Edilção nº 1051

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Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

Edição 1051 • Ano XX • 29 de abril de 2014 • Semanário Gratuito • Sai à 3ª feira • Diretor: João Tavares Conceição • Siga-nos no

"Da Arte do Desporto à Natureza - Feira de Desporto e Turismo na Natureza, dias 3 e 4 maio Alameda da Carvalha, Sertã." Página 19 Descubra mais na página 13

Castelo Branco já tem praça 25 de Abril Oleiros

Página 15

Sertã

Página 17

Futebol

Página 19

Páginas 12 e 13

Proença-a-Nova

Página 7

Festival consolida fama do cabrito estonado Aprovado Plano Operacional Municipal

Produtores alimentares ganham cozinha equipada no Parque Industrial

Benfica C. Branco volta a ser líder

Idanha-a-Nova

Castelo Branco

Morão, autarca de Ouro!

Páginas 4 e 5

Página 9

Autarquia paga a 17 dias a fornecedores

Castelo Branco

EntrelaçArte pinta com croché espaços da cidade

Página 2

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Destaque

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Castelo Branco colorido com peças em crochet e tricot

POR PATRICIA CALADO

Azul, verde, amarelo, cor-de-rosa e vermelho são algumas das cores que dão alegria ao cantinho do núcleo EntrelarçArte no Centro Artístico Albicastrense. Mas afinal o que é isto do projeto EntrelaçArte? Com o intuito de transformar algumas zonas de Castelo Branco com peças em crochet e tricot, o EntrelaçArte apresenta-se como um projeto de Intervenção Artística, Social e Urbana. “Vamos fazer Yarn Bombing, que é decorar objetos da cidade, como postes, pinocos, bancos e árvores com lãs, tricot, crochet ou outras peças feitas. Quisemos juntar um grupo de pessoas na qual esta atividade podia ser um passatempo e pelos benefícios que tem a nível psicológico para se sentirem úteis e realizados.

E também fazer parte de um projeto para a cidade e com a cidade”, explicou Alice Fernandes, uma das mentoras do projeto, ao POVO DA BEIRA. Formado por quatro jovens com diferentes formações, o núcleo EntrelaçArte juntou-se a várias entidades como a USALBI, a Santa Casa da Misericórdia e a CIJE, convidando-as a interagir com a cidade na mais colorida das formas. Às diferentes entidades foram atribuídas diferentes zonas da cidade. “A USALBI vai decorar as Docas com o tema «A Rota da Atlântida», portanto há toda uma palete de cores associada. Tem este tema porque as Docas têm aqueles painéis alusivos ao mar. Em relação às outras duas rotas, Parque da Cidade e Zona Histórica, têm o tema do Arco-Íris, daí haver esta variedade de cores. Os

utentes da Santa Casa da Misericórdia vão colorir o Parque da Cidade e as meninas da CIJE estão responsáveis pela zona histórica”, esclareceu Teresa Gomes. Todas as quintas-feiras entre as 21h e as 23h30, no último andar do Centro Artístico Albicastrense, o núcleo EntrelaçArte está aberto à comunidade. Os requisitos principais passam pela boa-disposição e vontade de decorar a cidade albicastrense. E mesmo os que não saibam tricot ou crochet, as jovens do EntrelaçArte disponibilizam-se para ensinar. “Há pessoas que não sabem fazer e aprenderam logo. A cidade é de toda a gente, portanto quisemos chamar a comunidade para estas reuniões. Recebemos pessoas de todas as idades, aliás, na última sessão recebemos uma avó e um neto”, disse Tere-

sa Gomes. “Tem havido pessoas de fora que estão interessadas em decorar as suas zonas, entram em contacto connosco e vamos lá dar algumas orientações. Também tem havido gente que nos dá peças antigas para utilizarmos”, acrescentou Joana Carvalho. Com o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco, que fornece os materiais, e do Centro Artístico Albicastrense, o EntrelaçArte vai sair às ruas já em junho e prolonga-se até setembro. Na semana 14 a 22 de junho, as pequenas peças em crochet e tricot vão-se entrelaçar umas com as outras e aplicadas nos diferentes espaços de Castelo Branco. Para mais informações acerca do projeto EntrelaçArte, aceda à página do Facebook EntrelaçArte ou contacte por e-mail: entrelacarte@gmail.com. ■


Destaque

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

Scuts

EDITORIAL

PCP pede abolição das portagens A introdução de portagens nas autoestradas SCUT confirma-se a cada dia que passa como uma medida desastrosa para a vida das populações e para as regiões servidas por esses eixos estruturantes, diz o documento entregue pelo PCP na Assembleia da Republica onde pede a abolição das portagens nas antigas SCUT’s. Para o PCP a introdução de portagens nessas vias, justificada com o “princípio do utilizador-pagador” e a necessidade de aumentar as receitas obtidas com a exploração das infraestruturas rodoviárias nacionais, “visava apenas reduzir as despesas do Estado com as concessões rodoviárias sem, contudo, tocar nas fabulosas rendas auferidas pelos grupos económicos que exploram, sem qualquer risco, essas mesmas concessões”. O partido lembra as consequências “muito graves” para as regiões atingidas, sobrecarregando de uma forma “profundamente injusta” as populações e as empresas. O PCP lembra que a generalidade destas antigas SCUT não tem alternativas credíveis. Algumas das estradas nacionais para onde o tráfego dessas vias foi “desviado” estavam entre as estradas com maior sinistralidade do País. No caso a A23, o par-

tido lembra que em diversos troços, a autoestrada foi construída sobre os anteriores itinerários tornando inevitável a sua utilização, “em outros troços, a não utilização da A23 obriga à circulação pelo interior das localidades. Em outros troços ainda, evitar a A23 obriga a circular em estradas quase intransitáveis”. Exemplificando com o trajeto entre Torres Novas e a Guarda, para fazer essa viagem sem passar pela A23, utilizam-se a N-118, o IP2 e a N-18, percorrendo 231 quilómetros e demora seguramente mais de quatro horas. Pela A23, a distância é de 207 quilómetros e tem uma duração média de 2:10h. Não há, como é evidente, nenhuma alternativa viável à A23, “a introdução de portagens na A23 representa um retrocesso de décadas nas acessibilidades dos distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco

e Guarda” afirma o documento. Na resolução apresentada, o PCP apela à abolição das portagens que foram impostas nas antigas autoestradas SCUT, à criação de um processo de extinção das atuais Parcerias Público Privadas, recorrendo aos mecanismos legais e contratuais que, conforme a situação aplicável, garantam da melhor forma a salvaguarda do interesse público, a título de exemplo o resgate, a rescisão, o sequestro ou a caducidade. E ainda, à reavaliação das decisões sobre o cancelamento de intervenções na rede viária a requalificar ou construir, garantindo a criteriosa e rigorosa gestão dos recursos, estudando as melhores alternativas de projeto e recorrendo à gestão pública para a conclusão adequada designadamente em eixos como o IP-8, o IP-2 ou a EN125. ■

E

lá se comemoraram os 40 anos do 25 de abril, com uma cerimónia formal na Assembleia e outra, popular, no Largo do Carmo. Ambas tiveram o seu simbolismo e o seu propósito. Dias depois comemorar-se-á o 1º de maio, onde ainda se falará das conquistas de abril e depois lá voltamos às nossas malfadadas rotinas. Tal como se previa, nada de novo foi dito. Nem sobre o esforço pedido a quem trabalha (ou trabalhou), ou a continuada austeridade, ou o desemprego, ou a necessidade de uma nova revolução. Foi sintomática a opinião do mérito do 25 de abril e da desilusão que constitui hoje a sua vivência. Quarenta anos depois, todos temos consciência das oportunidades perdidas com as carradas de dinheiro que esta Europa, hoje tão criticada, nos enviou. Por isso mesmo ninguém falou da agricultura, nem do mar. Os nossos negócios mais sustentáveis são esquecidos internamente, mas vão permitindo aos espanhóis ganharem dinheiro PUB

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A Ponta Final DIRETOR JOÃO TAVARES CONCEIÇÃO

com o regadio do Alqueva, e não só em Espanha. Nem o aproveitamento turístico das nossas centenas de quilómetros de costa, nem a rentabilização da pesca, nem a frota marítima, que em má hora foi desmantelada, parecem ser motivo de discussão. O que hoje se discute é a saída da troika. Pós várias avaliações, talvez ainda não seja hora de fazer a análise do deve e haver desta intervenção. No entanto não nos restam dúvidas que a demissão do anterior Governo, a reação dos mercados financeiros à situação então vivida e a incapacidade da União Europeia em apresentar alternativas para ajudar os países em crise, levaram-nos a abrir as portas a um Manifesto de Entendimento. Não havia alternativa. Podia era ter havido melhor planeamento na satisfação das obrigações, pois foi logo manifesta

a ignorância do impacto recessivo das medidas de austeridade tomadas, principalmente com o recurso excessivo aos cortes transversais, onde a função pública foi o parente pobre e dando a ideia que teria sido a máxima responsável por tudo o que tinha acontecido. O que nos resta desta intervenção? Uma economia menos dependente do Estado, com maior capacidade exportadora? Não nos parece. Diminuíram-se as despesas, se calhar não tanto como muitos desejavam, cortando na função pública, na saúde e quejandos. Não se criou emprego que contrabalançasse os despedimentos. Não se geraram sinergias que efetivamente lançassem o tecido económico e industrial para um patamar de excelência. Portanto lá estamos condenados a continuarmos a contar tostões, ainda por muito mais tempo.


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Castelo Branco

Morão um exemplo a seguir Luís Correia – Presidente da Câmara de Castelo Branco Evidentemente que é um exemplo a seguir. Um homem com a dimensão de Joaquim Morão é um exemplo pela sua forma de estar na vida pública, pela força e dedicação com que sempre defendeu a causa pública e é um homem que soube sempre amar os munícipes e esteve sempre ao seu lado. Luís Pereira Presidente da Câmara de Vila Velha de Rodão

em termos de figuras públicas da região.

16 anos dos quase 40 que dedica à causa pública foram dedicados por Joaquim Morão ao concelho de Castelo Branco. O ex-autarca foi protagonista das maiores mudanças efetuadas na cidade nas últimas décadas. Para a história ficam obras como o Centro Coordenador de Transportes ou o Centro de Cultura Contemporânea.

Efetivamente é uma referência a nível local, regional e mesmo a nível nacional. Autarcas como Joaquim Morão, tomara Portugal ter muitos porque é um exemplo na dedicação de quase 40 anos à vida pública, autárquica, com obra e trabalho feitos. É um exemplo claramente a seguir por todos. Armindo Jacinto Presidente da Câmara de Idanha-a-Nova

Fernando Jorge Presidente da Câmara de Oleiros

Vítor Pereira Presidente da Câmara da Covilhã

Joaquim Morão é um exemplo a seguir como autarca, como Homem, como amigo, como Homem de princípios, como Homem de ética e de honra. É de facto, uma personalidade que a cidade de Castelo Branco muito o deve.

Joaquim Morão é um farol, uma referência, um exemplo para todos nós do que se deve e não deve fazer na vida pública. É um exemplo de probidade, determinação e coragem, de alguém que soube sempre enfrentar as dificuldades sem nunca ter virado a cara à luta. Obra dele está à vista ainda por cima com superavit.

Mais que um exemplo, Joaquim Morão é uma fonte contínua de inspiração e força. O seu carácter, a sua forma de estar isenta, determinada é sem dúvida um exemplo a seguir, é provavelmente a bitola porque todos os autarcas se pode reger. Temos aqui um dos maiores vultos dos últimos anos

Joaquim Morão autarca de Ouro

António Beites – Presidente da Câmara de Penamacor

É de facto um exemplo, uma referência. Nos tempos que correm é extremamente importante para todos os autarcas, não só da região, mas do país. Foi um homem que nunca se vergou e soube sempre seguir o seu caminho. Para mim, é um amigo com qual conto e certamente todos os autarcas da região podem contar. Ele ainda tem muito a dar a este país e a esta região.

Paulo Fernandes – Presidente da Câmara do Fundão

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

É um exemplo a seguir enquanto presidente de Câmara. Pessoalmente já o conheço há muitos anos e foi sempre um exemplo e uma referência. Para quem se dedica a uma missão publica, obviamente que Joaquim Morão será sempre a nossa grande referência.

João Paulo Catarino – Presidente da Câmara de Proença-a-Nova É um homem da região, não só do concelho de Castelo Branco, e um exemplo a seguir pelo caracter, dedicação e determinação com que defendeu as causas, não só de Castelo Branco, mas da região. ■

POR CRISTINA VALENTE

“Joaquim Morão foi o melhor presidente de Câmara de Portugal nos últimos 40 anos” foi a frase, de Jorge Coelho, que marcou a homenagem feita pela Autarquia Albicastrense ao Comendador Joaquim Morão, ex-presidente da Câmara de Castelo Branco. Na passada terça-feira o Cine-Teatro encheu-se para Castelo Branco homenagear o homem que nos últimos 16 anos esteve à frente dos destinos da cidade. Joaquim Morão foi distinguido com a medalha de ouro da cidade, um reconhecimento pelos, “relevantes serviços prestados à cidade e ao concelho enquanto autarca”. O atual executivo albicastrense, decidiu por unanimidade no dia 1 de outubro de 2013, na sua primeira reunião, a atribuição da medalha de ouro a Joaquim Morão, esta foi, de resto, a primeira deliberação do executivo liderado por Luís Correia. “Simbolicamente quis que esta fosse uma das minhas primeiras decisões, enquanto presidente da Câmara Municipal de

Não tenho qualquer dúvida que seja um exemplo a seguir. Em termos de vida cívica, foi um exemplo para todos nós. Colocou sempre o interesse público acima de todos os interesses, daí o reconhecimento que tem tido por todas as entidades locais, regionais e nacionais. ■

Carlos Maia Presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco Castelo Branco” afirmou o autarca albicastrense, Luís Correia. Carismático, espontâneo com o povo, determinado e exigente na defesa de Castelo Branco, foi assim que Luís Correia descreveu o homenageado, “foi apurando o estilo e as capacidades que o levaram a ser reconhecido e considerado símbolo do poder local” acrescentou o autarca. Para o autarca, que trabalhou 16 anos ao lado de Joaquim Morão, seguir o seu exemplo é, “sinal de inteligência, estranho, mesmo reverso seria não o fazer”. Luís Correia, recordou

os anos que passou ao lado de Joaquim Morão, como anos de aprendizagem, “o Comendador Joaquim Morão soube definir uma estratégia de desenvolvimento para Castelo Branco, e concretizá-la. Soube sempre aproveitar as oportunidades, mas soube Oxalá que todos os que vêm a seguir sigam as pegadas do Joaquim Morão. Ficamos todos a ganhar, porque a obra que fazia, não era a olhar para ele, era a olhar para o bem dos albicastrenses e da nossa cidade. ■

Padre José Sanches

também criar as oportunidades quando elas aparentemente não existiam”. Castelo Branco é hoje o resultado do trabalho e obra de Joaquim Morão, obra que Luís Correia quer continuar, “temos o firme propósito de seguir o seu exemplo, estamos determinados a dar continuidade a este trabalho que se inscreve num ciclo de progresso que saberemos adequar à realidade dos tempos atuais”. “Morão é um grande politico, com quem aprendi muito” – Jorge Coelho “Gigantesco orgulho” foi assim que Jorge Coelho classificou a satisfação que teve em participar na homenagem a Joaquim Morão. O ex-ministro deixou


Castelo Branco

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É um exemplo a seguir pela capacidade que tem de liderança, muitas vezes algo presidencialista para aquilo que nós entendemos que deve ser o trabalho coletivo. No entanto, é um exemplo de liderança daquilo que deve ser o servir a causa pública. ■

