Hype - edição 66

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O estilo pessoal e intransferível de

Vivian Coser

Gisele Bündchen quer chegar feliz aos 90 anos

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ISSN 2237-5589

R$ 10,00 ano 11 | no 66

Viajando sem GPS, com Renata Malenza

Cláudia Gaigher,

uma repórter além da notícia

A moda manifesto



Loja Dressy apresenta:

Rua Comissário Octávio Queiroz • 750 Lojas 8 e 9 • Galeria Santarém • Jardim da Penha Telefone: 27 2142.6716 dressy @lojadressy


Editorial hype

Fazendo a diferença

» O que têm em comum, além do fato de serem mulhe-

res, a modelo Gisele Bündchen, a atriz Juliane Moore, a jornalista Cláudia Gaigher, a arquiteta Vivian Coser e a advogada Ana Paula Morbeck? Suas ideias, projetos e realizações recheiam as páginas desta edição, revelando a forma como cada uma delas dá sua contribuição para tornar este país – e o mundo – melhor. A receita mistura talento, engajamento e solidariedade, com trabalho sério e responsável, atitudes que fazem a diferença nestes tempos de descaso, indiferença e violência que vivemos nos dias atuais. O momento não poderia ser mais propício para levantar bandeiras propositivas que, aliás, estão presentes até mesmo no nosso ensaio de moda, produzido e inspirado em clima de manifesto feminista. Sim, o feminismo voltou à cena, depois de um bom período mergulhado nas sombras, mas antes que você fique imaginando que encaramos o tema com a raiva e o ranço machista reacionário de décadas passadas, saiba que, ao contrário, nesta seara, defendemos o humanismo, com toques de bom humor e leveza. A revista está cheia de outras ótimas novidades, trazendo, como sempre, preciosas dicas de consumo, arte, cultura, decoração, comportamento e gastronomia. Você vai conferir tudo isso e ainda deliciar-se com os textos de André Andrès, Sylvia Lis, Antonio Carlos Félix das Neves e Marcelo Netto, que também fazem a diferença em Hype. Boa leitura!

Betty Feliz

Editora Betty Feliz

Editora adjunta Ariani Caetano

Colaboradores André Andrès Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Ester Jacopetti

Redação

ua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, R Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES. Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br

Comercial

27 3225.0184 comercial@hypeonline.com.br

Projeto gráfico e diagramação Link Editoração 27 3337.7249

Impressão

Gráfica e Editora GSA 27 3232.1266

Site

www.hypeonline.com.br

Nossa capa Fotografada por João Araújo, a modelo Dayanne Souhait (Andy Models) usa casaco de tricô Dressy, calça Dotz, cinto Novitá, colar e anéis Morana. Stylist: Carlos Faria. Make up: Pablo Lima

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Luis Taylor Marcelo Netto Sylvia Lis

A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.



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A voz do leitor Pelo Facebook

Por e-mail Sempre que leio Hype me surpreendo com a qualidade da revista e me pergunto como uma publicação desta consegue sobreviver, por tanto tempo – e com tanta qualidade –, em um estado onde tudo parece conspirar contra o crescimento, a criatividade e o progresso. Para mim, vocês são heróis!

Virgínia S. Amorim

Adorei o ensaio do fotógrafo Eduardo Negrão publicado na última edição. O fato de ele trabalhar com não modelos mostrou que vê a moda com um olhar democrático e, ao mesmo tempo, ousado. É disso que a moda precisa.

Jenyffer Nogueira

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Sinto falta de ler mais matérias sobre literatura em Hype. Acho que a revista tem muitas qualidades, mas falta abrir mais espaço para a cultura.

José Antonio Goulart NR- Sua sugestão é muito bem-vinda, José Antonio. Prometemos analisála com carinho.

Simplesmente, amei o resultado do editorial de moda da última edição.

Ticyana Motta

Hype sempre arrebentando...

Letícia Cariello Ruschi Hype é um luxo de chic.

Lucia Oliveira

Textos, entrevistas e edição perfeitos.

Antonio Nicola

Parabéns por todo o sucesso!

Penha Nonato

••• O ensaio de moda do fotógrafo Eduardo Negrão, publicado na edição n° 65, movimentou as redes sociais.


Sumário hype

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Papo Surreal

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Moda

» Conversar, mesmo que de forma

Entrevista

hipotética, com Juliane Moore, é um desafio. A premiada atriz fez por merecer seu Oscar em “Para Sempre Alice”.

» As mulheres estão, de novo, levan-

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Sejam eles secos, espetados, lisos ou encaracolados, há sempre uma solução sejam eles sem vida ou indomáveis.

» A empresária Renata Malenza, da Brasigran, é daquelas mulheres que não temem desafios. Ao contrário: “A rotina me mata”, garante.

» A jornalista capixaba Cláudia Gaigher se diz apaixonada pelo que faz, o que não é pouco: repórter de TV engajada, ela exibe belezas e mazelas do país.

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Café com Hype

Narciso » É hora de cuidar dos cabelos.

Turismo

Personagem

» Top das tops, Gisele Bündchen

encara a fama com a serenidade de quem pratica ioga e meditação e diz que quer chegar, feliz, aos 90.

tando bandeiras em defesa de seus direitos. Nosso ensaio revela o lado fashion/feminista das ruas.

Zoom

» A revista reuniu, profissionais

» Mãe orgulhosa de Arthur e casada

do mercado publicitário durante um encontro, no Café Carnielli, regado a delícias e troca de informações editoriais.

com o senador Ricardo Ferraço, a arquiteta Vivian Coser faz questão de separar vida pessoal da profissional.

Ci ne m a Po nt o Fi na l

St ud io Li vr os

57 58 60 61

50 54 56

Ci da da ni a Di vã Co ns um o Tu do V in ho Co m er Be m Ca sa Fe liz Be tt y So m

46 48

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E mais

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Entrevista hype

Gisele BÜndchen

"Espero chegar aos

90 felicíssima"

A modelo brasileira mais famosa e uma das mais bem pagas do mundo diz que não tem mais pressa de chegar a “algum lugar”. Adepta da ioga e da meditação, nesta entrevista ela revela seus truques de beleza, mas diz que seu segredo é estar bem consigo mesma

E

Por Ester Jacopetti | Fotos: Divulgação

leita, em 2013, pela revista americana “Forbes”, uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo, a top model brasileira Gisele Bündchen conquistou o título após acumular 42 milhões de dólares em 12 meses (entre junho de 2012 e junho de 2013). No mesmo ano, foi escolhida pela revista “Época” uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil. Com mais de 500 capas de revistas em seu currículo, Gisele é a segunda personalidade feminina do planeta com mais capas com sua imagem, depois da princesa Diana e, durante sete anos consecutivos, foi a modelo mais bem paga do mundo. Mas quem é de fato Gisele Caroline Bündchen, a garota nascida em 1980, em Horizontina, Rio Grande do Sul, que despontou nas passarelas aos 15 anos e acabou se tornando símbolo internacional de beleza, sucesso e riqueza? Casada desde 2009 com o jogador de futebol americano Tom Brady, mãe de dois filhos, Benjamin (cinco anos) e Vivian (dois), 34 anos, ela revela que seu projeto de vida inclui aproveitar cada momento e “chegar aos 40, 50, 60 ou 90 anos de idade felicíssima”.

Você já tem 20 anos de carreira representando a mulher brasileira mundo afora. Como encara essa responsabilidade?

» Sinto-me muito honrada em poder repre-

sentar a mulher brasileira fora do país. Sou o tipo de pessoa que levanta a bandeira do Brasil, e olha que já estou trabalhando fora há um tempão. Sinto-me muito feliz porque vejo a mulher brasileira, forte, guerreira, determinada e, ao mesmo tempo, feminina e

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sensual. É uma honra poder representar essas mulheres lá fora. Nestes 20 anos de carreira conheci muitas mulheres lindas e incríveis.

Qual é o seu conceito de beleza?

» Para mim, é algo muito diferente. Quando

a pessoa está bem consigo mesma e se sentindo feliz e completa, ela brilha. Esse é o tipo de beleza que não se descreve. Não importa se você é alta, magra, mais cheinha, baixinha, tem cabelo crespo ou liso. Não se trata disso. Algo que irradia na pessoa é quando ela está bem e saudável. Ela entra no lugar e as pessoas falam: ‘Uau!’. É bom termos um tempo para nos cuidarmos, cuidarmos do nosso corpo e também da mente, de dentro para fora... é muito mais importante. Por isso, precisamos de um tempo para nos cuidar.

... de vez em quando, a gente engata a quinta marcha e, quando vê, o ano passou e não percebemos

Pois é, mas o que todas as mulheres querem saber (inclusive as leitoras de Hype) é o seu segredo. Porque quanto mais o tempo passa, mais linda você fica. Conte para nós...

»

Bem, isso depende muito da ocasião. Porque, se eu vou a uma festa, é bacana fazer cabelo e maquiagem, mas, insisto, sentir-se bonita ajuda muito na autoestima e nos faz mais alegres. É importante todo mundo se cuidar e se paparicar um pouquinho de vez em quando.

E quanto a envelhecer, esse é um tema que lhe preocupa?

» Sabe, em relação à idade, estou gostando,

porque estou ficando mais madura. A vida só tem ficado melhor. Já faz tempo que eu decidi prestar mais atenção nesse aspecto do amadurecimento. Comecei a praticar ioga e há uns dez anos pratico meditação diariamente. Com isso, ganhei uma nova consciência, principalmente sobre o que eu estava colocando no meu corpo, em todos os sentidos, dentro e fora do meu organismo; sobre como estava me alimentando e como estava encontrando espaço para mim mesma

na vida intensa que estava levando por causa do meu trabalho. Como eu conseguia ter um momento de tranquilidade e realmente estar presente, porque, de vez em quando, a gente engata a quinta marcha e, quando vê, o ano passou e não percebemos. Depois a gente não sabe direito nem o que aconteceu...

Além da ioga, você pratica outras atividades físicas?

