Revista FASEH #2 by Prefácio Comunicação

REVISTA

FASEH

FEVEREIRO | 2019 | #2

Avaliação máxima coloca FASEH entre as melhores do país PÁ G . | 1 6

O PODER DO VOTO E O PAPEL DO ELEITOR

JUNTOS PELA PROMOÇÃO DA SAÚDE E BEM-ESTAR

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Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e Estomatologia

C A R TA A O L E I TO R

aro leitor, todo reconhecimento público é reflexo de uma trajetória de aprendizado e construção coletiva, que inclui erros e acertos, esforços e investimentos que vão ao encontro de um objetivo maior. O processo educacional é composto por várias frentes, igualmente importantes e que só culminam em um resultado de sucesso ao caminharem juntas.

A segunda edição da revista da FASEH reflete a grande conquista que obtivemos por termos apostado na construção de um ambiente acadêmico de excelência. Aqui, a difusão do saber é capitaneada por profissionais que fomentam o debate e entendem o poder do diálogo. Metodologias inovadoras de ensino e equipamentos de ponta possibilitam a formação de profissionais multidisciplinares. Professores são constantemente estimulados a compartilhar experiências, a aprimorar e a desenvolver habilidades e a se preparar constantemente para lidar com o caráter fluido do processo educacional. Ao entender o papel estratégico de uma instituição de ensino no ambiente em que está inserida e ao contribuir com ações de melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população, a FASEH entrega à sociedade cidadãos conscientes do seu papel social. Parcerias com entidades reconhecidas em nível mundial fortalecem a produção científica, a formação acadêmica e o intercâmbio do conhecimento e projetam a instituição no cenário internacional do saber. O que nos move é a convicção de que estamos no caminho certo.

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Boa leitura! REVISTA FASEH

ACERV

O FASE

ACERVO FASEH

E M PA U TA

CAPA

INOVAÇÃO

SYNDAVER HUMAN Laboratório de anatomia ganha reforço

MEDICINA NOTA 5 FASEH celebra reconhecimento do MEC

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NOSSOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO SÃO FEITOS PARA VOCÊ. SIGA, ACESSE E ACOMPANHE! Publicação da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana ANO 2 | NÚMERO 2 | FEVEREIRO DE 2019 R. São Paulo, 958 - Jardim Alterosa - Vespasiano/MG

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FASEH OFICIAL

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SAÚDE DA MULHER Autocuidado e empoderamento feminino

ALERTA VERMELHO Mortalidade entre homens exige mudanças

LIGAS ACADÊMICAS Alunos se dedicam ao estudo aprofundado

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NOVOS REFORÇOS Fisioterapia amplia atendimento à população

SEMANA CIENTÍFICA Alunos são motivados a serem mais tolerantes

FAZER A DIFERENÇA Projeto de extensão promove ações de saúde

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ELEITOR CONSCIENTE Em parceria com o TRE, discentes orientam alunos sobre voto

NOVAS OPÇÕES Pós-graduação agrega Medicina e Odonto

SUCESSO NO MERCADO A dica é investir em capacitação e treinamento

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ENGENHARIA EAD FASEH implantará primeiro curso a distância

BENEFÍCIO AMPLIADO Lagoa Santa terá apoio médico e jurídico

DEIXARÁ SAUDADE Professor José Carlos conta trajetória na FASEH

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VEM POR AÍ Livros de alunos e docentes serão publicados

É NOTÍCIA NA FASEH Confira o que foi destaque no ano de 2018

CADERNOS TÉCNICOS Produção científica tem espaço próprio

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EXPEDIENTE PRESIDÊNCIA Dr. Ricardo Guimarães – Presidente da CESUV (Cento de Ensino Superior de Vespasiano) – Mantenedora da FASEH DIRETORIA Dr. João Lúcio dos Santos Junior – Diretor Geral da FASEH Dra. Hérica Soraya Albano Teixeira – Diretora Acadêmica COMITÊ EDITORIAL Dra. Hérica Soraya Albano Teixeira – Diretora Acadêmica Cláudio Cançado – Coordenador dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia de Produção e Pós-Graduação Patrícia Nunes de Gusmão – Coordenadora do Curso de Direito Raquel Ratton – Gerente de Comunicação e Marketing Rebeca dos Santos Duarte Rosa – Coordenadora do Curso de Enfermagem Tatiane Miranda – Coordenadora do Curso de Medicina Patrícia Guidine – Coordenadora do Curso de Fisioterapia

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING Raquel Ratton, Estefania Fonseca, Stephanie Coura E-mail: marketing@faseh.edu.br AGÊNCIA DE NOTÍCIAS FASEH Laura Lima, João Motta | E-mail: noticias@faseh.edu.br Produção: Prefácio Comunicação www.prefacio.com.br | (31) 3292-8660 Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) Coordenação: Cristina Motta Edição: Laura Lima Repórteres: Isabela Lobo e João Motta Revisão: Luciara Oliveira Projeto gráfico: Tércio Lemos Fotos: Arquivo FASEH Tiragem: 3.000 | Impressão Formato Artes Gráficas

I N O VA Ç Ã O

Cadáver sintético revoluciona ensino de anatomia COM DENSIDADE E TEXTURA SIMILARES ÀS DO CORPO HUMANO, MODELO INTEGRARÁ MODERNO LABORATÓRIO DA FASEH, ÚNICA EM MINAS A POSSUIR O SYNDAVER A complexidade das estruturas e do funcionamento da máquina humana desperta curiosidade e é alvo de questionamentos há milênios. Os primeiros registros de dissecações de seres humanos datam do século II a.C. e ganharam considerável destaque na era Renascentista, após longo período de proibição da prática. A busca incessante por respostas auxiliou na evolução dos estudos de anatomia, graças ao aprimoramento de peças e procedimentos. A faculdade ganhou, recentemente, um novo aliado: o SynDaver Human – um cadáver sintético, impresso em 3D, com texturas, estruturas e densidade praticamente idênticas às do corpo humano. A FASEH é a primeira instituição de ensino mineira e a terceira do país a adquirir o manequim, que integrará o moderno laboratório morfofuncional da universidade, que já conta com equipamentos de ponta e profissionais que são referência no cenário acadêmico. Produzido nos Estados Unidos, o SynDaver Human é um modelo sofisticado, que reproduz de forma realística estruturas do corpo humano como músculos, tendões, veias, artérias, nervos e órgãos. Compostos por polímeros à base de água, fibras e sais, eles imitam as características dos tecidos vivos e possuem as mesmas propriedades químicas, térmicas, mecânicas e isolamento elétrico do corpo humano. “Os músculos são flexíveis, ao contrário dos outros modelos disponíveis no mercado. A consistência também é bastante semelhante à do corpo humano, o que facilita muito o estudo”, destaca Márcio Alberto Cardoso, Professor de anatomia. Para o também Professor da disciplina Leonardo Bordoni, outro ponto positivo é que o SynDaver não conserva os aspectos tóxicos do formol, utilizado nos cadáveres humanos. FEVEREIRO | 2019 | #2

ARQUIVO FASEH

A aluna Ana Laura Gomes venceu concurso de criação do perfil e nome do novo modelo do SynDaver

Confira o perfil completo de Luzia Daver

O cadáver sintético permitirá que os alunos examinem estruturas do corpo em perfeito estado, o que não é possível com os cadáveres humanos. “Hoje, há uma série de critérios legais que devem ser obedecidos na aquisição de cadáveres humanos, que só é permitida por meio de convênios com instituições como o Instituto Médico-Legal (IML) ou doações. Na maioria das vezes, os cadáveres se encontram em estado de decomposição e, portanto, inapropriados para uso”, enfatiza Márcio Alberto. O primeiro contato dos alunos com o modelo se deu em 2018, durante demonstração conduzida por Bordoni. O SynDaver passa a ser utilizado já no primeiro semestre deste ano por grupos de, no máximo, dez alunos, em aulas que envolvem dinâmicas diferenciadas. “Divididos em equipes menores, os estudantes terão a oportunidade de ter mais contato com o cadáver sintético e esclarecerão dúvidas com mais facilidade”, diz o Professor.

