibilidade de oxigênio, causando uma mudança na estrutura química do material, produzin-
do principalmente biogás, matéria orgânica estabilizada e dióxido de carbono. JMA - Ele pode ser adicionado em qualquer produto plástico? Flávio Rodrigues - Esta nova possibilidade de biodegradação pode atender a maioria dos polímeros tais como: PE (HDPE – LLDPE - LDPE e
“BLENDS” DE LDPE). EVA – ABS - PVC. Borracha Natural. PP (inclui filme de BOPP). PS (não para PS expandido). Nylon - PC - PET JMA - Quais são os maiores benefícios? Flávio Rodrigues - Como a grande preocupação era em adotar um produto visualizando todos os seus aspectos e de seus benefícios reais ao Meio Ambiente, podemos destacar os seguintes: 1- O composto é orgânico. 2- Os plásticos realmente sofrem ação de microorganismo em ambien-
tes anaeróbios comprovados pelos métodos ASTM D5511 e ISO 15985:2004. 3- Os materiais são biodegradáveis em ambientes anaeróbios, ou seja, na ausência de oxigênio onde a maioria de outras tecnologias não é eficaz. 4- Não ter necessidade de mudanças ou de investimentos em sua linha de produção, pois se trata apenas de uma adição. 5- Os materiais transformados não sofrem mudanças e suas características são mantidas quando estocados, pois este não é um ambiente favorável para sua degradação. 6- Os materiais continuam totalmente recicláveis e não contaminam o ciclo dos 3Rs. 7- Ensaio biológico de toxicidade sob normativa Standard Methods (1975, CETESB,1991) Bioensaio da Toxicidade aguda em teste Daphnia similis UNESP Rio Claro. 8- Plásticos que usam Eco-One em sua formulação passam à ser fontes de energia em aterros sanitários possibilitando assim a captura do Biogás. 9- Pode ser adicionado na maioria dos plásticos. 10- Melhor custo benefício para o setor. Não temos dúvidas com relação às garantias do EcoOne e que as possibilidades de produção de materiais plásticos em biodegradáveis hoje é uma realidade para todos sem que seja investido muito tempo para sua implantação, os grandes diferenciais de sucesso para esta nova possibilidade de biodegradação ficará por conta de empresas que atuarem melhor junto aos seus setores de sustentabilidade, marketing e lógico para seus clientes já fidelizados. Mais informações: www.sacolabiodegradavel.com.br www.brazil.ecologic-llc.com www.tivplasticos.com.br
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entrevista
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Arquiteto paranaense lança projeto de compensação ambiental Fotos: Diego Pisante
Formado em Desenho Industrial e Arquitetura e Urbanismo, Luiz Baccoccini apresenta a Bacoccini Arquitetura e Consultoria como uma catalisadora de ideias. Assina projetos arquitetônicos prezando pela fluidez dos espaços. Atua amparado por uma competente equipe de arquitetos e designers. Realiza projetos pautados em rígidos controles de qualidade. Seu escritório é reconhecido por inúmeros prêmios. Luiz Bacoccini concedeu uma entrevista sobre o seu projeto. JMA - Como surgiu a ideia de realizar esse projeto? Bacoccini - O movimento começou no início de 2010, quando decidi desenhar cinco selos que sinalizassem a preocupação do escritório com a sustentabilidade. A partir daí envolvi toda a equipe e, juntos, conseguimos reorientar o conceito do escritório. É preciso ressaltar que, antes mesmo disso acontecer, a ideia de que atitudes conscientes são capazes de mudar o mundo sempre esteve presente. Acredito que é nosso dever garantir às futuras gerações que haja um planeta mais saudável aguardando por elas. Então, é uma questão de consciência, nós sabemos que as construções acabam impactando o meio ambiente de uma forma muito rigorosa e é por
Acredito que é nosso dever garantir às futuras gerações que haja um planeta mais saudável aguardando por elas. isso que, de uma forma independente, nós estamos fazendo essa compensação. JMA - E a escolha do local para a sua implantação? Bacoccini - O ponto mais importante para definir a área a ser adquirida foi a localização. Desde o início eu gostaria que fosse uma área perto de Curitiba para ter a facilidade de poder ir até o local. Outro ponto importante para definição da área foram as características que eu encontrei no local, um terreno com grande parte de mata nativa, um bosque relevante. Além disso, o fato de a região leste paranaense ser considerada o pulmão do Estado também chamou a minha atenção na hora de decidir. JMA - Poderia explicar exataFoto área: Arquivo pessoal
mente como funciona esse projeto de compensação ambiental? Bacoccini - Depois da aquisição da área em Morretes, nós fizemos o levantamento das espécies locais, um mapeamento da região e, em seguida, traçamos uma malha dividindo o terreno em quadrículas de 64m² cada. A ideia é que cada quadrícula represente um projeto assinado pelo escritório. Por exemplo, em função da construção de determinado projeto, nós destinamos uma quadrícula para ser preservada e, dessa maneira, fazemos uma compensação ambiental, nos comprometendo a sempre preservar essa quadrícula. JMA - Como tem sido a aceitação desse projeto? Bacoccini - A aceitação não poderia ser melhor. Estamos muito satisfeitos com a forma como o projeto tem sido recebido. Pensamos, inclusive, em adquirir outras áreas vizinhas ao atual terreno para expandir o projeto de preservação. Quando entregamos os certificados e os troféus às incorporadoras é sempre uma surpresa para eles. A iniciativa é sempre muito elogiada. Os certificados são entregues somente depois que a Prefeitura libera o alvará para a construção e algumas incorporadoras já estão ansiosas para receber o próximo certificado e o próximo troféu. Depois de trabalharmos a entrega do primeiro troféu, uma araucária, vamos entregar outra espécie de árvore. JMA - Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
Bacoccini - Acho importante que cada profissional reflita sobre sua atividade e pense de que forma pode colaborar com o meio ambiente. Sinto orgulho da nossa iniciativa, pois estamos conseguindo sensibilizar nossos parceiros, que tem um grande poder de persuasão também. Acredito que com essa iniciativa estamos fazendo nossa parte e que se cada um fizer um pouco, teremos um mundo melhor.