Ana Maria Leitão Deputada Municipal da CDU rasgados elogios ao ex-autarca, apontando-o como exemplo único a nível nacional. “Dei muitas vezes o exemplo de Joaquim Morão em reuniões que participei de norte a sul do país” confessou Jorge Coelho “Quando, em algumas situações, as coisas não estavam a correr bem, e havia um sentimento de menos força, para que as coisas fossem feitas como deviam, eu dava em todas situações o mesmo exemplo. - Vocês estão a precisar PUB

de levar uma dose de Joaquim Morão, para vos por ao nível daquilo que têm a fazer.” acrescentou Jorge Coelho. Para Jorge Coelho, Joaquim Morão tem “um conceito daquilo que é o papel de um autarca ao mais alto nível” característica que identifica o autarca, o cidadão e o politico. “Joaquim Morão é um grande politico, com quem eu aprendi muito na minha vida. O que eu aprendi, com essa forma de estar e de entrega” confessou Jor-

ge Coelho. Recordando depoimentos de várias figuras nacionais, como Jorge Sampaio, e Ramalho Eanes, Jorge Coelho considera Joaquim Morão um autarca “com as ideias completamente arrumadas na cabeça, de saber o que tem que fazer, como e onde fazer”. Um realizador, “como Morão” tem que ter uma “enorme” visão estratégica do que se pretende, considera o ex-ministro socialista. “Há uma marca que caracteriza a obra que Joaquim Morão realizou , em Idanha e Castelo Branco, foi o grande investimento que fez em tudo o que tem a ver com a educação” uma marca, uma aposta que demostra, para Jorge Coelho, a visão estratégica do homenageado. Um autarca sempre ao lado do povo “Bem hajam por terem vindo” agradeceu Joaquim

Prof. DRAME

Morão a todos os que se associaram à homenagem da Autarquia Albicastrense. O ex-autarca, que recebeu de Luís Correia a medalha de Ouro da cidade, lembrou o apoio que sempre recebeu do povo ao longo dos anos. “Fui candidato a vereador da Câmara de Idanha-a-Nova nas primeiras eleições autárquicas, 12 de dezembro de 1976 eu estava lá, fui candidato, iniciei-me na vida pública com o espírito do 25 de abril” recordou Joaquim Morão. A medalha que lhe foi entregue considera-a um reconhecimento pelo serviço que prestou ao serviço da cidade. “Uma das marcas que considero mais importante como autarca, foi a antecipação dos problemas para lhe dar respostas inovadoras” e lembrou os primeiros tempos em Idanha-a-Nova, 1982, um país com taxas de juro e inflação de 30% mas a situação do país não impediu Joaquim Morão de resolver aquele que considerava o maior problema do concelho, “a falta de água ao domicilio em quantidade e qualidade, e o saneamento básico” empreendimento que considera determinante para a qualidade de vida e desenvolvimento do concelho de Idanha. Joaquim Morão recordou todos os apoios que recebeu em 1997, quando se candidatou a Castelo Branco, “sabia que era desejado pelo povo de Castelo Branco, e por isso decidi ir à luta para fazer o trabalho que sabia era capaz de desenvolver para transformar a cidade e o concelho” e recordou todos os apoios que recebeu, com destaque para o apoio que recebeu de José Sócrates, “o grande impulsionador e dinamizador da minha candidatura a Castelo Branco”. Os anos passados em Castelo Branco, foram anos

Como autarca, penso que é um exemplo a seguir. É uma figura que se tornou supra partidária por aquilo que fez por Castelo Branco. Nem todas as suas decisões eram unânimes, eu próprio não me revejo em todas que tomou. Mas isso é uma característica de quem faz. Naturalmente que terá cometido alguns erros, mas isso só quem não faz é que não erra. ■

Paulo Moradias Vereador do PSD de muito trabalho, o ex-autarca colocou em prática aquilo “que há muito tinha em mente sobre os investimentos que Castelo Branco precisava. Progressivamente, até ao último dia colocámos no terreno todos os compromissos assumidos com os Albicastrenses”. E lembrou algumas das obras que marcaram os seus mandados, como a aquisição do quartel de cavalaria, a recuperação do Cine-Teatro Avenida, melhoramento do Centro da cidade, ampliação da zona industrial, recuperação de vários imóveis na zona histórica, criação da zona de lazer, beneficiações no parque escolar, Centro Tecnológico É um daqueles autarcas que o poder local de Portugal pode apresentar como um dos seus melhores exemplos desde o 25 de abril. Se apontarmos o Joaquim Morão como exemplo, estamos a apontar o melhor que pode haver. É um grande exemplo daquilo que foi o grande benefício que a democracia trouxe ao poder trazer para a política pessoas como o Joaquim Morão. A democracia

Agroalimentar, InovCluster, Melaria e o Centro de Empresas inovadoras, a beneficiação da rede viária, não só na cidade, mas também freguesias. “Tive momentos de grande satisfação, como ir ganhando os sucessivos desafios. Os Censos 2011 foi um ponto alto da avaliação da nossa estratégia, com o concelho a aumentar de população, e os nossos competidores a diminuírem” e terminou com a referência a três empreendimentos “de grande alcance” o aeródromo, e a respetiva base logística, o Terminal Rodoviário e o Centro de Cultura Contemporânea, “obra polémica que foi ganhando espaço e é hoje uma referência”. ■

deu-lhe a grande oportunidade de entrar na política e foi um benefício para todos. ■

Valter Lemos Presidente da Assembleia Municipal de Castelo Branco

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Castelo Branco

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Hospital Amato Lusitano com falta de profissionais de saúde POR PATRICIA CALADO

“Em relação ao Hospital Amato Lusitano, sente-se a falta de profissionais de saúde. E foi-nos dado o exemplo da especialidade de obstetrícia, em que o hospital está a tentar contratar profissionais e que efetivamente não está a conseguir”, disse Paula Santos, deputada do PCP na Assembleia da República, durante a deslocação a Castelo Branco, no passado dia 21. Após ter visitado o Centro de Saúde de S. Tiago, o Centro de Saúde de S. Miguel e o Hospital Amato Lusitano, a deputada sublinhou que a carência de profissionais de saúde “sente-se a vários níveis”. “Há falta de médicos, de enfermeiros, de administrativos e auxiliares, principalmente a nível dos cuidados de saúde primários” afirmou Paula Santos, que deu como exemplo o Centro de Saúde de S. Miguel, em que há, diz, “médicos que têm imensos utentes. Os enfermeiros não cumprem as lotações seguras. Ou seja, no acordo que foi estabelecido entre o Ministério da Saúde e a Ordem dos Enfermeiros, no que diz respeito aos cuidados de saúde primários, em que devia de existir um enfermeiro por cerca de

1500 utentes”, explicou. Entender os impactos da aplicação da portaria 82/2014, que define os critérios para a classificação dos hospitais, foi uma das principais razões que levou Paula Santos a deslocar-se a Castelo Branco. Considerando uma matéria de extrema importância, a deputada considera “desadequado esta definição ter sido por uma portaria e não por um decreto-lei”, impedindo a Assembleia da República de poder chamar a atenção à percepção parlamentar acerca deste

tema. Assim, considerando a portaria em causa, a deputada sente alguma preocupação em relação ao Hospital Amato Lusitano. “Mesmo havendo informações de que dão conta que este hospital não vai perder serviços, não vai perder especialidades ou a maternidade, a verdade é que a portaria introduz um conjunto de critérios que aplicada ao extremo pode efetivamente seguir esse rumo”. Na perspetiva do PCP, a portaria 82/2014 reflete

a estratégia que o Governo tem vindo a seguir, tendo assim certas consequências, tais como a redução de valências, a concentração de valências, a redução de profissionais e a imposição de mobilidade a esses mesmos profissionais. Acreditando ser este “um caminho errado”, Paula Santos afirma que faz todo o sentido que os serviços do Hospital Amato Lusitano sejam reforçados de forma a dar “resposta necessária para as necessidades da população que abrange”. Paula Santos acredi-

ta que as opções políticas levadas a cabo pelo atual Governo têm dificultado o acesso dos utentes aos serviços de saúde. “As pessoas não se tratam convenientemente porque não têm condições económicas para tal. Também temos nota de utentes que adiam consultas devido aos elevados custos das taxas moderadoras que foram aumentadas por este Governo. Enquanto comemoramos os 40 anos do 25 de abril, constitui também na nossa perspetiva uma violação ao direito da saú-

de que está consagrada na nossa Constituição da República. A nossa Constituição refere que todos, independentemente das condições económicas e sociais, têm o direito aos cuidados de saúde que necessitam”, referiu. Segundo a deputada do PCP, a deslocação a Castelo Branco demonstrou os impactos da política do Governo, uma política que “ataca os serviços de saúde” e que, o detrimento do serviço público acaba por beneficiar os serviços de saúde privados. Já em relação à indústria farmacêutica, Paula Santos aproveitou a Conferência de Imprensa realizada na sede do PCP para dar a conhecer uma proposta do partido para obter medicamentos mais baratos. “A criação do Laboratório Nacional do Medicamento ia contribuir de forma muito significativa, não só para o aumento da produção nacional, como na nossa investigação. Precisamos de ter investigação pública nesta área. Há capacidade, há conhecimento e podíamos ter muito a ganhar. Ter medicamentos acessíveis para a população e para os próprios estabelecimentos de saúde. Era um ganho para o Serviço Nacional de Saúde”, concluiu. ■

Pioneiros no Gardunha 2014 Os Pioneiros do Agrupamento 160 do CNE e de outros Agrupamentos da Região e Grupos da AEP de S.Vicente da Beira e Penamacor viveram o Gardunha 2014, em aventura, na Serra da Gardunha. De 12 a 16 de abril os Pioneiros dos Agrupamentos 160 de C.Branco, 170 de Sertã, 172 de Abrantes, 273 de Tramagal, 1053 de Alferrarede do Cne e dos Grupos 170 de S.Vicente da Beira e 163 de Penamacor da AEP, viveram esta aventura, em contacto com a natureza e com as comunidades locais, na Serra da Gardunha, em Louriçal do

Campo, tendo como lema da actividade “S.Nuno, um jovem como tu”. A actividade decorreu, em regime de acampamento, montado nos terrenos do Colégio de S. Fiel, cedidos pela Junta de Freguesia de Louriçal do Campo. O Gardunha, levado a efeito há dezanove anos, sem interrupção, teve como objectivos reforçar os laços de amizade entre todos os seus participantes, em ligação com a natureza e com as comunidades locais, bem como o aperfeiçoamento das técnicas escutistas e de campismo. ■


Castelo Branco

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Castelo Branco já tem praça 25 de abril POR CRISTINA VALENTE

As comemorações dos 40 anos do 25 de abril ficam marcadas em Castelo Branco, pela inauguração da Praça 25 de abril, na antiga parada do ex-quartel de cavalaria. Num vasto programa comemorativo, a inauguração da praça com o nome da revolução de 1974, perpetua os 40 anos da revolução. Para Luís Correia, mais que colmatar uma lacuna, a inauguração da praça é “comemorar abril, dando o nome da revolução a uma praça central, digna da importância da data”. A praça, que em tempos foi a parada do ex-quartel de Cavalaria, é também simbólica, uma vez que não é possível separar o 25 de abril dos militares, “tem também esse simbolismo” confessa Luís Correia. A inauguração da praça, foi acompanhada por muitos populares e por todos os que participaram na habitual sessão da Assembleia Municipal. Na sessão, que foi acompanhada também por muitos populares, usaram da palavra os representantes dos vários partidos com assento na Assembleia Municipal, o seu presidente, Valter Lemos e o autarca Luís Correia. Assembleia comemorativa Valter Lemos, Presidente da Assembleia Municipal (AM), recordou na sua intervenção algumas das mudanças da sociedade pós 25 de Abril “há 40 anos não existiam Assembleias Municipais, os presidentes de câmara eram nomeados” recordou. 40 anos depois da revolução dos cravos, diz Valter Lemos, os Portugueses não estão satisfeitos com a qualidade da democracia, “cada vez menos os atores e os partidos políticos são capazes de corresponder às expectativas dos cidadãos”. Para o presidente da AM a recente crise que temos vivido acentuou o de-

Espetáculos, exposições, homenagens, desporto e festas populares marcaram as comemorações dos 40 anos do 25 de abril em Castelo Branco. Para a posterioridade fica a Praça 25 de Abril no antigo quartel de cavalaria. sencanto dos portugueses, é por isso que Valter Lemos considera importante fazer apelo ao 25 de abril e às expectativas que ele abriu. “A democracia não determina a nossa felicidade, só cria condições para que nós a possamos construir”. Bloco presta homenagem a albicastrenses que lutaram contra ditadura Para Luís Barroso, do Bloco de Esquerda (BE) a alternância no poder durante estes 40 anos pós 25 de abril tem contribuído para descaracterizar e desvalorizar o espírito e os valores de abril, “transformando-o num mero acontecimento histórico, despejado de simbolismo, que nos tem conduzido a uma democracia pobre, desigual e injusta”. O deputado bloquista lembrou e prestou homenagem aos cidadãos albicastrenses, ainda vivos que antes de abril de 74 e na clandestinidade lutaram contra a ditadura, fascismo, foram perseguidos, presos e torturados pela PIDE, “Mário Barreto e Joaquim Barata”. Uma homenagem extensiva a outros como Manuel João Vieira, Albano Pina, Armindo Ramos e Mário Branco.

António Silva Santos, deputado do CDS-PP, diz que recordar a dádiva cívica que esse momento (25 de abril de 1974) representou, “é um dever”. Para o deputado centrista o que é essencial assinalar, “é que a vida em democracia e liberdade é um ativo ao qual não pretendemos renunciar”. António Silva Santos afirma que só o reconhecimento dos direitos sociais poderá contribuir para modificar o estatuto dos grupos mais vulneráveis à exclusão social. Para o deputado do CDS-PP é fundamental criar no poder local um sistema de responsabilidade social corporativa, “pois ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento da lei. Ser socialmente responsável é ir além da lei”. Os Barrigas e os Magriços A deputada da CDU, Ana Maria Leitão, aproveitou a história dos Barrigas e dos Magriços, um conto de Álvaro Cunhal, para recordar o porquê do 25 de abril de 74. Com uma história para crianças, Ana Maria Leitão, recordou a história do país. E no final do conto

prestou homenagem a Álvaro Cunhal e aos comunistas, “este conto, desta singeleza, foi escrito para crianças, estando Álvaro Cunhal já doente, quase sem visão. Escrito por alguém que dos onze anos que esteve encarcerado, foi barbaramente torturado, mantido incomunicável durante 14 meses e passou 8 anos em total isolamento. Falar do 25 de abril sem falar de Álvaro Cunhal e dos comunistas, sem fazer uma justa homenagem à heroica luta e resistência antifascista dos meus camaradas seria para mim impensável!”. Deputado do PSD interrompido pelo público O discurso mais longo, e também o único que foi interrompido pelo público presente na sala, com palavras de ordem alusivas ao 25 de abril e à liberdade, foi o discurso de Álvaro Batista, representante do PSD, partido que sustenta o governo. O deputado social-democrata lembrou as conquistas de abril, as que foram conseguidas, e as que não foram. “São portanto muitas as conquistas de abril, umas melhor conseguidas outras redondamente falhadas e, finalmente, algumas que

estarão sempre em permanente construção devido à sua natureza intrínseca, como é a consubstanciação do direito à educação, à saúde, justiça, cultura, habitação ou dos direitos dos trabalhadores. Mas, de abril ficaram-nos também alguns processos absolutamente falhados, a reforma agrária, as nacionalizações e o controlo operário”. Álvaro Batista recordou os anos do PREC, os anos de 77 e 83 quando o FMI esteve em Portugal, a entrada na CEE e a Expo 98. E recordou também a história recente do país, com a chegada da Troika. Para o deputado social-democrata alguns dos que participaram no 25 de abril de 74, defendem agora uma outra revolução, “desta vez contra o que eles não gostam na democracia, para instituir não se sabe o quê”. PS recorda conquista do poder local O partido socialista pela voz do deputado Joaquim Martins, recordou a primeira manifestação/ comício feita em Castelo Branco após a revolução dos cravos. A 27 de abril, os albicastrenses saíram para a rua para ouvir os oposito-

res ao regime, e puderam pela primeira vez ouvir-se palavras ditas em liberdade. Joaquim Martins lembrou Albino Pina e Manuel João Viera, dois dos intervenientes nesse comício. Manuel João Vieira, recentemente falecido, viria a ser um dos deputados constituintes eleito no ano de 75. “Lembrá-lo hoje aqui é também uma forma de homenagear os outros lutadores que, na oposição, clandestinamente e com sacrifício, ajudaram a preparar o 25 de abril”. Joaquim Martins considerou o poder local, como uma das grandes realizações do 25 de abril. Também Luís Correia, autarca albicastrense, considerou o poder local como o “maior feito do 25 de abril”. “A ação das autarquias tem sido ao longo destes 40 anos o rosto visível do Estado e dos Governos junto das populações” afirmou Luís Correia. Por isso, acrescenta o autarca, “é difícil perceber e aceitar a forma como atualmente é tratado o poder local” e considerou “inconcebível” o relacionamento da administração central com as autarquias, “não atender aos compromissos com as autarquias é negar abril” afirmou. Luís Correia exemplificou com a situação que se vive no sector dos resíduos, para onde os municípios aceitaram transferir competências para empresas pú blicas, constituídas pelo Estado e as Autarquias, na convicção de que “tratando-se de um serviço básico, seria mantido na esfera da administração pública” agora, acrescenta o autarca, os municípios são surpreendidos com a privatização do sistema, desvalorizando-se o sector publico, “uma desvalorização incompreensível, com desrespeito para com os municípios e para com os princípios orientadores que presidiram à criação das empresas”. O autarca terminou com uma palavra de esperança, “com realismo e com a certeza do caminho que queremos trilhar”. ■


