PRISCILA
REVITALIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO ESTAÇÃO FERROVIÁRIA JATAÍ - CIDADE DE LUIZ ANTÔNIO . SP
FERNANDES
2016
Í A T A J A I R Á I V O R R E F O Ã Ç A T S E
REVITALIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
CIDADE DE LUIZ ANTÔNIO - SP
PRISCILA FERNANDES DOS SANTOS
Í A T A J A I R Á I V O R R E F O Ã Ç A T S E
Í A T A J A I R Á I V O R R E F O Ã Ç A T ES
REVITALIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
CIDADE DE LUIZ ANTÔNIO - SP
CIDADE DE LUIZ ANTÔNIO - SP
REVITALIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
PRISCILA FERNANDES DOS SANTOS
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orietação da prof. Ana Luisa Miranda. .
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA. ARQUITETURA E URBANISMO RIBEIRÃO PRETO . 2016
PRISCILA FERNANDES DOS SANTOS
ORIENTADOR (a): Nome: Ana Luisa Miranda
EXAMINADOR 1: Nome: EXAMINADOR 2: Nome:
RIBEIRÃO PRETO . 2016
AGRADECIMENTOS “A arquitetura não lida com coisas abstratas como filosofia. Saiba o que está fazendo é importante, mas não começar por aí. Comece com as emoções.”
Peter Zumthor
Dedico minha gratidão ao grande Arquiteto do Universo que me presenteou com essa oportunidade, que guiou meus passos e renovou minhas forças nessa trajetória. Sou grata pela vida da minha mãe, que com suas orações me ajudou superar cada dificuldade, aos meus amigos que sempre estiveram presente com palavras de incentivo e me fizeram acreditar que eu era capaz. Também agradeço a dedicação de cada professor que conheci, em Especial minha prof.ª orientadora Ana Miranda pela paciência e motivação. Não poderia me esquecer da Família Cordeiro que partilhou do seu conhecimento histórico e acervo fotográfico, contribuindo para o enriquecimento desse projeto.
e
de orientação. Por fim, buscará resgatar a dinâmica local,
This work, under the title “Revitalization and Conservation of
orientation element. At the end, this project will rescue local
Conservação da Estação Ferroviária Jataí, procura contribuir
favorecendo uma melhor qualidade de vida e, promovendo a
the Jataí Railway Station”, has as its main purpose to help
dynamics favouring a better quality of life for the community,
para o resgate da essência cultural e valor simbólico da
valorização desse Patrimônio.
rescue the cultural essence and symbolic values of the
and promote this patrimony value.
presente
trabalho
com
o
tema
Revitalização
Antiga Estação Ferroviária, que possui forte potencial para
historical station, which has a great potential to assist the
auxiliar na análise da história da cidade, tornando-se um
city’s historical studies and become a referential mark for the
marco referencial para memória da
population’s memory; in present times, this station is in
população; atualmente
ABSTRACT
RESUMO
O
utilizada como Almoxarifado da Prefeitura, degradada e sem a devida valorização. No entanto o objetivo geral dessa intervenção é contribuir para o desenvolvimento da Educação Patrimonial no município, revitalizando esse espaço, desenvolvendo como diretriz projetual o Acervo Histórico Cultural e Natural, galerias de exposição e um Café, apontando para a inserção do Departamento Municipal da Cultura nas proximidades da área, integrando o entorno com a implantação de um calçadão. Assim a finalidade dos objetivos específicos esta em: Assegurar interação cultural e social, com ações que integrem a preservação do patrimônio;
contribuir para a
disarray without been proper valued and used as a city hall storage unit. The objective of this work is to contribute to the development of the municipality patrimonial education, by revitalizing this space and developing it as a cultural and environmental gallery, with expositions and a café, as well as the possible location for the Cultural Municipal Department office in its proximities, which would integrate the area around the station with the implementation of a plaza. These objectives will secure a cultural and social interaction while integrating actions to preserve this patrimony, they will also contribute to the easy access to cultural activities, and to promote the cultural and social integration between citizens and visitors.
democratização do acesso à cultura; promover integração cultural e social entre moradores e visitantes.
This project aims to incentive the study and continuation of
KEY
WORDS:
PATRIMONY
INTERVATION
O projeto é um incentivo pela busca e continuidade da
PALAVRAS - CHAVE: PATRIMÔNIO - INTERVENÇÃO -
the cultural identity of the Luis Antonio community, it will also
REVITALIZATION
identidade cultural da população de Luís Antônio e ampliará
REVITALIZAÇÃO
amplify the perception of this space promoting a strong
JATAI RAILWAY STATION - CONSCIENTIZATION
a percepção desse espaço, promovendo um forte elemento
FERROVIÁRIA JATAÍ - CONSCIENTIZAÇÃO
- PRESERVAÇÃO
-
ESTAÇÃO
-
-
PRESERVATION
-
2. LEVANTAMENTO FÍSICO 2.1 Levantamento Físico do Entorno Pg. 20 2.1.1 Uso e Ocupação do Solo Pg. 24
1. PESQUISA HISTÓRICA 1.1 A importância da Ferrovia na formação dos centros Urbanos no Estado de São Paulo Pg. 12
INTRODUÇÃO Pg. 9
1.2 patrimônio das Ferrovias as estações (situação atual / preservação) Pg. 14 1.3 A Mogiana Pg.16
Companhia
2.1.2 Equipamentos Urbanos Pg. 27
2.1.3 Hierarquia Viária Física e Funcional Pg. 29 2.2 Levantamento Físico Morfológico das Quadras de Intervenção Pg. 31
SUMÁRIO
3. IDENTIFICÃÇÃO E CONHECIMENTO
DO
BEM 3.1 Levantamento Histórico Pg. 34
8. ANTEPROJETO
3.1.1 Estação Ferroviária de Luiz Antônio: da construção á atualidade Pg. 34 3.2 Levantamento Físico Pg. 37 3.2.1 Caracterização Arquitetônica Pg. 38 3.2.2 Analise Ti p o l ó g i c a , Iden ti fi ca ção de Materiais e Sistemas Construtivos Pg. 42
7. ESTUDO PRELIMINAR 7.1 Programa de Necessidades - Café e G a l e ri a A ce r v o Histórico Cultural Pg. 65
5. LEITURA PROJETUAL 4. DIAGNÓSTICO 4.1 Mapeamento dos Danos Pg. 47
4.2 Análise do Estado de Conservação Pg. 47
5.1 Referência: Restauro da Estação Ferroviária de Mairinque Pg. 54
5 .2 Re fe rê ncia : Restaurante The Milton/ Biasoldesing Studio Pg. 57
7.2 Organograma Pg. 66 7.3 Fluxograma Pg. 67 6. CONCEITO E PARTIDO Pg. 60
7.4 Plano de Massas Pg. 68 7.5 Estudo Volumétrico Pg. 69
8.1 Memorial justificativo / Materialidade Pg. 73 8.2 Implantação Pg. 76 8.3 Quadro de áreas Pg. 77 8.4 Elevações Pg. 79 8.5 Cortes Pg. 81 8.6 Projeto Pg. 83
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pg. 112 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Tendo em vista a necessidade da conscientização patrimonial e interação cultural para a cidade de Luiz Antônio SP, foi que se deu a escolha do assunto Intervenção em pré-existências, para desenvolvimento do TFC de Arquitetura e Urbanismo, onde o tema com ênfase em Projeto de Arquitetura propõe a intervenção na Antiga Estação Ferroviária Jataí, com o intuito de resgatar a identidade arquitetônica e cultural perdida, já que constitui “um conjunto representativo da multiplicidade de memórias presentes na sociedade” (RODRIGUES, 2010. p. 33). Inserida na área central da cidade, a Antiga Estação foi construída em 1910 e desativada em 1976, atualmente serve de Almoxarifado para prefeitura e encontra-se em mau uso, mostrando assim a ausência da preservação deste patrimônio cultural e o descaso do poder público, favorecendo assim a sua descaracterização e desvalorização. Segundo NORA (1993, apud CASTRO e MONASTIRSKY, 2012, p.4) ―a preservação dos patrimônios culturais é importante para a manutenção da memória social e vice - versa, uma vez que ela perdura-se em lugares, ou ainda cria raízes no espaço”, portanto uma sociedade que esquece seu passado e elimina sua memória é classificada por CASTRO e MONASTIRSKY (2012.p.4) como uma sociedade ―susceptível as influencias de outros grupos, assim penaliza o presente e desorienta-se diante do futuro”. Mediante essas considerações é que se insere a proposta da Intervenção que tem por objetivo contribuir para o
resgate da essência cultural e valor simbólico da Antiga Estação Ferroviária, que possui forte potencial para auxiliar na análise da história da cidade, tornando-se um marco referencial para memória da população. Assim, busca-se com a intervenção preservar este patrimônio ferroviário e garantir que não desapareça no decorrer dos anos e com ele a história da cidade. Vale ressaltar a importância desse patrimônio, já que o edifício da antiga estação ferroviária de Jataí é o único que se manteve de pé após o desmembramento das outras cinco estações pertencentes ao município de São Simão em 1959. Considerando tal informação torna-se necessário o resgate da memoria desse espaço arquitetônico, pois Segundo RODRIGUES (2010. p.39) ―As estações ferroviárias, estão relacionadas a chegadas e partidas, a separação e encontros, sem duvida, fatores relevantes na composição de memórias individuais e coletivas”, o que por consequência faz com que tais elementos sejam materializados como Patrimônio Cultural. Dessa perspectiva, o projeto é um incentivo pela busca e continuidade da identidade cultural da população de Luís Antônio e ampliará a percepção desse espaço, promovendo um forte elemento de orientação. Por fim, buscará resgatar a dinâmica local, favorecendo uma melhor qualidade de vida e, promovendo e valorização desse Patrimônio.
Foto: Priscila Fernandes
PESQUISA HISTÓRICA
As ferrovias foram um elemento de abrangente
acrescentando
assim
padrões
posteriormente
1.1. - A importância da
significância para a história do Brasil no final do século XIX e
desconhecidos. “As estações ferroviárias tornaram-se uma
início
conexões
espécie de microcosmo da sociedade industrial, onde se
ferrovia na formação dos
socioeconômicas concebidas no país, pelo advento das
mesclam todas as classes sociais”. (BRASIL, 1991, p. 12);
cidades e
de
elemento de infra-estrutura de transporte consolidado pelo
centros urbanos no
urbanização e economia, da ocupação do território, também
deslocamento de mercadorias, que contribuiu amplamente
no surgimento das novas soluções projetuais, novas técnicas
para
construtivas e novos materiais, relações desenvolvidas
internacional, condutor excepcional para que São
desde 1854, com a instalação da primeira ferrovia. Fator que
alcançasse lugar de prestígio nas exportações
conduziu à prosperidade e modernidade do Brasil.
pois condicionava o aumento do cultivo do
do
século seu
XX,
responsável
progresso,
indutora
pelas do
processo
Segundo SETTI (2008, apud LIMA, 2012, p. 14).
o
fortalecimento
do
mercado
nacional
e
Paulo
brasileiras, café através
da agilidade adquirida para escoamento do produto. Sendo assim, mediante ao aumento considerável da receita, São
A inauguração da primeira ferrovia aconteceu no dia 30 de abril de 1854 e era chamada de Imperial Companhia de Navegação a Vapor- estrada de Ferro de Petrópolis, por Irineu Evangelista de Souza mais conhecido como Barão de Mauá. Logo depois foram inauguradas as estradas de ferro The Recife and São Francisco Railway Company de propriedade inglesa e a companhia de Estrada de Ferro de Dom Pedro II, sendo as duas inauguradas em 1858. Na então Província de São Paulo foi instalada a São Paulo Railway que tinha como objetivo ligar o porto de Santos com a cidade de Jundiaí.