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sustentabilidade Ações sustentáveis das empresas pelo Brasil Itaipu ganha Americas Award pelo Programa Cultivando Água Boa O Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi escolhido como exemplo de excelência na categoria sustentabilidade ambiental pelo Americas Award 2011. A premiação é concedida pelo Instituto das Nações Unidas para o Treinamento e Pesquisa (Unitar), em parceria com o Centro Internacional de Formação de Atores Locais para a América Latina (Cifal) Atlanta, Estados Unidos. O prêmio é um reconhecimento dos resultados positivos do programa em termos de preservação e proteção. A gestão integrada da água e a redução de poluentes, promovidas pelo CAB, foram decisivas para a escolha dos jurados, segundo a Unitar. A cerimônia de entrega será no dia 6 de outubro, durante jantar oficial do 5º Americas Competitiveness Fórum, em Santo Domingo, República Dominicana. O American Award reconhece programas públicos e oficiais nas Américas que tenham contribuído para o desenvolvimento econômico e social. A premiação está presente em cada uma das áreas de ação dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. "Com esta indicação vencedora, o Cifal faz uma justa homenagem de uma organização brasileira que incentiva e promove práticas concretas para o desenvolvimento sustentável", afirmou em carta o presidente do comitê gestor do Cifal Curitiba e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures. O prêmio, que conta com o apoio do Carter Center, da Organization of American States (OAS) e do Metropolis International Institute, é um dos mais importantes recebi-
dos pelo Programa Cultivando Água Boa, da Itaipu. Em 2005, o CAB foi contemplado com o Prêmio “Earth Charter + 5 (Carta da Terra + 5). O programa também rendeu à Itaipu pelo menos uma dezena de condecorações, além da indicação para ser o case do Brasil na Rio+20. Na avaliação do diretorgeral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, estes tipos de reconhecimentos são fundamentais para ampliar a visibilidade do projeto e, com isso, permitir que ele seja adotado por outras instituições. “O mais interessante nesta experiência é a visibilidade que ela nos dá para compartilharmos e replicarmos o que fazemos aqui. Em todos os casos, mostramos a metodologia e os resultados concretos do programa. Eles passam a ser vistos e incentivam outros a terem as mesmas iniciativas”, avaliou o DGB. “Assim contribuímos não só localmente, mas para todo um ambiente melhor”. REFERÊNCIA Na prática, as ações adotadas pelo CAB renderam interesse da iniciativa privada e de outros empreendimentos hidrelétricos, como a usina de Belo Monte, que deve usar o projeto para suas ações socioambientais. Yacyretá, binaci-
onal do Paraguai e da Argentina, adotou o padrão de desenvolvido por Itaipu para um programa similiar. Outros institutos de renome também recomendam o programa. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto Superior de Administração e Economia (Isae) lançaram o livro “Programa Cultivando Água Boa: Resultados, Modelo de Gestão e o seu Papel como Referência Mundial”, enquanto a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) considera o CAB modelo a ser seguido. CINCO ESTRELAS Em solo brasileiro, o Cultivando Água Boa foi contemplado, entre outros, com o Prêmio ANA 2010, promovido pela Agência Nacional de Águas, e ingressou no Ranking Benchmarking dos Detentores das Melhores Práticas de Sustentabilidade do País no último mês de julho. Para Samek, o sucesso do programa está associado ao trabalho desenvolvido pelos empregados de Itaipu e ao empenho dos parceiros, que ajudam a geri-lo em toda a Bacia do Paraná 3. “Fico muito satisfeito. Quando todo mundo dá as mãos no mesmo projeto, o resultado aparece”, conclui o DGB.