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Castelo Branco

CGTP assinala Abril com convívio desportivo

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Coronel Matos Gomes acredita que Portugal pode sair deste impasse POR PATRICIA CALADO

POR PATRICIA CALADO

Futsal, jogo do saco e jogo da malha foram as atividades que marcaram os 40 anos do 25 de abril no Pavilhão Municipal da Boa Esperança. Apesar da falta de participantes, a organização considerou que foi uma manhã bastante “animada e positiva”. O convívio desportivo, organizado pela União de Sindicatos de Castelo Branco, começou com um jogo de futsal disputado por duas equipas mistas. Apesar de estarem a disputar uma taça, os participantes demonstraram boa disposição, fairplay e união. Nesta manhã despor-

tiva, o importante era comemorar o 25 de abril com alegria e deixar de parte a competitividade. “A divulgação não foi muita. Normalmente no 25 de abril, não costumamos fazer nada durante o dia. À noite fazemos sempre a arruada, tal como ontem [24 de abril]. Este ano foi mesmo em cima da hora que pensámos em realizar este convívio desportivo, nem que fosse só mesmo com o pessoal do sindicato”, declarou ao POVO DA BEIRA, Zezinha Lúcio, da organização. No final da manhã, a organização prometeu: “Para o ano há mais e será divulgado mais atempadamente”. ■

AJUP mostra quotidiano dos anos 70

“Temos todas as possibilidades de sair deste impasse. Para um país com uma História tão longa, este é apenas mais um impasse… Não é o mais difícil nem de certeza o último dos impasses”, disse o Coronel Carlos Matos Gomes, na conferência “O 25 de abril e os impasses da História de Portugal. Do liberalismo ao fim do império”, na passada quinta-feira na Biblioteca Municipal. Aquando questionado sobre a possibilidade de um novo 25 de abril para a resolução deste impasse, o Coronel afirmou com todas as certezas que tal não é possível, já que, “ a História nunca se repete”. “Vivemos numa sociedade completamente diferente da que vivíamos há 40 anos. Hoje em dia, o que acontece é resultante de situações internacionais que não controlamos. Um novo 25 de abril não alterava nada. O que Portugal tem de fazer é arranjar uma alternativa à política de Angela Merkel. E a alternativa passa por substituir os funcionários que Merkel cá tem. Mas esta alternativa não é através de um Golpe de Estado nem de uma força militar”, explicou.

Para o Coronel Carlos Matos Gomes, Portugal necessita de “coragem para enfrentar a Europa”, já que o nosso país tem a vantagem de estar geograficamente situado no extremo da Europa. “Ou a União Europeia tem uma democracia, um espaço comum, um espaço civilizacional comum, os mesmos padrões culturais ou não tem. E se não tem, então devemos discutir a nossa saída ou outras formas de relacionamento. Andamos encadeados com a Europa”, afirmou. O Coronel, um dos militares que lutou pela Liberdade e Democracia, sublinhou qual o dever e o intuito de viver neste regime, nunca esquecendo que um dos direitos da democracia passa pelo poder que o “cidadão tem de intervir na política”.

“A democracia tem de ter um conteúdo, que é proporcionar a maior quantidade de felicidade nas pessoas e, claro, tem de ter consequências práticas. Tem de dar melhor saúde às pessoas, melhor educação, melhor velhice, melhor juventude. Se não for assim, temos de procurar outros caminhos”. Com a esperança depositada em Portugal e nos portugueses, o Coronel acredita que é possível sair deste impasse em que atravessamos, já que, segundo reza a História Portuguesa, sempre o conseguimos. Um dos impasses, que inclusive deu origem ao 25 de abril, foi a guerra colonial. Ao longo da conferência, o Coronel Carlos Matos Gomes explicou detalhadamente todo o processo que deu origem ao 25 de abril de 1974. Foi um

militar que esteve diretamente ligado à Revolução dos Cravos e não quis terminar a sessão sem recordar o seu “amigo de infância” Fernando Salgueiro Maia. “Tinha a enorme capacidade de arrastar as pessoas atrás de si e isso demonstrava a confiança que depositavam nele. Era um homem que merecia a confiança e nunca traiu essa confiança. Era um homem com uma enorme coragem. A operação dele é, em termos militares, uma operação brilhante e extraordinária. Como é que um jovem de 24 anos consegue aguentar o esforço e o limite sem desencadear um tiro? Todos sabíamos que depois de disparado o primeiro tiro, tornar-se-ia incontrolável. É um amigo que partiu e que nos faz muita falta”, concluiu. ■

II Linux Install Fest decorreu no Cybercentro POR CRISTINA VALENTE

Máquina de escrever, gira-discos, relógios, jornais e muitos outros objetos podem ser vistos na exposição patente na sede da Associação Juvenil os Perdigotos. A mostra pretende mostrar objetos que faziam parte do quotidiano dos portugueses durante os anos 70. É uma forma diferente de abordar abril. A exposição, é especialmente interessante para os mais pequenos, que assim podem ver alguns objetos que nunca tinham visto, e também conhecer algumas formas de viver, por exemplo as fardas usadas nas escolas. Para além dos objetos

e fotografias que retratam o quotidiano das famílias, estão também patentes vários jornais da época que mostram a forma como a imprensa nacional e local abordou a revolução dos cravos. E porque a história também se pode contar através de autocolantes, no r/ chão da sede pode ser vista uma vasta coleção de autocolantes, que são testemunhos de como se viveram e fizeram muitas campanhas eleitorais. Para que a viagem no tempo fique completa, a associação recolheu vários anúncios publicitários da época que são projetados numa televisão, para mostrar a diferença também nesta vertente publicitária.■

Em mais uma organização da Associação de Informática de Castelo Branco, aberta á população em geral houve oportunidade de tomar conhecimento sobre o programa LibrOffice através do representante da Comunidade Portuguesa de LIbreOffice que apresentou não não só os diversos aplicativos do programa (Texto,folha de cálculo,apresentações entre outros), mas também explicou o conceito de Open Source e trabalho colaborativo. Foi também neste apresentado o Manual aberto de TIC e LibreOffice lançado no inicio do mês de Abril e disponibilizado a todos os interessados em formato digital.

Sandra Coelli apresentou o programa de Gestão Comercial Colibri, que permite a uma empresa ou empresário em nome individual ter uma ferramenta essencial, um programa certificado pela Autoridade Tributária que tem aplicações na área contabilística,gestão de

stocks e front office entre outros, sem necessidade de incorrer em custos. Esta apresentação foi extremamente produtiva pois foi criado um núcleo de trabalho colaborativo em Castelo Branco para esclarecer questões práticas sobre o uso desta aplicação. Também o uso de

microcomputadores, concretamente Raspberry PI, uma criação Europeia que tem permitido a criação de experiências de automação cuja potencialidade para o uso na sociedade em áreas a que vão desde o social até ao empresarial tem sido amplamente demonstrado, foi o término deste evento apresentado por Bruno Santos. Em paralelo foi realizada a explicação e demonstração de sistemas operativos do Universo Linux. A terminar este 2º Linux Install Fest foi anunciado já para o dia 10 de Junho a realização de mais um Encontro de Electrónica&Informática na cidade de Castelo Branco. ■


Idanha-a-Nova

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

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Município executou 91,56% da receita e paga a 17 dias O Relatório e Contas do exercício de 2013 da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova foi recentemente aprovado em reunião do executivo camarário. No documento, aprovado por unanimidade, destaca-se a excelente taxa de execução da receita prevista no orçamento de 2013, que atingiu os 91,56% (receita cobrada bruta). Outro indicador positivo foi a redução do prazo

médio de pagamento a fornecedores, o qual passou de 20 dias em 2012 para apenas 17 dias em 2013, de acordo com dados da Direção-Geral das Autarquias Locais. Note-se que o valor total das receitas cobradas em 2013 ultrapassou os 18 milhões de euros (18.311.454,72€) e o valor total da despesa paga foi de 18.136.045,17€ (taxa de execução de 90,68%), fi-

cando um saldo de gerência de 175.409,55€. As rúbricas com maior peso na despesa foram a aquisição de bens e serviços (iluminação pública, água, esgotos, etc), as despesas com pessoal (23,88%) e a aquisição de bens de capital. O presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, mostra-se satisfeito com os bons resultados da ges-

tão municipal em 2013. O autarca realça que numa fase de transição entre quadros comunitários de apoio, o Município continua a executar projetos de investimento, no sentido de beneficiarem dos fundos disponíveis em “overbooking”, resultante da elevada taxa de execução do QREN 2007-2013 por parte deste Municipio. Ao mesmo tempo, refere Armindo Jacinto, a au-

tarquia preparou-se da melhor maneira para aceder, durante o ano de 2014, aos fundos do próximo quadro comunitário (Portugal 2020). Ainda numa análise ao Relatório e Contas de 2013, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova observa que os níveis de execução orçamental refletem a preocupação da autarquia em “planear bem para executar bem”.

Também o “bom desempenho no pagamento a fornecedores” é indicativo da capacidade do Município em cumprir atempadamente os seus compromissos para com terceiros. Não obstante a gestão rigorosa do orçamento, a autarquia aumentou os apoios e investimentos nos domínios da ação social, educação e no apoio à atividade económica no concelho. ■

Inaugurado espaço “Formas de Fé” no Santuário da Senhora do Almurtão O espaço "Formas de Fé", destinado à venda de artigos e lembranças de Nossa Senhora do Almurtão. A inauguração oficial da loja e zona de queima de velas, situada no recinto da Nossa Senhora do Almurtão, integrou as comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril em Idanha-a-Nova. O ato inaugural coube ao presidente do Município, Armindo Jacinto, e ao Padre Adelino Américo Lourenço, pároco de Idanha-a-Nova e reitor da Confraria de Nossa Senhora do Almurtão.

A propósito da “Revolução dos Cravos”, o autarca recordou o con-

tributo de Zeca Afonso, músico que ficou indelevelmente associado ao

derrube do Estado Novo, na imortalização da canção "Senhora do Almur-

tão". Por seu lado, o Padre Adelino Lourenço enalteceu os melhoramentos realizados no espaço "Formas de Fé", por representarem “uma prova de respeito para com a devoção das pessoas”. O juiz da Confraria que administra o espaço, Joaquim Dias, agradeceu o acolhimento do projeto por parte do Município e a disponibilização dos recursos humanos e financeiros que tornaram possível a recuperação do edifício, numa obra da autoria da arquiteta Joana Rossa. Este responsável real-

çou ainda a viabilidade económica da loja, dado que o santuário da padroeira de Idanha-a-Nova é um dos locais mais visitados do concelho. Aquele local de romagem e devoção vai futuramente ser valorizado com a criação da Rota da Senhora do Almurtão, que consiste num percurso pedestre que liga as fontes localizadas nas imediações do santuário. Está ainda prevista a instalação de sinalética que dá a conhecer aos visitantes os aspetos mais importantes das cerimónias e rituais da romaria. ■

Festa da Divina Santa Cruz

Jantares, música, recriações e cortejos medievais vão animar Monsanto As festividades da Divina Santa Cruz, que decorrem anualmente na aldeia histórica de Monsanto, concelho de Idanha-a-Nova, arrancam na noite de sexta-feira, dia 2 de Maio, pelas 20 horas, precisamente com uma ceia medieval inspirada na figura de El-Rei D. Afonso III. À mesa não faltará vinho e febras na brasa e o banquete é animado por um arraial, falcoaria e danças palacianas. Segue-se um surpreendente espetáculo de malabares de fogo. A noite de sábado traz novo jantar medieval em Monsanto, igualmente às 20 horas. Desta feita o convite é para se sentar à mesa com El-Rei D. Afonso III

e o Príncipe Diniz, e assistir a uma teatralização das querelas que opuseram pai e filho. O serão prossegue com um concerto de músicas e danças medievais e novamente um espetáculo de malabares de fogo. A realização destes dois jantares medievais são momentos de destaques da Festa da Divina Santa Cruz, que decorre da próxima sexta-feira (dia 2 de Maio) até domingo (dia 4 de Maio) em Monsanto. Com limitação de lugares, estes jantares estão sujeitos a marcação prévia através do contacto 277 200 570 ou 962 016 627. Recriações históricas, arruadas, rábulas e personagens medievais, música

e dança são também os ingredientes do regresso de Monsanto aos tempos de Vila Templária. Pelas ruas da aldeia, nesse fim-de-semana repletas de animação, encontrará o habitual

e diversificado mercado de produtos regionais. Outro destaque do programa acontece na manhã de domingo, com um concerto de música moçárabe e sefardita interpreta-

da por Eduardo Ramos, que terá lugar na Igreja de Monsanto, às 10 horas. No mesmo dia o Rancho Folclórico de Monsanto saúda a Senhora do Castelo à porta da Igreja

Matriz, momentos antes da tradicional Eucaristia, marcada para as 13 horas e seguida de procissão. Às 15 horas o Rancho atua no Castelo. A tradição cumpre-se com o lançamento do pote, pelas 16 horas. O evento termina com um concerto de música e danças mouras, agendado para as 19 horas. A Festa da Divina Santa Cruz é uma organização conjunta do Município de Idanha-a-Nova e da União de Freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha, promovida pelas Aldeias Históricas de Portugal e co-financiada pelo QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. ■


· 10· Europa

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

A Europa e Nós Ambiente Cidades de Essen, Liubliana, Nijmegen, Oslo e Umeå pré-selecionadas para Capital Verde da Europa 2016

A Comissão Europeia anunciou que Essen (Alemanha), Liubliana (Eslovénia), Nijmegen (Países Baixos), Oslo (Noruega) e Umeå (Suécia) são as cinco cidades finalistas do prémio Capital Verde da Europa 2016. Esta distinção é atribuída anualmente a uma cidade europeia, premiando as suas iniciativas em matéria de sustentabilidade ambiental. Este ano, pela primeira vez desde a sua instituição, puderam candidatar-se a este prémio cidades de toda a Europa com mais de 100 000 habitantes. Essen, Liubliana, Nijmegen, Oslo e Umeå foram pré-selecionadas de entre 12 cidades candidatas em toda a Europa. Um painel de peritos independente avaliou cada candidatura com base nos seguintes indicadores, atenuação e adaptação aos efeitos das alterações climáticas, transportes locais, zonas verdes urbanas, integrando a utilização sustentável dos solos, natureza e biodiversidade, qualidade do ar ambiente, qualidade do ambiente acústico, produção e gestão de resíduos, gestão da água, tratamento das águas residuais, inovação ecológica e emprego sustentável, eficiência energética e gestão ambiental integrada. As cidades pré-selecionadas deverão agora apresentar ao júri reunido em Copenhaga (atual Capital Verde da Europa), em 23 de junho, a sua visão, o seu potencial como modelo para outras cidades e a sua estratégia de comunicação. Após deliberação do júri, o Prémio Capital Verde da Europa 2016 será anunciado no dia seguinte (24 de junho) na cerimónia oficial de entrega do prémio, em Copenhaga.

Onze universidades e institutos técnicos em regiões menos desenvolvidas na Europa irão receber até 2,4 milhões de euros cada de financiamento da UE para reforçar a sua capacidade de investigação mediante a nomeação das primeiras «Cátedras do Espaço Europeu da Investigação», anunciou a Comissária Europeia responsável pela Investigação, Inovação e Ciência. A iniciativa tem por objetivo reduzir a clivagem existente no domínio da inovação atraindo universitários de alta craveira para organizações que poderão assim competir com centros de excelência noutras partes do Espaço Europeu da Investigação.

