8 minute read

É já este sábado que tem lugar uma recriação pré-histórica nos Monumentos Megalíticos de Alcalar em Portimão

FOTOS D.R.

Venha viver um dia na Pré-História em Alcalar: uma viagem temporal de cinco mil anos

É já este sábado, dia 7 de maio, que tem lugar uma recriação pré-histórica nos Monumentos Megalíticos de Alcalar, entre as 10:00 e as 18:00, no âmbito das comemorações do 14º aniversário do Museu de Portimão, com entrada livre e após dois anos de interregno

A já tradicional iniciativa volta a ser promovida pela Câmara de Portimão, através do seu museu, em colaboração com os Municípios de Monchique e de Lagos, as Juntas de Freguesia de Portimão, Alvor, Mexilhoeira Grande, a Direção Regional de Cultura do Algarve e o Grupo de Amigos do Museu de Portimão. Durante o dia, os participantes poderão conhecer de uma forma interativa o quotidiano das populações pré-históricas através de um conjunto diversificado de ateliês práticos e didáticos, representativos das atividades de caça, olaria, gravura, tecelagem, fabrico de ferramentas, processos de talhe, preparação e cozedura de alimentos, fabrico de cerveja pré-histórica e de instrumentos agrícolas e adornos, transporte de grandes monolíticos e moagem. A edição deste ano contará com a animação dos alunos dos cursos profissionais de Interprepação Teatral e de Cordas e Teclas do Agrupamento das Escolas da Bemposta que ao longo do dia recriarão sons e cenas do quotidiano daqueles tempos milenares.

Uma viagem temporal

A arqueologia experimental volta a marcar a oferta da iniciativa, através de um conjunto de propostas que permitirão ao visitante participar e assistir ao processo de preparação dos alimentos, até à sua confeção. Os mariscos, o berbigão, a amêijoa, o peixe e as carnes de porco e borrego fazem igualmente parte da ementa, que os mais curiosos poderão provar. Sem fósforos e com facas de sílex, a equipa especializada neste tipo de experimentação vai fazer o fogo e preparar os alimentos numa viagem temporal até cinco mil anos atrás, utilizando os instrumentos de pedra. Para além da preparação e cozedura de alimentos, os visitantes ficarão também a conhecer o fabrico de ferramentas, os processos de talhe, a confeção de cerveja pré-histórica, a produção de instrumentos agrícolas e adornos, o transporte de grandes monolíticos, a moagem, participando igualmente numa oficina de gravura com base nos padrões gráficos das placas de xisto. Esta recriação, que permite a centenas de famílias participarem nas atividades realizadas na pré-história de forma divertida e pedagógica, integra o conjunto de iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas desde 2006 pelo Museu de Portimão, na necrópole megalítica de Alcalar, considerada Monumento Nacional, e constitui um dia de experiências fundamentadas pelos estudos já realizados sobre o território alcalarense e os trabalhos desenvolvidos por parte de investigadores das universidades de Sevilha e Lisboa (arqueologia), Córdoba (estudos de faunas) e Stuttgart (botânica). Mais informações podem ser solicitadas através dos telefone 282 405 230 e 282 248 594 ou pelo e-mail: museu@cm-portimao.pt

Foi oficialmente homologada mais uma Pista de Atletismo no Algarve

APista de Atletismo do AP Victoria Sports & Beach, localizado na Praia da Falésia em Albufeira, recebeu a aprovação por parte da Federação Portuguesa de Atletismo no passado dia 14 de abril. Após visita às instalações, onde foram realizadas medições e várias verificações sobre as condições da pista, “é com grande orgulho” que a unidade hoteleira informa que “a pista de atletismo, bem como os setores de saltos e lançamentos, estão oficialmente homologados”. Esta certificação permite aos atletas que treinem nas instalações, verem as suas marcas reconhecidas internacionalmente para efeitos de ranking, assim como para eventuais recordes. A realização de provas profissionais de atletismo poderá ser também uma possibilidade. O AP Victoria Sports & Beach congratula-se “por ter recebido esta certificação, pois a mesma atesta o forte investimento e empenho colocado neste projeto, que visa oferecer as melhores condições para a prática do desporto num resort que permite aliar as férias à atividade física em sofisticadas instalações”.

Projeto de aproveitamento hídroagrícola no Algarve

"debaixo de fogo" (Duas explorações de abacate em causa)

APlataforma Água Sustentável (PAS) criticou esta quarta-feira o projeto-piloto que tenciona criar o primeiro sistema de aproveitamento hidroagrícola de múltiplas origens do país, no sotavento (este) algarvio, por destinar investimento público à rega em explorações privadas. O projeto foi anunciado pelo diretor regional de Agricultura do Algarve, Pedro Valadas Monteiro, que destacou à Lusa o seu caráter pioneiro, por permitir regar cerca de 600 hectares de explorações agrícolas com água proveniente de três fontes distintas: da barragem de Odeleite, de aquíferos em recuperação e de águas residuais tratadas na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vila Real de Santo António. A PAS mostrou-se crítica quanto ao projeto anunciado por aquele responsável e manifestou, num comunicado, o seu “mais profundo desagrado e oposição à operacionalização do investimento para o projeto, cujo objetivo é ajudar a região a fazer frente à falta de água e aos efeitos da seca. A plataforma, que reúne várias associações ambientais e cívicas, justificou a sua oposição ao projeto por considerar que este “pretende gastar o dinheiro que é de todos para, aparentemente, beneficiar maioritariamente duas empresas privadas em prejuízo do interesse público, hipotecando o futuro das novas gerações”. A PAS quer que a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Algarve preste esclarecimentos adicionais sobre o projeto, no qual estão previstos investimentos “entre os três e os quatro milhões de euros" para beneficiar 500 a 600 hectares, incluindo duas grandes explorações de monocultura de abacates”, e endereçou várias questões àquele organismo. O investimento inclui obras como a recuperação de dois aquíferos ou a criação de condutas de para levar as águas residuais tratadas da ETAR de Vila Real de Santo António até aos reservatórios das explorações agrícolas beneficiadas, previstas no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve e financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No entanto, a plataforma manifestou-se contra a utilização de fundos públicos para promover rega em monoculturas de abacate, em vez de servir para garantir o consumo humano de água, criticando as opções previstas.