Segurança, tecnologia e consciência ambiental
A busca contínua de soluções ecologicamente corretas para o destino de óleo industrial e automotivo usado é a maior preocupação da Lubrificantes Fenix. A empresa tem como principais atividades o rerrefino de óleos lubrificantes usados ou contaminados, a prestação de serviço de reciclagem de óleos lubrificantes, coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, transporte rodoviário de carga seca e a granel de derivados de petróleo, coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos contaminados com óleo. O respeito se mostra em detalhes que garantem a segurança na coleta e transporte de óleo lubrificante industrial, realizado através de frota especializada de caminhões equipados com software de rastreamento por satélite e sistema SOS Cotec, possuindo cobertura total contra acidentes que envolvem cargas perigosas. A empresa também conta com o exclusivo veículo hibrido de coleta, que permite coletar óleo a granel e resíduos sólidos no mesmo veículo. Os veículos híbridos de coleta da empresa possuem a capacidade de coletar e armazenar 40 milhões de litros de óleo por ano. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas) são coletados 400 mil litros de óleo lubrificante industrial e em todo Estado de São Paulo esse número sobe para 1,5 milhão por mês. Introduzido no Brasil há mais de 25 anos pela Fenix, a reciclagem tomou espaço de
todos os processos até então utilizados, devido à grande vantagem técnica e econômica. O serviço de reciclagem de óleo lubrificante realizado pela empresa é diferenciado, superior a uma simples filtragem, tendo como destaque um processo físico que remove do óleo todos os materiais insolúveis e reduz os valores de resíduo de carbono. Além da reciclagem, a Lubrificantes Fenix faz o rerrefino, única destinação correta do OLUC (óleo lubrificante usado / contaminado). A atividade consiste em um processo industrial de alta complexidade e tecnologia avançada que transforma o óleo lubrificante usado em óleo mineral básico de alta qualidade e em oito etapas o óleo usado passa a ter característica semelhante às do óleo básico de primeiro refino. Preocupada e consciente com a destinação correta de resíduos sólidos gerados em postos de serviços, concessionárias, transportadoras e outras empresas geradoras desses materiais, a Fenix criou a marca EcoFenix, responsável pela execução do "Projeto Casa Limpa", promovendo de forma ambientalmente correta, a coleta, transporte e destinação final de embalagens plásticas de óleo, estopas, filtros de óleo e EPIs. A coleta é feita pelos veículos autorizados em postos de serviço, centros de troca de óleo, oficinas mecânicas, transportadoras e indústrias. É a Lubrificantes Fenix em busca de um futuro melhor, consolidando seu compromisso com a natureza.
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Dia 5 de Setembro: Dia da Amazônia A data foi instituída em 2007 para promover ações em defesa da maior floresta tropical do Planeta Com características marcantes por sua incrível biodiversidade e riqueza, o bioma atinge 5,5 milhões de quilômetros quadrados, espalhados por nove países sulamericanos - Brasil, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru e Suriname. A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país, e a chamada Amazônia Legal é ainda maior, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins. A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra. Floresta Amazônica. É composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas que incluem florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, savanas e uma de rios, lagos e igarapés. O Rio Amazonas com mais de 6.400 km de extensão é o segundo rio mais longo do mundo, atrás
apenas do Rio Nilo, na África. A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna.
O avanço da soja e da pecuária sobre a floresta tem aumentado em um ritmo veloz. Nesta época do ano, a área é devastada por queimadas. O uso do fogo ainda é uma prática agrícola comum nas fazendas de gado e grãos da Amazônia. Infelizmente a Amazônia está ameaçada por inúmeras atividades predatórias e a sua perda anual permanece em níveis alar mantes. Contudo, segundo dados da ONG WWF, 80% da floresta original permanece intacta e, talvez, seja possível salvar esse patrimônio da humanidade.
AMEAÇA Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia.
