Zumbi dos Palmares - Habitação Social e Autogestão P2

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PRISCILA FERNANDES DA SILVA Orient. Prof. MSc. MARIO ATTAB BRAGA

ZUMBI DOS PALMARES Habitação Social e Autogestão



ZUMBI DOS PALMARES

O

ANÁLISE URBANA

local atual do Zumbi distancia-se aproximadamente 7,5 quilômetros da sua antiga área. Os moradores do bairro Parque Olaria enfrenta dificuldades para acessar o

centro, já que a Rodovia Luiz de Queiroz funciona como uma barreira. Hoje, estando próximos aos

VISTAS DO ENTORNO

bairros Planalto do Sol e Cidade Nova, o acesso ao comércio e serviços torna-se mais fácil, as pessoas da comunidade estão mais próximas de seus trabalhos e de áreas educacionais.

ATUAL ACAMPAMENTO ZUMBI DOS PALMARES

SANTA FÉ PARQUE ZABANI

VISTA DA ÁREA

22

7,5 km

LOTE VAZIO

ANTIGO ACAMPAMENTO PARQUE OLARIA

ETEC JOSÉ DAGNONI

CECAP



ZUMBI DOS PALMARES

P

or conta do crescimento desordenado que o local vinha sofrendo nos últimos anos, em agosto

de 2013, uma determinação judicial proibiu novas ocupações na área. A Justiça determinou que

EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO

a Prefeitura colocasse cercas a fim de conter essas ocupações e, caso ocorressem, poderiam vir a ser removidas imediatamente. A liminar partiu de uma ação civil pública com o objetivo de impedir a expansão da invasão da área particular. Desde então, o Departamento de Assistência e Promoção Social do município tornou-se responsável pela fiscalização da favela. Inicialmente foi feito um levantamento da quantidade de novos barracos e a identificação de todas as famílias, já que esses dados estavam desatualizados. As visitas são feitas semanalmente pelas Assistentes Sociais, a fim de apurar principalmente a ocorrência dessas novas invasões. (ANEXO A)

IMAGEM GOOGLE MAPS - 2012

23

IMAGEM GOOGLE MAPS - 2013

IMAGEM GOOGLE MAPS - 2007

NÚMERO DE BARRACOS EM: JULHO DE 2005

FEVEREIRO DE 2006

MAIO DE 2007

MARÇO DE 2014

136

175

206

273

IMAGEM GOOGLE MAPS - 2014



ZUMBI DOS PALMARES ANÁLISE URBANA

Após visitas ao local, foram produzidos mapas com a situação atual da área para melhor entendimento do terreno e seu entorno direto.

HIERARQUIA VIÁRIA LOP E

S

BAIRROS VIZINHOS NOVA CONQUISTA

R.JO ÃO

SANTA FÉ

RUA

JOS

ÉG

ABR

IEL

DE

SSON

. DOD ICE B

ZABANI

LGOD

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M

ÃO

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DO SOL II

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RUA

N AV. A

DO A

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SO

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RUA

AR

R. CL

PLANALTO

SOU

ZA

PARQUE

PLANALTO DO SOL

CIDADE NOVA

O Zumbi dos Palmares faz divisa com os bairros Santa Fé, Cidade Nova, Planalto do Sol I e II. Está próximo também dos bairros Nova Conquista e Parque Zabani. O bairro Santa Fé surgiu para diminuir a demanda habitacional do próprio Zumbi, e está inserido numa área de ZEIS.

A favela Zumbi dos Palmares encontra-se com borda para a Av. Antônio Pedroso, via arterial com tráfego intenso de caminhões, carros e ônibus em direção à região central da cidade. Em frente à favela existe um ponto de ônibus que atende essa região, ligando-a ao centro. A outra face da favela faz margem com a Rua José Gabriel de Souza, via coletora que liga aos bairros vizinhos: Nova Conquista, Parque Zabani e Jardim Europa.

ARTERIAL COLETORA LOCAL ZUMBI DOS PALMARES

Outras vias importantes que se destacam é a Rua do Linho, a Rua Belém e a Rua do Algodão, vias coletoras, que interligam a região do Zumbi aos bairros Planalto do Sol e Cidade Nova (este último concentra grande quantidade de comércio e serviços que atende a demanda do próprio bairro e os demais).

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ZUMBI DOS PALMARES ANÁLISE URBANA

USO DO SOLO

OCUPAÇÃO DO SOLO

25

01 À 02 PAVIMENTOS 03 À 05 PAVIMENTOS VAZIO ZUMBI DOS PALMARES

O Gabarito das edificações é em sua maioria de 01 a 02 pavimentos nesta região, já que nos bairros próximos predominam o uso residencial. Nas áreas próximas a Rua do Linho, o gabarito passa a ter uma altura maior, por concentrar parte do uso comercial da região.

