PROPOSTA DA HABITAÇÃO ESTUDANTIL PARA UNILESTE MG | PRISCILA CRUZ

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Priscila Vieira Cruz

PROPOSTA DE HABITAÇÃO ESTUDANTIL PARA UNILESTEMG

Coronel Fabriciano, 2015.


PRISCILA VIEIRA CRUZ

PROPOSTA DE HABITAÇÃO ESTUDANTIL PARA UNILESTEMG

Monografia apresentada ao Curso de Arquitetura de Ubanismo do Centro Univesitáio do Leste de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Arquiteto Urbanista. Orientador: Prof. Vinícius Ávila.

Coronel Fabriciano, 2015.


PRISCILA VIEIRA CRUZ

PROPOSTA DE HABITAÇÃO ESTUDANTIL PARA UNILESTEMG

Coronel Fabriciano, 2015

BANCA EXAMINADORA

Nome: Inscrição:

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DEDICATĂ“RIA

Com todo meu amor, para Lia Rodrigues da Cruz.


AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por me dar forças e por ter estado ao meu lado durante todos os anos de curso. Aos meus pais Gláucio e Marta por todo apoio e todo amor que foram fundamentais em todas etapas da minha vida. Vocês são demais. A minha família que sempre acreditou em mim e esteve ao meu lado nos momentos em que mais precisei. Agradeço aos meus amigos de longa data e também aos novos, aos que conquistei durante a graduação e a minha dupla durante todo esse processo. Ao meu orientador Vinícius Ávila por toda ajuda e compreensão, aos professores que me influenciaram a lutar por meus objetivos e defender sempre meu ponto de vista em relação a arquitetura, especialmente Amanda Machado, Kênia Barbosa e Roberto Caldeira.


“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.” Oscar Niemeyer


RESUMO O trabalho a seguir trata-se de de um estudo sobre habitação estudantil, contando um breve panorama histórico e o que se tem sido podruzido. Partindo do fato de que a explosão do ensino superior tem impulsionado cada vez mais a população brasileira a ingressar nas instituições, a cada ano que passa mais alunos migram de suas cidades procurando a universidade ideial, é muito comum os munícipios de pequeno porte não oferecerem instituição de ensino superior. Como estudo de caso, o trabalho visa a implantação de uma habitação estudantil no Centro Universitário do Leste de Minas (UnilesteMG). Visto que 15% dos estudantes do mesmo, são de munícipios que não fazem parte da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), onde a instituição está inserida. Muitos desses alunos tem interesse em morar próximo ao local de estudo, porém encontram dificuldades em achar o lugar ideial e de preço acessível. Palavras chave: Habitação Estudantil. Migração. Ensino Superior.


LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Cortiço | Rio de Janeiro, final do século XIX ...................................................... 16 Figura 2 - Cortiço | Rio de Janeiro, final do século XIX ...................................................... 16 Figura 3 – CRUSP – Habitação Criada em 1961 para Universidade de São Paulo (USP) .......................................................................................................................................... 22 Figura 4 – UNICAMP: Cidade Universitária ......................................................................... 23 Figura 5 – UNICAMP: Cidade Universitária | Vista Geral .................................................. 24 Figura 6 - Moradia Estudantil em Luzern – Suiça (2013)................................................... 26 Figura 7- Relaçao Habitação Estudantil x Entorno ............................................................ 27 Figura 8 - Relaçao Habitação Estudantil x Entorno ........................................................... 28 Figura 9 – Moradia Estudantil Grønneviksøren - Noruega ................................................ 29 Figura 10 – Moradia Estudantil Grønneviksøren | Prédios ................................................ 30 Figura 11 – Moradia Estudantil Grønneviksøren | Usuários .............................................. 30 Figura 12 - Corte Esquemático | Habitação Estuantil Paris ............................................... 31 Figura 13 - Fachada Moradia Estudantil | Paris, França (2014) ....................................... 32 Figura 14 – Implantação – Moradia Estudantil, Paris (2014) ............................................ 33 Figura 15 - Cartaz Seminário TCC1 ...................................................................................... 34 Figura 16 - Seminário | Nós o Povo da Casa Pequena...................................................... 35 Figura 17 - Projeto Vencendor do Concurso para Moradia Estudantil da Unifesp Osasco ....................................................................................................................................... 36 Figura 18 – Relaçao do bloco com seu entorno. ................................................................. 37 Figura 19 - Níveis do Terreno + Bloco .................................................................................. 37 Figura 20 – Entorno + Acessos .............................................................................................. 39 Figura 21 – Estudo do Terreno + Acessos ........................................................................... 40 Figura 22 – Relações do Terreno com o espaço público. ................................................. 41 Figura 23 – Tipos de quarto .................................................................................................... 42 Figura 24 – Técnicas Construtivas ........................................................................................ 43 Figura 25 - Moradia Estudantil | Alemanha .......................................................................... 44 Figura 26 - Implantação | Alemanha.......................................................................................... 45 Figura 27 – Implantação Volumétrica | Alemanha .............................................................. 45 Figura 28 - Ambiência | Alemanha ........................................................................................ 46 Figura 29 – Fachada Repúlica Cafofo | Estudo de Caso ................................................... 47 Figura 30 – Localização ......................................................................................................... 47 Figura 31 – Croqui esquemático Pav. Térreo (84m²) ......................................................... 49 Figura 32 - Garagem ................................................................................................................ 50 Figura 33 - Croqui esquemático do Pavimento 1 ................................................................ 51 Figura 34 - Varanda ................................................................................................................. 52 Figura 35 – Sala de Tv / Estudos........................................................................................... 53 Figura 36 - Sala de TV/ Estudos + Circulação..................................................................... 53 Figura 37 - Quarto 1 ................................................................................................................. 54 Figura 38 - Quarto 2 ................................................................................................................. 54 Figura 39 - Quarto 3 ................................................................................................................. 55 Figura 40 - Banheiro ................................................................................................................ 56 Figura 41 - Cozinha .................................................................................................................. 56


Figura 42 - Croqui esquemático do Pavimento 2 ................................................................ 57 Figura 43 - Terraço................................................................................................................... 58 Figura 44 - Terraço................................................................................................................... 58 Figura 45 - Área para implantação da Habitação Estudantil ............................................. 61 Figura 46 - Estudo Dos Condicionantes Ambientais ......................................................... 62 Figura 47 - Área de Interveção | UnilesteMG....................................................................... 63 Figura 48 - Área de Interveção | UnilesteMG....................................................................... 63


LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1– Crescimento do número de vagas e matrículas entre os anos 1991 a 2010;. ............................................................................................................... 18 Gráfico 2 - Número de Vagas de Ensino Superior para cada 100 Habitantes de 18 a 24 anos, por Unidade da Federação, 2000 e 2010 .................................. 18 Gráfico 3 - Relação das Migrações x Cidades (Alunos UNILESTEMG) ........... 20 Gráfico 4 - Cidade de Origem | República Cafofo ............................................ 48 Gráfico 5 - Respostas da pergunta 7 (Apêndice 1) .......................................... 60


SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 11 1.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................... 12 1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................... 12 2 DESENVOLVIMENTO........................................................................... 13 2.1 CONCEITOS.................................................................................... 13 2.1.1 ARQUITETURA..................................................................... 13 2.1.2 CORPO X ESPAÇO.............................................................. 14 2.2 CONTEXTO...................................................................................... 15 2.3 MIGRAÇÕES................................................................................... 16 3 HABITAÇÃO ESTUDANTIL BRASILEIRA............................................. 22 4 ARQUITETURAS CONTEMPORÂNEAS ESTUDANTIS....................... 26 5 OBRAS ANÁLOGAS.............................................................................. 34 5.1 – SEMINÁRIO TCC.......................................................................... 34 5.2 – OBRA ANÁLOGA 1....................................................................... 36 5.3 – OBRA ANÁLOGA 2....................................................................... 44 5.4 – ESTUDO DE CASO CORONEL FABRICIANO............................. 47 6 PROPOSTA TCC 2................................................................................ 60 7 CONCLUSÃO........................................................................................ 66 REFERÊNCIAS........................................................................................... 67 APÊNDICES................................................................................................ 70


1 INTRODUÇÃO A dissertação aborda o tema da habitação estudantil universitária, visando a implantação de um complexo de moradia no campus Unileste. Atualmente com os incentivos do governo, tais como SISU (Sistema de Seleção Unificado), PROUNI (Progama Universitário para Todos) e FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), tem aumentado a busca pelo ensino superior, assim como a demanda de Instituições de Ensino Superior em todo Brasil, tem crescido de forma positiva, como aponta o CNE (Conselho Nacional de Educação) a partir de sua lista de orgãos vinculados, disponíveis no site do MEC (Ministério da Educação). Com esse aumento, muitos estudantes sofrem o processo de migração quando vão se inserir em uma instituição de ensino superior, ainda mais aqueles que saem de munícipios menores em busca de uma universidae, como aponta Oliveira (2015). Existe uma certa precariedade em relação à moradias estudandis, visto que a maioria das instituiçoes que oferecem esse tipo de alojamento são as federais/estaduais. Aqueles que estudam em universidades privadas, geralmente buscam por repúblicas, apartamentos e kitnets, pois nem sempre a instituição escolhida oferece o alojamento, caso muito comum. A instituição de ensino que acolherá a proposta é o Unileste localizado na cidade de Coronel Fabriciano em Minas Gerais, já se encontra há 46 anos no mercado, é conhecida como uma instituição de tradição na região, que busca pelo desenvolvimento social, econômico e cultural do leste mineiro. Foi fundada em 1969 pela congressão de Padres do Trabalho. Hoje em dia conta com 24 cursos nas áreas de ciências sociais aplicadas, escola politécnica, educação e saúde. Como metodologia de pesquisa será feito, além do estudo de outros autores sobre o tema, uma entrevista com alunos que vem e voltam todo dia, de outros municipios que não fazem parte da RMVA (Região Metropolitana do Vale do Aço), somente para estudar e também aqueles que são de fora mas resolveram morar mais próximo a instituição. É de grande relevância esse estudo baseado no fato de que a cada ano que passa mais alunos ingressam no ensino superior, e como o UnilesteMG apartir

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de 2016 estará oferecendo novos cursos, acredita-se que aumente ainda mais a demanda de universitários, tantos os que são da região quanto os migrantes.

1.1 OBJETIVOS GERAIS O trabalho apresentando a seguir trata-se de um estudo sobre Habitação Estudantil,que tem como objetivo investigar sua origem no Brasil, seu uso, como tem sido produzido atualmente, a fim de propor a implantação de um modelo na instituição de ensino Unilestemg.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Estudar a evolução do morar/abrigar-se.

Estudar o processo migratório dos estudantes.

Entender o surgimento da moradia estudantil no Brasil e suas funções.

Entender

a

partir

de

obras

análogas

o

que

tem

sito

produzido/oferecido à esse público. 

Entender a partir do estudo de caso, como é morar em uma residência comum que foi adaptada a atender as necessidades dos estudantes.

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DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITOS 2.1.1 ARQUITETURA A arquitetura é uma das profissões mais antigas que se tem conhecimento, o homem sempre precisou de um abrigo, um local para se viver. Mas o que é arquitetura? A partir do texto de Elvan Silva, arquitetura é: A manifestação cultural, materializada na modificação intencional do ambiente, com o propósito de adequá-lo ao uso humano, através da produção de formas concretas habitáveis imóveis, caracterizadas por uma organização instrumental, uma configuração construtiva e um conteúdo estético. (SILVA,1994, p.100)

Elvan defende que a arquitetura vai além da estética convencional, a arquitetura é feita para o homem, para que esse habite e vivencie do espaço. O sentimento de pertencimento do homem, suas ações, memórias, hábitos, rotinas, sua vivência e sua habitabilidade é o que estimula a arquitetura. A arquiteutra não provém de um conjunto de larguras, comprimentos e alturas dos elementos construtivos que contêm o espaço, mas precisamente do vácuo, do espaço contido, do espaço interior em que os homens andam e vivem. (ZEVI,1918,p.18)

Em conformidade com Silva (1994), Zevi defende que a arquitetura é aquilo que é projetado para uso intencional do homem, sendo esse o principal motivo da arquitetura existir. Para ser arquitetura tem de haver espaço interior, por mais que esse seja vazio, a arquitetura tem de ser usada, causar um sentimento/sensação. Dessa forma fica concluído que arquitetura é aquilo que é feito para o homem, para que o mesmo habite, sinta-se confortável e aproprie-se do espaço, seja este uma casa, uma praça, uma ponte, um edifício ou uma instalação efêmera, é importante que haja um sentimento, que desperte uma sensação, que a pessoa pertença ao espaço mesmo que seja por pouco tempo. O habitar segundo o dicioário online Michaelis (2015) consiste no ato residir, morar, viver em, se todas essas ações envolve um corpo, uma pessoae suas ações é preciso enteder a relação dessa com o espaço.

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2.1.2 CORPO X ESPAÇO É importante saber a relação entre o corpo x espaço, já que a arquitetura é produzida pro homem. “Obviamente, as relações entre os corpos humanos no espaço é que determinam suas reações mútuas, como se vêem e se ouvem, como se tocam ou se distanciam.” (SENNETT, 1997, p.17) O autor defende a ideia de que o corpo humano tem suas ações influenciadas através do espaço. De acordo com o dicionário online Michaelis (2015) “Corpo tudo o que tem extensão e forma. A estrutura física do homem ou do animal”. Através do corpo temos acesso as sensações, aos sentidos, ao toque. Baseado nesse conceito e no que o filósofo Mearleu-Ponty (1999) defendia sobre a ideia do corpo - o mesmo afirmava que o homem é corporalmente inserido no mundo, pois através do próprio corpo é que é possível se envolver com outras pessoas, com a natureza e com outras culturas, fica entendido que o corpo é um fator de grande importância, se não o mais importante ao se criar um espaço e a vivência do homem no mesmo, pois o corpo é abrigo da alma e a arquitetura é o abrigo do corpo. Para Mearleu o corpo é um espaço expressivo, devido ao fato de não ser somente uma capa exterior do ser, mas sim a sua própria expressão. Ao definir espaço, o dicionário online Michaelis (2015) diz que é a “extensão tridimensional ilimitada ou infinitamente grande, que contém todos os seres e coisas e é campo de todos os eventos”. Yi-Fun Tuan em seu livro Espaço e Lugar – A perscpectiva da Experiência diz que o espaço é experimentado quando há lugar para se mover. “O espaço assume uma organização coordenada rudimentar centrada no eu, que se move e direciona.” (TUAN, 1983, p. 13). O lugar se torna espaço quando tem a vivência do homem. Concluí-se assim que a relação entre corpo x espaço basea-se na vivência do homem no meio, na percepção do corpo com o espaço em que se apropria: [...]meu corpo não percebe, mas está como que construído em torno da percepção que se patenteia através dele: por todo seu arranjo

