F turbana MATÉRIA ESPECIAL COM O FOTÓGRAFO RUI PALHA, INSPIRADO EM GÊNIOS DA FOTOGRAFIA COMO HENRY CARTIER-BRESSON, ELLIOT ERWITT E DOISNEAU
PAISAGENS URBANAS O MOMENTO DECISIVO análize de Henrique Ramos
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FOTURBANA LEIA DIVULGUE CONTRIBUA
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Revista Foturbana
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A GEOMETRIA DE GUSTAVO GOMES Fotógrafo de rua que engole seu café às sete e sai pela cidade em busca da imagem perfeita.
GUSTAVO DRAGUNSKIS Começou como um hobby e hoje lá está ele, fotografando países, ruas, mendigos, crianças e tudo que ele gosta.
ARTE NA RUA Repórter fotográfico Nario Barbosa, cria a série “Por aí...” com imagens captadas em Santo Andre.
LÁ FORA O lindo trabalho de Rui Palha que fotografa como passatempo desde os 14 anos.
INQUIETO Há 14 anos Walter reúne imagens de moradores de rua e capta o descaso do poder público.
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OPINIÃO Fotógrafo nas horas vagas desde 1999, faz uma análise de fotos urbanas, com base no livro do Michael Freeman.
FLAGRA Belas imagens que resultam de situações inesperadas e imprevisíveis.
PÉ NA ESTRADA Grupo Fotocultura, que promove saídas fotográficas gratuitas a cada 2 meses.
BEATRIZ MENDES ara alguns, é só lazer. Para outros um meio de transporte. Mas para Beatriz é um caminho que se chama LIBERDADE.
FEITO PARA LER Imagens do fotógrafo Andrews que recusam legendas.
CLICK DIFERENTE Uma técnica divertida e que pode ser feita até com o celular.
UM BRINDE Texto de Sergio A. Ulber.
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ed. 00 IMAGEM DE CAPA: Rui Palha ARTIGO: Henrique Ramos
Editorial
Por Priscilla Mendes É incrível como ideias e oportunidades podem gerar resultados surpreendentes. E muitas vezes quando menos se espera surge uma revista como esta, que envolve a palavra – SORTE, sorte por conseguir em um único sorteio o tema que se ama, por encontrar pessoas dispostas que colaboraram com o projeto e por poder incluir em um único trabalho, paixões que estavam “abandonadas”, a escrita e a imagem. Após alguns meses, tenho o enorme prazer em apresentar a revista Foturbana, que carrega a cada detalhe a minha personalidade, desde a escolha do gênero fotográfico que admiro como os detalhes no rodapé de cada página, que representam filmes antigos que fizeram parte da minha história, foram aposentados após a criação de máquinas digitais, mas que ao poucos estão retornando ao mercado com o surgimento de máquinas analógicas mais arrojadas como exemplo às Lomográficas.
COLABORADORES Henrique Ramos - Walter Antunes - Nario Barbosa - Yuri Bittar - Andrews - Ayrton Yamaguchi - Nicolas Santos Souza e Beatriz Mendes EXPEDIENTE Coordenador Geral: Priscilla Mendes Texto: Priscilla Mendes, Yuri Bittar, Henrique Ramos e Beatriz Mendes llustração: Priscilla Mendes Imagem de capa: Rui Palha EDITORA CRIAR São Paulo - Rio de Janeiro contato@editoracriar.com.br ISSN: 5892-5757 Após usar a estratégia de figura de linguagem, brinquei com os nomes Fotografia e Urbana e assim surgiu o nome da revista – Foturbana, um nome que representa um gênero fotográfico que não se limita em uma técnica e sofre modificações de acordo com o espaço, a sensibilidade e o olhar apurado de quem registra o momento, em um cenário cheio de cores, movimentos e pessoas.