LUZIA DAVER Para criação de um perfil e nome do novo cadáver, cuja anatomia é de um corpo feminino, foi realizado um concurso. Ana Laura Gomes de Oliveira, aluna do segundo período de Medicina da FASEH, foi a autora do perfil mais bem avaliado. A inspiração surgiu do incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que destruiu importantes objetos da memória brasileira. Na época do lançamento do concurso, o fóssil mais antigo da América Latina, encontrado em Pedro Leopoldo (cidade vizinha à FASEH) e apelidado de Luzia, estava desaparecido em meio aos escombros. “Ao escolher o nome Luzia Daver, o meu objetivo foi homenagear o fóssil que reacendeu importantes questionamentos sobre a origem dos nossos ancestrais e foi um marco para o estudo paleontológico, assim como o SynDaver será um marco no estudo da anatomia”, explica Ana Laura, que foi premiada com um Atlas de Anatomia Humana, de Frank H. Netter, importante recurso bibliográfico para o estudo do corpo humano. REVISTA FASEH

ENFERMAGEM

Saúde da mulher: os benefícios do autocuidado ARQUIVO FASEH

ALUNOS DA ENFERMAGEM CONSCIENTIZAM POPULAÇÃO FEMININA SOBRE A IMPORTÂNCIA DE CONHECER O PRÓPRIO CORPO PARA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DE DOENÇAS COMO O CÂNCER

Outubro Rosa é celebrado com mutirão de exames e palestras

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, entre 2018 e 2019, cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama serão identificados – uma média de 56 ocorrências a cada 100 mil mulheres. O carcinoma é o segundo tipo mais comum de câncer entre mulheres brasileiras, seguido do de colo de útero. Apesar da alta incidência, se eles forem identificados precocemente, as chances de cura chegam a 90%. “O que percebemos é que ainda há uma resistência em relação às consultas de rotina e aos exames, além de uma falsa sensação de que se está protegido do aparecimento de doenças ao não se procurar atendimento médico. Mas é preciso entender que, quanto mais cedo identificamos um câncer, mais chances de sucesso teremos com o tratamento”, enfatiza Rebeca Duarte, Coordenadora do Curso de Enfermagem. FEVEREIRO | 2019 | #2

Por entender a importância da prevenção e da identificação precoce de enfermidades, como forma de conferir maior efetividade aos tratamentos, alunos e professores do Curso de Enfermagem e servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Vespasiano desenvolvem atividades educativas e de sensibilização junto à comunidade feminina do município, que abordam diferentes temas ligados à saúde da mulher. As ações foram intensificadas durante o Outubro Rosa, por meio do repasse de instruções sobre o autoexame e realização de testes preventivos. “Fizemos um mutirão, e, em função da grande demanda, o apoio dos alunos foi essencial para que todas as mulheres fossem examinadas. Graças à parceria com as unidades de saúde, conseguimos ampliar o número de coberturas e, consequentemente, auxiliar na prevenção da doença”, conta Rebeca. Para a Coordenadora da Atenção Primária à Saúde de Vespasiano, Djenane Andrade, a contribuição dada por professores e estudantes da FASEH é muito importante, uma vez que a cobertura alcançada pelo serviço ainda está distante do ideal. “Os alunos chegam cheios de vontade, propondo ideias e abordagens diferenciadas. Isso faz com que a população se interesse mais e as ações tenham maior adesão, por isso o apoio dos acadêmicos tem sido fundamental”, reconhece Djenane. Para Rebeca, é preciso empoderar as mulheres e incentivar o autocuidado como modo de promoção da saúde e prevenção. “Queremos que as mulheres se apropriem de seus corpos e entendam que, ao se tocar, durante um autoexame, por exemplo, estão fazendo a diferença e cuidando de seu bem-estar.”

FISIOTERAPIA

Fisioterapia amplia assistência à comunidade Considerado referência em Vespasiano e região, o setor de Fisioterapia da Clínica Escola ganhará reforços e ampliará o atendimento a partir do primeiro semestre deste ano. O número de pacientes, que hoje chega a 80 por dia, pode dobrar, até o fim do ano, com a oferta de novas especialidades em nível ambulatorial. Fora dos portões da FASEH, alunos e professores auxiliarão também no atendimento a crianças com necessidades específicas. Novos convênios com hospitais de referência da capital também permitirão que pacientes da Grande Belo Horizonte sejam acompanhados pelos acadêmicos da instituição, ampliando a rede de assistidos pela universidade. “Há uma carência, principalmente em nível regional, de serviços ligados à Fisioterapia. Só na Clínica Escola, temos uma lista de espera de mais de 200 pessoas. Essa ampliação representa muito para a comunidade, além de ser um diferencial na formação dos alunos, que estão ansiosos para colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula”, destaca a Coordenadora do Curso de Fisioterapia, Valéria Prata Lopes. Até 2018, com a contribuição de sete profissionais da área – dois deles cedidos pela prefeitura de Vespasiano –, o setor de Fisioterapia da Clínica Escola oferecia atendimento nas áreas de ortopedia, traumatologia, reumatologia e neurologia, com ênfase no paciente adulto. A partir deste ano, com o apoio de alunos e docentes, também serão ofertadas as especialidades de Pediatria, Neuropediatria, Uroginecologia e Fisioterapia Respiratória. Para o Professor do Curso de Fisioterapia da FASEH, Gustavo Tasca, o paciente da Clínica Escola ainda é beneficiado pelo sistema de interconsultas. “Percebendo a necessidade do envolvimento de médicos no atendimento, já direcionamos o assistido para consultas no setor de Medicina da clínica,

ARQUIVO FASEH

NÚMERO DE ATENDIMENTOS NA CLÍNICA ESCOLA PODE DOBRAR NO SEGUNDO SEMESTRE. NOVOS CONVÊNIOS TAMBÉM TRARÃO BENEFÍCIOS À POPULAÇÃO

de forma rápida. Esse trabalho integrado nos permite maior resolubilidade dos problemas, além de oferecer um cuidado mais orientado ao paciente”, detalha Gustavo. Além de utilizarem o espaço da FASEH, os alunos auxiliarão no atendimento à comunidade em unidades de saúde de Vespasiano e nos hospitais da Baleia, João XXIII e Maria Amélia Lins, conveniados na capital. Outra instituição que será beneficiada pelo atendimento de acadêmicos e docentes da Fisioterapia é a Escola Especial Vovó Mariquita, única instituição pública de Vespasiano apta a receber alunos com deficiência física, visual, auditiva ou intelectual. “Uma de nossas professoras identificou essa necessidade da escola, e, a partir daí, firmamos uma parceria, por meio da qual daremos apoio à equipe multifuncional que já atua na instituição, formada por nutricionistas, professores e terapeutas”, diz Valéria.

Professores e alunos prestam atendimento gratuito à comunidade

JÁ CONHECE O MED YES? SAIBA MAIS DETALHES SOBRE O APLICATIVO DA FASEH NA PÁGINA 23. REVISTA FASEH

DIREITO

Formando eleitores cidadãos ARQUIVO FASEH

ESTUDANTES DO CURSO DE DIREITO PARTICIPAM DE PROJETO PARA ORIENTAR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE FAKE NEWS, FRAUDE E LEGITIMIDADE DO VOTO um projeto-piloto que pretendemos aperfeiçoar e tornar uma prática em todas as escolas de Vespasiano e região”, destaca Lara Ferreira, chefe da Seção de Cidadania e Pesquisa da Escola Judiciária Eleitoral.