l a n ç a m e n t o
Amazônia Exótica artistas plásticos Eron Teixeira e Antonio Martins confere uma bela apresentação à obra, agradável aos olhos, tornando-se leitura indispensável para estudo e lazer. A autora Olímpia Reis Resque, graduada em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal do Pará e especialista em Bibliotecas Universitárias pela mesma Universidade, exerce suas funções profissionais na Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna e Arquivo Guilherme de La Penha, ambos no Museu Paraense Emílio Goeldi durante 30 anos, de-
ODAIR SANCHES
Advogado e eng. agrônomo, graduado em Direito - Faculdade de Direito de SANCHES Curitiba e em Engenharia Agronômica - UFPR, especialização ODAIR Lato Sensu em Gestão Ambiental com Ênfase em Perícia e Auditoria Ambiental - IMEC - Instituto Martinus de Educação e Cultura
A extrema e por vezes maléfica subjetividade na imposição dos valores das multas ambientais A lei de crimes ambientais contempla algo que se mal usado, e muitas vezes o é, pode causar transtornos irreversíveis aos tutelados. Sejamos mais claros, a extrema discricionariedade do agente público na mensuração dos valores das multas ambientais é por vezes um verdadeiro revolver na mão de macaco. Quando da imposição de uma multa, não se sabe aonde a coisa vai parar. A legislação ambiental que serve de norte para as legislações municipais e estaduais prevê uma gama muito ampla de valores pecuniários como sanção aos infratores ambientais. A lei 9.605 de 1998 (Lei de crimes ambientais) possui margens muito grandes, no art. 75 temos ipsis litteris "O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no re-
A Floresta Amazônica estende-se por 9 países da América do Sul
A bibliotecária e pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi Olímpia Reis Resque lançou, em Curitiba, o livro Amazônia Exótica: Curiosidades da Floresta, fruto de uma exaustiva pesquisa em torno dos relatos dos cronistas e viajantes que cruzaram à Amazônia desde o século XVII ao início do século XX, onde seleciona um universo fantástico e curioso de aspectos da floresta, seus habitantes e os mistérios da mitologia indígena. O livro, ricamente ilustrado com iconografias da época e aquarelas dos
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opinião
senvolvendo pesquisa bibliográfica, histórica e indexação de documentos. Publicou outros trabalhos como: Coletânea das Publicações do Museu Paraense Emílio Goeldi (1894-1956), Os Viajantes, Caderno de Anotações com relatos dos viajantes brasileiros e estrangeiros que passaram por essa região em séculos passados e o Vocabulário Controlado de Frutas Comestíveis na Amazônia, disponível no Repositório Institucional do Museu Goeldi, on line. O guia teve a colaboração do biólogo, biomédico e pesquisador Daniel Rebisso Giese.
O livro encontra-se na Livraria Alexandria, à Travessa Nestor de Castro, 223 - loja 2 (esquina c/ Rua do Rosário) Curitiba - PR. Tel.: 41-3027-4741
gulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). O Decreto que a regulamenta, Decreto 6.514 de 2008 (que revogou o anterior, 3.179 de 1999) não melhora em muito o amplo leque, já que os limites inferiores e superiores permanecem, joga um pálido lúmen no assunto, só. Vejamos com exemplos. No art. 61 temos "Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinquen-
ta milhões de reais)" Não melhorou muito não é verdade?. Tudo isso tem que ser visto sob o prisma da subjetividade quando da avaliação do dano ambiental. O meio ambiente complexo como é, permite divagações de todas as ordens, não é ciência exata. A formação profissional do agente público, seu bom senso, seu poder de avaliação, seu grau de apego ao bem tutelado, e até fatores de ordem pessoal contribuem para que a multa seja lavrada a maior ou a menor. Não é difícil de acontecer que o mesmo dano ambiental, visto por dois agentes diferentes tenham mensurações de valores diversos. Tudo isso ainda sem levar em conta que a multa deve ter o condão de impingir ao infrator relevante ônus fi-
nanceiro para que o penalize do ato praticado e o inibida de atos infracionais futuros. Alem do mais, tal avaliação (condição financeira do infrator), quase sempre acontece de modo superficial, vai-se predominantemente pela aparência e convenhamos, quem julga pela aparência julga mal. Um maior nivelamento dos conhecimentos científicos de avaliação do dano ambiental, uma maior objetividade dos valores a serem impostos, tudo isso conjugado daria ao meio ambiente a proteção que este necessita. Diante de uma maior objetividade não nos depararíamos com casos onde se matou uma mosca com uma bala de canhão, que é o que aconteceu por vezes nas multas ambientais que tivemos acesso.
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Fórum de Sustentabilidade Hospitalar - 2a edição Nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, o Hospital Municipal de Araucária (HMA) realizou a 2ª edição do Fórum de Sustentabilidade Hospitalar, que teve como tema central a realização de boas práticas para trazer melhores resultados. O Fórum Hugo Weber em sua palestra "Sustentabilidade e Gestão de Comunicação" foi realizado no A realização do Fórum foi auditório da Faculdade Edu- tação de cases de Hospitais cacional de Araucária – FA- que colocaram em prática possível graças ao apoio de patrocinadores e apoiadores, CEAR e contou com a parti- ações nessas áreas. cipação de cerca de 100 pesO 2º fórum teve a partici- que viabilizaram a aquisição de soas. pação presencial de aproxima- materiais e pagamento de Durante os dois dias, o damente 100 pessoas, entre todo o custo para realização foco central do evento foi a profissionais da área da saú- do evento. Nenhum palestrante codiscussão da sustentabilidade de e estudantes de Curitiba e na área da saúde e como as Região Metropolitana e tam- brou pela apresentação e não instituições podem colocar bém de outras regiões, como houve cobrança de taxa de em prática ações em prol do São Paulo, Santa Catarina, inscrição. Todos os participandesenvolvimento sustentável. Espírito Santo e do estado do tes doaram voluntariamente Foram realizadas palestras Pará. Uma novidade deste ano alimentos para doação, que abordando temas como sus- foi a transmissão ao vivo atra- serão destinados a ações sotentabilidade na área da saú- vés do site do Hospital, pos- ciais do município. Ao todo de; comunicação e sustentabi- sibilitando que profissionais foram arrecadados 110 kg de lidade, produção de relatório de todo o país pudessem par- alimento. de sustentabilidade, economia ticipar. Estavam conectados Mais informações sobre o sustentável, a agenda 21 e a no site do evento participanFórum estarão disponíveis em breve no site: saúde, gestão de custos, eco- tes em hospitais no Pará, São www.hospitaldearaucaria.org.br/forum nomia de energia e apresen- Paulo e Paraná.