No entanto em resposta ás insuficiências da rede viária de São Paulo, foi que se instalou a ferrovia,
Paulo, capital do
estado, ingressa em um
processo de urbanização moderna, onde a uniu a uma rede de cidades
acelerado ferrovia se
responsáveis pelo
amadurecimento do complexo cafeeiro paulista, mantendo o aumento da produção devido a
proximidade com ramais
das companhias. (FARIA, 2002). Sendo protagonistas,
assim as
reconhecidas
ferrovias
mantém
como sua
agentes importância
atestada, “pelo fato de as regiões do estado terem sido conhecidas, durante longo período, pelo nome das empresas ferroviárias que as serviam, fenômeno que ocorre ainda hoje, mas em menor medida”. (KÜHL, 2015, não paginado).
Estado de São Paulo
1.1. - A importância da ferrovia na formação dos centros urbanos no Estado de São Paulo
Entretanto outro fator relevante esta associado à implantação
O conceito de Patrimônio Industrial tem sido
das vias da ferrovia, levando em consideração á variação de
formulado desde a década de 1960, “no caso brasileiro, nos
bitolas, que mesmo dificultando o reaproveitamento de
anos de 1980, as discussões teóricas e a percepção de um
determinadas linhas, por sua
configuração pouco
patrimônio industrial se fizeram a partir de uma história
racional, ainda assim torna a estrutura viária de São Paulo,
técnica, mas dentro do quadro histórico socioeconômico
rica em diversidade com “diferentes modos de adaptação ás
regional”. (OLIVEIRA, 2010, p. 196).
necessidades de
transporte - característico
Atualmente
o
patrimônio
industrial,
marca
e
do terreno, que em si, constituem dados de interesse para a
representa as transformações sociais originadas no decorrer
preservação”. (KÜHL, 2015).
dos séculos. Portanto diante de tal atributo, cabe diligenciar sua preservação. Pois mesmo diante a sua abrangente
A ferrovia é então o elemento dinamizador da ocupação urbana, bem como meio de comunicação e representante das inovações tecnológicas no transporte e na produção de mais valia. A Ferrovia precipita em São Paulo as condições gerais de reprodução do capital na cidade. (FARIA, 2012, p. 81).
Estação de Guia de Pacobaíba – RJ, 1ª estação ferroviária brasileira. Foto: Vinicius - SSC Brasil Fonte: http://guiadepacobaiba.xpg.uol.com.br/ferrovia.htm
significância
presente
na
composição
de
identidades
regionais, a sua relevância histórica, memorial e simbólica, pode-se notar o não reconhecimento do importante papel em que o mesmo esta enquadrado. Pois Segundo TICCIH (2003, não paginado)
os edifícios e as estruturas construídas para as actividades industriais, os processos e os utensílios utilizados, as localidades e as paisagens nas quais se localizavam, assim como todas as outras manifestações, tangíveis e intangíveis, são de uma importância fundamental. Todos eles devem ser estudados, a sua história deve ser ensinada, a sua finalidade e o seu significado devem ser explorados e clarificados a fim de serem dados a conhecer ao grande público. Para além disso, os exemplos mais significativos e característicos devem ser inventariados, protegidos e conservados,
de acordo com o espírito da carta de Veneza, para uso e benefício do presente e do futuro.
No entanto, nota-se que “é constante o abandono de estações ferroviárias em todo o estado paulista depois da decadência dos trilhos de trem, sendo que estes foram importantes
para
consequentemente
o do
desenvolvimento pais”
(LIMA,
do
estado
2012,
p.
e 10).
Consequência essa oriunda pela gênese da indústria automobilista priorizando o modal rodoviário; permanecendo ativas somente “aquelas que se transformaram em estações de trens metropolitanos, as que se estão no caminho dos poucos trens turísticos e as poucas que são utilizadas como central
de
recebimento
de
cargas
pelas
atuais
concessionárias das ferrovias”. (GIESBRECHT, 2015, não paginado). Atualmente o tema patrimônio e sua preservação tem se destacado em diversos debates, atraindo cada vez mais
cidadãos
estratégias,
que
conscientização,
interessados resultem
em na
discutir
e
aplicabilidade
partilhar dessa
pois a “educação patrimonial é um
processo que conduz o homem ao entendimento do mundo em que esta inserido, elevando sua auto-estima e á consequente valorização de sua cultura” (MAIA, 2003. p.3). Assim sua valorização “faz-se então no contexto de discussões dos profissionais do órgão e especialistas que
1.2.- Patrimônio Patrimônio das das 1.2.ferrovias asas estações estações ferrovias t ua aç çã ão o ( (ssi ti u preservação) preservação)
u la/ l / aa t ut a
1.2.-
Patrimônio
das
um ato fundamental, pois o mesmo possui relação com a
as
estações
ambiência e cultura local. Através dele torna-se possível a
(situação
atual/
ferrovias
busca pela continuidade desse progresso, induzindo a dinâmica nos espaços urbanos já esquecidos. Atuando como meio de transmitir “às gerações por vir as referencias
preservação)
de um tempo e de um espaço singular, que jamais serão revividos, mas revisitados, criando a consciência da intercomunidade da história”. (MAIA, 2003. p.1). Assim o êxito não contribui só para a preservação,
expandem o conceito de patrimônio, inclusive com a ideia de patrimônio ambiental urbano”. (OLIVEIRA, 2010, p. 197). Segundo KÜHL (2015, p. 14) o Patrimônio Industrial de âmbito Ferroviário se insere nesse contexto valioso “não
ações de tombamento; apesar do crescente número de bens protegidos, são ainda assim, quantitativamente e qualitativamente inexpressivas em relação ao legado das ferrovias.
mas também acarreta para a continuidade histórica e identidade cultural de um povo. São essas ações que auxiliam para caracterização e compressão do espaço
Suas construções introduziram ou consolidaram variados tipos arquitetônicos e o uso de novas ou renovadas técnicas e materiais construtivos. Tiveram papel relevante na disseminação da alvenaria de tijolo e de outros materiais industrializados, muitas delas sendo exemplos de padronização e racionalização, que auxiliaram no estabelecimento de uma renovada práxis construtiva. KÜHL (2015, p. 14)
Entretanto a preservação desse patrimônio torna-se
De certa forma para KÜHL (2015, p. 15)
estado de São Paulo, com mérito obtido pela sua posição
fundada no período de 1872, posteriormente á inauguração
estratégica e quantidade significativa de linhas férreas do
1.3.- A Companhia
da primeira linha da Companhia Paulista de Estradas de
estado de São Paulo.
Mogiana
No entanto o mesmo tem se fortalecido pela política cultural e do patrimônio ferroviário em particular,
prolongamento que não fora realizado pela companhia
era representada por grandes produtores de café em meados
com projetos de uso do bem cultural, de certa forma
inglesa São Paulo Railway, construtora da primeira estrada
do século XX.
mantendo um distanciamento em relação a sua dimensão
de ferro no Brasil. (ZAMBONI, 2012).
teórica e a preservação do patrimônio industrial no Brasil.
Logo após a fundação da Cia Mogiana, em 1876 é
(OLIVEIRA, 2010), concebendo intervenções nesses bens
inaugurado o trecho de prolongamento da Paulista até Rio
culturais que padecem pela ausência de fundamentação
Claro,
cultural. Pois Segundo KÜHL (2015, p. 15)
Mogi-Guaçu em 1880.
alcançando
Porto
Ferreira
á margem
do
rio
Já no final do Século XIX, estando incorporada a Por um lado, os edifícios são escolhidos por seu interesse cultural, como forma de valorizar a imagem de uma instituição ou de legitimar uma iniciativa; mas, por outro lado, são os aspectos documentais, formais, memoriais e simbólicos que passam o largo das questões projetuais.
Portanto
os
bens
industriais
abrangendo
o
patrimônio industrial e ferroviário, não possuem preceitos específicos, apenas princípios de restauro. Que devem ser notadamente explorados com ampla minuciosidade. (KÜHL, 2015).
as estações ferroviárias tem sido o tipo mais privilegiado nos estudos e nas
Mogiana), organizada por capitais públicos e privados, foi
A Companhia Mogiana serviu a região nordeste, que
urbano. Segundo RODRIGUES (2010. p.3): A finalidade social da preservação - antes vista como a constituição de um conjunto simbólico de representação da nação, e hoje percebida como a ação de constituir um conjunto representativo da multiplicidade de memórias presentes na sociedade – fez do acesso á cultura e ao passado um direito incluído na Constituição brasileira de 1988 como um dever do estado.
Considerada uma das mais importantes ferrovias do
Ferro, que havia surgido por necessidade de um novo
apenas pela importância do ciclo econômico ao qual está associado”.
A Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (Cia.
Companhia Ramal Férreo Rio Pardo, atingi as divisas com Minas Gerias, articulando assim com outras ferrovias. (ANDRIOLLI, 2006) No entanto
A extensão dos trilhos pelo interior paulista proporcionou o avanço da agricultura de exportação – no caso, o café – por áreas anteriormente ocupadas pela economia do excedente. Na segunda metade do século XIX, a expansão do café ao longo do Caminho de Goiás representou superar os limites geográficos anteriormente atingidos pela produção açucareira. BRIOSCHI (1999, apud ANDRIOLLI, 2006, p. 39).
O Nordeste Paulista foi povoado ao longo do antigo caminho que ligava a cidade de São Paulo ás minas de Goiás. Até O inicio do século XVIII, era um “sertão desconhecido”. No decorrer do processo histórico de sua ocupação, recebeu várias denominações. Primeiramente foi o sertão do Caminho de Goiás; depois retalharam segundo os nomes adotados pelas freguesias e vilas que criavam. No final do século XIX, com o avanço da Ferrovia, designaram-no como Zona da Mogiana, até ser hoje delimitado como o Nordeste paulista. BRIOSCHI (1999, apud ANDRIOLLI, 2006, p. 38).
A organização e incremento da Companhia Mogiana ocorreu na segunda fase da era ferroviária, mediante a necessidade de fazendeiros produtores de café da região de Campinas, por transporte de café e mão de obra.
Seguramente, a Companhia na década de 1880 deu passos firmes com garantido lucro sobre as terras
alcançadas. Documentos encontrados no Arquivo do Estado permitem concluir, que ao aproximar-se da região de Ribeirão Preto, a linha férrea, que chegou primeiramente em Casa Branca em 14 de janeiro de 1878, passando por São Simão, em 16 de agosto, forçou a busca imediata de novas fontes de investimento para que os trilhos ali chegassem o mais rapidamente possível. (FARIA, 2002. p. 85).