Estudantes da FASEH compartilham conhecimento com alunos do ensino médio

As eleições de 2018 foram marcadas pela divulgação massiva de notícias falsas, as chamadas fake news. O tema, objeto de estudo de alunos do Curso de Direito, motivou a criação de um projeto, em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE), com o objetivo de sensibilizar alunos de ensino médio sobre a importância do voto consciente e formar multiplicadores na comunidade de Vespasiano. “Ao terem contato com o processo de formação do Estado e os direitos fundamentais do cidadão, os próprios discentes perceberam seu desconhecimento em relação ao processo eleitoral. Isso fez com que eles se identificassem com a população em geral e surgisse o interesse em compartilhar essas informações, por meio do projeto”, explica a Coordenadora do Curso de Direito, Professora Patrícia Gusmão. CONHECENDO O TRE Inicialmente, os alunos do Curso de Direito visitaram o TRE e foram treinados para compartilhar as informações com estudantes do 1º ao 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Padre José Senabre. Temas centrais como fake news, segurança do voto eletrônico, funcionamento do sistema eleitoral, abuso de poder econômico, história da Justiça Eleitoral e canais de participação nortearam as discussões. “Para o Tribunal, foi um divisor de águas. É

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PÍLULAS DE CONHECIMENTO Em dois dias, mais de 500 adolescentes puderam tirar dúvidas sobre o processo eleitoral. A Coordenadora do Curso destaca que, ao contar com o apoio e a participação da equipe do Tribunal, foi possível “desmistificar a visão de que são pessoas inatingíveis, humanizar a entidade e enfatizar a seriedade do processo”. Daniel Pereira, acadêmico do Curso de Direito, considerou a experiência gratificante. “No passado, estive na mesma situação de boa parte da população e vi que minhas dúvidas poderiam ter sido facilmente sanadas, desde que eu tivesse alguém para conversar sobre o que uma eleição envolve.” ALUNOS COMO AGENTES ATIVOS DO PROCESSO ELEITORAL Antes de participarem das atividades, os estudantes da Escola Estadual Padre Senabre foram incentivados a refletir sobre o tema, na própria Escola. “Estudamos história e ideologia dos partidos, simulamos intenções de votos, fizemos caricaturas, maquetes do Senado. A partir de agora, queremos incentivar a fiscalização dos que foram eleitos, com a formação de deputados mirins e simulação de projetos de lei”, explica a diretora da instituição, Alessandra Fernandes de Deus. A Coordenadora do Curso de Direito informa que, a partir de agora, o objetivo é não só dar continuidade ao trabalho com a escola, mas estender as atividades para outras instituições de ensino da região. “O processo eleitoral não acaba com o voto. Queremos que o tema seja permanentemente debatido nas escolas e que os alunos conheçam as formas de acompanhar o mandato dos candidatos eleitos”, conclui a Professora Patrícia.

ENGENHARIA

Engenharia EAD: a excelência a um clique de distância MODALIDADE HÍBRIDA PERMITIRÁ QUE ALUNOS REALIZEM PROVAS E TRABALHOS EM QUALQUER LUGAR E A QUALQUER HORA. ATIVIDADES PRESENCIAIS TAMBÉM FARÃO PARTE DA GRADE CURRICULAR Ingressar em uma instituição de ensino superior parece algo distante para quem já se encontra no mercado, cumpre jornadas extensas e é chamado a trabalhar em horários alternativos, como é comum atualmente. Outro fator que contribui para que o sonho da graduação seja colocado em segundo plano é a falta de oferta de alguns cursos em determinadas localidades. Pouco a pouco, porém, essa realidade tem mudado com o fortalecimento do Ensino a Distância (EAD), que potencializou o acesso às universidades, em razão dos preços mais acessíveis e da possibilidade de adaptar a rotina aos estudos. Atenta a essa tendência, a FASEH acaba de lançar seu primeiro curso na modalidade EAD, que pretende aliar eficientes metodologias de ensino a um ambiente virtual que favoreça o aprendizado e estimule a troca de conhecimento. “Uma das grandes vantagens é a liberdade. O aluno pode estudar a qualquer momento e em qualquer lugar, sem perder os benefícios do contato com o professor e os colegas de classe, que é facilitado por meio de chats e fóruns de discussão”, explica Cláudio Cançado, Coordenador do Curso EAD de Engenharia Civil da FASEH. Construído com base em modelos híbridos de ensino, o curso contará com encontros presenciais, em que os alunos serão incentivados a solucionar questões práticas, para que os conteúdos sejam assimilados de forma dinâmica. Além disso, uma plataforma de navegação simplificada facilitará o aprendizado individual, graças à disponibilização de videoaulas, materiais de apoio, exercícios e desafios, além da orientação de tutores, por meio de chats e videoconferências. “O nosso diferencial é que já oferecemos um ensino de ponta na área da saúde e queremos aproveitar esse ambiente para criar

uma interface entre a Engenharia e os outros cursos da FASEH. O nosso aluno terá uma formação diferenciada, com ênfase em questões relacionadas à saúde coletiva”, destaca Cançado. O Coordenador lembra, contudo, que a obtenção de bons resultados na modalidade EAD está condicionada ao comprometimento do aluno. Antes de tudo, é preciso planejar e manter uma rotina de estudos e se dedicar tanto às atividades práticas quanto às teóricas. “O professor é um catalisador, um difusor do conhecimento. Se o estudante não se dedica, não adianta. É preciso trazer dúvidas e participar ativamente, além de respeitar prazos e cumprir as datas de entrega estabelecidas. No EAD, há trabalhos e provas, assim como no ensino presencial”, lembra o Coordenador do curso, que também destaca a importância dos tutores, responsáveis por acompanhar o aluno durante toda a graduação, detectando dificuldades e dando suporte quando necessário.

Moderno ambiente virtual favorece aprendizado

REVISTA FASEH

MEDICINA

Produção científica como legado ALUNOS PARTICIPARÃO DE CONSTRUÇÃO COLETIVA DE MATERIAL DIDÁTICO. INQUÉRITO SOBRE SAÚDE ELABORADO POR DOCENTES E DISCENTES TAMBÉM SERÁ PUBLICADO EM 2019 O processo educacional se dá em várias frentes, entre as quais o incentivo à produção científica, por meio de pesquisa e atividades de extensão. A publicação de conteúdos produzidos no âmbito da academia chancela o reconhecimento técnico e a relevância social dos estudos e agrega valor ao currículo do estudante e à própria trajetória construída pela universidade. Na FASEH, uma iniciativa pioneira levará alunos a apoiar a construção permanente de material didático sobre semiologia laboratorial que busca, a partir de experiências pessoais e do embasamento adquirido no dia a dia, difundir o conhecimento. Além disso, o resultado de um inquérito sobre a saúde no município de Vespasiano, realizado com docentes e discentes da instituição, dará origem a um livro cuja publicação está prevista para o primeiro semestre deste ano. CONSTRUÇÃO COLETIVA Neste ano, a instituição passará a utilizar uma estratégia inovadora, que situará os alunos no centro do processo educacional. Os estudos sobre semiologia laboratorial passarão a ser guiados por uma publicação construída com a participação direta dos estudantes. A ideia é aprimorar o material por meio das experiências pessoais de cada um e agregar novas informações, à medida que os estudos evoluem. Marcos de Bastos, responsável pela disciplina, explica que o formato colaborativo FEVEREIRO | 2019 | #2

já é adotado em grandes instituições de ensino do mundo, como a University of Washington/DC. “A primeira versão do livro já terá a participação de alunos, com conteúdos produzidos nos anos de 2016 e 2017. O acadêmico, ao sentir a necessidade de incluir novos dados, atualizar conceitos ou abordagens, poderá, com o apoio dos monitores, trabalhar na redação de novos textos, que serão avaliados por docentes”, explica o Professor. INQUÉRITO DA SAÚDE Os resultados de um estudo realizado em Vespasiano, com a participação de docentes e acadêmicos e com o apoio da Secretaria de Saúde do município, viraram tema de um livro que será lançado no primeiro semestre deste ano. Denominado Inquérito da Saúde em Vespasiano, o material reúne informações sobre a saúde urbana e pública na cidade. “Em pesquisa com adolescentes e adultos, levantamos temas que envolvem mobilidade, trânsito, uso de álcool e mortes por acidentes. Também analisamos a visão do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre os serviços de atenção primária ofertados em Vespasiano”, explica César Xavier, docente da FASEH. Para o Professor Fernando Proietti, Coordenador do projeto, apesar da queda nos investimentos públicos em pesquisa, a ideia é dar continuidade ao trabalho. “Pesquisa e extensão são as bases de uma boa educação”, lembra.