Nos dois dias do evento, foram discutidas boas práticas para a sustentabilidade hospitalar
evento
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brasil
DANILO OLIVEIRA DA SILVA Administrador Hospitalar e Diretor Geral do Hospital Municipal de Araucária
Como promover a sustentabilidade? Promover a sustentabilidade certamente não é tarefa fácil. Primeiramente, partimos do pressuposto que este é um conceito relativamente novo e ainda há grande controvérsia acerca do que realmente é o desenvolvimento sustentável. Isso é normal. Neste momento, a discussão certamente é válida e ajuda a formação da opinião das pessoas e a construção de um conceito que a cada dia vem sendo mais aprimorado. Para que isso aconteça é necessário promover discussões e debates a respeito do que nós, enquanto pessoas ou em nossas instituições, devemos fazer para colocar em prática ações imediatas, mas que trarão resultados no futuro. Mobilizar as pessoas, conscientizá-las e motivá-las, é o fator decisivo para a mudança de comportamento e pensamento. Este certamente é o grande desafio que temos pela frente.
Mobilizar as pessoas, conscientizá-las e motivá-las, é o fator decisivo para a mudança de comportamento e pensamento. No Hospital Municipal de Araucária este trabalho é realizado constantemente, através do engajamento dos nossos colaboradores. Com a realização de campanhas de comunicação e treinamento contínuo, buscamos orientar nosso público interno para que tenham atitudes conscientes não apenas dentro do Hospital, mas que levem isso para fora e as coloque em prática diariamente, em casa, na escola, na rua, etc. Este trabalho vem dando resultados e hoje já é notável a percepção das pessoas para isso. Para ampliar ainda mais a discussão e disseminar o conceito em um parâmetro maior, em 2010, resolvemos organizar o 1º Fórum de Sustentabilidade Hospitalar, direcionado aos profissionais e estudantes de nossa região. Com o sucesso e boa repercussão da primeira edição, agora em 2011, realizamos a segunda edição, novamente alcançando bons resultados. Com o Fórum, sabemos que não vamos transformar o cenário da sustentabilidade na área da saúde, mas, certamente, estamos contribuindo com a mudança. Assim como as ações de desenvolvimento sustentável, nossos melhores resultados serão colhidos no futuro.
Faveiro-de-Wilson
DIA DA ÁRVORE
Brasil tem quase 500 espécies de árvores ameaçadas Com a chegada da Primavera, no último dia 23, o Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) divulgou que o Brasil tem oficialmente 472 espécies de árvores ameaçadas de extinção. Ao menos 276 delas são originárias da Mata Atlântica. O número de espécies na "lista vermelha" da fauna nacional tem quatro vezes mais exemplares que o levantamento anterior, feito em 1992, que registrava 108 espécies em risco de extinção.A relação feita pelo Ibama no entanto, é muito menor que a lista real de tipos de árvores em vias de se extinguirem ou extintas.
Dados do Ibama apontam que outras 1.079 espécies nacionais ainda podem estar ameaçadas de extinção, mas não foram incluídas, por enquanto na lista, devido à falta de estudos científicos comprobatórios. O Sudeste brasileiro, onde fica a maior parte dos 8,5% que sobraram da Mata Atlântica, é a região com o maior número de espécies ameaçadas (348), seguido por Nordeste (168) e Sul (84). Curiosamente, a Amazônia é o bioma com menor número de espécies na lista (24). Entre as espécies mais ameaçadas da relação está o Faveiro-de-Wilson (Dimorphanda wilsonii Rizinni) e o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra).
