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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 10/05/08

SÁBADO, 10 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

DMULHER CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s PERFIL FÁBIO GONÇALVES

Kamille Viola kamille.viola@odianet.com.br

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á um mês no comando do ‘Happy Hour’, que vai ao ar de segunda a sexta-feira às 19h no GNT (Net), a apresentadora Lorena Calábria consegue combinar espontaneidade e elegância. Isso é resultado dos 22 anos de carreira da jornalista, 20 deles na televisão. Some-se a isso a impressionante boa forma de Lorena aos 43 anos. “É genética mesmo, não faço nada de especial. Agora voltei ao pilates e faço caminhada sempre que posso, e também passo cremes, mas sem exageros”, garante ela. Embora ainda não pense em plástica (“as minhas rugas fazem parte da minha idade”), ela não descarta totalmente a possibilidade. “Vi pessoas que fizeram e hoje acho que, se for bem-feito, por que não?”, analisa. Para fazer o programa, Lorena se divide entre Rio e São Paulo, onde estão suas gêmeas, Catarina e Dora, de 5 anos, e o marido, Maurício Arruda, diretor do ‘Altas Horas’ e roteirista dos quadros de Denise Fraga no ‘Fantásti-

Papofirme A apresentadora Lorena Calábria exibe ótima forma aos 43 anos, comandando o programa ‘Happy Hour’ com segurança, sem nunca perder a elegância

co’ e com quem é casada há dez anos. “Faço três ao vivo e dois são gravados”, diz ela. A entrada de Lorena na televisão foi quase por acaso: em 1985, quando cursava Jornalismo, foi chamada para integrar o time de roteiristas do programa ‘Som Maior’, na extinta TV Manchete. “Eles me pediram para gravar uns testes e um dia, quando vi, estavam sendo exibidos. Levei um susto”, lembra. Ela conta que odiou se ver na televisão e foi fazer curso de teatro na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) para se soltar. E a carreira à frente das telas engrenou. No ano seguinte, foi chamada para apresentar o ‘Clip Clip’, na Globo.

“É genética, não faço nada de especial. Voltei ao pilates e faço caminhada quando posso” De lá para cá, não parou mais: comandou o ‘Cine MTV’, e fez reportagens para o ‘Programa Livre’, no SBT. É lembrada pelo ‘Metrópolis’, da TV Cultura, e apresentou o ‘Domingo Espetacular’, na Record. Mas o sonho dela, desde os tempos de faculdade, era trabalhar com rádio. “O que é um pouco parecido com o que eu faço agora no ‘Happy Hour’, porque a gente debate, tem participação do ouvinte — no caso, o telespectador”, compara. Apesar do pouco tempo de ‘Happy Hour’, já coleciona boas histórias. “Teve uma vez que choveu muito e os convidados não chegavam. Comecei a ficar preocupada. Já estava até me preparando para dizer que ninguém tinha aparecido, mas em cima da hora eles foram surgindo. Não tem jeito, o programa tem que ir ao ar mesmo”, diz. Outra vez, um especialista em gestão do tempo chegou atrasado... “Foi a primeira pergunta que fiz: ‘Como é que você, especialista, se atrasa?’”, diverte-se. f


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12/05/08

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 13/05/08

TERÇA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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08 TELENOTÍCIAS Ronaldo está de dieta, foi fazer compras e espera a chegada da namorada, de Brasília, hoje

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s CINEMA FOTOS DIVULGAÇÃO

Em ‘Cinturão Vermelho’, Santoro é agente de lutadores de jiu-jítsu

Rodrigo Santoro, falando em inglês e espanhol, emplaca lá fora como agente de luta, gay e até como o cubano Raul Castro

Dono do Ana Lúcia do Vale avale@odianet.com.br d A família Gracie vai tremer. O diretor David Mamet — faixa azul de jiu-jítsu e aluno de Renato Magno, primo dos Gracie radicado nos Estados Unidos — deu um tempo em peças-referência e roteiros como de ‘Os Intocáveis’ para entrar sujo no ringue do vale-tudo. Em ‘Cinturão Vermelho’, que estréia dia 20 de junho, já assistido por O DIA, Mamet queria fazer filme sobre honra, mas criou um universo do jiu-jítsu em que ‘família’ de lutadores brasileiros promove campeonatos de roubalheira em Los Angeles. Rodrigo Santoro, em golpe campeão de sua carreira internacional, falando inglês fluente e xingando em português, é Bruno Silva, agente arma-

‘Nós vimos o Rodrigo em ‘300’. E ele é ‘o’ cara no Brasil. É o ídolo da matinê’, David Mamet dor do irmão-lutador. O próprio diretor explica por que escolheu o ator. “Rodrigo é o Montgomery Clift (‘A Um Passo da Eternidade’) do Brasil. Nós o vimos em ‘300’ e algumas coisas parecidas, e ele é ‘o’ cara no Brasil. É o ídolo da matinê”, diz Mamet. Seduzido pela admiração a Mamet, Santoro virou o homem de negócios inescrupuloso. “Quem olha de fora, acha violento. Mas quando voltar ao Brasil, vou treinar.

rringue ng e Rei Xerxes de ‘300’ garantiu a visibilidade internacional

O jiu-jítsu é jogo de xadrez, não usa força, mas inteligência. Parece a ioga que eu faço”, jura Santoro, falando por telefone de um hotel em Nova Orleans. Ele está no intervalo de filmagem de outra produção internacional que vai dar o que falar. Em ‘I Love You, Phillip Morris’, é ex-amante do policial feito por Jim Carrey. A foto dos dois juntos, bronzeados, camisa Versace, rodou o mundo. Formando trio com Ewan McGregor — o Phillip do título —, foram a um bar gay em Miami, para entrar nos personagens. “Carrey tem um talento extraordinário. É uma história de amor. Tem humor, mas não é comédia”. Sim, mas vai ter beijo? O ator escorrega, simpático, diz seguir o ‘instinto’ nas escolhas e discursa. “Ser gay é mais um dado dele, não parti

‘Ser gay é só mais um dado do personagem. Não parti do estereótipo’, Santoro

do estereótipo. O resto é preconceito”. Acha que acabou? Tem mais. Santoro está de malas prontas para o 61º Festival de Cannes, na França, que começa amanhã, com dois filmes em competição. Detalhe: falados em espanhol. Em ‘Leonera’, do argentino Pablo Trapero’, ele faz outro gay. É pego em flagrante com o amante pela namorada oficial do sujeito, há uma briga, um assassinato, e ele e a moça vão para a cadeia. Em ‘Che’, é o jovem Raul Castro — hoje presidente de Cuba — na revolução feita pelo irmão, Fidel, e Che Gueva, vivido por Benicio Del Toro, no filme de Steven Soderbergh. “Cannes é montanha-russa de emoções. Dá frio na barriga. Mas tem um grupo grande de brasileiros este ano”, diz ele, 32 anos e recém-separado da modelo Ellen Jabour. Então, a inevitável pergunta: e o coração?’ “Tá bem. Tô trabalhando”. E muito. f