Após o sorteio, poderia ter escolhido outro gênero, mas optei por fotografia urbana por ser uma técnica que tem como cenário o mundo, uma arte que sofre modificações de acordo com o espaço, a sensibilidade e o olhar apurado de quem registra o momento, afinal cada fotógrafo tem a sua peculiaridade e estes de forma indiscutível e muitas vezes com poucos recursos, conseguem dar voz ao que está mudo, beleza ao grotesco e atenção ao despercebido, por isso, separei um trecho do site Mistura Urbana, que descreve exatamente o meu ponto de vista e o objetivo da revista. “Viver na cidade, não basta. Eu quero é viver a cidade. Desvendar seus mistérios, respirar sua cultura, absorver sua gente. Aqui, o dia é minha inspiração; a noite, minha aliada. Transito livremente entre os dois, me aventuro. Estou aqui e estou ali. Não importa o lugar, não importa o tempo. Eu sou livre, tenho a cidade pra mim. Eu sou o que sou, e a cidade é testemunha. Cada cidade é, na verdade, um conjunto de cidades ocultas, com lugares conhecidos por poucos, escondidos entre os mais variados guetos, com suas belezas próprias e suas próprias formas de expressão”. É aí que a revista Foturbana entra, um espaço voltado para os fotógrafos amadores, entusiastas, profissionais e apaixonadas por um único cenário - AS RUAS.
A revista Foturbana é um projeto acadêmico criado durante o módulo III do curso de Comunicação Visual no Senac. Algumas matérias e fotos foram produzidas durante o projeto e as demais foram selecionadas de sites com foco em fotografia urbana, tendo como intuito divulgar imagens com viés artistico, reunindo o trabalho de dezenas de fotógrafos de diferentes cidades. Servindo como um acervo de referências para fotógrafos conceituados, iniciantes e amantes da Fotografia Urbana, a revista surje não apenas como um canal de informação, mas como um espaço de troca de experiências e de olhares diversos que registram a arte, onde ninguém as vê como “arte”.
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Bem vindo a revista Foturbana!
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www.revistafotografia.com.br
UM BRINDE “A eles e aos seus autores, que conseguem dar voz ao que está mudo, beleza ao grotesco ou atenção ao despercebido. “ por Sergio A. Ulber
Não existe coisa melhor do que registrar bons momentos e todo mundo tem um pouco de Voyeurs, somos todos voyeurs, gostamos de olhar, de observar, espiar... melhor ainda é ver com as mãos. A fotografia nos sacia esta vontade, em pequenas janelas vemos algo que não mais nos pertence, ou então o que nunca nos pertenceu, mas não importa, gostamos é de olhar; e isto nos transporta, como num livro bom, conforme lemos nos despertam sentimentos. Como bons voyeurs que somos, nossa imaginação é aguçada, damos à imagem movimento, vemos a continuidade do instante, ou então que teria acontecido antes, enxergamos uma cena opaca, um pouco esbranquiçada, enevoada. Mas vemos, e vemos além: sentimos, interpretamos, questionamos, discutimos, aprendemos. Existem histórias que para serem contadas basta uma imagem, como na literatura, quando não é necessário mais do que uma página para escrever um conto. Algumas pedem mais, exigem a construção e o desenvolvimento de uma narrativa, 100, 200, 500 páginas, 10, 20, 50 imagens. Um livro, um ensaio, uma história contada.
mília, de casamento, de redes sociais. Impressionante é quem consegue narrar para a massa, conquistar o público, plantar uma ideia, fotografar o novo, reinterpretar, inventar novos conceitos, mudar a cabeça de alguém utilizando somente imagens. A fotografia tem poderes precisamente funcionais quando bem utilizada, por isso, parabéns os autores, que conseguem dar voz ao que está mudo, beleza ao grotesco ou atenção ao despercebido. Aos que conseguem despertar em nós um sentimento, por meio da fotografia.
A narrativa fotográfica é tão comum que às vezes passa despercebida, esquecemos que está presente em álbuns de fa-
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Fotos: Gustavo Gomes Por: Matheus Chiaratti Site: www.vice.com
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GEOMETRIA DE GUSTAVO GOMES
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fotos do Gustavo encontram a luz e a cena se firma. “Intuição, sorte, antecipação” é a tríade de seu trabalho.
“A prática de fotografia de rua é muitas vezes cruel: raramente há uma segunda chance.”