COMERCIAL

O uso do solo na região é predominantemente residencial. É uma área de uso misto, e os comércios e serviços concentram-se no eixo formado pela Rua do Linho e Rua do Algodão, que ligam ao centro do bairro Cidade Nova.

INSTITUCIONAL RESIDENCIAL VERDE/LAZER VAZIO ZUMBI DOS PALMARES



ZUMBI DOS PALMARES DIAGNÓSTICO SOCIAL

CRIANÇAS DO ZUMBI

A

pós o acordo entre a UNIMEP, o poder público e a Associação dos Moradores (AMOZUP) em 2008, para a doação das terras, não houve mais tentativas de despejo dessas pessoas pela Prefeitura. (ANEXO B) Desde então, a população que reside no Zumbi vive marginalizada. Além das péssimas condições de habitação, precisam lidar com a ausência de serviços de infraestrutura: seja pelas condições de segurança dos imóveis, frequentemente em risco de desmoronamento e incêndio; ou pelas condições insatisfatórias de salubridade, expondo os moradores

ao risco de contrair doenças. A precariedade também se manifesta na escassez da oferta de serviços públicos: falta de equipamentos de saúde, educação, cultura, lazer e transportes. Essas pessoas permanecem misturadas ao lixo e ao esgoto, entre a miséria e a violência. A população do Zumbi é mais vulnerável a diversas formas de exclusão e desrespeito ao princípio da dignidade humana. Não raramente, o local concentra taxas criminais, além de atividades relacionadas com o tráfico de drogas. Em visitas feitas ao local, os moradores listaram várias dificuldades que encontram no seu cotidiano: falta de acesso à alimentação, falta de documentação, falta de acesso à educação e saúde, falta de domicílio (por situações de desastres e calamidade pública), dificuldade para encontrar emprego, preconceito, falta de opções de cultura/lazer para as crianças e exclusão social. Esses fatores contribuem para o aumento da criminalidade no assentamento. É constante os problemas que surgem com o tráfico de drogas, assaltos, homicídios e prostituição. Isso faz com que cada vez mais o Zumbi seja deixado a margem, que sofra com a falta de interação do local com o resto da cidade.

CECAP ESCOLA ESTADUAL JADIR GUIMARÃES DE CASTRO EMEI PROF. VILMA MALUF MANTOVANI ETEC PROF. DR. JOSÉ DAGNONI ZUMBI DOS PALMARES

A comunidade, mesmo estando próxima a quatro centros educacionais, tem por sua vez um baixo número de alfabetização e frequência em aulas. A falta de incentivo e o acesso à criminalidade, faz com que a educação seja vista como uma segunda opção para as crianças e adolescentes da favela. MORADORES DO ZUMBI

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ZUMBI DOS PALMARES

E

m 2005, o Departamento de Assistência e Promoção Social por intermédio da equipe técnica, realizou o cadastramento das famílias que residiam no local no início da ocupação. Através desses dados foi possível identificar a origem dos moradores do Zumbi. A maioria das famílias eram da região, vindas de municípios vizinhos. Os que vieram de outros estados (Bahia, Ceará, Minas Gerais e Paraná) já estavam na região por algum tempo. Na época, as informações obtidas apontaram para um número aproximado de habitantes, 412 pessoas no total, divididos em 136 barracos.

DIAGNÓSTICO SOCIAL

DADOS DE OCUPAÇÃO SELAGEM DOS BARRACOS EM 29 DE AGOSTO DE 2013 CADASTRO ASSENTAMENTO REALIZADO EM 30 DE AGOSTO DE 2013

NÚMERO DE BARRACOS EM:

JULHO DE 2005

QUANTIDADE DE MORADOR POR BARRACOS

FEVEREIRO DE 2006 175

136 ESCOLARIDADE

QUANTIDADE

Ensino Fundamental (1ª a 4ª)

75

Ensino Fundamental (5ª a 8ª)

55

Ensino Médio

03

Ensino Especial - APAE

04

Educação Infantil

15

Total de Estudantes

152

MAIO DE 2007 206

MARÇO DE 2014

Nº DE MORADORES

TOTAL/AGOSTO/2013

TOTAL/FEVEREIRO/2014

01

45

40

02

69

63

03

71

66

04

70

68

05

18

18

06

12

12

07

05

05

08

02

02

10

01

01

293

275

273

Ainda em 2005, constatou-se que a maioria dos moradores do Zumbi possuíam um nível baixo de escolaridade – até a 4ª série do Ensino Fundamental. Esses índices refletiam na questão profissional: o trabalho informal era predominante, 63,22 % da população da época realizava algum tipo de trabalho sem vínculo empregatício. Outros 13,54% atuavam no trabalho formal, 5,80% recebiam da previdência social e 17,41 % estavam desempregados. As profissões variavam desde pedreiro, reciclador, doméstica, diarista, vendedor ambulante e costureira. A renda dessas pessoas estava na faixa de 0 a 3 salários mínimos.