»

Sim, pratico exercícios diariamente. Aprendi a entender que, realmente, nosso corpo é o nosso tempo. Assim, o que exigirmos dele, ele estará pronto para nos oferecer. No dia em que fico sem meditar ou como algo diferente já me sinto desconfortável, outra pessoa, entende? É incrível quando você está consciente e presente em todas essas atividades de se exercitar, se alimentar, meditar... Como é importante fazer escolhas mais saudáveis que a façam sentir-se melhor! Espero chegar aos meus 40, 50, 60 ou 90 anos felicíssima! Este é o meu projeto de vida.

Falando em futuro, você costuma estabelecer metas?

»

Escrevo uma carta para mim mesma. Faço isso há um bom tempo e guardo todas elas. Tem sido fantástico porque, quando eu leio o que escrevi no passado, é legal observar as metas que eu me propus a conquistar, principalmente como pessoa, porque a gente tem também o lado pessoal, de como eu posso ser uma filha melhor, uma mãe melhor, uma amiga e um ser humano melhor também. Esses detalhes são importantes para mim. É bom porque a gente vai evoluindo e crescendo. Você acha que é natural, mas é algo que a gente precisa trabalhar. É muito bom! Eu reflito sobre tudo o que passei e coloco minhas metas para o próximo ano. Faço isso em forma de oração e isso tem me ajudado muito. Ajuda a renovar as esperanças. É uma oportunidade de fechar as portas para o que não quero mais na minha vida. Eu adoro. Espero que, neste ano, as pessoas tenham mais amor no coração.

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Entrevista hype Já aconteceu de você pegar uma de suas cartas, relê-la e achar que aquela ideia não era tão importante no momento em que a escreveu, mas que agora é?

» Acredito que os valores vão mudando

de acordo com os anos. Hoje eu sei que o mais importante para mim é viver o meu momento, porque a vida é isso, é o que eu tenho. Não simplesmente pensar que vou chegar a algum lugar. Quando eu era mais jovem, eu pensava e desejava chegar a algum lugar. Era importante ter um destino. Hoje penso em como aproveitar a minha vida em todos os sentidos, é claro, chegar a algum lugar, mas o mais importante é o momento.

Qual foi o melhor ano da sua vida?

» O melhor ano da minha vida foi 2005,

quando fui com alguns amigos para um retiro e lá ficamos por três dias em absoluto silêncio. Foi incrível! Adoro participar desses rituais. Percebi que tudo o que aconteceu na minha vida foram escolhas minhas. Por isso, achei importante me dedicar a esse momento de reflexão. Foi algo que marcou a minha vida e me deu um clique.

Qual o seu desejo para este ano?

» Tenho vários desejos, mas não

posso contar nenhum deles, porque, senão, não acontece... (risos)

Como você se define?

» Sou uma mulher de ação! Eu faço! É

importante ter foco e clareza dos nossos objetivos, do que a gente quer para a nossa vida. Para mim, é tudo uma questão de atitude. Tudo o que acontece na nossa vida, eu não julgo como positivo ou negativo, mas simplesmente enxergo como situações que servem para aprender algo. Não foco nas coisas que me colocam para baixo. Para mim, gratidão

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É importante olhar para dentro do nosso coração, ver se estamos cuidando de nós mesmos e do próximo, da nossa família...

é a palavra que deve ser uma constante. Eu tenho gratidão por tudo que acontece comigo, sejam coisas alegres ou tristes. É importante praticar o autoconhecimento, olhar para dentro de cada um de nós. É importante olhar para dentro do nosso coração, ver se estamos cuidando de nós mesmos e do próximo, da nossa família...

Com tantas viagens para fora do país, a trabalho, como é a Gisele no dia a dia?

» Como disse, procuro ter um estilo de vida

equilibrado, que envolve boa alimentação, exercícios e bastante água. Acredito que tudo isso ajuda no nosso bem-estar e, consequentemente, na nossa aparência. Mas é claro que, se eu vou a uma festa, gosto de me cuidar, arrumar o cabelo, fazer maquiagem... Estar bonita contribui para a alta autoestima, né?! Eu gosto de me paparicar e ficar bonita.

Seus cabelos são bastante copiados. O que você faz para mantê-los sedosos?

»

Acho importante usar produtos de qualidade, que reparem e protejam os fios, já que o meu trabalho danifica bastante meus cabelos. Com o passar do tempo, estou percebendo algumas diferenças nele. Tem muitos fatores que contribuem para essa mudança: maternidade, processo químico, estresse... Tudo isso pode nos afetar e deixar os cabelos mais finos. Os hormônios ficam enlouquecidos. Tudo acontece quando a gente se torna mãe. Se eu tenho cabelo até hoje, acredite, devo à Pantene. Porque você não faz ideia do que eu já passei na minha vida... Imagine, 20 anos de carreira e incontáveis mudanças nos cabelos. Uso muito aquelas ampolinhas milagrosas da marca, porque são super práticas, rápidas e garantem um resultado incrível. Sem falar nos xampus com tecnologia antioxidante. Adoro!


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Para que a nossa cidade seja o melhor lugar para cada um de nós, dê a sua contribuição e participe do Minha Vitória, uma iniciativa para tornar a cidade mais desenvolvida, organizada, justa, sustentável e voltada para as pessoas por meio de uma gestão compartilhada. Venha discutir, pensar, propor e planejar Vitória para a próxima década, na revisão do Plano Diretor Urbano 2016/2026. Acesse o site, mande sua sugestão e participe dos encontros na sua regional.

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Cidadania hype

Recebendo e doando Instituição filantrópica de Vila Velha atende famílias carentes de pessoas com deficiência fornecendo alimentos e outros itens. Sem apoio de outras entidades ou do governo, para fazer as doações, ela também precisa recebê-las Por Ariani Caetano

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Como ajudar

enascer Associação R lônia, 211, po A Rua Santa ha/ES Ibes, Vila Vel 0 27 3149.110 om.br caorenascer.c www.associa r .b m yahoo.co assrenascer@

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esde 2005, a Associação Renascer, fundada pelo casal Fabíola e Vandeir Camilo Bourguignon, seu atual presidente, cuida de famílias de crianças, adolescentes e adultos com algum tipo de deficiência, física ou intelectual. A associação conta com cerca de 90 famílias cadastradas, que recebem dela doações de cadeiras de roda e de banho, fraldas, roupas e leites especiais, além de ajudar com encaminhamentos médicos. A associação é uma organização social sem fins lucrativos e não possui apoio de nenhuma entidade ou instituição governamental ou religiosa. Por isso, a Renascer conta apenas com doações, que geralmente chegam do trabalho de telemarketing. “Essas famílias têm muito pouco auxílio. Somos filantrópicos, e tem meses que temos para repassar, tem meses que não temos. Mas como se tratam de famílias muitas vezes de extrema carência, tudo o que vem é bem-vindo e é encaminhado de acordo com as necessidades de cada uma delas”, conta a assistente social da Associação Renascer, Geziane Rasseli. Segundo ela, duas iniciativas recentes da associação têm tido resultados bastante positivos. Uma delas é a realização de oficinas de costura,

pintura e confecção de bolsas para as mães das famílias atendidas. Assim, elas transformam o que aprendem nas aulas, que são gratuitas, em uma profissão e conseguem ganhar uma renda extra. “Isso mudou a vida de várias famílias. O aprendizado se transforma em renda, e, mais do que isso, as mães se ocupam com outras coisas, trocam experiências e conseguem se desligar um pouco dos problemas”, avalia a assistente social. Outra ação que tem contribuído muito para a Associação Renascer é a parceria com o Ceasa, por meio do projeto Mesa Brasil. Todas as sextas-feiras, ele envia um caminhão de doações para a associação. São frutas, verduras, legumes, sucos e iogurtes, que são repassados no mesmo dia às famílias cadastradas. Com isso, a entidade consegue viabilizar melhores condições de alimentação às pessoas atendidas. As famílias, aliás, passam por um cadastro antes de começarem a ser auxiliadas pela instituição. São realizadas entrevistas e visitas domiciliares para comprovar as informações fornecidas. As doações para a Associação Renascer podem ser feitas em espécie ou na forma de algum dos itens que mais são necessários às famílias.



Feminismo hype

Cerveja

com sabor de

polêmica

Elas são minoria nos departamentos de criação de agências e não estão satisfeitas com as campanhas, mas decidem as compras de um lar. Ser mulher e ficar exposta a propagandas criadas por homens – e, em algumas vezes, de cunho machista – não é fácil. Nem precisa ser. Foi a partir dessa constatação que nasceu a Cerveja Feminista. Por Ariani Caetano

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essenta e cinco por cento das mulheres dizem não se identificar com propaganda e apenas 10% do mercado criativo são formados por elas. Não, os dados não são antigos, mas contemporâneos, coisa quase impensável em pleno século XXI. O primeiro foi extraído de um estudo que a Sophia Mind realizou com 3.500 mulheres no ano de 2011; o segundo é de uma pesquisa feita por três publicitárias que tiveram a coragem de começar a pensar sobre o assunto, debatê-lo e, quem sabe, ajudarão a transformar essa realidade. Larissa Vaz, de 25 anos; Thaís Fabris, de 32, e a capixaba Maria Guimarães, de 28, é que são as responsáveis pelo coletivo 65 | 10, cujo nome foi pensado justamente a partir das estatísticas apresentadas anteriormente. Seu objetivo é questionar a publicidade, enquanto mídia de massa, principalmente com relação ao machismo que existe tanto nas campanhas quanto dentro das agências. Por causa da polêmica envolvendo uma campanha da Skol para o Carnaval, as publicitárias pensaram em uma maneira de não deixar o assunto sobre

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o machismo na publicidade morrer e criaram a Cerveja Feminista. Trata-se de uma cerveja artesanal red ale, produzida por uma cervejaria de São Paulo, vendida a preço de custo. A ideia é trazer o tema do feminismo para a mesa do bar, de modo a ser discutido por mulheres e homens. O primeiro lote da Cerveja Feminista, 1.200 garrafas de 600 ml, foi todo vendido em poucas semanas. O coletivo pretende vender outro, para o qual é possível fazer um cadastro no site www.cervejafeminista.com.br. Segundo Maria, que trabalha em uma agência de publicidade, é raro ver mulheres ocupando cargos no departamento de criação, uma incoerência se observarmos que 80% das decisões de compra de um lar são tomadas pela mulher, segundo o Censo/IBGE 2009-2010. A Cerveja Feminista é apenas uma ação mas, para aumentar o número de mulheres nos departamentos de criação das agências, só mesmo com mudança de consciência. Vamos tomar uma cerveja para debater o assunto?