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interno, por seus circuitos sensori-motores, pelas vias de retorno que controlam e relançam os movimentos, ele se prepara, por assim dizer, para uma percepção de si, mesmo se nunca é ele que ele próprio percebe ou ele quem percebe. Antes da ciência do corpo – que implica a relação com outrem – a experiência de minha carne como ganga de minha percepção ensinou-me que a percepção não nasce em qualquer outro lugar, mas emerge no recesso de um corpo (PONTY, 1994, p.21)

2.2 – CONTEXTO Desde os primeiros tempos, o homem tem a necessidade de se abrigar, se proteger de predadores e do clima. Segundo Yopanan Rebello e Maria Amélia D’Azevedo Leite essa necessidade resultou naquilo que chamamos de habitação ou moradia hoje em dia. Ver figura 1. O morar, hábito humano imemorial, encontra sua definição nos dicionários como o ato de permanecer ou de tardar em um lugar, sendo talvez a manifestação arquitetônica mais antiga e extensiva de que se tem notícia, bem como o artifício que possivelmente nos permitiu sobreviver frente aos desafios do meio, quando outros animais maiores em tamanho e capacidade física sucumbiram. (REBELLO e D’AZEVEDO, 2006, p.1)

A partir das mudanças das necessidades, os hábitos do homem, o padrão familiar, jornada laboral e o modo de morar e viver passaram e ainda passam por transformações, da mesma forma as edificações também sofrem mudanças. Dando uma avançada até o século XIX, com o adensamento das cidades e o crescimento da mesma de forma acelerada, devido ao processo de industrialização e urbanização, surgiram as primeiras habitações coletivas, eram essas chamadas de cortiços (ver figura 2). Estilo de habitação que sofreu grande preconceito, por ser associada á pobreza e situações precárias de vida e infraestrutura como aponta a autora Oliveira (2015).

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Figura 1 - Cortiço | Rio de Janeiro, final do século XIX

Fonte: Educa Terra, 2013 Figura 2 - Cortiço | Rio de Janeiro, final do século XIX

Fonte: Educa Terra, 2013

A medida com que os anos foram passando, a ideia/conceito/aceitação de cortiço foi mudando, visto que a classe média e alta começaram a ter interesse na ideia do morar no coletivo. Nesse momento o conceito sobre cortiço mudou e esse tipo de habitação passou a ser chamada de multifamiliar, devido ao processo de urbanização, era preciso verticalizar as cidades, afim de que houvevesse espaço para todos. 16


É certo que desde, seu início, as especulações a respeito das habitações coletivas partem da necessidade implícita na “metropolização” das cidades como resultado do processo de industrialização. É certo também que, em muitos casos, eram projetadas como “elemento modelo” de uma complexa estrutura urbana – vinculada às necessidades advindas da “era da máquina” (como, por exemplo, nos citados casos de Brasília e do projeto para a Bahia de Tóquio). (MEDRANO, 2005. p.24)

Dentro dessa ótica de crescimento, de urbanização, do desenvolvimento social/cultural da sociedade, é importante destacar a moradia coletiva estudantil. Com a criação da UNE (União Nacional dos Estudantes) no ano de 1973, estudantes de todo país puderam reivindicar por melhores condições das moradias estudantis, assistência, passe livre estudantil e questões políticas.

2.3 MIGRAÇÕES

O processo de migração é um fenômeno essencial para a modernização da sociedade dos países em desenvolvimento (OLIVEIRA, 2015, p.3) defende a professora Márcia Maria Gonçalves de Oliveira em seu artigo sobre migração estudantil. A migração consiste em todo movimento populacional, o ato de estar saindo ou entrando em uma cidade, estado, país ou continente. Segundo o censo do IBGE de 2010, cerca de 34,5% da população, não residia no munícipio de origem (no qual nasceu). Também tem-se como dado que no sudeste 8,5% dos estudantes deslocavam-se do seu município para estudar, em média 2 milhões de alunos.Ver quadro 1. Quadro 1 – Pessoas que frenquentavam escola ou creche por Estado.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

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De acordo o INEP, entre os anos de 2000 e 2010, acelerou o número de vagas do ensino superior no Brasil (ver gráfico 1 e 2), fazendo com que o número de matrículas subissem de 2,69 milhões nos anos 2000 para 5,45 milhões em 2010. O ensino superior passou a ser mais acessível aos cidadãos brasileiros, ainda mais depois que instituições privadas passaram a receber incentivos fiscais do governo se destinassem cerca de um décimo de suas vagas gratuitamente ou com descontos a estudantes de baixa renda. (Fonte: The Economist-The Mortarboard Boom, 2013) Gráfico 1– Crescimento do número de vagas e matrículas entre os anos 1991 a 2010

Fonte: INEP/MEC – Sinopse da Educação Superior

Gráfico 2 - Número de Vagas de Ensino Superior para cada 100 Habitantes de 18 a 24 anos, por Unidade da Federação, 2000 e 2010

Fonte: INEP/MEC Sinopse da Educação Superior, Censo IBGE

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De acordo com Barufi (2015), a evolução do nível educacional de um país

coloca-se como um elemento essencial na promoção de seu

desenvolvimento, ou seja os avanços na educação possuem uma relação com o aumento da produtividade. Devido a esse crescimento no acessso as universidades, o processo de migração estudantil vem crescendo a cada ano que passa. Como forma de incentivo o governo brasileiro criou progamas estudantis que facilitam a ingressão da população à universidade de ensino superior, tais como: SISU (Sistema de Seleção Unificado), PROUNI (Progama Universitário para Todos) e FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), aponta o MEC (Ministério da Educação). Na instituição de ensino UnilesteMG (Centro Universitário do Leste de Minas) localizado no municipio de Coronel Fabriciano, segundo o gerente de marketing Alexandre Guerra Fabri: Aproximadamente 85% dos alunos que entram no Unileste moram nas 3 principais cidades da RMVA. Portanto, 15% são de fora. Boa parte deles, porém, com o passar do tempo, estabelecem residência em uma das cidades. Esse número é volátil. Depende do processo seletivo, com uma incidência maior no final do ano que nos meses de julho. E depende do composto de cursos, como, por exemplo, agora, com o lançamento do curso de Odontologia, estamos experimentando uma influência maior das cidades da região, mais que até então. Os números do próximo processo seletivo apontam para algo em torno de 25% de alunos de outras cidades fora da RMVA. Mas, ressalto, boa parte deles irão se mudar antes da conclusão do curso. (FABRI, 2015)

Foi realizada uma pesquisa (ver apêndice 1) nos grupos da faculdade, através do facebook, com 35 alunos em média, alunos que moram fora da RMVA (Região Metropolitana do Vale do Aço) e aqueles que são de fora, mas já se mudaram para residir mais próximo a instituição. A cidade que mais

tem

deslocamento

estudantil

entrevistados). Ver gráfico 3.