Ele traça um caminho na cabeça e se deixa desviar por uma situação, uma luz, um fundo. É o som ao redor; ele nunca pede permissão, é rápido e instantâneo. As cenas que ele busca são corriqueiras – um cara acendendo um cigarro, uma padaria cristã. Luz e ação congelam transeuntes eternos na cidade de São Paulo.
ustavo é um fotógrafo de rua que engole seu café às sete e sai pela cidade para buscar a foto. Mas, como ele mesmo diz, se sai 15 segundos mais cedo ou 15 segundos mais tarde, pode já ter perdido o instante. Esse é o jogo.
O cara começou a fotografar em 2000 na faculdade de jornalismo. “É fotografia de amador”, diz, como quem vai arejar a cabeça procurando por cenas nas ruas, “é por diversão, fazer fotos que me agradam, vagabundear um pouco”. Mas aí, as
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Suas influências são os clássicos William Eggleston, Alex Webb, Gueorgui Pinkhassov e o brasileiro Carlos Moreira. Também gosta dos caras dos coleti-vos SelvaSP e Street-Photographers, dos quais participa.
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Visite o flick e confira o trabalho do Gustavo Gomes http://www.flickr.com/photos/gustavominas
“A prática de fotografia de rua é muitas vezes cruel: raramente há uma segunda chance.”
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USTAVO DRAGUNSKIS
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Por: Priscilla Mendes Fotos: Gustavo Dragunskis
GUSTAVO DRAGUNSKIS é um cara simples, técnico em radiologia e fotógrafo nas horas vagas. Começou a
fotografar quando trocou sua mochila por uma câmera Zenit. “Estava na casa de meu amigo ajudando na mudança quando dei de cara com aquele belezura que pertencia a seu pai. Acho que seu pai ainda não sabe da troca.”, descreve. Fotografou muita coisa com a Zenit., viajou com ela, mas a necessidade de uma digital surgiu quando conheceu algumas pessoas ligadas à fotografia de casamento, relatando que aprendeu muito com eles e carregará uma eterna gratidão. Sendo assim, resolveu seguir seu rumo e sua paixão e lá está ele, fotografando países, ruas, mendigos, crianças, pais, futuros pais, famílias e o que ele gosta.
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Quarteir達o do Soul, aos mendigos e admiradores da Black Music.
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QUEBRE OS LIMITES PRÉ ESTABELECIDOS...
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“Original é aquilo que vai contra os padrões e normas estabelecidos e se posiciona numa nova categoria de relevância estética. Originalidade é um patamar elevado que não se presa aos modismos de época presentes na fotografia da era do photoshop.”
OPINIÃO
O
INSTANTE
DECISIVO Por Henrique Ramos
HENRIQUE RAMOS Fotógrafo nas horas vagas desde 1999, faz uma análise de fotos urbanas, com base no livro do Michael Freeman.
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Portar uma câmera a tiracolo ou perdida no bolso do casaco denuncia uma intenção do portador, demonstra sua vontade de fotografar algo ou alguém. Ao deparar-se com a situação considerada ideal, variando em maior ou menor frequência a depender do rigor do portador, saca a câmera de seu receptáculo aponta para seu tema – uma pessoa, uma paisagem, um objeto – e aperta o botão que, enfim, abre o obturador. Entre um momento e outro, entre decidir levar a câmera e o apertar do botão, há uma série de decisões e silogismos que irão determinar a composição da fotografia tomada, isto é, a maneira como os objetos estarão dispostos e, portanto, como irão se comportar na imagem final. A despeito de tudo que se possa dizer sobre o equipamento no qual se pressionará o botão, é a composição o item que mais largamente influenciará no resultado da foto, ou antes, na sensação despertada pela foto nas pessoas. Claro fica que está nisso o sucesso ou insucesso do fotografo em suas intenções. Sendo assim a composição toma uma proporção desmedida e crucial para o fotografo (ou qualquer pessoa que apresente sua criação em uma superfície bidimensional). Surgida no
século XIX, a fotografia herdou os conceitos desenvolvidos nas belas artes, e os utilizou largamente para dar os primeiros passos. Até hoje, e provavelmente ainda por muito tempo, qualquer iniciante nesta arte tem contato com os sete eixos elementares da composição (linhas, texturas, cores, formas, valores, volumes e espaços), proporções áureas, regras dos terços, composições dinâmicas, além das intervenções peculiares à fotografia, como a utilização dos planos focais. Regras, regras, regras que atulham a cabeça até que isso se torne condicionado o bastante para fazer sem pensar, para simplesmente olhar, enquadrar, disparar. Ou não. Justamente por considerar que atrapalham o pensar e limita o criar, inúmeros artistas fogem destas regras como da cruz foge o diabo, a rigor tais artistas não pensam em termo de regras, e criam imagens igualmente espetaculares. Os movimentos aí estão, basta escolher e levantar a bandeira. Pertencer a um grupo ou outro é uma escolha ditada por inclinações pessoais. Bresson certa vez disse que a nitidez é um conceito burguês, e estava certo por fim, pois a burguesia depende da ordem, e isso faz em todas as esferas