Santoro é ex-caso de Carrey em ‘I Love You, Phillip Morris’

Mosquitos durante guerrilha d Rodrigo Santoro aprendeu

Gay no argentino ‘Leonera’

a ir atrás do personagem que quer. Como não fez os testes de elenco de ‘Che’, porque estava filmando ‘Cinturão Vermelho’, marcou encontro com o diretor Steven Soderbergh, de quem adora ‘Sexo, Mentiras e Videotape’. “Falei: faço qualquer coisa nesse seu projeto. Se já tem repre-

sentantes de toda a América Latina, você precisa de um brasileiro”, ri ele. Acabou levando o papel de Raul Castro, ficou dois meses na ilha e foi a Sierra Maestra, de onde Fidel comandou a revolução. Rodou suas cenas na selva, em Porto Rico. “Tinha mosquito, calor, lama, foi uma guerrilha

de verdade. Soderbergh não ensaia muito. Tem que entrar esperto. Tive até improviso. Vai improvisar numa língua que você não conhece, para ver!”, desafia ele, que acha que uma única característica física foi fundamental. “Temos os mesmos olhos puxados. Mas não tenho a estatura dele”, frisa. f


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ASFROSA

14/05/08

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 15/05/08

QUINTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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05 FESTIVAL Fernando Meirelles é aplaudido na abertura de Cannes com o filme ‘Ensaio sobre Cegueira’

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s MÚSICA DIVULGAÇÃO/ WASHINGTON POSSATO

Samba na roda

Dudu Nobre lança CD em clima de partido alto, diz que turma da Lapa é ‘xiita’ e indica roteiro com os melhores pagodes da cidade

Ricardo Calazans ricardo.calazans@odianet.com.br

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udu Nobre sabe do que é feito o samba. E para quem quer descobrir, ele recomenda cinco dos melhores partidos altos da cidade, de onde extraiu o clima de festa de seu novo trabalho, o CD ‘Roda de Samba Ao Vivo’ (Universal), nas lojas esta semana. A lista de Dudu (veja o quadro abaixo) vai de Madureira à Praia da Macumba, mas passa ao largo da Lapa, epicentro atual de uma velha questão: o samba é de quem? “O samba feito hoje na Lapa é muito legal, mas tem uns caras lá de cabeça muito pequena. Já fui muito atacado por essa parte xiita do samba, que não admite que nada novo possa prestar. De

“É fácil fazer sucesso na Lapa, ‘cumpadi’. Quero ver fazer sucesso no Brasil inteiro” mim, só falavam que eu gostava de ouro e carro importado”, lembra Dudu, enquanto contabiliza a própria trajetória — tem sete discos e dois milhões de discos vendidos. “É fácil fazer sucesso na Lapa, ‘cumpadi’. Quero ver fazer sucesso no Brasil inteiro”, provoca. Autor de mais de 200 músicas, Dudu recebeu cinco convidados na gravação de sua ‘Roda de Samba’, que sairá também em DVD mês que vem. Martinho da Vila e Nei Lopes são ídolos de infância; Zeca Pagodinho e Almir Guineto viraram parceiros e incentivadores; já Roberta Sá, revelada, ironicamente, na Lapa, é admiração recente. “Gente como ela, Teresa Cristina e o grupo Casuarina é que renovam a música. Preservar é interessante, mas se os sambistas ficarem com a cabeça em 1930, vão acabar sem espaço.”

Mas em sua área de atuação, o partido alto derivado do Cacique de Ramos, ele admite que renovar é difícil. “No samba de raiz, onde milito, falta gente nova. Agora é que estão vindo Diogo Nogueira e Teresa Cristina. Ela é mais elitista, ele vai para o lado comercial, mas respeita a qualidade. Também vou por aí, minha música não é feita de qualquer maneira.” O repertório do CD vai de Candeia a Gabriel Moura, de Martinho da Vila a Beto Sem Braço e Noca da Portela. Sem contar sucessos próprios, como ‘Posso Até Me Apaixonar’ e ‘Tempo de Don Don’. Dudu, que faz 10 anos de carreira em 2009, sabe do que o samba não é feito. “Chegar de calça de linho e chapéu panamá não é ser do samba. Aí, parceiro, não rola.” f

s DUDU NOBRE RECOMENDA, DE SEGUNDA A DOMINGO JOÃO LAET

d “Às

segundas-feiras, a boa é o Samba do Trabalhador, comandado por Moacyr Luz lá no Clube Renascença”, diz Dudu. Fica na Rua Barão de São Francisco 54, Andaraí, das 15h às 21h.

azul e branco, batuque de primeira e o tal cozido, que custa R$ 15. “O público do samba de raiz é exigente. Você chega lá para cantar 20 minutos e começam as cobranças: ‘faltou essa, faltou aquela’. Tem que segurar a onda”, diz Dudu.

d Às quartas-feiras, às 16h,

tem o Cozido da Márcia (foto): de frente para a Praia da Macumba, sob um toldo

d Às quintas-feiras, Dudu

elege o pagode liderado pela dupla Anderson e Andre-

zinho, do grupo Molejo, no Barril 8000. A partir das 22h, na Avenida Sernambetiba 8000.

tido alto, o clima de união e alto astral que eu quis levar para o meu disco”, conta. d Também aos domingos,

d Aos domingos, o sambis-

ta indica uma rodada dupla. Começa pelo Pagode da Tia Doca (Rua João Vicente 219, Madureira, a partir das 18h), da pastora da Velha Guarda portelense. “Ali está a essência do par-

a outra pedida é o Pagode do Cacique de Ramos, berço do Fundo de Quintal, onde se criaram seus parceiros Arlindo Cruz e Almir Guineto. Na Rua Uranos 1326, em Olaria. O samba por lá começa às 17h.


