MANUAL DO EDUCADOR DA EJA
© Editora Espiral, 2022
Direção
Gerson Fernandes
Projeto gráfico e diagramação: Kathelly Menezes
Revisão: Pamela Xavier CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS
EDITORES DE LIVROS, RJ
X22g Xavier, Pamela Guia prático da BNCC / Pamela Xavier, Regina Queiróz. - 1. ed. Recife [PE]: Espiral, 2022. ISBN 978-85-9462-109-2
1. Base Nacional Comum Curricular. 2. Educação Infantil. 3. Professores - Formação. 4. Prática de ensino. I. Queiróz, Regina. II. Título. 19-61938 CDD: 372.2 CDU: 373.2/.29
Leandra Felix da Cruz - Bibliotecária - CRB-7/6135 11/12/2019 16/12/2019
Editora Espiral
Rua Ministro Salgado Filho, 476 CEP 51130-500, Boa Viagem, Recife-PE www.editoraespiral.com.br contato@editoraespiral.com.br
SUMÁRIO
Apresentação
Introdução Trajetória da EJA no Brasil
A Educação de Jovens e Adultos na Sociedade Atual Formação Docente
Docência e formação continuidade na educação de jovens e adultos
Formação em Serviço para Professores da EJA Como Organizar as Formações Continuadas Metodologias para a EJA EJA e a andragogia, novo conceito de aprender e ensinar
Uma conversa sobre a alfabetização de Jovens e Adultos
Avaliação diagnostica: avaliar pra intervir Práticas de alfabetização adequadas para a EJA
Orientação da Coleção EJA Trabalho e Cidadania
Sugestões de atividades para o processo de alfabetização e letramento na EJA Referências
APRESENTAÇÃO
É com muito prazer que a Editora Espiral apresenta o Manual do Educador da EJA, com o objetivo de promover através dos estudos reflexões e analises os desafios dessa modalidadede ensino no Brasil.
Buscamos contribuir para o entendimento da trajetória da Educação de Jovens e Adultos, as mudanças ocorridas na legislação e os avanços na formação para o mercado de trabalho. Conhecer as expectativas e desafios de educando e educadores. Quem são esses alunos? Qual a trajetória de vida? Quais os anseios pessoais e profissionais? Quem são seus educadores? Quais são suas expectativas e reflexões sobre a EJA?
Acreditamos que esse manual facilitará para a compreensão dos processos ensino-aprendizagem da EJA, quando se propõe a analisar princípios norteadores do trabalho com a modalidade, as concepções e proposta metodológica que mais se adequa a realidadee as experiênciasda vida do educando.
Dessa forma convidamos a todos os envolvidos nessa modalidade de ensino, como professores, coordenadores pedagógicos, supervisores, diretores e equipe técnica a oportunidade de conhecer a trajetória da EJA na educação do nosso país, bem como de assumir a responsabilidade de refletir analisar e por em prática as medidas que julgarem adequadas para a oferta e permanência do público da EJA, que vê nessa oportunidade a garantia de resgatar o que lhe foi tirado ou não ofertado no momento oportuno.
INTRODUÇÃO
Este manual foi pensado para fomentar discussões em momentos de formação com professores, buscamos temáticas que nos auxiliem a compreender melhor o nosso papel enquanto mediadores das aprendizagens, como também entender as especificidadesdos alunos da modalidadeda Educação de Jovens e Adultos.
Com este manual pretendemos fazer um resgate histórico, buscando compreender quais demandas provocaram o surgimento da EJA, como surgiram as campanhas, programas e projetos de alfabetização e a necessidade de incluir a qualificação profissional para atender uma necessidade de mão de obra brasileira.
Iremos discutir alguns aspectos da formação docente e a importância da formação continuada como processo continuo de aperfeiçoamento da prática docente, entendendo que esse processo vai muito além de reuniões pedagógicas ou de planejamento.
Neste manual iremos repensar as metodologias usadas nas turmas da EJA e conhecer novas metodologias que estimulam e permitem maior envolvimento dos alunos tornando-o protagonista do seu conhecimento.
Apresentaremos a andragogia como uma nova ferramenta para auxiliar os adultos a aprender, trazendo seus princípios e analisando os pressupostos como elementos que buscam facilitare articular a aprendizagem de adultos.
Destacaremos as práticas de alfabetização nas turmas do primeiro segmento analisando as metodologias mais adequada que ajudarão aos alunos ao acesso a leitura e escrita de forma sistematizada, como também as contribuições do nosso patrono da educação Paulo Freire para a alfabetizaçãoda Educação de Jovens e Adultos.
TRAJETÓRIA DA EJA NO BRASIL
Buscamos apresentar um breve histórico até os dias atuais da trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, suas expectativas e desafios.
No Brasil colônia os jesuítas iniciaram a catequização de jovens indígenas e escravos com o objetivo de propagar a fé católica e o trabalho, portanto se iniciava uma ação educativa e cultural para essa faixa etária com a finalidade de atender uma demanda de trabalho existentes.
A partir da década de 1930, a educação de jovens e adultos começa a ser pensada não com o objetivo de formar cidadãos letrados e pensantes e sim para suprir a necessidade de mão de obra minimamente qualificada que suprisse a demanda da industrialização que já acontecia nos países mais ricos e que era uma realidadepróxima no Brasil.