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de sua influência. Ao mesmo tempo, é também ele que fazia suas fotografias com um rigor geométrico sem igual, e naquelas (muitas) em que atinge a perfeição há a presença de uma atmosfera sublime de qualquer coisa meticulosamente elaborada. Ter presente as regras de composição, tão fartamente propagadas por instrumentos de ensino, não necessariamente vão resultar em excelentes fotos. De fato, algumas fotos sensacionais desrespeitam descaradamente a regra dos terços, amplamente defendida, e exigem novas concepções sobre o uso delas, enquanto outras que andam rigidamente sobre este caminho são de tal frieza que afasta os olhares. Posto isso, podemos iniciar o assunto que trata este pequeno texto (e que por ser pequeno seria justo exigir objetividade, mas este que vos escreve não a possui. A esta prolixidade, se pede desculpas). Observar fotografias serve a propósitos pessoais, como engrandecimento, no sentido de entender e se inspirar nos passos de outras pessoas. Michael Freeman admite ser difícil classificar imagens em grupo de fotos boas e ruins simplesmente porque ai impera a subjetividade. É mesmo assim que deve ser. Mas o autor sugere seis itens que parecem estar presentes naquelas fotografias reconhecidas, isto é, fotografias que em geral são tomadas por boas em suas características mais particulares, em seus detalhes mais peculiares. Existem imagens cuja mensagem geral desagrada alguns, no entanto, mesmo estes podem reconhecer nelas uma boa fotografia cuja ideia lhes desagradam. Estes itens podem ajudar a quem esta começando a enveredar no caminho das artes, a mim ao menos está ajudando. Ao analisar uma boa fotografia é preciso ter em mente seis itens, da maneira que segue: 1- É habilidosamente montada, isto é que tem componentes técnicos bem resolvidos e a isso se pode incluir uma exposição média que máxime o alcance dinâmico, foco nítido no objeto de interesse, enquadramento satisfatório e até o assunto que, afinal, deve valer a pena ser visto. Mas muitos desses itens podem ser ignorados, em favor da comunicação de uma mensagem, como um aparente corte incorreto na imagem que destaque o assunto, por exemplo. Isso mexe com a engenhosidade e exige trabalho para encontrar a perfeição; 2- Provoca uma reação, seja de perplexidade, exaltação, humor ou o que for. Uma boa foto definitivamente deixa a mente inquieta e em alvoroço, convidando a meditar sobre o peso do tempo nas rugas de um ancião, nas alegrias de certos verões das tristezas e horrores das guerras. Este item é particularmente explorado por agências de publicidade; 3- Oferece mais de uma camada de experienciação, e assim o observador vai sendo aos poucos regalado com novas informações da imagem, como a clássica foto de Felix, Gladys e Rover de Erwitt, onde o observador se depara
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com o olhar atento e curioso do pequeno cachorro na coleira acompanhado de seus donos para, então, em uma segunda camada de observação, perceber que as pernas a esquerda são de outro cão, posto em duas pernas. Uma terceira camada, por fim, ocorre na imaginação, e se dá quando nos perguntamos o que faz um cão em duas patas: 4- Tem seu contexto em fotografia, o que é mais difícil de explicar que entender. Basicamente, por sua própria natureza, a fotografia trata do presente, não do passado e nem do futuro. Assim, uma fotografia que se tenha por boa terá que dialogar com seu público, composto por pessoas que pertencem unicamente ao presente;
de relevância estética. Originalidade é um patamar elevado que não se presa aos modismos de época presentes na fotografia da era do photoshop. É importante ressaltar que Freeman não pretendeu criar uma malha fina que permita julgar a imagem que aqui está é boa, a que está lá não é, e a fotografia que acolá vai é mais ou menos – e muito menos o quis fazer o autor que ora escreve. Julgamentos são sempre pessoais. Tais passos são antes uma maneira de trilhar um caminho por meio do qual é possível entender alguns elementos que estão presentes em grandes imagens, que foram engenhosamente montadas (seja por um esquema deliberado, seja por um feliz momento fortuito) e por isso mesmo são capazes de suscitar um espectro grandioso de sensações em quem a vê.