1.3.- A Companhia Mogiana
Sendo assim em 1875 a Cia Mogiana inicia seu primeiro
trecho,
ligando
a
cidade
de
Campinas
a
Mogi - Mirim, com bitolas de 1m, também finaliza o Ramal Amparo, primeiro Ramal da Companhia. Com tais obras
uma variante da linha tronco da Mogiana, entre as estações
Cia Mogiana eram ampliados mediante aos interesses dos
de São Simão e Ribeirão Preto, pelo seu lado oeste, como
fazendeiros e políticos, por fim se estendia por territórios já
uma linha de defesa de zona contra a Cia. Paulista”.
povoados.
(GIESBRECHT, 2015, Não paginado). Esse trajeto deveria seguir seu prolongamento natural até as margens do Rio Pardo, por estar na direção exata do ramal de Porto Ferreira da Paulista. Tal comuta suscitou um grande defeito no traçado original das estradas de ferro. (ANDRIOLLI, 2006), acirrando assim uma competição entre a Companhia Paulista, pela considerável aproximação de sua zona de domínio.
Branca e Franca, obra realizada em 1878. (ZAMBONI, 2012). Entretanto o trajeto que seguiria naturalmente por Cajuru e Franca teve seu planejamento alterado pelos acionistas da Cia Mogiana, que por meio de autorização decidiram construir o ramal entre os municípios de Ribeirão
Ao atingir São Simão, em 16 de agosto de 1882, a ferrovia passou logo até Ribeirão Preto por meio de cravinhos. Mas um ramal da própria companhia se desviou da linha tronco passando por fazendas importantes e se aproximando consideravelmente da zona de domínio da Companhia Paulista. (FARIA, 2002. p. 88).
á São Simão e Ribeirão Preto e zona de privilégio de 31
Mogiana para inserção da linha férrea para o Município de
quilômetros de cada lado da linha. Com inauguração do
Luiz Antônio que anteriormente havia sido interrompido, é retomado com novos estudos, conseguindo assim sua aprovação. Sendo construído
entre 1910 e 1913, “como
região. Já no início do século XX o consumo mundial pelo café teria atingido seu limite, sofrendo uma decadência nas exportações. Mesmo sendo as três primeiras décadas do século XX, uma fase de crise, de guerra e economicamente
fundada desde a estatização, a Fepasa se incorpora á Rede Ferroviária
Federal
(RFFSA).
Posteriormente
sendo
arrematada em leilão da malha paulista. Concluindo assim o processo de desestatização das malhas da RFFSA. (FRANCISCO, 2007). Sendo Assim, mesmo tendo a Companhia Mogiana sua história interrompida, contribuiu consideravelmente para o progresso do país.
valorização do café 1906, até os últimos anos precedentes a Revolução de 1930. Terminado a politica da valorização do café, em 1931 o número de exportações começam a diminuir e o
Como resultado dos quase cem anos de atuação na produção de caminhos de ferro pelo interior do país, a Mogiana deixou muitos quilômetros de importantes conquistas de terra e muitas riquezas pela região que ainda hoje e conhecida pelo nome que recebeu com presença dela. (FARIA, 2002. p. 94).
sistema de crédito começa a entrar em decadência. Assim os trens passam a transportar outras culturas, incluindo passageiros. (ZAMBONI, 2012).
Assim em 1880, favorecida pela Lei de 26 de abril,
o projeto da Cia
Mediante a tais alterações,
em que se atingido os maiores índices de produção da
crescimento, com seu lucro amparado na politica de
a construção se inicia com bitolas estreitas de Casa Branca
Preto e São Simão. (ZAMBONI, 2012).
positivamente para aumento da produção do café, período
Em 1998 como parte do pagamento da grande divida
desfavorável, a Cia Mogiana manteve sua rede em
finalizadas a Companhia solicitou prolongamento da sua linha até a margem do Rio grande, percorrendo Casa
No entanto o funcionamento das linhas contribuiu
sua propriedade, incluindo a Companhia Mogiana.
trafego até São Simão no dia 16 de agosto e no dia 23 de novembro de 1883 até Ribeirão Preto. Os ramais e sub - ramais da malha ferroviária da
Entretanto mesmo com a nacionalização de sua divida em 1940, não teve sua prosperidade restituída, passando a ser administrada pelo governo, sem integra-la ao seu patrimônio. Posteriormente em 1971, o governo do estado unificou em uma só empresa, a Fepasa – Ferrovia Paulista S/A –, as cinco estradas de ferro remanescentes de
Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (CMEF) 1970 Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias/ mapas/1970ciaMogiana.shtml
LEVANTAMENTOFÍSICO
A ex-estação de Luiz Antônio está localizada próxima ao atual centro da cidade, mas murada, servindo como
2
depósito da Prefeitura. Entretanto ainda conserva suas
2.1. - LEVANTAMENTO
características externas da época. Após a desativação os
FÍSICO DO ENTORNO
trilho
foram
arrancados,
atualmente
é
impossível
visualizar o trajeto da antiga linha.
1
3
1– Cidade de Luiz Antônio Sp Fonte: Google Earth
2– Vizinhança da Estação Ferroviária Fonte: Prefeitura Municipal
3– Estação Ferroviária área central Fonte: Prefeitura Municipal
IMPLANTAÇÃO
1 2.1. - LEVANTAMENTO FÍSICO DO ENTORNO
Edificação principal Ferroviária Jataí (1)
1– Estação ferroviária Jataí Fonte: Priscila Fernandes
1 - Vista da Esquina Exp. Paulistas com a Rua Tiradentes 2 - Fachada Rua Tiradentes 3 - Vista da Esquina Exp. Paulistas com a Rua Duque de Caxias 4 - Fachada Rua Duque de Caxias
DENOMINAÇÃO: ESTAÇÃO FERROVIÁRIA JATAÍ
2
com a Rua Duque de Caxias - Centro - Luiz Antônio SP ÓRGÃO RESPONSÁVEL: Prefeitura Municipal
Fotos: Priscila Fernandes
4
ENDEREÇO: R.ua Expedicionários Paulistas nº55, esquina
TIPO DE PROTEÇÃO: Sem Proteção
3
TIPO DE USO: Almoxarifado NATUREZA: Bem Cultural Material
-
Estação
Edificação construída recentemente na divisa posterior, uso: depósito de ferramentas (2) Recepção principal disposta na área frontal do recuo lateral direito, construção recente sem nenhum valor histórico (3) No lote posterior ao da Estação Jataí esta a antiga casa do caseiro, que pertencia a ao lote da Estação, hoje desmembrado. Edifício de valor histórico, porém conserva poucas características originais em seu exterior (4)
CATEGORIA: Patrimônio Arquitetônico - Estilo Inglês de Arquitetura Industrial
2– Depósito de ferramentas Fonte: Priscila Fernandes
Já as demais áreas, são apenas coberturas provisória (5)
3– Recepção Principal Fonte: Priscila Fernandes
2.1. - LEVANTAMENTO
2
.
1
.
1
FÍSICO DO ENTORNO
LEVANTAMENTO F Í S I C O
D O
ENTORNO 0
05
1
USO E OCUPAÇÃO
2
DO SOLO EDIFICAÇÃO
2648,89m2 Área total Construída 291,97m2
Pé Direito Interno 4,17m Externo 5,20 m
RECUOS Recuo Frontal 50cm
INFORMAÇÃO DA
Plataforma 50cm ÁREAS
De acordo com os levantamentos no entorno da área de
Recuo Lateral direito 32m Recuo Lateral esquerdo 22,14m
estudo, predomina-se o uso residencial, com uma pequena
Recuo Posterior 5,68m
podemos visualizar no mapa de uso do solo
Área do Terreno
concentração de comércio na Av. Independência, como existe uma
quantidade significante de lotes vazios, onde a maior parte deles estão cobertas por vegetação(3), como é o caso do antigo escritório da CELPAV atualmente sem uso(1), também poucos lotes que compõe pequenas chácaras que ocupam o centro da cidade.
0
05
1
2
Referente ao gabarito, a área é predominantemente
2.1.1 - LEVANTAMENTO FÍSICO DO ENTORNO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
horizontal com a presença de poucos sobrados de uso misto(2), concentrando neles os serviços e comércios. Por ser parte da área central de Luiz Antônio a uma boa distribuição dos lotes e quadras, em parte as áreas vazias possui uma quantidade significativa de vegetação(4). As imagens dispostas referem ao lote posterior ao da Antiga Estação Ferroviária Jataí, onde está localizada a antiga casa do caseiro (atualmente uma chácara), que preserva poucas partes das características externas da construção.
LEGENDA CLASSIFICAÇÃO MODAL
A cidade de modo Geral esta bem abastecida pelos equipamentos urbanos, no entanto os equipamentos que
2.1.2 - LEVANTAMENTO
1
Creche
predominam próximo a área de estudo, são os destinados a
FÍSICO DO ENTORNO
EE
Educação Especial
educação, esporte e lazer.
E QUIP A MENTOS
C
Ensino 1º e 2º Grau
Na parte da cultural, a cidade conta com um anfiteatro, uma
D
Ensino 3º Grau
biblioteca e um departamento de Cultura.
A
Ensino 1º Grau
2
Ed. Pré Escola
3
Creche/ Ed. Pré Escola
URBANO
A
400
800
futebol e vôlei de praia, dois campos de futebol gramado e um ginásio poliesportivo. Conta também com um segundo
Base de Ap. comunitário
ginásio poliesportivo coberto no bairro Conde Ribeiro do
Centros Comunitários
Valle (CDHU), um estádio de futebol com arquibancadas
Esporte, Lazer e Cultura
cobertas, um bosque municipal com quiosques para
Adm. Pública
churrasco, pistas para caminhadas e de skate, mini quadra
Circulação e Transporte
de basquete e uma academia ao ar livre.
Segurança e Proteção
200
municipal com três piscinas, quadra para a prática de
USB
Religião
0
No setor de esportes e lazer, a cidade apresenta um clube
2.1.2 - LEVANTAMENTO FÍSICO DO ENTORNO HIERARQUIA
VIÁRIA
FÍSICA/ FUNCIONAL
No que diz respeito a Hierarquia Física, há um grande
dimensão sugestiva como via arterial; Já a Av. Juan Carlos
numero de Avenidas, no entanto apenas oito delas atende
Bourbon(B) , atende como coletora para as vias locais do
as características especificas. Sendo elas: Av. da Saudade
conjunto (BB) destinadas á vias arteriais, porém não
(A), Av. Independência(B), Av. Primavera(C),
Av. Manoel
adentem as características físicas e nem funcionais para
pedrosa Filho(D) e Av. Geraldo Turazzi (E), Av. Giusepp
tal especificação . A Av. Primavera(C), A. Manoel Pedrosa
Rosatti (F), Av. Luiz Favoreto (G), Av. Joaquim de Souza
Filho (D), A. Lazaro Pedro (E), atendem como via coletora
(H),
mesmo tendo suas características físicas destinadas á via
sendo
as
demais
avenidas
voltadas
para
características de Vias Coletoras e Vias Locais.
arterial. Por estar localizadas em área com predominância
As Vias Coletoras respondem bem a suas características físicas , exceto a rua Rio Grande do Norte (I), que possui característica de Via Arterial. No entanto as vias locais que apresentam
pontos negativos
são:
parte
da Rua
Expedicionários
rural, as Avenidas Giusepp Rosatti (F), Av. Luiz Favoreto (G), Av. Joaquim de Souza (H), atendem as características de via local , pois seu fluxo é baixo . A Rua Rio Grande do Norte , mesmo não sendo classificada atende
física e funcionalmente
como avenida,
á função, já a Rua
Expedicionários Paulistas (J) e Rua Guilherme Brayn(L) não Paulistas (J) á esquerda da Av. Independência, onde a via é de mão dupla e suas dimensões não atendem as necessidades; também a Rua Guilherme Brayn(L), por ser uma rua com concentração significativa de equipamentos urbanos e prestação de serviço, ambas ocasionadoras de acidentes.
atende fisicamente as necessidades funcionais. Já as Ruas destinação, atendendo assim
como via coletora .