NA PRÁTICA

População masculina é alvo de ações de saúde em Vespasiano PRECONCEITO, DESINFORMAÇÃO E BAIXA PROCURA POR ATENDIMENTO MÉDICO REFLETEM-SE EM TAXAS DE MORTALIDADE MAIORES ENTRE HOMENS DO QUE ENTRE MULHERES ARQUIVO FASEH

Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade geral no Brasil em indivíduos com idades entre 20 e 59 anos é duas vezes maior na população de homens, se comparada aos números de óbitos de mulheres. Os índices refletem o resultado de hábitos alimentares inadequados, do sedentarismo e da maior frequência de uso de álcool e drogas entre pessoas do gênero masculino. Ainda segundo o órgão, outros fatores importantes são a baixa procura pelos serviços de saúde e maior exposição aos acidentes de trânsito e de trabalho. O público masculino da região de Vespasiano tem sido alvo de diferentes ações, que contam com o apoio de estudantes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Medicina. PRECONCEITO E FALTA DE INFORMAÇÃO Entre as patologias que mais vitimam os homens estão as neoplasias (tumores) – quando há ocorrência de crescimento indevido ou exagerado de tecidos. Na população masculina, depois do câncer de pele, o de próstata é o segundo tipo que mais mata no Brasil. Pelo fato de ele ser uma doença silenciosa, a prevenção pode auxiliar na descoberta precoce e aumentar as chances de cura do paciente. “Ainda há muito preconceito e desinformação, principalmente no que diz respeito ao toque retal, parte do exame de próstata. Há um medo grande de que a sexualidade seja questionada quando há ereção no exame, mas é preciso que eles entendam que a enervação é a mesma e que pode acontecer uma reação natural do corpo”, explica a Coordenadora do Curso de Enfermagem, Rebeca Rosa. As ações, intensificadas no mês de novembro, durante a campanha nacional Novembro

Azul, contam também com a participação de mulheres, que, segundo Rebeca, são essenciais no processo de sensibilização do público masculino.

Pacientes esclarecem dúvidas sobre câncer de próstata

SAÚDE NO TRABALHO Com a baixa adesão de homens aos serviços de saúde oferecidos pelo município, uma estratégia que tem se mostrado efetiva é a ação junto a empresas particulares e a servidores municipais. “O horário de funcionamento das unidades de saúde contribui para que os homens não procurem apoio médico, já que os atendimentos são agendados para o período em que a população está no trabalho. Por isso, demos início às atividades com os trabalhadores de Vespasiano e região”, ressalta a Coordenadora do Curso de Fisioterapia. Temas como hipertensão, obesidade, infecções sexualmente transmissíveis, câncer de próstata e utilização de equipamentos de proteção individual são abordados em palestras, apresentações teatrais e rodas de diálogo. REVISTA FASEH

ACONTECE NA FASEH

Como conhecer e respeitar a si mesmo para entender o outro SEMANA ACADÊMICA INCENTIVA DEBATE SOBRE EMPATIA. PALESTRAS, ATIVIDADES PRÁTICAS E APRESENTAÇÕES CIENTÍFICAS MARCARAM A 14ª EDIÇÃO DO EVENTO Um garoto de dez anos com uma síndrome genética que resultou em uma severa deformidade facial é o tema central de um dos livros mais vendidos no Brasil no último ano. A história, publicada em 2012, ganhou ainda mais repercussão ao ser adaptada para o cinema. Em Extraordinário, Auggie luta pela inclusão e dá um belo exemplo de autoaceitação. A história de superação inspirou a idealização das atividades da 14ª Semana Científica, que registrou recorde de público, com a participação de mais de 500 pessoas nos três dias de atividades. “Quisemos trazer como tema central questões sobre empatia e tolerância. Ao nos aceitarmos e reconhecermos nossas limitações, temos mais facilidade em também aceitar o próximo”, pontua a Coordenadora do evento, a Professora do Curso de Direito Patrícia Gusmão. EMPATIA COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO Com o tema Diversidade, Diferença, Desigualdade e Igualdade, a 14ª edição da Semana Científica contou com diferentes atividades de sensibilização sobre a importância do respeito, tolerância e empatia. Para estimular a curiosidade e fomentar o debate, os espaços foram utilizados para intervenções como a instalação de espelhos distorcidos, fitas e cordas texturizadas. Entre os especialistas convidados estava a representante do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andressa Silva de Mello, que falou sobre inclusão e respeito às diferenças. PRODUÇÃO CIENTÍFICA Os resultados de trabalhos científicos em diferentes áreas do conhecimento também FEVEREIRO | 2019 | #2

puderam ser compartilhados com a comunidade acadêmica e com toda a sociedade do seu entorno. Em apresentações abertas ao público, alunos apresentaram os resultados das pesquisas científicas produzidas por meio das linhas de fomento da FASEH e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG). EXTENSÃO A extensão recebeu especial atenção, na medida em que foram realizados mais de 40 minicursos e atividades práticas e culturais, todas listadas no aplicativo Sympla, e a maioria com participação acessível a qualquer interessado. As mais de 20 Ligas Acadêmicas da Medicina movimentaram os múltiplos espaços da instituição, ao expor suas linhas de atuação por meio de simulações, análises práticas e palestras. “A extensão é uma parte muito importante da formação acadêmica e precisa ser incentivada. A Semana Científica é uma espécie de vitrine para as ligas, que podem apresentar suas atividades, e também para os alunos, que têm a oportunidade de conhecer mais as equipes e os temas estudados por cada grupo”, explica a Professora Patrícia. INTEGRAÇÃO Para a Coordenadora do evento, entre os benefícios da Semana Científica destaca-se a oportunidade de integração entre os estudantes. “Ao conhecer o papel e as ações de cada curso, os alunos passam a se conhecer e a se identificar, respeitando ou eliminando eventuais barreiras”, defende a Professora Patrícia.

ARQUIVO FASEH

A 14a Semana Científica registrou recorde de participação

E, como forma de promover esse intercâmbio entre os cursos de graduação, foi realizada uma atividade conjunta em que alunos de Direito, Enfermagem, Fisioterapia e Medicina atuaram na simulação de Um Dia no Pronto-Atendimento, ação coordenada pela Professora de Medicina Juliana Vieira. Aos alunos da área de saúde coube a realização de procedimentos comuns no dia a dia de uma unidade de saúde. Já os alunos de Direito participaram da solução de litígios

envolvendo a simulação de uma situação de óbito. A estudante de Direito Camila Dias diz que “poder mostrar para os alunos da Medicina como é a atuação de um advogado em uma Unidade de Pronto-Atendimento e poder fazer uma simulação de conciliação entre os envolvidos foi muito bacana. A interdisciplinaridade só tem a acrescentar, tanto para nós, alunos, quanto para a sociedade, que se beneficia da presença de bons profissionais no mercado”. REVISTA FASEH

RONALDO GUIMARÃES

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Excelência reconhecida FASEH ALCANÇA AVALIAÇÃO MÁXIMA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E ENTRA PARA O ROL DAS MELHORES FACULDADES DE MEDICINA DO BRASIL Graças a um projeto inovador, a Faculdade da Saúde e Ecologia Humana foi planejada para alcançar a excelência em ensino, com o propósito de oferecer ao mercado, mais do que especialistas em suas respectivas áreas, cidadãos comprometidos com a transformação social. Em 2018, como resultado do empenho da direção e do esforço permanente de docentes e discentes, a FASEH foi classificada entre as 25 melhores faculdades de Medicina do Brasil, ao alcançar a pontuação máxima em uma avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC). “Os colaboradores, que nos auxiliam na busca do aprimoramento contínuo, foram decisivos para a conquista da nota 5, que é fruto também do engajamento dos alunos. Comprova que estamos no caminho certo”, avalia João Lúcio dos Santos Junior, Diretor Geral. FEVEREIRO | 2019 | #2

ANÁLISE CRITERIOSA Em visita à unidade, avaliadores do MEC conheceram em profundidade a estrutura disponibilizada aos alunos. Além do corpo docente, eles avaliaram a infraestrutura de salas, laboratórios e outros ambientes de aprendizado, além das metodologias de ensino. “Entre os diferenciais da FASEH destaca-se a construção de estratégias fortemente embasadas em responsabilidade social, além da capacidade de preparar estudantes para o exercício da Medicina, baseando-se no respeito ao ser humano e à sociedade, com competência e resolutividade”, diz a Diretora Acadêmica da instituição, Hérica Soraya Albano Teixeira. ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DE PONTA Como resultado dos investimentos em tecnologia, os laboratórios da FASEH dispõem de equipamentos de última geração, que potencializam o processo de aprendizado.