5- Contém uma ideia, isto é, carrega uma mensagem qualquer de um fenômeno ou ação acontecida ou em acontecimento, ou possui alguma profundidade de pensamento da pessoa que a realizou. É claro que há muitas fotografias que são rasas em ideias e que tão somente replicam de certa forma algo que já foi produzido anteriormente. E claro muitas fotografias assim fazem sucesso, o que não é de todo desmerecedor, já que não são facilmente realizáveis e exigem um apuro técnico de grande nível, mas deixam a desejar no quesito das ideias; 6- Não imita, e neste caso a comparação é com outras mídias, isto é, a fotografia deve criar dentro dos padrões próprios de sua arte, e não tentar imitar outros tipos de arte. A título de exemplificação, a fotografia terá mais facilidade para elaborar trabalhos documentais e retratos, entre outros, assim como para utilizar as qualidades gráficas próprias de suas particularidades óticas, como os desfoques, reflexos, borrados de movimento, entre outros. Posto de outra forma, muito difícil será o casal a contratar um aquarelista para retratar os pormenores de seu casamento; Quanto à originalidade na fotografia que, apesar de importante, até agora não foi citada aqui, o próprio Freeman destaca que é uma palavra muito carregada que deve ser usada com extrema parcimônia. Afinal, a verdadeira originalidade é rara. É um verdadeiro objeto de desejo, por muitos perseguido e por poucos (pouquíssimos mesmo) encontrado, em geral a arte copia e transforma. Original é aquilo que vai contra os padrões e normas estabelecidos e se posiciona numa nova categoria de relevância estética. Originalidade é um patamar elevado que não se presa aos modismos de época presentes na fotografia da era do photoshop. Quanto à originalidade na fotografia que, apesar de importante, até agora não foi citada aqui, o próprio Freeman destaca que é uma palavra muito carregada e deve ser usada com extrema parcimônia. Afinal, a verdadeira originalidade é rara. É um verdadeiro objeto de desejo, por muitos perseguido e por poucos (pouquíssimos mesmo) encontrado, em geral a arte copia e transforma. Original é aquilo que vai contra os padrões e normas estabelecidos e se posiciona numa nova categoria
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Fotos Nicolas Santos Souza Por: Priscilla Mendes
FLAGRA É muito fácil pegar uma câmara e disparar dezenas de cliques na expectativa de obter uma boa imagem. Também é comum fotografar os ícones urbanos tais como monumentos, ruas, igrejas, entre outros itens que constantemente observamos nos livros e postais. Agora o difícil mesmo é sair do comum e utilizar a câmera fotográfica como espelho da sociedade e por meio de uma imagem, transmitir uma boa mensagem. As melhores fotografias urbanas resultam de situações inesperadas e imprevisíveis e de forma simples, narram histórias e situações, por isso, o fotógrafo deve manter-se atento a tudo e familiarizado com o ambiente urbano, sem medo de aproximar-se ao tema desejado e é assim que há dois anos,
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Nicolas Santos Souza percorre entre as ruas da Baixada Santista, tendo como companheira diária a sua máquina fotográfica, que automaticamente se torna uma extensão do seu olhar atento e detalhista. “Estava passando de bike, quando vi o Chileno fazendo malabares no sinal da Frei Gaspar - São Vicente e nisso comecei a fotografá-lo”, quando do nada apareceu um cara de bike com a imagem da Nossa Senhora Aparecida, ele saiu de Porto Alegre para rodar alguns lugares do Brasil, está pagando promessa, sua mãe estava com cancer, descreveu Nicolas.