2 40
entanto as Ruas: (P), (Q), (R), (S), (T), (U) atendem como coletora mesmo estando destinadas á Vias Locais. Já a Av. Geraldo Turazzi , mesmo respondendo fisicamente como via arterial, atende como via coletora pela dimensão do seu
indica um nº significativo de alterações em questão as vias
pequeno á médio fluxo,
e suas funcionalidades. A Rua américa de Araújo Pires (A)
industrial.
características
120
No
Os estudos em relação a Hierarquia Viária Funcional, nos
com
0 60
(M), (N), (O) não atendem física nem funcionalmente á sua
físicas
de
coletora,
atende
constantemente pelo seu fluxo intenso e também por sua
por estar
localizada em área (B) 0 60
120
2 40
6
2 2. 2. - LEVANTAMENTO FÍSICO MORFOLÓGICO 14 15
DAS QUADRAS 12 4 5
3
12
16
4 5
17 18 19 20 13
6 7 8
2
14 15
18 19 6 13 8
2
24
10
3
17
7
1 21
20
8
10 11
11 1
16
3
21
22
22
20
13 23
23
1
24
24
33 32
33 32
31
31
30
30 25
27 26
29 28
25 0
50
100
27 26
200
ser
funcional da quadra
e
congestionamento e grande probabilidade de acidentes. No
locais respondem positivamente a suas características,
entanto em relação a ocupação do solo podemos observar
exceto
que não atende
que na quadra superior a esquerda e posteriormente a área
fisicamente as necessidades funcionais, pois parte da sua
de intervenção; a presença de vazios é significante. As
Jataí. Atualmente o Lote esta desmembrado e ocupado por uma
composição á esquerda não possui a mesma dimensão e por
imagens de nº 1, 2 e 3, área densamente arborizada,
chácara, já o Edifico em menção encontra-se em péssimo
conclui-se que as vias coletoras
via
de
mão
dupla
acaba
acarretando
posteriormente Escritório, Núcleo de Educação Ambiental e
Levando em consideração a análise da hierarquia física e
a rua Expedicionários Paulistas
29 28
Residência
da
Antiga
Empresa
CELPAV,
atualmente
encontra-se sem uso. Já a imagem de nº 24, faz relação a casa do Caseiro, pertencente á Antiga Estação Ferroviária
0
50
100
predominância residencial, no entanto nota-se uma possível vocação comercial na quadra frontal a área de intervenção. relevante
Uso
1/2
1 Pav.
Antigo escritório CELPAV/ Antigo NEA
3/4
1 Pav.
Residência Vazia / Residência
5
1 Pav.
Residência
6
2 Pav.
Residência e Loja de Roupas
7/8
1 Pav.
Residência/ Comércio Alimentício
9/10/11/12
1 Pav.
Residências
13
2 Pav.
Residência e Floricultura
14/15/16/17/18/19
1 Pav.
Residências
20
1 Pav.
Lanchonete
21
1 Pav.
Estação Ferroviária
22
1 Pav.
Auto escola
23
1 Pav.
Residência
24
1 Pav.
Residência e Ferro Velho
25
1e2Pav.
Residência
26/27
1 Pav.
Residências
28
1 Pav.
Residência e manutenção de pc
29/30/31
1 Pav.
Residências
32
1e2 Pav.
Residência e salão (vazio)
33
1 Pav.
Residência
muitas vezes prejudicando o trânsito,
Em análise ao uso do solo, podemos perceber a
fator
Gabarito
200
estado de conservação.
Outro
Nº LOTE
é
a
presença
de
veículos
estacionados, voltado para o comercio ambulante e
feira,
pois como mostra a
imagem de nº 1, os veículos tendem a estacionar na Av. Independência
e
na
Rua
América
de
Araújo
Pires,
priorizando os cruzamentos, fator muitas vezes contribuinte para acidentes, por se tratar de vias de fluxo intenso.
PESQUISA IDENTIFICAÇÃO HISTÓRICA E CONHECIMENTO DO BEM
Como nas demais localidades do Brasil foi o café um dos
No entanto só em 1891, anos antes da oficialização da
principais contribuintes para a chegada da Ferrovia ao município de
fundação do munícipio, foi que se iniciou o movimento da Cia.
Luiz Antônio SP, anteriormente nomeado como Vila Jataí,
Mogiana para implantação deste ramal, que ligaria Jataí á São
reconhecida como ponto de encontro de tropas, que vinham trazer
Simão, prevendo sua conclusão até o início de 1892. Porém por um
as mercadorias para serem enviadas via porto fluvial.
embate ocorrido, essa movimentação foi
No fim do séc XIX, Luiz Antônio ainda era parte integrante
interrompida por um
assim diversos contingentes de colonos. A fazenda Canaã abrigava A “The San Paul Coffee States Co.” ficando conhecida como a maior produtora mundial de café em fins do séc XIX. (BARBATANA, 2000). Localizado em uma região com a presença significante de fazendas cafeeiras do Nordeste Paulista sua posição estratégica foi
Antônio: [...] devido aos entraves iniciais sua construção foi temporariamente abandonada, uma vez que a CMEF já havia atingido um de seus objetivos que era a ampliação de sua zona de privilégio, obtida através do contrato de concessão assinado em 1891, a fim estancar o desenvolvimento das linhas da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, sua grande concorrente na região. (CORRÊA, 2014. Não paginado).
um dos fatores propulsores à chegada dos trilhos da Cia. Mogiana ao município. Seu referencial como lugarejo se dá logo após a abertura do “Estradão” em 1887, conectando São Simão ao Porto do Jataí, pois na fazenda Jataí situada nas terras de Luiz Antônio SP, se localiza o
rio
Mogi-Guaçu,
posteriormente
utilizado
como
rota
de
exportação. Entretanto em curto período o Porto do Jataí passa a ser explorado pela Cia. Paulista de estradas de Ferro e Vias navegáveis. (BARBATANA, 2000). Paulista de estradas de Ferro e Vias navegáveis. (BARBATANA, 2000).
HISTÓRICO Estação Ferroviária de Luiz
período significativo.
do município de São Simão. A perfeita adaptação do café com a terra roxa possibilitou uma cultura de rápida expansão, atraindo
3.1. - LEVANTAMENTO
1887 “Estradão” percurso entre São Simão e Luiz Antônio rumo ao Porto Jataí. / Foto: Google Maps. Fonte: Elaborado pela Autora.
atualidade.
da
construção
á
Após a retomada do Projeto em 1908, inicia-se um novo
Entretanto:
estudo no qual através do decreto nº1. 773, de 1º de outubro de
3.1. - LEVANTAMENTO HISTÓRICO Estação Ferroviária de Luiz
entre 1944 e 1945, a fazenda foi vendida para a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que tinha como objetivo a implantação das culturas de pino e eucalipto para a produção de lenha como fonte de combustível para as máquinas para a produção de dormentes, utilizados na construção de estradas de ferro e como mourões de ceras. JESUS (1993, apud ANDRIOLLI, 2006, p. 41).
1909, emitido pelo Governo do estado, foi aprovado o projeto de construção da linha até Jataí, permitindo em 1909 explorar uma linha de Jataí a Ribeirão Preto. (CORRÊA, 2014). Sendo assim
Antônio: da construção á atualidade.
O ramal de Jataí foi construído entre 1910 e 1913, como uma variante da linha tronco da Mogiana, entre as estações de São Simão e Ribeirão Preto, pelo seu lado oeste, como uma linha de defesa de zona contra a Cia. Paulista. Durante a sua construção, em 1911, as duas empresas chegaram a um acordo e o ramal acabou servindo agora para transbordo de mercadorias e passageiros, através de um novo ramal, de Monteiros a Guatapará, construído em 1914. (GIESBRECHT, 2015, Não paginado).
Atualmente o Edifício está em uso pela Prefeitura Municipal, servindo como Almoxarifado e está cercado por muros, conservando apenas suas características exteriores, pois interiormente se encontra totalmente descaracterizado,
restando apenas duas salas que conservam parte do piso
preocupação com a preservação, em diferentes mandatos
em ladrilho hidráulico.
políticos.
Tal situação se dá devido ao mau uso do Edifício e às diversas reformas que são realizadas sem nenhuma
Situações
que
vem
se
agravando
e
comprometendo o corpo do Edifício, caso nenhuma intervenção seja realizada.
No final da década de 1950 inicia-se um período transitório de grande declínio, e com ele o fechamento de diversas estações, devido a baixa demanda da região que atendia o trecho São Simão – Monteiros, e também a sua a sua condição inadequada ao tráfego. Em 1954 a Estação de Tatuca é desativada, posteriormente a Estação Capão da Cruz, em 1957 e, em 1961, a Estação Jataí. (CORRÊA, 2014). Logo após sua desativação a Estação Jataí, passou por diversas adaptações, servindo de agência rodo-ferroviária ainda em
Mesmo sendo um período de progresso lento, a chegada dos
1961. Sendo totalmente desativada em 1962, posteriormente com a
trilhos contribuiu positivamente para a retomada do desenvolvimento
parte do Armazém demolido, passa a ser utilizada como sala de aula
da Vila Jataí, que em 1937 se torna distrito de São Simão SP,
provisória da Escola Fundamental Mobral Alfabetização de Adultos,
conquistando em 1959 sua autonomia politica- administrativa como
entre 1970/1971 e Club Recreativo, lugar definido pelos antigos
Município de Luiz Antônio SP, nome derivado do nome do ex.
moradores do edifício, como uma área propícia para encontros, lugar
fazendeiro da fazenda Jataí, Sr. Luiz Antônio Junqueira. (CORRÊA,
de alegria e comemorações, onde também era realizada a festa
2014).
cultural de carnaval. (CORDEIRO, 2015).
1950 Luiz Antônio SP - / parte do percurso da linha férrea. Fonte: Osvaldo Barbatana
Ramal de Jataí – 1935 Fonte: Ralph Mennucci Giesbrecht
Construída em 1910, período em que a produção e
relacionado ao movimento neocolonial. Os acabamentos
comercialização do café era a atividade condutora da
compostos por ladrilhos hidráulicos e tábua corrida para os
economia do país, a edificação da Estação ferroviária Jataí
pisos e a pintura decorativa nos quartos e salas, sendo as
FÍSICO
representava a chegada do progresso, uma locomotiva para
pinturas decorativas e o piso em tábua corrida atualmente
C a r a c t e r i z a ç ã o
economia e urbanização da cidade. Importante referencial
inexistentes na edificação. As esquadrias seguem o padrão
para auxílio na construção da identidade e caracterização
da arquitetura colonial, todas de madeira; sendo as portas
histórica da Cidade de Luiz Antônio SP, já que as demais
de correr composta por folhas escuras e as portas de abrir
estações construídas na região: Capão da Cruz, Santa Elisa,
com fechamento de vidro, postigo almofadado e as janelas
Tatuca e Gironda, foram demolidas e nem vestígios
guilhotina com veneziana de abrir. (BRASIL, 1991).