Jacarandá-da-bahia - uma das espécies ameaçadas
Parlamentares pedem redução na área de 20 terras protegidas Cerca de 20 projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional pedem a redução de área, ou da proteção, do equivalente a 6,5 milhões de hectares de terras protegidas. Os diferentes projetos de autoria de senadores e deputados de vários estados e partidos pedem que sejam eliminadas áreas legalmente protegidas principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado. Entre os parques que podem desaparecer ou perder áreas de proteção legalmente garantida estão o Parque Nacional da Serra do Pardo, no Pará, e o Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais. O Parque Nacional de Brasília, que perdeu 25% de suas matas por causa de um incêndio criminoso em setembro, também pode perder áreas de proteção. O Parque tem 3 mil moradores irregulares, entre eles moradores de casas com piscinas e quadras de esportes. Entre outras alterações, as pro-
postas transformam a reserva biológica da Serra do Cachimbo (PA) em parque nacional e área de proteção ambiental; reabrem a chamada Estrada do Colono, em meio ao Parque Nacional do Iguaçu (PR); transferem a gestão da Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (DF) para os governos do Distrito Federal e de Goiás, e dão fim à floresta nacional do Bom Futuro (RO). As justificativas apontadas pelos parlamentares nos projetos para reduzir ou extinguir as 20 áreas protegidas envolvem supostos erros em seus processos de criação, como inclusão de áreas urbanas ou rurais habitadas, atrasos na regularização fundiária, prejuízos ao uso de terras agricultáveis ou a projetos de colonização. O alerta foi feito nessa terça-feira (20) pela entidade WWF-Brasil. "O Brasil passa por um momento delicado da sua história ambiental, com forte ataque de setores com visão atrasada sobre nossos recursos naturais
estratégicos, dentro e fora de unidades de conservação. Não podemos seguir vendo os espaços protegidos como entraves ao desenvolvimento. Pelo contrário, é preciso reconhecer seus valores e sua contribuição à economia e à qualidade de vida de todos os brasileiros", ressaltou Maria Cecília Wey de Brito, secretária-geral interina do WWF-Brasil. CONTRA ALTERAÇÕES O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) contesta as propostas de alterações. Segundo o presidente do órgão responsável pela gestão das terras protegidas do país, os projetos são incompletos, pois em suas justificativas não apresentam estudos técnicos que justifiquem a alteração das terras protegidas. "Alterar o limite de uma unidade de conservação é algo válido desde que haja uma necessidade maior, e não por interesse individual. Para isso é
necessário que sejam divulgados estudos técnicos detalhados sobre o porquê da proposta e suas consequências", diz Rômulo Melo, presidente do Icmbio. "Alterar o limite ou a categoria de uma terra protegida é sempre o último recurso". Em agosto, uma medida provisória da presidente Dilma Rousseff reduziu a área do Parque Nacional do Mapinguari, em Rondônia. A decisão foi tomada porque o parque foi criado em cima dos canteiros de obras da hidrelétrica de Jirau. "Nesse caso, a redução foi feita para corrigir um erro durante a criação", diz Melo. Apesar da concordância do Icmbio, o Ministério Público de Rondônia entrou com uma ação de contestação da medida provisória. Os promotores e procuradores que assinaram a ação alegaram que a medida trazia danos ambientais e que a proposta não foi apreciada no Congresso Nacional, como prevê a Constituição. Fonte: Juliana Arini/ Globo Natureza
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mundo Os seis rios mais poluídos do mundo
Rio Citarum
Rio Yamuna
Rio Buganga
Encontra-se na Indonésia , em seu redor há mais de 500 fábricas que diariamente despejam seus resíduos nele.
Afluente do Ganges, é um dos rios mais poluídos do mundo, onde 58% dos resíduos da capital é despejado.
Outro rio localizado na Ásia. O Buganga está situado em Bangladesh, foi recebe esgoto de todos os tipos.
Rio Amarelo
Rio Marilao, Filipinas
Rio Ganges
É o segundo mais longo da China é a principal fonte de água para milhões de pessoas é altamente poluído devido ao derrame de petróleo.
Plásticos,chinelos, carcaças de cachorros é umas das coisas que você pode encontrar nesse rio, apesar do governo fazer várias campanhas.
É o mais sagrado para os hindus. As pessoas ritualmente banham-se nele, apesar de ter resíduo químico, esgoto e cadáveres que são jogados.
Explosão em usina reabre debate sobre energia nuclear na França A explosão de um forno na central nuclear de Marcoule, na França, no último dia 12, relança o debate sobre o uso da energia nuclear no país. Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas no acidente. Com 58 reatores em atividade em 19 centrais, a França possui o segundo maior parque nuclear do mundo, responsável pela produção de mais de 80% da energia elétrica do país. A explosão, cuja causa ainda não é conhecida, ocorreu em um forno utilizado para derreter resíduos radioativos metálicos com baixo nível de atividade, segundo a Agência de Segurança Nuclear da França. O forno é operado pela empresa Socodei, filial da estatal de energia elétrica EDF. A secretária-nacional do Partido Verde pediu ao governo 'transparência sobre a situação e as consequências ambientais e sanitárias' do acidente ocorrido em Marcoule.