Narciso hype

Cabelo,

cabeleira...

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É hora de cuidar das madeixas. E se os fios estão maltratados, ressecados ou desbotados, não se desespere. Para tudo há solução, até para cabelos indomáveis que parecem ter vontade própria

» A Cosmezi

Itália trouxe para o Brasil o Riduttori Pró, da linha Tratto Milano. O produto alinha os fios, reduz o volume, protege a queratina, recupera e mantém o brilho e tem sistema antiamarelamento, além de proteger os lipídios naturais do cabelo.

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» A Mahogany anuncia uma nova linha de produtos premium: Perfect Hair. São cinco produtos, que contêm ativos como os óleos de argan, que penetra na fibra capilar e a melhora instantaneamente; de ojon, que potencializa a recuperação e a nutrição dos cabelos danificados, e de crambe, que auxilia na flexibilidade dos fios e redução da quebra.

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» Tons vibrantes exigem proteção e tratamento constantes. O xampu e o condicionador da linha True Hue Violet, da Senscience, específicos para cabelos loiros, cinzas e brancos, evitam o amarelado dos fios, enquanto as cápsulas de tratamento e proteção da cor fixam a coloração do cabelo, impedindo seu desbotamento.

» E por falar em cabelos coloridos, os fios vermelhos estão na cabeça de muitas mulheres e também merecem linhas de produtos específicas para eles. O xampu Safe Red, da Macpaul Professional, mantém a cor vibrante, com brilho e sedosidade, enquanto a linha Intensive Red, da Trattabrasil Professional, evita o desbotamento, restaura e protege os fios.

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Divã hype Antônio Carlos Félix das Neves Psicólogo, psicanalista e professor antonic@terra.com.br

Ilustração: Fernando Augusto

T

odo mundo, de uma forma ou de outra, tem um “tenho que”! Tenho que fazer isso, tenho que fazer aquilo, tenho que... Por mais que essa obrigação nos atormente com a crueldade do seu imperativo categórico, ela se faz necessária, pois aderimos resignadamente aos seus preceitos. As exigências dos tempos atuais, movidas pelos ideais de consumo constante, só reforçam os ditames do “tenho que”. Por incrível que pareça, não conseguiríamos viver sem as ordens desse imperativo. Por quê? Porque é ele quem, no fundo, nos diz o que e como temos que fazer. Cumprimos automaticamente as suas ordens, não nos perguntamos por que fazemos isso ou aquilo e, ao final, nunca achamos que estamos à altura de suas exigências. Daí, o nosso familiar sentimento de culpa. Com a culpa, nos autopunimos por nunca satisfazermos o “tenho que”. E nos autopunimos de várias maneiras: engordando, se ferindo, se endividando, se sabotando, adoecendo, enfim, damos um jeito de fazer um mal a nós mesmos, nos castigando por não termos sido tão obedientes ao “tenho que”. Ora, se é o “tenho que” que nos diz o que temos que fazer, não precisamos, então, pensar no que temos que fazer, já que ele, apesar de toda severidade de seus mandamentos, nos diz o que tem que ser feito. Não precisamos dar sentido à nossa existência, pois o “tenho que” o faz pela gente. Assim, não temos que nos responsabilizar pelas nossas escolhas, se elas estão certas ou erradas, uma vez que o “tenho que”, por sua constante exigência, não deixa espaço para refletirmos sobre o nosso

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Tenho que matar o “tenho que”!!! destino, sendo o responsável anônimo pelas consequências dos nossos atos. Se ficássemos sem o “tenho que”, o que faríamos? É nesse momento que nos vemos angustiados, quando nos deparamos com o fato de não termos nada para fazer. Por isso tem gente que precisa estar sempre ocupado: comendo, trabalhando, pensando... correndo não sabe do quê. Podemos também encontrar pessoas que precisam do esforço da obrigação, que gostam de coisas difíceis, como se precisassem passar por um sacrifício para se sentirem merecedoras de uma consideração. E, mesmo assim, ainda são capazes de dizer, num tom de autopunição: “Não fiz mais do que minha obrigação!”, renunciando, dessa maneira, ao prazer pelo trabalho realizado. O “tenho que” não considera o feriado, o final de semana e o tempo livre com a família. Ele sempre nos faz arrumar alguma coisa para fazer, para atender, que nos ocupe o dia, não nos permitindo ficar em falta. Ficar em falta ou deixar o outro em falta, sem culpa... Eis o nosso maior desafio! “Eu tenho que matar o ‘tenho que’!”, me dizia uma jovem mulher. Ela que dava conta de tudo, que não recusava demandas e que queria estar em todos os lugares, se possível, ao mesmo tempo. Como matar o “tenho que”? Uma boa pergunta que eu não tenho que responder! Mas posso pelo menos adverti-los para que “o tenho que matar...” não seja mais uma de suas obrigações, relativizando o seu imperativo categórico: “tenho que” matar, talvez, contudo, todavia, entretanto...


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Papo surreal hype

Julianne Moore

Solidária e

talentosa Protagonista de “Para Sempre Alice” (“Still Alice”), que deu a ela o Oscar de Melhor Atriz por sua performance no papel de uma professora de Psicologia na prestigiada Universidade de Harvard, Julianne Moore encarnou com competência uma especialista em aquisição de linguagem, casada e mãe de três filhos, que, aos 50 anos, é surpreendida com o diagnóstico de Alzheimer de Instalação Precoce

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A

elegemos para figurar em Papo Surreal antes do prêmio (justíssimo!) porque, acima de tudo, adoramos esta linda e competente ruiva, escritora engajada em nobres causas que têm as crianças como alvo. Mas, como você sabe, nossa conversa com Julianne é pura ficção, uma brincadeira de assumidos fãs de carteirinha. No entanto, grande parte das respostas que aparecem no texto foram extraídas de entrevistas que a atriz concedeu a diversas publicações.


Quem é ela

Atriz e escritora angloamericana, Julianne Moore (nome artístico de Julie Anne Smith) nasceu em 3 de dezembro de 1960 e começou sua carreira em 1983, depois de formar-se em Arte Dramática pela Universidade de Boston. Mas foi somente com sua performance em “Boogie Nights” (1997) que ela conquistou atenção e diversas indicações nos principais prêmios de cinema internacionais. É casada com o diretor Bart Freundlich – dez anos mais jovem do que ela –com quem tem dois filhos: Caleb, de 18 anos, e Liv Helen, de 13 anos. Ele a dirigiu em “Cidadão do Mundo” e” Totalmente Apaixonados”. Julianne já foi indicada quatro vezes ao Oscar, como Melhor Atriz por “Fim de Caso” (2000) e “Longe do Paraíso” (2002) e como

Melhor Atriz coadjuvante por “Prazer Sem Limites” (1998) e “As Horas” (2002). Embaixadora na União Europeia da organização Save the Children, que trabalha com crianças e famílias em áreas rurais, com foco em alfabetização e educação na primeira infância, ela lançou com sucesso o programa de Save the Children em 2008, na qual os ilustradores de livros infantis doaram obras de arte para cartões, com o objetivo de beneficiar a pobreza nos Estados Unidos. Julianne Moore também é membro do Reach Out and Read, uma organização dedicada à alfabetização das crianças e a educar os pais sobre a importância da leitura para os filhos.

Você declarou que, apesar da complexidade do papel, não foi “nada difícil” viver Alice...

Alzheimer, e a maioria deles sente que não está sendo compreendida.

perda ou degradação, mas sim sobre o que você valoriza, quem você ama e o que você quer fazer com o tempo que você tem. Eu voltava para casa todo dia após as filmagens me sentindo tão grata pelo meu marido, meus filhos e meus terríveis cães... Tudo isso era algo que fazia com que eu me sentisse feliz.

» Não criei expectativas, mas... adorei!

» O filme que fizemos não foi no espírito da

Mas, convenhamos, interpretar o papel de uma mulher com Alzheimer não é tarefa fácil...

» É verdade! Eu não sabia nada sobre a

doença, mas tive uma enorme ajuda da comunidade de pacientes de Alzheimer e de uma das maiores especialistas no mal, Mary Sano, professora de Psiquiatria e diretora do Centro de Pesquisas de Alzheimer na Escola de Medicina Mount Sinai, de Nova York.

Você visitou grupos de apoio para mulheres com a doença?

»

Sim! E elas foram tão colaborativas, realmente me explicaram como se sentiam, e muito da linguagem da minha personagem inspirou-se nesses encontros. Há muita vergonha nos pacientes de

Esperava ganhar o Oscar? Entrando um pouquinho em sua intimidade... O fato de seu marido ser mais jovaem a incomoda?

» Em absoluto! Por que homens po-

dem se relacionar com mulheres mais jovens, mas não o contrário? Você não acha isso muito preconceituoso?

Com certeza! Você se considera feminista?

» Claro que sim! E adorei quando, duran-

te a entrega do Oscar, Patrícia (Arquette, que conquistou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Boyhood”) disse que as atrizes precisam ser equiparadas aos atores em termos salariais. E não é só isso: atrizes que envelhecem são esquecidas por Hollywood.

Você posou nua, em 2009, para uma campanha da Bulgari...

» Não tenho problemas com a nudez, desde que o contexto a justifique e que seja feito com arte e elegância.

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Personagem hype

Cláudia Gaigher

Destemida e engajada Ela não quer só informar, mas ajudar a mudar a realidade. A jornalista Cláudia Gaigher é daquelas pessoas que a gente ama só de saber que existem. Há 15 anos morando em Campo Grande, esta capixaba sempre que pode vem ao Estado abastecer-se de amor, moqueca e maresia. “Eu sou uma apaixonada pela vida e pelas pessoas. Busco o olhar de encantamento, como se fosse a primeira vez sempre! Acredito que o jornalismo tem de estar sempre ligado à vida das pessoas e aos lugares onde as notícias estão acontecendo.”