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Em 2007, aconteceu uma atualização do cadastro e dos dados da favela. Com o novo levantamento, foi possível identificar pela faixa etária, a população residente na época. Já em agosto de 2013, por conta da Determinação Judicial para evitar novas invasões, foi preciso saber exatamente a quantidade de moradores que haviam em cada barraco, conforme tabela acima. FAIXA ETÁRIA (2007) CRIANÇAS DO ZUMBI

MORADORES DO ZUMBI

27

224

167

130

Até 1 ano 1 a 10 anos 11 a 20 anos 21 a 30 anos

164

14

31 a 59 anos Acima 60 anos

PESSOAS



ZUMBI DOS PALMARES

O

s barracos no Zumbi são construídos com sobras de madeirite e a cobertura é feita com telhas de fibrocimento. Moradores relataram que em épocas de chuva o risco de desabamento é iminente, principalmente pela força das enxurradas. Além disso, a água que invade as moradias leva esgoto e todo tipo de dejeto para o interior dos barracos.

INTERIOR DE UM BARRACO

Os moradores sorteados questionaram alguns pontos prometidos pela Administração e que não foram cumpridos no projeto. Dentre eles, destaca-se a questão do saneamento do local: a ausência de saída para água pluvial gerava constantemente problemas com falta de água. Outro ponto em evidência estava relacionado com a carência de áreas de lazer para as crianças. O plantio de mudas nas calçadas das 109 casas também entraram em questão, já que estavam previstas no projeto e até hoje não foram plantadas. As poucas árvores existentes no bairro são iniciativa dos próprios moradores.

MADEIRITE NOS BARRACOS

Em 2008, a Prefeitura iniciou um projeto de habitação destinado aos moradores do Zumbi dos Palmares. No novo espaço, bairro Santa Fé, foram construídas 109 casas. A entrega foi realizada por meio de sorteios e atendeu apenas uma pequena parte da comunidade. A conclusão da obra e a entrega das casas atrasaram por quase cinco anos, vindo a acontecer no final de 2012. Contudo, as novas moradias não solucionaram o problema habitacional existente: a saída das famílias contempladas abriu espaço para a instalação de outras famílias no local da favela.

CONSTRUÇÃO DO SANTA FÉ

DIAGNÓSTICO FUNDIÁRIO

CONSTRUÇÃO DO SANTA FÉ

28 BAIRRO SANTA FÉ, 2014

BAIRRO SANTA FÉ, 2014

No dia 13 de maio de 2014, a Câmara de Santa Bárbara aprovou um convênio entre a Prefeitura e a Cooperteto (Cooperativa Nacional de Habitação) no qual prevê a doação de uma área na favela Zumbi dos Palmares, para a construção de 150 unidades habitacionais destinadas aos moradores do local. A área, objeto da doação, tem 24.200 metros quadrados e é definida como Macrozona de Interesse Social. A previsão é que as obras comecem em seis meses e sejam concluídas em dois anos. (ANEXO C) A construção será realizada através da gestão de recursos do Fundo de Desenvolvimento Social – FDS e o Programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades. De acordo com a arquiteta da Cooperativa, Patrícia Fantini, está em negociação com a Caixa Econômica Federal a aquisição da área particular, que tem parte invadida pelos moradores. Se a negociação for possível, com o aumento da área pretendem atender toda a demanda do assentamento, os 273 barracos. Para uma das líderes da associação do assentamento, Sheila de Almeida Miranda Santos, o número de unidades habitacionais anunciadas não é suficiente para atender a todos: "Serão 150 casas, mas não é o suficiente. O mais certo é todo mundo ali ter casa, queremos casas para todos".



ZUMBI DOS PALMARES Através das visitas in loco e conversas com os moradores da favela, foi possível fazer um levantamento da infraestrutra existente na área:

DIAGNÓSTICO URBANO

PAVIMENTAÇÃO

EROSÃO As queimadas provocadas pelos moradores, para diminuir a quantidade de lixo e mato no local, retiram os nutrientes existentes no solo, tornando-o desprotegido e proporcionando as erosões. Isso contribui com os deslizamentos de terra, que acontecem principalmente nas épocas de muita chuva.

O assentamento não possui acesso por via asfáltica e não possui infraestrutura na testada do lote. As rua são de terra.

TENTATIVA DE PAVIMENTAÇÃO NA FAVELA

RUA DE TERRA DO ASSENTAMENTO

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QUEIMADAS NO ASSENTAMENTO

Em amarelo, destaca-se as principais ruas de terra do assentamento. Os eixos formados por essas ruas, são tentativas de tornar a favela permeável e possível de se conectar com os bairros vizinhos.