Em 1934, o governo cria o Plano Nacional de Educação que define como dever do Estado ensino primário, gratuito e com frequência obrigatória e para jovens e adultos uma extensão desse direito. Em 1947 é lançada a campanha nacional que amplia as discussões sobre o analfabetismo no Brasil e a partir dessas reflexões surgiram várias campanhas todas com o intuito de alfabetizar funcionalmente e promover uma formação continuada para jovens e adultos.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) em seu artigo 37º §1º diz: Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos, que não puderam efetuar seus estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho mediante cursos e exames.
Desta forma a LDB/96 reafirma o direito aos jovens e adultos trabalhadores ao ensino básico e o dever do Estado ofertou gratuitamente, estabelecendo responsabilidades aos entes federados a partir da mobilização da demanda, com garantias ao acesso e permanência.
Em 2003 o Programa Brasil Alfabetizado lançado pela Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo. O Brasil Alfabetizado inclui outros programas e projetos com o foco para educação e qualificação profissional, como o Projeto Escola da Fábrica, Programa ao Ensino Médio para Jovens e Adultos (PROEJA) e o PROJOVEM, esse articulando três pilares: Educação, Qualificação Profissional e Ações Comunitárias.
Em 2007 o Ministério da Educação (MEC) aprova o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) que inclui a modalidade EJA passou a estar presente na política de fundos de financiamento da educação. Mas as expectativas de que essa modalidade de ensino ampliaria a oferta foi frustrada com limitações 15% do total dos recursos. Essa restrição resultou em muitas críticas por desestimular a oferta, por causa do valor rebaixado por aluno em detrimento ao ensino regular.
A Educação de Jovens e Adultos no Brasil é marcada por políticas públicas suficiente para atender as demandas e de cumprir o direito à educação de qualidade, estabelecida pela Constituição Federal de 1988.
Historicamente, observamos a trajetória da Educação de jovens e adultos pelo direito a educação sendo ofertada de forma desigual deixando às margens das políticas educacionais do país, não permitindo a esses indivíduos a efetiva implementaçãoe continuidade.
Para quem essa modalidade é ofertada? Quem são esses indivíduos? A EJA tem um público com especificidades próprias, são alunos com 15 anos ou mais que não completaram o ensino fundamental e com 18 anos que não completaram o ensino médio. Esses sujeitos não são apenas de grandes cidades, mas que também são aqueles que moram em cidades ribeirinhas, quilombos e periferias todos com desejos, sonhos, metas e conquistas. Conhecer o perfil desse educando e seus desafios implica em lançar um olhar em suas histórias de vida, seus anseios e necessidades.
Atualmente o público da EJA apresenta uma diversidade considerável, podemos apresentar três perfis destintos dessa modalidade os jovens e adolescentes com um crescente número em função da idade mínima para o Ensino Fundamental de 15 anos completos. Esses alunos são oriundos de escolas regulares marcados por sucessivas reprovações. O público jovem adulto, que pela necessidade do trabalho e pela esperança de um futuro melhor busca nessa modalidade recuperar o que não lhe foi ofertado ou por experiencias escolares malsucedidas. E o último perfil é do idoso, que privados dos direitos básicos educacionais, busca a EJApara ter acesso domínio da leitura e escrita como bens sociais.
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que historicamente é ofertada a pessoas que perderam a oportunidade de estudar na idade adequada em escolas regulares, que por diversos motivos precisam ter acesso à educação. Pensando nas peculiaridades dessa modalidade precisamos refletir a importância do papel do professor em mediar as aprendizagens de forma a garantir as motivações necessárias para o sucesso da aprendizagem.
Apresentamos a seguir alguns aspectos que contribuíram para a formação do perfil do professor EJA.
As formações de professores no Brasil aconteciam em escolas normais, a partir de 1968 com a Reforma Universitária, foram criadas as Faculdades de Educação, onde acontecia a preparação de professores para o primeiro grau, que corresponde aos anos iniciais, o magistério e a licenciaturas que titulavam os professores em diversas disciplinas para o 2° grau. Este padrão vigorou até a Lei de Diretrizese Bases de 1996.
No final da década de 1980 começaram os debates sobre a necessidade de formação específica à docência na modalidade da EJA. As faculdades de Educação ampliam a atuação do pedagogo em diversos campos, além de sua matriz de formação. A partir dessas discussões os cursos de pedagogia passaram a incluir habilitação no Ensino da Educação de Jovens e Adultos mesmo que de forma sutil e gradativo, trazendo essa disciplina como eletiva e posteriormente obrigatória.
DOCÊNCIA E FORMAÇÃO CONTINUIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O que diz a lei?
A formação continuada está prevista no Artigo 62 da LDB 9394/96 em seu parágrafo 1° acrescido pela lei N° 12.056, de 13-10-2009, que diz “A união, o Distrito Federal, os estados e os municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais do magistério.
Para o processo educativo dos alunos da EJA levando em consideração sua forma de atuação no mundo, os professores em suas práticas deverão está comprometidos com o ensino que leve em consideração esse perfil. E para tal se faz necessário a formação continuada e/ou em serviço.
Formação em serviço para professores da EJA
Compreendendo a necessidade de ampliar a formação acadêmica da graduação de professores que atuam na EJA, se faz necessário a formação continuada que pode contribuir para um enfoque especifico, levando em conta sua pluralidade cultural, suas identidades, valorizando sua bagagem histórica.
A formação continuada dos professores da EJA tem sido necessária logo após a formação inicial, como um processo continuo de aperfeiçoamento dos saberes necessários e específicos dessa modalidade, garantindo a melhoria da prática, a permanência do aluno e o ensino de qualidade.