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Por Ariani Caetano | Fotos: arquivo pessoal

Q

uem diria que ela, uma apaixonada confessa pelo mar, fosse se embrenhar nas terras do Centro-Oeste? Pois foi. Há 15 anos, a jornalista Cláudia Gaigher, nascida e criada em Cachoeiro de Itapemirim, deixou a TV Gazeta para trabalhar como repórter do Jornal Nacional em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. “Eu queria conhecer um Brasil diferente. Sou do litoral e sempre vivi no litoral. Vir para o Centro-Oeste foi uma escolha e gosto demais de viajar por esses biomas. Me surpreendo sempre e não me canso de percorrer esses lugares”, afirma. A paixão de Cláudia pelo meio ambiente não nasceu em Campo Grande, mas pode-se dizer que foi lá que virou amor de verdade. “Sempre fui ligada à natureza. Cresci em Cachoeiro e ia passear nas serras de Vargem Alta, Burarama, Venda Nova do Imigrante. Minha família tem uma forte ligação com a natureza. O estilo de vida mais simples e as questões ambientais faziam parte dos assuntos das conversas dentro de casa. A natureza e seus encantos são minhas paixões desde sempre. E em Campo Grande já vivi experiências lindas. Mergulhei com jacarés, piranhas e sucuris”, conta a jornalista. Por conta dessa paixão pela natureza, Cláudia dedica-se mais a reportagens de denúncia de agressões ao meio ambiente e também sobre as populações indígenas e ribeirinhas. É dela, por exemplo,


a matéria sobre crianças que viviam à beira de rios pantaneiros em regiões isoladas e que passavam as madrugadas no meio dos alagados, disputando espaço com cobras e jacarés, para pescar um peixe chamado tuvira, usado pelos turistas como isca. Graças a sua denúncia, o governo construiu 12 escolas das águas e mais de 200 crianças estão estudando, fora do ambiente insalubre e sem trabalhar. Cláudia também denunciou as péssimas condições de aldeias indígenas onde crianças morriam por falta de comida e água, e o Governo Federal teve que mudar toda a política de assistência aos índios, de modo que hoje a desnutrição não está tão crítica. “Sinto que o jornalismo não é só informar; é também levar meios para melhorar a vida das pessoas. Por isso, a sensação de dever cumprido é muito boa. Visito todo ano as escolas e as aldeias para ver se de fatos as medidas implantadas estão surtindo efeito”, conta. A jornalista também integrou a primeira equipe a visitar uma região original da Amazônia, no Parque Nacional do Tumucumaque, na fronteira com a Guiana Francesa. No Pantanal, foram inúmeras reportagens, assim como na Serra da Bodoquena, que levaram à criação de medidas e regras de conservação, culminando, inclusive, na criação do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. “Fora do Brasil, destaco a cobertura da reconstrução do Haiti após o terremoto de 2010. Foi uma das mais impressionantes e marcantes.”

Foram tantas matérias e prêmios por elas que Cláudia só não se orgulha das reportagens sobre insegurança e tráfico nas fronteiras. “O jornalista tem o papel de informar, levar o conhecimento sério, bem apurado e com responsabilidade. Assim, podemos ajudar nosso povo a desenvolver um olhar crítico e um sentimento de pertencimento, de modo a se envolver nas questões de sua comunidade, cidade e país. Quero sempre poder levar comigo as pessoas em lugares que elas talvez não tenham condições de ir e revelar a elas esse Brasil especial em que vivemos.” Foram tantas aventuras que parece que não falta nada a Cláudia Gaigher. De fato, seus sonhos são modestos, mas também audaciosos, na medida em que não são só seus. “Quero ter saúde, ser feliz nas minhas escolhas, ver meu filho vivendo em um país com gestões voltadas para o bem-estar do povo e com a preocupação de cuidar do próximo e da natureza. Se a gente não souber enxergar nas coisas simples a importância para a realização de nossos projetos, de nada adianta sonhar. Viver é ser feliz a cada dia com as escolhas e estar sempre pronto a mudar de rota, melhorar e lutar pelo que acreditamos.”

» Cláudia cobriu a reconstrução do Haiti, após o terremoto que atingiu o país em 2010

Sinto que o jornalismo não é só informar; é também levar meios para melhorar a vida das pessoas

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Café por quem entende Ela deixou para trás os Estados Unidos para dedicar-se à consultoria empresarial e à gestão de mídia social. Proprietária da Cafeteria Carnielli, Camila Carnielli descende de uma família de imigrantes italianos que saiu da agricultura de subsistência para galgar o posto de pioneira no agroturismo no Espírito Santo


C

om todos esses ingredientes em sua história de vida, Camila não poderia dedicar-se a outro negócio. “Café está na moda e senti falta, em Vitória, de um local onde pudesse conversar com especialistas, uma cafeteria que conhecesse o café em todas as fases: plantio, extração, torra...” Foi assim que nasceu a Cafeteria Carnielli, no Hortomercado. Tudo conspirava a favor. Afinal, além de pioneira do agroturismo em Venda Nova do Imigrante, a família Carnielli se destaca, no Espírito Santo, na produção de cafés finos e queijos. E mais: a Fazenda Carnielli ganhou o primeiro concurso de café arábica do Estado, enquanto o café arábica capixaba conquistava paladares em todo mundo por seu sabor exótico e seu toque aromático. Mas antes de abrir a cafeteria no Hortomercado, Camila estudou Gestão Empresarial e Marketing e Turismo nos Estados Unidos, onde conheceu muitas cafeterias que são referências no mercado, especialmente na Califórnia. “Sempre trabalhei com atendimento ao público. Dediquei-me a diversos cursos para me tornar especialista em café, leio e estou sempre em contato com uma rede de especialistas do país para ficar por dentro do que acontece nas feiras

internacionais e nas cafeterias de São Paulo”, assegura a jovem empresária. O diferencial da Cafeteria Carnielli consiste exatamente no domínio do conhecimento na área por parte de quem a comanda. “Garantimos o controle do café que servimos, desde o plantio até a xícara. Além disso, nosso espaço já se tornou um point de encontros, seja uma celebração entre amigos, seja uma reunião de negócios. Observo que muitos profissionais têm preferido reunir-se em locais mais informais, e o conforto das cafeterias se encaixa nessa tendência. Além disso, temos wi-fi, estacionamento, lanches sem glúten e sem lactose, somos, enfim, referência em atendimento, oferecendo, em nossa delicatessen, produtos que vêm direto da fazenda.” Animada com as perspectivas do mercado, Camila vê o futuro com otimismo. “O consumo de cafés finos cresce no mundo, e o hábito do brasileiro, de tomar café em vários momentos do dia é uma realidade incontestável. Diariamente, recebemos um público novo, interessado em aprender sobre café e métodos de extração, além de pessoas que gostam de experimentar bebidas à base de café. Nosso cardápio contempla tudo isso,” garante ela.

HortoMercado

Horto Mercado, Vitória/ES 27 3014-1533


Moda hype

Manifesto

fashion

» Vestido Dressy, colar e pulseiras Metal Nobre, anéis Morana e bota Arezzo

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» Tricô Salú Boutique, saia Dressy, pulseiras Diferolla, colares Morana, anéis Metal Nobre e bota Clube Melissa


E

m tempos de protestos e manifestações contra a corrupção reinante, Hype não poderia deixar de dar a sua contribuição.Mesmo porque, neste momento tão emblemático para o país, falar de moda é falar de atitude e comportamento, elementos presentes neste belo ensaio, que é pura provocação.

» Macacão e lenço Dotz, colar Diferolla, pulseiras Morana e sandália Sonho dos Pés

» Quimono Novitá, blusa Dressy, cinto Salú Boutique, colar Diferolla e pulseiras Metal Nobre

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Moda hype

» Casaco de tricô Dressy, calça Dotz, cinto Novitá, colar e anéis Morana

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» Vestido e cinto Salú Boutique, colares Diferolla, anéis Morana e bota Arezzo

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Moda hype

» Blusa Salú Boutique, calça Novitá, lenço Stroke, colores Metal Nobre e bracelete Diferolla

» Blusa Dotz, cinto Metal Nobre, saia Salú Boutique, pulseiras e bracelete Morana, brinco Diferolla e bota Arezzo

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» Quimono Dotz, blusa Stroke, calça Salú Boutique, cinto Diferolla, colar e anéis Morana e sandália Sonho dos Pés


» Vestido Achei Meu Vestido, jaqueta Novitá, braceletes Metal Nobre, anéis Diferolla, brinco Morana e bota Arezzo

»B lusa Dressy, calça Dotz, colares Morana, pulseiras e bracelete Metal Nobre

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Moda hype

»C asaco de tricô Dressy, calça Dotz, cinto Novitá, colar e anéis Morana

» Jaqueta Salú Boutique, cropped Dressy, saia Salú Boutique, colar Morana, bracelete Diferolla e sandália Sonho dos Pés

» Vestido Salú Boutique, camisa Stroke, cinto Novitá, colar Metal Nobre, pulseiras Diferolla e bota Clube Melissa

» Vestido Achei Meu Vestido, pulseiras Metal Nobre, anéis Morana, brinco Diferolla e bota Arezzo

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» Blusa e Saia Salú Boutique, colares Diferolla, sandália Sonho dos Pés e meia acervo


» Macacão Salú Boutique, brinco Metal Nobre, bracelete Morana e sandália Sonho dos Pés

» Vestido Achei Meu Vestido, jaqueta Dotz, colar Diferolla, pulseira Metal Nobre, anel Diferolla e bota Arezzo

Ficha Técnica » Fotos: João Araújo » Styling e edição: Carlos Faria » Make up: Pablo Lima » Assistente: Ciro Rocha » Modelos: Adelara Armani, Dayanne Souhait, Beatriz Schwan, Naira Lilian e Nathália Schaefer (Andy Models)

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Gente hype

Encontro regado a ideias Hype reuniu um animado grupo de profissionais do mercado publicitário para degustar, no simpático e acolhedor Café Carnielli, as deliciosas iguarias que a casa oferece, em mesa farta, com excelente atendimento e produtos de qualidade

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D

epois de recebidos carinhosamente pela anfitriã, Camila Carnielli, apresentamos nossos projetos e o calendário para 2015, que contemplará, no total, cinco edições de Hype. A editora Betty Feliz discorreu sobre algumas das bem sucedidas ações que a revista promove, anualmente, como o Clube Hype, Hype Hour e o Prêmio Hype, além de talk-shows temáticos. Falou também sobre o trabalho de assessoria de imprensa que a jornalista desenvolve, de forma pioneira, há mais de duas décadas. O diretor executivo da Preview, Rodolfo Feliz, discorreu sobre as publicações assinadas pela editora – leia-se Lorenge In, Empreenda Jovem, Proeng 25 anos, Destino ES, Hype, jornais de empresa e diversos produtos similares – e apresentou a mais nova aquisição profissional da empresa, Wanusa Almeida, responsável pelo atendimento comercial. Além de uma ótima oportunidade para conhecer profissionais que fazem a diferença no mercado, o café da manhã oportunizou uma revitalizante troca de ideias, em clima de perfeita interação. Confira nas fotos!