O turismo deverá aumentar novamente em 2014

O turismo tem sido um dos bastiões de economia europeia durante a crise económica e a tendência positiva prosseguirá em 2014, sendo que apenas 11 % dos europeus preveem não viajar para fora. Segundo um novo inquérito Euro barómetro, o setor foi, em 2013, um motor de crescimento económico, induzido pela procura interna, com mais pessoas a optarem por passar férias fora do seu próprio país, mas no território da UE. Em 2013, 38 % dos europeus passaram as férias principais noutro país da UE, o que representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação a 2012. Ao mesmo tempo, apenas 42 % das pessoas passaram as férias principais no seu próprio país, o que representa uma diminuição de 5 pontos percentuais em relação a 2012. Além disso, em 2013, apenas um quinto (19 %) gozou as férias principais fora dos 28 países da UE, o que corresponde a uma diminuição de 2 % em comparação com 2012. O inquérito Euro barómetro sobre as preferências dos europeus em relação ao turismo explora também as suas motivações e os obstáculos que encontram para viajar, os principais destinos, as fontes de informação utilizadas para o planeamento das férias, a forma como prepararam as suas férias em 2013, a sua satisfação com o setor e o nível de segurança sentido em termos de alojamento e de serviços.

Ambiente

A Comissão lança consulta sobre a forma como pode combater o aumento do tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens A Comissão lançou uma consulta pública sobre a forma como a União Europeia (EU) pode ser mais eficaz no combate contra o tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens. A referida consulta constitui uma resposta ao recente aumento global do comércio ilegal da fauna e da flora selvagens, que atingiu agora níveis sem precedentes no que se refere a algumas espécies. Mais de 1000 rinocerontes foram caçados furtivamente na África do Sul em 2013, em comparação com 13 em 2007, por exemplo, e o corno de rinoceronte é agora mais valioso do que o ouro. A UE é o principal mercado de destino e um importante ponto de trânsito de produtos da fauna e da flora selvagens, desempenhando a criminalidade organizada um papel cada vez mais importante nesta matéria.

Eleições europeias mais democráticas e com maior participação: o terreno está preparado segundo dois relatórios da Comissão

A dois meses das eleições para o Parlamento Europeu, a Comissão publicou dois novos relatórios que oferecem uma síntese das medidas decisivas adotadas para tornar estas eleições ainda mais democráticas e aproximar as políticas europeias dos cidadãos. Um relatório analisa a forma como os Estados-Membros e os partidos políticos assumiram as recomendações formuladas pela Comissão no ano passado para aumentar a transparência e a legitimidade democrática das eleições europeias. Uma recomendação fundamental era dirigida aos partidos políticos para que designassem os seus candidatos a Presidente da Comissão. O segundo relatório analisa o novo instrumento de comunicação, ou seja os Diálogos com os Cidadãos, que a Comissão desenvolveu nos últimos 18 meses para informar as pessoas, restaurar a confiança nas instituições europeias e nacionais e tornar os cidadãos conscientes de que a sua voz conta na UE.

Fonte: Europe direct Beira Interior Sul

Primeiras «Cátedras EEI» para promover a excelência da investigação em 11 regiões


Idanha-a-Nova · 11·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

Penha Garcia

Tanque de guerra evoca 25 de Abril e combatentes do Ultramar O carro de combate que está exposto há cerca de 30 anos numa praça de Penha Garcia foi integrado numa instalação da escultora Ana Mena, inaugurada no passado sábado, dia 26 de abril, pelo presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. O projeto é constituído por um conjunto de cravos alusivos às comemorações dos 40 anos do 25 de Abril e, posteriormente, irá incluir quatro figuras humanas à escala real. Uma simboliza os habitantes de Penha Garcia, homenageando os combatentes locais, e as restantes simbolizam uma família de visitantes aludindo ao espanto provocado pelo carro de

combate. A intervenção foi promovida pela Câmara de Idanha-a-Nova e Junta de Freguesia de Penha Garcia, com o intuito de con-

textualizar a presença do “tanque de guerra” numa aldeia conhecida pela seu património natural e histórico-cultural. Na inauguração oficial

da instalação, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, referiu que a obra de Ana Mena vem dar sentido à presença do carro de com-

bate em Penha Garcia, defendendo que a história do veículo e a sua popularidade tornam-no parte integrante da aldeia. O carro de combate chegou a Penha Garcia há quase 30 anos por solicitação da Junta de Freguesia local, numa época em que era comum as Forças Armadas cederem veículos militares abatidos para adorno de localidades portuguesas. Uma vez que este modelo de carro de combate foi usado na Revolução dos Cravos, o “tanque” ficou, desde essa altura, em exposição no então Largo 25 de Abril, hoje Largo do Chão da Igreja. A instalação foi idea-

lizada pela artista Ana Mena, natural de Lisboa mas com raízes em Penha Garcia, onde atualmente reside, com mestrado em Escultura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. O monumento evoca a memória dos combatentes de Penha Garcia, em particular os da Guerra do Ultramar, e alude ainda à conturbada convivência dos habitantes da freguesia com o carro de combate e às diferentes reações que o veículo provoca nos visitantes. No local será ainda colocada uma placa evocativa dos combatentes de Penha Garcia que perderam a vida na Guerra do Ultramar. ■

40 anos do 25 de Abril assinalados com eventos e inaugurações Em Idanha-a-Nova o programa de comemorações do 25 de abril alongou-se por quatro dias, de 24 a 27 de abril, e incluiu uma sessão da Assembleia Municipal comemorativa do 25 de Abril. Numa sessão que registou grande afluência de cidadãos e onde muitos ostentaram cravos vermelhos ao peito, usaram da palavra os representantes dos vários partidos com assento na Assembleia Municipal, o presidente daquele órgão, João Dionisio, e o presidente da Câmara, Armindo Jacinto.

Recordando os 40 anos de “construção democrática” em Portugal, o autarca

enalteceu a “coesão territorial impressionante” do país e destacou a liberdade

Centro Cultural Raiano

Lançamento do livro/DVD “A devoção à Senhora do Almurtão” O Município de Idanha-a-Nova vai lançar no sábado, dia 3 de maio, o livro "A devoção à Senhora do Almurtão", que incorpora um DVD sobre a romaria em honra da padroeira do concelho de Idanha-a-Nova. O lançamento do livro da autoria do historiador e investigador António Catana, com fotografias de Valter Vinagre e outros fotógrafos, vai ter lugar no Centro Cultural Raiano

(CCR), em Idanha-a-Nova, pelas 17 horas. Trata-se da segunda edição revista e ampliada do catálogo da exposição "A devoção à Senhora do Almurtão", organizada em 2007 no CCR. O livro é complementando por um filme do realizador Fernando Santos, produzido a partir de uma extensa recolha de imagens que teve lugar na romaria da Senhora do Almurtão, em 2011.

O arraial, o cancioneiro e o toque do adufe, a noite do “fogo preso”, a missa campal e a tradição de comer a merenda à sombra das azinheiras são apenas algumas das manifestações capturadas pela objetiva de Fernando Santos. O lançamento do livro/DVD, editado pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, inclui uma atuação das Adufeiras do Rancho Etnográfico de Idanha-a-Nova. ■

como “a maior conquista” do 25 de abril de 1974. Cabe a todos os portu-

gueses manter vivo o espírito da Revolução dos Cravos, num esforço conjunto para “construção de um concelho de Idanha-a-Nova e de um país melhores”, referiu Armindo Jacinto. Também para o presidente da Assembleia Municipal, “40 anos depois do 25 de Abril, o país está inquestionavelmente melhor”. “É difícil imaginar o que seria hoje o nosso país se não tivesse havido esta rutura com um passado que nos agrilhoava a todos e que não deixava o país desenvolver-se”, afirmou João Dionisio.

Das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril em Idanha-a-Nova constaram ainda o concerto “Zeca Afonso: de Coimbra...à Canção de Intervenção”, o concerto de Ana Laíns com participação especial das Adufeiras de Idanha-a-Nova e Filipe Faria, um almoço convívio para a população, um passeio pedestre entre a Sra. da Azenha e a aldeia histórica de Monsanto, o II Passeio de BTT dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova e a projeção do filme “Pecado Fatal” do realizador albicastrense Luís Diogo. ■

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Tasca "Os Fixes" A tradição de um espaço preferido pelos romeiros nos dias festivos de Nossa Senhora de Mércoles!

Sardinha assada, feijão frade, salada, grelhados e outros pratos regionais Tasca "Os Fixes" espera pela sua visita! Recinto de Festas de Nossa Senhora de Mércoles


· 12· Destaque

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Produtores alimentares ganham cozinha equipada

Antiga cantina no Parque Empresarial ada A cantina da antiga Sotima, atualmente inserida no Parque Empresarial de Proença-a-Nova (PEPA), está a ser remodelada e dotada de condições para a confeção de produtos alimentares. O reaproveitamento deste espaço visa a utilização por pequenos produtores do concelho que não dispõem de instalações licenciadas para desenvolverem os seus projetos. “ I d e n t i f i c á m o s, no concelho, diversas ideias com potencial, mas em que o entrave é a inexistência de espaços devidamente licenciados. Individualmente não é fácil as pessoas investirem e criarem áreas

de trabalho com os requisitos legais, por isso este espaço agroalimentar vem colmatar esta dificuldade”, explica o presidente da Câmara, João Paulo Catarino. O projeto preserva a estrutura inicial das instalações, adaptando apenas o que era mesmo necessário. O espaço conta com cozinha (zona de produção), área de armazenagem tanto de matérias-primas como de produto acabado, zonas de embalamento e de expedição, sala de reuniões, vestiários e instalações sanitárias. Fica com as condições de segurança e higiene alimentar para receber todo o tipo de propostas para produção

de géneros alimentícios. A iniciativa integra-se numa estratégia mais vasta de valorização dos produtos locais, aos quais tem sido dada visibilidade através da marca Proença-a-Nova Origem, que dispõe de uma loja online. Além das vendas, a divulgação é o principal objetivo do site, sendo abrangidos tanto produtos alimentares como artesanato, alojamento e outros serviços. Desde início do ano registam-se perto de 27 mil visualizações na loja online, tendo igualmente sido atingidas 30% do total de encomendas do ano passado. O queijo foi nos primeiros meses de lançamento da loja, em

Turismo prepara Plano de Ação

Analisar as potencialidades do concelho e perspetivar intervenções que qualifiquem a oferta turística do concelho de Proença-a-Nova são objetivos do Plano de Ação para o Turismo, que está em elaboração e ficará concluído dentro de poucos meses. Das praias fluviais ao desporto, passando pela gastronomia e por elementos patrimoniais

como os fortes defensivos do período das invasões francesas, o trabalho procura identificar apostas e programar a médio prazo ações a desenvolver. “Não temos dúvidas de que o turismo deve ser uma das apostas de desenvolvimento do concelho. Temos condições naturais únicas e uma cultura rica, mas é preciso trabalhar

de forma concertada e é esse trabalho de conjunto que estamos a promover”, explica o presidente da Câmara, João Paulo Catarino. O trabalho desenvolvido articula-se com o plano estratégico da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa para 2014/2020, que define como eixos prioritários o turismo, a floresta e o sector agroindustrial. ■

março de 2013, o produto mais procurado, mas o top dos mais vistos tem entretanto variado. Mel, enchidos, pão cozido em forno a lenha e compotas são alguns dos produtos integrados na marca e que podem ser encomendados em qualquer ponto do mundo. A presença em feiras de turismo e alimentação é outra componente desta estratégia. Berlim e Madrid foram duas das capitais escolhidas, tendo igualmente sido valorizada a apresentação da marca na Bolsa de Turismo de Lisboa, em março. Na próxima semana será feita a divulgação na I Feira Ibérica de Turismo realizada na Guarda. ■

Piscina na Pedra do Altar

A antiga escola primária da Pedra do Altar vai dar origem a uma zona de lazer com uma piscina de recreio, cujo projeto já está concluído. O edifício, recentemente alvo de obras de manutenção, necessitará apenas de algumas adaptações para instalação de balneários e sanitários. O espaço exterior será completamente reformulado, de forma a

permitir a construção da piscina e, na envolvente, zonas pavimentadas, solário e zonas verdes. A obra deverá estar concluída até julho, de forma a permitir o usufruto pela população já no próximo verão. Trata-se de uma zona do concelho sem oferta de praias fluviais, sendo a intervenção uma forma de proporcionar idêntico acesso a áreas

de lazer, à semelhança do que foi feito na freguesia de São Pedro do Esteval. Com a intervenção continua a dar-se uso público a um edifício que faz parte da memória coletiva, criando novas respostas para a população residente em centros urbanos mas que passa habitualmente férias nas localidades de origem. ■


Destaque · 13·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

aptada para viabilizar projetos artesanais Aposta nas redes de saneamento Está em fase de conclusão a empreitada para construção da rede de saneamento das Moitas. Os trabalhos em curso irão igualmente dotar a rua principal de passeios, para que as pessoas possam circular em melhores condições de segurança, assim como uma rede de águas pluviais. Nos últimos oito anos, a cobertura das redes de saneamento aumentou mais de 16%. Neste período, foram construídas redes nas aldeias de Atalaias, Figueira e Pucariço (freguesia de Sobreira Formosa), Pedra

Bolsas de mérito para Universidade de Verão

Seis alunos inscritos no 10º e 11º anos, em escolas do concelho de Proença-a-Nova, vão poder participar gratuitamente na Universidade de Verão em Coimbra. A atribuição de seis bolsas de mérito procura contribuir para uma maior igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares. É a primeira vez que a Câmara se associa àquela que é a sexta edição da iniciativa na Universidade de

Coimbra, entre 20 e 25 de julho. Com este reconhecimento de mérito, o Município procura complementar a componente de ação social através das bolsas para alunos do ensino superior. Este ano são 29 os alunos que beneficiam de apoios sociais. O regulamento prevê que sejam concedidas 20 bolsas, mas atendendo à conjuntura económica o executivo camarário decidiu, à semelhança do

que aconteceu no ano letivo 2012/2013, alargar o benefício a todos os alunos que preenchessem os requisitos de admissão. Está igualmente em preparação um programa de apoio nas disciplinas de Português e Matemática, prevendo-se que venham a ser facultadas sessões gratuitas de acompanhamento ao estudo, nos períodos de pausas letivas antecedendo os exames nacionais.■

do Altar, Estevês e Vale Videiros (antiga freguesia do Peral, entretanto unificada com Proença-a-Nova). Foram igualmente asseguradas extensões dentro do

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perímetro da sede do concelho. Sendo um aglomerado de dimensão significativa, a conclusão da obra nas Moitas é mais um passo impor-

tante na criação de infraestruturas que contribuem, além da melhoria da qualidade de vida das populações, para a minimização de impactos ambientais. ■


· 14· Vila de Rei POR PAULO JORGE MARQUES

Ação de Sensibilização sobre Suporte Básico de Vida Pediátrico na Biblioteca Municipal O projeto CLDS+, em parceria com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila de Rei e com o apoio da Câmara Municipal, promoveu, no dia 13 de abril, uma Ação de Sensibilização sobre “Suporte Básico de Vida Pediátrico – Desobstrução da Via Aérea”. A iniciativa teve lugar na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, contando com a presença de Lur-

des Piçarreira, como oradora da sessão, e com mais de três dezenas de pessoas na assistência. A sessão possibilitou a todos os participantes a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos de Suporte Básico de Vida Pediátrico através da transmissão oral de conteúdos, bem como na explicação e demonstração de técnicas e realização de exercícios práticos. ■

Passeio Pedestre pelo “Caminho do Xisto de Água Formosa”

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

De 26 de Julho a 3 de Agosto

XXV Feira de Enchidos, Queijo e Mel já tem cabeças-de-cartaz POR PAULO JORGE MARQUES

O Parque de Feiras de Vila de Rei vai receber, de 26 de Julho a 3 de Agosto, mais uma edição da Feira de Enchidos, Queijo e Mel (FEQM). O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, volta assim para divulgar da melhor forma os produtos endógenos e artesanais do Concelho e promover as atividades empresariais Vilarregenses. Com um programa musical variado, o palco principal do Parque de Feiras de Vila de Rei volta também a receber grandes nomes do panorama musical português, tendo os visitantes da FEQM a oportunidade de assistir aos espetáculos de Rita Guerra, Irmãos Verdades, Graciano Ricardo, Zé do Pipo, Anaquim, UHF e Cuca Roseta.