A formação continuada no âmbito escolar vai muito além de reuniões pedagógicas, ela permeia o dia a dia de sala de aula através da reflexão e ação da sua prática.
Podemos destacar alguns benefícios dessa formação continuada a partir de um olhar avaliativo do trabalho do professor.
Quando o professor tem espaços de sala e escuta a respeito de sua prática ele possibilita aprimorar e ressignificar o fazer pedagógico. Podemos destacar alguns benefícios dessa formação como: Ÿ
Trocas e devoluções entre professores e coordenadores; Ÿ
Ÿ
Didáticas dinâmicas; Ÿ
Ÿ
Desenvolvimento de competências socioemocionais;
Novas tecnologias e tendências na sala de aula; Ÿ
Qualificação e reflexão da sua prática; Ÿ
Engajamento no contexto profissional dos alunos;
Incentivo na construção de sujeitos críticos reflexivos e transformadores.
Como organizar as formações continuadas
A formação continuada de professores deve estar presente no cronograma escolar podendo ser quinzenais ou mensais com uma carga horária de quatro horas devidamente alinhadas com as coordenação e gestão de cada unidade. O objetivo de cada encontro é de oportunizar voz e vez aos professores.
Discutir suas necessidades, considerando o foco nas aprendizagens dos alunos. Criar um ambiente acolhedor que estimule a troca de experiências através dos relatos de suas práticas.
Construir um vínculo dando devolutivas e essas demandas. Nesses encontros é importante também estudar sobre legislação atual, novas metodologias e especificidades da Educação de Jovens e Adultos.
METODOLOGIAS PARA A EJA
Metodologia é o campo que estuda os métodos como processos para se chegar a um determinado objetivo.
A Educação de Jovens e Adultos apresenta especificidades próprias que exige uma metodologia adequada que atenda as necessidades de alunos heterogêneo que aprendem de formas diferentes, apresentam contextos sociais e de trabalho diferenciados que faça sentindo à aprendizagem.
Metodologias ativas, o que são?
As metodologias ativas são estratégias pedagógicas baseada em resolução de problemas com abordagens interdisciplinares e contextualizadas que partem de situações reais da vida do estudante, colocando-o como protagonista.
As metodologias ativas estimulame permitem:
Ÿ
Maior participação e motivação dos alunos;
Ÿ
Valorização e utilização dos saberes e das experiências que os alunos já possuem, adquiridos fora do ambiente escolar;
Ÿ
Reflexão e debates de opiniões sobre temas abordados ou problemas a serem solucionados;
Ÿ
Atividades interdisciplinarese contextualizadas.
Vantagens do uso de metodologias ativas:
Aprendizagem acontece de forma colaborativa e significativa;
Ÿ
Ÿ
Apropriação do conhecimento significativo;
Protagonismo estudantil levando em consideração suas vivências; Ÿ
Nova dimensão ao trabalho em equipe.
Quais os principais tipos de metodologias ativas mais adequadas para a Educação Jovens e Adultos?
Ÿ Aprendizagens entre pares; Ÿ
Ÿ
Aprendizagens baseada em projeto;
Aprendizagens baseada em problemas; Ÿ
Rotação por estação de aprendizagem; Ÿ Sala de aula invertida; Ÿ
Ÿ Gamificação;
Brainstorm “tempestade de ideias”; Ÿ
Videoaulas.
EJA E A ANDRAGOGIA, NOVO CONCEITO DE APRENDERE ENSINAR
Art. 37º §1º diz: Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos, que não puderam efetuar seus estudos na idade regular, oportunidades educacionaisapropriadas,consideradasascaracterísticas do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalhomediantecursoseexames.
Frente aos desafios da formação docente inicial que vem sendo tema de muitas discussões a respeito do seu currículo e principalmente a eficácia dessa formação em todas as etapas de ensino, buscamos discutir a formação continuada dos professores como nuns elementos imprescindíveis para as práticas exitosas em sala de aula.
Quando nos referimos aos docentes da EJA os impactos da docência são ainda mais evidentes, portanto, é preciso investir em formação, valorização, tecnologias e qualificação que assegure uma prática docentes alinhadasao perfil dos estudantes da EJA.
Buscando novas metodologias e práticas que atenda as diversidades da modalidade da EJA, principalmente no que diz respeito a alfabetização, nestas perspectivas iremos apresentar a Andragogia como a arte de ensinar aos adultos, um conceito que sendo discutido como modelo facilitadordas aprendizagens de adultos.
Quando partimos para os processos de alfabetização com adultos, entendemos que este indivíduo aprende com construções e reconstruções da vida, dessa forma não é possível uma prática sem levar em consideração esses elementos. Os métodos de ensino para a alfabetização não podem ser os mesmos planejados para as crianças. Sabemos que crianças e adultos passam pelos mesmos processos de aquisição da escrita e leitura, porém em contextos diferentes é preciso considerar os saberes previamente adquiridos desse adulto e contextualizar os processos de alfabetizadores com um universo adulto, descartando a ideia de oferecer atividades que são dirigidaspara este público.
A Andragogia é conceito relativamente novo na educação, porém abordado por vários teóricos, um dele, o Malcolm Knowles, no final dos anos 60 trouxe a sistematização desse conceito, para o autor a Andragogia apresentam vários princípios que caracterizam os processos de aprendizagens, sendo eles:
Necessidadedesaber
Necessidade de saber para aprimorar sua atuação, precisa saber em que o aprendizado ode facilitarsua vida.
Ÿ Autonomiadoaprendiz Propõe que o educando participe das decisões de quando, como e o que vai aprender.