19

foi

João

Monlevade

(42,8%

dos


Gráfico 3 - Relação das Migrações x Cidades (Alunos UNILESTEMG)

João Monlevade Itabira Nova Era Caratinga Rio Piracicaba Alvinópolis Antônio Dias Barra do Cuieté Belo Oriente Divinolândia de Minas Guanhães Inhapim

Fonte: Autora.

Os alunos entrevistados tem em média de 18 a 27 anos. A maioria dos entrevistados são do sexo feminino (71,4%). Dos 35 alunos, 17 (48,5%) já se mudaram para a RMVA, e o restante tem interesse em morar mais próximo, mas devido a falta de moradia num preço acessível ou a falta de opção para alugar, impede que muitos venham. Os principais motivos do deslocamento é a falta de instituição de ensino em seus municípios, ou a falta do curso escolhido, quando o munícipio tem a instituição. Aqueles que já se mudaram segundo a entrevista gastam em média de R$350,00 a R$1500,00, dependendo da localização do imóvel alugado, custos com transportes e alimentação. Na entrevista foi perguntado aos alunos a seguinte questão: “Se a unileste oferecesse alojamento à um preço acessível, você moraria nele?”. A pergunta cabia tanto a quem já mudou e a quem não, 80% dos entrevistados responderam que mudariam, 20% não. É notável a necessidade dos alunos de terem acesso a uma casa estudantil que seja projetada e pensanda em suas ações, hábitos e rotinas. O que é mais encontrado na RMVA, pode-se perceber 20


através do questionanento, são que as casas alugadas pelos alunos, são adequadas as funções do mesmo, visto que são residências comuns que se transformam em moradia estudantil temporária.

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3 HABITAÇÃO ESTUDANTIL BRASILEIRA

Nos dias atuais o Brasil conta com cerca de 115 casas estudantis espalhadas ao longo de seu território, (VILELA, 2002, pag 6). Nas mais diversas formas, tamanhos e estilos. A primeira delas segundo Perroni e Regino (2009), surgiu por volta de 1850 e 1860, no século XIX, em Minas Gerais, para abrigar os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais, em Ouro Preto. Durante a ditadura, governo de Getúlio Vargas (1930/1945) as residências universitárias começaram a ter uma maior demanda no país, na época ficaram conhecidas como cidades universitárias, como descreveu Indriunas, “alojamentos próprios para a fixação de docentes e discentes que ingressavam nas recém-nascidas universidades brasileiras”. Ver figuras 3 e 4. Como afirma a autora Fossalussa (2015), as residências estudantis foram de grande importância no processo de resistência do movimento estudantil, visto que nesses abrigos ocorriam reuniões, articulações e políticas estudantis contra o comando militar.“A partir da década de 60, as moradias passaram a receber com mais frequência uma parcela significativa de universitários saídos das cidades do interior, a maioria de baixa renda e especificamente naquele período, dispostos ao confronto.” (FOSSALUSSA, 2012,p.26)

Figura 3 – CRUSP – Habitação Criada em 1961 para Universidade de São Paulo (USP)

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Fonte: Site da USP – http://usplivre.org.br

No país, todas as 55 universidades federais, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), dispõem de residências estudantis. Algumas instituições estaduais também oferecem dormitórios – caso da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo - ou dão bolsa de auxílio à moradia, caso da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Nos dois casos, as residências são gratuitas e o aluno que consegue uma vaga não tem custos com aluguel, condomínio, água, energia elétrica e gás.Algumas universidades particulares, especialmente as católicas, mantêm casas estudantis para seus alunos. Neste caso, o estudante paga à instituição pela vaga. (INDRIUNAS, p.2)

Figura 4 – UNICAMP: Cidade Universitária

Fonte: Nelson Kon

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Segundo os autores Montaner e Muxi (2013), em uma publicação para a revista vitruvius, a cidade universitária da Unicamp concluída em 1992, foi projetada pelo arquiteto Joan Villà com participação dos estudantes e de uma equipe de colaboradores. Foi de grande importância a participação dos alunos nas pautas de projeto da residênia estudantil, pois sabendo a necessidade dos mesmos, é mais propício a se produzir uma arquitetura eficiente e de bom aproveitamento. Ver figura 5. A residência estudantil da Unicamp, Universidade de Campinas (1992), foi construída sobre um terreno com ligeira inclinação e com grandes possibilidades ambientais. Ao mesmo tempo, se levou a termo um processo de participação com os estudantes que, em meados dos anos oitenta, haviam ocupado a universidade para reforçar suas reivindicações. Villà conseguiu unir os desejos que tinham os estudantes para as suas residências com a sua vontade como um arquiteto social de criar uma comunidade ao ar livre. Um sistema modular e escalonado permite criar residências compartilhadas para dois ou quatro estudantes, com três cômodos e um pátio de acesso ajardinado. (MONTANER,MUXI, 2013. p.1)

Figura 5 – UNICAMP: Cidade Universitária | Vista Geral

Fonte: Stepan Norair Chahinian

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Com a explosão do ensino superior e os incentivos do governo para impulsionar o acesso ás universidades, tais como PROUNI (Progama Universitário Para Todos), SISU (Sistema de Seleção Unificado) e FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), o número de matrículas tem aumentado de uma forma intensa, como apontou Nawate (2014). Para comportar toda essa demanda, visto que muitos alunos sofrem o processo de migração e nem todas universidades oferecem alojamento, muitos alunos precisam se adequar em residências comuns que são transformadas em repúblicas, como será mostrado num estudo de caso mais adiante. Uma habitação deve atender a princípios básicos como habitabilidade, salubridade e segurança. Assim, uma moradia estudantil deve possuir esses requisitos básicos, aliado a outras diferenciações de uma habitação unifamiliar ou coletiva. Trata-se de um abrigo provisório, não permanente. O usuário permanecerá na habitação apenas durante o período de estudos na universidade e seu vínculo com a moradia estará restrito a este determinado tempo. Deve ser projetada visando um público alvo constante - universitários - mas ainda assim deve garantir a individualidade de cada um. (FOSSALUSSA, 2015, p.24)

Fassalussa (2015) em seu artigo discute sobre o que é produzido para essa clase estudantil, e diz também que muito dos alunos que precisam habitar nesses espaços sofrem de uma carência econômica, o que dificulta a permanência do mesmo na instituição de ensino. A partir do texto da autora a interação entre o espaço e o usuário é um fator de grande importância tanto para o conforto do mesmo, quanto para a saúde mental e física.

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4 – ARQUITETURAS CONTEMPORÂNEAS ESTUDANTIS Muito se discute sobre arquitetura contemporânea, o que é produzido atualmente, se ainda estamos presos ao modernismo ou pós-modernismo. A partir dessa dúvida, foi feita uma pesquisa sobre o que tem sido produzido no âmbito de habitações estudantis. A figura 6 trata-se de um projeto do arquitetos Durisch + Noli Architetti, localizado na Suíça, com uma área total de 2430,0m².

