Biblia Livro de Ester

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A n o taçõ es

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Esboços

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R e f e r ê n c ia s

Digitalizado por: Pregador Jovem ALMEIDA REVISTA E CO RR IGID A


O LIVRO DE

A rainha jud ia da Pérsia — Plano para exterm inar os judeus A grande libertação — A festa de Purim

SUMÁRIO D ata e local: Os registros dos eventos de Ester foram, sem dúvida, obtidos das crônicas dos reis da Média e Pérsia (2.21-23; 6.1-3; 10.21); e a compilação dos fatos em forma de livro foi talvez feita em Susã, o palácio, a antiga capital da Pérsia (Ne 1.1; Et 1.1,2), cerca de 516-506 a.C. A utor: Esdras, o escriba. Prova de auto ria: A tradição judaica atribui o livro a Esdras. Agostinho também o atribui a ele. O Talmude o atribui à Grande Sinagoga, que, com Esdras (como seu fundador e presidente), completou o Cânon judaico das Escrituras. Não há outro autor semelhante que, tendo vivido após esses eventos, poderia ter escrito o livro, de maneira que Esdras parece ser o mais provável. Tema: O grande livramento da exterminação dos judeus durante o tempo do cativeiro na Babilônia. O bjetivo: M ostrar por quem e como o grande livramento dos judeus em todas as terras foi obtido; registrar a instituição da festa do Purim; e revelar o cenário histórico que cerca o libertador dos judeus do cativeiro: Ciro, o filho de Ester e Dario, o medo. Estatísticas: 17° livro da Bíblia; 10 capítulos; 167 versículos; 11 ordens; 21 perguntas; 1 profecia (6.13); nenhuma promessa; e nenhuma mensagem específica de Deus. I. A história de Vasti 1. A m ais lo n g a d em o n stra çã o d e riq u ez a s já registra d a : 180 dias E SUCEDEU, nos dias de “Assuero (este é '’aquele Assuero que reinou, desde a índia até à Etiópia, so b re 'cento e vinte e sete províncias); 2 naqueles dias, “assentando-se o rei Assuero sobre o tro­ no do seu reino, que está na fortaleza de ^Susã, 3no “terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da ^Pérsia e Média

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1.1 a Veja A ssu e ro , p. 811. 1.1b Este, implicando que outros também eram chamados Assuero, dos quais ele se distinguia pelo fato de governar 127 províncias e ter se tornado famoso. 1.1c Veja 120 p ríncip es, p. 81 1. 1.2a Naoueles dias - os dias em que esses eventos se sucederam e quando ele habitava em Susã. Em outros tempos, habitou em Ecbatana ou qualquer outro lugar. O v. 1 menciona 0 governante, 0 v. 2 ,0 lugar, e 0 v. 3, a época. 1.2b Su sã -e n co n tra d a 21 vezes (1.2-9.18; Ne 1.1; Dn 8.2). Chamada Susa, estava localizada próxima ao rio Shapur, a leste do golfo Persa. 1.3a 0 terceiro ano do reinado de Astiages deve ter ocorrido 32 anos antes do decreto de Ciro para restaurar Jerusalém e 0 templo (Ed 1.1-4). Se Mardoqueu foi para 0 cativeiro quando jovem, e se Ester nascera no cativeiro e era agora uma virgem com idade suficiente para tornar-se esposa do rei, então Mardoqueu

e os maiores senhores das províncias esta v a m perante ele), 4 para “mostrar as riquezas da glória do seu reino e o es­ plendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a sa b er; cento e oitenta dias. 2. A g r a n d e fe s t a p a ra 0 p o v o 5 E, acabados aqueles dias, fez o rei u m convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, “no pátio do jardim do pa­ lácio real.

deveria ter por volta de 48 a 58 anos de idade quando Ester se casou com Astiages (Dario I, 0 medo). Neste caso, ele era 0 Mardoqueu de Esdras 2, que voltou para Judá do cativeiro, e tinha 80 a 92 anos de idade quando os exilados retornaram sob liderança de Esdras. 1,3b A Pérsia é sempre colocada antes da M ái dia no livro de Ester, exceto em 10.2. Em Da­ niel, isto é revertido. Astiages é chamado Dario, 0 medo, em Daniel; Ciro, seu filho, é chamado Ciro, 0 persa, na história, por ter sido educado na Pérsia e pelo fato de 0 poder da Pérsia ser mais forte no duplo reino naquela época. 1.4a Essa foi a razão para a grande festa - mos­ trar as riquezas do seu reino e a grande glória e honra de Astiages. A festa durou 180 dias. Foi a mais longa já registrada (v. 4). Isso, talvez, para permitir que todas as pessoas convidadas che­ gassem em seus turnos. Evidentemente, não significa que todas elas festejaram os 180 dias. No final deste período, uma festa grande e espe­

cial, durando sete dias, foi realizada para todas as pessoas (v. 5). 1.5a O pátio de uma casa oriental era um espa­ ço aberto ao redor do qual casa era edificada. O lado externo da construção dificilmente mostra­ va alguma coisa além de muros brancos, sendo a parte interna completamente oculta ao olhar público. Casas comuns tinham apenas um pátio, mas as de classes superiores tinham dois ou três, e algumas das casas melhores tinham até sete pátios. Os palácios dos reis tinham vários pátios. Algumas vezes, eram construídos ao lado de belíssimos jardins contendo várias frutas e flores. Árvores freqüentemente eram plantadas ali - a palmeira, 0 cipreste, a oliveira e a romãzeira. Geralmente, havia uma alameda coberta com cerca de 3 m de largura, projetando-se da casa; e se a casa estivesse sobrè 0 andar supe­ rior, 0 teto da alameda formava uma passarela que era protegida por um corrimão. Os quartos da casa se abriam para o pátio.


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6As ta p eça ria s era m de "pano branco, verde e azul celeste, ^pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os cleitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas. 7E dava-se de beber em "vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito Vinho real, se­ gundo o estado do rei. 8E o beber era, "por lei, feito sem que ninguém forçasse a o u tro ; porque assim o tinha ordenado o rei expressamen­ te a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um. 3. O b a n q u ete d e V astipara as m u lh eres 9Também a rainha Vasti fez um "banquete para as mulhe­ res da casa real do rei Assuero. 4. O rei ord en a q u e Vasti m ostre sua b elez a aos seus súditos 10E, ao "sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e a Carcas, os sete ^eunucos que serviam na pre­ sença do rei Assuero, 11 que introduzissem na presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a sua formosura, porque era formosa à vista. 5. Vasti recu sa -se a o b e d e c e r a o r e i e m o stra r sua b elez a 12 Porém a rainha Vasti "recusou vir co n fo r m e a palavra do rei, pela mão dos eunucos; pelo que o rei muito se ^enfureceu, e ardeu nele a sua ira. 6. O r e i e m sua ira a co n selh a -se s o b r e co m o p u n ir Vasti 13"Então, perguntou o rei aos sábios que entendiam dos 1.6a A descrição da decoração, mobíiia e ser­ viço da festa se assemelha a uma narrativa de contos de fadas: 1 As tapeçarias eram de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, argolas de prata, e colunas de mármore (v. 6). 2 A mobília era composta de leitos de ouro e de prata, sobre um pavimento de mármore ver­ melho, azul, branco e preto (v. 6). 3 A bebida era servida em copos de ouro (v. 7). 1.6b No verão, algumas vezes, um toldo era estendido através do pátio de uma galeria a outra. A referência aqui, contudo, parece sig­ nificar magníficas cortinas suspensas entre os pilares de mármore do pátio (v. 6). 1.6c Era costum e estender esteiras ou tape­ tes no piso do pátio para acomodar os convi­ dados, m as Assuero colocou caríssim os divãs de ouro e prata nos quais os convidados se reclinavam enquanto festejavam. Cadeiras e divãs adornados com pés de prata e outros metais eram vistos como grandes objetos de luxo na Pérsia. 1.7a Os copos e taças eram de vários tama­ nhos e formas, porém todos de ouro (v. 7). 1.7b Muitos tipos de vinho eram feitos e usa­ dos pelos reis dos tempos antigos. Aquele feito especialmente para os reis era chamado vinho real (v. 7). 1.8a Os convivas de todas as nações tinham seus próprios hábitos com relação à bebida, os quais eram considerados iei. Entre os egípcios, o vinho era oferecido antes e também durante suas refeições. Entre os gregos, cada convida­ do era obrigado a beber a rodada com todos os demais ou deveria deixar a reunião. "Beba ou

tempos (porque assim se tratavam os negócios do rei na presença de todos os que sabiam a lei e o direito; 14 e os mais chegados a ele era m : Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, Memucã, os sete príncipes dos persas e dos medos, que viam a face do rei e se assenta­ vam os primeiros no reino) 15 "o que, segundo a lei, se devia fazer da rainha Vasti, por não haver cumprido o mandado do rei Assuero, pela mão dos eunucos. 7. C on selh o d o p rín cip e M em u cã p a ra m a n ter as esp osa s e m su b m issã o 16 Então, disse Memucã na presença do rei e dos prín­ cipes: Não "somente pecou contra o rei a rainha Vasti, mas também contra todos os príncipes e contra todos os povos que h á em todas as províncias do rei Assuero. 17 Porque a n o tícia d e ste feito da rainha sairá a todas as mulheres, de modo que desprezarão a seus maridos aos seus olhos, quando se disser: Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua presença a rainha Vasti, porém ela não veio. 18 E, neste m esm o dia, as princesas da Pérsia e da Média dirão o m esm o a todos os príncipes do rei, ouvindo o feito da rainha; e, assim , h a v er á assaz desprezo e indignação. 19Se bem parecer ao rei, "saia da sua parte um edito real, e escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e não se revo­ gue que Vasti não entre m ais na presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela à sua companheira que seja melhor do que ela. 20 E, ouvindo-se o mandado que o rei decretar em todo o seu reino (porque é grande), "todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde a maior até à menor.

retire-se" era o provérbio. Nas festas romanas, um mestre era escolhido para lançar os dados. Ele prescrevia as regras a ser observadas por todas as pessoas da reunião. Entre os judeus, o mestre-de-cerimônias era chamado mestresaia da festa (Jo 2:8). Na ocasião do v. 8 deste livro, Assuero não constrangeu os convidados a beber; o assunto foi deixado à escolha de cada um. 1,9a No Oriente, as mulheres de muitos países não tinham suas festas no mesmo loca! dos ho­ mens. Tal separação de sexos era um costume antigo observado na época. 1.10a 0 sétimo dia dos sete especiais de festa para todas as pessoas encerrava os 180 dias de festejos. Nessa ocasião, o rei estava alegre por causa do vinho e queria mostrar a beleza de sua rainha a todos os seus súditos, pelo que ordenou que os sete camareiros que serviam em sua presença a trouxessem diante dos prín­ cipes e dos demais (w. 10,11). 1.10b A palavra hebraica sarisim é também traduzido por m ordom os, cam areiros e eu­ nucos. Eram homens castrados que tinham sob seu encargo os haréns dos reis orien­ tais, e também eram em pregados por estes em vários ofícios da corte. Freqüentemente, tornavam-se conselheiros confidenciais dos m onarcas e, geralmente, eram homens de grande influência, algumas vezes ocupando altos postos militares. Esse era, de modo es­ pecial, o caso da Pérsia, onde eles adquiriram grande poder político e ocupavam posições de grande destaque. 1.12a Esta era uma exigência incomum para o rei fazer a sua rainha: expor-se diante de uma companhia de convivas bêbados. Isso não era

somente impróprio para a discrição do sexo feminino, mas para sua posição como rainha. Além do mais, servos domésticos, em vez de nobres, foram enviados para trazê-la, e ela deveria mostrar-se diante de pessoas comuns (v. 12). De acordo com os costum es persas, a rainha, mais do que as esposas de outros ho­ mens, deveria ocultar-se do olhar público. O próprio rei não deveria admitir tal exposição se estivesse sóbrio. Ele teria percebido que sua própria honra, assim como a da rainha, estava sendo insultada. 1.12b Rainhas e concubinas eram sujeitas à com­ pleta vontade de seus monarcas, assim como os escravos. O fato de ela ter desobedecido ao rei diante de seus súditos significava humilhá-lo; por isso eíe ficou bastante irado (v. 12). 1.13a Então - quando a rainha se recusou a obedecer ao rei, ele consultou seus sábios com relação ao que lhe deveria ser feito de acordo com a lei (w. 13-15). 1.15a Pergunta 1. Próxima, 3.3. 1.16a Os sábios concluíram que a rainha tinha falhado com o rei, com todos os príncipes e todas as outras pessoas do reino; eies acredi­ tavam que quando suas atitudes se tornassem conhecidas, as demais mulheres desprezariam seus maridos; predisseram muito desprezo e indignação por todo o império, se ela não fosse punida (w. 16-18). 1.19a Para evitar toda a confusão e problemas que sua rebelião poderia criar com as outras mulheres, foi decidido que o rei deveria expul­ sar Vasti de sua presença e escolher outra rai­ nha. isso cessaria com a rebelião que poderia ocorrerem outros lares (w. 19,20). 1.20a veja 0 N om e de D eus em Ester, p. 811.


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8. O re i d e cr e ta o sen h o rio d o s m a rid o s e m to d o s os la res 21aE pareceram bem essas palavras aos olhos do rei e dos príncipes; e fez o rei conforme a palavra de Memucã. 22Então, enviou cartas a todas as províncias do rei, a cada província segundo a sua escritura e a cada povo segundo a sua língua: Que cada homem fosse senhor em sua casa; e q u e isso se publicasse em todos os povos conforme a língua de cada um. II. Ester coroada rain ha 1, Um co n cu rso d e b elez a ■'PASSADAS essas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha decretado a seu respeito. 2*Então, disseram os jovens do rei que lhe serviam: ^Bus­ quem-se para o rei moças virgens, formosas à vista. i E ponha o rei comissários em todas as províncias do seu reino, que reúnam todas as moças virgens, formosas à vista, na fortaleza de Susã, na casa das mulheres, debaixo da mão de Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres, e dêem-se-lhes os seus enfeites. 4 E a moça que parecer bem aos olhos do rei reine em lugar de Vasti. E isso pareceu bem aos olhos do rei, rte assim fez.

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2. M a rd o q u eu in clu i E ster n o co n cu rso d e b elez a 5*Havia, então, um homem ^judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era cMardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita, 6 que fora transportado de Jerusalém com os cativos que foram levados com dJeconias, rei de Judá, ao qual trans­ portara Nabucodonosor, rei de Babilônia. 7 Este criara a aHadassa (que é èEster, filha do seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era moça bela de apa­ 1.21a O conselho de Memucã foi seguido, uma lei foi estabelecida para que Vasti nunca mais viesse diante do rei novamente, e que todos homens fossem senhores em suas casas (w. 21,22). 2.1a Passadas estas coisas - após a rebelião de Vasti e o estabelecimento da nova lei decla­ rando que cada homem fosse senhor em sua casa (w. 21,22), o furor do rei se apaziguou e ele se lembrou de Vasti e do decreto contra ela (v. 1). 2.2a Então - em sua sobriedade, os servos do rei apresentaram-lhe o plano para uma outra rainha (v. 2). 2 .2b 6 pontos do plano para uma nova rainha: 1 Que se busquem moças virgens e formosas para o rei (v. 2). 2 Que o rei coloque oficiais em todas as provín­ cias do reino (v. 3). 3 Que reúnam todas as m oças virgens e formo­ sas na fortaleza de Susã. 4 Que as coloquem na casa das mulheres sob a custódia de Hegai, camareiro do rei, guarda das mulheres. 5 Que se ihes dêem os enfeites. 6 Que a moça que parecer bem aos olhos do rei, reine em iugar de Vasti (v. 4). 2.4a O rei se agradou com tal plano - trazer virgens belas e formosas de todos os iugares do reino para que escolhesse uma rainha entre elas. E assim ele ordenou que fosse feito (v. 4). 2.5a Como Mardoqueu chegou a Susã, o palá­ cio da Pérsia, quando foi levado por Nabuco­ donosor para a Babilônia, não é revelado, Ele pode ter sido levado como escravo pelo rei da

rência e formosa à vista; e, morrendo seu pai e sua mãe, M ardoqueu a tomara por sua filha. 8 Sucedeu, pois, que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, debaixo da mão de Hegai, também levaram Æ Ester à casa do rei, debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres. 3. E ster a g ra d a a H ega i, o g u a rd a das m u lh eres e o b tém o m e lh o r lu g a r da casa p a ra v i v e r 9 E a moça pareceu formosa aos seus olhos e alcançou graça perante ele; pelo que se apressou a dar-lhe os seus enfeites e os seus alimentos, como também em lhe dar sete moças de respeito da casa do rei; e a fez passar com as suas moças ao melhor lu g a r da casa das mulheres. 4. O s e g r e d o d e E ster e o cu id a d o d e M a rd o q u eu p o r ela 10Ester, porém, *não declarou o seu povo e a sua paren­ tela; porque Mardoqueu lhe tinha ^ordenado que o não declarasse. 11E passeava Mardoqueu cada dia diante do pátio da casa das mulheres, *para se informar de como Ester passava e do que lhe sucederia. y U m a n o d e p rep a ra çã o 12E, chegando já a vez de cada moça, para vir ao rei A s­ suero, depois que fora feito a cada uma segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias das suas purificações, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com as coisas para a puri­ ficação das mulheres), 6. A a p resen ta çã o d e E ster 13desta maneira, pois, entrava a moça ao rei; tudo quanto ela desejava se lhe dava, para ir da casa das mulheres à casa do rei;

Pérsia, ou pode ter sido seiecionado por seus talentos especiais para permanecer na corte da Pérsia (v. 5). 2.5b Mardoqueu era da tribo de Benjamim. Aqui ele é chamado de iudeu. provando que o termo é usado para qualquer israelita de qual­ quer das tribos e não somente para Judá (v. 5). No livro de Ester, o termo é também aplicado aos gentios que se tornaram prosélitos (8.17). Benjamitas eram da semente dos judeus (6.13), assim como todos os israelitas de todas as tribos, pois eram também da semente de Is­ rael ou Jacó. Mardoqueu é chamado de judeu em 2.5; 3.4; 5.13; 6.10; 8.7,9.29-31; 10.3. Das 92 vezes que as palavras iudeu e iudeus são usadas no AT, 53 estão localizadas no livro de Ester. São usadas 197 vezes no NT referindo-se a todas as tribos de Israel. Esses são os termos usados pelos gentios com relação a toda a se­ mente de Abraão, Isaque e Jacó. 2.5c Mardoqueu foi levado para Susã, mas Da­ niel e Ezequieí permaneceram na Babiiônía. 2.6a com Joaquim, rei de Judá, após Jeoaquim ter reinado 11 anos, e pouco antes do reinado de 11 anos de Zedequias (2 Rs 24; Jr 52.24-34). 2.7a Hadassa. murta. Era órfã, seus pais (tios de Mardoqueu) estavam mortos. Mardoqueu toma­ ra sua prima Ester como sua própria filha (v. 7). Ela evidentemente vivia fora do palácio, enquan­ to ele cuidava de suas tarefas no palácio. 2.7b Ester, estrela. É mencionada 55 vezes no livro que traz seu nome. 2.8a Ester foi levada à casa do rei para entrar na competição que determinava quem era a

mais bela e formosa virgem de todo o impé­ rio - a primeira e única competição de beleza da Bíblia (v. 8). Ela recebeu o favor especial de Hegai, guarda das mulheres, que lhe deu os enfeites e quinhões para a sua purificação, além de sete moças para serem suas servas e o melhor local da casa das mulheres (v. 9). Além da influência de Deus sobre Hegai, talvez houvesse um bom relacionamento entre ele e Mardoqueu, como servos do palácio, o que favoreceu Ester. Sabemos que estava no plano de Deus favorecer Ester para a preservação dos judeus nesse período de sua história, para que o M essias pudesse finalmente vir a fim de restaurar o domínio do homem. Por outro lado, Satanás encontraria sua destruição por meio da Semente da mulher, conforme foi predito em Gênesis 3.15 e por muitos profetas desde Adão até os dias do NT. Esse é um exemplo de como Deus trabalha mesmo entre os pagãos para cumprir sua vontade e seu piano original para o homem. 2.10a Era parte do plano de Mardoqueu não revelar sua identidade até o momento certo, conforme 7.3-5 (v. 10). 2 .10b Isso era suficiente, pois ela obedecia às ordens de Mardoqueu, como o fazia quando estava com ele (v. 20). 2.11a Tal solicitude e segredo sugeriam que ele queria fazer parecer que Ester era uma virgem persa. Embora os persas não tivessem qualquer preconceito particular contra os judeus, despre­ zavam em certo sentido todas as raças cativas. Hadassa era seu nome judaico, enquanto Ester