3.2.
-
LEVANTAMENTO
Arquitetônica
sobraram. O Edifício segue o Estilo Inglês de Arquitetura Industrial, normalmente utilizado nas construções industriais
No entanto a estação ferroviária Jataí pode ser classificada tipologicamente como estação de pequeno porte, já que:
ou ferroviárias, embasados na tecnologia inglesa, onde o tijolo aparente segue como traço principal dessa arquitetura; Características típicas das estações da Cia. Mogiana, sendo um sistema construtivo simples, onde a fundação é em pedra, estruturada em alvenaria de tijolo aparente, com adornos em tijolo ressaltado no beiral superior. (CORRÊA,
Geralmente, o programa básico de uma estação de pequeno porte inclui a sala do agente, a do telégrafo, a sala de espera ou hall, onde se encontram a bilheteria e o armazém. (BRASIL, 1991, p. 22).
2014). O frontão imponente com a presença de óculos nas
Originalmente o edifício se organizava em doze
fachadas, as estruturas em madeira e sua ampla cobertura
repartições, tendo parte do depósito situado na fachada
de telhas francesas, com prolongamento dos beirais, detalhe
noroeste demolido em 1960, mantendo apenas 52m² dos
Detalhe óculos – fachada posterior
1
2
1. 2. 3. 4. Estação Ferroviária Jataí - detalhes arquitetônico
Foto: Priscila Fernandes
3
4
Fotos: Priscila Fernandes
166m² que compunham a área do depósito. Tais alterações podem ser visualizadas nas plantas de programa á direita.
1 3.2.
-
LEVANTAMENTO
FÍSICO
2
3
Revestimento
-
Ladrilho hidráulico (1)
Detalhe
–
Pintura
original, exceto os cômodos originalmente referidos á sala e
se localizava ao lado da despensa, ambos atualmente
quarto, que atualmente são ocupados por almoxarifados.
incluindo a área de uma recepção
Fonte: Elaborado pela Autora
que se localiza na
No que diz respeito a circulação, a mesma só possui alterações relacionadas aos ambientes atualmente inexistente e aos inseridos.
entrada do pátio principal á direita.
decorativo das salas e quartos
pela área do depósito frontal e pelo quarto de despejo que
banheiro público e depósitos dispostos na plataforma, Representação Tipologia - Estação de pequeno porte
Arquitetônica
Em relação ao uso mantém-se o mesmo padrão
inexistentes, também as áreas inseridas referente ao
Foto: Priscila Fernandes
C a r a c t e r i z a ç ã o
No entanto o programa atual se difere do original,
(atualmente
inexistente) (2)
166,60 m² 26,44 m²
Foto:
Acervo
Olga
SALA
Cordeiro
DORMITÓRIO
Alvenaria
em
tijolo
Aparente
(atualmente
0 2
Planta do Programa Original
4
8
Fonte: Elaborada pela Autora
WC 4,58 m² COZINHA 10,24 m² DESPENSA 3,96 m² LAVANDERIA 10,67 m² QUARTO DE DESPEJO 4,32 m² PLATAFORMA 111,65 m²
pintada) (3) Foto: Priscila Fernandes
Representação Tipologia - Elevação Posterior Fonte: Elaborado pela Autora
69,55 m²
4
26,44 m²
Esquadrias de madeira
ALMOXARIFADO WC 4,58 m²
estilo
COZINHA 10,24 m²
colonial (4) Planta do Programa Atual
Foto: Priscila Fernandes
Fonte: Elaborado pela Autora
0 2
4
8
DESPENSA 8,64 m² LAVANDERIA 10,67 m² PLATAFORMA 89,35 m²
Representação Tipologia - Elevação Noroeste Fonte: Elaborado pela Autora
2
3.2.
-
LEVANTAMENTO
FÍSICO
1
A caixa d’água era disposta a frente da edificação e seguia as
1
mesmas características padrão utilizado pela Cia. Mogiana,
4
relato resultante do trabalho em campo localizado na área ru-
3.2. - LEVANTAMENTO
ral Fazenda São José do município de São Simão – SP, UTM:
FÍSICO
23 K – 0228744/7622816, na qual a caixa d’agua existente
C a r a c t e r i z a ç ã o
3
2
Fotos / Desenhos
segue as mesma características da caixa d’agua original,
5
implantada na Estação Ferroviária Jataí, que foi demolida
Arquitetônica
Caixa d’Agua – Estação Ferroviária Jataí – Município de Luiz Antônio SP(1)
Caixa d’Agua – Fazenda São José - Município de São Simão - SP (2)
Tipológica,
Identificação de materiais
2 A estrutura feita em 1910 apresenta a característica padrão utilizada pela CMEF na construção de caixas d’agua, sempre compostas de uma estrutura em alvenaria de tijolos para abrigar a bomba e sustentar o reservatório de agua, confeccionado pela própria companhia em ferro fundido. Deste conjunto, resta apenas a estrutura feita em tijolo aparente com a presença de adornos em tijolo ressaltado no beiral superior, típico das construções da CMEF, revestido internamente com argamassa e dotado de respiros circulares em todas as fachadas, com ausência da caixa metálica e da bomba, retirados quando da desativação do ramal. Embora demonstre sinais de desgaste, com pequenas partes demolidas, aparenta em seu estado geral boa conservação e nenhuma intervenção que a descaracterizasse. (CORRÊA, 2014. Não paginado).
Analise
e Sistema Construtivo 6
Cobertura
7
Telhado de Duas águas, estendendo-se para proteger entradas. Com revestimento em
as
telha cerâmica francesa
(tipo marselha), sobre treliça de madeira de lei e com beiral Pisos 1- Piso Cerâmico 30x30 (alterado)
de 2,60
cm e de 0,60cm
de madeira aparente com
Inclinação de 35%.
2- Ladrilho hidráulico 20x20 (original) 3- Ladrilho hidráulico 20x20 (original)
Fundação - Executada em pedras de Lastro
4- Contra piso (alterado) 5- Ladrilho hidráulico 20x20 (original) 6- Piso e Azulejo Cerâmico 25X35 (alterado) 7- Pedra de lastro (original)
Obs:
As áreas internas referente ao nº 4, originalmente
eram revestidas por assoalhos de madeira.
Sendo as
demais originais todas revestidas em ladrilho hidráulico.
3.2. - LEVANTAMENTO FÍSICO
2
Paredes e Muros
Instalações elétricas O forro em madeira em todos os cômodos do edifício
Paredes Externas –
Compostas por tijolos de barro
pelo excesso de fluxo de veículos de cargas pesadas que
Louças, metais e acessórios
permite embutir a fiação elétrica.
acessam o local.
FOTOS
queimado maciço, parede de Alvenaria, com 30cm de
As louças e metais de modo geral não são peças originais,
Já a Pavimentação do lado esquerdo do edifico segue a
Pia da Cozinha em granito e cuba inox (7)
Analise Tipológica,
Sendo que a caixa de distribuição(5), encontra-se exposta
espessura, atualmente pintada (1).
ao lado direito frontal do edifício.
se encontram em bom estado de conservação porem estão
mesma pavimentação asfáltica das ruas. A pavimentação é
Bebedouro e refrigerador em inox (8)
Identificação de materiais e
Paredes internas – Compostas por tijolos de barro
bem encardidas.
plana, sem caminho de passeio e paisagismo.
Mobiliário antiga bilheteria (9)
Sistema Construtivo
queimado maciço, parede de Alvenaria , com 15cm de
Escadas
espessura.
Todas as escadas de acesso á plataforma são escadas
As paredes externas encontram-se pintadas , já as paredes internas estão rebocadas e pintadas. As paredes que anteriormente faziam referencia aos quartos, eram
simples, sem nenhum tipo de guarda corpo ou mureta de proteção , construídas em piso cimentado(6). 1
5
9
e seu estado de conservação é bom, mas o mesmo esta
10
pintado com tinta óleo, o que afeta em sua característica primária.
Pavimentação asfáltica á Esquerda (13)
Pavimentação externa
Os muros que delimitam o terreno são de alvenaria
Louças – Sanitário público / externo (11) Pavimentação em piso cimentado á Direita (12)
3
pintadas com estampas portuguesas na cor azul royal(2). de tijolo de concreto
Louças – Sanitário Privado / Interno (10)
O Acessório de madeira usado para telegramas é original
12 10
revestido com chapisco e pintura
acrílica, com portões de correr em chapa metálica, pintados
Toda Pavimentação posterior e à direita do edifico é em
(3).
piso cimentado e esta em péssimo estado de conservação,
Forro Todo edifício atualmente segue coberto por Forro de
4
6
Madeira em laminas(4).
7
8
11
11
13
Instalações As instalações hidro sanitárias são encontradas do lado direito da casa, onde se localiza o banheiro publico e do lado esquerdo posterior onde se localiza o banheiro privado e a cozinha.
Fotos: Priscila Fernandes
Fotos: Priscila Fernandes
PESQUISA HISTÓRICA
Esquadrias
3.2. - LEVANTAMENTO
J1-
FÍSICO
Semi – panorâmico
Analise
Tipológica,
Janela Reta Veneziana Guilhotina Francesa 2 fls. com gradil superior / 2 fls. Vidro
Guilhotina J2- Janela Reta Veneziana Guilhotina Francesa 2 fls. / 2 fls.
Identificação de materiais e
Vidro Guilhotina
Sistema Construtivo
J3- Vitrô máximo Ar Frances de Aço com vidro martelado incolor
J3
J4- Janela basculante de Aço com vidro martelado incolor J5- Vitrô máximo Ar Frances de Aço com vidro martelado incolor P1- Porta de Madeira de Abrir Francesa 2 fls.
Escuras
Almofadadas , com visor superior de vidro incolor . P2- Porta de Madeira de Abrir Panorâmica 2 fls. com 3 sessões sendo a sessão inferior escura almofadada , e as sessão superiores com visor de vidro incolor . P3- Porta de correr de madeira semi - panorâmica 2 fls . escuras . P4- Porta de abrir em madeira 1 folha escura. P5- Porta de abrir em réguas de madeira 1 folha escura. P6- Porta divisória de 3 sessão em madeira e visor de vidro incolor P7- Portão de abrir de grade em aço. Fotos: Priscila Fernandes
J4
DIAGNÓSTICO
Em
1
resposta
ao
Resultado
da
analise
de
significância, atualmente em péssimo estado.
Conservação do bem, nota-se alterações de médio a grande
4.1. - MAPEAMENTO DE
porte, decorrentes do processo de novas ocupações do
DANOS
edifico após sua desativação.
4.2. - Analise do
De
e
deteriorações
são
generalizados,
causados por agentes biológicos como fungos, liquens, musgos e vegetação de pequeno porte; agentes climáticos e
os de maior
pequenas intervenções anteriormente executadas em diferentes
mercadorias, demolida em 1960, a retirada da pequena
desenvolvimento de uma espécie arbustiva na fachada
plataforma do lado esquerdo, também a substituição do
principal do monumento com suas raízes infiltradas no
(1)Desplacamento parcial de argamassa, arenização do
revestimento do piso em ladrilho hidráulico, por piso cerâmico
interior do edifício, ocasionadas por agentes biológicos e
revestimento e das argamassas, desgaste dos tijolos da
na mesma área, a pintura na alvenaria de tijolo aparente com
climáticos, comprometendo assim sua integridade.
alvenaria por agentes biológicos e climáticos.
tinta acrílica branca e das esquadrinhas de madeira, pintada
Trinca e Rachadura no elemento de acabamento do
com tinta óleo cinza claro, também a retirada do revestimento
frontão, marcas de umidade e de proliferação de fungos nas
em tábua corrida em dois cômodos destinados aos quartos e
partes altas das alvenarias e cobertura.
salas, devido à proliferação de cupins.