FOTO D.R.

“Dessalinizadora, que disponibiliza água de mais baixa qualidade e muito mais cara, fica para consumo humano”

“Ou seja, a água da barragem e de aquíferos subterrâneos, de melhor qualidade e mais barata, irá servir os interesses da agricultura intensiva. Em contrapartida, a dessalinizadora, que disponibiliza água de mais baixa qualidade e muito mais cara, fica para consumo humano, onerando as despesas das famílias”, protestou. A plataforma lamenta que a DRAP, “em vez de adaptar os consumos aos recursos hídricos” existentes”, e “a pretexto de uma pretensa eficiência hídrica e económica”, se prepare para “consumir e poluir as águas dos aquíferos do sotavento”, em vez de “constituir uma reserva estratégica para consumo humano”. Nas perguntas destinadas à DRAP, a PAS quer saber se a área agrícola a beneficiar já existe ou vai ser criada, quais são as empresas que vão receber a água proveniente do novo sistema de múltiplas origens, se estas têm sede em Portugal ou se têm títulos de utilização de recursos hídricos válidos. A plataforma quer ainda que a DRAP esclareça, entre outras questões, se os “normativos da RAN [Rede Agrícola Nacional], da REN [Rede Ecológica Nacional] e eventualmente da Rede Natura 2000 nessa área de 600 hectares a beneficiar são respeitados” e se “há um estudo e uma Avaliação de Impacto Ambiental para esse aproveitamento hidroagrícola”.

Unidos pelas Praias e Juntos pelo Futuro

São nove das praias mais limpas e seguras do Mundo... e, por isso mesmo, urge alertar, sensibilizar e mobilizar para que assim se mantenham!

Por nós e pelas espécies que delas dependem ou desfrutam. Desta forma, e pela quarta vez, o Algarve acolherá no domingo, dia 8 de maio, a OPERAÇÃO PRAIA LIMPA 2022. Estas praias de cinco concelhos algarvios (Silves, Albufeira, Lagoa, Loulé e Faro) irão ser “inundadas”, entre as 9:30 e as 11:00, por generosos voluntários desejosos de contribuir para o que já é uma tradição anual nos nossos areais: a recolha de resíduos que nunca deveria ter chegado às nossas praias e aos nossos fundos marinhos. As inscrições (https://praialimpa. zoomarine.pt/) para este voluntariado ambiental são gratuitas, encerram às 15 horas do dia 6 de maio (sexta-feira), e são importantes para garantir que os participantes fiquem protegidos por um seguro, tenham acesso a um certificado digital de participação e, claro, a um simbólico lanche. Esta quarta-feira, já existiam mais de 250 participantes inscritos, pelo que se prevê uma grande festa regional pela defesa do Ambiente. Iniciada em 2017, em articulação com a “Operação Montanha Verde” (2016), a “Operação Praia Limpa” faz parte da iniciativa de responsabilidade ambiental “Together We Protect – Juntos Protegemos”, idealizada pelo Zoomarine e que visa remover, ao longo de vários quilómetros (ao nível da faixa costeira e dos fundos marinhos), os detritos de origem humana que nunca se deveriam encontrar nos habitats naturais. Este ano, a parceria foi ampliada a mais dois municípios e contará com o empenho e cooperação das seguintes entidades: ALGAR SA, a Universidade do Algarve (V+), Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a Marinha Portuguesa, a Autoridade Marítima Nacional, a Região de Turismo do Algarve, Águas do Algarve SA, LIPTON, Vila Vita Parc Resort & Spa, Centro Europe Direct Algarve, OLIMAR Reisen (Viagens) e Zoomarine. Esta iniciativa, pedagogicamente ativa, integra o vasto programa da Marinha Portuguesa nas celebrações do Dia da Marinha 2022, que este ano se irão centrar na cidade de Faro até 22 de maio, e do Dia Europeu do Mar. Dia 8 de maio, diz o Zoomarine que "será uma honra e uma alegria contar com a ajuda de todos (famílias, amigos e colegas de todas as idades), durante alguns minutos (10 a 90, dependendo da disponibilidade e energia de cada um...), para se poder passar duas mensagens fundamentais: o lixo marinho poderá não ter produzido por todos, mas a todos prejudica e as praias são de todos (humanos e não-humanos), e delas devemos poder desfrutar sem poluição, sem riscos, e sem culpas. Assim sendo, este domingo podemos contar com a Vossa generosa ajuda?". [Ler P24]

This article is from: