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Famílias fortalecidas para a promoção do desenvolvimento infantil

CAPÍTULO 4

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Cada família é única e tem sua própria história, suas características, crenças e valores. A realidade social, o nível de instrução dos adultos, o histórico familiar, entre outras questões, podem variar muito de um lar para outro. Saber acolher a realidade de cada família, com sensibilidade e sem julgamentos, é fundamental para criar vínculos e estabelecer uma relação de confi ança.

No cotidiano, profi ssionais que estão em contato com as famílias podem contribuir ativamente para o desenvolvimento de crianças de primeira infância. Por menor que seja o tempo disponível, é possível inserir, aos poucos, conceitos e valores importantes para um desenvolvimento saudável, como respeitar os direitos da criança, dedicar alguns minutos do dia para brincar com ela e expressar afeto e carinho. Os pais e cuidadores precisam saber que, embora existam características gerais esperadas em cada etapa de desenvolvimento, cada criança tem seu ritmo próprio, que deve ser respeitado. A fala, o olhar, os gestos, as informações transmitidas em linguagem simples e acessível podem fazer enorme diferença na construção do vínculo. Uma boa comunicação signifi ca que existe respeito aos pensamentos, crenças e cultura das pessoas.

Isso signifi ca que não se deve dizer a uma pessoa o que ela deve fazer ou forçá-la a agir de determinada forma. Cada profi ssional, em suas atividades cotidianas, pode usar habilidades de comunicação para ouvir e aprender sobre os valores dos pais e cuidadores, seus níveis de conhecimento e suas práticas, fornecer informações e sugerir mudanças caso sejam necessárias.

Alguns recursos podem ser utilizados em uma conversa, como:

• sentar no mesmo nível e próximo da pessoa; • remover barreiras físicas, como mesas ou outros objetos; • prestar atenção nela, evitar se distrair e mostrar que está ouvindo o que diz; • não apressar a conversa e não olhar para o relógio; • fazer perguntas abertas e que estimulem a pessoa a fornecer mais informações, e não apenas responder com sim ou não; em geral, perguntas abertas começam com: como, quando, onde, por que; • demonstrar empatia e evitar palavras que pareçam envolver julgamento; • aceitar o que a pessoa pensa ou sente; • reconhecer e elogiar os esforços da família; • fornecer informações relevantes em linguagem adequada; • oferecer sugestões ao invés de dar ordens.

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