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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 16/05/08

SEXTA-FEIRA, 16 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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08 TELENOTÍCIAS Saiba, em detalhes, os finais dos principais personagens da novela ‘Duas Caras’

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s TELEVISÃO FOTOS DIVULGAÇÃO

Neste domingo, Faustão mostra no programa os quadros que fizeram mais sucesso

Fausto Silva festeja a milésima edição de seu programa, fala da concorrência e diz que precisa trabalhar para criar os filhos Sabrina Grimberg sabrina.grimberg@odianet.com.br

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omingo é dia de festa para Fausto Silva. No ar há 19 anos na Globo, para alegria de uns e tristeza de outros, o apresentador completa no próximo ‘Domingão do Faustão’ a edição de número 1.000. Na ponta do lápis, foram mais de 180 quadros, cerca de 70 mil videocassetadas, 1.300 pegadinhas e 4 mil atrações musicais. Aos 58 anos, o apresentador diz que não há segredo para se manter por tanto tempo no ar e enumera suas

‘Vou trabalhar até onde der, até o público me agüentar. Ele vai ser meu termômetro’ motivações para sair de casa para o trabalho. “Primeiro, a necessidade. Vivo dessa profissão, tenho filho pequeno, um monte de carnês para pagar e, por isso, não tenho o direito de enjoar. Segundo, é que eu gosto do que eu faço e, quanto mais eu faço, acho que aprendo a fazer um pou-

BANCO DE IMAGENS/ 02.04.1989

co melhor. E, terceiro, é que se não houver esse comprometimento do apresentador em passar para o público que ele faz o programa com vontade e gostando, o próprio telespectador vai se sentir ludibriado”, aposta. Para este domingo, o público vai rever quadros que fizeram sucesso nos primeiros anos, como o ‘Mano a Mano’ e o ‘Jogo da Velha’, as duas ou três melhores pegadinhas de todos os tempos e, no palco, o cantor Leonardo. Com 55 visitas, ele é o artista que mais foi ao programa. Com média de 22 pontos de audiência e 37% de participação, Fausto Silva tem hoje como o seu maior adversário o ‘Show do Tom’, na Record. No entanto, ele parece não se preocupar. “O programa não é feito em função da audiência, até porque se isso acontecer você perde a criatividade, a ousadia e a independência. O importante é surpreender o telespectador”, minimiza. Formado em jornalismo, com experiência em rádio, Fausto diz ter aprendido li-

ções que lhe servem até hoje. “Aprendi no futebol, durante o tempo em que trabalhei como repórter esportivo, que você precisa ter o mesmo equilíbrio quando ganha de 5 a 0 e quando perde de 5 a 0. Não adianta achar que é o maior do mundo na vitória e achar que é um imbecil na derrota. O importante é ser bom profissional e mostrar que faz o que gosta”, ensina o apresentador, sem ligar para as críticas: “A base que eu tenho de jornalista me deu essa tranqüilidade e a consciência de

não me achar o maior do mundo diante de um elogio e muito menos esquentar a cabeça por causa de uma crítica qualquer”. O apresentador usa o público como termômetro para julgar o momento de encerrar a carreira. “Vou trabalhar até onde der, até o público me agüentar, até ter condições de ficar quatro horas em pé. Essa é a minha profissão e tenho o maior orgulho dela. Também tenho consciência de que o público é o patrão. Ele vai decidir a minha hora de parar”, conclui. f

Fausto com Gil no ano de estréia do programa, em 1989

Pai babão na hora de brincar d Se domingo é dia de traba-

lho para Fausto Silva, segunda-feira é hora de descanso e tempo livre para ficar com a família. “Eu já me acostumei porque trabalho nos fins de semana desde os tempos em que era repórter de rádio e de jornal. A vantagem de trabalhar no domingo é que a

gente escapa de parente pedindo dinheiro, entregando convite de casamento ou vendendo rifa”, brinca. Pai de Lara (9 anos, do primeiro casamento com a artista plástica Magda Collares), João Guilherme (4 anos) e futuramente de Rodrigo, que está a caminho na

barriga da mulher, Luciana Cardoso, o apresentador conta que vem de uma família em que os pais sempre se preocuparam muito com os filhos, e tira proveito de ser um ‘pai velho’. “A vantagem é ter mais tempo para se dedicar a eles. Quem teve filhos na faixa de

20 a 40 anos, no início da vida profissional, acaba não convivendo com eles. No meu caso, minha relação com os filhos tem mais qualidade. Dá a impressão que eu tenho a mesma idade deles e, às vezes, parece que eles são até mais velhos do que eu”, afirma. f


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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 20/05/08

TERÇA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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05 MÚSICA Zezé Di Camargo diz que queria ser Dominguinhos em ensaio para prêmio dedicado ao sanfoneiro

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s CINEMA FOTOS DE DIVULGAÇÃO

Na cena, máscaras de Sarney, Fernando Henrique e Collor

Caso

de

política Kamille Viola kamille.viola@odianet.com.br

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uma cena de ‘Se Nada Mais Der Certo’, próximo filme do diretor José Eduardo Belmonte (previsto para estrear ainda este ano), três assaltantes usam máscaras dos ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney. “É uma brincadeira dos personagens em referência a outro filme que tem uma cena como essa, ‘Caçadores de Emoção’ (1991), em que os bandidos usam máscara de ex-presidentes dos Estados Unidos. Eles até falam desse

‘Como a trama fala muito de política, usei o humor para equilibrar’, diz diretor do filme

O filme ‘Caçadores de Emoção’: Keanu Reeves e ‘Reagan’

filme”, descreve Belmonte. A trama se passa durante a campanha para a Presidência em 2006 — há cenas de debate entre Lula e Alckmin na TV — e os mascarados surgem num assalto a uma doação para campanha política. Além disso, o líder do bando é um ex-guerrilheiro e fez faculdade de Sociologia. “Tem um pouco de prazer na história do roubo, certa justiça. Uma personagem até fala isso, que eles são uma espécie de Robin Hood”, diz Belmonte. Piadas como essas, segundo o diretor, foram uma forma de dar alguma leveza à trama. “A história fala muito de política, quis tirar esse peso. Usei o humor para equilibrar um pouco, senão ninguém agüentaria, iriam sair logo no início”, brinca. Ele não acredita, porém, que a cena vá causar problemas com os ex-presidentes retratados. “O filme não ofende ninguém”, garante Belmonte. “A cena não tem peso polêmico”, minimiza. O trio de bandidos mascarados aparece no fim da história, passada em São Paulo, e está ligado aos quatro protagonistas, espécie de família que se forma com personagens que vão perdendo suas ilusões. O principal é o jornalista Léo (Cauã Reymond), que cobre eventos e vive com contas atrasadas. Léo divide

Filme ‘Se Nada Mais Der Certo’ faz piada com ex-presidentes, em máscaras usadas por quadrilha de assaltantes