À semelhança dos anos anteriores, o programa da XXV edição do evento conta também com mais uma edição da Feira do Livro, exposições, animação de rua, rastreios de saúde, diversas actividades desportivas, tasquinhas e com a realização da 24ª Colheita de Sangue de Vila de Rei e da 5ª Colheita de Medula Óssea.

O certame volta a contar com mais de uma centena de expositores oriundos de vários pontos do país, que apresentarão variados produtos artesanais, para além da gastronomia regional e dos sectores de serviços, industriais e comerciais do concelho de Vila de Rei. Os visitantes podem, uma vez mais, saborear os

deliciosos enchidos, queijo e mel da região, admirar e adquirir o típico artesanato local e deliciar-se com a óptima gastronomia regional nas esplanadas instaladas no recinto da Feira. De 26 de Julho a 3 de agosto, a XXV Feira de Enchidos, Queijo e Mel oferece o melhor do artesanato, gastronomia e música. Visite Vila de Rei! ■

Passeio Pedestre ao longo de 5 km

Dia Mundial da Saúde, Dia Mundial da Terra e Dia Internacional dos Monumentos e Sítios comemorado A Câmara Municipal de Vila de Rei organiza, no próximo dia 3 de maio, uma nova edição do Passeio Pedestre pelo Caminho do Xisto de Água Formosa. O ponto de encontro para a iniciativa terá lugar na aldeia de Água Formosa, pelas 09:00 horas. A actividade é gratuita, sendo garantido um guia durante o percurso e seguro de acidentes pessoais. O “Caminho de Xisto

de Água Formosa” é um percurso circular plano, com início e fim na aldeia de Água Formosa, que aproveita os antigos trilhos dos moleiros e agricultores nas margens das Ribeiras da Galega e da Valada. Os interessados em inscrever-se ou em obter informações adicionais devem contactar a Câmara Municipal de Vila de Rei através do 274 890 010, flo resta@cm-viladerei.pt ou turismo@cm-viladerei.pt.■

XII Maio a Cantar O Auditório Municipal de Vila de Rei recebe, na noite de 10 de maio, a décima segunda edição do Encontro de Grupos de Cantares – Maio a Cantar. A iniciativa, organizada pela Associação “A Bela Serrana”, com o apoio da Câmara Municipal de Vila de Rei, terá início pelas

21:00 horas. O evento contará com as atuações do Grupo de Cantares “Modas Ródão”, de Vila Velha de Ródão, “Moinho da Maré”, de Corroios, e com os anfitriões Grupo de Cantares “A Bela Serrana”. As entradas para o espetáculo são gratuitas. ■

POR PAULO JORGE MARQUES

Vila de Rei comemorou, no dia 16 de abril, o Dia Mundial da Saúde, Dia Mundial da Terra e o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios através da realização da iniciativa “Pensas que conheces os lugares de memória de Vila de Rei?” Do programa da iniciativa fez parte um Passeio Pedestre que, ao longo de 5 km, levou os cerca de 30 participantes a visitar alguns dos principais pontos culturais da sede do Concelho, como por exemplo a Capela de Nossa Sra. da Guia, Capela de Nossa Sra. do Pranto, Cruzeiro de Vila de Rei, Antiga Igreja Matriz e Museu Municipal. Pela tarde, em atividades mais viradas para a parte ambiental, os jovens participantes nas Férias Desportivas da Páscoa

realizaram uma recolha de lixo no espaço envolvente ao Parque de Feiras de Vila de Rei, Biblioteca Municipal José Cardoso Pires e jardim da Nossa Sra. da Guia. Ricardo Aires, Presi-

dente da Câmara Municipal de Vila de Rei, afirmou que “as iniciativas desenvolvidas pela Autarquia como forma de celebrar o Dia Mundial da Saúde, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e

Dia Mundial da Terra, pretenderam demonstrar a importância do património cultural Vilarregense, ao mesmo tempo que conseguem alertar para ações de carácter ambiental”. ■


Oleiros · 15·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

9 ª Mostra de Sopas Tradicionais no Mosteiro

O Grupo Maltez Desportivo do Mosteiro vai levar a efeito no dia 4 de maio, a nona edição da muito afamada Mostra de Sopas Tradicionais e Tarde de Folclore. O evento terá lugar na aldeia de Mosteiro, concelho de Oleiros e a entrada é livre. O almoço convívio está marcado para as 12H30 e a abertura das tasquinhas

está programada para as 13H permitindo a exibição de mais de uma dezena de sopas tradicionais. Segue-se a Tarde de Folclore e Concertinas, com início pelas 14H30, na qual vai ocorrer a atuação do Grupo de Concertinas de Proença-a-Nova, da Escola de Concertinas da Lousã, do Grupo de Concertinas da ACR “As

VI Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho

Festival Gastronómico consolida notoriedade do Cabrito Estonado

Palmeiras” e da Orquestra de Filarmónicas de Ponte de Sor. A marcar presença nesta mostra estará também a concorrida “Tasquinha do Callum”, na qual os visitantes poderão provar este vinho histórico do concelho que tem grande expressão naquela freguesia. Recorde-se que a especialidade em causa

representa atualmente um arcaísmo vitivinícola de tempos ancestrais, havendo quem refira que a casta foi introduzida no território por monges de alguma ordem religiosa. O vinho que esta casta origina preserva as características de um vinho medieval, pelo que constitui atualmente “um emocionante tesouro antropológico”. ■

POR PAULO JORGE MARQUES

Aconteceu

POR PAULO JORGE MARQUES

O VI Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, nos passados dias 12, 13, 19 e 20 de abril, ficou marcado pela consolidação da notoriedade da primeira especialidade Oleirense. Ao todo, foram sete os restaurantes do concelho que aderiram a esta iniciativa e os cabritos assados nos quatro dias do Festival ultrapassaram a centena e meia, fazendo face à procura das mais de 2000 pessoas que provaram esta especialidade de Oleiros no seu concelho de origem, assim como os Maranhos do Pinhal. O evento demonstrou uma vez mais que este é um produto genuíno e bastante apreciado, tal como os Maranhos, embora possua um elevado potencial de diferenciação e atração, o que o distingue de entre as mais variadas iguarias. Considerado por muitos como “uma coisa do outro mundo”, o Cabrito Es“tona”do tem a parti-

cularidade de ser assado com a pele (retirando-lhe apenas o que está à “tona”, ou seja, o pelo). A pele ao ser assada fica bastante estaladiça e a carne ganha em suculência e sabor. Segundo os proprietários dos estabelecimentos participantes, o Festival atrai anualmente um elevado e crescente número de visitantes, fruto do trabalho de divulgação efetuado que envolve anualmente os mais variados órgãos de comunicação social. Segundo os profissionais, este é um esforço que tem dado frutos de

uma forma sustentável, verificando-se uma procura constante ao longo de todo o ano. Quem participa reconhece que o investimento da autarquia se traduz, não só num benefício imediato, como também em frequentes e futuras mais-valias ao longo do tempo. Vinho Callum ganha protagonismo e começa a ser entendido Com o destaque dado este ano ao vinho Callum, a sexta edição do Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho

ficou marcada pela promoção não de duas mas de três especialidades endógenas de Oleiros, as quais eram tradicionalmente consumidas apenas em épocas festivas como é o caso da Páscoa. Quem se deslocou atá àquele concelho nos dois últimos fins-de-semana (e foram muitos os que responderam à chamada) teve uma oportunidade de excelência para degustar in loco genuínas iguarias do território, assim como de assistir e participar em seculares tradições pascais que não deixam ninguém indiferente. ■

40.º aniversário da Revolução dos Cravos – dia 25 de abril – organização: Município de Oleiros (com o apoio do Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade); Passeio “Antigas Vilas e Aldeias do Xisto da Comarca da Sertã” à Aldeia do Xisto de Álvaro – dia 26 de abril – organização: Casa da Comarca da Sertã; 2.ª etapa do Campeonato Nacional de Navegação promovido pela Federação Portuguesa de Todo o Terreno e pela Lazer para

Todos – dia 26 de abril – organização: associação Trilhos do Estreito. IV Desfile de Fanfarras de Oleiros – dia 27 de abril – organização: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros; Palestra “António de Andrade – exemplo e tenacidade e dedicação à Missão” – dia 28 de abril, auditório da Casa da Cultura de Oleiros, 9H30 – organização: Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade e Município de Oleiros; ■

Vai acontecer Feira do Livro 2014 – dias 29 e 30 de abril, tenda situada no recinto das Feiras em Oleiros, das 9H30 às 17H30 – organização: Município de Oleiros e Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade; Sarau Cultural – dia 30 de abril, tenda situada no recinto das Feiras em Oleiros, 20H30 - organização: Município de Oleiros

e Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade.■

Fanfarras de Seia, Seixal, Ponte de Sor e Oleiros desfilam pelas ruas POR PATRICIA CALADO

As ruas da vila de Oleiros foram o palco do desfile de Fanfarras no passado domingo, dia 27 de abril. Seia, Seixal, Ponte de Sor e Oleiros foram as fanfarras eleitas para deliciar a população que assistia. Numa tarde de calor, as fanfarras partiram do

quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros e paravam em frente à Câmara Municipal para receberem uma fita alusiva à sua participação oferecida por elementos do município. Integrado no plano de atividades, este já foi o 4.º desfile deste ano. ■


· 16· Proença-a-Nova POR PAULO JORGE MARQUES

Abertas seis vagas para nadadores salvadores

Propostas deverão ser entregues até 9 de maio

Encontram-se abertas até 9 de maio inscrições para o preenchimento de seis vagas para nadadores salvadores, em regime de prestação de serviços. Os lugares destinam-se a assegurar a vigilância nas praias fluviais de Aldeia Ruiva, Fróia e Malhadal durante a época balnear, entre 15 de junho e 31 de agosto. Os interessados na consulta deverão entregar, pessoalmente ou por correio no Sector Jurídico e Administrativo da Câmara Municipal de Proença-a-

-Nova, o currículo devidamente datado e assinado, assim como fotocópia do cartão de identificação e do certificado de nadador salvador. A candidatura poderá igualmente ser enviada por e-mail (geral@ cm-proencanova.pt). Como requisito, exige-se a frequência do curso ministrado pelo Instituto de Socorros a Náufragos ou por entidades formadoras reconhecidas. Dá-se preferência regional. Para mais informações contactar o Sector Jurídico do Município. ■

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Câmara e Assembleia unânimes na decisão de manter participação

Município não vende posição na Valnor A participação do Município de Proença-a-Nova na Valnor S. A. não vai ser vendida à Empresa Geral do Fomento (EGF), que faz a gestão das infraestruturas do setor dos resíduos. A proposta foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Municipal, após idêntica decisão do executivo camarário. O objetivo é assegurar que o município continue a ter voz na empresa, após a privatização aprovada pelo governo em janeiro. A eventual venda da participação permitiria um encaixe de 200 a 350 mil euros, mas a proposta

levada pela Câmara à Assembleia apontou razões de interesse público para não escolher esta opção. O estudo que serviu de base ao processo de privatização teve em conta o preço médio europeu, que se situa 50% acima dos valores médios nacionais, permitindo antever uma acentuada subida de custos para os munícipes. Tratando-se de um setor com impacto direto na qualidade de vida das populações, a autarquia alerta ainda para os riscos da privatização e para os resultados catastróficos de anteriores privatizações de empresas públicas, em regi-

me de monopólio. Os 25 concelhos associados na Valnor tinham solicitado ao Ministério do Ambiente a aquisição de 2% da participação social da EGF na empresa, com vista ao reforço da posição acionista, mas esta possibilidade foi recusada. O caderno de encargos do concurso apenas permite a troca de participações entre as diferentes autarquias. Dada a complexidade do processo, a Associação Nacional de Municípios anunciou a contratação de três especialistas em Direito Administrativo, para assessorar as câmaras em defesa

da não privatização. A Assembleia Municipal aprovou igualmente por unanimidade a prestação de contas de 2013. Francisco Grácio, líder da bancada do PSD, anunciou o voto favorável na sequência dos elevados níveis de execução apresentados (93,5% da receita prevista no orçamento inicial), da apresentação de um saldo de gerência de cerca de 1,4 milhões de euros e da redução do prazo médio de pagamento a fornecedores, que em 2013 foi de apenas 17 dias (menos dois que no ano anterior e muito abaixo do limite máximo de 90 estabelecido por lei). ■

Biblioteca acolheu Concurso de Leitura

Apurados finalistas que irão representar o distrito nas provas nacionais

Feira Franca de Sabores

A União de Freguesias de Proença e Peral organiza no dia 3 de maio a Feira Franca de Sabores, no Parque Urbano de Proença. Divulgar os sabores locais, dando destaque ao maranho e ao azeite, são objetivos desta feira que conta com a participação de produtores, lagares, associações e restaurantes locais, assim como a parceria do Município e Santa Casa da Misericórdia. A anima-

ção estará a cargo do Clube de Expressão Dramática da Escola Pedro da Fonseca. 10h45 - Abertura da Capela da Misericórdia 11h30 - Palestra “Pedro da Fonseca, o Santo Lenho e a Misericórdia de Proença” 12h00 - Abertura dos stands e restaurantes 14h30 - Concurso de maranho Prova de azeite, queijos e enchidos ■

Nas vésperas da comemoração dos 40 anos do 25 de abril, o papel do livro na instrução e na capacitação das pessoas foi destacado pela escritora Dulce Maria Cardoso na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, que decorreu ontem na Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova. No apuramento dos finalistas que irão agora disputar a fase nacional, destacou-se a prestação de uma aluna da Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca, Carolina Rodrigues, que se

classificou em segundo lugar no escalão do 3º ciclo do ensino básico. No total, participaram nas provas 105 alunos dos dois escalões (3º ciclo e secundário), vindos de 23 escolas do distrito de Castelo Branco. A par das provas, foram promovidas visitas ao Centro Ciência Viva da Floresta e Bibliomóvel, assim como momentos de desporto e música. Pedro Bargão e Rui Alves interpretaram três temas de Zeca Afonso, enquanto a Biblioteca Escolar e o Projeto BioAromas con-

ceberam, especificamente para o evento, o “Chá de abril”. O Concurso Nacional de Leitura é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura e vai na 8ª edição. Os alunos começaram por realizar uma prova escrita, que conduziu à seleção de cinco pré-finalistas em cada escalão. Seguiu-se a prova oral, em que cada um dos alunos teve de ler expressivamente um texto e responder a uma questão relacionada com as obras escolhidas para o concurso, centradas na temática

da liberdade. Dulce Maria Cardoso, autora do livro a concurso no Secundário – “O Retorno” – integrou o júri e fez uma pequena intervenção em que destacou a importância da imaginação proporcionada pela leitura. Referindo-se a promessas de abril que continuam por cumprir, a escritora desafiou os alunos a serem cidadãos ativos, que contribuam para um país mais justo. “Quanto mais instruído for um povo, menos será manipulável”, concluiu. ■


Sertã · 17·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

Sertã aprova Plano Operacional Municipal Foi aprovado, por maioria, o Plano Operacional Municipal em sede de reunião de âmbito alargado da Comissão Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho da Sertã, na passada terça-feira, 22 de abril. O plano aprovado é anual e identifica e quantifica os recursos humanos, materiais e estruturais disponíveis no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios para o verão de 2014. Rui Esteves, Comandante Operacional Distrital de Castelo Branco, referiu que o abandono do espaço florestal é uma realidade verificada nas últimas décadas, constituindo uma ameaça à proteção de pes-

soas e bens. “A redução do número de ignições depende de todos nós. Gastam-se milhões em combate, quando a grande preocupação e incidência deveria ser a prevenção” disse, re-

ferindo que se pretende inverter a pirâmide, de modo a que a prevenção e a vigilância se sobreponham ao combate aos incêndios. Ainda na questão da prevenção, sublinhou a im-

portância da colaboração do Serviço Municipal de Proteção Civil e elogiou o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal da Sertã, sendo pioneira na identificação e georreferen-

"Produtos da Terra" registou afluência

Doçaria tradicional foi a temática da segunda edição

ciarão daquelas estruturas, assim como a integração de fotografias aéreas. Para José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, “todas as entidades intervenientes estão de parabéns pelo trabalho desenvolvido”, sublinhando a necessidade de “criar condições às populações para que possam limpar as suas propriedades de modo a que os produtos da floresta tenham um valor acrescentado”. Nesse sentido, torna-se “necessário alavancar a investigação científica”, concluiu o autarca. A reunião contou com a presença de José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã,

Rogério Fernandes, Vereador da Protecção Civil, representantes das juntas e uniões de freguesias, comandantes dos dois corpos de Bombeiros do Concelho (Sertã e Cernache do Bonjardim), Aproflora (Associação de Produtores Florestais), Primeira Companhia da Força Especial de Bombeiros, Forças Armadas, Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP), Polícia Judiciária, Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e representante das Estradas. ■

POR PAULO JORGE MARQUES

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

POR PAULO JORGE MARQUES

A doçaria tradicional foi a temática da segunda edição do mercado “Produtos da Terra”, que se realizou no Mercado Municipal da Sertã. Assim, para além dos produtos hortícolas, transformados e artesanais daquele mercado, os visitantes puderam adquirir e apreciar os cartuchinhos à moda de Cernache do Bonjardim, bonecas e bolos de palhais, compotas, diversos tipos de pão caseiro, coscoréis, folares, amêndoas doces, tigeladas, merendas, castanha pilada, brigadeiros, licores, vinhos e bolachas aromatizadas, entre outras delícias.