DESLIZAMENTOS DE TERRA

As próprias construções dos barracos na área, de forma desorganizada e em lugares inapropriados – terreno em declive –, contribuem para que a erosão aconteça. No Zumbi, a declividade do terreno segue em direção aos fundos do lote, com aproximadamente 8,5%.

B A

565 582

570

568 CORTE AA

393 m

585

576

575

443 m CORTE BB

PRINCIPAIS RUAS/ACESSOS DO ASSENTAMENTO

CORTE ESQUEMÁTICO - PERFIL DO TERRENO *Sem escala

TERRENO COM CURVAS DE NÍVEL

590 580

585



ZUMBI DOS PALMARES DIAGNÓSTICO URBANO

DRENAGEM A drenagem no assentamento é inexistente. Ela acontece de forma natural, seguindo a declividade em direção aos fundos da área, onde encontra-se rios e córregos. Destaque para o Córrego Barrocão, próximo à favela. 525 530 535 540

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS As famílias residentes na área utilizam energia elétrica através de ligação clandestina, procedente do poste de iluminação pública do bairro vizinho. Nas últimas eleições, foi instalado um poste no centro do assentamento, para atender os barracos. A falta de urbanização faz com que os moradores vivam em constante risco de incêndio, pelo fato das instalações elétricas serem irregulares.

545 550 555 560

CÓRREGO BARROCÃO

565 570

30

TRAÇADO PLUVIAL *Sem escala

575

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

590 580

585

LIGAÇÃO ELÉTRICA CLANDESTINA

LIGAÇÃO ELÉTRICA CLANDESTINA

A maioria dos barracos possuem água encanada, sendo proveniente de um ponto de água próximo à favela. A ligação é clandestina da rede pública com encanamento improvisado, feito com mangueiras.

LIGAÇÃO DE ÁGUA IMPROVISADA

LIGAÇÃO DE ÁGUA IMPROVISADA

POSTE INSERIDO NO ASSENTAMENTO

LIGAÇÃO ELÉTRICA CLANDESTINA



ZUMBI DOS PALMARES DIAGNÓSTICO URBANO

LIXO

ESGOTO Não existe nenhum tipo de coleta para o esgoto do assentamento. Moradores improvisam valas para desviá-lo até que chegue ao fundo da favela. As pessoas permanecem misturadas ao lixo e ao esgoto, o que acarreta a proliferação de epidemias e doenças detectadas nas crianças e também nos adultos que abrigam o local.

Existe grande acúmulo de lixo no local. As duas caçambas destinadas ao lixo no Zumbi, encontram-se sempre sobrecarregas. Isso faz com que esses resíduos fiquem em contato direto com o solo, tornando assim, grandes focos de contaminação.

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ESGOTO A CÉU ABERTO

VALAS IMPROVISADAS

VALAS IMPROVISADAS

ESGOTO A CÉU ABERTO

CAÇAMBAS SOBRECARREGADAS

ACÚMULO DE LIXO

CAÇAMBAS SOBRECARREGADAS

ACÚMULO DE LIXO



DIAGNÓSTICO GERAL

A

través de toda a pesquisa, as visitas à área, as análises feitas e as entrevistas com a população local, pode-se compreender melhor como a ocupação Zumbi dos Palmares foi formada. Entender o motivo pela qual a área foi ocupada, quais dinâmicas políticas e socioeconômicas a geraram e, mais que isso, quem são as pessoas que integram o local e como é a relação deles com o seu entorno. Desse modo, torna-se essencial proporcionar aos moradores do Zumbi melhores condições de vida e moradia; atenuar os riscos enfrentados dia após dia por essas pessoas e oferecer alternativas que vão além da criminalidade que conhecem. Todo o levantamento culminou no seguinte diagnóstico: 1. Precariedade Habitacional − péssimas condições de moradia 2. Inexistência de qualquer tipo de infraestrutura, saneamento e equipamentos. (Redes de eletricidade, iluminação e hidráulica, drenagem, saneamento) 3. Alto índice de lixo espalhado no assentamento e seu entorno. Nas áreas próximas da Avenida Pedroso e da Rua José Gabriel de Souza concentram maior acúmulo de lixo 4. Ausência de comércios na favela (são proibidos) e no entorno imediato. Os moradores precisam deslocar-se aos bairros vizinhos 5. Falta de acesso aos equipamentos de saúde. As pessoas sentem falta de uma Unidade Básica que atenda os moradores da favela e dos bairros próximos (Nova Conquista e Parque Zabani) 6. Vista privilegiada da cidade 7. Ausência de espaços de cultura e lazer, principalmente para as crianças