Os desiludidos João Miguel, Caroline Abras e Cauã Reymond no longa, que estréia este ano

apartamento com Ângela (Luiza Mariani), mãe desleixada de um menino de 6 anos — ela alterna momentos de depressão e euforia e, à noite, sai atrás de diversão. O taxista Wilson (João Miguel) vive atormentado pela falta de dinheiro — o que ele ganha mal dá para os R$ 100 diários de aluguel do carro — e o suicídio do pai. Completa o quarteto Marcin (Caroline Abras), ‘avião’ que trabalha nos lugares freqüentados por Ângela (sua cliente) e tem visual ambíguo: embora se vista de homem, não consegue esconder que é uma menina. f

Classe média perde a ilusão d Segundo Belmonte, ‘Se Nada Mais Der Certo’ é um filme sobre “o fim das esperanças”. “São pessoas de classe média muito acuadas financeiramente. Eles começam a acreditar que as coisas não dão certo”, conta. Na história, está em foco o “achatamento da classe média”. Era natural, para o diretor, que se falasse em política. “Senti necessidade de contextualizar nossa história recente e não tinha como não falar da classe média ou

de desilusões políticas”, explica ele. Além dos mascarados e de cenas da campanha, a política está presente em outros momentos. “Aparecem vereadores, cartazes ‘fakes’, candidatos ‘fakes’, tem algumas reportagens de jornal da época sobre escândalos políticos”, descreve o diretor, que também se inspirou nas suas próprias desilusões. “Já fiz muita campanha e certas ilusões foram sendo perdidas”, brinca. f


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SÁBADO, 5 DE ABRIL DE 2008 www.odia.com.br

DMULHER CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s MODA FOTOS ALBRECHT GERLACH

Modelo e produtora de moda do Rio mostram em Paris a sensualidade futurista do maiô e do plástico

Bela da tarde Marcia Disitzer mdisitzer@odianet.com.br

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uas brasileiras em Paris. A modelo Livia Figueiredo e a stylist Paula Rita Saady, a Apresentadora de Maiô do site www.gemagema.tv, mostram nas fotos o resultado da fusão entre a elegância parisiense e a ginga nacional. A intenção? Exibir maiôs e materiais futuristas, como plástico e vinil, no cenário romântico e clássico da capital francesa. Livia, 23 anos, é natural de Volta Redonda e mora em Paris há um ano. Ela vem conquistando a cidade-luz com sua beleza ruiva. Já fez campanhas de beleza para a Garnier, para o xampu Nexus (ao lado da top Elle MacPherson) e foi apadrinhada pelo novo designer da tradicional grife Cacharel, Mark Eley. Para Livia, o diferencial da mulher brasileira é a singularidade. “Somos as

Acima, capa Jose Castro, maiô Jenna de Rosnay, cinto Christophe Lemaire e legging American Apparel; à dir., trenchcoat Eric Lebon e cinto Christophe Lemaire

mais originais do mundo”, opina a modelo. A carioca Paula Rita, que passa temporada de quatro meses em Paris trabalhando como designer e editora de fotos na revista ‘L’Officiel’ e cobrindo a moda francesa para o site Gema, criou para Livia looks futuristas inspirados em história em quadrinhos. “Quis associar o brilho do plástico com o da água. Por isso fotografamos perto do Rio Sena”, explica. O maiô, marca registrada de Paula, aparece em versões espaciais, para mulheres modernas. Très chic. f ARQUIVO PESSOAL

Paula com John Galliano em Paris; à dir., Livia usa maiô Bernhard Willhelm, legging American Aparel e sapatos Toga

FICHA TÉCNICA s Fotos Albrecht Gerlach (www.albrechtgerlach. com); Concepção e Produção de Moda Paula Rita Saady e Philippe Chalem; Modelo Livia Figueiredo (Angel Models/Paris); Assistente de Fotografia Maxime; Cabelo e Maquiagem Nadeen.

Acima, Livia em movimento: maiô Lenny, casaco dourado Bernhard Willhelm e cinto Christophe Lemaire


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17/05/08

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 17/05/08

SÁBADO, 17 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

DMULHER CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s MODA FOTOS JOÃO LAET

Brilho: vestido de paetês Victor Dzenk (R$ 968), bolero e cinto DTA (preço sob consulta e R$ 129) e galocha da Dona Chita (R$ 129)

alternativo

Modelo

Ex-BBB e produtora de moda, Bianca Jahara mostra seu estilo indiscreto no calçadão de Copacabana e conta como a vida mudou depois de sua participação no programa

Camiseta Q-Vizu (R$ 89), colete e minissaia Cantão (R$ 599 e preço sob consulta), bota Mr. Cat (R$ 269,80) e chapéu S/A (R$ 120)

À esq., Bianca usa legging Aüslander (R$ 69), vestido Pathisa (R$ 339) e escarpim Manufact (R$ 698). Abaixo, colete e blusa XSite (R$ 119 e R$ 149), legging S/A (R$ 45) e laço Nica Kessler (R$ 69)

Marcia Disitzer mdisitzer@odianet.com.br

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produtora de moda carioca Bianca Jahara, 28 anos, viu sua vida mudar depois de passar cinco semanas dentro da casa do programa ‘Big Brother Brasil 8’. “Entrei para abrir portas na minha carreira e, de fato, surgiram várias oportunidades, como ser convidada para abrir uma marca de roupas. Ao contrário de outras mulheres que usavam microbiquíni e que estavam ali para vender o corpo e posar nua”, dispara ela. Bianca apenas se ressente das críticas que recebeu sobre a possibilidade de ela posar para a ‘Playboy’: “Disseram que não tenho bumbum

nem o perfil da mulher brasileira. A visão estética que me identifico é a européia. Aqui, se quer vulgaridade”, continua ela, que montou quatro looks nada convencionais e posou para o caderno ‘D Mulher’. “Quis mostrar o que não é banal. Tiveram épocas da minha vida em que me vesti de maneira ainda mais conceitual”, lembra. Outra novidade na vida da ex-BBB é a banda de electroclash, chamada Viscolycra, formada por Bianca, pela produtora de moda Lu Lima e pelo DJ Breno Ung, entre outros. “Estamos gravando uma música de Neuzinha Brizola e seremos produzidos pelo stylist José Camarano. Vamos unir moda e música”, comemora. f

FICHA TÉCNICA s Coordenação Marcia Disitzer; Produção Bianca Jahara; Cabelo e Maquiagem Flávio Barrozo; Endereços Victor Dzenk no Espaço Lundgren - São Conrado Fashion Mall, 3º piso; Dona Chita - Rua Visconde de Pirajá 444/lj. 108, Ipanema; DTA - 2441-0291; S/A - Rua Visconde de Pirajá 351, Ipanema; Q-Vizu - Rio Sul, 4º piso; XSite - Shopping Tijuca, 2º piso; Mr.Cat - Madureira Shopping, 3º piso; Nica Kessler - Rua Visconde de Pirajá 351/slj. 205, Ipanema; Cantão - Rio Sul, 2º piso; Pathisa - Rio Design Barra, 1º piso; Aüslander - Shopping Leblon, 3º piso; Manufact - Rio Design Leblon, 2º piso.