Fotos: Priscila Fernandes
No entanto outras alterações de menos impacto, esta
3
danos
significância, se refere á 114m2 da área do depósito de
estado de Conservação
2
todos os danos presentes,
Os
(2)Presença de vegetação na fachada principal, em
relacionado à aplicação do forro de madeira em toda
processo de desenvolvimento: fissuras e rachaduras,
extensão do edifício, e uma parede demolida que delimitava
com infiltração potencializada.
a despensa do quarto de despejo, incluindo a inserção de
Peças de mão francesa: úmidas e desprotegidas, alvo da
dois cômodos para deposito no terreno ao fundo da
ação de cupins.
Fotos: Priscila
edificação, dois banheiros internos localizados na plataforma, e uma sala de recepção na entrada do terreno á direita. Em
(3)Raízes de indivíduo arbóreo : proliferando no interior.
relação ao terreno o maior impacto causado foi em relação
Escurecimento do revestimento: causado pelo acúmulo
ao desmembramento do mesmo, causando a desconexão da
de umidade nas alvenarias, infiltração.
estação com a casa do caseiro também de grande
mandados
políticos,
como
repinturas.
O
Tais agentes de modo geral, promoveram danos
4.1. - MAPEAMENTO DE DANOS 4.2. - Analise do estado de Conservação
generalizados às estruturas do edifico: alvenaria, cantarias das esquadrias, deslizamento de telhas na cobertura, descolamento das argamassas em pequenas proporções no interior e exterior, algumas fissuras acima das vergas das portas, manchas nos piso em ladrilho hidráulico devido ao
contato com materiais abrasivos e o desgaste pelo trafego constante.
No entanto a proliferação de fungos e liquens também o escurecimento do revestimento, causado pelo
Nota-se alguns danos causados pela infiltração das
acúmulo de umidade nas alvenarias, se da principalmente
águas pluviais e pelos xilófagos, nas peças de mão
nas fachadas desprovidas de beiral, e nos pontos com
francesa, que úmidas e desprotegidas, se tornaram alvo da
problemas de infiltração.
Fachada Nordeste
ação de cupins.
uso inadequado de ceras para sua limpeza, também o Fotos: 5- Umidade: Excesso de umidade na alvenaria, marcas de
5
proliferação de fungos. 6- Placa de vidro: quebrada Corte
Corte
7- Destelhamento: posterior. 4
1
3
2
8- Telhado: escurecimento do revestimento por marcas de proliferação de fungos. 9- Desgaste dos tijolos da alvenaria por agentes biológicos e climáticos.
Fotos:
3- Sutil fissura interna : localizada na arquitrave da porta
1- Escurecimento do revestimento: causado pelo acúmulo
de acesso entre o almoxarifado e cozinha.
de umidade nas alvenarias, marcas de proliferação de
4- Sutil fissura interna: localizada na arquitrave da porta
fungos
de acesso entre a sala de administração e recepção.
2-
Desprendimentos:
parcial
do forro
da sala
almoxarifado por excesso de umidade nas alvenarias.
do Fonte: Priscila Fernandes
Fonte: Priscila Fernandes 9
Corte
6
8
7
1
2
4
3
Desprendimentos parcial do revestimento e Rachadura na
Corte– lado esquerdo
arquitrave da porta
4.1. - MAPEAMENTO DE
Desprendimentos parcial do forro no por excesso de
DANOS
umidade nas alvenarias, marcas de proliferação de fungos Excesso de umidade na alvenaria, marcas de proliferação
4.2. - Analise do
de fungos, desprendimento do revestimento
estado de Conservação
Fotos: Priscila Fernandes Fotos: Priscila Fernandes
8
10
9
Fotos: 1- Destelhamento: dianteiro 2- Vidro: peça quebrada 3- Trinca: cantaria da esquadria 4- Telhado:
escurecimento do revestimento por marcas
de proliferação de fungos. 5- Destelhamento: posterior. 11
Elevação Sudoeste
6- Presença de pequena vegetação: entre o pilar e a ma-
13
deira 6
5
Corte– lado direito
7- Peça de mão francesa: úmidas e desprotegidas, alvo da ação de cupins. 8- Porta de madeira: Alvo sob ação de cupins. 9-
Pé
direito
interno:
pequeno descolamento de
argamassa. 10- Porta de madeira: Alvo sob ação de cupins. 13
12
14
11- Portas de madeira: Alvo sob ação de cupins. 12- Manutenção peitoril da janela - Crosta de cimento. 13- Porta de madeira: Parte da madeira lascada.
7
14- Janela de madeira: Alvo sob ação de cupins.
LEITURA PROJETUAL
Projeto Realizado em Mairinque – SP, no ano de 2014. A proposta, “resgata a visibilidade do patrimônio histórico paulista construído em 1906 e recupera a sua condição primitiva
e
efetiva
participação
no
cenário
urbano”.
(ARQBACANA, 2015) A ocupação do lote se apresenta centralizada á leste.
são direcionados á oeste.
carros é feita por um túnel, e o do pedestre um segundo túnel que direciona para uma escada utilizada como
Imagens referentes ao Projeto de Restauro da Estação Ferroviária de Mairinque Elaboração gráfica: Priscila Fernandes Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/762270/primeiro-lugar-noconcurso-para-a-estacao-ferroviaria-de-mairinque-siaa-plus-hasaa
5.1. - REFERÊNCIA:
arquibancada, diante ao elevador.
RESTAURO
O restante do terreno é composto por vagões á leste e
FERROVIÁRIA
plataformas em concreto permeável a oeste, que interagem com as atividades do edifício.
O acesso tanto para pedestres quanto para os automóveis
No entanto o acesso para os
MAIRINQUE
DA
ESTAÇÃO DE
O
Em sua porção Leste, o lote apresenta-se plano, com um
R E S T A U R O ESTAÇÃO
dos tuneis como uma pequena diferença no desnível de um
FERROVIÁRIA
túnel ao outro , em sequencia o restante do terreno segue o
tem por base a relação do entorno com a
com
implantação
de
um
museu
interno
e
elementos de apoio para o uso comum. No entanto o projeto
arquibancada (escada), mantendo-se plano na disposição
D A
DE MAIRINQUE
estação,
declive significante á oeste , onde se da o uso da
5.1. - REFERÊNCIA:
projeto
tem ligação com uma “praça belvedere criada do lado mais antigo
da
cidade,
proporcionando
uma
contemplação
perspectiva dada pela separação dos trilhos”. O programa
mesmo nível do edificação principal .
museológico consiste na “distribuição das peças entre o
Em analise Bidimensional, o edifico se organiza em forma
galpão plataforma, a sala de exposição e os vagões de
elipsoidal,
dividida em 3 partes, duas meia lua e um
carga estacionados, enquanto os de passageiros poderão
quadrado, composição integral , porém a área do quadrado
atender usos para aulas, palestras ou projeções de vídeo”.
refere-se a local de passagem.
(ARQBACANA, 2015)
Em analise Tridimensional, o edifico é composto por uma
Os ambientes de exposição são dotados de extensas
abóboda central, conectando duas torres laterais.
aberturas compostas por panos de vidro, proporcionado
A circulação é predominantemente horizontal,
excelente entrada de luz e ventilação.
onde a
circulação vertical tem por objetivo a conexão através do túnel. Sendo assim o edifício pode ser acessado pela escada ou pelo elevador, no edifício principal a circulação é mista , horizontal na sala de exposição com circulação vertical dando acesso ao pavimento superior. De maneira geral há uma diversidade no acesso interno , com dois acessos principais central e mais três acessos auxiliares , permitindo assim uma circulação orgânica.
Imagens referentes ao Projeto de Restauro da Estação Ferroviária de Mairinque Elaboração gráfica: Priscila Fernandes Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/762270/primeiro-lugar-noconcurso-para-a-estacao-ferroviaria-de-mairinque-siaa-plus-hasaa
Planta Pavimento Térreo
Planta Pavimento Superior
Projeto Realizado em Elwood VIC 3184, Austrália no
5.2. - REFERÊNCIA: RESTAURO
RESTAURANTE / CAFÉ
ano de 2015, com 190 m². CO– WORKING
THE
LAZER / CONTEMPLAÇÃO
“Caracterizada pela grande variedade de arquitetura
MILTON / BIASOLDESING
vitoriana, eduardiana e do período entre-guerras, Elwood
STUDIO
tornou-se sinônimo do clássico.
Inspirado por este
Corte AA
0
1,5
3
6
0
1,5
3
6
0
1,5
3
6
sentimento local, evocando sensação de fascínio e charme do velho mundo, conservando sua familiaridade.” (SOUZA, 2015) Em analise Bidimensional, o edifico se organiza em forma retangular,
dividida em 3 partes, dois com dimensões
iguais e o terceiro com uma proporção menor. Em analise Tridimensional, o edifico é um elemento único
CIRCULAÇÃO
Corte BB
com telhado de duas águas. Disposto em uma topografia plana, a dimensão do terreno “proporcionou a adição de uma extensão moderna que segue a linha da cobertura existente e traz o exterior para dentro. Com a estrutura da cobertura projetada sem tesouras”. Imagens referentes ao Projeto de Restauro do The Milton / Biasol Desing Studio
Corte CC
Corte DD
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771600/the-milton-biasoldesignstudio
Planta Baixa
O Projeto articula um espaço multi - zoneado, acessível, atmosférico e melancólico, com sua atividades voltadas
5.2. - REFERÊNCIA: RESTAURO M I L T O N
THE /
BIASOLDESING STUDIO
para beber, comer e socializar no seu centro.
a área central é de estrutura metálica com vedação em vidro, proporcionado agradável iluminação natural, em contraste com a área destinada ao restaurante / café, com suprimento significante de iluminação artificial.
e
novos,
manufaturados,
texturas
harmoniosamente
equilibradas.
materiais
conscientização, pois a “educação patrimonial é um processo que conduz o homem ao entendimento do mundo em que esta inserido, elevando sua auto-estima e á consequente valorização
Assim a preservação desse patrimônio torna-se um ato
de sua cultura” (MAIA, 2003. p.3).
fundamental, pois o mesmo possui relação com a ambiência e
orgânicos
e
só do poder público, mas também da população. No entanto é pelo ato de exercitar a cidadania plena, que devemos fazer
e
suaves,
tijolos
vermelhos
memória social, artística e cultural, podemos perceber e
aparentes e a madeira australiana que foram mantidas
controlar o progresso de evolução a que está inevitavelmente
foram combinados com
rígidas
atraindo cada vez mais cidadãos interessados em discutir e
Esse tema tem se apresentado como incumbência não
O resultado dos acabamentos, se da pela “justaposição de antigos
um tema que tem se destacado em debates da atualidade, partilhar estratégias, que resultem na aplicabilidade dessa
A materialidade da primeira área é de alvenaria aparente, já
elementos
Os
detalhes em latão, prateleiras
de aço enegrecido e tampos de mármore Carrera”. O revestimento de madeira foi executado ao longo das paredes e teto, com cores e tamanhos diferentes, proporcionado
No território brasileiro, a implantação do sistema ferroviário representou a chegada da modernidade e do progresso, promovendo a transformação do espaço social, envolvendo a paisagem, a cultura, as relações sociais, econômicas e politicas nas regiões atravessadas por ela.