À semelhança da primeira edição, registou grande interesse por parte de produtores locais e de visitantes/compradores. Contou ainda com a ani-

mação musical do Grupo Instrumental do Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal da Sertã, Grupo “Trovas e Cantares” e Villa D’el Rei

Tuna. Na entrada principal do edifício do mercado podem agora ser apreciadas imagens que retratam o contexto arquitetónico e social de outros tempos. ■

Amioso recebe "Tradições, Usos e Costumes na Eira" Nos dias 3 e 4 de maio, a localidade de Amioso, na Freguesia e Concelho da Sertã, recebe “Tradições, Usos e Costumes na Eira”. Promovido pela Acramioso com o apoio da Câmara Municipal da Sertã, aquele certame resulta da vontade daquela associação de manter, recriar e ativar as tradições, usos e costumes dos antepassados, perpetuando a união e o convívio. O objetivo passa por

divulgar a aldeia do Amioso e o próprio Concelho da Sertã. O certame contempla tasquinhas, gastronomia tradicional da aldeia, fumeiro tradicional, fabrico

de aguardente de medronho, mostra de vinhos do Amioso, artesanato e diversas demonstrações ao vivo, entre outras atividades. O programa de atividades

A Casa da Comarca da Sertã associou-se às comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, através da apresentação de uma trilogia de lugares de memória, onde o saber fazer tradicional passa de geração em geração, sem manuais escritos, somente através da trans-

missão oral do saber fazer (Património imaterial das comunidades rurais). A sessão realizou-se no passado dia 17 de abril, no âmbito do tema “Lugares de Memória”, proposto para este ano pelo ICOMOS Internacional (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios). ■

Dia Mundial do Livro

abrange ainda a atuação do Grupo Musical Inovação, no final da noite de sábado e Concertinas no encerramento do certame, no domingo às 15 horas. ■

O Dia Mundial do Livro foi assinalado na Casa da Comarca da Sertã no dia 23 de abril, numa sessão em que foram relembrados diversos autores, alguns deles com estreita ligação aos municípios da região abrangida pela Casa. Em ambiente informal, foram referenciadas e lidos excertos de diversas obras literárias, relembrando, nomeadamente, o Padre Manuel Antunes, ilustre pen-

sador e pedagogo do século passado, natural da Sertã e antigo sócio da nossa Casa, José Cardoso Pires, escritor natural de Vila de Rei e cujo nome foi atribuído à Biblioteca Municipal Vilaregense, o Comendador Sebastião Alves, natural de Proença-a-Nova, benemérito local e antigo sócio da Casa, bem como o Capitão Isidro Gaio, natural de Vila de Rei e sócio fundador da Casa da Comarca da Sertã. ■


· 18· Desporto Nacional de Futsal 1ªDivisão 26ª Jornada - 19/4/2014

Cascais 4-1 Leões Porto Salvo Benfica 12-0 Académica Póvoa Futsal 3-2 SL Olivais Sporting 7-4 Modicus Vila Verde 1-2 Rio Ave SC Braga 4-2 Boavista Belenenses 3-4 AD Fundão Jgs 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26

Taekwondo da Associação da Carapalha no XI Open Internacional de Peniche, com excelente resultado Helder Gonçalves, atleta da ACDC, vice-campeão com Medalha de Prata POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Pts 68 68 61 54 40 38 35 30 29 26 24 21 15 14

A ACDC- Associação Cultural e Desportiva da Carapalha de Castelo Branco, contínua no âmbito do seu plano anual de atividades a apoiar as iniciativas dos seus grupos nas mais diversas modalidades. José Perquilhas refere "estiveram presentes e congratulamo-nos com os resultados que os atletas que pertencem e praticam modalidades Play-Of 1º Jogo Meias Finais na Associação Cultural e Desportiva da Carapalha Belenenses - Benfica obtenham bons resultados Boavista - Sporting Rio Ave - SC Braga em prol da associação, da AD Fundão - Leões Porto Salvo cidade e da região de Castelo Branco". Os atletas Hélder GonNacional de Futsal çalves, da Escola de Artes 3ªDivisão-Série C 13/14 Marciais Koreanas, ACDC 23ª Jornada - 19/4/2014 - Associação Cultural e B. B. Esperança 8-2 Olho Marinho Desportiva da Carapalha. Retaxo 3-4 MTBA Os Patos 4-4 São Bento Sofia Rodrigues e João Caldas 4-2 Belhó Andrade, Hotel MeliáEléctrico 5-1 GR Vilaverdense -Covilhã, estiveram em reGARECUS - Alhadense presentação das escolas do Jgs Pts distrito de Castelo Branco, 1 Bairro Boa Esperança 22 51 no XI Open Internacional 21 51 de Peniche, nos dias 12 e 13 2 Olho Marinho MTBA 21 46 1 Benfica 2 Sporting 3 SC Braga 4 Leões Porto Salvo 5 AD Fundão 6 Rio Ave 7 Boavista 8 Belenenses 9 Modicus 10 Cascais 11 Póvoa Futsal 12 SL Olivais 13 Académica 14 Vila Verde

3 4 Eléctrico 5 Retaxo 6 Alhadense 7 Quiaios 8 Caldas 9 Os Patos 10 GR Vilaverdense 11 GARECUS 12 São Bento 13 Belhó

21 21 20 20 21 22 21 20 21 21

45 38 32 28 25 21 20 18 17 0

24ª Jornada - 10/5/2014

Belhó - MTBA GR Vilaverdense - GARECUS São Bento -Eléctrico Quiaios - Bairro Boa Esperança Alhadense - Caldas Olho Marinho-Os Patos

Ladoeiro 2-2 ADC Proença-a-Nova CB Oleiros 0-6 Cariense CP Ferro 7-1 Penamacorense CB Belmonte 7-3 Alcaria

Play-Of 1º Jogo Meias Finais

Ladoeiro - Cariense CB Belmonte - CB Oleiros

da modalidade, Poomsae (formas), Kyokpa (quebramentos), Hoshinsul (defesa pessoal) e Freestyle. O atleta da ACDC, Hélder Gonçalves, da Associação da Carapalha, na categoria de dan’s (cinto negro) veteranos, ficou em quarto lugar. Nas categorias de kup’s (cinto colorido) Sofia Rodrigues, Hotel Meliá-Covilhã no sénior feminino, que fez a sua estreia em competições ficou em

5º lugar e João Andrade, Hotel Meliá-Covilhã, infantil 9/11 anos ficou em 9º lugar. Nestas provas participaram um total de 123 atletas. No dia 13 (domingo) realizaram-se as provas de Kyorugi (combates, na modalidade olímpica), nas diferentes categorias e escalões, sendo mais de 330 atletas em 250 combates. Na categoria de pesados (+87 kg) veteranos Hélder

Atletismo

Meia Maratona Castelo Branco/Alcains POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

As Juntas de Freguesia de Castelo Branco e Alcains promoveram, no dia 25 de Abril a II Meia Maratona "Correr pela Liberdade" que juntou dezenas de atletas, provenientes de vários Clubes da região, percorrendo uma extensão

de 21 quilómetros. No escalão de séniores masculinos a vitória pertenceu a João Caetano do Núcleo de Oeiras. Por equipas venceu o GCA Donas (Fundão). Nos escalões de séniores e veteranos I femininos, ganhou Lisdália Nunes dos Veteranos do Teixoso. ■

Cariense 7 Casa Benfica Oleiros 4

18ª Jornada - 12/4/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9

de abril, obtendo excelentes resultados nesta competição que é uma das provas de excelência da modalidade no calendário internacional. Estiveram presentes atletas/praticantes em representação de diversos países europeus, Espanha, Irlanda, Inglaterra e Suíça, bem como do Brasil e o México. Nas competições do dia 12 onde os atletas participaram nas provas técnicas

Gonçalves, da Carapalha foi vice-campeão com a medalha de prata, tendo no ano anterior sido 3º. No sénior feminino pesado (+73kg) Sofia Rodrigues, Meliá-Covilhã, com a medalha de bronze ficou em 3º lugar. E nos infantis (-25 kg) João Andrade foi o campeão, tendo que superar os atletas de Portugal, Espanha e Suíça. Este ano o mestre João Correia, clube de Peniche (organizador), introduziu a competição para surdos/mudos, vencedor foi o México e para jubilados (65 anos) sendo Portugal o vencedor. Segundo José Perquilhas "A gratidão, o suor, e magia entregue em competição, devem-se aos ensinamentos do mestre e aos atletas, a sua motivação é uma forma de reforçar o carater competitivo de cada um, por isso estamos e estaremos sempre para apoiar, a ACDC conta convosco".■

Futsal/Final Four Taça Honra “Carlos Ranito Xistra”

Distritais de Futsal

Jgs Cariense 16 C.Benf.Oleiros 16 C.Benf.Belmonte 16 Ladoeiro 16 Alcaria 16 C.P.Ferro 16 Carvalhal Formoso 16 ADC Proença 16 Penamacorense 16

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Pts 45 32 28 27 23 19 15 15 3

Pavilhão da Boa Esperança (Castelo Branco) POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

A razoável assistência presente nas bancadas do pavilhão, certamente não deu por mal empregue o seu tempo, pois teve o ensejo de assistir a um bom jogo de futsal. Com uma primeira parte bastante disputada, a Casa do Benfica esteve a vencer por 2-0, vindo a sofrer o empate através de dois auto-golos. Reagindo positivamente a este lance, o Cariense marcou o ter-

to, aconteceu a festa do futsal com a entrega dos prémios às equipas. O Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia, e o Presidente da Associação de Futebol de Castelo Branco, Manuel Candeias, entregaram o Troféu à equipa vencedora.■ ceiro tento, vindo a surgir o empate a 14 segundos do intervalo. Para a etapa complementar, os jogadores do

concelho de Belmonte, foram nitidamente superiores, vindo a alcançar uma vitória concludente com o resultado de 7-4, com intei-

ra justiça, conquistando o Troféu em disputa. No final do jogo, animado musicalmente pelo conhecido DJ Rui Sargen-

Resultados: UD Cariense 6 ACD Ladoeiro 1 AC Alcaria 2 CB Oleiros 4


Desporto · 19·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

Campeonato Nacional Seniores - Fase de Subida - Zona Sul

Encarnados assumem novamente liderança POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

No derbi da região, o jogo entre as equipas do Benfica e Castelo Branco e o Sertanense tinha à priori um cariz marcadamente decisivo em termos de classificação, pelo que o elevado número de espetadores presente no Vale do Romeiro não deu por mal empregue o seu tempo, assistindo a um prélio bem disputado. Se na primeira parte, os primeiros 15 minutos foram dominados pelos visitantes, até ao intervalo seriam os locais a tentar tudo para inaugurarem o marcador, sem que tal conseguissem, valendo a boa concentração da defesa forasteira. Na segunda parte, aconteceram os golos tão desejados, sendo o primeiro obtido aos 61 minutos, por Dani Matos, que após

Benfica CB

2

Sertanense

1

Estádio Municipal de Castelo Branco Árbitro: Luís Catita Auxiliares: Gonçalo Braulio e Vasco Guedelha (AF Évora) Benfica CB: Hidalgo, André Cunha, João Afonso, João Rui (84, Samarra), Guilherme, Patas Moreno, Amoreirinha, Marocas, Telmo (80, Tomás), Dani Matos e Hugo Seco (89, Vasco Guerra) Treinador: Ricardo António Marcadores: João Rui (61) e Marocas (82) Cartão amarelo: Amoreirinha (66), Telmo (76), Patas Moreno (89) e Tomás (90)

um canto, rematou para o fundo da baliza defendida por Tiago Martins. Reagiram bem os homens da Sertã, mas pela frente tiveram os encarnados que nunca permitiram veleidades, sustendo sempre o seu ímpeto. Ao minuto 82, após alguma insistência na área visitante, surgiu

CNS – Fase Manutenção

Naval 3 Águias Moradal 3 Jogo de aflitos no Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz

Marocas a fazer o segundo tento, bastante festejado dentro e fora do retângulo de jogo. A caminhar para o final do encontro, o árbitro entendeu que um defesa da casa meteu mão à bola na sua área, pelo que apontou de imediato a marca de grande penalidade. Rafael chamado a converter, re-

duziu para 2-1, resultado com que se atingiu o final de um jogo intensivo, mas com notória superioridade da equipa albicastrense. Com esta vitória o Benfica e Castelo Branco assume novamente a liderança do Campeonato. Trabalho razoável da arbitragem. ■

Sertanense: Tiago Martins, Dino, Alex, Leandro, Rafael, Barreto (63, Teixeiro), kiki, Traquina, Rony (78, Lucas), Bruno Cardoso e Mini-Woo (67, Lukinha) Treinador: Popovic Marcador: Rafael (86 gp) Cartão amarelo: Leandro (37), Traquina (48), Tiago Martins (59) e Bruno Cardoso (78)

Férias em Movimento na Academia de Judo

Campeonato Distrital 20ª Jornada 13/4/2014

Atalaia do Campo 2-1 Teixosense Vit. Sernache 6-0 Belmonte AD Estação 1-1 Ac. Fundão Pedrogão 0-5 ARC Oleiros V.V. de Ródão 3-3 Proença-a-Nova Jgs 1 Vit. Sernache 18 2 Alcains 18 3 Proença-a-Nova 19 4 Atalaia do Campo 19 5 ARC Oleiros 18 6 AD Estação 18 7 Vila Velha de Ródão 18 8 Teixosense 18 9 Ac. Fundão 18 10 Belmonte 18 11 Pedrogão 18

Pts 46 43 36 30 26 26 17 17 17 13 7

21ª Jornada 9/5/2014

Teixosense- Vit. Sernache Belmonte- AD Estação Ac. Fundão -Pedrogão ARC Oleiros -Vila Velha de Ródão ADC Proença-a-Nova -Alcains Campeonato Nacional Seniores - Série E - Zona Sul 10ª Jornada - 27/4/2014

Benfica C.Branco 2-1 Sertanense Oriental 1-2 U. Leiria Pinhalnovense 3-0 Mafra Ferreiras 5-1 Loures Jgs 1 Benfica C.Branco 11 2 Oriental 11 3 U. Leiria 11 4 Mafra 11 5 Sertanense 11 6 Ferreiras 11 7 Loures 11 8 Pinhalnovense 11

Pts 20 20 17 16 16 16 10 8

11ª Jornada - 4/5/2014

Loures - Pinhalnovense Ferreiras - Benfica C.Branco U. Leiria - Sertanense Mafra - Oriental

