PROMEF Programa de Modernizaテァテバ e Expansテ」o da Frota da transpetro
Palavra do presidente
A indústria naval brasileira vive um momento extraordinário. Novos estaleiros são criados, outros têm seus projetos anunciados, enquanto os já instalados se modernizam. Já possuímos a quarta maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e estamos criando milhares de novos empregos, com programas paralelos de formação e capacitação profissional.
O fator-chave do sucesso do Promef foi, no entanto, uma premissa da qual jamais nos afastamos. Cuidadosos estudos nos mostraram que a indústria naval só renasceria no Brasil em bases sólidas, caso se tornasse mundialmente competitiva. Não queríamos navios a qualquer custo e sim construir um programa duradouro e sustentável.
Este cenário não surgiu por acaso. É o resultado de uma visão de futuro, de um planejamento estratégico que contemplou a revitalização da indústria naval brasileira como uma das metas prioritárias do país. A oportunidade nasceu com a necessidade de modernizar e expandir a frota nacional de petroleiros, diante do aumento considerável de nossa produção petrolífera. Mais recentemente, a descoberta de fantásticas reservas da camada de pré-sal tornou ainda mais consistente a diretriz traçada.
É isto que estamos fazendo, por meio da escala gerada pelo volume das encomendas do Promef. Assim, os estaleiros podem investir em instalações, tecnologia e capacitação, viabilizando sua curva de aprendizado. A assessoria tecnológica de alguns gigantes mundiais do setor é também fator fundamental para chegarmos ao estado da arte na construção de navios de grande porte. Não queremos nada menos do que isso.
O Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef ) se constituiu na mola propulsora para chegarmos a essa nova era da indústria naval brasileira. Demanda atraente e recursos assegurados se somaram à estabilidade econômica e à plena normalidade democrática, duas conquistas fundamentais da cidadania e condições indispensáveis para garantir o sucesso de um plano dessa envergadura.
É com satisfação e orgulho que contamos, nas próximas páginas, um pouco da história e das conquistas alcançadas por este programa que mudou a face da indústria naval brasileira.
Sergio Machado Presidente da Transpetro
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Navegar voltou a ser possível Em 2004, a Transpetro optou por acreditar no que muitos consideravam impossível: o renascimento da indústria naval brasileira. Em 2010, vivenciamos a afirmação deste sonho por meio dos lançamentos dos primeiros navios do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota). O petroleiro João Cândido, lançado ao mar pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, no dia 7 de maio de 2010, iniciou a série. No dia 24 de junho, foi a vez do Estaleiro Mauá, em Niterói, fazer a festa de lançamento do navio Celso Furtado. Com isso, a indús-
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tria naval reencontrou o seu berço, o Rio de Janeiro. Até 2014, serão lançados ao mar 49 navios petroleiros e gaseiros de grande porte. Todos construídos no Brasil, seguindo uma das premissas básicas do programa. Um dos mais importantes projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Promef resgatou a indústria naval e mudou a vida de milhares de brasileiros. Serão 40 mil empregos diretos e outros 160 mil indiretos, em um total de 200 mil novos postos de trabalho no Brasil. Navegar voltou a ser possível.
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Pirai
Bicas
Cartola
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Suezmax
Aframax
Panamax
Navio petroleiro para o transporte de óleo cru. A capacidade de carregamento está na faixa de 140 a 175 mil toneladas de porte bruto (TPB). Essa embarcação atende às limitações do Canal de Suez, no Egito, por possuir, em média, largura de 48 metros e calado de 17 metros.
Navio petroleiro para transporte de óleo cru. A capacidade de carregamento está na faixa de 80 a 120 mil toneladas de porte bruto (TPB). O nome é baseado na terminologia Average Freight Rate Assessment (AFRA), ou, em português, Valor Médio de Frete.
Navio petroleiro para o transporte de óleo cru e produtos escuros. A capacidade de carregamento está na faixa de 65 a 80 mil toneladas de transporte bruto (TPB). Essa embarcação atende às limitações das eclusas do Canal do Panamá. Os navios do tipo Panamax encomendados pelo Promef serão shallow draft (calado reduzido), de modo a atender aos portos brasileiros.