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24/05/08

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 24/05/08

SÁBADO, 24 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

DMULHER CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s MODA FOTOS JOÃO LAET

POR

CIMA

Estilista, produtora de moda e modelo mostram como usar e abusar do colete, sucesso absoluto nas coleções de inverno, que ganha mais foco com o novo ministro Carlos Minc

Bianca Fernandes em duas versões: acima, com short xadrez, pólo e tênis All Star; abaixo, com saia e colete misturado com lenço

Caroline Rossato usa colete de couro da sua marca com bata, botas e jeans Kamille Viola kamille.viola@odianet.com.br

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A modelo e hostess Clarisse Miranda gosta de usar colete sobre camiseta sem manga: “Fica sexy”

om a nomeação de Carlos Minc para o Ministério do Meio Ambiente, o colete, peça-chave do guarda-roupa do político — ele tem 42 modelos —, virou centro das atenções. Ziraldo também é fã: tem impressionantes 200 coletes. Talvez os dois não saibam, mas estão antenados com uma tendência que vem fortíssima no inverno. “Vai ser um hit, minha coleção vai ter de todos os tipos e tenho recebido muitas encomendas de outras marcas”, conta a estilista Caroline Rossato, 31 anos, que também usa a peça. “Ponho uma roupa básica e um colete para dar um ‘tchan’”, explica Carol. A produtora de moda Bianca Fernandes, 21, concorda. “A produção fica mais bonita, dá um toque especial”, afirma ela, que combina o colete com peças básicas no dia-a-dia. Além de produção ‘clean’, o colete também pede roupas justas. “Ele dá volume em cima”, justifica a estilista. A modelo e hostess Clarisse Miranda, 31, é outra adepta do colete. “É um curinga, combina com saia, short, calça e, dependendo do modelo, até vestido”, diz ela, que usa a peça com camiseta sem manga: “Fica sexy.” Agora é só se inspirar nas sugestões das moças — e arrasar. f


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SÁBADO, 31 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

DMULHER CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s LIVRO FOTOS DE DIVULGAÇÃO E BANCO DE IMAGENS

O baú do mago Ricardo Calazans ricardo.calazans@odianet.com.br

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omo os milhões de leitores de Paulo Coelho mundo afora, o jornalista Fernando Morais tinha vontade de conhecer os mistérios que cercavam o escritor. “Eu sabia o que ele é, o autor que mais vende livros hoje, mas tinha curiosidade de saber quem estava debaixo daquela pele”, diz Morais, que durante quatro anos grudou em Paulo Coelho para escrever ‘O Mago’, calhamaço de 620 páginas da editora Planeta que chega hoje às livrarias. O livro, porém, só ganhou vida quando o biógrafo teve acesso a um baú com quatro décadas de memórias e confissões de Coelho. “Quando abri o tal baú, parecia o Santo Graal em ‘Indiana Jones’. Saiu anjo e saiu demônio — mais demônio que anjo, aliás”, diz ele. Apesar de experiente — são suas as biografias ‘Olga’ e ‘Chatô’ —, Fernando Morais se viu confuso, diante de um diário bem diferente da imagem zen que Paulo Coelho tem hoje. Em 170 cadernos e 100 fitas de áudio, o futuro autor de ‘O Alquimista’ expunha suas experiências com drogas, suicídio, loucura, satanismo, tortura, homossexualidade. “Achei que era muita areia para o meu caminhão. Ali não tem uma vírgula que não seja espantosa. Achei muita coragem dele se expor assim. Se minha vida tivesse metade dessa tragicidade, não sei se teria peito de vê-la

Biografia de Paulo Coelho, assinada por Fernando Morais, revela detalhes impressionantes da vida do escritor, extraídos de 170 diários secretos

publicada”, admite. Ao encontrar Paulo Coelho pela primeira vez, no início de 2005, Morais impôs uma condição. “Logo de cara, falei: ‘você não lerá os originais’. Ele topou sem fazer exigências”, conta. Já abrir o baú não foi fácil. “O Paulo havia determinado, em seu testamento, que o baú deveria ser incinerado logo após sua morte. Ele só me deixou ver o que havia lá se eu descobris-

se o nome do major que, em agosto de 1969, ameaçou arrancar seu olho e comer, num quartel no Paraná.” Fernando descobriu. O nome do major, que aparece em listas do projeto Brasil Nunca Mais por seu envolvimento em torturas na ditadura, está na página 228 de ‘O Mago’. Não é a revelação mais perturbadora do livro. Depois de fazer um aborto, no início dos anos 70, uma namorada de Paulo pensou em se matar. Ele não só a incentivou, como parte de um tratamento de choque psiquiátrico, como ficou vendo-a, entupida de barbitúricos, nadar ao encontro da morte no mar de Ipanema. Por sorte, ela escapou. Há sexo num cemitério, a descrição de suas três experiências homossexuais quando jovem e até um encontro pavoroso com o demônio. ‘O Mago’ oscila entre várias literaturas: fantástica, esotérica, romance, terror. Mas termina como um conto de fadas. Paulo Coelho é hoje o único autor vivo traduzido em mais línguas do que William Shakespeare. f

MUNDIALs LIVRO SERÁ LANÇADO EM 47 PAÍSES

Paulo é casado com a artista plástica Christina Oiticica

UNANIMIDADE? Paulo Coelho, 60 anos, já vendeu mais de 100 milhões de livros. É publicado em 160 países e 66 idiomas. Apesar disso, e de ser membro da Academia Brasileira de Letras desde 2002, a crítica brasileira ainda torce o nariz para ele. “Isso é só no Brasil. O mundo inteiro o adora. Umberto Eco o elogia. Na França, ele recebeu a mais alta honraria. No exterior, só Pelé é tão co-

nhecido quanto ele. Aqui, é como dizia o Tom (Jobim): o sucesso é recebido como uma bofetada”, diz Fernando Morais. DE CARONA Até dezembro, ‘O Mago’ será lançado em 47 países. Efeito da popularidade de Paulo Coelho. Fernando Morais torce para que o livro pegue uma carona no sucesso de seu biografado. “Que o Menino Jesus barbu-

do te ouça!”, brinca. No Brasil, o livro, que custa R$ 59,90, sairá com tiragem de 100 mil exemplares. SEM AFETAÇÃO No início do livro, Morais descreve a vida de popstar que Paulo Coelho leva, sempre ao lado da mulher, a artista plástica Christina Oiticica. “Achei que ele seria um Mick Jagger, mas não. É simples, não tem afetações.”