“Entre os diferenciais da FASEH destaca-se a construção de estratégias fortemente embasadas em responsabilidade social, além da capacidade de preparar estudantes para o exercício da Medicina, baseando-se no respeito ao ser humano e à sociedade, com competência e resolutividade”

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Alunos e corpo docente comemoraram a conquista

HÉRICA SORAYA DIRETORA ACADÊMICA DA FASEH REVISTA FASEH

ARQUIVO FASEH

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Metodologias modernas aliam teoria e prática

Recentemente, um modelo sintético de corpo humano foi adquirido, e a FASEH se tornou a primeira instituição de ensino em Minas e terceira do país a contar com o recurso (saiba mais na página 6). A estrutura inclui ainda mesas anatômicas tridimensionais, peças macroscópicas de patologia, que reproduzem diversos órgãos do corpo humano, manequins, além de ferramentas multimídia e de uma equipe de apoio técnico à disposição dos alunos. Para Ana Paula Silveira, aluna do segundo período do Curso de Medicina, os esforços em favor da modernização dos espaços de ensino e da melhoria da infraestrutura são evidentes. “É importante saber que nós, em início de nossa jornada, teremos à disposição todos esses recursos que possibilitaram nota máxima do MEC. Será um diferencial em nossa carreira acadêmica e profissional”, comenta. COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO Mais do que profissionais de referência, a FASEH buscou, desde a sua criação, selecionar docentes que compartilhassem valores alinhados ao projeto educacional da instituição. A elevada qualidade técnica, aliada ao compromisso com a excelência, fez com que o corpo docente da faculdade merecesse a pontuação máxima do MEC. E, para garantir o desenvolvimento constante dos educadores e estimular a formação continuada dos alunos, a universidade conta com um moderno centro de soluções, customizado a partir das demandas do corpo técnico. FEVEREIRO | 2019 | #2

“Considero a capacidade de mudar e adaptar-se uma qualidade fundamental e presente na instituição. Não há planejamento e estratégias que resistam à inflexibilidade. A FASEH, nesses últimos dois anos, firmou-se no propósito da mudança, da adaptação, da inovação”, destaca a Coordenadora do Curso de Medicina, Tatiane Miranda. ESTÍMULO AO EMPODERAMENTO E À CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PROCESSO DE ENSINO Outro fator decisivo para a avaliação positiva do MEC é a metodologia de ensino adotada, que estimula o empoderamento do aluno, de modo que ele se reconheça como agente ativo e estratégico no processo de aprendizado. Para isso, espaços físicos foram adequados para dar lugar a salas de metodologia ativa, que favorecem o diálogo e a participação. O estudante é motivado a inovar, a gerir o próprio tempo e os recursos disponíveis, e a evoluir, a partir de avaliações periódicas. “Ao nos prepararmos para receber a equipe de avaliadores, constatei que ainda precisávamos de publicações para atingir a nota 5 nesse quesito. Os alunos se empenharam e, com a supervisão dos professores, conseguimos ultrapassar o número de publicações necessárias. É a prova de que construímos coletivamente e, juntos, somamos sonhos e ideais e nos tornamos agentes transformadores da realidade”, lembra Tatiane, ao destacar a importância do engajamento do corpo discente também na avaliação do MEC.

ENTENDA A AVALIAÇÃO_ Três dimensões são observadas, cada uma com indicadores diversos

DIMENSÃO ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Engloba indicadores como objetivos do curso, estrutura curricular, conteúdos curriculares, metodologia, estágio curricular supervisionado, apoio ao discente, atividades de apoio extraclasse, entre outras.

DIMENSÃO CORPO DOCENTE E TUTORIAL

Equipe multidisciplinar, experiência profissional do docente, atuação do coordenador, produção científica, cultural, artística ou tecnológica estão entre os indicadores avaliados nessa dimensão.

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

ÕES

ILU

AÇ STR

EPI

FRE

Avalia os espaços disponibilizados para os professores, salas de aula, acesso dos alunos a equipamentos de informática, laboratórios, entre outros. REVISTA FASEH

PÓS-GRADUAÇÃO

FASEH traz especialização para cirurgião-dentista CURSO CAPACITARÁ PROFISSIONAIS PARA REABILITAÇÃO CIRÚRGICA DE ALTA COMPLEXIDADE Já reconhecida pela excelência no ensino superior, a FASEH se tornará a primeira instituição em Minas a oferecer o Curso de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) integrado a Medicina, com aulas a partir de 6 de fevereiro. Além dela, outras quatro novas especializações em Odontologia estão disponíveis, com início em 18 de março: Implantodontia, Ortodontia, Dor Orofacial e Periodontia. Dessa forma, o setor de pósgraduação da FASEH passa a contar com 12 opções de cursos nas áreas de Enfermagem, Medicina e Odontologia. NOVAS POSSIBILIDADES A pós-graduação em CTBMF, cujo período de duração será de no mínimo três anos e seguirá o modelo das residências médicas, vai dispor de uma estrutura tecnológica avançada em sala de aula, nos laboratórios, na Clínica Escola e em hospitais parceiros, além do apoio de profissionais de renome no mercado. “Desenvolvemos um projeto educacional que tem como referência o ensino voltado para a prática multidisciplinar, integrando Odontologia, Medicina, além de áreas básicas comuns na saúde”, explica o Professor Frederico Araújo, Coordenador Geral de Pós-graduação da FASEH e fundador do novo curso. Os alunos selecionados serão capacitados para o diagnóstico e tratamento cirúrgico de doenças que envolvem o esqueleto da face, podendo atuar em ambientes hospitalares ou ambulatórios. Os cirurgiões poderão se dedicar ao tratamento de patologias bucais e cirurgia oral maior ou menor, além de outros procedimentos corretivos. “O propósito da pósgraduação é ofertar cursos de excelência que também deem ao aluno uma visão do mercado. Investimos muito para efetivamente formar profissionais diferenciados”, enfatiza Frederico. FEVEREIRO | 2019 | #2

PRIMEIRA TURMA DE PÓS-GRADUAÇÃO SE FORMA A formatura da primeira turma de pós-graduação em Endoscopia Digestiva também marcou o fortalecimento da instituição de ensino no mercado de especializações e abriu portas para que outros cursos fossem ofertados. As atividades foram encerradas com a apresentação de trabalhos acadêmicos no Gastrocentro de Contagem, em outubro. O Coordenador e idealizador do projeto, Alexandre Pimenta, resume: “Unimos forças para a concretização desse trabalho de quase quatro anos, que contou com o apoio de professores e autoridades no assunto”.

CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO OFERECIDOS PELA FASEH ENFERMAGEM • Gestão em Endoscopia para Enfermeiros

MEDICINA • Dermatologia Clínica • Dermatologia Clínica e Cirúrgica • Endocrinologia

• Endocrinologia e Metabologia • Endoscopia • Gastroenterologia

ODONTOLOGIA • Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial • Estomatologia • Implantodontia

• Ortodontia • Dor Orofacial • Periodontia

COMUNIDADE

Lagoa Santa contará com apoio de alunos de Medicina e Direito LOCALIZADAS NA REGIÃO CENTRAL DO MUNICÍPIO, UNIDADES DA FASEH OFERTARÃO ATENDIMENTO MÉDICO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA EM PROCEDIMENTOS PRÉ-PROCESSUAIS A população de Lagoa Santa, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, situado na área de abrangência da FASEH, contará, a partir deste ano, com um importante reforço em serviços de saúde e solução de demandas jurídicas. Com instalações modernas, situadas em um local de fácil acesso à comunidade, as unidades da Clínica Escola do Curso de Medicina e do Núcleo de Práticas Jurídicas do Curso de Direito oferecerão, respectivamente, assistência e consultas eletivas a pacientes e apoio na resolução de conflitos no âmbito pré-processual. Hoje, o Bacharel em Direito que tem aceitação no mercado profissional, seja ele público ou privado, é o que demonstra de forma coesa habilidades de conciliação, mediação e negociação. Nesse sentido, a FASEH, atenta às transformações, introduziu modalidades de práticas jurídicas que buscam desjudicializar os conflitos com o auxílio e a orientação de um profissional do Direito, capacitando seus alunos a elaborar estratégias sólidas e eficientes na solução das questões que lhes são apresentadas. Por meio de convênio em fase de conclusão com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a FASEH sediará o posto de procedimentos pré-processuais da Comarca de Lagoa Santa. CLÍNICA ESCOLA Na unidade da Clínica Escola serão ofertados atendimentos nas áreas de clínica médica, pediatria e ginecológica de forma gratuita. O trabalho será desenvolvido por estudantes, com a supervisão direta de professores. A clínica contará com 18 salas e, além de beneficiar a comunidade, também auxiliará no desenvolvimento acadêmico dos alunos, que poderão aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula, beneficiando diretamente a comunidade da região de Vespasiano.