Foto in: http://marchadovapor.blogspot.pt/

Campeonato Nacional Seniores - Série E

Embora o Águias Moradal esteja acima da linha de despromoção, qualquer ponto perdido pode equivaler a um tambolhão na tabela e por isso mesmo não convinha perder o jogo contra um adversário directo, que se encontra posicionado abaixo de si. Os azuis entraram práticamente a perder uma vez que aos 10m sofreram o primeiro golo. Foi um tento que serviu para despertar o colectivo que arregaçou as mangas chegando ao intervalo já na posição de vencedores. Na segunda metade,

novas distrações defensivas permitiram aos navalistas virar o jogo em 5 minutos e tudo parecia perdido. Mais uma vez a equipa do nosso distrito com grande garra e galhardia chegou de novo ao empate, não havendo tempo para mais. Conquistar um precioso ponto neste dificil reduto poderá ser bastante importante em termos classificativos futuros e mantém a Naval atrás de si. Para a semana o Desportivo terá pela frente nova partida fora e muito importante desta feita contra o Tourizense. ■

11ª Jornada - 27/4/2014

Naval 3-3 Águias do Moradal Carapinheirense 0-1 Tourizense Manteigas 0-4 AD Nogueirense Pampilhosa 1-3 Sourense

A Academia de Judo Ginásio de Castelo Branco integrou novamente as “Férias em Movimento” disponibilizando espaços e técnicos para Atividades de Tempos Livres. Estas ocorreram durante as férias da Páscoa integrando crianças de vários agrupamentos da cidade de Castelo Branco , com maior predominância da Escola João Roiz. Entre várias atividades destacou-se o judo, apresentado de uma forma lúdica cuja recetividade não podia ser maior. O Bodycombat dirigido por Isabel Sousa esteve também em “alta” com o

lançamento/aula do CD 59, alterando assim os movimentos e coreografia anterior. Esta atividade movimenta sempre muitos praticantes amantes do fitness e de toda a energia inerente. Com o objetivo principal na prevenção das lesões desportivas André Ferreira e Flávia Guimarães do 4º ano de Fisioterapia da ESALD frequentam estágio na Academia no contexto real de trabalho. Estes alunos efetuam uma ação importante na prevenção, sobretudo na aplicação de exercícios antes e após o treino, bem

como algumas técnicas para recuperação de lesões. A aplicação de uma bateria de testes sobretudo aos judocas competidores está a ser uma mais valia para a prestação dos mesmos e compreensão da problemática inerente. Quinzenalmente está também a ser efetuada uma palestra sobre os temas: Frequência, tipo, localização, causa e mecanismo das lesões ; Cuidados a ter após lesão; Exercícios para áreas frequentes de lesão; Recuperação após esforço máximo e nutrição; Kinesiotape e tape nas articulações mais afetadas. ■

1 2 3 4 5 6 7 8

Jgs Pampilhosa 11 Sourense 11 Tourizense 11 Águias do Moradal 11 AD Nogueirense 11 Naval 11 Carapinheirense 11 Manteigas 11

Pts 33 31 29 27 26 24 21 12

11ª Jornada - 27/4/2014

Tourizense -Águias do Moradal AD Nogueirense -Carapinheirense Sourense - Manteigas Pampilhosa - Naval

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· 20· Cultura

Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Sugestões de Cristina Valente

Livros & Leituras

Castelo Branco Dia 3 de maio

Paraísos escondidos

Castelo Branco – Cine-Teatro Avenida Dia 29 às 21:30

Pecado Fatal de Luís Diogo Pecado fatal conta a história de Nuno, Miguel e Lila. Uma noite, Miguel, o melhor amigo de Nuno, pede-lhe para usar um quarto para fazer amor com uma rapariga que ele acabou de conhecer em um bar. Quando Miguel vai embora, Lila não se consegue levantar , por estar alcoolizada, pelo que fica ali a dormir. Os gritos dela acordam Nuno . Ele vai ao quarto e acende a luz. Ela acorda do pesadelo. Encandeada, ela pede-lhe que desligue a luz . Depois, pensando que ele é Miguel, pede-lhe que se deite ao lado dela só até ela adormecer. Nuno adormece também. Quando ele acorda, ela está a fazer amor com ele ! A luz do telemóvel a tocar

ilumina o quarto , mas ela tem a cabeça em seu ombro e não se apercebe que ele não é Miguel . Dias depois, Nuno e Lila apaixonam-se. Mas, ela revela-lhe algo: ela recorda uma tatuagem que “Miguel tem no ombro”. O problema é que a tatuagem está no ombro de Nuno. Se ele não quer perder o amor de sua vida, terá que lhe dizer o que aconteceu. Mas ela pode reagir mal e até acusá-lo de violação.

Castelo Branco – Cine-Teatro Avenida Dia 3 de maio às 21:30

A pele é a parte do corpo que transporta todas as emoções. Como se fosse o abrigo emocional daquilo que somos. A partir de textos disruptivos de autores como Jaime Rocha, Sade, Genet, Pasolini ou Elfriede Jelinek, o Útero - aqui dirigido por Miguel Moreira - constrói um espetáculo na fronteira entre o teatro e a dança. Uma espécie de acontecimento feito do confronto entre um corpo primário, instintivo e uma paisagem construída, plena de referências visuais. A música original de Pedro Carneiro surge como elemento perturbador desse confronto em tempo real.

Fotos de José Frade

Pele

Agora sediado em Guimarães, o Útero constrói este espetáculo entre Lisboa, Gent e Paris, repetindo um desejo internacional que assumiu expressão maior com The Old King, a sua última criação.

O objetivo deste laboratório é explorar locais votados ao esquecimento. Utilizando a máquina fotográfica como “arma” e numa luta contra a “morte silenciosa” de espaços abandonados. Pretende-se chegar a um grupo multidisciplinar, independentemente das suas aptidões profissionais, que partilhe o gosto pela fotografia e pela história da cidade. Nesta partilha, acredita-se conseguir uma leitura mais abrangente dos paraí-

sos escondidos, pois cada um vê um detalhe diferente. Com esta ideia “recreativa” de explorar locais “do ponto de vista artístico e fotográfico” deseja-se evoluir para a criação de um “inventário” destes espaços. Pretende-se também com este laboratório dar origem a uma exposição no Cybercentro de Castelo Branco, com os melhores paraísos captados. Pré inscrição obrigatória via email - laburbanopelarte@gmail.com.

Fundão – Antiga Praça Dia 3 de maio

Capitão Fausto nas Noites no Octógono O Município do Fundão organiza, no próximo dia 3 de maio, no edifício da Antiga Praça, o evento “Noites no Octógono”, que contará com dois concertos protagonizados pelos Zanibar Aliens e os Capitão Fausto. Para além destes concertos, haverá uma sessão de DJ’s e apresentação de trabalhos dos CoWorkers e empresários da Incubadora. Com o evento “Noites no Octógono” pretende-se divulgar os trabalhos dos CoWorkers e dos empresários sediados na Incubadora, os seus modelos de funcionamento e metodologias,

tentando que este evento se assuma como mais um passo na aproximação dos empresários/empresas da região à comunidade. A entrada para o concerto de Capitão Fausto terá o custo de 5 euros. Após o concerto, a entrada será livre até às 2.00h.

Castelo Branco – Museu Cargaleiro Dia 7 às21:30

Recital de Guitarra com Christian Andrea El Khouri

Christian Andrea El Khouri nasceu em Segrate (Milão), em 1988. Desde muito cedo, estudou com Stefano Leone. Em 2003 foi admitido no Conservatório Giuseppe Verdi de Milão, onde estudou com Paolo Chrici, onde obteve o seu di-

ploma, em 2010. Em 2011 gravou um disco para revista Seicorde, devotado às Sonatas para guitarra, compostas no séc. XX. É professor na Civica Scuola “Harmonia” e Civica Scuola “Casa delle Arti” em Cernusco sul Naviglio.

Adultério

É melhor não viver do que não amar

Uma mulher, casada, mãe de dois filhos, e jornalista de carreira, começa a questionar a rotina e a previsibilidade dos seus dias. Aos olhos de todos, tem uma vida perfeita: um casamento sólido, um marido dedicado, filhos felizes, um trabalho que a realiza. Contudo, já não é capaz de suportar o esforço para fingir que é feliz, quando a única coisa que sente pela vida é uma enorme apatia. Mas tudo muda quando reencontra, acidentalmente, um antigo namorado…. «A minha tristeza tornou-se rotina, já ninguém percebe. (…) Já não consigo dormir como deve ser. Sinto-me egoísta. Continuo a tentar impressionar as pessoas como se ainda fosse criança. Choro sozinha e sem motivo no banho. Só fiz amor realmente com vontade uma vez em muitos meses – e sabes bem de que dia estou a falar. Já considerei que tudo isto seja um rito de passagem, consequência de ter passado a barreira dos trinta, no entanto esta explicação não é suficiente para mim. Sinto que estou a desperdiçar a minha vida, que um dia vou olhar para trás e arrepender-me de tudo o que fiz. Menos de me ter casado contigo e de ter tido os nossos lindos filhos. - Mas isso não é o mais importante? Para muitas pessoas, sim. Só que para mim não é o suficiente.» A ideia de escrever este novo livro surgiu quando Paulo Coelho viu filme sobre o Relatório Kinsey, o estudo sobre a sexualidade humana. Começou a pensar no que mais angustiava as pessoas hoje em dia; pensou que seria a depressão mas depois de ter colocado essa questão nas redes sociais concluiu que a grande causa de aflição na nossa sociedade é o adultério.

Paulo Coelho

Um dos autores mais lidos e respeitados em todo o mundo, Paulo Coelho tem a sua obra publicada em mais de 168 países e traduzida em 81idiomas. É autor do clássico dos nossos tempos, O Alquimista, considerando o livro brasileiro mais vendido de sempre. Nascido no Rio de Janeiro, em 1947, foi encenador e dramaturgo, jornalista e compositor, antes de se dedicar à literatura. Ocupa a cadeira número 21 da prestigiada Academia Brasileira de Letras, é Embaixador Europeu do Diálogo Intercultural e Mensageiro da Paz das Nações Unidas. Em conjunto com a mulher, a artista plástica Christina Oiticica, fundou o Instituto Paulo Coelho, que oferece apoio e oportunidades aos membros mais desfavorecidos da sociedade brasileira, especialmente a crianças e a idosos. A obra de Paulo Coelho conta já com mais de 165 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Género: Romance Formato: 15 x 23,5 cm N.º de páginas: 232 PVP: 16,60€ As sinopses publicadas são da inteira responsabilidade das editoras


Lazer · 21·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira PUB

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Cartomante - Vidente Almeirim e Sertã

Trinta anos de experiência feita com sinceridade e acredite, olhando bem fundo e apenas nos seus olhos, leio toda a carta da sua vida se preciso for e ajudo a resolver todos os vossos problemas de negocios, amor, inveja, mau olhado, desactivação de magía negra, aconselhamentos e outros problemas de difícil solução, para que tenha a vida que sempre sonhou! Honestidade, sigilo e caracter são outro dom que fazem a verdade da minha vida!

Telem.: 918 283 485 PUB www.ipma.pt/pt/

Meteorologia Quarta-Feira Dia 30

Dia Noite 26ºC 11ºC Sábado Dia 3

Dia Noite 23ºC 12ºC

Terça-Feira Dia 29

Dia Noite 25ºC 9ºC

Quinta-Feira Dia 1

Sexta-Feira Dia 2

Domingo Dia 4

Segunda-Feira Dia 5

Dia Noite 24ºC 10ºC

Dia Noite 25ºC 12ºC

Dia Noite 22ºC 10ºC

Povo da Beira Aquário 21/1 a 19/2 Carta Dominante: Cavaleiro de Copas, que significa Proposta Vantajosa. Amor: Dê mais atenção aos seus filhos. O exemplo de um lar harmonioso é a maior felicidade que lhes pode dar! Saúde: Evite ambientes poluídos. Dinheiro: Pode ter uma nova proposta de trabalho. Números da Sorte: 2, 14, 19, 23, 25, 29 Pensamento positivo: Sei que a vida me traz sempre novas propostas e oportunidades.

Ar

Água

Fogo

Terra

Gémeos 22/5 a 21/6 Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera. Amor: Um amigo poderá precisar de desabafar consigo. Abra o seu coração e partilhe o que sente. Saúde: Beba mais sumos naturais. Dinheiro: Este é um período em que pode fazer uma pequena extravagância, mas não se exceda. Números da Sorte: 1, 21, 23, 29, 32, 33 Pensamento positivo: Sou a minha melhor amiga! Balança 24/9 a 22/10 Carta Dominante: o Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida. Amor: Encontra-se num período difícil, mas a sua força de vontade para vencer esta fase será grande. Arrisque! O sucesso espera por si! Saúde: A sua autoestima anda muito em baixo, anime-se! Dinheiro: Boa altura para gastar no que mais gosta, mas com cuidado que a vida está difícil. Números da Sorte: 1, 14, 25, 36, 47, 49 Pensamento positivo: Procuro fazer um julgamento justo das situações que se passam à minha volta.

Dia Noite 24ºC 12ºC

Agora nas novas instalações

Avenida 1º de Maio nº 89, 1º Esquerdo - Castelo Branco E-mails: racabgeral@gmail.com | racabcomercial@gmail.com Telefones: 272 347346 | 272 321050 ou 96 97 69 492

O seu jornal às Terças. Perto de si, sempre! Siga-nos em facebook.com

Peixes 20/2 a 20/3

Carneiro 21/3 a 20/4 Carta Dominante: 4 de Espadas, que significa Inquietação, agitação. Amor: Ajude o seu companheiro, dando-lhe mais atenção. Que o seu sorriso ilumine todos em seu redor! Saúde: Poderá ter problemas respiratórios. Dinheiro: Esta não é altura para arriscar em negócios. Números da Sorte: 1, 5, 8, 7, 10, 30 Pensamento positivo: Aprendo a tranquilizar o meu coração!

Touro 21/4 a 21/5 Carta Dominante: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade. Amor: Uma nova amizade ou uma relação mais séria poderá surgir. Que o futuro lhe seja risonho! Saúde: A sua emoção será a causa de alguns desequilíbrios físicos. Dinheiro: A vida profissional está em alta. Números da Sorte: 5, 1, 14, 18, 11, 2 Pensamento positivo: Encaro as situações com maturidade e equilíbrio.

Caranguejo 22/6 a 23/7

Leão 24/7 a 23/8 Carta Dominante: 4 de Copas, que significa Desgosto. Amor: Escolha bem as amizades se não quer sofrer desilusões. Procure ter uma vida de paz e amor. Saúde: A rotina poderá levá-lo a estados de irritação. Procure divertir-se e relaxar mais. Dinheiro: Não se precipite nos gastos. Números da Sorte: 11, 20, 28, 29, 30, 36 Pensamento positivo: Venço os desgostos porque acredito que mereço ser feliz.

Virgem 24/8 a 23/9 Carta Dominante: a Imperatriz, que significa Realização. Amor: A sua simpatia poderá despertar nos outros um sentimento mais forte por si. Olhe tudo com amor, assim a vida será uma festa! Saúde: Tendência para dores de barriga. Dinheiro: Efetuará bons negócios. Números da Sorte: 8, 12, 17, 19, 30, 48 Pensamento positivo: Eu confio no meu poder de realização, eu sei que sou capaz!

Carta Dominante: 3 de Copas, que significa Conclusão. Amor: Uma relação que já está desgastada poderá terminar. Aprenda a escrever novas páginas no livro da sua vida! Saúde: Possíveis dores no corpo, sem motivo aparente. Dinheiro: Se gastar em demasia poderá não ter dinheiro para pagar as contas que já são certas. Números da Sorte: 8, 22, 39, 41, 48, 49 Pensamento positivo: Concluo tudo aquilo que começo!

Carta Dominante: 6 de Ouros, que significa Generosidade. Amor: Saia e divirta-se mais com o seu companheiro. Exercitar a arte de ser feliz é muito divertido! Saúde: Poderá andar muito tenso. Dinheiro: Desejará presentear os seus familiares mais queridos. Números da Sorte: 9, 14, 18, 22, 33, 44 Pensamento positivo: Procuro ser generoso para com todos os que me rodeiam.

Escorpião 23/10 a 22/11 Carta Dominante: 7 de Paus, que significa Discussão, Negociação Difícil. Amor: Tenderá a partilhar mais as suas ideias e sentimentos com o seu par. Saúde: Cuidado com a linha, faça exercício. Dinheiro: Os negócios serão propícios nesta altura. Números da Sorte: 2, 15, 24, 26, 41, 42 Pensamento positivo: Através do diálogo frontal e honesto venço as dúvidas e mal-entendidos.