Fernando Morais: autor


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ASFROSA

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 21/05/08

QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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08 TELENOTÍCIAS Camila Pitanga saiu da maternidade com Antônia. Vovô Pitanga garante que ela é a cara da mãe

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s CINEMA FOTOS DIVULGAÇÃO

Herói não tem idade O sessentão Indiana Jones chega às telas em forma e deixa orgulhosos os fãs veteranos

Ricardo Calazans ricardo.calazans@odianet.com.br

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uando Shia LaBeouf nasceu, em 1986, Harrison Ford já filmara ‘Os Caçadores da Arca Perdida’ há cinco anos. Natural que o impetuoso Mutt, que ele interpreta em ‘Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal’, refirase ao ancestral arqueólogo como “vovozinho” e “velhote” no quarto filme da série dirigida por Steven Spielberg, que tem pré-estréia hoje e, amanhã, estará em 560 salas do Brasil. A maldade suprema é quando Mutt pergunta ao velho Indy: “Quantos anos você tem? Oitenta?” A provocação de seu jovem personagem, porém, não resiste ao charme enrugado do de Ford. O filme, claro, é dele, e os 65 anos que carrega com o chapéu e o chicote pouco pesam em sua acrobática interpretação. Tanto que há duas semanas os britânicos o elegeram o maior herói de ação da história do cinema, por seus feitos como Indiana e Han Solo, da série ‘Guerra nas Estrelas’. Fazem companhia a ele, no topo da lista, Bruce Willis, 53 anos, astro da franquia ‘Duro de Matar’, e Arnold Schwarzenegger, 60, ex-‘Exterminador do Futuro’. Sylvester Stallone, 61, que há pouco “ressuscitou” os brucutus oitentistas Rambo e Ro-

cky, também está lá. Os veteranos enchem de esperança o ator Kadu Moliterno, 55 anos. Hoje, ele diz, os heróis não têm mais idade. “O espírito não envelhece. Eu me cuido, minha qualidade de vida não cai com a idade e estou cheio de projetos”, diz. Entre eles, filmar novamente com André De Biase, que formou com ele a dupla Juba e Lula no programa ‘Armação Ilimitada’, nos anos 80. “Os veteranos estão bombando, e isso pode fortalecer nosso projeto, que se chama ‘Armação 25 Anos Depois’”, espera. Recém-aposentado, o quarentão Romário vai além. “O que importa se o cara tem 15 ou 100 anos? Ele tem é que

‘O que importa se o cara tem 15 ou 100 anos? Ele tem que ser bom no que faz’, diz Romário, 42 anos ser bom no que faz. E quem não é fã do Harrison Ford? Para mim, ele é mesmo o herói de todos os tempos. Não vou perder o filme”, avisa. O músico Dadi, de 55 anos, acredita que tudo é uma questão de “postura”. “Lembro de meus avós com 60 anos, eram pessoas velhas, porque antigamente as pessoas se faziam assim. Agora, ninguém quer envelhecer”, diz ele, e cita os Rolling Stones no documentário ‘Shine A Light’. “Vê-los cheios de rugas não é confortável para mim. A idade chega, você vai ficando mais feio... O importante é continuar com saúde para fazer o que se gosta.”f Harrison Ford, Bruce Willis e Sylvester Stalone são veteranos que voltaram à ação com sucesso no cinema

EM SÉRIE s O QUARTO FILME

O TEMPO VERSUS INDIANA JONES d Dezenove anos após ‘A Última Cruzada’, Spielberg e o produtor George Lucas consumiram US$ 185 milhões na quarta produção da série, para fazer dela um legítimo ‘Indiana Jones’. A história, dessa vez, acontece em 1957, e o perigo nazista dos filmes anteriores ficou na poeira. Os inimigos, agora, são os cruéis soviéticos da KGB, capitaneados pela gla-

cial espiã Irina Spalko (Cate Blanchett, linda, para variar). O herói reencontra Marion (Karen Allen, sua parceira em ‘Os Caçadores...’), descobre que tem um filho (LaBeouf) e parte em busca do El Dorado amazonense. Spielberg salpica rock, macartismo e ETs na trama, homenageia Tarzan e Marlon Brando e passa no teste: o tempo não fez mal a Indy.


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RDECOTTIGNIES

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 28/05/08

QUARTA-FEIRA, 28 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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08 TELENOTÍCIAS Vetada gravação da cena do beijo gay entre Carlão e Bernardinho de ‘Duas Caras’

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s CINEMA FOTOS DIVULGAÇÃO

‘Sex and The City, o Filme’, começa com o casamento de Carrie

ELASquerem

O que Filme ‘Sex and the City’, que estréia no Brasil dia 6, defende que casamento é a palavra-chave das mulheres na faixa dos 40 anos Ana Lúcia do Vale avale@odianet.com.br

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urante seis temporadas, até 2004, o quarteto do seriado ‘Sex and The City’ ditou moda — sutiãs à mostra e colares com nomes — e levou para a TV a revolução sexual das mulheres de 30 anos que sabiam o que queriam e iam atrás. Com quase duas horas e meia de duração — tipo cinco episódios sem intervalo, prepare muita pipoca —, ‘Sex and The City, o Filme’ chega aos cinemas no dia 6. Agora, Carrie (Sarah Jessica Parker), Samantha (Kim Cattrall), Mi-

randa (Cynthia Nixon, que assumiu ser gay na vida real) e Charlotte (Kristin Davis) estão na faixa dos 40 e a palavra-chave é ca-sa-men-to. No começo do filme, a escritora Carrie vai se casar com Big (Chris Noth), a advogada Miranda descobre que foi traída, a doce Charlotte cuida da filhinha chinesa e Samantha está entediada por se dedicar exclusivamente a um único relacionamento. A apresentadora Astrid Fontenelle, 47 anos, recémseparada, entrevistou as atrizes para o ‘Hebe’, do SBT, e fez uma loucura ao sair do cinema. “Comprei a bolsa do filme na Chanel. Parcelada em 10 vezes, mas levei”, brinca ela, que se emocionou mais com a sintonia das garotas do que com o “água com açúcar” do casa-e-separa de Carrie e Big. “Muito mais que grandes amores, uma grande amizade é importante”, diz ela, que assume ter recorrido às amigas após sua separação. Mas, empolgada com o final de

s NO BRASIL

Miranda, Carrie, Samantha e Charlotte: amizade reconfortante nos altos e baixos amorosos