Ÿ
Experiênciasanteriores
Orientaçãoparaaaprendizagem
Utiliza as experiências da vida social e do mundo do trabalho, trazendo exemplos práticos que o orientaram para as novas técnicas aprendidas.
Considera todo o conhecimento de vida, suas experiencias e descobertas contribuíram para seu processo de aprendizagem. Ÿ
Motivaçãoeaprendizagem
A motivação é uma ferramenta que possibilita a satisfação pessoal a autorrealização e consequentementeo aumento da autoestima.
CONHECIMENTO
ANDRAGOGIA
EXPERIÊNCIA
AUTONOMIA ORIENTAÇÃO MOTIVAÇÃO
A partir desses princípios o professor passa a ter estratégias para planejar e facilitar a aquisição do conhecimento de forma dinâmica e motivadora, levando em consideração as especificidades do seu grupo, garantindo assim o acesso e a permanência desses jovens e adultos.
Uma conversa sobre a alfabetização de Jovens e Adultos
A leitura de Mundo procede a leitura da palavra (FREIRE,1989)
Muito se falou sobre através das nossas leituras a necessidade de conhecer a Educação de Jovens e Adultos para compreender como essa modalidade responde aos processos de ensino aprendizagem e consequentemente seja alfabetizado e continue seus estudos. Contudo os Planos, Programas, Projetos e Campanhas para a erradicação do analfabetismo no Brasil não tiveram seus objetivos alcançados, continuamos com altas taxas de analfabetismo, decorrentes não apenas do acesso a escola, mas de vários outros fatores que necessitam de políticas sociais que contribuam acertadamente para o fim do analfabetismono nosso país.
Várias contribuições metodológicas foram feitas para acabar com o analfabetismo, porém vamos destacar a teoria de Paulo Freire, como o divisor de águas para as metodologias e práticas existentes em sala de aula da EJA.
Como aluno, professor e estudioso dessa modalidade, condições essas que permitiram analisar vários métodos e criar o seu próprio método, no qual o educando tem ligação com o mundo em que vive, desta forma o educando se sente inserido e a partir de sua atuação se conscientiza para mudar sua realidade. Portando na Perspectiva Freiriana, não basta ler e escrever é preciso fazera leitura de mundo.
A metodologia Freiriana contradiz os métodos e alfabetização puramente mecânicos que foram aplicados e são até os dias atuais. Ao invés de usar palavras sem um real significado dento do seu contexto o educando passa a utilizar as situações a partir de suas vivências, como instrumento adequados para a mediação e construção do seu conhecimento. Portanto para Paulo Freire seu método provocava uma educação baseada na criticidade conscientização e atualmente influencia os processos de ensino aprendizagem nas salas de aula da EJAem todo o Brasil.
Para Freire o ato de aprender a ler e escrever vai muito mais além de codificar e decodificar é um ato político. Portanto os processos de ensino e aprendizagem deverá está ancorado em vivências gerando conhecimentos de acordo com seus interesses, partindo da sua realidade estabelecendo conexão do que aprende com o que já sabe e que esse conhecimento vai impactar sua vida.
Assim o educador precisa realizar uma metodologia que contemplem a realidade em que vive, o mundo do trabalho, as relações sociais, crenças e valores.
Portanto na Educação de Jovens e Adultos o processo educacional tem que ser acolhedor, oportunizando práticas adequadas, horários flexíveis, liberdade de expressão transformando os espaços educativos num ambiente agradável e de empoderamento.
Avaliação diagnostica: avaliar pra intervir
Para iniciarmos qualquer prática alfabetizadora precisamos utilizar um instrumento avaliativo fundamental que é a avaliação diagnóstica inicial, no cenário atual se torna um elemento de equalização da aprendizagem, pois através dela o professor poderá identificar os conteúdos e conhecimentos que os alunos possuem e o que eles precisam saber, traçando assim um panorama geral do aluno e a partir dele planejar ações de intervenções para alcançar novos objetivos.
Este instrumento deve ser realizado no inicio do ano e ser aplicado a cada bimestre e os resultados devem ser computados em uma planilha avaliativa ou um portfólio para que professores e coordenadores acompanhem as aprendizagens dos alunos e possam pensar em novas estratégias de ensino-aprendizagem como também personalizar de forma contextualizadae significativa para o aluno.
Apresentaremos alguns tipos de avaliação diagnósticas para serem aplicadas no 1º e 2º Segmento da EJA.
Frequênciadaatividade:bimestral.
1º Segmento
AvaliaçãodeLínguaportuguesa Ÿ
Linguagem escrita; Ÿ Produção e compreensão textual;
AvaliaçãodeMatemática
Ÿ Números e operações;
Linguagem oral; Ÿ Leitura; Ÿ Identificar os níveis de leitura e escrita dos alunos. Ÿ Geometria; Ÿ Grandezas e medidas;
Tratamento da informação. Ÿ
Autoavaliação
O aluno faz uma autoavaliação do seu processo de aprendizagem falar de suas dificuldades e expectativas.
2º Segmento
AvaliaçãodeLínguaportuguesa Ÿ
Produção de redação;
AvaliaçãodeMatemática Ÿ
Baseada no perfil de saída do ano anterior da modalidade;
Baseada no perfil de saída do ano anterior da modalidade; Ÿ Leitura e interpretação de texto. Ÿ
Exercícios. Ÿ Simulações; Ÿ
Autoavaliação
O aluno faz uma autoavaliação do seu processo de aprendizagem falar de suas dificuldades e expectativas.