8. Preconceito e discriminação 9. Elevados índices de criminalidade e violência, principalmente relacionadas ao tráfico de drogas 10. Inexistência de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais 11. Rejeição da favela pelos bairros próximos e o restante da cidade

AUTOGESTÃO A proposta para resolver a carência habitacional na área do Zumbi pretende ser executada por meio da autogestão na construção e/ou administração do projeto. O conceito de autogestão é resultante de um longo processo de luta pelo direito à moradia e contribui para consolidar novas perspectivas no âmbito da indústria da construção civil. Para Bonduki (2011), autogestão na produção da moradia é um processo em que "os futuros moradores, organizados em associações ou cooperativas, administram a construção das unidades habitacionais em todos os seus aspectos”. Segundo Ferreira (2010), nos edifícios do segmento econômico verifica-se a tendência de reproduzir habitações em massa, sem levar em conta as características do morador. Por conta disso, a falta de envolvimento da população com o processo de construção das habitações, acentua a sensação de não pertencimento dos futuros moradores, dificultando o trabalho de pós-ocupação, tanto quanto ao uso interno das residências quanto ao uso dos espaços coletivos. Através da inserção desse conceito na construção do espaço urbano, abre-se a possibilidade de fazer com que as pessoas se apropriem do local que eles mesmos ajudaram a construir. Dessa forma, manter a relação de vizinhança e convívio existente na favela e ter como base a administração do espaço em que se vive, na qual o coletivo é responsabilidade de todos.

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

A

TIPOLOGIAS A 2 dormitórios 3 dormitórios 4 dormitórios 5 dormitórios

TIPOLOGIAS B 2 dormitórios 3 dormitórios 4 dormitórios 5 dormitórios

fachada

presenta-se a seguir, algumas referências de projetos habitacionais. Através da análise desses conjuntos, será destacado as características formais e de composição desses ambientes, como também a funcionalidade e a utilização pós-obra dos espaços e da arquitetura construídos.

primeiro pavimento

O conjunto habitacional da Malagueira foi desenvolvido na periferia de Évora, próximo a Lisboa. Está implantada numa área de 27 hectares, apresentando construções de dois pavimentos, e alta densidade, totalizando 1200 habitações.

térreo

QUINTA DA MALAGUEIRA

FICHA TÉCNICA As residências são do tipo Pátio, com planta em ‘L’. Há dois tipos similares de habitações, ambos construídos em um terreno de 8×11 metros, um com pátio de entrada, e o outro com pátio de fundos. Ambos apresentam terraços no segundo nível e podem ser combinados de várias maneiras, resultando em diferentes jogos de cheios e vazios. QUINTA DA MALAGUERIA - FACHADAS

O modelo para o desenho foi a malha urbana pre-existente do bairro. O projeto foi divido em vários grupos de habitações, implantados em diferentes ângulos, formando distintos bairros. Esses espaços em comum formam espaços públicos, utilizados para usos comunitários, lojas, estacionamento, recreação e a circulação de pedestres. As diferentes alturas, junto com a posição alternada dos pátios e terraços, resulta numa rica composição tridimensional. A construção segue a topografia existente, o que traz a cada casa uma identificação própria. As casas foram projetadas para permitir a construção de mais quartos, de acordo com as necessidades e possibilidades de cada família.

TIPOLOGIAS ACOMPANHAM O TERRENO

1973 27 ha

ano área do terreno

Habitacional

tipo de projeto status materialidade

Construído Blocos de concreto

número de habitação tempo de construção localização arquiteto

1200 20 anos Évora, Portugal Álvaro Siza

TIPOLOGIAS ACOMPANHAM O TERRENO

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS VILLA VERDE

QUINTA MONROY ETAPAS DE CONSTRUÇÃO

VILLA VERDE - INTERVENÇÃO

VILLA VERDE - ÁREAS CONVÍVIO

MONROY - INTERVENÇÃO

A

Propostas da Elemental, como o Conjunto Quinta Monroy e Villa Verde, visam projetos com o conceito de "meia casa bem feita", em contraposição a uma "casa inteira mal construída". As partes de maior responsabilidade da construção (fundações, estrutura, cobertura e instalações) devem ser feitas por empresas especializadas, desde o início. O acabamento do espaço e as ampliações podem ser feitas depois pelo morador, de forma muito facilitada. Os usuários precisam apenas colocar as novas vedações e esquadrias para ampliar. As casas tipo duplex é entregue com 25 a 30 m² de área útil, mas pode chegar a 70 m². Ao invés de olhar o problema da habitação como um gasto, o grupo o tratou como um tipo de investimento social. Garantir que a habitação, mesmo subsidiada, valorize-se a cada dia.