Carrie, que não vamos contar aqui para não estragar a surpresa, ligou para o ex. “Contei para ele o final”, ri. A sexóloga Regina Navarro Lins, colunista de O DIA, também ressalta que as mulheres de 40 devem dar valor à amizade e parar

com o mito do amor romântico, em que o parceiro é idealizado. “A mulher não precisa encontrar alguém para salvá-la. Se aprende a ficar bem sozinha, é mais fácil achar alguém que tenha a ver com ela”, ensina. Na comunidade do site de

SALTO AGULHA CLÁUDIA CECÍLIA

DE MULHERZINHA PARA MULHERZINHA São duas horas e meia com todos os clichês do universo feminino que, bem sabemos, é feito de clichês. As novas aventuras de Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte têm amor demais e amor de menos, sexo demais e sexo de menos, inseguranças, traições, querer mais do que se tem, querer menos do que se tem e coisa e tal. Também tem piada boba e fofa e tem moda, muita moda. Mulherzinha que se preza (categoria-alvo do filme) cai feito pata: entra no clima, se identifica — em pelo menos uma das situações você se encaixa, não negue —, se diverte, vai às lágrimas e sai do cinema feliz. Precisa mais? Assistir às quatro fabulosas de Nova Iorque no cinema é quase igual a sentar no sofá e ver uma temporada inteira de uma tacada só. Como se só agora tivesse chegado ao fim. E mesmo que o novo fim seja tão previsível quanto o da série, é detalhe que pouco importa. O que conta em ‘Sex and the City, o Filme’, é que a fórmu-

la do sucesso estrondoso que elevou Sarah Jessica Parker à categoria de estrela máxima foi repetida sem perder a qualidade. As solteiras supostamente bem-resolvidas que viviam em função de aventuras amorosas agora são casadas — menos Carrie —, menos descoladas e cada vez mais fashion. Aliás, a mão pesa um pouco no quesito estilo e as personagens viram caricatura delas mesmas, de tão montadas que estão: até Miranda aparece produzidérrima o filme todo. Mas isso diverte bem mais do que incomoda. Para a ‘Salto Agulha’, ‘Sex and the City, o Filme’ deixa duas lições: nós somos, seremos ou gostaríamos de ser como elas, e as mulheres podem até mudar o mundo, mas ainda querem casar e ter filhos. Fazer o quê? Salto Agulha é publicada domingo na revista ‘TDB!’

relacionamentos Orkut ‘Eu Amo Sex and The City’, com quase 10 mil membros, o ritmo é de contagem regressiva. As filmagens demoraram a começar porque Kim queria cachê mais polpudo. Sarah — também produtora — cedeu. Elas mal se falavam nos bastidores, mas o resultado mantém o ritmo da TV. Os fãs só não aprovaram a música ‘Labels or Love’, da trilha, que vazou na Internet e é cantada por Fergie. “Ela não tem nada a ver com o seriado”, reclama Ana Beatriz Medeiros, 25 anos. Mas a nova integrante do elenco, a premiada com o Oscar Jennifer Hudson, que faz Louise, a assistente de Carrie, e canta ‘All Dressed in Love’, foi aprovadíssima. “Ela, sim, arrasa. Está no clima”, aprova o fã João Eduardo, 24. f PROMOÇÃO: Leitores vão ganhar ingressos, bolsas do filme e brindes. Veja como participar em O DIA D da próxima semana. O cupom para concorrer sai dia 6, no ‘Guia Show & Lazer’.

GAROTAS NO ‘+MODA’ No sábado, dia 7, o programa ‘+ Moda’, da Record, terá um quadro com as atrizes Lavínia Vlasak, Babi Xavier, Juliana Silveira e Rafaella Mandelli, que se transformam em Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte. As personagens — as atrizes serão caracterizadas como no seriado — se reúnem num restaurante para papo mulherzinha. “Charlotte é mais romântica e sonhadora que eu. Não fico esperando príncipe. Mas também adoro vestidos e sou consumista”, brinca Rafaella, 29 anos, que nem vai convidar o namorado, o diretor Mauro Lima, 40, para assistir ao longa. “Vou com minhas amigas.” EM LIVRO Sai nova edição de ‘Sex and the City’, de Candace Bushnell (BestBolso, R$ 17,90), jornalista que escrevia a coluna que inspirou a série. O guia ‘A Nova York de Sex and the City’ (Editora Arx, R$ 29,90) mostra a cidade no seriado.

Carrie e Big: casa-separa


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WVERLI

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QUINTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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08 TELENOTÍCIAS Como foram as gravações dos últimos capítulos da novela ‘Duas Caras’

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s TELEVISÃO

Preparados para a

GUERRA Record aposta que a estréia de ‘Os Mutantes — Caminhos do Coração’ vai roubar audiência da nova novela das oito, da Globo: a partir de segunda-feira, tramas vão passar no mesmo horário

FOTOS AG.NEWS

Sabrina Grimberg sabrina.grimberg@odianet.com.br

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em data e hora marcada o que promete ser uma histórica batalha de audiência. Às 20h40 de segunda-feira, a Record exibe o último capítulo de ‘Caminhos do Coração’ com objetivo de bater de frente com a nova novela das oito da Globo, ‘A Favorita’, que entra no ar às 20h50. Terçafeira, também às 20h40, estréia ‘Os Mutantes’, continuação de ‘Caminhos’. A ‘segunda temporada’ da novela teve festa de lançamento na noite de terça-feira, na Barra, em clima de provocação. “Estamos a caminho da liderança, enfrentando diretamente a concorrência. A novela tem potencial para buscar o horário mais disputado da TV”, aposta Hiran Silveira, diretor geral de teledramaturgia da Record. Antes de apresentar o clipe da nova trama, ‘Os Mutantes — Caminhos do Coração’, Ricardo Frota, gerente

O par: Bianca e Leonardo

Ex-miss Natália e Babi Xavier

de comunicação da Record, exibiu gráfico que comparava sua emissora com a Globo, representada pela letra ‘Q’. “Em 2004, a Record teve, na Grande São Paulo, média anual de 4,2 pontos de audiência, contra 21,7 da emissora ‘Q’. Em 2008, temos 8,6 pontos contra 18,1 da concorrente. A Record cresceu 105% e a Globo caiu cerca de 17%, ou seja, esse ‘Q’ é de queda” , alfinetou Frota, sobre o ‘Q’ de qualidade usado pela concorrência em anúncios institucionais. “Agora, são apenas 5 pontos que precisamos crescer para a concorrente cair outros 5 e nós passarmos”, concluiu ele, ignorando as demais emissoras. Na nova trama, entram 28 atores — como Babi Xavier, que fará a médica Juli — e são mantidos outros que tiveram sucesso ‘Caminhos’, como a exmiss Natália Guimarães. A nova novela da Globo, por sua vez, conta com nomes de peso, como Mariana Ximenes, Patrícia Pillar,