LIXO RADIOATIVO A central, que possui diversas instalações, funciona sobretudo como um centro de tratamento e estocagem de lixo radioativo e desmantelamento de centrais nucleares. Em março passado,
um outro acidente, classificado como de nível 2 (numa escala até 7) já havia ocorrido em Marcoule. ACIDENTES Boa parte do parque nuclear fran-
cês foi construída no final dos anos 1970 e nos anos 1980 e é considerada antiga, o que suscita polêmicas sobre os sistemas de segurança dessas instalações. Em abril, militantes ecologistas chegaram a fazer greve de fome para pedir o fechamento da central nuclear de Fesseinhein, no leste, a mais antiga do país, em funcionamento desde 1978. Segundo um estudo da Agência de Segurança Nuclear (ASN), o número de pequenos incidentes e anomalias nas centrais francesas dobrou nos últimos dez anos. Após a catástrofe de Fukushima, no Japão, em março passado, o primeiro-ministro francês, François Fillon, pediu a realização de uma auditoria das 19 centrais nucleares do país. Uma pesquisa divulgada em junho passado revelou que 62% dos franceses são favoráveis ao abandono progressivo da energia nuclear no país. Fonte: G1
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data 21 de setembro: Dia da Árvore
e d i t o r i a l
Evolução Da palavra à ação, existe um longo caminho a ser percorrido e essa trajetória nem sempre é uma tarefa fácil. Para atingir os objetivos propostos, é preciso manter-se fiel aos princípios éticos, com idoneidade, responsabilidade e, principalmente, respeito aos leitores e aos anunciantes. Por isso, ao completar três anos de existência, o Jornal Meio Ambiente consolida esse projeto que nasceu com o objetivo de ser um veículo informativo, cuja credibilidade se revela na presença de ilustres profissionais e conceituadas empresas que avalizam o nosso trabalho. Inovação significa mudanças. E para comemorar essa data, apresentamos a nova marca do jornal e o lançamento e de um novo Portal, mais dinâmico e com grandes novidades. A preocupação com a saúde é o destaque desta edição, revelado no artigo do jornalista Casemiro Linarth, além do perigo da ingestão de alimentos com agrotóxicos e muito mais. Uma ótima leitura.
n o s s a
c a p a
Desde 1965, no dia 21 de setembro, comemora-se o Dia da Árvore no Brasil. As árvores, além da própria beleza, prestam importantes serviços ao meio ambiente, ajudando a manter a umidade do ar, produzindo oxigênio, retirando carbono da atmosfera, protegendo o solo e a água, servindo de abrigo para pássaros e outros animais e muitos outros benefícios que trás ao homem. A devastação das florestas, principalmente no século passado, levou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a lançar a FERNANDO DE BARROS
Campanha Bilhões de Árvores em que estimula uma meta: plantar 14 bilhões de árvores no mundo. Até o momento, cerca de 85% do objetivo foi alcançado (12 bilhões), pois a iniciativa captou o interesse dos cidadãos em 193 países. No Brasil, país que mais desmatou na última década, foram plantadas quase 83 milhões de árvores nos últimos cinco anos, segundo informações de um banco de dados abastecido por cidadãos, países, ONGs e entidades de todo o mundo que comunicam as Nações Unidas sobre cada árvore plantada.
Metas O desempenho das oito nações mais ricas no plantio de árvores China e Taiwan .......... 2,9 bilhões Índia ............................ 2,1 bilhões México .................... 785,9 milhões Turquia .................... 716,0 milhões Itália ....................... 211,1 milhões Canadá .................... 135,6 milhões Indonésia ................ 103,9 milhões Brasil ......................... 83,1 milhões
Engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental, responsável técnico da Master Ambiental
Nossas irmãs, as árvores A natureza supre o planeta de tudo que os seres que aqui habitam necessitam para viver: água potável, solo fértil, o sol, a chuva, os peixes, os animais terrestres que nos dão a proteína de que tanto precisamos. E, sobretudo, as espécies vegetais, exemplo do milagre da vida. Uma pequena semente é capaz de se transformar em uma frondosa árvore, com dezenas de metros de altura e grandes copas e frutos. Não sabemos como isto acontece, apenas somos capazes de alterála geneticamente, através da transgenia, mas a sua programação genética continua um mistério. Pássaros e mamíferos, depois de comer os frutos das árvores, defecam seus caroços em outros locais, permitindo que as sementes se transformem em novas árvores, fazendo com que surjam as florestas, num tipo de dispersão chamada de zoocórica. As árvores nos dão alimentos e sombra. Através da evapotranspiração, uma grande mangueira, por exemplo, pode aspergir cerca de 100 litros por dia, mudando o microclima, reduzindo de forma expressiva a temperatura do seu entorno. Isto
sem falar da fotossíntese: por meio da luz solar, as plantas captam o CO2 da atmosfera, metabolizando o carbono, transformando-o em troncos, folhas, flores e frutos, nos devolvendo o oxigênio indispensável à vida humana. Sem as árvores não sobreviveríamos. Basta ver o exemplo da Ilha de Páscoa, possessão chilena no Oceano Pacífico. Lá, a civilização foi dizimada junto com a derrubada da última árvore.