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ESTER 3 14à tarde, entrava e, pela manhã, tornava à segunda casa das mulheres, debaixo da mão de Saasgaz, eunuco do rei, guarda das concubinas; não tornava mais ao rei, salvo se o rei a desejasse e fosse chamada por nome. 15 Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, rio de M ardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei, “coisa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres; e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam. 16 Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no décimo mês, que é o mês de “tebete, no 4sétimo ano do seu reinado. 7. E ster esco lh id a co m o rainh a 17E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti. 8. A fe s t a d e ca sa m en to d e E ster 18 “Então, o rei fez u m grande convite a todos os seus príncipes e aos seus servos para a festa de Ester; e deu repouso às províncias e fez presentes segundo o estado do rei. 19E, reunindo-se segunda vez as virgens, Mardoqueu es­ tava "assentado à porta do rei. 20Ester,p o ré m , não declarava a sua parentela e o seu povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu, como quando a criara. 9. M a rd o q u eu p r o v id e n cia lm e n te sa lv a a v id a d o rei 21 'N aqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigtã e era um nome persa, talvez dado a ela para que melhor pudesse se parecer com uma virgem persa. Com seus pais mortos, ela não teria que revelar quém eles eram, e por se parecer com uma moça persa, tal plano não enfrentaria mui­ ta dificuldade (w. 10,11,20; 7,3-5). 2.15a A s outras virgens requeriam muitos or­ namentos e outras coisas que pensavam que agradariam ao rei (v. 13), mas Ester não pre­ cisou de coisa alguma, exceto 0 que Hegai sugeriu. Talvez sua própria simplicidade a tor­ nava muito mais bela do que todas as outras. Quando foi levada até 0 rei, ele demonstrou seu amor e favor para com ela mais do que a todas as outras, e colocou a coroa real sobre sua cabeça (w. 15-17). Entre as esposas dos monarcas persas, havia aquela que ocupava uma posição mais alta do que as outras, e a ela somente pertencia 0 título de "rainha". Essa esposa principal era privilegiada por usar uma tiara ou coroa real sobre sua cabeça, e era re­ conhecida como líder de todos os departamen­ tos femininos, e todas as outras reconheciam sua posição em todo 0 tempo. Em grandes ocasiões, quando 0 rei entretinha os homens de sua corte, ela festejava com todas a s mulhe­ res em sua própria parte do palácio. A rainha tinha uma grande renda sob sua responsabili­ dade, não tanto pela vontade de seu marido, mas por uma lei ou costume estabelecido. Sua vestimenta era esplêndida e ela poderia gastar livremente com seus adornos. Tal era a elevada posição mantida por Vasti a princípio, e por Es­ ter posteriormente. 2 .16a O décimo mês (janeiro, v. 16). 2.16b Quatro anos tinham passado desde que

Teres, grandemente se indignaram e procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero. 22E veio isso ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em “nome de Mardoqueu. 23E inquiriu-se o negócio, e se descobriu; e ambos foram enforcados numa forca. Isso foi escrito no livro das crô­ nicas perante o rei. III. O plano de Hamã contra os judeus 1. A ex altação d e H am ã •'DEPOIS dessas coisas, o rei Assuero engrandeceu a ^Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou; e pôs o seu lugar acima de todos os príncipes que esta v a m c o m ele. 2E todos os servos do rei, que esta v a m à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu "não se inclinava nem se prostrava.

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2. O esp in h o na ca rn e d e H am ã 3“Então, os servos do rei, que esta.vam à porta do rei, disse­ ram a Mardoqueu: : Por que traspassas o mandado do rei? 4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isso, de dia em dia, e não lhes dando ele ouvidos, “o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu. 3 “Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor. 3. O p la n o d e H am ã p a ra d estru ir to d o s os ju d e u s p o r ca u sa d e M a rd oq u eu 6 Porém, em seus olhos, teve em pouco o pôr as mãos só

0 rei promovera os 180 dias de festa e Vasti tinha sido deposta (1.3; 2 .16). Ele reinou por 35 anos, de modo que esse evento deve ter ocorrido 28 anos antes do encerramento de seu reinado. Se Ciro tivesse nascido dele e de Ester nesse mesmo ano, após se casarem em janeiro, então seu filho teria cerca de 25 anos quando ordenou aos exércitos de seu pai que tomassem a Babilônia, conforme Daniel 5. Astiages ou Dario, 0 medo, pai de Ciro, reinou ainda dois anos após este fato, 0 que colocaria Ciro com cerca de 27 anos quando começou a reinar e quando emitiu 0 decreto para que os judeus retornassem à sua terra natal e recons­ truíssem sua cidade e 0 templd, cumprindo Isaias 44.28-45.1-5,13; 46.11; 48.14,15. 2.18a Então - após Ester ter sido coroada rai­ nha, Astiages fez uma grande festa (a festa de Ester), dando alivio a todas as províncias e dis­ tribuindo presentes conforme a generosidade do rei (w. 18-20). 2.19a Mardoqueu era servo na casa do rei. Com isso, poderia cuidar dos interesses de Es­ ter e também obter informações necessárias para o bem-estar de seu povo (v, 19), 2.21a Naoueles dias - os dias que se seguiram à coroação de Ester, enquanto Mardoqueu se sentava à porta do rei, dois dos camareiros do monarca estavam indignados contra Assuero e buscavam assassiná-lo. Quando Mardoqueu soube disto, contou à rainha Ester o fato e ela o relatou ao rei. Quando a investigação foi fei­ ta, os homens foram executados e o relato do livramento da vida do rei por Mardoqueu foi registrado nas crônicas dos reis da Pérsia (w. 21-23).

2.22a Essa foi uma sábia atitude por parte de Ester, pois provou ser algo de grande proveito mais tarde, quando sua própria vida e a vida de seu povo estavam em perigo (v. 22; 4.4-6.14). 3.1a Depois destas coisas - cerca de cinco anos após a coroação de Ester, o rei promoveu Hamã à posição de grão-vizir (v. 7). 3.1b Ham ã. bem disposto. Chamado de agagi­ ta por causa de sua descendência amaiequita. É mencionado 54 vezes em Ester (3.1-9.24). Foi um inimigo dos judeus com uma ardente paixão de ser exaltado acima dos outros, uma combinação de características que causaram sua própria destruição, assim como de sua fa­ mília. Nunca considerou princípios ao buscar a própria honra. 3.2a Mardoqueu era o principal espinho na vida de Hamã. Do ponto de vista de Mardo-' queu, como poderia honrar a quem Deus amal­ diçoou? (Êx 17.14-16). Hamã quase foi bemsucedido em destruir os judeus; foi Ester quem os salvou de seu destino fatal (4.6-6.14). 3.3a Então - quando os servos do rei viram que Mardoqueu não se curvava diante de Hamã, embora o rei tivesse ordenado assim, o ques­ tionaram sobre seus motivos (v. 3). 3.3b Pergunta 2. Próxima, 4.14. 3.4a Outro exempio de homens buscando fa­ vores às custas de outros e finalmente para a própria perdição (v. 4). Neste caso, isso custou a vida de vários homens e quase destruiu a grande nação do povo escolhido de Deus. Se tivessem sabido o que sobreviria, talvez não tivessem dado a notícia sobre Mardoqueu a Hamã. 3.5a Quando Hamã soube que este judeu não se curvava diante dele, começou a observá-lo.


