Lawrence Hill
O livro dos negros
Leitura adicional
L e it ur a a d ic iona l Para leitores que desejarem saber mais a respeito da história por trás de O livro dos negros, mencionarei alguns livros que consultei durante minha pesquisa. (Outros títulos estão citados nos agradecimentos.) Romancistas estão sempre tentando entender o tráfico transatlântico de escravos, mas, no meu ponto de vista, uma boa forma de avaliar seu impacto nas pessoas comuns é lendo as memórias daqueles que buscavam a liberdade, como o editor de The Classic Slave Narratives, Henry Louis Gates, Jr., que reuniu quatro narrativas principais, incluindo as memórias de Frederick Douglass, Olaudah Equiano, Harriet Jacobs e Mary Prince. Relatos de primeira mão, refletindo as experiências dos legalistas negros da Nova Escócia, podem ser encontrados em Fire on the Water: an Anthology of Black Nova Scotian Writing, vol. 1, de George Elliot Clarke, contendo as memórias de David George, Boston King e John Marrant, entre outros. Os europeus deixaram relatos de suas experiências com os legalistas negros, viagens pelo Oeste da África ou sua participação no tráfico de escravos durante o século XVIII. Agradeço, principalmente, a John Clarkson, cujo diário documentando seu trabalho na organização do êxodo dos legalistas negros da Nova Escócia para Serra Leoa em 1792 foi habilmente introduzido e editado por Charles Bruce Fergusson em Clarkson’s Mission to America, 1791-1792. Também indispensáveis foram An Account of the Slave Trade on the Coast of Africa, pelo médico de bordo Alexander Falconbridge e as cartas escritas por sua esposa, Anna Maria Falconbridge em Narrative of Two Voyages to the River Sierra Leone During the Years 1791-1792-1793. Esses dois relatos podem ser encontrados separadamente em bibliotecas, ou juntos, em um único livro, com os mesmos títulos, com introdução e rodapés do historiador Christopher Fyfe. Eu contei com The Journal of a Slave Trader (John Newton) 1750-1754; With Newton’s Thoughts Upon the African Slave Trade, publicado por Bernard Martin e Mark Spurrell; e com Journal of a Slave-Dealeer: a View of Some Remarkable Axcedents in the Life of Nics. Owen on the Coast of Africa and America from the Year 1746 to the Year 1757, publicado por Eveline Martins. O
historiador Alexander Peter Kup publicou o diário do botânico sueco Adam Afzelius: Sierra Leone Journals, 1795-96. Dr. Thomas Winterbottom fornece muitos detalhes nos dois volumes de An Account of the Native Africans in the Neighbourhood of Sierra Leone. Finalmente, em Travels in the Interior of Africa, o escocês Doutor Mungo Park descreve sua viagem de Gâmbia no que são hoje o Senegal e Mali nos anos de 1795-1797. Encontrei muitos livros sobre o povo africano. Alguns, sobre Serra Leoa são A History of Sierra Leone de Christopher Fyfe e A History of Sierra Leone, 1400-1787 de Alexander Peter Kup. Para aprender mais sobre Mali, consultei Groupes ethniques au Mali de Bokar N’Diayé, The Heart of he Ngomi: Heroes of the African Kingdom of Segu, de Harold Courlander com Ousmae Sako, e Bamana Empire by the Niger: Kingdom, Jihad and Colonization 1712-1920, de Sundiata D. Djata. Existem muitas obras sobre a travessia transatlântica dos escravos. As mais úteis para os meus propósitos foram: A History of the Atlantic Slave Trade 1518-1865, de Daniel P. Mannix e Malcolm Cowley; Citizens of the World: London Merchants and the Integration of the British Atlantic Community, 1735-1785, de David Hancock; e The Slave Trade: The Story of the Atlantic Slave Trade: 14401870, de Hugh Thomas. Para estudar os mapas da África, recorri ao Historical Atlas of Africa, de J.F. Ade Ajayi e Michael Crowder; Blaeu’s The Grand Atlas of the 17th Century, de John Goss; e Norwich’s Maps of Africa: An Illustrated and Annotated Carto-bibliography, revisado e editado por Jeffrey C. Stone. Para informações acerca de navios negreiros e da vida a bordo dos navios do século XVIII, estudei, cuidadosamente: How a Surgeon, a Mariner and a Gentleman Solved the Greatest Medical Mystery of the Age of Sail, de Stephen R. Bown; Slave Ships and Slaving, compilado por George Francis Dow; The Wooden World: An Anatomy of the Georgian Navy, de N. A. M. Rodger; e The Journal for Maritime Research, artigo de Jane Webster “Looking for the Material Culture of the Middle Passage”. Uma série de livros permitiu-me conhecer a história da Carolina do Sul, e, em particular, a história dos negros em Sea Islands e em Charleston (ou Charles Town, como passou a ser chamada depois da Revolução Americana). Alguns deles são: Slave Badges and the Slave-Hire System in Charleston, South Carolina, 1783-1865, de Harlan Greene, Harry S. Hutchins, Jr. e Brian E. Hutchins; Charleston in the Age of the Pinckneys de George C. Rogers, Jr.; e A Short History of Charleston, de Robert N. Rosen. A literatura sobre a história da Carolina do Sul é vasta, mas alguns livros