A questão da conscientização e educação Patrimonial é
homogênea fluidez de uma extensão à
outra .
parte desse coletivo multiplicador. Pois “compreendendo nossa
exposto o saber e o saber fazer de um povo” (MAIA, 2003. p.1).
continuidade desse progresso, induzindo a dinâmica nos espaços urbanos já esquecidos. Atuando como meio de transmitir “às gerações por vir as referencias de um tempo e de um espaço singular, que jamais serão
das características modernas de evolução e dinamização urbana que esses elementos patrimoniais trouxeram para as cidades.
Atualmente
degradação,
elementos
que
partilham
de
promovendo uma transformação adversa ao
VIEIRA e SANTOS, 2008, p.85):
história”. (MAIA, 2003. p.1). No entanto para a possibilidade de manter o progresso e dinâmica da cidade, torna-se necessário o estimulo para novas funções e estratégias, estando elas “integradas em uma politica pública intersetorial, afinal são estratégias que dialogam com os problemas estruturais da cidade” (LUCHIARI, 2005. p.14). Ou seja, é importante a integração dessas novas funções ao sistema de planejamento, que busca harmonia na qualificação espacial urbana.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/771600/the-milton-biasoldesign-studio
revividos, mas
revisitados, criando a consciência da intercomunidade da
Portanto tem-se por interesse auxiliar na salvaguarda
progresso da cidade. Segundo ALLIS (2006, apud MAMEDE, Imagens referentes ao Projeto de Restauro do The Milton / Biasol Desing Studio
cultura local. Através dele torna-se possível a busca pela
6. - CONCEITO E PARTIDO
Conceito/Partido
Para (CHOAY, 2001. p.58) “O distanciamento em
6. - CONCEITO E PARTIDO
relação aos edifícios do passado requer uma longa
êxito dos objetivos torna-se indispensável
aprendizagem, como uma duração que o saber não pode
Intervenção fundamentalmente ancorada no conceito e
abreviar e que é necessária para que a finalidade seja
princípios do restauro.
substituída pelo respeito”. No
entanto
enfatizar
o ato de
Para (BRANDI, 2013) o termo restauro em sua a
integridade, é a conduta da critica direcionada ao ato de
memória, descreve sobre a necessidade da conservação e a
exploração da obra de arte, referente a qualquer tipo de
Entretanto o ato de restaurar torna-se concebível por sua
pluralidade dos fatores que contribuem para a dificuldade de
intervenção propícia a transferir ao produto da atividade
exclusividade, “não com base nos procedimentos práticos
manter essa memória viva.
humana sua devida eficiência.
que caracterizam a restauração de fato, mas com base no
Sendo
ao
certa forma, enfraquecidos. É claro que essa conexão existencial das coisas é função do próprio conhecimento, e é o primeiro momento da ciência: com base nessa elaboração cientifica, as leis se estabelecem e se tornam possíveis as previsões. (BRANDI, 2013. p.44)
histórica e identidade cultural de um povo. Entretanto para
o
apresentada, esta na elaboração do projeto de revitalização
indispensável “o reconhecimento ou não da obra de arte
da Antiga Estação Ferroviária Jataí, que tem por intuito
como obra de arte” (BRANDI, 2013.p.28).
para
da
proposta
e
No entanto para qualquer intervenção de restauro é
estratégias
o conceito
monumento
ser
incentivar
assim
sobre
democratização
a
social
Todavia a restauração estará condicionada pela obra de arte, mesmo estando a obra de arte e a restauração
Assim o reconhecimento e qualidade da intervenção
patrimônio e estratégias políticas econômicas para a cidade
estarão rigorosamente ligados ao juízo de artisticidade
estará
de Luiz Antônio SP, visando melhorias para a questão da
mediante ao seu comportamento com a obra de arte. Sendo
considerando sua matéria e a bipolaridade em que se
ocupação urbana e para qualidade de vida da população,
apenas uma fase de qualificação complementar partilhada ao
contribuindo para o resgate da identidade arquitetônica e
ato de intervenção.
exposição,
contribuindo
assim
para
potencialização da dinâmica municipal. No entanto o êxito não contribui só para a preservação, mas também acarreta para a continuidade
nas
proposições
e
nas
Café, com diretrizes que apontem para a inserção do Departamento Municipal A primeira intervenção que deveremos considerar não será aquela direta sobre a própria matéria da obra, mas aquela voltada a assegurar as condições necessárias para que a espacialidade da obra não seja obstaculizada no seu afirmar-se dentro do espaço físico da existência. ( BRANDI, 2013. p.94)
procura respeitar o edifício existente,
adotando uma
aparência moderna, porem discreta. No entanto para melhor integração do edifício com o entorno, tem-se como solução primordial, a retirada dos
constituí a abra de arte.
estão a importância do ato de restaurar, pois o mesmo se Na base da nossa experiência, ou seja, em nosso quotidiano ser no mundo, está precisamente a exigência de reconhecer ligações que conectem entre si as coisas existentes e de reduzir ao mínimo ou eliminar as coisas inúteis, aquelas, em outras palavras, cujos nexos com a nossa existência são ou ignorados ou, de
insere
na
fase
metodológica
do
trabalho,
para
com a Estação Ferroviária, facilitando a interação do programa, provendo uma nova imagem não só para o edifício, mas para o entorno como um todo.
reconhecimento da obra de arte no seu âmbito físico, estético e histórico, visando seu legado para o futuro. Tendo por princípio se possível instaurar a potencialidade única da obra, sem adultera-la tanto na essência física como na histórica, mantendo toda a peculiaridade
adquirida em
da Cultura, nas proximidades da
área. O
Acervo,
tem
por
função
primordial
levar
a
conscientização patrimonial, possibilitando a democratização social de arquivos e documentos que auxiliem no resgate da identidade e memória de um povo. Esse espaço será destinado a difundir a cultura municipal, e sua valorização, trazendo conhecimento e entretenimento para a população e
O partido da proposta do projeto de intervenção
condições,
Portanto é na definição e nos princípios do termo que
preservação e valorização do patrimônio. Viabilizando de
arraigado
Histórico Cultural e Natural, As galerias de exposição e o
muros que cercam o edifício, e a construção de conexões
cultural; assegurando integração com ações que visam a
galerias
conectas pelo ato do reconhecimento, o reconhecimento
concreto aparente. Tais conexões irão incorporar o Acervo
Sendo assim
conceito da obra qualificação”. (BRANDI, 2013. p. 29).
do
através dele pontos de encontros, lazer e consumo, incluindo
transição no tempo.
Para tais conexões, será proposto um edifico em estrutura metálica, com vedações em vidro para melhor visibilidade
e
aproveitamento
da
iluminação
natural,
visitantes. O programa será integrado a galerias de exposição digital, exibindo acervo histórico, cultural e natural do município, incluindo a Estação Ecológica Jataí, Patrimônio Natural de estimado valor histórico cultural. Área privilegiada, com cerca de 6000ha de preservação ambiental as margens do rio Mogi-Guaçu, onde posteriormente escoava-se o café pelo Porto Jataí. O café, inserido com elemento complementar tem por objetivo proporcionar um espaço sofisticado e descontraído para encontros, beber, comer, ler e socializar.
incorporando assim a cidade ao interior do edifício; as
No entanto a materialidade do projeto busca
partes que necessitam de maior privacidade será em
influenciar a valorização história literária e arquitetônica, com
aplicações contemporâneas que transmitem sensação de fascínio e charme, porém sem perder a familiaridade com o
original,
harmoniosas
trabalhando entre
os
assim
com
elementos;
justaposições
com
intuito
de
proporcional um ambiente urbano e discreto, articulando um espaço acessível e dinâmico. Sendo assim as considerações primordiais para a proposta, está em manter as características do projeto original, honrando a história arquitetônica, preservando assim
a
plataforma.
alvenaria Os
externa,
forros
de
esquadrias, madeira
cobertura
serão
e
retirados,
evidenciando as tesouras de madeira que permaneceram aparentes, valorizando assim seu amplo pé direito. A pintura das paredes externas serão descascadas e removidas, revelando a legitimidade do projeto em tijolos vermelhos aparentes. A amplitude do terreno aponta para uma integração com o entorno, criando assim um calçadão, destinado para locação de feiras móvel e passeio. Projeto que visa contribuir para potencialização da dinâmica econômica, cultural e social do município.
Estudo preliminar
Nº total de ocupantes
Caracterização do espaço
Mobiliário/Equipamento
Área (m²)
Área total dos setores
Administração Sala Direção
1
4
Área pequena para Atendimento e Organização
Mesa para recepção, mesa do administrador, armários para arquivo, mobiliário de apoio para espera
25
25
Almoxarifado
1
2
10
10
Café
1
40
65
65
Sanitários
7
14
5
35
Pátio interativo
_
_
100
100
Acervo Interativo
_
_
100
100
Serviço
Comércio
O
C
ERA TIV
É F A
Espaço amplo com disposição de painéis expositivos , dotadas de assentos, e layout do gênero.
Expositores, Sofás, puffs, painéis digital
Equipamentos elétricos, mesas para preparo dos alimentos
20
20
Armário e um tanque
3
6
Louças sanitárias
5
10
6
6
Cozinha
1
4
Cozinha com equipamentos mínimos para preparação de alimentos básicos. Com boa ventilação.
DML
2
1
Espaço pequeno para armazenamento de materiais de limpeza
Sanitários
2
2
Com boa ventilação e iluminação. Dentro das normas de acessibilidade
Depósito
1
2
Copa
1
1
Feira
16
5
GALERIA Espaço pequeno para armazenamento
INT
Recreação
Local pequeno depositar mercadorias Armários para armazenamento Espaço amplo, público, conectado com o pátio Balcão de atendimento, 20 mesas 1 x1 m com 4 interativo, de fácil acesso para os usuários lugares, cadeiras Com boa ventilação e iluminação. Dentro das Louças sanitárias normas de acessibilidade Será aberto, responsável para as atividades Mobiliários urbano, arborização, equipamentos ao ar livre , as feiras. móvel
AC ERV O
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Convivência
Espaço/Uso
Armários para armazenamento
Espaço pequeno de apoio
1 pequena pia, cafeteira e bebedouro
3
3
Espaço destinado á feira livre e cultural
Pequenos galpões modulares
10
160 540
ORGANOGRAMA
QT.
Setores
O projeto ira incorporar o Acervo Histórico Cultural
LEGENDA
e Natural, as galerias de exposição e o Café, com diretrizes que apontem para a inserção do Departamento
Passeio Interativo
Municipal da Cultura, nas proximidades da área. O programa será integrado a galerias de exposição,
FLUXOGRAMA
O café, inserido como elemento complementar tem por objetivo
Administração
proporcionar um espaço sofisticado e
descontraído para encontros, beber, comer, ler e socializar. A amplitude do terreno aponta para uma integração com o entorno, sugerindo um trabalho paisagístico e a implantação de um calçadão na rua Paulista
Mun. Da Cultura
Expedicionários
Comércio Serviços Consumo e Permanência
com a Rua Tiradentes e parte da quadra a
esquerda em destaque.