Sagitário 23/11 a 21/12 Carta Dominante: 8 de Copas, que significa Concretização, Felicidade. Amor: Para que a sua relação seja duradoura aposte no romantismo e compreensão. Desenvolva a sua clareza mental, emocional e espiritual. Saúde: Beba mais leite, o cálcio é importante para os ossos. Dinheiro: Tenha cuidado com a forma como canaliza os seus rendimentos. Números da Sorte: 4, 6, 19, 25, 32, 44 Pensamento positivo: Acredito que sou capaz de concretizar os meus sonhos e conquistar a felicidade!

Capricórnio 22/12 a 20/1 Carta Dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado. Amor: Provável desentendimento com alguém que lhe é muito especial. Fale sobre o que sente com carinho e honestidade. Saúde: Faça exercício físico. Dinheiro: Provável descida do seu poder de compra. Números da Sorte: 2, 8, 13, 25, 53, 59 Pensamento positivo: Tenho cuidado para não magoar quem amo.


· 22· Lazer

Omeleta com recheio de carnes POR MÁRIO MARINHO - chef

Coordenação: Cristina Valente (CP2370) (povodabeira@gmail.com)

Modo de preparação:

Redação: José Manuel R. Alves (CP8361) Patricia Calado

Para aproveitamento de carnes cozidas que tenham sobrado.

Colaborador Permanente: Paulo Jorge Marques

6-7 Ovos

Sal

no fogão por manteiga, mas muito pouco tempo. Bata os ovos, deite-os no óleo

Restos de carne cozida

Pimenta

quente, junte o preparado da carne e enrole. Pode acompanhar com ketchup e

PASSATEMPOS

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Secretária de Administração: Florinda Cruz (secretariapovodabeira@ gmail.com)

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Sopa de letras

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BIRRA COSTUME ESTUDANTE FIRMEZA IMITAÇÃO

ADIVINHAS

MANTER RIMA RITMO TEIMAR VICÍO

ANEDOTAS 2- Um exército formado Por muitos decididos soldados. Ao verem chegar a bola, Caem logo para o lado. 2-Os pinos de bowling

1- Com a sua cauda comprida E o seu falo cinzento, Corre por todo o lado À procura de alimento.

- Alguém me sabe dizer donde vem a luz eléctrica? Pergunta o professor? Responde o João, muito rápido: - Da Selva! - Da Selva? Pergunta o professor. - Pois, ainda esta manhã o meu pai disse, quando estava a tomar banho: "Estes macacos cortaram outra vez a luz..."

1-O Rato

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Castelo Branco

Senhor procura companheira

Este jornal escreve segundo o novo Acordo Ortográfico Todos os artigos de opinião e assinados pelos respetivos autores, são da sua inteira responsabilidade não podendo em circunstância alguma o Povo da Beira ser responsabilizado pelo conteúdo dos mesmos. Reservamo-nos no direito de não publicar, caso os artigos enviados não respeitem a legislação em vigor e o Estatuto Editorial do jornal.

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Sudoku

Encontre as palavras na sopa de letras

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Publicidade: Gustavo Teixeira (publicidadepbeira@gmail. com)

Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Telf.: 256040526 / 910253116 / 914602969 geral@coraze.com Registo no ICS: 117 501 Depósito Legal: 74145/94 Empresa Jornalística: 218 326 Tiragem Semanal: 10.000 exemplares Distribuição gratuita

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Pique os restos de carne, tempere com sal, pimenta e sumo de limão, passe

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Opinião · 23·

Edição 1051 • 29 de abril de 2014 • Povo da Beira

“A Necessidade de Reinventar a Motivação”

POR CONCEIÇÃO CARVALHO - Diretora Adjunta do NERCAB

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eja numa grande organização ou numa empresa de pequena e média dimensão, a motivação das equipas tornou-se um tema a que os responsáveis dão cada vez mais valor, já que disso poderá depender o maior ou menor grau de sucesso da organização/ empresa. Atualmente, havendo limitações financeiras para aumentar salários ou para suportar outro tipo de incentivos aos colaboradores, as empresas e organizações procuram novas formas de motivar as suas equipas. A necessidade de reinventar a motivação, é antes de tudo uma conquista organizacional que se inicia a nível de mudanças conceptuais, resultando assim no envolvimento de toda a organização/ empresa. Assim, todo o modelo de gestão de recursos humanos tem que ser adaptado a esta conjun-

* Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

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esde a mais tenra infância que somos habituados a “conviver” com as mais variadas colecções de cromos e respectivas cadernetas. Algo parecido a essas “cadernetas”, aparece-nos nas mãos, já em adultos aquando de atos eleitorais dos mais diversos órgãos de natureza política. Ora são folhetos com as fotos da praxe, ora são grandes cartazes na rua com pequenos chavões a prometer mais e melhor, nem sempre especificando o quê, ora com promessas mais ou menos irrealistas (quem não se lembra de um certo cartaz anunciando 150.000 empregos?). Porém, nas vindouras e já próximas, eleições para o parlamento europeu, os partidos políticos portugueses, seja por contenções orçamentais ou mero pudor em gastar dinheiro desregra-

tura, onde o dinheiro deixou de ser a principal ferramenta disponível. É também o tempo de cada colaborador potenciar as suas capacidades individuais e coloca-las ao dispor da sua organização/empresa. Contudo estimular um colaborador que quer ser e que se consegue motivar é fácil. Mas como agir com uma pessoa difícil, que constantemente questiona ou desobedece as ordens e pedidos? O líder sabe que a motivação dos seus colaboradores passa pela força da sua visão, da paixão do seu discurso, da lógica do seu raciocínio, ou seja, é mais arte do que ciência. Contudo sabemos que tal estratégica só funciona com uma parcela dos seus colaboradores. Os outros é que são o problema. Os colaboradores mais intratáveis, que consomem uma parte desproporcional do tempo e da energia do seu superior.

Como fazer para que estas pessoas sigam os seus passos? Como transmitir-lhes energia e empenho para que não só apoiem as suas iniciativas como também as executem? Ao longo de vários anos de estudo, chegou-se à conclusão que ninguém pode motivar os colaboradores problemáticos: só eles mesmos têm tal poder. Assim, ou a mudança vem de dentro do colaborador ou simplesmente não vêm. A tarefa do líder é criar as circunstâncias nas quais a motivação intrínseca das pessoas: a dedicação e o interesse natural que a maioria de nós tem, seja libertada e direcionada para metas viáveis. É um enfoque que requer uma mentalidade motivacional totalmente diferente. Este será o desafio para as duas partes: Colaboradores problemáticos e Líder!

damente, têm (e bem) optado por campanhas “low-profile”, fazendo-se valer mais do tempo de antena que a televisão lhes dá aquando dos noticiários e afins. Mas, claro está, há sempre excepções à regra e no que toca a gastar dinheiro desregradamente, sem qualquer pudor ou a mais mínima vergonha, há sempre com quem se possa contar. E, pelo grande número de grandes cartazes que já se vêm nas ruas, certamente já saberão qual o partido político em causa…o Partido Socialista, claro está! Agora, acusem-me de ser tendencioso ou o que quer que seja, mas o certo é que é o único partido político que (pelo menos em Castelo Branco), tem grandes cartazes em todos os locais “estratégicos” da cidade! Crise? Contenção e ponderação nas despesas? Tudo isso

são expressões que o dicionário “rosa” desconhece! Quiçá por isso foi recentemente noticiado (e eu já o referi numa anterior crónica minha), as contas do próprio PS apresentam grandes buracos financeiros! Mas e que dizem esses cartazes? Apresentam promessas eleitoralistas? Apresentam os candidatos socialistas? Nada disso! Apenas pedem para “Mudar”… mas não dizem mudar o quê, como ou para quê! E quem aparece nesses cartazes? Os candidatos? Nada disso, que tendo em conta quem são, poderiam “assustar” os votos que o PS quer conquistar não por qualquer mérito ou valor, mas por desmérito do partido do governo, que tendo em conta as medidas restritivas que foi obrigado a adoptar, é normal que se apresente desgastado. Assim, apresentam-

Para erradicar a pobreza não basta dar pão!

POR CRISTINA GRANADA

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ão me cansarei de clamar contra quem pensa que a saída das situações de miséria e pobreza está na simples distribuição de alimentos. Não, não basta dar pão, não basta dar um prato de sopa, é preciso devolver a dignidade àqueles que acreditam que não servem para nada mais, a não ser receber essa esmola! Não às cantinas sociais, não à sopa dos pobres. Sempre que posso dou a minha opinião neste sentido, em todo o lugar e o mais frequente é responderem-me, “pois, mas essa gente é preguiçosa!”, “pois essa gente não quer fazer nada!”. E fico indignada. Indignada porque “essa gente”, como alguns dizem, são seres humanos em sofrimento provavelmente. São seres humanos que provavelmente necessitam que se lhes abram outras portas do que aquelas que dão para o “pão” e nada mais. Falamos tanto em criatividade, em empreendedorismo e não nos dedicamos a descobrir modos de fazer com que seres humanos que

desistiram de si próprios voltem a acreditar em si. Não é preciso obrigar, não é preciso impor, também não é preciso marginalizar. “Eles não querem”, diz a maior parte das pessoas. Muito bem, porquê? Que opções têm? Que saídas para o marasmo em que se transformaram algumas vidas? Eu não sou um ser iluminado, mas sei que tem de haver soluções. Também sei que procurar essas soluções dá trabalho e pode até fazer correr riscos e sei, melhor ainda, que deixar correr tudo como está é mais fácil. Mas não me conformo. Dar comida sim, àqueles que nada têm claro que sim, mas com discrição, com sensibilidade suficiente para não fazer a pessoa que passa necessidade sentir-se indigente (ou pior, sentir-se inútil). Ninguém sabe quando um problema lhe baterá à porta. Aqueles que até agora foram habituados a receber sem mais nada, também podem ser habituados a participar nas necessidades que a sua comunidade lhes pode apresentar. Algumas coletividades inventaram Bancos

de Tempo, outras inventaram Escolas de Pais, outras promovem pequenas ações de formação que vão desde a estética/ ou cuidar da pele, ao cuidar da higiene, saúde e bem-estar, cuidar da cas, cuidar da roupa. Outras ainda inventam tempos livres, para crianças de famílias mais desfavorecidas, e nesses tempos livres cabem os trabalhos escolares, a música, as artes, etc. A criatividade só termina quando termina a vontade de ajudar. E, a vontade de ajudar pode, ou melhor, deve também ser de cada um para consigo. Só sabendo o valor que tem um apoio que se recebe se pode valorizar esse apoio que alguém nos dá. Tudo o mais é fictício. Não se podem tratar seres humanos como “animais de engorda”, a quem se dá comida para que fiquem quietos e calados no seu canto, é nisso que resultam alguns bancos alimentares. Dar a alguém um repasto, não pode fazer dele “um animal de pasto”! Havia um provérbio chinês que dizia que não devemos dar o peixe devemos … toda a gente conhece o resto.

Caderneta de Cromos POR NUNO DUARTE M. FIGUINHA -se fotos de cidadãos anónimos, desde jovens a pensionistas, e evitam-se mostrar rostos dos candidatos como o “ausente” Francisco Assis, como o sósia de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, como o reconhecidamente gastador, Carlos Zorrinho (quem não se lembra de, aquando da compra de um bom Audi com dinheiros públicos, ter dito que se os portugueses “queriam democracia? Têm de a pagar!” ao que foi coadjuvado pelo seu companheiro de lista Francisco Assis, que prontamente veio em sua “defesa” ao afirmar algo do género: “Queriam que andasse de Renault Clio, não???”). Assim até compreendo que no PS, se

querem votos…não mostrem os candidatos! E numa altura em que o governo está a anunciar medidas e resultados positivos em catadupa (baixa no desemprego, crescimento da economia, futuro desagravamento de impostos, luz e gás mais baratos, combustíveis com preços de referência, etc.), que promessas trás António José Seguro e o Partido Socialista para a praça pública? Mais do mesmo, ou seja, nada! Apenas pede o voto dos jovens no PS para “combater a emigração”! Mas como? Vai proibi-los de sair do país, ou..? É que não diz mais nada!!! E da Europa, o que diz? O mesmo, ou seja,

quer que lhe dêem dinheiro de mão beijada para, como sempre, desbaratar, ou seja, diz que "O Banco Central Europeu deve ter todas as competências de um banco central, (…) e agir quando necessário para financiar a economia face a especulações do mercado financeiro. Ou seja, para o líder do PS, o BCE deveria simplesmente financiar diretamente os estados! E sim, é esta a única ideia que (re)apresentou… E assim, voltando ao tópico “cadernetas de cromos”, pode-se dizer que com tais ideias, a “caderneta” das europeias de Seguro, mais não apresenta que “cromos” já “repetidos” e que já nem são de “colecção”…


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Povo da Beira • 29 de abril de 2014 • Edição 1051

Politécnico recebe visita do Presidente da Liga dos Chineses em Portugal O Presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, visitou o Instituto Politécnico de Castelo Branco no passado dia 21 de abril. A convite do presidente do IPCB, Carlos Maia, e na sequência de reuniões anteriores entre os dois responsáveis, esta visita teve por objetivo explorar hipóteses de cooperação com a China, nas várias áreas de conhecimento e de intervenção do IPCB e insere-se

na estratégia de internacionalização da Instituição. Para além da reunião ocorrida nos serviços da presidência, em que participaram também os vice-presidentes do IPCB, António Fernandes e Nuno Castela, teve lugar ainda uma deslocação ao Campus da Talagueira e, posteriormente, à Escola Superior Agrária, onde foi possível visitar a quinta da Sra. Mércules e alguns dos laboratórios da escola. ■

Idanha-a-Nova festeja Senhora do Almortão A romaria de Nossa Senhora do Almortão realiza-se nos próximos dias 4, 5 e 6 de maio, em honra da padroeira do concelho de Idanha-a-Nova. Os festejos atraem todos os anos milhares de pessoas até Idanha-a-Nova para participarem numa das maiores e mais afamadas romarias da Beira Baixa e do país. PUB

O programa religioso começa com a tradicional Missa Dominical às 11 horas, transmitida pela Rádio Renascença a partir da Ermida. Na segunda-feira (feriado municipal) haverá Eucaristia seguida de procissão, a partir das 11 horas. Para terça-feira, ao meio-dia, está marcada a Missa de Acção de Graças. ■

Cancioneiro imortaliza em CD temas da região POR CRISTINA VALENTE

O Grupo Típico o Cancioneiro de Castelo Branco, apresentou no sábado o seu novo trabalho discográfico. Este CD duplo, que é o 2º Volume de tradições da Beira Baixa Sul. O objetivo do Cancioneiro é perpetuar estes temas através do seu registo em áudio. “O primeiro CD é composto por temas de roda, cantadas no terreiro, e o segundo CD é composto por temas mais relacionados com de trabalho, de romaria e de Natal” explica Adelino Carrilho. Os temas foram recolhidos pelo grupo em várias freguesias do concelho, recolhas efetuadas junto da população, nomeadamente pessoas com mais idade, mas também junto de outra associações que também se dedicam à recolha e preservação das tradições da região. Um trabalho de extrema importância, uma vez que há

muitas tradições que se perdem com o desaparecimento das pessoas mais idosas, “temos que ser rápidos, porque há património que se não for registado acaba por se perder”. O Cd “Tradições da Beira Baixa Sul” volume 2 é mais um legado que fica para o concelho. Ao longo dos seus 10 anos de existência, o Grupo Típico o Cancioneiro tem-se

dedicado à recolha, de músicas, danças, tradições e trajes. “Temos mais de 90 músicas, muitas delas extraídas da etnografia da Beira Baixa de Jaime Lopes Dias, que não conhecemos as coreografias e por isso não as podemos apresentar” lamenta Adelino Carrilho. A apresentação do CD contou com a presença de Luís Correia, presidente da

Câmara de Castelo Branco, Paula Teixeira, da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Margarida Pereira da Delegação do Inatel, e dos presidente das juntas de Malpica do Tejo e de Escalos de Cima/Lousa. Nas suas intervenções todos foram unanimes em apontar a importância deste tipo de trabalho, para a preservação das tradições da região. ■


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