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sobre Mardoqueu (porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu); Hamã, pois, “procurou destruir todos os judeus que h a v ia em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu. 7No primeiro mês (que é o mês de nisã), no ano duodéci­ mo do rei Assuero, “se lançou 4Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, de dia em dia e de mês em mês, até ao duodécimo m ês, que é o mês de adar. 8E Hamã disse ao rei Assuero: “Existe espalhado e divi­ dido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo "'cujas leis são diferentes das leis de todos os po­ vos e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar. 9 Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei. 4. O p e d id o d e H a m ã é co n c ed id o 10Então, tirou “o rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus. 11E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada, como tam­ bém esse povo, para fazeres dele o que bem p a r e c e r aos teus olhos. 5. D ecre to p a ra d estru ir to d o s os ju d eu s 12Então, chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no “dia treze do mesmo, e conforme tudo quanto Hamã mandou se escreveu aos príncipes do rei, e aos governa­ dores que h a via sobre cada província, e aos principais de cada povo; a cada província segundo a sua escritura e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou. 13 E as cartas se enviaram pela mão dos correios a todas as províncias do rei, que destruíssem, matassem, e lan­ çassem a perder a todos os judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um m e sm o dia, a treze do duodécimo mês (que é mês de adar), e que saqueassem o seu despojo. e um profundo ódio cresceu em seu coração. Tramou um plano para a total destruição de todos os judeus (w. 5-9). 3.6a Essa foi uma outra das tentativas de Satanás para destruir o povo de Deus, por meio de quem 0 Messias, o Salvador do mundo, viria (v. 6). 3.7a O lançamento de sortes para cada mês servia para descobrir qual seria o tempo mais favorável para requerer a destruição dos judeus. Isso, certamente, foi feito pelos prognosticadores mensais (das luas novas), como em Isaías 47.13. 3.7b Pur é uma palavra persa para sorte. A sorte lançada pelos prognosticadores mensais escolheu o 13° dia do primeiro mês (abril) como a melhor época (w. 7,12). 3.8a Hamã finalmente foi ao rei e expôs o caso contra os judeus, recebendo permissão para destruir a todos eles em seu reino (w. 9-15). 3.8b.4 pronosicões de Hamã: 1 A s leis dos judeus são diferentes das leis dos outros povos (v. 8), 2 Eles não cumprem as leis do rei. 3 Não é conveniente ao rei deixá-los ficar. 4 Colocarei 10.000 talentos de prata nas mãos dos que os destruírem (v. 9). 3.10a o rei, sem pensar no que poderia estar por trás do plano, e tendo plena confiança em Hamã, tomou seu anel e lhe deu para selar o decreto da destruição de todos os judeus do seu reino (w. 10-15). o rei deu a Hamã 10 mil

14Um a cópia do escrito para que se proclamasse a lei em cada província foi enviada a todos os povos, para que estivessem preparados para aquele dia. 15 Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saí­ ram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã; e “o rei e Hamã se assentaram a beber; porém a cidade de Susã estava confusa. IV. O plano de Hamã é frustrado (Et 4-7) 1. J e ju m e o ra çã o e n tr e os ju d eu s QUANDO Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, “rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiuse de u m pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor; 2 e chegou até diante da porta do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do rei. 3 E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua “lei chegavam havia entre os judeus ^grande luto, com je­ jum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza.

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2. E ster in d a ga d e M a rd o q u eu o m o tiv o d e sua co n d u ta 4 Então, “vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, ‘com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilício; porém ele não as aceitou. 5Então, Ester chamou a Hataque (u m d o s eunucos do rei, que e s te tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê. 6 E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que e sta v a diante da porta do rei, 3. M a rd o q u eu in fo rm a a E ster da situ a çã o d o s ju d eu s 7“Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha suce­ dido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder.

talentos e um decreto para aniquilar os judeus, atendendo a seu pedido (v. 11). 3.12a Esse seria o dia anterior à páscoa dos judeus, o qual sempre era comemorado no 14° dia do primeiro mês, Nisã (abril). Mensageiros foram enviados a todas as províncias para que no 13° dia do mês seguinte (Adar ou março) os judeus fossem mortos, e toda sua propriedade, saqueada por aqueles que levassem a ordem (w. 12-15). 3.15a Após tai decreto diabólico, o rei e Hamã se sentaram para beber, m as o povo estava confuso (v. 15). 4.1a Mardoqueu fez o que a maioria dos ho­ mens piedosos faria em tal tempo de tribula­ ção: jejuou e orou. Além do mais, caminhou pelas ruas com grande e amargo clamor: e foi à porta do rei, embora nenhum homem ti­ vesse permissão para ficar ali vestido de saco (w. 1,2). Também em todas as províncias havia grande lamento entre os judeus (v. 3). 4.3a Pode-se imaginar o efeito de tal decreto em todo o Israel, tendo conhecimento de que seriam exterminados no 13° dia do 12° mês, que seria março (Adar, 3.13). Todas as tribos estavam envolvidas, não somente judá e Ben­ jamim. Sendo do norte ou do sul, não fazia dife­ rença: o decreto dizia respeito a toda semente de Jacó (v. 3). 4.3b 4 efeitos sobre os iurteus:

1 Grande luto (v. 3). 2 Jejum em desespero. 3 Choro. 4 Clamor. 4.4a Ester se condoeu ao saber a respeito do decreto devido ao ato ilegal de seu primo, por comparecer diante da porta do rei vestido de saco (v. 4). De outra forma, ela estava tão alheia ao mundo exterior que poderia ter passado o tempo todo sem se aperceber dos fatos. 4.4b A reação de Ester ao ver seu primo em tal estado à porta do rei foi de grande sofrimento. Ela enviou-lhe roupas, pois Mardoqueu poderia ser preso apresentando-se como estava; mas, do ponto de vista de Mardoqueu, sua ação desesperada precisava ser levada em conta; então, ele rejeitou as roupas. Assim , Ester en­ viou um mensageiro para descobrir qual era o problema (w. 5,6). 4.7a 4 asoectos da resnosta de Mardoqueu a Ester: 1 Enviou uma palavra a respeito de tudo o que acontecera a ele (v. 7). 2 Contou a respeito da soma em dinheiro que Hamã prometera pagar aos tesouras do rei pela destruição dos judeus. 3 Enviou uma cópia do decreto para destruir todos os judeus (v. 8). 4 Ordenou que ela fosse ao rei para fazer súpli­ cas e pedidos diante dele pelo povo.


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8 Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publi­ cara em Susã para os destruir, para a mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse t e r co m o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença *pelo seu povo. 9 Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu. 4. A d ificu ld a d e d e E ster e m a p rox im a r-se d o r e i 10<íEntão, disse Ester a Hataque e mandou-lhe d iz er a Mar­ doqueu: 11Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, nã o h á sen ã o uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei. 12E fizeram saber a M ardoqueu as palavras de Ester. 5. A o rd e m d e M a rd o q u eu a E ster 13 Então, *disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Es­ ter: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os o u tro s judeus. 14 Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e ‘'quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? 6.

A d ecisã o d e E ster em e n fr e n ta r to d o s os p e r ig o s p o r seu p o v o • 15*Então, disse Ester que tornassem a d iz e r a M ardo­ queu: 16 Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, "nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças tam­ bém assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço. 4.8a Até essa época, o rei não sabia que se ca­ sara com uma judia, e que tinha escrito uma iei para destruir o povo de sua esposa. 4.10a A resposta de Ester a Mardoqueu, por intermédio de seu mensageiro, era que isso poderia significar sua morte, pois era proibido aproximar-se do rei no pátio interior sem que ele a tivesse chamado - e por trinta dias ela não fora chamada pelo rei (w. 10-12). A etiqueta da corte persa era bastante severa. Vir à presença do rei sem ser convidada merecia pena capita!, e a severidade das punições persas podiam ser vistas no fato de que um ato como esse era punido da mesma forma que um assassinato ou rebelião. 0 intruso era instantaneamente levado à morte pelos servos, a menos que o rei, ao estender seu cetro de ouro, mostrasse sua aprovação pelo ato. É bastante evidente, portanto, que aquele que aparecesse diante do rei deliberadamente arriscaria sua vida. Tornase evidente a influência que Ester obteve sobre Assuero, pois quando e!a apareceu o cetro foi estendido. 4.13a A resposta de Mardoqueu a Ester foi de que poderia significar a morte deia se eia não fosse ao rei e cancelasse esse decreto; eia não poderia escapar, assim como qualquer outro ju­ deu; e se se calasse naquela situação, falharia em ser a libertadora dos judeus; taí libertação viria por uma outra fonte; porém, a casa de seu pai seria destruída juntamente com a de todos

17 Então, ^Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou. 7. A co r a g e m d e E ster SUCEDEU, pois, que, ao ^terceiro dia, Ester se ves­ tiu d e suas v e s te s reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento. 2E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tin h a na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.

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8. O b a n q u ete d e v in h o d e E ster e seu p e d id o a o rei 3 Então, o rei lhe disse: JQue é o que tens, rainha Es­ ter, ou qual é a tua petição? èAté metade do reino se te dará. 4E disse Ester: Se bem parecer ao rei, ‘'venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho preparado para o rei. Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao ban­ quete, que Ester tinha preparado, 6 disse o rei a Ester, no banquete do vinho: “Qual é a ètua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino. 7 Então, respondeu Ester e disse: Minha petição e reque­ rimento é: 8 se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição e outorgar-me o meu requerimento, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã "farei conforme o man­ dado do rei. 9. O rgu lh o e a leg r ia d e H am ã 9 í!Então, saiu Hamã, naquele dia, alegre e de bom âni­ mo; porém, vendo Hamã a Mardoqueu à porta do rei e

os outros; sem dúvida, foi para tal tempo como este que ela chegara ao reino (w. 13,14). 4.14a Pergunta 3. Próxima, 5.3. 4.15a A resposta de Ester a Mardoqueu foi de que os judeus deveriam jejuar e orar por ela, e que ela e suas servas também o fariam. Então, iria ao rei, embora isso fosse contrário à lei. Eia se consagraria para perecer se preciso fosse (w. 15,16). 4.16a O dia hebraico começava no pôr-do-sol, e um dia compieto possuía 24 h. Assim , nem de dia nem de noite significava jejuar durante todo esse tempo (v. 16; Jn 1.17; Mt 12.40). 4.17a Mardoqueu foi mandar aos judeus que jejuassem e orassem em cooperação com Es­ ter e suas servas em tal aflição, pois poderiam mover o Deus dos céus para tocar o coração do rei a fim de que poupasse Ester e seu povo (v. 17). 5.1a Ao terceiro dia - seguindo a terceira noite, Ester vestiu seus trajes reais e se colocou no pátio interior da casa do rei. Ele estava sentado no trono da casa real defronte à porta de seu aposento. Quando a viu, Ester obteve graças a seus olhos, e ele lhe estendeu o cetro de ouro. Quando Ester se aproximou e tocou na ponta do cetro do rei, ele lhe perguntou qual era a sua petição e prometeu conceder-lhe até metade de seu reino. A sim ples petição da rainha era de que ele e Hamã se apressassem e viessem ao banquete a ser preparado por ela (w. 1-5).