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PÉ NA ESTRADA Fotos: Priscilla Mendes e Nicolas Santos Souza Por: Priscilla Mendes
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CÂMERA NAS MÃOS E PÉ NA ESTRADA... “Fotografia, para mim é o melhor jeito de aproveitar a vida. Vejam só: é ver, descobrir paisagens, pessoas, caras, grupos (…) Tudo isso é nossa vida: experiências vividas…” Esta frase do fotógrafo húngaro radicado no Brasil – Thomaz Farkas, criador da antiga revista Fotóptica e um dos pioneiros da fotografia moderna no país na década de 1940, também é o lema do grupo Fotocultura, que acontece desde 2008 e a cada 2 meses, tem por objetivo trazer todos os interessados em fotografia para a prática, para as ruas da cidade, explorando o espaço urbano, sempre com uma proposta cultural, unindo fotografia, cultura e cidadania.
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No início as saídas eram apenas para os alunos do curso de Fotografia e Cultura Visual, ministradas por Yuri Bittar, na UNIFESP, mas posteriormente a pedidos, as saídas foram liberadas para participação dos ex-alunos, e após um tempo cada participante foi convidando outro e mais outro, o que se mostrou extremamente interessante, pois quanto mais gente, maior é o aprendizado. Hoje as saídas são totalmente livres e gratuitas, e dependendo do tema reúnem cerca de 200 a 280 fotógrafos de diferentes lugares. Para participar basta comparecer e fotografar, independente da câmera que você tenha. Cada encontro carrega um tema diferente e muitas vezes o grupo Fotocultura conta com a colaboração de patrocinadores que oferecem premiações aos participantes.
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Para Yuri Bittar, que iniciou o projeto, a vantagem de proporcionar saídas fotográficas é a segurança, diversão, aprendizado coletivo, amizades e a troca de experiências, afinal após fotografarem, eles também compartilham suas imagens no grupo criado no Facebook, que tem 2.072 membros e serve como um veículo de troca de experiências, em que todos podem postar: Dicas de saídas fotográficas (não apenas as Fotocultura), Cursos de Fotografia, Exposições de fotografia e arte, Concursos, bienais, foto clubes e dicas de fotografia e truques.
andar de bondinho elétrico original, criado em 1920, pode visitar o Museu do Café criado em 1922 ou até mesmo tomar aquele cafezinho esperto em restaurantes construídos em 1911. Percorrer as ruas do Centro de Santos é ser presenteado por esculturas e monumentos históricos a cada esquina, o que faz com que você perca a hora ao voltar no tempo da história do Brasil.
Este mês a 33ª Saída Fotográfica Fotocultura foi para o centro antigo de Santos, uma cidade encantadora, composto por edifícios e monumentos que representam os diferentes períodos de nossa história. Desde a sua fundação, em 1545, até meados do século XIX. Lá você encontra igreja criada em 1758 e que escondia escravos foragidos, pode fotografar e
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uri Bittar é fotógrafo, designer e historiador. Fotografa desde 1998, quando trabalhou como fotógrafo de uma pequena revista. Em 2007 dirigiu um curta-metragem em formato de documentário intitulado “No Chão da Cidade – Descartáveis e Descartados”, o que o levou de volta a prática da fotografia artística, em especial a fotografia de rua. Desde 2008 também realiza as Saídas Fotocultura, saídas fotográficas livres que reúnem até 300 fotógrafos pelas ruas de São Paulo e outras cidades. Dessa forma acabou se especializando em Fotografia de Rua e na criação de eventos que incentivem a prática fotográfica.
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ARTE NA RUA
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ARIO BARBOSA
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Imagens revelam a beleza de um bairro escondido entre os prédios O trabalho do repórter fotográfico Nario Barbosa, o faz ficar diante de diversas situações e entre uma pauta e outra ele aproveitou a máquina em mãos para buscar peculiaridades em seu caminho e registrar momentos que muitas vezes passam despercebidos aos olhares dos moradores da região de Santo Andre - São Paulo. Em suas andanças, Barbosa criou a série especial ‘Por Aí...’, um acervo que reúne um total de 57 fotografias realizadas entre 2008 até hoje. Em uma reportagem para o Diário do Grande ABC, Nario descreve que a ideia era tentar flagrar o que via pela frente, mostrando pessoas, situações e a cidade, que as pessoas acabam deixando de enxergar devido a correria do cotidiano. Espaços como o Estádio Bruno Daniel, o calçadão da Rua Oliveira Lima, o Paço Municipal e a região do Terminal Rodoviário estão na mostra. Além de ícones locais, o fotógrafo buscou arte em detalhes da Favela do Cruzado e nas ruas do Jardim Santo André. Grande parte do material foi feito com ajuda de uma lente teleobjetiva, capaz de aproximar cenários com a ajuda de um zoom. Segundo o fotógrafo, ela ajuda a te manter meio longe das coisas e o resultado pode sair o mais natural possível, o que ajuda a resgatar certas belezas.