» Chef Luiz Felipe Silva Dias

» D aniele Freitas, Camila Carnielli e Edvany Souza

» G abriela Galvão e Rose Frizera

»W anusa Almeida e Grazi Fiorese

» R enata Santos, Anna Vieira, Luana Fyhn e Marlon Pagoto

» Caroline Chisté e Stephanie de Faro

» Aloisio, Camila e Ana Maria Carnielli hypeonline.com.br 35


Gente hype

» Betty Feliz, Roges Morais e Ariani Caetano

» Ana Paula Barbosa Freitas e Marila Oliveira

» Luana Fyhn, Marila Oliveira e Cynthia Binda

» Julio Cesar Vasconcelos, Cynthia Binda e Rodolfo Feliz

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» Mayara Junquilho e Gabriel Torobay

» G abriela Galvão, Renilda Uliana de

Carvalho e Regina Aparecida Pereira

» Fernanda Batalha, Evaldo Salera e Marlon Pagoto

»O livia Mendonça, Renilda Uliana de Carvalho e Grazi Fiorese


» I zabella Medri e Kátia Moreira

» R afael Torezani e Igo Duarte

» Laís Hofmann e Polyanna Policarpo

» Mayara Junquilho, Luana Abreu,

Ana Paula Gusmão e Kaylla Bottoni

»M irella Orseti e Ana Luísa Boechat

» Regina Aparecida Pereira e Lorena Vago

» Renata Santos, Anna Vieira, Luana Fyhn, Marlon Pagoto, Eliz Bonadiman e Renilda Uliana de Carvalho

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Consumo hype

Os mais

desejados Dos pés à cabeça, os acessórios são poderosos complementos de qualquer look. Se eles forem carregados de design e conceito, melhor ainda. Nosso garimpo desta edição apresenta uma seleção bastante eclética

1

» Karl Lagerfeld e Alexandre Herchcovitch são alguns dos estilistas que assinam os modelos da coleção de outono/inverno do Clube Melissa, que tem como inspiração a saga Star Wars.

2 38

» Repetindo sua

parceria com a Farm, a Havaianas entra na onda black retrô e lança seis modelos com estampas de referências africanas.

3

» O brinco

Raios, de Jéssica Puziol Somijoias, possui banho de ródio negro e cravação de microzircônias negras. Para conferir glamour.


4

» Maxi acessórios poderosos são a aposta da Morana, que, para a coleção de inverno, traz à cena um visual étnico e poderoso.

5

6

» Chamada Rainha, a coleção de outono/inverno de Nádia Gimenes tem como referência grandes rainhas que marcaram época e são símbolo de força e feminilidade.

» As criações de Rosa Leal estão sendo

apresentadas mundo afora, como é o caso destes braceletes italianos, que fazem parte da coleção Versailles.

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Turismo hype

Viajando.com

Renata Malenza Jornalista, pósgraduada em moda, ela atua no setor de marketing da Brasigran, empresa da família ligada ao ramo de granito. Conhecida por seu estilo comunicativo e determinado, Renata Malenza se diz “extremamente detalhista e exigente” em tudo o que faz. “Gosto de desafios e mergulho de corpo e alma neles. A rotina me mata! Por isso, invento coisas novas a cada dia. Sou mãe, amiga, dona de casa, trabalhadora, remadora e desempenho todas as minhas funções muito bem, obrigada!” diz ela, com seu jeito despachado e bemhumorado de ser

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Por Betty Feliz / Fotos: arquivo pessoal

R

enata começou a viajar ainda pequena. O pai, de origem italiana, sempre que podia a enviava para seu país de origem, ao encontro da família. “A primeira vez que viajei para fora do Brasil foi em 1981, com cerca de cinco anos de idade. Mas a viagem que me marcou, em todos os sentidos, foi aos 13 anos, quando fui morar em Milão e lá fiquei por oito meses”, lembra a jovem empresária. Na Itália, Renata estudou italiano, ficou “mocinha” e amadureceu bastante com a experiência, longe da proteção dos pais. ”Nunca fui do tipo dependente”, confidencia. Para quem, como ela, “viajar é alimentar a alma, o cérebro e a vida”, o mundo é pequeno e sem fronteiras. Confira.


A primeira vez que eu vi Paris...

» ... eu tinha uns 16 anos. Ver Paris é

como o primeiro beijo: a gente nunca esquece. Era inverno, a cidade estava toda enfeitada e me lembro de caminhar por aquelas avenidas enormes, de comer o autêntico croissant francês e ver a Torre Eiffel, toda iluminada. Até hoje vou a Paris sempre que posso para andar de bicicleta e conhecer a cidade.

Um roteiro dos sonhos.

» Sem dúvida, a Tailândia.

Cartão postal inesquecível.

»

O sul da Italia: Sicilia, Cinque Terre e Grécia.

Melhor companhia para viajar.

» Minhas amigas e meus filhos. Pior parceiro de viagem.

» Sapato apertado.

Um mico em trânsito.

»

Caí no vão, entre o trem e a calçada, na hora de saltar do vagão!

Tropeçou na língua.

» Na França e na Alemanha, nem língua tenho! (risos)

País que ainda não conhece e quer visitar.

» China.

Voltaria mil vezes...

» ... a Trancoso, na Bahia. Um prato de comer de joelhos.

» Todos os da França e da Itália.

Um souvenir irresistível.

» Imã de geladeira! Sempre compro, em

todos os lugares que visito.

Uma descoberta.

»

Não gosto de GPS. Sou apaixonada por mapas. A viagem flui muito melhor quando estou com mapas nas mãos. Marco todos os lugares e os restaurantes que vou para indicá-los depois, e até mesmo voltar quando quiser. Além disso, tenho meu caderno onde anoto a viagem e coloco notas de “gostei” e “não gostei”.

Dicas de viagem.

» As minhas melhores viagens acontecem

quando passo alguns dias em uma região, indo do início ao fim sem marcar hotel e diárias. Se gosto, fico; se não gosto, vou embora.

Onde comprar.

»

» A culinária inglesa, em geral.

Estados Unidos, sem dúvida. Talvez, neste momento, não seja bom comprar em lugar nenhum, apenas conhecer...

A mala perfeita.

Perfeito para uma lua de mel.

Uma comida que detestou.

» Na ida, vazia, e na volta... cheia! (risos)

» A Itália é um dos destinos preferidos de Renata, que prefere mapas à GPS e sempre acompanhada de seu caderno de anotações

» Grécia.

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Roteiro

Dubai é um sonho Um dos sete Emirados Árabes, Dubai ficou mundialmente conhecida por suas construções modernas e de formas arrojadas e, principalmente, pelo luxo da cidade. Localizada no meio do deserto, no Oriente Médio, sua economia se baseia na atividade portuária e, cada vez mais, no turismo, que vem crescendo muito nas últimas décadas. Preparada para atender aos viajantes mais exigentes e quem busca aventuras, compras, boa comida e diversão, é um roteiro imperdível

Quando ir Evite o período do Ramadã, quando é proibido comer ou beber em locais públicos durante o dia, entre outras restrições seguidas pelo povo muçulmano. O período do Ramadã varia de ano para ano, porque é baseado no calendário lunar. Durante os meses de novembro a abril, as temperaturas costumam ser mais amenas, e o calor dá uma trégua. Onde ficar Muitos turistas dizem que só querem um hotel para dormir e tomar banho, mas em Dubai muitos hotéis são a própria atração. O Burj Al Arab é o único hotel 7 estrelas do mundo e sua diária custa, aproximadamente, US$ 1.500,00. Em Dubai Marina, os hotéis ficam de frente para a praia e existem muitos bares e restaurantes na região. Bur Dubai é próxima de algumas das principais atrações. O que fazer Em Dubai não faltam atrações para todo tipo de viajante: leia-se praias de águas calmas, hotéis de luxo, esportes de aventura, compras etc. • Burj Kalifa: prédio mais alto do mundo, tem 818 metros. Recomenda-se reservar com antecedência. • The Palm Jumeirah: uma das três ilhas artificiais em formato de palmeiras construídas em Dubai. Concentra hotéis e mansões. • Mercado do Ouro (Gold Souk): expõe, diariamente, uma quantidade avaliada em 20 toneladas de joias. • Safári no deserto: passeio de 4 x 4 no deserto, com ou sem

emoção, finalizado com um jantar nas dunas, onde se pode apreciar as estrelas no céu. • Dubai Mall: reúne 1.200 lojas, inclusive das principais grifes do mundo, e 150 restaurantes, além do maior parque de ski indoor do mundo, o Dubai Aquarium, com show de águas dançantes, que acontece após as 18 horas, na área externa do shopping. • Ferrari Experience: localizado em Abu Dahbi, vale a pena para quem é apaixonado por carros e corridas. Documentação Passaporte válido por seis meses, após a data da viagem, e visto para os Emirados Árabes. Quanto custa A partir de R$ 430,00 de entrada + 9 parcelas de R$ 144,00, por pessoa. O pacote inclui quatro noites em hotel categoria 4 estrelas, com café da manhã + traslado aeroporto/hotel/aeroporto regular + city tour + seguro viagem. * Valores sujeitos à alteração e disponibilidade no momento da reserva. Câmbio de referência: R$ 3,25 em 12/03/2015.