Figura 6 - Moradia Estudantil em Luzern – Suiça (2013)

Fonte: Archdaily – Walter Mair

O projeto foi desenvolvido numa área onde as residências seguem um padrão pequeno e um tanto quanto uniforme, o que levou os arquitetos a desenvolverem um projeto que fosse compatível ao seu entorno. Fator de grande importância segundo o arquiteto japônes Tadao Ando, em sua teoria sobre Novos Horizontes na Arquitetura (1991), é que a arquitetura contemporânea tenha esse papel de ser mais adptável ao seu entorno, é preciso levar em consideração os fatores climáticos e sociais do local onde se vai inserir uma arquitetura. Ver figuras 7 e 8. O tamanho do edifício estrutura-se para assumir os módulos habitacionais existentes no distrito: composto por prismas de

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aproximadamente 12x12 m, alinhados como peças de dominó. O elemento modular único é baseado no tamanho de um dormitório de aproximadamente 13 m², que também corresponde à estrutura construtiva do edifício. (ARCHDAILY, 2014) Figura 7- Relaçao Habitação Estudantil x Entorno

Fonte: Archdaily – Walter Mair

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Figura 8 - Relaçao Habitação Estudantil x Entorno

Fonte: Archdaily – Walter Mair

Além de respeitar o entorno, o projeto conta com o uso da cobertura verde, que é uma estratégia adotada pelos arquitetos afim de integrar a edificação com o parque natural da cidade. Um outro exemplo de arquitetura estudantil, é a obra do escritório 3RW Arkitekter - Moradia Estudantil Grønneviksøren, localizada em Bergen na Noruega, 2013. O projeto adota um conceito de sustentabilidade, segundo os dados do Archdaily (2015): 

As emissões totais de CO2 foram reduzidas em menos de 50% em relação as construções tradicionais.

Os apartamentos estudantis possuem baixo consumo de energia menos de 150 kWh/m²/ano;

Produção de unidades habitacionais de alta tecnologia, com todas as instalações técnicas instaladas de fábrica, produzidas na Noruega.

“Projeto Sem Carros”

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Pelo fato do projeto está inserido em uma área central em transformação, foi idealizado pelos arquitetos que a edificação tivesse uma conexão aberta e visual para com seu entorno, ver figura 9, 10 e 11. Os apartamentos estudantis Grønneviksøren estão localizados em uma área de transformação na periferia do núcleo da cidade de Bergen. Para garantir ao projeto uma conexão global, clara e aberta com o entorno, a estrutura de apartamentos é dividida em dois blocos separados (quadras) que consistem em 16 edifícios diferentes. Os blocos permitem o acesso livre aos os pátios verdes que servem aos apartamentos e ao público. O complexo oferece 704 unidades pequenas para uma renda acessível. As unidades são módulos préfabricados, tudo sai da fábrica para o terreno. Hoje, cerca de 730 alunos residem nas unidades individuais, duplas, coletivas e familiares.(ARCHDAILY, 2015)

Figura 9 – Moradia Estudantil Grønneviksøren - Noruega

Fonte: Archdaily – Cecilie Bannow

29


Figura 10 – Moradia Estudantil Grønneviksøren | Prédios

Fonte: Archdaily – Cecilie Bannow Figura 11 – Moradia Estudantil Grønneviksøren | Usuários

Fonte: Archdaily – Cecilie Bannow

30


Em

Paris,

na

França,

um

projeto

chama

atenção

pela

seu

aproveitamento de espaço, em um terreno triângular e suas estratégias para ventilação e iluminação natural. Desenvolvido pelo arquiteto Jacques Ripault, ano ano de 2014, o projeto trata-se de uma torre com dez pavimentos, onde suas estratégias foram. (ver figuras 12,13 e 14): Figura 12 - Corte Esquemático | Habitação Estuantil Paris

Fonte: Archdaily (..)os dormitórios são iluminados por pavimentos sucessivos, deslocados lateralmente ao extrair os pisos que abrem as laterais ou frontais para estúdios dos estudantes. Os dormitórios seguem a circulação com distribuição de inflexão em diferentes níveis. São traçados como móveis integradores. Na cobertura há um grande refeitório e um mirante com vistas para a cidade. O conjunto é ventilado de norte a sul através das aberturas. (ARCHDAILY, 2015)

31


Figura 13 - Fachada Moradia Estudantil | Paris, França (2014)

Fonte: Archdaily – Patrick Müller

32


Figura 14 – Implantação – Moradia Estudantil, Paris (2014)

Fonte: Archdaily

É perceptível que as duas obras mostradas possuem em comum, a questão do respeito pelo seu entorno, visam por um aproveitamento de espaço, os projetos foram pensados no morar coletivo, tem-se todo cuidado tanto com os espaços privados e ainda mais com os comuns, que é onde acontece maior parte da intereração dos alunos. É de grande importância também as técnicas construtivas e o respeito pelos condicionantes ambientais. Os arquitetos demonstram que o projeto é pensado no uso que os estudantes farão do lugar, há essa preocupação com o corpo dentro do espaço, como será o convivío social, mas também como o espaço influenciará nas ações do mesmo.

33


5 OBRAS ANÁLOGAS

5.1 SEMINÁRIO Figura 15 - Cartaz Seminário TCC1

Foi apresentado no dia 30/09/2015, na sala E108, no UnilesteMG

o

documentário

chamado: Nós, o povo da casa pequena,

durante

o

evento

Congresso Politécnica e

26ª

Semana Integrada da Arquitetura e Urbanismo, ao lado o cartaz de divulgação

(figura

15).

O

seminário

contou

com

a

participação de cerca de 45 alunos, após a mostragem de alguns trechos do documentário, ocorreu um debate onde quem quisesse poderia dar sua opnião sobre o video mostrado.

Fonte: Autora

O documentário é uma realização independente feito por Kirsten Dirksen, e trata sobre o movimento alternativo Tiny House, que é a adesão do morar em pequenas e micro moradias. Criado em 2012, o documentário mostra a vida de alguns moradores dos E.U.A, que resolveram habitar o micro espaço, afim de levar uma vida mais econômica e mais simples. O princial objetivo do vídeo é mostrar que é possível viver bem e ter conforto em um espaço reduzido, que é possível transportar a moradia e que existem pessoas que querem abrir mão do capitalismo e viver de uma forma

34


mais simplória e sustentável. Essas são as ideias pregadas pelo movimento social Tiny House. Após o documentário foi feito um debate onde os alunos opniaram sobre esse novo morar, qua ainda é pouco utilizado no Brasil, ver figura 16. Alguns defenderam a ideia de que seria interessante a utilização dessa moradia transportável como uma segunda casa, que seria utilizada apenas em viagens e passeios. Outros questionaram se a moradia seria acessível a pessoas com necessidades especiais, nesse questionamento foi mostrado que mesmo em espaços mínimos é possível fazer um projeto de acordo com as necessidades de seu usuário, seja ela qual for, um bom profissional irá atender sua demanda. Figura 16 - Seminário | Nós o Povo da Casa Pequena

Fonte: Thays Lino - 2015

35


A partir do debate, ficou concluído que morar em espaço pequeno para os alunos, seria algo temporário e que só funcionaria se atendesse as principais necessidades e se fosse flexivel á mudanças.