Práticas de alfabetização adequadas para a EJA
Escritadoaluno
Incentivar a escrita espontânea do aluno, convencê-lo que mesmo que sua escrita não esteja correta é importante ele registrar o que sabe, pois a partir dela o professor poderá identificar o que o aluno já sabe e o que ele precisa saber. Identificando a fase da escrita será possível propor atividadesde superação da fase.
Frequência da atividade: diariamente.
Para esta escrita propomos:
Ÿ Escrita de textos de memória (receitas, listas, músicas ou poemas que façam parte do universo adulto);
TextoColetivo
Propor a construção de um texto coletivo com os alunos de acordo com o interesse do grupo, no qual o professor é o escriba e os alunos participam opinando e controlando o que é escrito, dessa forma os alunos compreendem o processo textual e acessam as várias tipologias textuais.
Frequência da atividade: duas vezespor semana.
Frequência da atividade: diariamente.
Ÿ
Músicas populares;
A leitura diária pelo professor em situações diversas, inspira nos alunos o prazer pela leitura. A vivência das práticas de leitura favorece aos alunos o conhecimento e as características dos gêneros textuais, o uso e as funções da escrita, como também contribuem a participaçãodos alunos em ouvir e opinar sobre o que foi lido. Ÿ
Poemas/ poesias;
Leituradiária(oprofessorcomoleitor) Ÿ
Cordéis;
Ÿ Autoditado. Ÿ Crônicas;
Ÿ Ditado; Para estes momentos de leitura propomos: Ÿ Biografia e autobiografia; Ÿ Relato.
Leitura
diária(oalunocomoleitor)
Propor leitura de textos já trabalhados com os alunos como músicas, receitas, listas, avisos, bilhetes, rótulos e anúncio publicitário, desta forma é mais confortável para o aluno se arriscar a ler pois já são textos conhecidos de memórias. São nestes momentos que os alunos entram em contato com o que está escrito conhecendo e reconhecendo letras, sons e estrutura das palavras, como também proporcionando o conhecimento de estratégias de leitura para uma melhor compreensão do que se lê.
Frequência da atividade: diariamente.
JogosdeLinguagemparaalfabetizaçãodeadultos
Os jogos de alfabetização exigem diferentes demandas cognitiva, portanto, mobilizam diferentes situações didáticas que contribuirão para o avanço dos níveis de conhecimento sobre o Sistema de Escrita Alfabética. Propomos o Kit de jogos do (CEEL) da Universidade Federal de Pernambuco que foi disponibilizadopelo MEC em 2008.
Os jogos já fazem parte do universo adulto com a finalidade de diversão, portanto propor esses jogos para os adultos se faz necessário uma adequação para uma linguagem próxima de sua realidade,contemplando também figuras não infantilizadas.
Propomos os seguintes jogos: Ÿ Quais são as letras;
Ÿ Adedonha das sílabas;
Ÿ Bingo das sílabas iniciais; Ÿ Baralho de rimas; Ÿ Escrevendo palavras.
Ÿ Stop!;
Frequência da atividade: uma vez por semana.
Orientação da Coleção EJA Trabalho e Cidadania
1º Segmento
Livro 1
O livro 1 corresponde a fase de aquisição da alfabetização numa perspectiva interdisciplinar, apresentando atividades que façam os alunos refletirem sobre a escrita e a leitura e a matemática com atividades voltadas para a realidade do aluno. Para o trabalho com a alfabetização orientamos a avaliação diagnóstica inicial como um ponto de partida para o planejamento das atividades realizadas, tendo o livro como um suporte para sistematizar as vivências.
Livro 2
O livro 2 corresponde ao 2º e 3º ano do ensino fundamental trazendo uma abordagem interdisciplinar com um foco nas práticas de leituras, com textos voltados para o mundo do trabalho e as práticas sociais. Trazendo outros componentes curriculares para as vivencias práticas do dia a dia orientamos que o livro seja um suporte para as atividades já realizadas em sala de aula.
Livro 3
O livro 3 corresponde ao 4º e 5º ano do ensino fundamental, as atividades são focadas em vivências do dia a dia do aluno e suas necessidades tanto socias como do trabalho. Ampliando as práticas de leitura e produção textual e um enfoque na matemáticafinanceira.
As metodologias discutidas no nosso manual poderão ser aplicadas em todos os componentes curriculares abordados na nossa coleção, buscando práticas diferenciadas do ensino fundamental para a adequação das necessidades dos alunos desta modalidade, garantido a permaneciae continuidadedos estudos.
2º Segmento
Os livros são organizados de maneira que para cada ano da modalidade se trabalhe dois anos do ensino fundamental anos finais. Os componentes são distribuídos por blocos que conversam entre si, portanto numa abordagem interdisciplinar que facilitará a aprendizagem de novos conhecimentos que façam sentido e dialogue com a realidadedos alunos.
6º e 7º ano
Arte, Inglês e Língua Portuguesa Ciências
Matemática e História, geografia e Trabalho
8º e 9º ano
Arte, Inglês e Língua Portuguesa Matemática e Ciências História, geografia e Trabalho
Cada bloco apresenta uma organização por unidades com os componentes curriculares, além dos conteúdos da e das atividades propostas no Caderno do Estudantes existem outros recursos que você disponibilizar, como também utilizar as metodologias que foram apresentadas no nosso manual para otimizar e dinamizar suas aulas.
Cada disciplina apresenta questões relacionadas ao mundo do trabalho que é o nosso eixo norteador desenvolvendo uma estrita relação com o componente curricular Trabalho.