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EU TREINO COM DIEGO TELAROLI


Tudo hype

Design único » Acessórios de cozinha precisam de funcionalidade, mas se tiverem um design diferenciado, o ato de cozinhar fica até mais prazeroso. As cores atraentes e o design sofisticado dos produtos são as marcas registradas da Le Creuset, cuja linha de chaleiras ganha um reforço com o lançamento de novas cores no Brasil. Produzidas a partir de materiais de alta qualidade e duráveis, elas são muito úteis no preparo de café, chá, chimarrão ou qualquer outra necessidade do dia a dia. Com forte apelo visual, o produto está disponível nas cores pink, amarelo dijon, kiwi, cassis, azul Caribe e black onix. A chaleira apita quando a água ferve.

Quente ou frio? »

A graça das xícaras Fun Café, da Wheaton Brasil, está no pigmento termocrômico. É ele que permite que elas mudem de cor em contato com líquidos quentes. A novidade, anunciada na Gift Fair 2015, incorpora uma tecnologia inédita para produção de utensílios domésticos em vidro no mercado brasileiro, ao investir na pintura termossensível. As xícaras Fun Café são comercializadas em conjuntos com seis peças, nas cores magenta com turquesa, azul com roxo e preto com laranja.

Artesanato valorizado » Especializada em acessórios feitos à mão, a marca cearense Catarina Mina foi criada em 2005 pela designer Celina Hissa. Desde o início, carrega como base os princípios da economia criativa e sustentabilidade, além da valorização do artesanato, buscando maneiras de torná-lo atrativo e econômico. Neste ano, a marca inaugurou um novo modelo de negócio, em que as artesãs traçam o jeito de ser da Catarina Mina e participam efetivamente dos ganhos da empresa. Para isso, a marca se tornou a primeira no Brasil a apresentar em seu e-commerce, de maneira clara e direta. As coleções da Catarina Mina são lançadas duas vezes ao ano e costumam incluir 25 modelos.

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Exclusivíssimo

» A Vacheron Constantin comemora 260 anos em 2015 e, para celebrar, lança a coleção Harmony. Elegante, o relógio Harmony Cronógrafo Tourbillon é composto por um novo Calibre 3200 de carga manual da marca. Combinando a elegância do cronógrafo monobotão e o prestígio de um tourbillon esculpido com a forma da Cruz de Malta, esse modelo é lançado em uma série exclusiva de 26 peças, individualmente numeradas.



Vinho hype

André Andrès andreandres.hype@outlook.com

As origens N

uma de suas letras mais divertidas, Chico Buarque brinca com as origens das coisas. Quem criou a ampulheta? E quem inventou o alfabeto, como o ensinou ao professor? Quem foi o arquiteto a fazer o primeiro teto, e mais: quem foi o primeiro morador, sem dúvida um homem valente? O surgimento de objetos, de alimentos, de bebidas é sempre muito curioso. O processo de elaboração do café, por exemplo, é sofisticado demais para ter surgido de uma só vez. A semente é plantada; seus frutos, colhidos depois de alguns anos, são torrados, moídos e entram numa infusão com água quente. Complicado, não? Outros casos foram bem mais simples. Um milharal ou um paiol deve ter pegado fogo e o resultado foi uma montanha de pipoca, à espera de punhados de sal (e, lógico, da invenção do cinema)… O surgimento do vinho é impreciso, embora exista quem defina até hora e local para seu nascimento. Já o surgimento de algumas castas, não. A famosíssima Cabernet Sauvignon, por exemplo, é resultado de um curioso cruzamento da tinta Cabernet Franc e da Sauvignon Blanc. A Pinotage, casta ícone da África do Sul, é filha da Pinot Noir com a Hermitage, como é chamada a uva francesa Cinsault pelos sul-africanos. Nem sempre é assim. Enólogos espanhóis e franceses vivem às turras por conta da Cariñena ou Carignan: cada um chama para suas terras o nascimento da casta. O mesmo ocorre com a Syrah ou Shiraz, de origens várias. O sucesso de uma uva até pouco tempo considerada

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italianíssima chamou a atenção para as divergências sobre seu surgimento. Muitos garantem ser a Primitivo originária da Puglia, na ponta do salto da “Bota”. Outros juram ter ela surgido na Croácia, onde é conhecida pelo singelo nome de Plavac Mali. Não se sabe exatamente quem tem razão. Certo mesmo é o excelente resultado alcançado pelos produtores dessa uva na região italiana de Mandúria. Esse sucesso tem se refletido em vinhos cada vez mais consumidos por aqui. São tintos potentes, robustos, com enorme capacidade de envelhecimento, mas, ao mesmo tempo, muito macios, com um leve toque adocicado, bastante frutado. Enfim, merecem ser provados. Até para poder participar da discussão sobre a origem da uva. Mesmo porque a parte mais recente de sua trajetória é relativamente conhecida: a casta foi levada da Europa para os Estados Unidos, onde é chamada de Zinfandel. E ainda mais recentemente, alguns estudiosos começaram a fazer uma ligação entre a Primitivo e a Jaen, como é conhecida em terras lusitanas a espanhola Mencia. Ou seja, a Mencia é a mesma Jaen, que, por sua vez, pode ser a Primitivo, que é conhecida nos Estados Unidos como Zinfandel, mas que pode ter nascido como Plavac Mail. Ufa! Que confusão. Talvez seja melhor respirar, ouvir Chico Buarque e saborear uma pipoca. Bem mais simples. Mas qual vinho combina com pipoca? Talvez um Tempranillo. Mas qual a origem da Tempranillo? Talvez um almanaque nos responda como tudo começou…

Papale

Pazzia

O tinto foi feito pela vinícola Varvaglione para homenagear o Papa Bento XII, nascido na Puglia, onde ele é feito. Mas ficou famoso após a escolha do cardeal argentino Jorge Bergoglio para ser o sumo pontífice. O vinho escolhido pelo Vaticano para festejar o encerramento do conclave foi o Papale. Pouco encontrado na Itália, teve de ser comprado de uma loja, a The Red Collection, nos Estados Unidos. O Primitivo passa oito meses em carvalho francês. E fica excelente.

A palavra italiana significa loucura. Mas também tem a ver com extravagância. O Pazzia, produzido pela Lucarelli, também na Puglia, é realmente um pouco mais extravagante que seus pares. Também passa seis meses em barricas de carvalho. Não se sabe se pela condução do mosto ou pelo fato de ele ser produzido a partir de videiras muito antigas, o tinto fica um pouco mais adocicado. É uma característica da uva cuja intensidade se altera conforme o produtor. De qualquer forma, é um vinho delicioso.


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Comer bem hype

Sylvia Lis | Chef sylvialisc@gmail.com

Chocolate, chocolate...

O

riginário da floresta amazônica, o cacaueiro não mereceu de Cristóvão Colombo a atenção que devia por sua riqueza nutricional. Por volta dos anos 1500, os olmecas, maias e astecas, povos do México e da Guatemala, passaram a torrar as sementes do cacau e acrescentá-las a iguarias como pimentas e um base de milho fermentado, bem diferente do chocolate que se conhece hoje. Foram os espanhóis que levaram o cacau para a Europa; mas foram os suíços que o misturaram com leite e açúcar, dando origem ao chocolate do qual nos tornamos verdadeiros adictos! Países diversos produzem hoje seu próprio chocolate, tendo como base, em grande parte, a pasta de cacau produzida no Brasil, maior produtor de cacau da América Latina. Recentemente, conheci na Espanha os chocolates Valor, cuja marca se espalhou por todo o país e cuja matéria-prima é, na sua maioria, produzida no nosso querido Estado do Espírito Santo. Com produtos maravilhosos, a Valor tem ainda lojas onde são vendidos os famosos churros espanhóis, diferentes dos argentinos e que vêm acompanhados de uma xícara de escaldante chocolate derretido com 75% de cacau. Uma perdição! Há tempos, chefs de todo país tentaram acrescentar a seus pratos salgados molhos de chocolate com pimenta, a exemplo do Mole Poblano mexicano. Mas, sinceramente, não “colou”! Gostamos mesmo de vê-lo escorrendo de dentro de um, ainda procurado, petit gâteaux, descendo sobre um bolo também de chocolate ou de qualquer outra coisa, contanto que tenha a calda que fez a fama de muitas docerias, como a Bee, em Vitória.

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A Páscoa é o paraíso dos chocólatras, termo criado para identificar o vício que provoca o chocolate. O comércio descobriu que esse público ávido já poderia ter sua ansiedade saciada bem antes da Semana Santa e, assim, incrementar as vendas. Dessa forma, logo após o Carnaval, os supermercados já estão repletos de ovos de chocolate e os pobres chocólatras já têm uma boa desculpa para chafurdar nessa lama untuosa, aromática e voluptuosa! Descobertas científicas associam o consumo moderado do chocolate à prevenção do entupimento das artérias e ao controle da TPM. “Melhor do que nada”, diz meu pai de 90 anos de idade, que não passa sem o seu pedacinho de 75% de cacau após o jantar. O fato é que, sob qualquer formato ou receita, a chocolatria é contagiosa e universal. E, por um bom naco de chocolate, por uma mousse, um ovo de Páscoa, um bolo ou um rocambole, ou sob qualquer forma que se nos apresente, a paixão nos leva à loucura!

Confira no site www. hypeonline. com.br a receita do Rocambole de Chocolate da chef Sylvia Lis



Casa hype

Cheia de personalidade Uma mesinha lateral ali, uma de centro aqui. Cadeiras e poltronas estilosas e pronto. A sala está montada. Confira nesta seleção de Hype peças capazes de tornar seu ambiente aconchegante e exclusivo

1

» P ara dar um clima

descontraído à sua sala, que tal apostar em alguma peça bem kitsch? Cores vibrantes e divertidas não faltam a esta cômoda da Elo7.