QUINTA MONROY - FACHADAS

No projeto do Monroy, a casa do primeiro piso podia ser ampliada sobre o solo, nas laterais e nos fundos. Já os apartamentos a partir do segundo piso tinham a possibilidade de construção nas laterais, verticalmente. Dessa forma, o projeto já prevê o cenário final da casa.

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FICHA TÉCNICA ELEMENTAL S.A. ano 2004 área do terreno 5000 m² área do construída 3500 m² tipo de projeto Habitação de Interesse Social empresa

status materialidade estrutura VILLA VERDE - ÁREAS CONVÍVIO

MONROY - ÁREAS CONVÍVIO

Construído Tijolo e Madeira Concreto

1200 Iquique, Chile localização arquitetos Alejandro Aravena, Tomás Cortese, Alfonso Montero, Emilio de la Cerda período de execução

POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO



REFERÊNCIAS PROJETUAIS COPROMO

COMPLEXO HABITACIONAL JPV

O

Copromo, é um Conjunto Habitacional localizado em Osasco, Grande São Paulo, desenvolvido pelo escritório Usina CTAH. A maior parte da obra foi realizada com a participação dos moradores através do mutirão autogerido, tornando a obra rápida e de custo reduzido. As unidades habitacionais possuem 67 m². Além dos espaços de convivência formados em cada andar, no projeto destaca-se o fato de que o próprio edifício conforma praças e áreas de convívio. Algumas são menores e mais íntimas, que atendem blocos específicos. E no conjunto todo, formam-se praças maiores, proporcionando uma relação de vizinhança entre os moradores das unidades.

N

o Uruguai, os conjuntos habitacionais realizados através do cooperativismo, especialmente pela FUCVAM (Federación Uruguaia de Cooperativas de Vivienda por Ajuda Mútua), estimularam a urbanização da cidade de Montevidéu, impulsionando a criação de bairros inteiros desde o fim da década de 1960. O projeto do Complexo João Pedro Varela é um dos pioneiros e mais importantes sobre mutirão, desenvolvido no início dos anos 70, em Montevidéu. A grande escala do projeto permitiu experiências com sistemas pré-fabricados de elementos em concreto.

ESPAÇOS CONVÍVIO

A estrutura urbana utilizada no projeto privilegia os acessos de pedestres e as áreas de convívio para os moradores. O acesso viário para chegar nas habitações é feito pelos fundos e não prejudica o eixo de circulação das pessoas.

ESPAÇO DE CONVÍVIO/PEDESTRE

35

ESPAÇOS CONVÍVIO

FICHA TÉCNICA ano

Usina CTAH 1992

ano da obra

1995 - 1997

área terreno

53.540 m² 243/m²

empresa COPROMO - VISTA AÉREA

custo tipo de projeto status estrutura

Habitação de Interesse Social Construído Perfis metálicos

materialidade

Blocos cerâmicos

1000 Osasco, São Paulo localização Mario Attab Braga, Fernando Nociti, José do Prado,Vladimir Benicasa, arquitetos Wagner Germano, Sérgio Mancini Gilberto Rizzi, João Lopes,

FACHADA DAS HABITAÇÕES ACESSO DE VEÍCULO PELOS FUNDOS

número de habitação

IMPLANTAÇÃO

ÁREAS DE CONVÍVIO

ÁREAS DE CONVÍVIO

BLOCOS ESPECÍFICOS

ENTRE EDIFÍCIOS

O Complexo Habitacional é dividido em 6 formas de organização no espaço: desde casas térreas até prédios com 4 pavimentos. O partido do projeto surgiu de premissas sociais (reforçar a relação de vizinhança entre as habitações), econômicas (possibilidade de construção com vários pavimentos sem o uso de elevador) e tecnológica (racionalização através da análise de custos divididos por diferentes tipos de organização das habitações)



PROPOSTA DIRETRIZES URBANAS Após a análise dos diagnósticos, propõe-se como Diretrizes Urbanas os seguintes pontos: 1. Melhoria da coleta de lixo no bairro, incluindo coleta de lixo seletivo e a distribuição de caçambas para o descarte adequado dos lixos recicláveis (Autogestão pelos próprios moradores) 2. Considerar e avaliar a área de influência imediata da edificação, as características topográficas locais e as redes de infraestrutura existentes 3. Identificar e detalhar em projeto os acessos principais e secundários de serviços, estacionamentos e calçamentos 4. Especificar materiais, métodos construtivos, sistemas estruturais e de instalações adequados às condições do local da implantação 5. O projeto de edificação deve utilizar de forma racional e planejada os recursos naturais como a água e a energia elétrica e preocupar-se com a destinação correta de seus resíduos e esgotos (Autogestão pelos moradores) 6. Criar algo conectado com o tecido, que se integre de maneira completa com os bairros do entorno, levando em conta a topografia e gabarito 7. Prever o aproveitamento da água da chuva 8. A posição das aberturas deve prever o recebimento e o melhor aproveitamento da luz solar 9. Adotar solução construtiva racional, elegendo sistemas de modulação 10. Quanto à escolha da área/ implantação no terreno: − Não ocupar áreas inundáveis ou de preservação permanente – APP e talvegue − Preservar os espaços de interesse ambiental, no entorno da área de projeto