Em todos os componentes curriculares apresentamos uma diversidade de gêneros textuais e seus suportes para que através das práticas leitoras haja uma participação social mais voltadas a cidadania.
Agradecimento,
Caro professor, esperamos que este manual seja muito útil na realização das atividades em sala de aula, lembre-se que as trocas de experiências com nossos pares enriquecem o nosso trabalho nos fortalece.
Professor, faça cada planejamento, aula, encontro, oficina valer a pena,façasemprecomamor.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EJA
1 Leitura e Interpretação
Vacina BCG: uma amiga antiga e necessária
Desenvolvida há mais de cem anos, vacina BCG é importante aliada na proteção contra a tuberculose.
Desde a década de 1970, as crianças que nascem no Brasil recebem proteção contra a tuberculose de forma rotineira e gratuita. Você pode até não se lembrar, mas é provável que tenha o registro no braço! Afinal, a vacina BCG quase sempre deixa uma cicatriz no local em que foi aplicada. Graças à vacinação, as formas graves da tuberculose têm se tornado cada vez menos frequentes.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível pelo ar, ou seja, por meio de tosse, espirro ou fala. Ela afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer ainda outros órgãos como rins, ossos e as membranas que envolvem o cérebro (meninges). A meningite causada por tuberculose e a tuberculose que se espalha pelo corpo (chamada disseminadaou miliar)são consideradas formas graves da doença.
Trata-se de uma das enfermidades mais antigas do mundo. Tudo indica que a tuberculose já estava entre nós há mais de dois mil anos. Fósseis humanos pré-históricos datados de 8.000 a.C. encontrados na Alemanha revelaram sinais de sua presença. No entanto, foi apenas no século 19 que o principal microrganismo causador da doença foi descoberto. Em 1882, o cientista Robert Koch descobriu o Mycobacterium tuberculosis. A bactéria também ficou conhecida como bacilo de Koch. Outras espécies de bactérias também causam tuberculose, porém, de forma menos frequente.
A cada ano, o mundo registra cerca de 10 milhões de novos casos de tuberculose. As mortes ultrapassam um milhão. O Brasil está entre os países com mais casos da doença. Em 2021, o país registrou mais de 68 mil novos casos.
Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/saude/v acina-bcg/ (Fragmento)
Atividade
1 – Em “[...] vacina BCG é importante aliada na proteção contra a tuberculose”, o texto:
( ) dá uma sugestão.
( ) expressa uma ordem. ( ) busca conscientizar.
2 – Na passagem “Você pode até não se lembrar, mas é provável que tenha o registro no braço!”, a que registro no braço o texto se refere?
_______________________________________
3 – Releia:
“Graças à vacinação, as formas graves da tuberculose têm se tornado cada vez menos frequentes.”
O fato destacado expressa:
( ) a consequência de outro.
4– Segundo o texto, a tuberculose atinge principalmente:
( ) a causa de outro. ( ) a finalidadede outro. ( ) os rins. ( ) os pulmões. ( ) as membranas que envolvem o cérebro (meninges).
5 – Identifique no texto as formas graves da tuberculose, e transcreva para as linhas abaixo:
2 Adivinhas ou O que é, o que é?
Adivinhas, o popular “O que é, o que é?”, são um gênero textual. Elas fazem parte do folclorenacionaleapresentamumenigmaaserdesvendado.
1 - O que é, o que é que tem cabeça, mas não é gente; tem dentes, mas não tem boca?
b) bolo
a) alho 2 - O que é, o que é que entra em casa, mas fica com a cabeça de fora?
a) Anão
Atividade c) galho b) Maçã
3 - O que é, o que é que se come de qualquer jeito, mas se corta chorando?
a) Pipoca
c) Botão b) Cebola
c) Bolha
a) A rua
4- O que é, o que é? Feito para andar e não anda. b) A uva
c) O Pato b) bilhar c) carro
5 - O que é, o que é? Não se come, mas é bom para se comer. a) talher
Bordão nada mais é do que uma frase ou expressão que caiu no gosto popular. Geralmente as pessoas o utilizam em situações totalmente distintas da qual ele foi originalmentecolocado.Obordãonormalmentesurgedatelevisão,dorádiooudapublicidade.
Atividade
Pesquise, e escreva abaixo do bordão, o nome da pessoa famosa que fala ele.
Bordão1 – LOUCURA, LOUCURA, LOUCURA!!!
Bordão2 – BEIJINHO, BEIJINHO, TCHAU, TCHAU!
Bordão3 – ACORDA MENINA!
Bordão4 – QUEM QUER DINHEIRO???
Bordão5 – VAMOS, TESOURO, NÃO SE MISTURE COM ESSA GENTALHA!
4 Leitura e Interpretação
Contam que um certo lavrador possuía um burro que o repouso engordara e um boi que o trabalho abatera.
Um dia, o boi queixou-se ao burro e perguntou-lhe:
”Não terás, ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?”
O burro respondeu: “Finge-te de doente e não comas tua ração.
Vendo-te assim, nosso amo não te levará para lavrar o campo e tu descansará”.
Dizem que o lavrador entendia a linguagem dos animais, e compreendeu o diálogo entre o burro e o boi.
Na manhã seguinte, viu que o boi não comera a sua ração: deixou-o e levou o burro em seu lugar. O burro foi obrigado a puxar o arado o dia todo, e quase morreu de cansaço. E lamentou o conselho que dera ao boi.
Quando voltou à noite perguntou-lhe o boi:
“Como vais, querido irmão?”. Vou muito bem, respondeu o burro. Mas ouvi algo que me fez estremecer por tua causa.