Tenho que confessar que só agora acordei para esse fato quando tinha 40 anos de idade. Antes, como engenheiro, achava que as árvores eram obstáculos a serem vencidos, que sempre atrapalhavam o desenvolvimento econômico. Quando comprava no comércio do Rio de Janeiro peças de peroba rosa para fazer os telhados das construções, ou peças de canela para fazer batentes e esquadrias, nos anos 70 e 80, na verdade estava contribuindo para a derrubada das matas do Paraná. Após décadas desta prática voraz, já conhecemos os danos que causamos à natureza e ao homem pela derrubada das árvores para o clima, para as chuvas e para o homem. Hoje a humanidade começa a perceber, diferentemente do passado, a importância das árvores - e as vê como amigas do homem, embora alguns ainda continuem a enxergá-la com a visão distorcida do século XX. Conscientizemo-nos de vez que as árvores são uma parte visível da natureza e aliadas fundamentais na preservação da espécie humana. Artigo publicado na Folha Rural
e x p e d i e n t e
J O R N A L
M E I O
A M B I E N T E
E D I Ç Õ E S
L T D A
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"Um país se faz com homens e livros" Monteiro Lobato
ALTA TENSAO - ARQUEIRO HARLAN COBEN
Uma mensagem anônima deixada no Facebook da ex-estrela do tênis Suzze T põe em dúvida a paternidade de seu filho. Grávida de oito meses, ela pede a ajuda de seu agente e amigo Myron Bolitar para descobrir o responsável por essa intriga e trazer de volta seu marido, o astro do rock Lex Ryder, que saiu de casa depois de ler o texto. Nesta história vencedora do Prêmio Internacional de Novela Negra, Harlan Coben mais uma vez consegue construir uma trama envolvente, que fala de fama, ganância e rivalidade e surpreende por seu toque humano. CAO DE FAMILIA - AGIR ALEXANDRE ROSSI, ALIDA GERGER
No livro "Cão de família", o leitor pode aprender as mais importantes informações sobre comportamento, saúde, educação e bem-estar dos cães. Escrito por Alexandre Rossi e Alida Gerger, esta é uma leitura considerada fundamental para quem tem ou quer ter um cão, seja ele filhote ou adulto. O guia é indicado para quem deseja entender a essência e as necessidades dos cães. FAMILIAS ANIMAIS - PUBLIFOLHA SAIBA COMO OS FILHOS VIVEM E SE DIVIRTEM
Ricamente ilustrado, o livro traz imagens engraçadas de filhotes de várias espécies animais como elefantes, zebras, coelhos, macacos, koalas, pinguins, ursos, girafas, gatos e hipopótamos. Indicado para crianças entre 3 e 7 anos, o livro alimenta a curiosidade própria da idade e mostra de forma lúdica como os filhotes aprendem a andar, comer, tomar banho, brincar e dormir. PAZ GUERREIRA - TH EDITORA O CAMINHO DAS DEZESSEIS PETALAS TALAL HUSSEINI
A ficção conta a história do jovem Kadriel Vahan, um funcionário de segundo escalão do ministério do Rei Sokárin, que se vê indicado pelo próprio monarca para sucedê-lo no reinado da cidade de Anthar. O desenvolvimento da trama ocorre por meio de capítulos intercalados, que descrevem situações aparentemente desconectadas. A definição de caráter das personagens se dá, em partes, pela narrativa e descrição apresentadas pelo autor, mas se tornam interessantes pelo seu próprio desenvolvimento ao longo do romance: tomadas de decisões, provocações e ironias humanizam as vidas ali descritas, colocando, em alguns momentos, até mesmo os heróis em situações de cheque.
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exposições | eventos |feiras A FIMAI - Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade Acontecerá nos dias 8, 09 e 10 de novembro de 2011, no Pavilhão Azul, do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, representa uma mostra atualizada de opções na área ambiental e possibilita o contato com os mais importantes especialistas e empresários atuantes no Brasil. www.fimai.com.br
EXPOURBANO 2011 Data: 22 a 24 de Novembro de 2011 Local: Pavilhão Azul, Expo Center Norte - São Paulo Site: http://www.expo-urbano.com.br/ Mais informações sobre o evento: O Expo Urbano é uma feira e conferência para a melhoria dos espaços urbanos. Os principais temas do evento são Estética, Conforto, Segurança e Recreação de lugares públicos como ruas, praças, parques, jardins, parques infantis, instalações esportivas, praias, áreas de lazer e estacionamentos. IX Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas - 24 a 26 de maio de 2012
Informações: GSC Eventos Especiais - (35) 3697-1551 Fórum Brasileiro e Feira Internacional de Resíduos Sólidos Data: 05 a 07 de outubro de 2011 Evento organizado e promovido pelo Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Brasileiro - IBDS, que busca apoiar e acompanhar os atores sociais e os agentes da cadeia produtiva brasileira na busca pela excelência da gestão da sustentabilidade, incentivando nas organizações o fomento contínuo da responsabilidade socioambiental.