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Fotos: Nario Barbosa Por: Priscilla Mendes
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Cada Click é uma lembrança...
LÁ FORA
A fotografia surgiu como hobby em sua vida, fotografa como passatempo desde os 14 anos. Por Priscilla Mendes Entrevista: www.fotografiaderua.com Fotos: Rui Palha
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UI PALHA
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Rui Palha nasceu no ano de 1953, em Portugal, e reside em Lisboa. A fotografia surgiu como hobby em sua vida, fotografa como passatempo desde os 14 anos. Seu foco e seu tema preferido, sempre foi a fotografia de rua, na qual procura contar histórias e encontrar, através de suas caminhadas, as emoções dos seus retratados, transformando pessoas anônimas em protagonistas de suas fotografias. Rui conta que 90% de suas fotos são captadas em Lisboa, gosta de ambientes escuros, lugares problemáticos, dias chuvosos e boa parte das suas fotografias são em preto e branco - PB.
O fotógrafo pretende ser intitulado como amador, pois somente assim fará o que gosta e não o que os outros o mandam fazer. Outra característica dele é sua preocupação com a composição das fotografias, o que acredita ser fundamental para a fotografia de rua, pois ser somente um caçador de momentos não é o suficiente. Aliar uma composição equilibrada com um momento antevisto faz parte de sua filosofia fotográfica. Rui Palha tem como inspiração nomes como Henri Cartier-Bresson, Elliott Erwitt e James Nachtway.
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Há muitos lugares “proibidos”… o metro, centros comerciais, bairros problemáticos, etc, mas provavelmente, é o perigo que de alguma forma me atrai, provoca e faz subir a adrenalina. Às vezes tenho problemas com o pessoal de segurança ou com pessoas que não querem ser fotografadas, mas tudo pode ser resolvido com frontalidade e uma conversa franca e directa. De qualquer forma devo dizer que, por vezes, tive alguns problemas com pessoas mais agressivas e que, depois de algumas palavras (às vezes uma longa conversa), quase se tornam numa espécie de amigos, e desde aquele momento, acabo por não ter qualquer problema nesse lugar específico pois sou “eleito” como um “protegido”, um cúmplice. Tenho muitas experiências memoráveis e histórias durante a minha fase de fotografia de rua mas não tenho tempo nem espaço suficiente para contar isso agora. Acho ou melhor, tenho a certeza, de que a rua é uma escola, uma grande parte do meu “eu” foi construído com o que tenho aprendido nas ruas. 3. O QUE DESEJA TRANSMITIR ATRAVÉS DE SUA FOTOGRAFIA? Não sei, mas acho que tento ser um contador de histórias utilizando imagens, transmitindo aos outros o que “vejo” todos os dias durante as minhas caminhadas “na rua”. O meu “mundo” fotográfico é Lisboa, 90% das minhas fotos são feitas na mi-