Ouvi nosso amo dizer:” Se o boi continuar doente, deveremos matá-lo para não perdermos sua carne. Minha opinião é que tu comas tua ração e voltes para tua tarefa a fim de evitar tamanho infortúnio”.
O boi concordou, e devorou imediatamente toda a sua ração.
O lavrador estava ouvindo, e riu.
Do livro, As mil e umas noites, apud Mansour Chalita, As mais Belas Páginas da Literatura Árabe, Rio de Janeiro. Ed. Civilização Brasileira, 1967, p. 281.
Atividade
1 – Qual é o título do texto?
2– Na Fábula, quem é o conselheiro?
( ) O burro ( ) O boi ( ) O lavrador
3– Qual é a principalcaracterísticasdo burro, neste texto?
( ) Calma ( ) Esperteza ( ) Ódio
4 – Quantos e quais são os personagens da fábula?
5 – Se você pudesse mudar o título do texto, qual seria o novo título a sua escolha?
Ditados Populares 5
Ditados Populares são frases curtas que transmitem conhecimentos sobre a vida, passando de geração para geração no formato de conselhos e advertências. Esses provérbios e ditos populares surgem em situações do cotidiano e nos mais diversos locais, então, existem ditadosfolclóricos,religiosos,nordestinos,deamoretc.
Atividade
Pesquise em revistas e jornais, palavras que completem os ditados populares. Recorte-as e cole-as nos espaços ao lado de cada ditado.
Para bom entendedor meia palavra ______________________________________________________ Cada macaco no seu _________________________________________________________________ Onde há fumaça, há __________________________________________________________________ A pressa é inimiga da _________________________________________________________________
De grão em grão a galinha enche o ______________________________________________________
Um dia é da caça, e o outro do _________________________________________________________
O seguro morreu de __________________________________________________________________
Uma andorinha só não faz _____________________________________________________________
Quem não tem cão caça com _____________________________________________________
A receita é um gênero textual composto de duas partes bem definidas: ingredientes e mododepreparo,que,porsuavez,podemounãovirindicadosportítulos.
Atividade
Leia a receita abaixo:
Ingredientes:
1 colher (sopa) de óleo 1 cebola picada
1 dente de alho amassado
Macarrão ao sugo
Rendimento: 5 porções
8 tomates maduros, sem sementes, picados
1 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de extrato de tomate
1 pacote de macarrão tipo espaguete
Modo de preparo:
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o alho. Acrescente o açúcar e deixe dourar. Junte os tomates e refogue até ficarem macios. Acrescente o sal, o extrato de tomate e 1 xícara (chá) de água fervente. Cozinhe em fogo baixo por cerca de 20 minutos, ou até apurar e o molho encorpar levemente. Em uma panela com água fervente e sal, adicione o macarrão e deixe-o cozinhar até ficar 'al dente'. Sirva com o molho.
Agora responda:
1 - Qual é o nome da receita? ( ) Macarrão a bolonhesa ( ) Macarrão ao sugo
1 colher (sopa) de açúcar ( ) Macarrão sem molho
( ) 1 porção ( ) 5 porções
3 – Em quantas partes se divide a receita?
( ) 2 partes – ingredientese modo de preparo
( ) 2 partes – ingredientese porções
( ) 2 partes – nome da receita e porções
4 – Qual é o 5º ingredienteda receita?
2 – Qual é o rendimento da receita? ( ) 9 porções ( ) Cebola ( ) Tomate
( ) Alface
Agora escreva abaixo uma receita que você conhece e gosta de preparar:
Nome da receita ______________________________________________
Rende ______________________________________________________
Ingredientes:
Modo de preparo:
Listas 7
A lista é um gênero com função social clara, porque são textos com propósitos específicos, que tem como intuito organizar dados ou então servem de apoio à memória. As listas podem ser organizadas em ordem alfabética, em ordem de importância e até mesmo em ordemdepreferências.
Atividade
Observe a imagem:
Agora, crie uma lista numerada e
vê no armário da área de serviço. coloque nela todos os itens que você
Ocontoéumgênerocaracterizadoporserumanarrativaliteráriacurta,tendocomeço, meio e fim da história narrados de maneira breve, porém o suficiente para contar a história completa.
Atividade
Leia os contos abaixo e depois responda o que se pede.
Cinderela,é um conto de que tipo? a) Conto de Terror c) Conto popular b) Conto de fadas
O Poço e o Pêndulo
“Depois, novamente o som, o movimento e o tato — uma sensação formigante invadindo-me o corpo. Depois, a simples consciência da existência, sem pensamento, situação que durou muito tempo. Depois, bem de repente, o pensamento, e um terror arrepiante, e um esforço ardente de compreender meu verdadeiro estado. Depois, um forte desejo de recair na insensibilidade. Depois,umaprecipitadarevivescênciadaalma,eumesforçobem-sucedidodemover-me.”
O Poço e o Pêndulo, é um conto de que tipo? b) Conto de fadas c) Conto popular
a) Conto de Terror
Logomarcas
Logomarca,ousimplesmentelogo,éarepresentaçãográficadonomedeumaempresa ou marca, que determina a sua identidade visual e tem como objetivo facilitar o seu reconhecimento.
Atividade
Identifique cada logomarca apresentada e escreva abaixo qual o seu ramo de atuação.