Quem deu a ela tal sabedoria para preparar esse plano, não é declarado. Pode ser que ti­ vesse conversado com Mardoqueu; ou pode ser que somente a inspiração divina a tenha guiado. Em qualquer caso, o que ela fez foi a coisa certa e Deus trabalhou em cada detalhe do plano para o bem de seu povo (5.5-7.10). 5.3a Perguntas 4-5. Próxima, v. 6. 5.3b Parece ser uma declaração habitual dos reis ao desejar honrar alguém que tenha obtido favor diante deles (v. 3). Isso foi dito por Herodes para sua enteada (Mc 6.23). Cf. 1 Reis 13.8. 5.4a A declaração venha o rei e Hamã é o se­ gundo acróstico onde o nome de Jeová está oculto no antigo texto hebraico, e o segundo pivô em torno do qual a história gira. Veja O N om e de D eus em Ester, p. 811. 5.6a Perguntas 6-7. Próxima, 6.3. 5.6b O rei deve ter percebido que havia algo por trás de um mero banquete, daí essa segun­ da pergunta para saber o que Ester queria e a segunda promessa de conceder até metade do seu reino (w. 3,6). 5.8a Ester sentiu que o rei percebera haver algo por trás do seu convite para o banquete; assim, prometeu dizer a ele qual seria o seu pedido no banquete no dia seguinte (v. 8). 5.9a Quando Hamã ouviu o convite e a ordem para comparecer ao banquete com o rei e a rainha na manhã seguinte, saiu com grande alegria e de bom ânimo (v. 9).


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que não se ''levantara cnem se movera diante dele, então, Hamã se encheu de furor contra Mardoqueu. “ Hamã, porém, se refreou e “veio à sua casa; e enviou e mandou vir os seus amigos e a Zeres, sua mulher. 11 E “contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas, e a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha en­ grandecido, e aquilo em que o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei. 12Disse mais Hamã: Tampouco a rainha Ester a “ninguém fez vir com o rei ao banquete que tinha preparado, senão a mim; e também para amanhã estou convidado por ela iuntamente com o rei. 10. O n o v o p la n o d e H a m ã p a r a d estru ir M a rd o q u eu 13“Porém tudo isso não me satisfaz, enquanto vir o judeu Mardoqueu assentado à porta do rei. 14 Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: “Faça-se uma forca de cinqüenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que enforquem nela M ar­ doqueu e, então, entra alegre com o rei ao banquete. E esse conselho bem pareceu a H amã, e mandou fazer a torca. 11. A in te r v e n çã o d iv in a a f a v o r d e M a rd oq u eu “N AQ UELA mesma noite, fugiu o sono do rei; en­ tão, mandou trazer o livro das memórias das crôni­ cas, e se leram diante do rei. ■E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia

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5.9b Essa era a única circunstância que estra­ gava a alegria de Hamã. Ver este insubordinado ; jd eu sentado sem se mover diante dele, quan­ do ele, o importante Hamã, vinha à porta do rei. Era mais do que podia suportar. Isso tirava toda a sua alegria e prazer. Embora cheio de indignação diante de Mardoqueu, refreou-se até chegar em sua casa (w. 9-12). 5.9c O fato de Mardoqueu saber qual era a causa da perseguição contra os judeus e não se levantar dali num esforço de apaziguar a situação fazia parecer que era um homem obstinado além do normal. Por outro lado, isso mostra que era alguém de princípios e que não abria mão úe suas convicções, m esmo arris­ cando a própria vida e a vida de seu povo. Uma coisa é clara: ele tinha fé em Deus de que a li­ bertação viria de uma ou de outra forma (4.14). Parecia ter a máxima confiança de que tudo sairia bem, mesmo se Ester falhasse em fazer a sua parte. A Lei, os Salm os e a maioria dos profetas já tinham sido escritos e estavam em suas mãos, e ele sabia, por meio das Escrituras Sagradas, que a raça judaica estava destinada a ser grande por toda a eternidade; portanto, não poderia ser destruída. Mesmo Abraão (Gn 12.12; 20.2,11), Isaque (Gn 26.7) e Jacó (Gn 31.13; 32.6-32) tinham se atemorizado e des­ crido às vezes, pensando que seriam mortos antes que as prom essas de Deus pudessem se cumprir. Mas parece que Mardoqueu não tinha o menor temor desse inimigo dos judeus. Ele tinha jejuado, orado e já estabelecido que Deus traria libertação de alguma forma; portanto, recusou-se a prestar deferência a Hamã, o ini­ migo do povo de Deus (v. 9). 5.10a Isso novamente revela a mediocridade do caráter de Hamã, e demonstra seu orgulho e mesquinhez. Ele chamou seus amigos e esposa para poder declarar-lhes sua pequena queixa e gabar-se do sucesso que obteve (w. 10-13). 5.11a 4 aspectos da alto-exaltacão de Hamã:

de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guar­ da da porta, de que procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero. 3Então, disse o rei: “Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez. 12. H am ã co m p elid o a ex altar M a d oq u eu , o ju d e u 4 “Então, disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enfor­ cassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado. • 5E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse. 6 E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao ho­ mem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para lh e fazer honra mais do que a mim? 7Pelo que disse “Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada, 8 traga a “veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça; 9 e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos prín­ cipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pe­ las ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada! ®10“Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a ves-

1 Contou toda a glória de suas riquezas. O rei tinha lhe dado 10.000 talentos para serem usa­ dos na destruição dos judeus (3.9-11). 2 Falou da multidão de seus filhos (v. 11). 3 Como o rei o exaltou sobre todos príncipes e servos (v. 11; 3.1). 4 Mencionou sua última grande honra - ser convidado pela rainha para um banquete onde seria o único convidado além do rei (v. 12). Esse era um raro privilégio para uma pessoa, contu­ do, do alto de sua posição, era-lhe permitido banquetear-se com o rei. 5.12a Hamã não podia imaginar o que a rainha tinha em mente para ele, ou não teria se gaba­ do sobre a grande honra que lhe fora conferida. Ele não percebeu que estava projetando sua própria morte ao planejar a morte dos judeus. 5.13a Apesar de todo o seu sucesso e giória, Hamã permitiu que um pequeno detalhe ofus­ casse tudo o mais. Ele contou à sua esposa e amigos a respeito do fato, Toda a sua glória não o satisfazia enquanto aquele rebelde judeu, Mardoqueu, se recusasse a honrá-lo às portas do rei. A declaração tudo isso não me satisfaz é o terceiro acróstico em Ester onde o nome de Jeová está oculto no antigo texto hebraico, e o terceiro pivô em torno do qual a história gira (v. 13). Veja O N om e de D eus em Ester, p. 811. 5.14a A esposa de Hamã e amigos arquitetaram um plano pelo qual sua felicidade seria comple­ tada. Sugeriram que uma forca fosse feita, com 50 côvados de altura (22,5 m); e que Hamã fa­ lasse ao rei na manhã seguinte sobre pendurar ali Mardoqueu; e então ele iria alegremente ao banquete (v. 14). As forcas eram estacas nas quais um criminoso ficava pendurado até mor­ rer. A mesma idéia foi usada ao fazer a cruz para Cristo (At 5.30; 10.39; 13.29; 1 Pe 2.24). o plano parecia perfeito para Hamã, pelo que ordenou que a forca fosse construída mesmo antes de falar ao rei a respeito do assunto. Nunca pas­ sou pela sua mente que tal pedido pudesse ser

negado, uma vez que o monarca já tinha outor­ gado o pedido para a destruição de todos os judeus dali há alguns dias. Nesse meio-tempo, contudo, Deus interveio, e quando Mardoqueu foi salvo, Hamã começou a cair (6.1-14). 6.1a Deus sempre abre um caminho para seu povo em meio a uma crise. Na mesma noite antes de Hamã solicitar a vida de Mardoqueu, Jeová, o Deus da aliança com Israel, trabalhou de forma invisível para salvar sua nação escolhi­ da. Ele causou insônia no rei, e por causa dessa insônia o rei ficou interessado em ler o livro de registro dos reis. Quando Assuero pediu a seus servos que lessem os registros diante dele, descobriu-se que Mardoqueu tinha denunciado o plano para assassinar o rei. O rei inquiriu sobre o que havia sido feito para honrar o homem que salvou sua vida, e lhe falaram que nada havia sido feito. Assuero decidiu fazer algo imediata­ mente para mostrar sua apreciação (w. 1-3). 6.3a Perguntas 8-11. Próxima, 7.2. 6.4a Evidentemente, a noite passara e já era de manhã quando Hamã veio pedir a vida de Mardoqueu. Antes que pudesse requerer a sua solicitação, contudo, Assuero pediu que Hamã lhe dissesse o que deveria ser feito ao homem a quem o rei desejava honrar. Em seu exaltado estado de orgulho, Hamã não conseguiu pensar em alguém além de si mesmo, pelo que sugeriu as maiores honras públicas, crendo que seriam dirigidas a si mesmo (w. 4-11). 6.7a Hamã respondeu partindo do ponto de vista de que era ele mesmo a pessoa a quem o rei desejava honrar, mas presenciou tal honra sendo concedida a seu pior inimigo, Mardo­ queu, o judeu. Além do mais, Hamã deveria ser aquele que concederia tal honra (w. 7-11). 6.8a Veja 7 form as de honra su geridas p o r Hamã, p. 811. 6.10a Então, o rei disse a Hamã para que apressadamente fizesse todas essas coisas a Mardoqueu, o judeu que estava sentado à por-


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te e o cavalo, como disseste, e faze assim èpara com o judeu M ardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste. 11E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a M ardo­ queu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada! 13. P red ita a ru ín a d e H am ã 12 Depois disso, Mardoqueu ^voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça. ★13 E ^contou Hamã a Zeres, suá mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: ^Se Mardo­ queu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamen­ te cairás perante ele. 14 Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunu­ cos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara. 14. O b a n q u ete d e E ster p a ra o r e i e p a r a H am ã VINDO, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester, 2 disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banque­ te do vinho: “Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.