5.2 OBRA ANÁLOGA 1: Projeto 44 - Primeiro lugar no concurso para Moradia Estudantil da Unifesp Osasco / Hereñú + Ferroni Arquitetos A obra análoga escolhida é um projeto ganhador do concurso púbico Moradia Estudantil da Unifesp Osasco, que ocorreu no ano de 2015. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Hereñú + Ferroni Arquitetos, localizado em São Paulo. Adotaram como estratégia de projeto a ideia de que o espaço para o estudante deve ser doméstico e acolhedor, que a arquitetura abrace seu intorno e faça uso de seus vazio, ver figura 17.

Figura 17 - Projeto Vencendor do Concurso para Moradia Estudantil da Unifesp Osasco

FONTE: Archdaily, 2015 A organização das edificações do conjunto conformando um pátio apresentou-se como a mais coerente com as premissas urbanas adotadas além de possibilitar uma condição de “dupla fachada” dos programas de uso coletivo geral que podem dessa forma ativar tanto o pátio interno como a praça pública. A implantação da tipologia do bloco com pátio sobre a topografia acidentada permitiu o terraceamento da massa edificada, criando uma condição de múltiplos níveis junto ao chão (múltiplos térreos), uma série de terraços frequentáveis nas coberturas e uma grande diversidade de situações espaciais. (ARCHIDAILY, 2015)

36


Figura 18 – Relaçao do bloco com seu entorno.

Fonte: Archidaily, 2015.

Figura 19 - Níveis do Terreno + Bloco

FONTE: Archdaily, 2015

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O programa como um todo se resolve em oito níveis, no entanto a altura dos segmentos se limita a uma variação entre térreo +2 e térreo +4 pavimentos. Através desse uso do terreno, é possível ter acesso pleno em todo conjunto, esses sendo realizados através de dois elevadores, posicionados ás portarias e também as rampas tanto externas quanto internas que fazem a ligação entre o pátio e o alojamento, (ver figuras 18,19,20,21).

38


Figura 20 – Entorno + Acessos

FONTE: Archdaily, 2015

39


Figura 21 – Estudo do Terreno + Acessos

FONTE: Archdaily, 2015

40


Nos trechos que configuram o perímetro de contato com os espaços públicos (segmentos A/D/E/F), os pontos de contato com o chão abrigam os programas de uso coletivo geral que melhor aproveitam a condição de duplo acesso (interno e externo). Assim, se configuram tanto no pátio como na praça, “largos” que se vinculam a diferentes programas - largo do cineclube/teatro, da biblioteca comunitária, do ateliê comunitário, da academia e do salão multiuso. (HEREÑÚ + FERRONI ARQUITETOS, 2015)

Figura 22 – Relações do Terreno com o espaço público.

FONTE: Archdaily, 2015

Fica claro no projeto a importância e o cuidado que os arquitetos tiveram com o bem estar e a sociabilidade dos alunos que farão uso odo local, pois foi todo ele pensado na relação entre o corpo x espaço, a vivência do lugar e as relações pessoais e sociais dos mesmos. O projeto consta com 3 opções de quartos, que são: quarto individual (37 unidades), quarto compartilhado (36 unidades) e quarto família (25 unidades).

41


Figura 23 – Tipos de quarto

FONTE: Archdaily, 2015

A construção foi pensada a partir de uma lógica modular que propicia a adoção de níveis diversos de pré-fabricação e de pré-moldagem no canteiro, desde a estrutura aos fechamentos e elementos de mobiliário como nichos para armários e bancos. A modulação estrutural, com vãos relativamente reduzidos, permite a utilização de peças convencionais e econômicas de mercado. Essa lógica se aplica igualmente aos sistemas de vedação, que utilizam painéis e placas leves e padronizadas. A orientação adotada para as unidades, associada às condições de iluminação e ventilação naturais cruzadas e à técnicas de reuso de água e de captação de energia solar, fazem com que o conjunto possa apresentar altos índices de eficiência energética e de desempenho ambiental. (ARCHIDAILY, 2015)

42


Figura 24 – Técnicas Construtivas

FONTE: Archdaily, 2015

43


5.3 – OBRA ANÁLOGA 2: Moradia Estudantil e Conselho Boeselburg / Kresings GmbH. Desenvolvido pelo escritório alemão Kresings GmbH, o projeto de moradia estudantil do ano de 2014, segue um conceito de que o espaço deve trazer ao seu usuário um sentimento de

segurança e não de intimação.

Seguindo essa linha de raciocínio o projeto é formado por quatro blocos que apesar de suas semelhanças, não são iguais, tem as mesmas formas básicas, mas abrigam modulações diferentes. O projeto conta com um total de 535 residentes em um espaço de 18mil², ver figura 25 a 28.

Figura 25 - Moradia Estudantil | Alemanha

FONTE: Archdaily, 2014 Os blocos estão formulados de maneira sofisticada. Cada um deles é composto por quatro residências principais e quatro posteriores, criando assim ângulos, cantos e áreas abertas, assim como belas vistas diagonais para o pátio interior. A lateral principal da edificação, que leva aos principais caminhos, também varia em altura e, portanto, cria recortes ópticos do interior (pátio) e do espaço exterior (áreas públicas). (ARCHDAILY, 2014)

44


Figura 26 - Implantação | Alemanha

FONTE: Archdaily, 2014

Figura 27 – Implantação Volumétrica | Alemanha

FONTE: Archdaily, 2014

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Os quatro blocos formam quatro pátios interiores fechados; e aqui, também, parece bastante lógico para fazer uso da analogia com o bloco de construção clássico. Os blocos são tranquilos e intimistas, mas criam o espaço comunitário claramente definido e compartilhado. (ARCHDAILY, 2014)

Apontam como estratégia as cores usadas nas edificações, para os arquitetos envolvidos no projeto, elas trazem vivacidade, sensação de intimidade e simpatia: Os tons exuberantes e seu brilho intenso criam uma sensação de intimidade e simpatia. O vermelho é um vermelho tomate, o amarelo é um amarelo sol , o verde é um verde grama e a cor azul criada por Ives Klein lembra as pessoas de coisas como o céu, o mar, o sol e os países do sul. Combinado com quadros de cor branca que são irregularmente posicionados ao redor das janelas, cria-se uma corrente positiva de associações relaxada, liberal e aberta, que também é jovem e divertida. As nuances podem ser bastante diferentes em função das diferentes pessoas, mas a conexão de pensamentos é sempre positiva.(ARCHDAILY, 2014)

Figura 28 - Ambiência | Alemanha

FONTE: Archdaily, 2014

46


5.4 – ESTUDO DE CASO 1 : República Cafofo – Caladinho | Coronel Fabriciano – MG Figura 29 – Fachada Repúlica Cafofo | Estudo de Caso

U

L

Fonte: Google Maps

A República Cafofo está localizada no Bairro Caladinho, Coronel Fabriciano – MG, o local foi escolhido por ser muito próximo a instituição, cerca de 100 metros, como mostra a figura 30. Figura 30 – Localização LEGENDA: UnilesteMG República Cafofo Portaria – Guarita 2

47 Fonte: Google Maps.


A casa conta com cinco estudantes, todos estudam no horário da noite (19:00 as 22:35hrs), dos cinco, dois trabalham no horário da manhã/tarde, o restante ficam por conta dos estudos. Segundo os moradores, dois optaram por sair de casa devido a falta de instiuição de ensino em sua cidade de origem (ver gráfico 4) e o restante pelo fato e que a instituição de ensino de sua cidade não oferecem o curso que os mesmos optaram por fazer. Gráfico 4 - Cidade de Origem | República Cafofo

João Monlevade Divinolândia Santa Bárbara

Fonte: Autora

Antes dessa leva de alunos habitarem essa residência estudantil, outros alunos usaram desse espaço, a Cafofo foi criada no ano de 2004 por outros estudantes do UnilesteMG e desde então quando os formandos saem, outros estudantes ocupam suas vagas. A casa possuí três pavimentos, o primeiro é a garagem, o segundo a residência e o terceiro um terraço. Ao todo somam-se cerca de 288m². O pavimento térreo (ver figura 31 e 32) tem cerca de 84m² é uma garagem, onde todo acesso para a casa é através desse. Os moradores guardam carro, bicicletas, e alguns pertences que não são utilizados mais. A figura 29, mostra que são dois portões, porém o primeiro é utilizado pela casa vizinha, também como garagem, e o segundo é pertencente a Cafofo.