Essa empresa atua no ramo de:
Essa empresa atua no ramo de:
Essa empresa atua no ramo de:
Essa empresa atua no ramo de:
Essa empresa atua no ramo de: _________________________________ _________________________________
Leitura e Interpretação
Um cobertor superpotente
Como os pinguins sobrevivem no meio do gelo a temperaturas tão baixas? É que, com exceção dos que vivem em regiões tropicais, o corpo desses animais é todo adaptado para climas frios.
Além de suas penas espessas e impermeáveis, que não deixam a água entrar em contato com a pele e ainda protegem do vento frio, os pinguins também possuem grandes depósitos de gordura sob a pele, que funcionam como uma espécie de cobertor. Para poupar energia e evitar a perda de suas reservas de gordura, quando estão em terra nas regiões polares, escorregam na neve de barriga. Muito fofo, não?
A plumagem preta das costas também absorve o calor do sol, ajudando-os a se manterem aquecidos. Seu sistema circulatóriocontribui para regular a temperatura, que varia em torno de 38 e 39 graus Celsius [...]
Enquanto a plumagem for esparsa, os filhotes contam com a proteção dos pais. Até estarem mais desenvolvidos, eles os carregam sobre os pés para evitar que percam muito calor e acabem morrendo de hipotermia(baixa temperatura).
Mas não é só com o frio que um pinguim tem que se preocupar. Ele também precisa se proteger de predadores, como leões-marinhos, orcas, tubarões e focas-leopardos. Para isso, dentro da água, tira vantagem da sua coloração mediante camuflagem. Seu dorso escuro, geralmente preto, ajuda-o a fundirse com as águas escuras quando visto de cima. Seu ventre branco faz com que presas e predadores o confundam com o céu claro, quando visto de baixo.
Maria Ramos. Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/biodiversidade/pinguins-os-novos-astros-do-cinema/
(Com adaptações).1 – Qual é o título do texto? _________________________________________________
2 – “É que, com exceção dos que vivem em regiões tropicais, o corpo desses animais é todo adaptado para climas frios.”
A que animais o texto se refere? ____________________________________________
3 – Em “[...] os pinguins também possuem grandes depósitos de gordura sob a pele, que funcionam como uma espécie de cobertor.”, a parte destacada expressa:
( ) uma hipótese. ( ) uma correção. ( ) uma comparação.
4 – Segundo o texto, os pinguins, “quando estão em terra nas regiões polares, escorregam na neve de barriga”. Identifique a finalidade ou as finalidades desse comportamento: ( ) “manter-se aquecido”. ( ) “regular a temperatura”.
( ) “poupar energia e evitar a perda de suas reservas de gordura”.
5 – Identifique o trecho em que a autora se dirige diretamente ao leitor, expondo uma opinião sobre um fato, e reescreva-o abaixo:
O que você achou desse texto?
Fábula
Fábula é uma composição narrativa em que os personagens são animais que apresentam características humana, principalmente a fala. A fábula tem caráter educativo e ao finaltrazumensinamento,fazendoanalogiacomocotidiano.Amensagemeducativaéchamada moraldahistória.
Atividade
Leia: A andorinha e as outras aves
Estavam os homens a semear linho, e, ao vê-los, disse a Andorinha aos outros pássaros:
— Para nosso mal fazem os homens esta seara, que desta semente nascerá linho, e dele farão redes e laços para nos prenderem. Melhor será destruirmos a linhaça e a erva que dali nascer, para estarmos seguras.
As outras Aves riram-se muito deste conselho e não quiseram segui-lo. Vendo isto, a Andorinha fez as pazes com os homens e foi viver em suas casas. Algum tempo depois, os homens fizeram redes e instrumentos de caça, com os quais apanharam e prenderam todas as outras aves, poupando apenas a Andorinha.
Moral da história
A fábula nos ensina que devemos sempre pensar no dia de amanhã e nos planejarmos para situações distintas, antecipando futuros cenários.
Responda:
1 – Quem semeava linho?
( ) Os homens
( ) A andorinha
( ) Os pássaros
2 – Porque a andorinha fala em destruir a linhaça?
( ) Ela quer se sentir mais fraca
( ) Ela quer se sentir mais segura
( ) Ela quer perder a fome
3 – Onde a andorinha foi viver?
( ) Nas casa dos homens
( ) Nas praias desertas
( ) Nos alpes
4 – Na sua opinião, porque as andorinhas foram poupadas na hora caça?
5 – Como você avalia a postura de uma pessoa precavida? Acha que isso é positivo ou negativo? Justifique.
REFERÊNCIAS
A Formação de Professores para a Educação de Jovens e Adultos: dilemas atuais. Belo Horizonte:Autêntica,2007.
MORAIS, Artur Gomes de; ALBUQUERQUE; Eliana Borges Correia de. Alfabetização e Letramento: o que são? Como se relacionam? Como “alfabetizar letrando”? . In: ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de; LEAL, Telma Ferraz. (Orgs.). Alfabetização de Jovens e Adultos em uma perspectiva do letramento. Belo Horizonte:Autêntica,2006.
A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados. Cortez, 1989.
BRASIL. Lei nº 9394/96: diretrizes e bases da educação nacional, de 20 de dezembro de 1996. São Paulo: Editora Brasil, 1996.
FREIRE, Ana Maria de Araújo. Paulo Freire: uma história de vida. – 2ª ed. Ver. Atualizada. – Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017.
GALVÃO, Ana Maria de Oliveira; DI PIERRO, Maria Clara. Preconceito contra o analfabeto. São Paulo: Cortez, 2007.
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CEB nº 11/2000 – Assunto: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury.
Pedagogia do Oprimido. 17ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes,2002.