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ta do rei, sem que nada se omitisse de tudo o que ele dissera (v. 10). Que surpresa! Descobrir que tinha sugerido a forma de honrar o homem que odiava e por quem já tinha feito a forca para pendurá-io. Assim , Hamã foi forçado a humilhar-se diante do próprio homem que bus­ cava destruir naquele dia (v. 11). 6.10b Alguém pode imaginar o que aquele soli­ tário judeu sentiu com essas súbitas honrarias, estando debaixo de uma sentença de morte com todo o seu povo, e tendo atravessado um período de humilhação, jejum e oração? Talvez ele percebesse que Deus estava operando e que este era o prenúncio do final do decreto contra a vida do seu povo. 6.12a Observe o contraste no efeito desse fato sobre os dois homens. Mardoqueu simplesmen­ te voltou para sua solitária tarefa de sentar-se à porta do rei, talvez como vigia; mas Hamã ime­ diatamente voitou ao seu lamento, tendo sua cabeça coberta (v. 12). 6.13a Hamã agora tinha uma história diferente para contar à sua esposa e amigos, compara­ da com aquela que lhes contara no dia ante­ rior (5.10-14). Os homens sábios predisseram acertadamente que se Mardoqueu era da se­ mente dos judeus, diante de quem Hamã tinha com eçado a cair, então ele não prevaleceria contra o homem, mas logo cairia diante dele (v. 13). Embora essa predição tivesse sido dada, os camareiros do rei vieram levar Hamã para o banquete da rainha Ester, onde descobriria algo mais da sua queda iminente (v. 14). 6.13b 1a e única profecia em Ester (6.13, cum­ prida). Esta profecia foi feita pelos homens sábios e Deus pode tê-la colocado em suas mentes; ou teriam profetizado da mesma for­ ma que o perverso sumo sacerdote fizera com relação a Jesus Cristo (Jo 11.49-51). 7.2a Perguntas 12-13. Próxima, v. 5.

15. O p e d id o d e E ster p e la sua v id a e p e la v id a d os ju d eu s 3 Então, respondeu a rainha Ester e “disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento. 4 “Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não ^recompensaria a perda do rei. 16. A p e r g u n ta d o r e i e a a cu sa çã o d e E ster a H am ã 0 Então, ■ ‘falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: ^Quem é esse? E onde está esse cujo coração o cinstigou a fazer assim? 6 E adisse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha. 17. O fu r o r d o r e i e o p e d id o d e H am ã p o r m isericó rd ia 7E o rei, no seu furor, ^se levantou do banquete do vinho para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para ro­ gar à rainha Ester pela sua vida; porque viu ^que já o mal lhe era determinado pelo rei. 18. H am ã p e n d u r a d o na p ró p ria fo r c a q u e fiz era p a ra M a rd oq u eu 8 Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que esta v a Ester. Então, disse o rei: aP o r v e n ­ tura., quereria ele também forçar a rainha perante mim

7.3a Tendo por três vezes a promessa definida do rei de que concederia a sua petição, m es­ mo que fosse metade do seu reino (5.3,6; 7.2), Ester simplesmente pediu a única coisa que alguém poderia pedir sob tais circunstâncias. Eia pediu por sua própria vida e a vida de seu povo (w. 3,4). 7.4a Suplicando por sua vida e a vida de seu povo, Ester explicou como todos eles tinham sido vendidos para ser destruídos, mortos e aniquilados. Se tivessem sido vendidos como escravos, ela não teria pedido ao rei para pou­ pá-los, ainda que o inimigo não pudesse com­ pensar pelo prejuízo (w. 3,4). 7.4b Compensar, retribuir, indenizar. 7.5a Ameaçou e disse. 7.5b Pergunta 14. Próxima, v. 8. Esta passagem, Quem é esse? E onde está esse, é o quarto acróstico em Ester onde o nome de Jeová está oculto no antigo texto hebraico, e o quarto pivô em torno do qual a história gira. A s letras he­ braicas aqui são e h y e h , a abreviatura de Eu Sou Q que Sou. Cf. Êxodo 2.23-25 com 3.14,15. Veja O Nom e de D eus em Ester, p. 811. 7.5c Essa declaração de Ester foi a maior sur­ presa da vida do rei. Pensar que alguém pode­ ria presumir em seu coração matar sua rainha e seu povo! isso mostra que nem o rei nem Hamã sabiam que ela era judia e que seu povo era judeu. Sem dúvida, o rei não teria emitido tal decreto se percebesse quem era o povo a quem Hamã queria destruir. O monarca não tinha examinado os fatos do caso, e estava, portanto, cuipando-se da negligência de justiça aos seus súditos. Ele tinha somente recebido as acusações e mentiras de Hamã quanto a este assunto, confiando nele para que se fi­ zesse a coisa certa (3.8). 0 próprio Hamã foi um instrumento de Satanás, permitindo que o orgulho o exaltasse para a destruição; sua ati­

tude foi exageradamente irracional. 7.6a Ester não teve medo de fazer acusações, apontar o inimigo e falar de sua impiedade diante da sua face, dizendo que o adversário era este mau Hamã. Isso foi também um cho­ que para Hamã e a maior surpresa de sua vida. Jamais poderia imaginar, um dia antes, quando recebeu a honra de um convite para o banque­ te da rainha, que esta seria a razão. Hamã veio a estar desesperadamente temeroso diante do rei e da rainha (v. 6). 7.7a A atitude do rei em levantar-se dessa forma mostrou seu desgosto e desejo por vin­ gança. Foi tal o choque de ouvir a perversidade de Hamã, em quem confiara, que o rei julgou necessário pensar no assunto a sós, pelo que saiu sozinho para o jardim do palácio. Recen­ temente, promovera Hamã acima de todos em seu reino (3.1); agora descobrira sua tolice ao confiar em tal homem. Sabendo que o mal já estava determinado contra ele, Hamã perma­ neceu ali para pedir à rainha que sua vida fosse poupada (v. 7). Ele ficou tão desesperado que, no momento em que o rei retornou, ele se encontrava caído sobre o ieito onde estava a rainha. Ao presenciar tal indignidade, Hamã foi preso e seu rosto coberto (v. 8). Cobrir a face de um criminoso era um sinal de condenação e morte, e de que não mais seria digno de oihar a face do rei. Um dos camareiros contou ao rei a respeito da forca que Hamã fizera para pen­ durar Mardoqueu, e o rei ordenou que Hamã fosse enforcado nela (w. 9,10), 7.7b A deciaração de que iá o maí lhe era de­ terminado é o quinto acróstico em Ester onde o nome de Deus está oculto no antigo texto hebraico, e o quinto pivô em torno do qual a história gira (v. 7). Veja O N om e de D eus em Ester, p. 811. 7.8a Pergunta 15. Próxima, 8.6.


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nesta casa? Saindo essa palavra da boca do rei, cobriram a Hamã o rosto. • 5 Então, disse Harbona, um dos eunucos q u e ser v ia m diante do rei: Eis que também a forca de “cinqüenta cô­ vados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara para bem do rei, está junto à casa de Hamã. Então, disse o rei: Enforcai-o nela. 10Enforcaram, pois, a Hamã na forca que ele tinha prepa­ rado para Mardoqueu. Então, o furor do rei se aplacou.

porque a escritura que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei não é para revogar. 9 Então, foram chamados os escrivães do rei, naquele mesmo tempo e “no mês terceiro (que é o mês de sivã), aos vinte e três do mesmo, e se escreveu conforme tudo quanto ordenou Mardoqueu aos judeus, como também aos sátrapas, e aos governadores, e aos maiorais das pro­ víncias que se e ste n d e m da índia até à Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada província segundo a sua escritura e a cada povo conforme a sua língua; como tam­ V. O plano de Hamã é revertido (Et 8,1-9.19) bém aos judeus segundo a sua escritura e conforme a sua 1. V ingança co n tra H am ã língua. “NAQUELE mesmo dia, '’deu o rei Assuero à rainha 10E se escreveu em nome do rei Assuero, e se selou com Ester a casa de Hamã, inimigo dos judeus; e M ardo­ o anel do rei; e se enviaram as cartas pela mão de correios queu veio perante o rei, 'porque Ester tinha declarado o a cavalo e que cavalgavam sobre ginetes, que eram das que lhe era. cavalariças do rei. 2 E tirou o rei o seu anel, que tinha tomado a Hamã, e 11 Nelas, o rei concedia aos judeus que havia em cada o deu a Mardoqueu. E Ester pôs a Mardoqueu sobre a cidade que se reunissem, e se dispusessem para defen­ casa de Hamã. derem as suas vidas, e para destruírem, e matarem, e as­ 2. A a rd e n te sú p lica d.c E ster p e la v id a d e seu p o v o solarem a todas as forças do povo e província que com eles apertassem, crianças e mulheres, e que se saqueassem 3“Falou mais Ester perante o rei e se lhe lançou aos pés; e os seus despojos, chorou e lhe suplicou que revogasse a maldade de Hamã, 12num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assue­ o agagita, e o seu intento que tinha intentado contra os ro, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar. judeus. 13E uma cópia da carta, que uma ordem se anunciaria em 4“E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então, Es­ todas as províncias, foi enviada a todos os povos, para que ter se levantou, e se pôs em pé perante o rei, os judeus estivessem preparados para aquele dia, para se 3 e disse: “Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça pe­ vingarem dos seus inimigos. rante ele, e s e este negócio é reto diante do rei, e s e eu 14Os correios, “sobre ginetes das cavalariças do rei, apreslhe agrado aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as suradamente saíram, impelidos pela palavra do rei; e foi cartas e o intento de Hamã, filho de Hamedata, o agagita, publicada esta ordem na fortaleza de Susã. as quais ele escreveu para lançar a perder os judeus que h á em todas as províncias do rei. 4. M a rd o q u eu e os ju d e u s ex altados 6“Por que como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu 15 “Então, Mardoqueu saiu da presença do rei com uma povo? E como poderei ver a perdição da minha geração? veste real azul celeste e branca, como também com uma 3. O n o v o e d ito p a ra p o u p a r os ju d e u s e grande coroa de ouro e com uma capa de linho fino e sa q u ea r os d esp o jo s d o in im ig o púrpura, e a cidade de Susã exultou e se alegrou. 16 E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra. 7 ‘Então, disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele 17 Também em toda província e em toda cidade aonde enforcaram numa forca, porquanto q u isera pôr as mãos chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os ju ­ sobre os judeus. deus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e mui­ • s Escrevei, pois, aos judeus, com o p a r e c e r bem aos vos­ tos, entre os povos da terra, “se fizeram judeus; porque o sos olhos e em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; temor dos judeus tinha caído sobre eles.