DIRETRIZES ESPECÍFICAS DE PROJETO As Diretrizes Específicas de Projeto são:

1. O projeto deverá atender a demanda habitacional da favela: 273 famílias; 2. Elaboração de diferentes tipologias a fim de atender a diversidade de núcleos familiares existentes (solteiros, casal, casal com um ou mais filhos, casal de idosos); 3. O projeto prevê a construção de um edifício que abrigará a Gestão Condominial dos Moradores. Local para atividades de capacitação voltadas para o bem e manutenção do lugar. (Desde a gestão do lixo, tratamento de resíduos, esgoto, reparos; a fim de gerar empregos e fonte de renda); 4. Na área institucional, o projeto prevê uma Unidade Básica de Saúde para suprir o déficit existente; 5. Possibilidade de expansão da unidade habitacional; 6. Permeabilidade por entre as edificações; 7. Mistura de usos (residências, comércio e pequenos serviços); 8. Área de convívio entre as habitações; 9. Espaço de lazer com atividades para todas as idades; 10. Valorizar ventilação e iluminação natural; 11. Valorizar visuais; 12. Priorizar circulação de pedestres; 13. Área de estacionamento: 1 vaga para cada 3 unidades (ser opcional)

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PROPOSTA TERRENO O terreno escolhido para a implantação do projeto possui uma área de 74.000 m² e está enquadrado como Zona lindeira às ZEIS* existente. Uma parte da área abriga os barracos existentes, conforme imagem abaixo. A parte desocupada possibilita a relocação dos moradores, através da execução do projeto em diferentes fases de construção.

TERRENO PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO * § 16º - A Macrozona de Interesse Social - MISS, compreende áreas destinadas à implantação de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área em atendimento às políticas habitacionais do Município.

Lei Complementar nº 028 de Novembro de 2006

DIRETRIZES URBANÍSTICAS Lote mínimo (m²): sem limite Frente mínima (m): 5.00 m Gabarito de altura máximo (m): sem limite Recuo frontal mínimo (m): 5.00 m

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO PROJETO

02 37



PROPOSTA PROGRAMA DE NECESSIDADES Com base nas informações anteriores, foi produzido um Programa de Necessidades à ser atendido pelo projeto, descrito abaixo:

1. Residencial HIS: Área destinada à implantação das residências que atenderá a demanda habitacional da Favela Zumbi dos Palmares. Capacidade para produzir habitações a todas as 273 famílias presentes no local.

Para um primeiro estudo, levando em conta a resolução do diagnóstico urbano e as diretrizes, a gleba foi dividida em lotes menores. Foram criados 7 novos lotes, além de 03 novos eixos viários, interligando os lotes ao viário existente. No estudo, foi previsto uma área aproximada para cada tipo de serviço/função e um eixo verde que prioriza o pedestre.

2. Centro Comercial: Criado com a finalidade de atender um comércio de primeira necessidade (como uma padaria, farmácia, posto do correio, papelaria) 3. Gestão Condominial: Área destinada à implantação de um edifício que abrigará o espaço para gestão, feita pelos próprios moradores. 4. Unidade Básica de Saúde: Espaço com a finalidade de atender a população do Zumbi e os bairros vizinhos.

02 38

5. Playground: Área voltada para o lazer das Crianças. 6. Bicicletário: Área reservada para acomodar as bicicletas dos moradores. 7. Horta/Pomar: Área destinada ao cultivo, feito pelos moradores. 8. Centro Comunitário Espaço para realizar confraternizações, eventos. 9. Sanitários de uso coletivo: Sanitários nas áreas comuns. 10. Quadra Poliesportiva: Quadra para prática de esportes 11. Praças: Área de contemplação, descanso e integração entre os moradores

EIXO VERDE / PEDESTRE

Ao desenhar o traçado viário, levar em conta os eixos existentes na favela. Prolongar as ruas para a ligação entre os bairros e privilegiar a mobilidade interna (pedestres) do conjunto, bem como aos bairros vizinhos.