48


Figura 31 – Croqui esquemático Pav. Térreo (84m²)

Fonte: Autora LEGENDA Vizinhos. Espaço garagem do vizinho. Passeio. Acesso moradores.

49


Figura 32 - Garagem

Fonte: Autora

50


O pavimento 1, é composto por varanda, sala, banheiro, cozinha, áreas de circulação e quatro quartos (ver figuras: 35 a 41). São em média 108m², a residência ocupa uma área em média de 9mx 12m, ver figura 33. Como relata o morador Pedro, “ o que a casa tem de tamanho, ela perde em qualidade espacial”, o mesmo divide quarto com mais dois colegas, todos são da cidade de João Monlevade, então já se conheciam antes da formação da república.Para os moradores a casa atende bem em questão de tamanho, pelo fato dos espaços serem grandes, porém, a casa perde na distribuição dos comôdos, questões de ventilação e iluminação natural.

Figura 33 - Croqui esquemático do Pavimento 1

Fonte: Autora

51


LEGENDA: Vizinhos. Janela. Porta.

Figura 34 - Varanda

Fonte: Autora

A varanda (ver figura 34) é utilizada na casa como local de passagem e também é por onde os moradores atendem o chamado do portão, a casa não conta com um sistema de interfone ou campainha.

52


Figura 35 – Sala de Tv / Estudos

Fonte: Autora

Figura 36 - Sala de TV/ Estudos + Circulação

Fonte: Autora

53


Figura 37 - Quarto 1

Fonte: Autora Figura 38 - Quarto 2

Fonte: Autora

54


Figura 39 - Quarto 3

Fonte: Autora

N達o tem foto do quarto 4, pois o mesmo se encontrava trancado.

55


Figura 40 - Banheiro

Fonte: Autora

Figura 41 - Cozinha

Fonte: Autora

56


O pavimento 2, o terraço conta com em média 96m² e é onde os moradores lavam suas roupas, guardam alguns materiais e também é onde acontecem os eventos festivos da casa. Figura 42 - Croqui esquemático do Pavimento 2

Fonte: Autora LEGENDA Vizinhos. Meia parede (h=1,10m) Vão.

57


Figura 43 - Terraรงo

Fonte: Autora Figura 44 - Terraรงo

Fonte: Autora

58


O aluguel da casa gira em torno de R$ 700,00 , resultando assim num total de R$140,00 por morador, somando com as contas (energia, água, mercado, internet) sai em torno de R$350,00 pra cada. Segundo os moradores é um valor viável, mas se pudessem economizar mais seria ainda melhor, visto que ainda tem o valor das mensalidades da faculdade a incluir nesse orçamento. Depois de visitar a casa e conversar com os moradores, fica evidente que a casa não foi projetada para receber alunos, o espaço foi adequado na medida do possível para melhor atender as ações dos mesmo – visto que essa adequação foi feita por eles, como por exemplo a criação de um novo quarto (quarto 4) –

que basicamente são estudar, dormir, tomar banho, comer e

socializar uns com os outros.

59


6 PROPOSTA TCC 2 A partir desse estudo, das pesquisas e entrevistas, conclui-se que o Centro Universitário do Leste De Minas, poderia oferecer aos seus alunos a possibilidade de habitar o campus, ou seja, a proposta de TCC 2 consiste na implantação de uma habitação estudantil no Campus de Coronel Fabriciano. O fato da universidade oferecer ao aluno a opção de poder morar por um preço mais em conta dentro das depedências da instituição, atrairá ainda mais estudantes, as entrevistas realizadas (apêndice 1), mostraram que de 35 alunos, 80% morariam na faculdade e 20% não, conforme o gráfico 5. Gráfico 5 - Respostas da pergunta 7 (Apêndice 1)

Pergunta 7: SE A UNILESTE OFERECESSE ALOJAMENTO Á UM PREÇO ACESSÍVEL, VOCÊ MORARIA NELE?

Sim Não

Fonte: Autora

A UnilesteMG já está no mercado da educação por 46 anos, já foi eleita a melhor do Leste de Minas por mais de duas vezes. Por ser uma faculdade com reconhecimento na região, muitos alunos de fora tem o interesse de buscar os cursos oferecidos pela mesma. Com mais de 40 anos de tradição no Vale do Aço, o Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste) nasceu de uma proposta humanística de educação e aprimoramento profissional em

60


favor do desenvolvimento social, econômico e cultural do Leste de Minas.Fundada em 1969 pela Congregação Padres do Trabalho, a Instituição se desenvolveu até estabelecer-se como maior complexo educacional do Vale do Aço, parte de uma rede de instituições de ensino superior e colégios no Distrito Federal, no Estado do Tocantins e no Leste de Minas Gerais, mantidas pela União Brasiliense de Educação e Cultura (Ubec).(Fonte: http://www.unilestemg.br/instituicao)

O local escolhido para a implantação da habitação fica dentro do campus (ver figura 45), hoje em dia é utilizado para estacionamento de carros particulares e ônibus/vans/topics. Uma área com aproximadamente 36.779m², medição feita através do software Google Earth. Os condicionantes ambientais mostram que a maior parte da insolação ocorre na fachada frontal e lateral esquerda, conforme será mostrado na figura 46.