Professores e alunos prestarão atendimento médico gratuito

NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS (NPJ) Cerca de 20 alunos do 5º ao 10º período do Curso de Direito apoiarão a realização de atividades não contenciosas no município, por meio da mediação de conflitos e incentivo à conciliação. O NPJ contará com espaços para realização de audiências, uma sala de aula e uma secretaria com gabinete para Magistrado, em que serão realizadas atividades de apoio ao Fórum de Lagoa Santa, fruto de um convênio em fase de conclusão com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A expectativa é que, semanalmente, cerca de 10 novos casos sejam acompanhados pela equipe, o que, segundo a Coordenadora do Curso de Direito, Professora Patrícia Gusmão, representa um grande avanço. “Hoje, tudo o que o Poder Judiciário não quer é que um conflito vire ação judicial, já que existe um passivo grande de casos que ainda precisam ser julgados e poderiam ter sido resolvidos por meios alternativos à via judicial, como a conciliação e a mediação”, diz. A Coordenadora informa que o Conselho Nacional de Justiça editou uma resolução que autoriza os tribunais de Justiça a celebrar parcerias com faculdades para criação de polos de procedimentos pré-processuais. “Em divórcios, por exemplo, se o processo é conduzido por ação judicial, o período de conclusão do caso é de, pelo menos, um ano. Já no âmbito pré-processual, não leva mais do que 15 dias”, enfatiza. REVISTA FASEH

DROPS

FOTOS: ARQUIVO FASEH

Saúde mental A responsabilidade de cuidar de vidas e a exigência de dedicação integral são alguns dos fatores que têm acentuado casos de ansiedade e estresse entre estudantes de Medicina. O cenário, comum em diferentes instituições de ensino do Estado, chamou a atenção do Conselho Regional de Medicina (CRM), que, em parceria com a FASEH, a UFMG, a PUC Minas, a Faculdade Ciências Médicas e a UNI-BH, coordenou grupos de discussão que culminaram na realização de um fórum sobre saúde mental. A FASEH compartilhou os resultados

de iniciativas como o programa Mentoring e o Núcleo Permanente de Apoio Psicopedagógico (NPAP) da faculdade e mediou o debate entre alunos e docentes durante o encontro.

Desenvolvimento contínuo O Curso de Medicina conta com mais uma ferramenta para aprimoramento contínuo do ensino e da formação de discentes. Os alunos serão submetidos, semestralmente, a um exame denominado Teste do Progresso. Cerca de 70% dos estudantes do curso foram avaliados em 2018, em caráter experimental. O objetivo é fazer um diagnóstico do conhecimento, para avaliação de planos de ensino e promoção de melhorias. Os índices auxiliarão os docentes a identificar dificuldades entre os estudantes e traçar estratégias individuais de apoio pedagógico.

Youtuber Maíra Lemos na FASEH

Veja a reportagem FEVEREIRO | 2019 | #2

O Laboratório Morfofuncional da FASEH foi cenário das gravações de uma reportagem especial sobre Medicina Legal para o canal da jornalista e youtuber Maíra Lemos. O episódio contou com a participação do Professor de Anatomia Márcio Alberto Cardoso, referência nessa área no Estado de Minas Gerais. Maíra conta que o interesse no assunto veio de casa. “Quando conto que minha irmã é legista, as pessoas assustam um pouco e logo perguntam: ‘Oh! Mas o que ela faz?’. Por isso achei um tema legal de trazer ao canal, já que estamos explorando diversos assuntos”, explica.

Como se destacar no mercado Alunos do Curso de Engenharia Civil participaram, no mês de novembro, de uma palestra sobre o cenário atual e mercado de trabalho para profissionais da área. O Engenheiro Ambiental, Civil e Especialista em Georreferenciamento Alírio Ferreira Mendes Júnior, que atua como Assessor da Diretoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MG), Tesoureiro do Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais e Presidente da Associação de Engenheiros Ambientais de Minas Gerais, falou aos estudantes sobre as oportunidades da área. Alírio também compartilhou dicas sobre como se destacar no mercado e ter diferenciais no currículo, além da importância de se desenvolver uma visão empreendedora e fortalecer a representatividade política e a participação no conselho profissional.

10 anos de Internacionalização A fim de fomentar a pesquisa, impulsionar o intercâmbio com instituições de ponta e ter acesso a experiências exitosas no campo do ensino, a FASEH iniciou, há 10 anos, o Projeto de Internacionalização – uma parceria importante com universidades norte-americanas, mediada por José Antônio Ferreira, que coordena o Núcleo de Internacionalização. A iniciativa colocou a Faculdade da Saúde e Ecologia Humana no mapa de pesquisas importantes na área da saúde e trouxe a oportunidade de um intercâmbio de estágios entre estudantes e profissionais com duas das maiores universidades do mundo: a Emory University e a Stanford University. Em março, atividades especiais marcarão os 10 anos do projeto. Aguarde!

Tecnologia na saúde Os benefícios da tecnologia aplicada à saúde são inúmeros e vão desde o desenvolvimento de próteses em impressoras 3D até a utilização de modernos instrumentos de gestão. O objetivo é facilitar procedimentos e otimizar resultados, seja por meio do uso de tecnologia de ponta ou de soluções alternativas. Na era digital, é preciso estar atento às tendências e identificar como a tecnologia pode auxiliar na melhoria da qualidade de vida da população. Pensando nisso, foi lançado o aplicativo MED YES, que permitirá o acesso ao prontuário online de pacientes do setor de Enfermagem da Clínica Escola da instituição. “Essa ferramenta vai auxiliar o paciente na identificação e tratamento de doenças de maneira mais eficaz, mesmo fora das fronteiras da FASEH. Com o prontuário em mãos, o profissional da saúde tem acesso ao histórico do paciente e, com isso, pode propor tratamentos mais assertivos e diagnosticar doenças com mais agilidade”, destaca Valéria Prata, Coordenadora do Curso de Fisioterapia. REVISTA FASEH

SAÚDE

Ligas aprofundam debates sobre áreas do saber MAIS DE 20 GRUPOS DE ALUNOS DOS CURSOS DA ÁREA DE SAÚDE SE DEDICAM AO DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS E ATIVIDADES, ORIENTADAS POR DOCENTES DA INSTITUIÇÃO Na trajetória estudantil, é comum que áreas específicas do conhecimento despertem mais o interesse do aluno. É no ambiente acadêmico que as aptidões são identificadas e as habilidades são desenvolvidas. Entretanto, grades curriculares robustas e cargas horárias extensas, muitas vezes, não permitem esgotar determinado assunto. Nesse contexto, as ligas acadêmicas – grupos formados por alunos da graduação, criados com o objetivo de estimular o desenvolvimento de estudos, atividades e pesquisas que levem em conta preocupações específicas da comunidade estudantil – são uma alternativa para quem busca aprofundamento teórico-prático, quer ampliar as discussões acerca de casos clínicos e prestar serviços comunitários. A primeira liga da FASEH foi criada em 2005, com estudos voltados à saúde da família. Atualmente, 25 grupos já se dedicam a diferentes temas. AS LIGAS Coordenados por docentes, os grupos de estudo possuem estatutos próprios, que estabelecem critérios para seleção de membros e condução das ações, além de período para a realização das atividades. Os estudantes podem participar como ouvintes ou organizadores e são certificados pela participação. VANTAGENS A participação nas ligas, como explica o Coordenador das Ligas Acadêmicas da FASEH, Professor Gustavo Nunes Tasca Ferreira, é avaliada como um diferencial curricular e soma pontos em processos seletivos de concursos, como o da residência médica. Porém, as vantagens vão além. “As atividades proporcionam uma FEVEREIRO | 2019 | #2

convivência social com a comunidade, que é de extrema importância, favorecendo vivências que não seriam possíveis apenas com a participação em aulas. Outro ponto positivo é a possibilidade de fortalecer a rede de contatos do aluno. Os seminários e atividades realizados fora da universidade aproximam os estudantes de profissionais de referência ligados a outras instituições, o que pode resultar em convites para iniciação científica, monitoria e até acompanhamento mais aprofundado de casos clínicos”, enfatiza Gustavo. EXPERIÊNCIA ÚNICA “As ligas acadêmicas são essenciais para a formação profissional e individual do aluno”, avalia a estudante do Curso de Medicina, Presidente da Liga de Saúde da Família (LASF) e Vice-presidente da Liga de Oftalmologia (LAOF), Débora Tolentino, que também se divide entre as atividades das ligas de Cardiologia (LACAF) e de Medicina Legal (LAML), como membro ouvinte. A aluna conta que a atuação junto aos grupos de estudo viabilizou experiências importantes, como a organização de congressos, participação em atividades com a comunidade e atuação junto a instituições e profissionais de destaque no cenário da saúde. “Tudo isso faz com que o estudante ganhe mais autonomia e segurança na prática clínica, além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, como liderança”, diz Débora. MÉDICO COMO GESTOR Cientes da importância do papel do médico como gestor de recursos, tempo e equipes, alunos da FASEH fundaram, há um ano, a Liga Acadêmica