Navio de Produtos
Gaseiros
Navio petroleiro para o transporte de produtos derivados de petróleo, como diesel, nafta, gasolina, óleo combustível e querosene de aviação. A capacidade de carregamento está na faixa de 30 a 50 mil toneladas de porte bruto (TPB). Destinado prioritariamente à navegação de cabotagem.
Tipo de embarcação construída para o transporte de gás liquefeito de petróleo. Destinado prioritariamente à navegação de cabotagem.
Bergen
Grajaú
Lages
Os navios do Promef
Navio de Posicionamento Dinâmico (DP) Navio aliviador que possui adicionalmente um grupo de propulsores gerenciados por sistemas computadorizados, que possibilitam manter a posição estacionária em um determinado ponto próximo a FPSOs e FSOs, unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento de petróleo.
Navio de Bunker Navio de transporte de óleo combustível pesado e/ou óleo diesel. Tem como função abastecer outros navios.
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O Promef em números Fase 1 – 23 navios
Fase 2 – 26 navios
10 Suezmax (175 mil TPB)
4 Suezmax aliviadores de posicionamento dinâmico (160 mil TPB)
5 Aframax (114 mil TPB)
3 Aframax aliviadores de posicionamento dinâmico (110 mil TPB)
4 Panamax (73 mil TPB)
8 Navios de Produtos (30 mil e 45 mil TPB)
4 Navios de Produtos (48 mil TPB)
8 Gaseiros (4 mil, 7 mil e 12 mil m³) 3 navios para transporte de bunker (4,3 mil TPB)
Empregos gerados 160 mil empregos indiretos 40 mil empregos diretos De 65% a 70% de índice de nacionalização
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METAS
EMPREGOS
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A revitalização da indústria naval no Rio de Janeiro
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O resgate de uma tradição Mais de um século depois, Niterói é o cenário desta longa história, com capítulos de apogeu e declínio. Desta vez, o enredo é de vitória. O Estaleiro Mauá, localizado em Ponta d´Areia, área que abrigou o primeiro estaleiro brasileiro, construído pelo Barão de Mauá, lança ao mar o petroleiro Celso Furtado. Este novo capítulo é de especial importância porque marca a retomada da indústria naval fluminense, depois de anos de crise. O Celso Furtado é o primeiro navio encomendado pelo Sistema Petrobras a um estaleiro fluminense a ser entregue em 13 anos. O último, o Livramento, foi concluído pelo Estaleiro Eisa, em 1997. Com as encomendas do Promef, a indústria naval flumi-
nense volta a trabalhar a todo o vapor. O Estado do Rio já conta com 16 navios encomendados pelo programa da Transpetro, contabilizando R$ 2,2 bilhões em investimentos. Serão 15 mil empregos diretos e outros 40 mil indiretos. Somente o Estaleiro Mauá emprega mais de três mil brasileiros. Tradicional polo naval do País, o Estado do Rio abriga os estaleiros que foram responsáveis pela construção de grandes embarcações, sendo o Brasil o segundo maior construtor de navios do mundo na década de 1970. Vinte anos depois, o setor passava pela sua maior crise. Em 2010, seis anos após o lançamento do Promef, a indústria naval brasileira, que havia desaparecido dos radares, já possui a quarta maior carteira de encomendas de navios petroleiros do mundo.