Figura 45 - Área para implantação da Habitação Estudantil

Fonte: Google Earth, 2015

61


Figura 46 - Estudo Dos Condicionantes Ambientais

Fonte: Autora

LEGENDA: Ensolação

Vento Dominante

Principal Fonte de Ruído

62


A área foi escolhida pelo fato de estar dentro dos limites da faculdade, pela proximidade com todos os blocos onde são fornecidos as aulas, por ser a área mais próxima e livre da portaria principal (ver figura 47 e 48). A faculdade esta inserida no bairro Caladinho – Coronel Fabriciano, um bairro que conta com diversos serviços em sua principal avenida (Av. Belo Horizonte), tais como supermercado, fármacias, padaria, restaurantes, posto de gasolina, papelarias, lotérica e várias lojas, ver quadro 2. Figura 47 - Área de Interveção | UnilesteMG

Fonte: Autora Figura 48 - Área de Interveção | UnilesteMG

Fonte: Autora

63


Quadro 2 - Distância entre equipamentos de necessidade e UnilesteMG

EQUIPAMENTOS:

DISTÂNCIA (km)

Bancos: Banco Santander (UnilesteMG)

0,03 km

Banco Brasil (Giovanini - Coronel Fabriciano)

2,4 km

Banco Bradesco (Centro - Coronel Fabriciano)

3,2 km

Caixa Econômica Fedeal (Centro - Coronel Fabriciano)

3,2 km

Banco Itaú (Centro - Coronel Fabriciano)

3,7 km

Centros Comerciais: Centro Coronel Fabriciano

3,4 km

Centro Ipatinga

12,7 km

Centro Timóteo

7,0 km

Hospitais: Hospital São Camilo (Coronel Fabriciano)

3 km

Hospital Unimed Vale do Aço (Coronel Fabriciano)

3,6 km

Hospital São Camilo/Vital Brasil (Timóteo)

6,9 km

Hospital Márcio Cunha (Ipatinga)

14,4 km

Mercados e Supermercados: Supermercado Bela Vista (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,4 km

Varejão Vitória (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,4 km

Varejão Silveira (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,5 km

Supermercado Irmãos Estevão (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,5 km

Odelote (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,8 km

Coelho Diniz (Centro - Coronel Fabriciano)

3 km

Bretas (Centro - Coronel Fabriciano)

3,6 km

Farmácias: Drogaria Bela Vista (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,4 km

Drogaria Oliveira (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,8 km

Drogaria Torres (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,8 km

Farmácia Indiana (Centro - Coronel Fabriciano)

3,6 km

Postos de Gasolina: Posto Gentil (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,1 km

Posto Auto Giro (Caladinho - Coronel Fabriciano)

0,1 km

Fonte: Autora

A proposta é que a habitação estudantil seja privada da Unileste, ou seja, será feita através dos recursos da mesma, ela terá o controle pelo prédio. Acredita-se que sirva como estratégia tanto de marketing, quanto para geração de lucro, pois quando os alunos souberem que além de estudar, poderão 64


contar com um lugar para morar, totalmente adpatado às necessidades estudantis e a um preço acessível, mais atraídos à ingressar na faculdade eles ficarão, principalmente aqueles que vem de cidades pequenas onde não possuem instituiçoes de ensino. Em relação a geração de lucro, acredita-se que pelo fato de nenhuma outra universidade da RMVA (Região Metropolitana do Vale do Aço) ofererer esse tipo de abrigo,

a UnilesteMG irá se destacar e inovar o mercado

estudantil atual nessa região. O quadro 3 mostra um breve plano de necessidades, foi pensado na possibilidade de abrigar 350 alunos. Quadro 3 - Plano de Necessidades | Proposta

AMBIENTES ÁREA PRIVADA: QUARTO DUPLO (quarto,banheiro,copa) QUARTO TRIPLO (quarto,banheiro,copa) ÁREA COMUM: COZINHA COLETIVA + REFEITÓRIO

POP.

USUÁRIOS

QUANT.

2

Estudantes/Moradores

100

3

Estudantes/Moradores

50

350

Estudantes/Moradores

1

SANITÁRIOS (FEM/MASC) SALA DE ESTUDO/INFORMÁTICA SALA DE JOGOS + ESTAR/CONVIVIO

100 150

Estudantes/Moradores/Visitas

SALÃO MULTIUSO/EVENTOS

300

Estudantes/Moradores/Visitas

PÁTIO

10

Estudantes/Moradores/Visitas Moradores

LIVRE

LIVRE

ESTACIONAMENTO

Moradores

Fonte: Autora

65

1 1 1 1


7 – CONCLUSÃO Concluí-se a partir dessa pesquisa que a moradia estudantil, é de grande importância para aqueles que passam pelo processo de migração. De acordo com as entrevistas realizadas, 80% dos alunos que não moram nos munícipios da RMVA, tem o interesse em se mudar pra próximo a instituição, ou já se mudaram. O que tem sido oferecido aos estudantes são residências familiares, que são adpatadas conforme as necessidades dos mesmo. No Vale do Aço não existe nenhuma Habitação Estudantil feita exclusivamente para ser um alojamento de estudantes,os alunos tem morado em casas, apartamentos e kitnets e se adaptam ao que o mercado oferece. Afim de continuar o desenvolvimento dessa pesquisa, o próximo passo é a elaboração de um projeto de moradia estudantil, implatado no UnilesteMG, visando acolher e atrair mais estudantes, tomando todo cuidado para que seja um espaço desenvolvido através das necessidades/uso dos mesmos, preocupando com a qualidade espacial e respeitando a individualidade de cada aluno, e visando que tenha preço acessível para a classe estudantil.

66


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69


APÊNDICE A - MODELO DE ENTREVISTA FEITA COM OS ALUNOS NOME: CURSO:

IDADE:

CIDADE DE ORIGEM: 1) QUANTAS HORAS VOCÊ GASTA DA SUA CIDADE ATÉ A INSTITUIÇÃO DE ENSINO UNILESTEMG? 2) JÁ PENSOU EM MORAR MAIS PERTO? ( ) SIM. ( ) NÃO. SE SIM, O QUE TE IMPEDE DE VIR ? ( ) CUSTOS. ( ) MEU TRABALHO. ( ) NÃO ENCONTREI LUGAR. ( ) JÁ ME MUDEI. ( ) OUTROS: 3) POR QUE VOCÊ OPTOU POR ESTUDAR EM UMA INSTITUIÇÃO QUE NÃO FIQUE NA SUA CIDADE? ( ) NÃO TEM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NA MINHA CIDADE. ( ) TEM INSTITUIÇÃO DE ENSINO MAS NÃO TEM O CURSO QUE EU FAÇO. ( )A INSTITUIÇÃO DA MINHA CIDADE NÃO OFERECE OS MESMOS RECURSOS QUE O UNILESTEMG. ( ) QUERIA SAIR DE CASA. ( ) OUTROS: 4) SE JÁ SE MUDOU, COMO FOI ENCONTRAR O LUGAR, ESSE ESPAÇO ATENDE DE FORMA EFICIENTE AS SUAS NECESSIDADES, MORA SOZINHO OU COM MAIS PESSOAS? ESTÁ SATISFEITO COM A ATUAL SITUAÇÃO? 5) EM MÉDIA EM QUANTO SE TOTALIZA SEUS CUSTOS COM A MORADIA OU COM O TRANSPORTE DIÁRIO DA SUA RESIDÊNCIA ATÉ A INSTITUIÇÃO? 6) COMO SERIA O ESPAÇO IDEAL PARA VOCÊ? ( ) GRANDE, COM BASTANTE ESPAÇO PARA EU MORAR E RECEBER MEUS AMIGOS. ( ) MÉDIO, ONDE CAIBA TUDO QUE PRECISO E AINDA SOBRE UM ESPACINHO LIVRE CASO EU PRECISE UM DIA. ( ) PEQUENO, ESPAÇO SUFICIENTE PARA EU MORAR E ESTUDAR SOMENTE. ( ) PEQUENO E BEM ARTICULADO, ONDE EU POSSA TER VÁRIAS OPÇÕES DE USO NUM ESPAÇO COMPACTO. 7)

SE A UNILESTE OFERECESSE ALOJAMENTO Á UM PREÇO ACESSÍVEL, VOCÊ MORARIA NELE? ( ) SIM ( ) NÃO

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