FOTOS: ARQUIVO FASEH

Grupos aprofundam estudos em diferentes áreas do conhecimento

de Gestão e Empreendedorismo. “Percebemos que hoje o aluno sai sabendo muito sobre Medicina, mas pouco sobre gestão. E um desejo nosso e da equipe de docentes é que o profissional formado aqui aprenda também sobre empreendedorismo, comunicação e liderança, para ter maiores chances de ser bem-sucedido na profissão. Essa experiência nos abre portas no mercado de trabalho”, pontua Alef César, aluno do 6º período de Medicina e Presidente

da liga. Alef lembra também os conhecimentos adquiridos durante a participação na Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade. “Aprendemos, na prática, o que é empatia e a ter consciência de que, além do uso de medicação e do conhecimento médico, temos também outros aliados no tratamento, como o respeito às crenças, por exemplo. Isso faz com que o paciente fique mais aberto, e, com isso, a chance de sucesso é maior”, completa. REVISTA FASEH

EXTENSÃO

Educação que transforma PARCERIA COM A SECRETARIA DE SAÚDE DE VESPASIANO BUSCA IDENTIFICAR PONTOS DE FRAGILIDADE E PROPOR AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E BEM-ESTAR Além de se dedicarem à formação de profissionais preparados para os desafios do mercado de trabalho, as instituições de ensino precisam atuar como ferramenta de transformação da realidade social, econômica e cultural do ambiente em que se situam. Por cumprir papel estratégico na comunidade de Vespasiano e região, a FASEH trabalha em parceria com a Secretaria de Saúde do município em ações de promoção da saúde e do bem-estar da população, por meio do programa de extensão FASEH Saúde. FASEH SAÚDE Criado em 2017, o projeto integra acadêmicos e professores dos cursos de Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, que prestam apoio multidisciplinar a diferentes instituições públicas e filantrópicas do município de Vespasiano. “A ideia é identificar as demandas de cada local e, a partir daí, propor ações direcionadas, que reflitam as reais necessidades daquele grupo de assistidos”, explica o Professor do Curso de Medicina e um dos coordenadores do programa, Aristides José Vieira Carvalho. FRENTES DE ATUAÇÃO A primeira ação vinculada ao projeto contemplou idosos de uma instituição de longa permanência, próxima da universidade. Para promoção da socialização e bem-estar dos idosos, foram promovidos jogos de memória, atividades lúdicas e momentos de descontração. Também foram realizados trabalhos visando à melhoria da autoestima, como corte de barba, cabelo e pintura de unhas. Nas escolas municipais, professores e alunos trabalharam temas como sexualidade, DSTs, higiene pessoal, violência, malefícios do consumo de drogas e importância das atividades físicas para a melhoria da qualidade de vida. Já os trabalhadores do Serviço de Limpeza Urbana participaram de rodas de debate sobre temas como alcoolismo, doenças sexualmente transmissíveis e violência, além de participarem de palestras sobre a importância FEVEREIRO | 2019 | #2

Aluna da FASEH em atividade lúdica sobre dengue

da utilização de equipamentos de proteção individual. A expectativa é que neste ano possam ser realizados trabalhos junto aos detentos do Presídio de Vespasiano e do Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade. RESULTADOS ALCANÇADOS Para a Professora do Curso de Enfermagem Alessandra Palhoni, “a integração do ensino com a comunidade favorece a promoção de mudanças, na medida em que fortalece o diálogo e o planejamento de ações conjuntas de melhorias na saúde”. Aluna do 7º período do Curso de Fisioterapia, Daienny Ferreira dos Reis comenta que a experiência junto aos idosos fez com que ela enxergasse a importância de se aproximar desse público. “Além de todo o benefício social e pessoal, também pude identificar as principais demandas e necessidades dos idosos no que diz respeito à Fisioterapia, e isso foi muito importante para a minha formação”, completa Daienny. “Não quantificamos o impacto dos trabalhos realizados pelo FASEH Saúde. O projeto é ainda incipiente e está crescendo e se fortalecendo aos poucos. Entretanto, o retorno dos alunos é o mais positivo possível. Eles relatam que se sentem mais humanos e mais sensíveis às necessidades do próximo depois das experiências vivenciadas”, pontua Aristides.

MERCADO

Estágios e atividades práticas facilitam inserção no mercado O aumento da oferta de cursos de graduação, em diferentes modalidades de ensino, aliado à retração do mercado, que leva a uma diminuição da oferta de postos de trabalho, faz com que acadêmicos invistam em diferenciais, como estratégia de fortalecimento do currículo e aumento das chances de colocação. Alunos do Curso de Enfermagem comprovaram a importância das experiências práticas, adquiridas em estágios e projetos de extensão, que possibilitam antecipar, ainda durante a graduação, diversas situações da vida profissional, além de ampliar a rede de contatos. “Recebemos com imensa alegria a notícia de que três dos nossos alunos foram selecionados em processos seletivos de importantes instituições, antes mesmo de concluírem o curso. As oportunidades foram resultado do seu bom desempenho no período de estágio, quando tiveram a chance de aprimorar habilidades e mostrar o seu trabalho”, comemora a Coordenadora do Curso de Enfermagem, Rebeca Rosa. A notícia da aprovação no processo seletivo no Hospital da Baleia, um dos mais importantes do Estado, chegou minutos antes da apresentação do trabalho de conclusão de curso de Mauro Lúcio. O ex-acadêmico da FASEH atuou no setor de oncologia do hospital e acredita que o tratamento dado aos pacientes e o compromisso no desempenho de suas funções contribuíram para sua contratação. “Durante o curso, pude compartilhar meus conhecimentos como monitor na faculdade e também como colaborador de uma escola técnica. A experiência que adquiri com as atividades práticas e a convivência com professores de excelência fizeram com que eu tivesse mais segurança em minhas condutas”, destaca Mauro, que compartilha a conquista com a colega

ARQUIVO PESSOAL

ALUNOS DO CURSO DE ENFERMAGEM COMEMORAM OFERTAS DE EMPREGO ANTES MESMO DA CONCLUSÃO DA GRADUAÇÃO E COMPROVAM QUALIDADE NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Mauro Lúcio, exaluno do curso de Enfermagem, junto com equipe do Hospital da Baleia

Cláudia Pereira, que também foi selecionada para uma vaga no Hospital da Baleia. Outra aluna a garantir espaço no mercado de trabalho foi Luciene Mendonça, que a partir deste ano passa a atuar como professora de uma escola técnica do município de Vespasiano. “Aqui existe a preocupação e o compromisso de formar profissionais preparados para o mercado. Esse é o nosso diferencial”, completa Mauro. INVISTA EM CONHECIMENTO A Coordenadora do curso observa que, apesar de o tempo médio para colocação no mercado ser de até um ano, os alunos têm obtido sucesso na busca por vagas de emprego. Rebeca ainda ressalta que uma boa estratégia para fortalecer o currículo e potencializar as chances de inserção na área é investir em cursos de especialização. “Outros pontos são se mostrar proativo e desenvolver habilidades relacionadas à gestão, que são muito valorizadas pelos empregadores”, completa. REVISTA FASEH

E N T R E V I S TA

Uma vida dedicada ao saber me entusiasmasse e gostasse do projeto, viria. Foi há mais de 20 anos! Vim acompanhado do Professor Gualter Funk de Queiroz. O prédio estava finalizado por fora, mas faltava ainda muita coisa. Quando estramos e abrimos a porta, nos deparamos com uma coruja, que voou e nos assustou. Logo comentamos: “É um sinal de sorte”. Depois disso, ainda encontramos um esqueleto de gato e fomos atacados por pulgas, mas o espaço físico nos agradou muito, e concordei em participar da empreitada.