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»U nindo estilo e conforto, a

poltrona Bells, da Obravip.com, tem design moderno e confere ao ambiente um ar contemporâneo.

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»A indústria de móveis

Schuster lançou a coleção Origo, em homenagem às suas origens. Nas peças, predomina a madeira, que aparece associada a materiais como latão envelhecido, cobre, fibras naturais, tecidos orgânicos e vidro soprado.


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» A Lum, da La Lampe, além de iluminar, tem efeito de escultura. Criada pelo designer Hugo Sigaud, a peça mistura alumínio e madeira.

» Inspirada no art nouveau, a Sierra traz

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a coleção Nouveau, composta por peças como sofás, cadeiras, poltronas, mesas de centro, cristaleiras, bancos e pufes.

» E ste baú da Teakstore é produzido com o cerne da teca e serve para guardar aquelas coisinhas que a gente não sabe onde colocar. Seu fechamento lateral é de venezianas vedadas com telas, o que permite a ventilação, mas impede a entrada de insetos.

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ZoOm hype

Vivian Coser

Liberdade

para criar Por Betty Feliz

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Capixaba, arquiteta com mais 550 projetos desenvolvidos nas principais capitais brasileiras, nos Estados Unidos e em alguns países europeus, casada com o senador Ricardo Ferraço e mãe de Arthur, Vivian Coser não costuma misturar assuntos pessoais com trabalho. “Exerço minha vida profissional de forma extremamente intensa e independente, assim como meu marido. A admiração e o respeito nos motiva a batalhar diariamente por nossas realizações”, garante


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esponsável por projetos arquitetônicos, urbanísticos e de design de interiores, Vivian diz que suas obras são marcadas por um estilo contemporâneo e minimalista, com conceito atemporal. “Sempre priorizo soluções tecnológicas e sustentáveis”, assegura a arquiteta. Sua formação inclui um mestrado na Universidade Presbiteriana Mackenzie e o curso de extensão Interior and Shop Design no Instituto Europeu de Design (IED), em Milão, Itália. “Nunca cogitei exercer outra profissão. Desde cedo tracei minhas metas profissionais como arquiteta e procuro cumpri-las, incansavelmente, diz Vivian sobre sua escolha. “Finalizar a execução de meus projetos, vendo meus clientes satisfeitos e realizando seus sonhos, é uma das minhas maiores gratificações no trabalho”. Ela diz realizar-se com os projetos que lhe possibilitaram mais liberdade para criar. “Isso me motiva a inovar e a me dedicar intensamente.” Na vida particular, sua realização inclui “ver a família feliz e com saúde”, mas Vivian admite que não é fácil dividir-se entre os papéis de mãe e profissional. “É uma luta diária em busca do equilíbrio, porque tenho que me dividir entre minha profissão,

pela qual sou apaixonada, e meu filho Arthur, com quem tanto sonhei… Admito que administrar meu tempo é uma tarefa muito complexa.” Em compensação, Vivian diz não saber o que é rotina. “Desde que iniciei minha vida profissional, me dediquei a traçar objetivos e a superar desafios. Com isso, cada dia é diferente do outro. Mas, mesmo tendo uma vida extremamente corrida, procuro fazer meus exercícios diários e ter uma alimentação bastante equilibrada. Isso me deixa de bom humor.” Mas se alguém quer tirá-la do sério, basta agir com “falsidade e incompetência”. Incompetência, aliás, que Vivian vê, de sobra, no governo brasileiro, cujo atual momento político reputa como “vergonhoso e revoltante.” “Nosso país está vivendo o maior escândalo político do mundo. Como eleitora e cidadã brasileira, não consigo aceitar que o Brasil seja governado improvisadamente. Nosso retrocesso se deve à absurda corrupção, manipulação da economia e de números estatísticos, subestimando a inteligência dos brasileiros. Estamos pagando a conta pela incompetência do atual governo. Precisamos lutar por mudanças. Ninguém aguenta mais tanta mentira e amadorismo”, desabafa a arquiteta.

Mais de perto Livros de cabeceira

“Feliz por nada” e “Um lugar na janela”, de Martha Medeiros

Filme inesquecível “Uma linda mulher”

Viagem de sonhos

Todas para a Itália

Prato preferido Risoto

Blues ou jazz? Amo jazz!

Peça coringa

Regatinhas de seda

Inverno ou verão? Inverno

Dia ou noite? Dia

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y t t e B z i l Fe

A arte celebra o feminino

A Galeria Ana Terra movimentou a cidade com um evento que marcou a temporada de homenagens ao Dia Internacional da Mulher, com uma bela exposição coletiva e o talk-show “O que as mulheres querem?”

» R ebeca e Cíntia Duarte

» R ainer Castello e

» G abriel Jacobem e

Rosindo Torres

»M arita Bicalho, Ana Coeli Piovesan e Pedro Goes

Giulia Tancredi

» J aqueline e Maria Carmen Devens com Denise Vieira

oto: Leonardo Gurgel F

» L ucia Caus, Ana Coeli Piovesan,

Neusa Mendes e Iacy Rampazzo

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» B ianca Romano e Regina Caus

Hypidinhas » Elisa Lucinda comemora a gravação do DVD “Parem de Falar Mal da Rotina”, cujo espetáculo já contabiliza 13 anos de sucesso em cena. O projeto tem a parceria de Ana Carolina e a gravação foi realizada no Teatro Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro, tendo na plateia fãs da poeta, escritora, atriz e cantora de várias partes do Brasil, inclusive do Espírito Santo. Hype deseja sucesso à querida Elisa. » O desfile de abertura da 16ª edição primavera-verão 2016 do Minas Trend, evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, no início de abril, contou com um casting de primeira. Foram 35 looks, com styling de Paulo Martinez e beleza de Ricardo dos Anjos. Entre as tops, destacamos as belas Renata Kuerten e Isabeli Fontana. » Vem aí mais uma edição do Vitória Moda. O evento, que retornou para o Centro de Convenções de Vitória, também retomou o formato business e fashion no mesmo espaço. A oitava edição está prometida para o início de julho. » Por falar no Centro de Convenções de Vitória, após deixar o cerimonial do Governo do Estado, espaço que ocupou com discrição e eficiência por 32 anos, a elegante e querida Hilda Cabas é quem está respondendo agora pela assessoria interna do CCV.


10 questões para

Ana Paula Morbeck Advogada formada em 1966, há dez anos compondo a equipe do escritório Bastos, Mendonça e Tovar Advogados Associados, nos últimos tempos Ana Paula Protzer Morbeck engajou-se em questões relativas ao Direito de Família, área pela qual diz ter se apaixonado “Todos temos família e cada dia mais nos deparamos com seus diversos formatos. Adequarmos esses novos modelos à sociedade tornou-se essencial”, diz ela, que comemorou, recentemente, decisão inédita do Judiciário capixaba sobre o registro de dupla maternidade de um bebê, fruto de inseminação artificial. As mães comprovaram que vivem em união homoafetiva há mais de dez anos, e a inseminação foi realizada através da implantação do óvulo de uma das mães, fecundado por sêmen de um doador anônimo, no útero da outra. Vitoriosa na defesa da causa, Ana Paula diz ter sido uma honra obter uma decisão judicial, confirmada por sentença, que dá às mães e ao bebê os mesmos direitos assegurados a um casal formado por um homem e uma mulher.

O que é pior: homofobia, xenofobia ou a miopia dos nossos governantes?

» Homofobia e xenofobia são repugnantes

demais, pois são formas de preconceito. Já a miopia das autoridades... podemos corrigi-la escolhendo melhor os governantes.

Uma decisão jurídica que mudou a história do Brasil.

» Todas em prol da evolução da sociedade

e que resguardam direitos já adquiridos.

Sua biografia teria ingredientes de suspense, drama ou comédia?

» Drama.

Se pudesse recuar no tempo, de quem gostaria de ser contemporânea?

» Michelângelo. Gostaria de ter vivido

a época do Renascimento.

Se arrependimento matasse...

» Não costumo relembrar o que deixei de

fazer. Meus focos são o presente e o futuro.

Motivo de orgulho.

» Minha família e meu trabalho. Em outra encarnação, você gostaria de ser...

» Um ser

mais evoluído.

Se pudesse escolher outra profissão, você seria...

» ... advogada novamente, pois amo o que faço. Um jurista que é inspiração profissional.

» Maria Berenice Dias. Atualmente,

ela tem sido uma grande fonte de inspiração para o meu trabalho.

Se sua vida rendesse um filme, você seria ré, promotora ou advogada de defesa?

» Advogada de defesa.

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Som hype

Luis Taylor taylor@superig.com.br

Sofrimento pouco é bobagem Death Cab for Cutie – Kintsugi

» Música de fossa. É assim que a gran-

de maioria das pessoas vai classificar o novo trabalho do Death Cab for Cutie. O pior é que elas não estarão erradas. Imagina uma baita dor de cotovelo ou, se for mais fácil, imagine terminar um casamento com a Zooey Deschannel, musa de dez entre dez homens em qualquer lugar do mundo. Pois é. Ben Gibbard não deixou por menos e jogou toda a melancolia dele nas canções do oitavo trabalho da banda: “Kintsugi”. O nome vem da arte oriental de consertar peças de cerâmica com material dourado, dando destaque ao conserto, em vez de escondê-lo. Com isso, dizem, realçam a história do objeto e não sua perfeição. Mais didático impossível, não é? Junto do casamento desfeito, a banda também vai ter que aprender a se virar sem um de seus principais nomes, o guitarrista e produtor Chris Walla. Apesar de participar das gravações de “Kintsugi”, Walla já havia comunicado à banda que deixaria o posto após 17 anos de dedicação. Como sofrimento pouco é bobagem, as letras do disco são de cortar os pulsos. E sua linha melódica não ajuda muito a levantar o ânimo. Quando a dor de cotovelo chega a ficar meio repetitiva, aparecem canções como “Good Help” e “El Dorado” para dar uma quebrada no clima. Mas nada muito animador. Um álbum para os fãs da banda e que, dificilmente, fará alguém que nunca os ouviu morrer de amores por eles. E isso é só mais um motivo para dar o play na trilha sonora das solitárias noites de fossa.