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7,9a Considerando o côvado 63,5 cm, 50 côva­ dos equivaleria a 31,75 m. A grande altura de tal forca enfatizava a inimizade e ódio de Hamã. Ele queria que todo o país visse o final de Mar­ doqueu. 8.1a Nanimlfi mesmo rtia Em contraste com 6.1, naquela mesma noite. 8.1b o rei deu a casa de Hamã a Ester e ela constituiu a Mardoqueu como encarregado sobre a casa (w. 1,2). Assim , os judeus triunfa­ ram finalmente sobre o antigo inimigo de Israel como o Senhor lhes predissera (Êx 17.16; Nm 25.7; 1 Sm 15.8,32). 8.1c Ester finalmente disse ao rei sobre seu parentesco com Mardoqueu (v. 1). O rei trou­ xe então o primo de Ester diante de si e lhe deu seu próprio anel que antes dera a Hamã, e assim exaitou a Mardoqueu, o judeu, no lugar de Hamã, o amalequita (w. 2,7-17). Esse é ou­ tro exemplo de Deus exaltando os judeus 6m terras estrangeiras. José foi exaltado no Egito ao lado de Faraó (Gn 41-50). Moisés foi herdei­ ro do trono do Egito (Êx 2.7-10; At 7.20-22; Hb

11.24). Daniel e seus três amigos foram exalta­ dos na Babilônia e na Pérsia (Dn 2.46-49; 3.30; 6.1-3). Agora Mardoqueu é exaltado na Pérsia (w. 3-17). 8.3a Ester não estava satisfeita com o livra­ mento de sua vida e da vida de seu primo, pois falou novamente ao rei, caindo a seus pés e suplicando pela vida de seu povo (v. 3). 8.4a Quando Ester caiu aos pés do rei com lá­ grimas, suplicando por seu povo, ele estendeu o cetro novamente para que ela o tocasse, im­ plicando que encontrara favor à sua vista (v. 4). 8.5a Compare o segundo pedido de Ester com o primeiro (7.3,4 com 8.3-6). 8.6a Perguntas 16-17. Próxima, 9.12. 8.7a Não desejando ver a rainha e seu povo em tal perigo e terror, Assuero deu a casa de Hamã a ela e a Mardoqueu para fazer o que quisessem. Foi-lhes permitido escrever cartas para todos os judeus em nome do rei, seladas com seu anel, dizendo que deveriam se reunir em cada cidade do reino para destruir a todos que buscassem destruí-los (w. 7-14).

8.9a O decreto para destruir os judeus tinha sido emitido no 13° dia do primeiro mês (Nisã, abril, 3.12). O segundo decreto cancelando o anterior e autorizando os judeus a se defenderem foi emi­ tido no 23° dia do terceiro mês (Sivã, junho, v. 9).' De acordo com as cartas enviadas aos oficiais do rei e aos judeus de todas as 127 províncias do império (v. 9), eles se reuniram no dia designado da destruição para matar e tomar os despojos de seus inimigos (w. 11-14). 8.14a Os mensageiros de Hamã foram envia­ dos a pé (3.12-15). Mas Mardoqueu enviou ca­ melos e mulas, porque a rapidez era vital nesse momento (v. 14). 8.15a Contraste as roupas e exaltação de Mar­ doqueu aqui (v, 15) com a humilhação e vestes de saco em 4.1. Também constraste a atitude do povo em Susã nesse momento com sua ati­ tude quando o primeiro decreto foi expedido (3.15). 8.17a Se os gentios podiam se tornar judeus, cer­ tamente esse termo não estava limitado somente aos da tribo de Judá, como alguns crêem (v. 17).


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5. O te m o r d e M a rd o q u eu e d o s ju d eu s ca i s o b r e os seu s in im igo s *E, NO mês duodécimo, que é o mês de adar, no dia treze do mesmo m ês em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, porque os judeus foram os que se assenhorea­ ram dos seus aborrecedores. 2P orq u e os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pôr as mãos sobre aque­ les que procuravam o seu mal; e nenhum podia resistirlhes, porque o seu terror caiu sobre todos aqueles povos. 3 E todos os maiorais das províncias, e os sátrapas, e os go­ vernadores, e os que faziam a obra do rei auxiliavam os ju­ deus, porque tinha caído sobre eles o temor de Mardoqueu. 4 Porque ‘'M ardoqueu era grande na casa do rei, e a sua fama saía por todas as províncias; porque o homem Mar­ doqueu se ia engrandecendo. 5 Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a gol­ pes de espada e com matança e com destruição; e fizeram dos seus aborrecedores o que quiseram.

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Q u in h en to s in im ig o s d os ju d eu s m o rto s na fo r ta le z a d e Susã 6E, na fortaleza de Susã, mataram e destruíram os judeus quinhentos homens; 7como também a Parsandata, e a Dalfom, e a Aspara, 8 e a Porata, e a Adalia, e a Aridata, 9 e a Farmasta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaizata. 10 Os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, inimigo dos judeus, foram mortos; “porém ao despojo não esten­ deram a sua mão. 11No mesmo dia, veio perante o rei o número dos mor­ tos na fortaleza de Susã. 7. O r e i a te n d e m ais p e tiç õ e s d e E ster 12E “disse o rei à rainha Ester: Na fortaleza de Susã, ma­ taram e destruíram os judeus quinhentos homens e os dez filhos de Hamã; ^nas mais províncias do rei, que fa­ riam? Qual é, pois, a tua petição? E dar-se-te-á. Ou qual é ainda o teu requerimento? E far-se-á. 8. O p e d id o d e E ster p a ra q u e se p en d u r a ssem os dez filh o s d e H am ã na fo r c a e m ais p u n iç õ e s a os in im igo s d o s ju d eu s; m ais trez en to s são d estru íd o s em Susã 13 Então, “disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se 9.1a No 13° dia do 12° mês (Adar, março), quando o primeiro decreto deveria ser executado, e no dia em que os inimigos dos judeus esperavam as­ senhorear-se deles, eles se ajuntaram em todas as cidades das 127 províncias do império para se defender e destruir todos que buscavam matálos. Os oficiais do rei em todas as províncias aju­ daram os judeus, pois o temor de Mardoqueu (o novo grão-vizir) e de seu povo caiu sobre todas as nações. Assim os judeus foram salvos (w. 1-3). 9.4a Mardoqueu se tornou grande na casa do rei, sua fama crescia em todas as províncias, e os judeus obtiveram a vitória sobre seus ini­ migos (w. 4,5). 9.10a Talvez eles tenham se lembrado da mal­ dição de Deus sobre Saul por tomar despojos e se recusar a obedecer (1 Sm 15). 9.12a O rei relatou a Ester o número de ho­ mens mortos em Susã. Os judeus mataram 500 homens e os 10 filhos de Hamã. Ele quis saber

também, amanhã, aos judeus que se a ch a m em Susã que façam conforme o mandado de hoje; e enforquem os dez filhos de Hamã n u m a forca. 14 Então, disse o rei que assim se fizesse; e publicou-se u m edito em Susã, e enforcaram os dez filhos de Hamã. 15 E reuniram-se os judeus que se a ch a v a m em Susã tam­ bém no dia catorze do mês de adar e mataram em Susã a trezentos homens; porém ao despojo não estenderam a sua mão. 9.

M ais 75 m il in im igo s d o s ju d eu s são m o rto s e m ou tra s p ro v ín cia s 16Também “os demais judeus que se achavam nas provín­ cias do rei se reuniram para se porem em defesa da sua vida e tiveram repouso dos seus inimigos; e mataram dos seus aborrecedores setenta e cinco mil; porém ao despojo não estenderam a sua mão. 10. J ú b ilo d e to d o s os ju d eu s 17S u ced eu isso no dia treze do mês de adar; e repousaram no dia catorze do mesmo e fizeram daquele dia ‘ dia de banquetes e de alegria. 18 Também os judeus que se a ch a v a m em Susã se ajun­ taram nos dias treze e catorze do mesmo; e repousaram no dia quinze do mesmo e fizeram daquele dia dia de banquetes e de alegria. 19 E também os judeus das aldeias que habitavam nas vi­ las fizeram do dia catorze do mês de adar dia de alegria e de banquetes e dia de folguedo e de mandarem presentes uns aos outros. VI. Festa anual de Purim instituída para comemorar o livramento dos judeus pela rainha Ester 20 E ^Mardoqueu escreveu essas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se a ch a v a m em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe, 21 ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, 22 como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria e de luto em dia de folguedo; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria e de mandarem presentes uns aos outros e dádivas aos pobres. 23 E se encarregaram os judeus de fazerem o que já ti­ nham começado, como também o que Mardoqueu lhes tinha escrito.