Recreação
O calçadão será destinado para locação de feiras móvel e passeio.
Essa intervenção tem por finalidade
ressaltar a vocação comercial da área e
0
Paisagismo
10
20
40
melhorar a
disposição de tais equipamentos, cooperando para melhor organização e fluidez das Vias Ocupadas. (1)Antigo Escritório da CELPAV, terreno doado pela municipalidade (2)Antigo Núcleo de Educação ambiental — CELPAV (3)Edifício Habitacional CELPAV - Antiga casa do Caseiro Fotos: Priscila Fernandes
1
2
3
PLANO DE MASSAS
exibindo acervo histórico , cultura e natural do município.
Diretriz para Dep.
ESTUDO VOLUMÉTRICO
O Acervo será de estrutura metálica com fechamento em
indevidos ao redor da área de estudo, também a falta de
vidro, favorecendo sua visibilidade e iluminação natural,
estrutura e apoio para a exposição de trabalhos artesanais e
porém a área destina a sala administrativa e exposição
comercialização de diversos produtos. Assim a proposta
Digital será em concreto aparente para melhor atender o
segue acompanhada por um mobiliário urbano para atender
programa de necessidade.
essa falta de suporte, com a presença de módulos versáteis
Feira - Esse espaço surge
pela necessidade das ações
praticadas por parte da população que ocupa pontos
para contemplação e permanência. No entanto além de ser uma proposta socioeconômica e cultural, potencializa a
dinâmica municipal. Para melhor integração do entorno com o edifico será implantado um calçadão, priorizando assim a segurança do pedestre e melhor aproveitamento do espaço, tal intervenção coopera positivamente para redução do intenso fluxo de veículos e acidentes ocasionados no cruzamento da Rua Expedicionários Paulistas com a Avenida Independência.
ANTEPROJETO
O material adotado para revestimento é o Piso Drenante
contemplação e descanso, sendo os demais caminhos
contribuindo
e
revestido com piso Intertravado. No entanto para melhor
agradável, minimizando as “ilhas de calor”, garantindo quase
acessibilidade serão inseridas no calçadão faixas elevada
90% de absorção da água da chuva e reduzindo a poluição
para travessia de pedestres de acordo com a resolução 495
de fontes não pontuais. No entanto a indicação estética das
do CONTRAN, rampas de acessibilidade para calçadas e
cores sugeridas são para resgatar a identidade visual dos
conexões com o edifício de acordo com a NBR 9050/2004.
ladrilhos que compunham o revestimento interno da estação,
As demais áreas excedente aos caminhos de passei serão
hoje já degradado.
arborizadas,
para
um
ambiente
mais
sustentável
Os caminhos destinados ao acesso principal será de piso elevado de concreto protendido ampliando o espaço para passagem
e
proporcionado
espaços
dinâmicos
para
forrada
com
grama,
interagindo
com
a
paginação e com os mobiliários referentes á módulos de madeira que estarão dispostos sobre o pátio, contribuindo assim para um paisagismo harmonioso e descontraído.
O Ato de Demolir e Construir esta pautado na fase de
-
Memorial
Justificativo
12
8.1.
qualificação
3
1
/
complementar
partilhada
ao
ato
da
intervenção. No entanto as áreas do exterior á serem demolidas,
foram construídas em período após a
desativação da Estação Ferroviária, não partilhando das características arquitetônicas relevantes para conservação 6
Materialidade
e valorização, também a cobertura metálica improvisada
0
3
que tem atuado como barreira visual, desvalorizando o Edifício em estudo. Já as paredes do interior sofreram diversas alterações e não mantem nenhuma característica arquitetônica da época, possuindo diversos problemas de
2
trincas e infiltração, assim a demolição será pra melhor
A materialidade predominante do projeto será em Aço para
3. Sustentável e integrada ao meio ambiente 100% reciclável
4.
Destaques na área de construção civil
qualificação do espaço e aproveitamento do programa de
as estruturas e acabamento dos mobiliários, Vidro para as
4. Liberdade no projeto de arquitetura
5.
Proporciona interação entre ambientes
necessidades.
vedações
5. Permite elaboração de projetos arrojados, eficientes e de
6.
Garantem amplitude, leveza e visibilidade
7.
Sustentável, 100% reciclável, não gera resíduos na
função
priorizam maior privacidade. A madeira também ganha
expressão arquitetônica marcante.
conectar não só o espaço mas os edifícios entre si. Essa
relevância para os acabamentos de forro, piso interno e
6. Ganho de área útil
conexão será por meio do piso elevado de concreto
passeio Externo. No entanto para o Pátio Interativo e o
7. Flexibilidade
protendido, interagindo com o paisagismo á ser implantado.
Calçadão, serão aplicados Pisos Drenantes, onde a maior
8. Leveza
Os edifícios serão diferenciados por sua materialidade
porcentagem do terreno será forrada por grama.
9. Menor prazo de execução
No entanto as áreas á construir tem por
distinta , onde o metal o vidro e o concreto se contrapõe a madeira e o tijolo aparente. O vidro predomina, ampliando a relação entre os Anexo 2 - Almoxarifado
Anexo 1 - Banheiro
Anexo 3 - Recepção
Foto: Priscila Fernandes
Foto: Priscila Fernandes
Foto: Priscila Fernandes
e concreto aparente para os Anexos que
10.Redução em até 30% o custo das fundações.
8.
Melhor aproveitamento da luz natural reduzindo os
gastos com energia elétrica. Madeira Material nobre, que pode conferir aos ambientes sofisticação
Estrutura Metálica Marco da arquitetura industrial,
obra
transmite ideia de
Vidro
modernidade, inovação e vanguarda.
1.
Melhor aproveitamento do espaço
edifícios, quebrando as barreiras visuais, favorecendo assim
1. Custo X benefício
2.
Valoriza o ambiente e garante sua amplitude
a valorização visual da estação Ferroviária.
2. Limpeza na obra
3.
Versatilidade e beleza
ou rusticidade, mas em ambos os casos uma coisa é certa a madeira é sinônimo de aconchego. Pisos Laminados - Interno 1.
Instalação fácil e rápida
2.
Valor acessível
Pisos Drenante - Cimetícios
Dessa forma, é possível diminuir a necessidade de postes
3.
Vem com acabamento, dispensando aplicação de
1- Minimiza ilhas de calor
ou até deixá-los mais espaçados.
2- 90% de absorção da água da chuva
8. Capacidade de Drenagem
3- Fácil colocação
9. Tráfego facilitado para deficientes físicos e visuais
Piso intertravado
Grama esmeralda
1. Durabilidade
1. Drenante natural
Pisos Drenante
2. Diminuição da Temperatura
2. boa resistência a sombra, aridez e a solos alcalinos e
Os pisos drenantes têm se tornado uma eficaz alternativa
4. Ecológico e Rentável - pois não utiliza insumos como o
ácidos
em sustentabilidade para projetos que tenham área externa.
cimento no assentamento.
3. pouca necessidade de irrigação e fertilização
Além de deixar o ambiente bonito, os pisos drenantes têm a
5. Facilidade na instalação e reparos
4. possui ótima qualidade e exuberância de textura e
importante função de escoar a água para o solo.
6. Variedade de formatos e cores
preenchimento do gramado.
Indicado para fim estético, em áreas de passeio, como
7. Econômico – pois aumenta em até 30% a capacidade de
parques, calçadas e caminhos.
reflexão da luz melhorando a iluminação pública.
verniz ou cera. 4.
Evita ruídos
5.
Resistência á riscos
6.
Fácil limpeza e manutenção
160,66m²
16,30 m²
WC. PNE
Almoxarifado WC. PNE Contemplação WC. PNE masc. e 4,24m² 9,94 m² Permanência 4,78 m² 105,53 m² DML WC. PNE fem. 3,21 m²
2,15 m²
Cozinha 18,24 m²
Café
Depósito 5,77 m²
63,84 m²
Espaço para feira 9,78 m²
DML 3,86 m²
i= 3 8,3
IMPLANAÇÃO
QUADRO DE ÁREAS
Acervo
Sala de Adm.
4,78 m²
Copa
WC. masc. 5,84 m²
3,13 m²
TOTAL 575,17m ²
WC. fem. 5,84 m²
11
0 1,15
0,15
4
8
0,00
;;
D
C
i= 8,33
1,20
0,16
1,00 1,50
0,25
2,20
5 1,50
1,50
1,50 0,15
1,40
8
1
A
A
6 0,25
;;
4
1,50
1,50
2,20
0,25
2
7 1,46
1,46
0
2
PLANTA DE LAYOUT
1,50
B
B
9 8
10 1,50
1,30
0,25
4 2,00
3
1,70
1,70
1,40 0,25
C
D
1,00
0,16
16 ;;
32 ;;
64
ELEVAÇÕES
0
ELEVAÇÃO SUDESTE 0
ELEVAÇÃO NOROESTE
ELEVAÇÃO NORDESTE
0
1
1
2
2
1
2
4
4
4
ELEVAÇÃO SUDOESTE
0
1
2
4
CORTES 2,20
2,20
2,20
2,85 1,50
1,50
2,20 1,50
1,00
0,50
0,25
0,16
0,15
CORTE A
0
2,20
2,20
1
2,20
2
4
2,20
1,50
1
1,50
1,50
1,00
0,50
2
0,16
CORTE D
0,15 0
1
2
0,00 4
2,85
2,20
4
0,25
CORTE B
1,50
0
2,20
0,00
1,30
CORTE C
2,20 1,30
1,50
1,50
1,50
0
1
2
4
O projeto concebe o anexo, referido ao Acervo Histórico Cultural e Natural e incorpora o calçadão, que tem por finalidade ressaltar a vocação comercial da área e melhorar a disposição de tais equipamentos, cooperando para melhor organização, fluidez e integração com o entorno. No entanto para melhor fundamentação da intervenção com a integração, fica a proposta para detalhamento futuro dos mobiliários destinados ao Acervo Digital, a elaboração de mobiliário para feira com módulos flexíveis, o detalhamento e especificação da vegetação que compõe o paisagismo e que será mantido na área do Antigo Escritório da CELPAV que permanece em discussão com diretriz para locação do Departamento Municipal de Cultura. O conceito não contribui apenas para a preservação, mas também acarreta para a continuidade histórica e identidade cultural de um povo. O cerne do Conservação
trabalho
sucedeu
na
Revitalização
e
da Estação Ferroviária Jataí, marco referencial do importante período da chegada do progresso para economia e urbanização da cidade de Luiz Antônio. Assim as considerações primordiais para a proposta, está
em manter e resgatar as características do projeto original, honrando sua história arquitetônica. Tal êxito não esta apenas voltado para a revitalização e conservação do Patrimônio, mas busca por meio dele contribuir para potencialização da dinâmica econômica, cultural e social do município, viabilizando melhorias para a questão da ocupação urbana e para qualidade de vida da população.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Empreendimento do Projeto até o momento, outorgou para o Edifício Pré - existente a implantação do Café, espaço sofisticado e descontraído, integrado a galeria de exposição, elemento complementar para a revitalização do Patrimônio Histórico.
REFERÊNCIAS
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