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Noel Gallagher’s High Flying Birds – Chasing Yesterday

» Depois que o Oasis estourou com seu

primeiro álbum, toda a crítica especializada esperava pela famosa prova do segundo álbum. Com “What´s the Story” e “Morning Glory”, a banda fincou o pé entre os principais nomes da música britânica de todos os tempos. Então não é de se espantar que o segundo disco do cabeça do Oasis seja ainda melhor que seu primeiro voo solo. Em “Chasing Yesterday”, Noel passeia com desenvoltura por baladas, rock de arena, britpop e coloca até um inusitado, segundo o próprio, solo de sax em uma de suas novas músicas. Um dos pontos altos é a parceria com o guitarrista dos Smiths, Johnny Marr, em “Ballad of the Mighty I”. Além dessa faixa, “The Mexican” e “While the Song Remains the Same” farão muito fã deixar de ter saudades da antiga banda de Noel. Por que ficar caçando o passando, quando o presente pode soar tão bem?


Studio hype

Aquisições cobiçadas » F oto de Alan

» “ Guerra literária” reúne

escritos encontrados no Brasil, em Portugal e no Uruguai

Rizetto: litoral capixaba sob o olhar de um italiano

» Obra de Beth

Nosso garimpo resultou em peças e obras que passeiam pela literatura e pela pintura, chegando à fotografia, ao design e à decoração, até aterrissar nos pés das fashionistas que apostam no chique, com toque de classe

Duarte, em exposição na Galeria Ana Terra

» C oloridas almofadas assinadas por Simone Monteiro para Noble Savage

»D esign e cor, por Manolo Blahnik, o mago dos sapatos femininos

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Livros hype

Empreender é para todos

A infância de Modiano

pressões normais da vida de um jovem, mas conseguiu sair da conformidade bem cedo. De uma família simples da periferia do Rio de Janeiro, aos 23 anos, escolheu o caminho do empreendedorismo, criou uma escola de inglês que deu origem à rede Wise Up e logo se tornou um dos mais jovens bilionários brasileiros. Para difundir sua mentalidade vitoriosa e mostrar que é possível pensar diferente, criou o projeto Geração de Valor e começou a compartilhar seus conhecimentos nas redes sociais. O que ele mostra em “Geração de Valor” (Sextante) é que o empreendedorismo é para todos e que o sucesso é uma ciência exata que qualquer um pode aprender.

infância de Patrick Modiano, vencedor do Nobel de Literatura em 2014. O livro aborda a história de Patrick e seu irmão, que são confiados a amigas de seus pais em Paris após a Segunda Guerra. Das mulheres responsáveis por eles pouco se sabe além do que revelam os trechos de conversas entreouvidas por Patrick. Nesse mundo intangível, os dois irmãos seguem de mãos dadas pela infância através da rue du Docteur-Dornaine e em meio a visitas a castelos, excursões a Paris, leitura de histórias de aventura, tardes ouvindo rádio sempre à espera de que, um dia, alguém volte para buscá-los.

» Flávio Augusto sofreu todas as

» “Remissão da Pena” (Record) é a autobiografia romanceada da

Últimos contos

» “Vida Querida” (Companhia das Letras)

é a 14ª coletânea de contos de Alice Munro, e pode ser a última também, segundo ela própria afirma. Com 83 anos, ela foi a 13ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura e o primeiro contista a receber o prêmio na história. Na obra, como nas demais da autora, considerada mestre da forma breve, nos vemos diante de personagens que caminham nas beiradas da existência, arrancadas de seu cotidiano por golpes incisivos do destino e da loucura. A última parte do livro traz as quatro únicas narrativas autobiográficas já publicadas por Munro, que emprega sua habilidade literária para rever sua vida, além de refletir sobre o ato de narrar, a ficção e os temas que regem sua obra: memória, trauma, morte e vida.

Cada dia uma nova mulher »

Em “Para Sempre Alice” (Nova Fronteira), de Lisa Genova – que inspirou o filme de mesmo nome –, Alice sempre foi uma mulher de certezas que acreditou que poderia estar no controle. No entanto, perto dos 50 anos, ela começa a esquecer. Ironicamente, a professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa incurável. A

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partir daí, poucas certezas a aguardam, e Alice terá que se reinventar a cada dia, abrir mão do controle, aprender a se deixar cuidar e conviver com o fato de que não será mais a mesma. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, ela começa a enxergar a si própria, o marido, os filhos e o mundo de forma diferente.



Cinema hype

Em uma

galáxia distante...

» Comédia, suspense, ficção científica,

aventura, drama, documentário... O que você gostaria de assistir até o final deste ano? Hype adora todos os gêneros, mas aposta em dois lançamentos prometidos para estrear ainda em 2015. Um deles é Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força, que vem na esteira da trilogia lançada entre 1999 e 2005. A galáxia distante anos-luz, enfim, ganha uma nova dimensão, agora pelas mãos do cocriador da série “Lost”, J.J. Abrams. No elenco, John Boyega, Daisy Ridley, Adam Driver,Oscar Isaac, Andy Serkis, Domhnall Gleeson e Max von Sydow, além, é claro, de Harrison Ford, Carrie

Fisher, Mark Hamill, Anthony Daniels, Peter Mayhew e Kenny Baker reprisando seus papéis dos filmes anteriores. Prometido para estrear no Brasil em dezembro de 2015, segundo a Disney – que está investindo pesado nas novas sequências na tentativa de reviver a paixão dos fãs da ficção científica – este ainda não será o fim da famosa e interestelar saga. Vêm aí os espisódios VIII e IX. J. J. Abrams, que criou um cartaz antispoiler para o Episódio VII, em recentes entrevistas, falava sobre “a loucura” que era produzir a continuação de Star Wars. Seu nome tem sido apontado como favorito para dirigir o último filme da trilogia.

» Outro lançamento aguardado por Hype é O ano mais

violento, filme de de J.C Chandor, diretor de “Até o fim”. A história se passa em 1981, época em que a cidade de Nova York era uma das mais violentas dos Estados Unidos. O imigrante Abel Morales (Oscar Isaac) e sua esposa, Anna (Jessica Chastain), tentam viver na legalidade para manter o negócio, mas a corrupção e a violência (qualquer semelhança com o Brasil é mera coincidência) acabam ameaçando sua família. Uma das curiosidades desse filme é que Javier Bardem foi originalmente escalado para o papel do empresário

Morales, mas “por diferenças criativas”, deixou a produção. O nome de Oscar Isaac foi sugerido por Jessica Chastain, que estudou com o ator na escola de artes Juilliard. Quanto a Jessica, ela foi convidada depois que Charlize Theron recusou-se a encarnar Anna, a mulher de Morales. Do elenco também fazem parte Albert Brooks e Alfred Molina.

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Ponto Final Marcelo dos Santos Netto Jornalista e escritor www.msnetto.com.br msanetto@gmail.com

Expectativas E

ra o mais alto da família. Muitos diziam que deveria se sentir privilegiado. Não faltava quem sentisse inveja daquele porte todo. Mas a verdade é que isso o fazia se sentir mal. Estava em evidência demais. Tanta altura chamava e roubava atenção. O mundo podia ser bem cruel com gente alta. Era confortável ter somente uma altura. Difícil era viver como ele, que tinha altitude. Por que teve de nascer dessa forma? Logo ele, o mais tímido de todos. Logo ele, que detestava todas aquelas expectativas que as pessoas depositavam em gente alta. Se era corrida, começavam as provocações: quero ver se você é rápido mesmo! Qualquer bate-boca e lá vinha o desafio: você é alto, mas não é dois! Se corria para o canto, a mãe não perdoava: um garoto alto, bonito, escondido como um frango! Podia ser muito difícil se preservar. Talvez por isso andasse de cabeça baixa. Era melhor não cruzar olhares. Encarar, só se fosse olhando para cima, para alguém maior. Seria possível? Pois, quem sabe, do outro lado da rua, aquele sujeito ao longe pudesse ser mais alto. Sim, quem sabe. Seria mesmo possível? Só indo lá para ver. E ele foi. Atravessou rua, faixa, sinal. Atropelou a lata de lixo, quase atropelou a senhora. Mil perdões. É que não podia perder de vista aquele vulto. Se bem que era tão alto que seria difícil. Não, melhor não correr o risco. Seria possível?, ele se perguntava. Seria mesmo possível? Sim, era possível. O sujeito chegava a fazer sombra sobre sua cabeça, para seu deleite. Enfim, menor! Nada mais de

destaque, nada mais de desafios. Um alívio que poderia prolongar por toda a vida – ou, pelo menos, por alguns instantes a mais. Nem se deu conta, mas estava seguindo o sujeito. Chegou a ter pena dele. Talvez devesse bater em suas costas e dizer que entende como era sofrível ser alto. Não, deixa para lá. Ele que fosse o mais alto. Ele que ficasse com a pobreza de roubar as atenções e as expectativas. Além do mais, olhe só o tamanho dele. Quem ele pensa que é? Acha que corre mais? Acha que é dois?

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Hype end Fotojornalista, 37anos, Gabriel Lordêllo (Mosaico Imagem) é, além de apaixonado pelo filho Bento, um profissional comprometido com seu ofício. Basta acompanhá-lo no Facebook, onde ele posta sempre ótimas imagens captadas por suas lentes, como esta que fecha a edição. A foto, aérea, feita na Praia de Camburi, integra a série “O mar de cima”, onde Lordêllo reúne “imagens de uma outra perspectiva, de cima para baixo”. A ideia, segundo ele, “é capturar recortes do mar e cenas que não estamos acostumados a enxergar por meio desse ângulo”. Uma brincadeira com luz, sombras e proporções que ele exercita com ténica e sensibilidade.

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