USO RESIDENCIAL

33310m²

USO INSTITUCIONAL

7920m²

USO COMERCIAL

4730m²

ÁREA VERDE/LAZER

18300m²

VIÁRIO

11010m²



PROPOSTA ESQUEMA CONCEITUAL

OESTE

LESTE

PRAÇAS DE VIZINHANÇA

39 02

EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS USO HABITACIONAL USO COMERCIAL USO INSTITUCIONAL ÁREA DE PRESERVAÇÃO VISUAIS IMPORTANTES PARA O ENTORNO

N

DIMENSIONAMENTOS:

DENSIDADE POPULACIONAL

Área do terreno: 74.000 m² Área estimada por unidade: 35 até 75 m²

Área líquida: 25.900 m² 273 famílias

2,59 hectares (ha) ~1092 pessoas

25.900 m²/273 famílias

94,2 m² /família

Área máxima de lote para cada família 1092 pessoas/2,59 ha

421, 62 hab/ha

94,2 m²



PARTIDO ARQUITETÔNICO PLANTAS TIPO

CONCEITO

O

s novos grupos domésticos existem, muitas vezes, em apenas certos períodos do ciclo de vida familiar, de maneira simultânea ou alternada. Levando em conta esses fator e diante da diversidade de núcleos familiares - solteiros, casais sem filhos, casais com 1 filho, casais com 2 ou mais filhos, casal de idosos - o projeto buscará corresponder essa flexibilidade do espaço da habitação e absorver essa transformação contínua.

ÁREA APROXIMADA POR TIPOLOGIA: 35 m²

50 m²

60 m²

75 m²

Considerando o lote escolhido, tomando como base as referências e os projetos estudados, levando em conta a topografia e o entorno da área analisada, pretende-se atender tanto a necessidade por moradia digna, quanto a possibilidade de promover relações e transformações sociais no urbano, através da arquitetura. Todos os espaços serão projetados de forma a garantir conforto aos moradores. Adensar e não verticalizar, a fim de promover a integração com a natureza do entorno e privilegiar a vista existente no local. Como nos conjuntos da Elemental, propor uma moradia na qual a construção possa ser adaptada/aumentada de acordo com cada família/morador. Inspirado nos espaços internos da implantação do Copromo, buscar inserir áreas de convívio, a fim de manter as relações estabelecidas na favela. Utilizar a ideia de "cheios e vazios" e aproveitar a topografia existente, como no Malagueira. E além disso, priorizar o pedestre propondo acessos alternativos para os veículos, coforme o Complexo Uruguaio JPV.

40 VOLUMETRIA

Inicialmente, será proposto 4 tipologias: A primeira, mais compacta e com ambientes integrados, para pessoas que moram sozinhas. A segunda, contará com 01 dormitório, para casais sem filhos. A terceira, com 02 dormitórios e a quarta tipologia, com 03 dormitórios. Assim, teremos um melhor aproveitamento das tipologias por família e a área das unidades pode variar de acordo com o tipo de planta. CROQUIS



PARTIDO ARQUITETテ年ICO

CROQUIS

41

CROQUIS



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONDUKI, Nabil. Origens da Habitação Social no Brasil: Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria. 6. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2011. 344p. BONDUKI, Nabil. Habitar São Paulo: Reflexões sobre a Gestão Urbana. 1. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2000. 167p. MARICATO, Erminia. Habitação e Cidade. 4. ed. São Paulo: Atual Editora, 1998. 79p. KEHL, Luis. Breve História das Favelas. 1. ed. São Paulo: Claridade, 2010. 112p. SACHS, Céline. São Paulo: Políticas Públicas e Habitação Popular. 1. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999. 280p. GORDILHO-SOUZA, Angela. Habitar Contemporâneo: Novas Questões no Brasil dos Anos 90. 1. ed. Salvador: EDUFBA / MAU/FAUFBA, 1997. 293p. FERREIRA, João Sette Whitaker (coord). Produzir Casas ou Construir Cidades? Desafios Para um Novo Brasil Urbano. 1. ed. São Paulo: FUPAM, 2012. 199p. MCCANN, Bryan. Hard Times in the Marvelous City: From Dictatorship to Democracy in the Favelas of Rio de Janeiro. (Kindle Edition). Durham, NC: Duke University Press Books, 2014. 256p. MOLTENI, Enrico. Álvaro Siza: Barrio de la Malagueira, Évora. 5. ed. Barcelona: Edicions UPC, 1997. 136p. FRENCH, Hilary. Vivienda Colectiva Paradigmática del Siglo XX. Plantas, Seccciones y Alzados. 1. ed. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2008. 239p.

LISTA DE SIGLAS: Anexo D LISTA DE IMAGENS: Anexo E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMPLEMENTAR : Anexo F

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Metodologia do Censo Demográfico 2010

FOTOGRAFIAS ZUMBI DOS PALMARES: Fotógrafo Ivan Moretti e Arquivo Pessoal

ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL- IPRS E IPVS

SCHNEIDER, Friederike (ed). Atlas de Plantas, Habitação. 1. ed. São Paulo: Editorial Gustavo Gili, 2006. 311p.

UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO 2014


UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO 2014


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