Claudia Raia e Tarcísio Meira. Já o autor, João Emanuel Carneiro, tem no currículo sucessos como ‘Cobras e Lagartos’, que alcançou médias de 40 pontos às 19h. Com esses elementos, o diretor da Globo Ricardo Waddington está certo de que sua trama será ‘a favorita’ entre os telespectadores. “Adoro concorrência, é supersaudável. Mas eles vão perder. Tenho um produto muito bom e acho corajoso da parte deles fazerem essa tentativa, uma coragem um pouco suicida, mas acho válido”, rebate Ricardo. Sobre a média de 23 pontos alcançada por ‘Caminhos do Coração’, Waddington reconhece que a marca é alta: “Para o que eles apresentam é incrível. Os mutantes são mal-feitos, a história é louca. Como espectador, acho muito ruim, mas há quem goste,

senão não daria 23 pontos. Adoro Avancini (Alexandre, diretor da Record), mas não gosto da novela”. Tiago Santiago, autor das duas tramas sobre os seres criados em laboratório, parte para o ataque e enumera o potencial da Record. “Estou absolutamente confiante. Avancini é o melhor diretor de sua geração. Temos equipe com décadas de experiência, inclusive a favor da concorrência. Estamos com o dobro do elenco; investimento em efeitos visuais que eles não têm e história inovadora. Sem contar a continuação de uma trama que já computa horas na liderança. Quem tem motivo para temer é ele”, apimenta Tiago. f

Acima, colaboradores do autor Tiago Santiago (de terno) no lançamento da novela da Record. Ao lado, os atores Petrônio Gontijo, Miriam Freeland e Maytê Piragibe


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RCARVALHO

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ODIA - CADERNOD1 - 1 - 30/05/08

SEXTA-FEIRA, 30 DE MAIO DE 2008 www.odia.com.br

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08 TELENOTÍCIAS Ivete Sangalo rouba a cena na festa do prêmio Tim, com longo branco e namorado a tiracolo

CULTURA, DIVERSÃO E ESTILO DE VIDA s CINEMA FOTOS ANDRÉ LUIZ MELLO

Cama, mesa & banho Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira rodam em motel o filme ‘Entre Lençóis’, que acompanha a noite de um casal que acabou de se conhecer

Gianecchini, Paola e o diretor, o colombiano Gustavo Nieto Roa

Sara Paixão sara.paixao@odianet.com.br

D Maquiadora tira manchas de bumbum de Gianecchini, que fica nu o tempo todo

e óculos escuros, no banco de trás de um carro, o ator Reynaldo Gianecchini chega por volta das oito da manhã de uma terça-feira ao motel Vip’s, em São Conrado. Em seguida, quem chega é a atriz Paola Oliveira. Eles se encontram na suíte Brisa e só saem de lá 12 horas depois. O roteiro de romance proibido tem se repetido semanalmente, desde que os dois começaram a rodar o filme ‘Entre lençóis’, sob a direção do colombiano Gustavo Nieto Roa. “Eu sempre vinha no banco do carona, ao lado de um motorista negão, até o dia em que o recepcionista me reconheceu e ficou me olhando. Resolvi começar a vir no banco de trás”, conta, às gargalhadas, Reynaldo Gianecchini, que também usa seu bom humor para driblar a vergonha de filmar o tempo todo nu em pêlo, diante de uma equipe com cerca de vinte integrantes.

Paola e Giane passam quase todo o filme no motel: casal se conhece, transa e se apaixona

“Procuro descontrair o ambiente. Vou tirando a roupa e sempre brinco com a moça que faz a maquiagem do meu bumbum para tirar umas manchinhas”, revela. Para Paola, com menos experiência que o colega, esse momento não é tão simples. “Sou mais encanada com a nudez. Mas existe uma pessoa entre nós que cuida muito bem disso, que é o diretor. Ele é que tem que achar a mão entre o sen-

FESTAS s LUXO DE UMA NOITE DE AMOR

ELENCO FILMA COM MOTEL EM FUNCIONAMENTO d Desde o dia 12 de maio, a equipe do filme ‘Entre Lençóis’, ocupa semanalmente a suíte do motel Vip’s, em São Conrado. “É hilário trabalhar num motel em funcionamento. Aqui tem muita festa, e às vezes precisamos parar de filmar por conta do barulho das outras

suítes”, diverte-se a atriz Paola Oliveira, que tem expediente lá até a próxima sexta-feira. Para passar doze horas no local, como o casal do filme, é preciso desembolsar cerca de R$ 444, sem contar com o previsível consumo de frigobar durante o

mesmo período. Com 250 m², a suíte duplex tem vista para o mar, varanda com piscina, cama king size, cadeira erótica, sauna, hidromassagem, sala de jantar, entre outros. O espaço é alugado para noites de núpcias e festas, para até 40 pessoas.

sual e o sexual, é quem fecha a câmera num detalhe em determinada cena, o que pode ficar muito mais sensual”, pondera a atriz. E o diretor Gustavo Nieto Roa deu um voto de confiança aos dois atores ao elegêlos para rodar uma produção em que só há a dupla em cena, e mais nenhum figurantezinho. “Estou muito satisfeito com o desempenho deles, são excelentes atores. Mas o voto de confiança é mútuo. O desafio é fazer uma película interessante com uma história por que milhões de pessoas já passaram”, avalia ele, que assinou os argumentos dos filmes ‘Sexo, Amor e Traição’ e ‘Sexo com Amor’. Na trama, prevista para chegar às telonas em janeiro de 2009, Giane e Paola interpretam um casal que se conhece na boate e segue para o motel. Durante a noite, se apaixonam um pelo outro. “Minha personagem vai se

casar no dia seguinte e sofre com a dúvida se está com a pessoa certa. O interessante é que eles fazem um pacto de sinceridade e se apaixonam pelo que vão descobrindo no outro”, conta a atriz. Para Gianecchini, o fato de o casal não ter uma longa história em comum é que muda a perspectiva do relacionamento. “Eles não têm passado e, a partir da experiencia física, se entregam de corpo e alma. É tão legal você encontrar alguém que não vai te cobrar nada, nem espalhar o que você contou”, reflete ele, que imagina que o longa possa tocar muitos corações. “Não chegamos ao público pela nudez. O filme pega na veia de quem já teve essa experiência ou sonha ter. Isso vale também para aqueles que pregam o sexo pelo sexo, mas na verdade são carentes e estão loucos para ficar em casa namorando e vendo DVD”, avalia o galã. f

‘Chegava ao motel ao lado do motorista e o recepcionista ficava olhando’, conta Giane

‘Sou encanada com a nudez. O diretor precisa achar a mão do sensual’, diz Paola Oliveira


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