foram de grande ajuda: Slave Counterpoint: Black Culture in the Eighteenth-Century Chesapeake and Low Country, de Philip Morgan, e Africanisms in the Gullah Dialect de Lorenzo Dow Turner. Li ainda Pox Americana: The Great Smallpox Epidemic of 1775-82, de Elizabeth A. Fenn; Master, Slaves and Subjects: The Culture of Power in the South Carolina Low Country, 1740-1790, de Robert Olwell; e Black Majority: Negroes in Colonial South Carolina from 1670 Through the Stono Rebellion, de Peter Woods. Outros livros úteis foram: Reminiscences of Sea Island Heritage: Legacy of Freedmen on St. Helena Island, de Ronald Daise; Gullah Fuh Ooonuh (Gullah For You): A Guide to the Gullah Language, de Virgínia Mixson Geraty; e The Gullah People and Their African Heritage, de William S. Pollitzer. Encontrei alguns livros sobre o vestuário e o cabelo dos escravos: Shane White e Graham White escreveram Stylin’: African American Expressive Culture from Its Beginnings to the Zoot Suit, e o artigo “Slave Hair and African American Culture in the Eighteenth and Nineteenth Centuries”, que apareceu no Journal of Southern History. No Journal of American History, Jonathan Prude escreveu “To Look upon the ‘Lower Sort’: Runaway Ads and the Appearance of Unfree Laborers in America, 1750–1800”. Tirei informações adicionais sobre a história da Carolina do Sul e detalhes sobre o índigo daquela região de: A History, de Walter Edgar; The History of Beaufort County, South Carolina, Volume 1, 1514–1861, de Lawrence S. Rowland, Alexander Moore e George C. Rogers, Jr.; e do livreto “Indigo in America”, produzido pela BASF Wyandotte Corporation. Dois livros informaram-me sobre ervas medicinais e cuidados das gestantes no Sul: Hoodoo Medicine: Gullah Herbal Remedies, de Faith Mitchell; e Southern Folk Medicine 1750–1820, de Kay K. Moss. Diversos livros descrevem os judeus na Carolina do Sul no século XVIII, entre eles, This Happy Land: The Jews of Colonial and Antebellum Charleston, de James William Hagy; The Jews of South Carolina Prior to 1800, de Cyrus Adler Huhner; e A Portion of the People: Three Hundred Years of Southern Jewish Life, editado por Theodoro Rosengarten e Dale Rosengarten. Para saber detalhes sobre a cidade de Nova Iorque no século XVIII, consultei: New York Burning: Liberty, Slavery, and Conspiracy in Eighteenth-Century Manhattan, de Jill Lepore; The Epic of New York City, de Edward Robb Ellis; The Battle for New York: The City at the Heart of the American Revolution, de Barnet Schecter; Gotham: A History of New York City to 1898, de Edwin Burrows e Mike Wallace; The Loyal Blacks, de Ellen Gibson Wilson; e Somewhat More Independent: The End of Slavery in New York City, 1770-1810, de Shane White. Para conhecer o cemitério africano em Manhattan, li “Historic Background of
the African Burial Ground”, um capítulo do Draft Management Recommendations for the African Burial Ground, produzido pelo United States National Park Service. Quanto à vida dos legalistas negros na Nova Escócia, li King’s Bounty: A History of Early Shelburne, Nova Scotia, de Marion Robertson; The Life of Boston King: Black Loyalist, Minister and Master Carpenter, editado por Ruth Holmes Whitehead e Carmelita A. M. Robertson; e o relatório da curadoria do Museu da Nova Escócia, The Shelburne Black Loyalists: A Short Bibliography of All Blacks Emigrating to Shelburne County, Nova Scotia, after the American Revolution, 1783, de Ruth Holmes Withehead. Para compreender o movimento abolicionista na Grã-Bretanha e imaginar a vida dos negros em Londres no início do século XIX, consultei Hogarth’s Blacks: Images of Blacks in Eighteenth-Century English Art, de David Dabydeen; Staying Power: The History of Black People in Britain, de Peter Fryer; Black England: Life Before Emancipation, de Gretchen Gerzina; Bury the Chains: Prophets and Rebels in the Fight to Free an Empire’s Slaves, de Adam Hoshschild; e Reconstructing the Black Past: Blacks in Britain, 1780-1830, de Norma Myers. Eu nunca poderia ter escrito O livro dos negros sem o trabalho de todos os escritores de diários e memórias e de historiadores que vieram antes de mim, mas sou o único responsável por qualquer desvio, intencional ou acidental, da história neste romance. Lawrence Hill
AMINATA DIALLO, uma das personagens femininas mais fortes e marcantes da ficção contemporânea foi sequestrada, ainda criança, na África, e vendida como escrava na Carolina do Sul. Aminata, após a Revolução Americana, foge para o Canadá, escapa da vida de escrava para tentar uma nova história em liberdade. O livro traz uma história que nenhum ouvinte e nenhum leitor esquecerão. A obra, marcante e inesquecível, tornou-se uma miniserie de sucesso nos Estados Unidos. Dirigida e escrita por Clemente Virgo (The Wire) e protagonizada pela atriz Aunjanne Ellis e Cuba Gooding Jr, vencedor do Oscar.