o que eles teriam feito em todas as outras cida­ des do império. Então, novamente favoreceu a Ester e lhe perguntou o que mais ela desejava, assegurando-lhe que seria atendida (v. 12). 9.12b Perguntas 18-20. Próxima, 10.2. 9.13a O pedido de Ester era que os 10 filhos de Hamã fossem pendurados na forca feita para Mardoqueu, e que o resto dos inimigos dos ju­ deus em Susã fossem destruídos, isso foi con­ cedido. Mais 300 inimigos dos judeus em Susã foram mortos no dia seguinte, o 14° dia; mas os judeus não tocaram nos despojos (w. 13-15). 9.16a Os outros judeus nas 127 províncias se juntaram no 13° dia do 12° mês (Adar, março) e mataram 75.000, mas não tocaram nos des­ pojos (v. 16). 9.17a No 14° dia do 12° mês (Adar, março), os judeus de fora de Susã instituíram uma festa de comemoração por sua libertação. Os de Susã descansaram e festejaram no 15° dia, tendo ma­

tado muitos outros no 14° dia (w. 17-19). 9,20a O ato seguinte de Mardoqueu foi escrever cartas para todos os judeus em todas as provín­ cias do império para estabelecer entre eles uma nova festa no 14° e 15° dias do 12° mês (Adar, março), sendo o mesmo para ser observado anu­ almente (w. 20,21). Esses foram dias em que os judeus repousaram de seus inimigos, quando a tristeza se transformou em aiegria, e quando saí­ ram do luto para um dia de festa. Deveriam fazer deste um tempo de banquetes e aiegria, quando enviariam presentes uns aos outros e dariam porções aos pobres (w. 20-22). Esses dias foram chamados Purim. uma palavra que vem de Pur, significando sorte, e referindo-se ao lançamen­ to de sortes para destruir os judeus por parte de Hamã e seus prognosticadores mensais (w. 24-28; 3.7). Purim é o nome da festa deste dia. Nessa ocasião, os livros de Ester, Daniel, Neemias e Esdras são lidos pelos judeus.


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24Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus; e tinha lançado Pur, isto é, a sorte para os assolar e destruir. 25 Mas, vindo isso perante o rei, mandou ele por cartas que o seu mau intento, que intentara contra os judeus, se tornasse sobre a sua cabeça; pelo que o enforcaram a ele e a seus filhos numa forca. 26Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur; pelo que ta m b ém , por causa d e todas as palavras daquela carta, e do que viram sobre isso, e do que lhes tinha sucedido, ^ con firm aram os judeus e tomaram sobre si, e sobre a sua semente, e sobre todos os que se achegassem a eles que não se deixaria de guardar esses dois dias conforme o que se escrevera deles e segundo o seu tempo determi­ nado, todos os anos; 28 e que estes dias seriam ^lembrados e guardados geração após geração, família, província e cidade, e que estes dias de Purim se celebrariam entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente. 29 Depois disso, escreveu a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu, com toda a força, para confirma­ rem segunda vez esta carta de Purim.

30 E mandaram ‘'cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras de paz e fidelidade, 31 para confirmarem estes dias de Purim nos seus tem­ pos d eterm in a d o s, como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham estabelecido e como eles mesmos já o tinham estabelecido sobre si e sobre a sua semente, acer­ ca do jejum e do seu clamor. 32 E o mandado de Ester estabeleceu o que respeitava ao Purim; e escreveu-se num livro. VII. Exaltação de Mardoqueu no reino da Pérsia DEPOIS disto, *pôs o rei Assuero tributo sobre a terra e s o b r e as ilhas do mar. 2 E todas as obras do seu poder e do seu valor e a declara­ ção da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei engrande­ ceu, p o rv e n tu r a , *não estã o escritas no livro das crônicas dos reis da Média e da Pérsia? 3 Porque o judeu Mardoqueu f o i o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e agradável para com a multidão de seus irmãos, procurando o bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação.

9.27a Os judeus ordenaram a festa de Purim, 9.30a Ester e Mardoqueu enviaram uma segun­ e essa foi uma festa ordenada pelos homens, da carta com relação à festa do Purim, pelo que ao contrário daquelas descritas em levítico 23, o costume se tornou firmemente fixado na vida divinamente ordenadas (w. 27,28). Entretanto, nacional de todo o Israel. Todos os judeus em eles têm sido muito fiéis em observar o Purim. todo o mundo se tornaram conscientes do fato 9.28a Os judeus não somente ordenaram tal festa de que a rainha do império da Pérsia era uma ju­ (no 14o e 15odias de março) para ser observada en­ dia, sendo trazida para o reino com o propósito quanto estivessem entre os pagãos, mas concor­ de salvar os judeus. Desta forma, uma mulher daram em observá-la através das suas gerações, foi usada por Deus para preservar a Semente da em cada família, cidade, província, no cativeiro ou mulher que estava para vir ao mundo. 10.1a Assuero taxou todas as terras sob seu do­ fora dele, onde quer que estivessem (v. 28).

mínio e se tornou um grande rei em toda a terra. Seu novo grão-vizir também se tornou grande aos olhos de todas as nações, pois o rei o colocou como o segundo em todo o reino, sobre todos os negócios do reino. Judeus de todas as terras o es­ timavam e ele buscou o bem-estar de seu povo (w. 1-3). O fato de Mardoqueu e de a rainha serem judeus explica muito a respeito de Ciro, o filho tíe Ester, seu zelo por Deus e pelos judeus, conforme predito na profecia e registrado na história. 10.2a Pergunta 21. Última pergunta em Ester.

ESTUDOS TEMÁTICOS 120 príncipes (1.1) Em Daniel 6.1, são mencionados os 120 prín­ cipes. O número se alterava continuamente para atender às exigências do governo nas várias províncias. Somente em Daniel 6.1 en­ contramos 120. Platão relata que "quando Da­ rio (isto é, o Mantenedor - Astiages) subiu ao trono, sendo um dos sete, ele dividiu o país em sete porções" (De Legibus III). Esses go­ vernadores eram os sete príncipes da Pérsia nomeados nos w . 13,14. Quando a Babilônia caiu nas mãos de Assuero ou Dario, o medo, ele dividiu o reino recém-conquistado em 120 partes (Dn 9.1; cf. Dn 6.1). As 127 províncias po­ dem ter sido as prévias sete partes juntamente com as 120 recém-constituídas (v. 1; 9.30). Nos dias de Dario Histaspes, estas foram reduzidas a 23 partes, conforme declarado na inscrição de Behistun. A ssu ero (1.1) Assuero, significando o Poderoso ou Venerável rei, era um título de certos reis persas. Alguns pensam que este aqui era Xerxes, filho de Da­ rio Histaspes, mas isso não pode ser, pois os eventos do livro tomaram lugar muito antes de sua época. Fica claro em 2.5-7 que Mardoqueu era primo de Ester. Ela era filha de seu tio, e ele a tomou por filha pelo fato de não ter pai nem mãe. Mardoqueu tinha sido levado cativo com Jeoaquím, rei de Judá, por Nabucodosor. Isso ocorreu 11 anos antes do cativeiro fina! de Judá e da destruição de Jerusalém (2 Rs 24.1-25.30; Jr 25.1). A servidão na Babilônia por 70 anos

começou no quarto ano de Jeoaquim (Jr 25.1; 9-11; nota, Dn 9.2). Se Mardoqueu era um jo­ vem, com 20 anos de idade, no tempo do seu cativeiro, ou seja, 11 anos antes do início dos 70 anos de servidão, cerca de 627 a.C., e se Xerxes reinou em 485-464 a.C., isso faria com que Mardoqueu tivesse 162 anos de idade no primeiro ano de Xerxes. Ester também seria velha nessa época. O fato é que Ester é a jovem e bela esposa de Dario, o medo, de Daniel 5, e a mãe de Ciro, o comandante dos exércitos da Pérsia que tomou a Babilônia no final dos 70 anos de sen/idão. Este Dario (o pai de Ciro) reinou 35 anos, 33 dos quais durante a última parte dos 70 anos de servidão de Israel na Babilônia. Isso se ajusta a todos os fatos históricos sobre Mardoqueu sendo levado como cativo com Jeoaquim quan­ do jovem. É possível que tivesse vivido durante todo o cativeiro. Ele poderia facilmente ter sido o Mardoqueu de Esdras 2.2 e Neemias 7.7. Al­ guns judeus viveram os 70 anos de servidão e retornaram para ver a fundação do templo re­ colocada (Ed 3.12). Veja R e is da Pérsia, p. 776, e 4 re is p e rsas, p. 1419.

Deus estava oculto, sendo abreviado: JHVH para JeHoVaH, em quatro vezes, e EHYEH (Eu Sou o que Sou), uma vez. Essas letras foram usadas como acrósticos em certas declarações, e em três dos manuscritos foram escritas com letras maiores do que o restante do texto, de modo que permaneciam destacadas no rolo. As de­ clarações onde tais letras ocorreram no texto hebraico são: 1 Todas as mulheres darão. Declarada por Me­ mucã (1.20). 2 Venha hoie com Hamã. Deciarado pela rainha Ester (5.4). 3 Tudo isto não me satisfaz. Declarado por Hamã (5.13). 4 Que iá o mal lhe estava determinado. Decla­ rado pelo autor de Ester (7.7). 5 Quem é esse e onde está esse (7.5). Aqui é onde o acróstico EHYEH foi usado, enquanto nos textos acima JHVH foi empregado.

7 form as de honra sugeridas por Ham ã (6.8) 1 Tragam a veste real que o rei costuma vestir (v. 8). 2 Também o cavalo em que o rei costuma an­ dar montado. O Nome de Deus em Ester (1.20) 3 Ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça. Tem sido observado por muitos que o nome de 4 Entregue-se a veste e o cavalo à mão de um Deus não é encontrado no livro de Ester, isso dos príncipes mais nobres do rei (v. 9). se torna mais marcante pelo fato de que, nos 5 Vistam delas aquele homem a quem o rei 167 versículos do livro, o rei é mencionado 195 deseja honrar. vezes; seu reino, 28 vezes; e seu título Assuero 6 Levem-no a cavalo pelas ruas da cidade. é citado 29 vezes. Contudo, no antigo texto he­ 7 Apregoe-se diante dele: Assim se fará ao ho­ braico, havia cinco ocasiões em que o nome de mem a quem o rei deseja honrar!


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