No ano em que completa 15 anos, o Curso de Medicina se despede de um de seus educadores mais antigos. José Carlos Nogueira, com mais de 50 anos de docência, encerra suas atividades na FASEH após a instituição ter sua excelência reconhecida junto ao MEC. Confira os principais trechos da entrevista, em que Nogueira relembra sua trajetória na instituição. COMO SURGIU O CONVITE PARA FAZER PARTE DA EQUIPE DE DOCENTES DA FASEH? Estava em meu laboratório em uma tarde, quando recebi o convite de um dos fundadores, o Professor Assuero Rodrigues da Silva. Ele me contou do sonho que tinha de fundar uma instituição de ensino aqui, em Vespasiano, e perguntou se poderia contar com a minha colaboração. A indicação surgiu do Professor Jonas Carlos Campos, que, assim como eu, ainda leciona aqui. Marcamos uma visita ao local onde hoje funciona a universidade, e prometi a ele que, se eu FEVEREIRO | 2019 | #2

E APÓS ESSE PRIMEIRO CONTATO? Depois de muita conversa e inúmeras reuniões, cerca de um ano depois, começamos as atividades. Eu trouxe comigo o meu companheiro de caminhada acadêmica, o Gualter, e iniciamos com o Curso de Fisioterapia. Quatro turmas depois, migrei para o Curso de Enfermagem e, depois de mais alguns semestres, passei a lecionar para os alunos da Medicina, onde hoje encerro minha carreira como professor. De lá para cá, ajudei a formar 30 turmas de Medicina, em mais de 15 anos de atuação. Desde o início ensinei histologia, em diferentes níveis, mas sempre nessa área. COMO COMEÇOU SUA CARREIRA COMO EDUCADOR? Eu me formei em 1962, em Medicina Veterinária, e foi no período da graduação, por incentivo de um professor, que me apaixonei por histologia e tive a oportunidade de ser monitor de embriologia, anatomia e histologia na UFMG. Esse professor, que era catedrático nas faculdades de Veterinária e Medicina, me disse: “Temos uma vaga, e quero que você trabalhe comigo nas duas faculdades”. Então, comecei minha carreira como professor na UFMG em 1963 e só parei em 1992, quando me aposentei. QUAL A SENSAÇÃO AO SE DESPEDIR DAS ATIVIDADES COMO PROFESSOR? Eu sinto que cumpri o meu papel em sala de aula. Agora preciso curtir minha família, visitar meu filho que mora fora do país. Não posso mais me dedicar

Alunos e colaboradores se despedem de José Carlos

tanto a essa parte burocrática do ensino. Mas não vou ficar longe do ambiente acadêmico. Vou trabalhar com pesquisa, em apoio a alunos de cursos de mestrado e doutorado, e também pretendo acompanhar a formação de residentes. QUAIS AS RECORDAÇÕES MAIS MARCANTES? Lembro-me com muito carinho do começo de tudo, em que, mesmo diante das dificuldades, avançávamos e nos superávamos diariamente. Participei, como representante do Conselho Superior, da seleção dos primeiros professores. Tentamos aliar a tradição e o conhecimento adquirido na UFMG e trazer nossa experiência para a FASEH. Incentivei a criação da monitoria e já tive mais de 60 alunos que atuaram como monitores, sob minha supervisão. COMO É A RELAÇÃO COM OS ALUNOS EM SALA DE AULA? Eu gosto de trabalhar com jovens, porque eles sonham alto. É bom saber que pude ajudar a realizar sonhos. A gente se apega a eles. Eu sou um educador por vocação, gosto do que faço. Apesar de ser exigente em sala de aula, a gente cria um afeto muito grande pelos alunos. Sempre busquei ouvi-los e favorecer essa troca, que é importante no ambiente acadêmico. E NO MERCADO DE TRABALHO? Com mais de 50 anos de sala de aula, encontro alunos em todos os lugares a que vou. Estão sempre nas melhores residências. Já tive alunos que hoje são

colegas de trabalho. Tem também aqueles que são filhos de ex-alunos. Ou seja, são gerações diferentes com as quais pude contribuir para o crescimento profissional. COMO RECEBEU A NOTA 5 DO MEC? A notícia da avaliação do MEC veio em um momento muito importante para mim. Considero uma missão cumprida. Em todo o período em que estive aqui, procurei contribuir e desempenhar um trabalho diferenciado e de excelência. Sinto que a FASEH está no caminho certo. Aliás, ela já começou no caminho certo, mesmo diante de erros e acertos, comuns a toda trajetória institucional. REVISTA FASEH

PUBLICAÇÕES

Produção científica é diferencial na trajetória acadêmica CADERNOS TÉCNICOS DE SAÚDE DA FASEH SÃO OPORTUNIDADE PARA OBTER RECONHECIMENTO POR MEIO DA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS E TRABALHOS CIENTÍFICOS

O estímulo à produção científica, fortalecido pela criação de novas universidades públicas e particulares, pelo aumento da oferta de cursos de especialização e do número de instituições científicas, contribui para que o Brasil ocupe a 13ª posição na produção científica mundial, segundo dados da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Somados, esses itens têm resultado na democratização do conhecimento e trazido melhorias significativas para a população. Pesquisas na área da saúde têm contribuído para a criação e reformatação de políticas públicas, cujos reflexos podem ser sentidos no aumento da expectativa de vida e no sucesso de ações de enfrentamento de epidemias emergentes. Na instituição, trabalhos científicos considerados relevantes são reconhecidos e divulgados em uma publicação própria que chega à sexta edição: os Cadernos Técnicos de Saúde da FASEH. “A publicação desses trabalhos marca o reconhecimento da qualidade e relevância dos estudos para a comunidade acadêmica e fortalece o currículo do autor. Não é toda instituição que tem um canal como esse, e isso faz de nós privilegiados”, explica o Professor Edson Nascimento Campos, um dos responsáveis pela edição do caderno técnico. FEVEREIRO | 2019 | #2

A PUBLICAÇÃO Os Cadernos Técnicos de Saúde da FASEH, lançados semestralmente, reúnem trabalhos de discentes, docentes e profissionais de diferentes áreas do conhecimento, cujos temas dialogam com o saber científico da saúde. “Não nos limitamos aos trabalhos desenvolvidos na área da Medicina, Enfermagem ou Fisioterapia. Buscamos também visões multidisciplinares acerca da saúde”, destaca Edson. A publicação dá espaço a discussões oriundas de congressos, seminários, cursos e palestras, além da divulgação de trabalhos de conclusão de curso e atividades de extensão – seja por profissionais da área ou acadêmicos a caminho da profissionalização. Os materiais enviados aos editores do periódico são submetidos a análise e readequados ao formato exigido por publicações científicas. Depois disso, chegam aos leitores. RECONHECIMENTO Alunos do 10º período do Curso de Medicina, Yan Raposo e Kenned Oliveira tiveram seu primeiro trabalho científico divulgado na terceira edição do caderno. “O artigo, sobre antroposofia, foi resultado de um estudo desenvolvido em sala de aula. O trabalho não teve tanta repercussão inicialmente, talvez pelo fato de se tratar de uma área da Medicina ainda pouco difundida. O reconhecimento veio depois que decidimos submetê-lo a análise e publicamos o artigo”, lembra Kenned. Yan Raposo, por sua vez, comemora a publicação de dois artigos e aguarda o resultado de outros dois trabalhos enviados aos editores da publicação. Para ele, os benefícios vão além do incremento do currículo. “É uma oportunidade que o acadêmico interessado em pesquisa tem para desenvolver suas habilidades. O apoio de um corpo docente experiente e aberto ao diálogo foi essencial, e tudo o que aprendi será um diferencial na minha formação”, avalia.

REVISTA FASEH

MEDICINA FASEH. NOTA 5 NO MEC. NASCE UMA NOVA TRADIÇÃO.

@fasehoficial @fasehoficial FEVEREIRO | 2019 | #2

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