Estaleiro Eisa Quatro navios Panamax
Estaleiro Superpesa Três navios de bunker
Estaleiro Mauá Quatro navios de Produtos
Estaleiro Rio Nave Cinco navios de Produtos
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Um sonho construído em Pernambuco Assim como o Rio de Janeiro, Pernambuco também se beneficiou com o aquecimento da indústria naval. Em Ipojuca, no Complexo Industrial de Suape, foi erguido o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) com o objetivo de construir 22 navios encomendados pelo Promef. O primeiro deles, o João Cândido, foi lançado ao mar em maio de 2010 e deu espaço no dique seco para o início da construção do segundo Suezmax, que também encontrará, em breve, as águas pernambucanas. Ao todo, o EAS vai construir dez navios petroleiros Suezmax, cinco Aframax, quatro aliviadores Suezmax e três aliviadores Aframax. Todos os navios são de grande porte. O João Cândido, por exemplo, tem 274 metros de comprimento, o equivalente a dois campos e meio de futebol. Esta grandiosidade de aço é capaz de transportar um milhão de barris de petróleo, ou seja, a metade da produção diária brasileira.
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Além de petróleo e derivados, estes navios carregam também o que há de mais moderno na tecnologia de navegação. Para operar um maquinário de ponta, como os novos navios da Transpetro, a empresa fez parcerias com universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento, para a capacitação de mão-deobra especializada. Bases tecnológicas e profissionais especializados são hoje uma realidade na Marinha Mercante brasileira. Uma das principais referências é o Centro de Excelência em Engenharia Naval e Oceânica (CEENO), que congrega a Transpetro, o Cenpes/ Petrobras, a Coppe/UFRJ, a Escola Politécnica da USP e o IPT/SP. O Complexo Industrial de Suape terá também mais um estaleiro, o Promar, que, contratado pela Transpetro para a construção de oito navios gaseiros, será construído próximo ao Estaleiro Atlântico Sul. É a consolidação da indústria naval em Pernambuco.
Estaleiro Atlântico Sul
Estaleiro Promar
Dez Suezmax Cinco Aframax Quatro aliviadores Suezmax Três aliviadores Aframax
Oito Gaseiros
O Promef viabilizou o Estaleiro Atlântico Sul e a indústria naval em Pernambuco
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EMPREGOS 14
Um mar de oportunidades O Promef mudou a vida de brasileiros e brasileiras na terra e no mar. Na terra, porque estão sendo geradas milhares de vagas de empregos nos estaleiros que constroem as embarcações. No mar, porque os 49 navios, que vão transportar nossas riquezas pelos oceanos, impulsionam o mercado de trabalho da Marinha Mercante do Brasil. Até 2015, a Transpetro dobrará a sua frota de navios, criando um mar de oportunidades para a carreira de marítimos. Para atender à demanda por força de trabalho, a empresa fez parceria com os dois centros de capacitação de mão-de-obra de marítimos no País, o Ciaga (Centro de Instrução Almirante Graça Aranha), no Rio de Janeiro, e o Ciaba (Centro de Instrução Almirante Brás de Aguiar), em Belém do Pará.
Treinamento também é prioridade para os homens e mulheres que trabalham na indústria naval. Em Pernambuco, foram geradas oportunidades para cortadores-de-cana, pescadores e domésticas, que passaram pelo “Nascedouro de Talentos” (reforço de ensino básico, com duração de 3 meses), além de centros de capacitação especializados e ganharam uma nova profissão. No Rio de Janeiro, a revitalização dos quatro estaleiros que ajudarão a construir os navios do programa cria também postos de trabalho para soldadores, marceneiros, pintores, entre outras diversas profissões. As encomendas do Promef já geraram 15 mil empregos diretos no País, mas este número chegará a 40 mil ao longo do programa. É a Transpetro ajudando a fazer o futuro e a mudar a vida dos brasileiros.
40 mil empregos ao longo do programa
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NAVIO CELSO FURTADO Embarcação para transporte de derivados claros de petróleo, com capacidade para 48,5 mil toneladas de porte bruto e 183 metros de comprimento
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NAVIO JOÃO CÂNDIDO O navio petroleiro tem 274 metros de comprimento, com capacidade para um milhão de barris de petróleo (metade da produção diária nacional), e será utilizado, principalmente, para o transporte de longo curso (viagens internacionais).
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TERCEIRO NAVIO DO PROMEF Sérgio Buarque de Holanda, o terceiro navio do Promef, durante a construção no dique seco do Estaleiro Mauá
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