1. RUI, VOCÊ TEM FOTOGRAFIAS DE RUA A PRETO E BRANCO FENOMENAIS. PODE-NOS CONTAR COMO COMEÇOU A FAZER FOTOGRAFIA DE RUA?
todas as pessoas são únicas e a componente mais importante de minhas fotografias. Esta frase define o meu modo de estar na fotografia e… na vida:
Primeiro devo “dizer” que não sou muito bom a expressar os meus sentimentos, nem pensamentos através de palavras. Prefiro fazer isso através de imagens, mas vou tentar colocar em palavras o que quer saber acerca de mim. A fotografia é um hobby desde os 14 anos de idade. Tinha a minha própria câmara escura, mas para ser honesto, desde miúdo só gostava era mesmo de “clicar” nas ruas. Sentia-me sempre maravilhado, hipnotizado mesmo, com o movimento das pessoas, com as suas expressões, suas reacções…
“A fotografia faz parte integrante do meu espaço…é descobrir, é captar, dando vazão ao que o coração sente e vê num determinado momento, é estar na rua, experimentando, conhecendo, aprendendo e, essencialmente, praticando a liberdade de ser, de estar, de viver, de pensar…”
Sentia que era um desafio fantástico o registo de toda aquela animação da vida quotidiana e uma maneira de aprender sobre o ambiente que me rodeava. No meu “mundo fotográfico”
Fotografo desde os 14 anos de idade (como escrevi antes), com interrupções grandes até 2001, desde então, quase todo o meu tempo é dedicado à fotografia de rua e a projetos sociológicos de longo prazo em bairros problemáticos de Lisboa. Aqui em Portugal ser fotógrafo de rua não é muito fácil.
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nha própria cidade, onde as pessoas anónimas são os actores principais das minhas fotografias. Tento estabelecer uma ligação profunda com os seus sentimentos, pensamentos, com a ajuda dos seus gestos, movimentos… Tento sempre mostrar, entre as cenas da vida real e da vida quotidiana, a beleza que existe sempre dentro das pessoas desconhecidas, dos meus modelos “de rua “, a beleza da raça humana independentemente da cor, religião e política. Como sabe eu sou um amador e eu vou ter esse status até o final da minha vida. É a única maneira de fazer o que eu quero e não o que os outros querem que eu faça. Toda a gente tem que ter (e sentir) a liberdade de criar, para conseguir reflectir o que está dentro de si. 4. QUANDO ESTÁ FORA, NAS RUAS A FOTOGRAFAR, O QUE O INSPIRA A CAPTURAR UMA DETERMINADA CENA OU IMAGEM? Tantos factores… o momento em si, a magia da luz, um enquadramento que chama a minha atenção, uma cena que construí dentro da minha cabeça, o grafismo que as pessoas “desenham” enquanto se movimentam…Henri Cartier Bresson disse acerca da Fotografia “A cabeça, o “olho” e o coração devem estar no mesmo eixo”. Para mim esta frase significa, estar sempre “em cima” do momento e registar, o que foi vislumbrado à primeira vista (ou o que se conseguiu antever antes
2. HÁ QUANTO TEMPO FAZ FOTOGRAFIA DE RUA E QUAIS FORAM OS OBSTÁCULOS OU DIFICULDADES QUE ENCONTROU?
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mesmo do momento acontecer, ou que nos atraiu, sem se perceber bem a razão), sempre com um sentido composicional o mais coerente possível. Temos de ter a capacidade de antecipar, compreender, “ver”, “sentir” uma cena de rua numa fracção de segundo e devemos registar esse momento num enquadramento, se possível, perfeito. O sentido composicional é fundamental, não somente o registo do momento. Para isso dever-se-á ter a cabeça, o “olho”, o coração…e o dedo, no mesmo eixo. E eu penso que este eixo, esta característica, é indispensável para se ser um “Fotógrafo de Rua” e não, somente, um vulgar “caçador” de momentos, sem qualquer critério, “disparando” sobre tudo o que mexe. Muitas vezes, devemos ser invisíveis, fazer parte integrante do cenário, isto permitir-nos-á uma grande proximidade a certas situações mais problemáticas. Outras vezes temos de estabelecer uma ligação muito forte com os “modelos de rua”, falando com eles, escutando-os, respeitando-os. Temos que potenciar a nossa capacidade de “olhar” e “ver” os momentos interessantes… momentos engraçados, momentos diferentes, enquadramentos criativos… temos que entender a “iluminação” e tentar usá-la da melhor maneira possível. A fotografia de rua não é uma maneira fácil de fazer fotografia… temos que ser corajosos e astutos. E ter a capacidade de antecipar o momento antes que ele aconteça. 6. DESCREVA A FOTOGRAFIA DE RUA FAVORITA QUE FEZ. QUANDO E ONDE TIROU A FOTO, E POR QUE É ESPECIAL PARA SI? Para ser honesto, eu não tenho uma fotografia de rua favorita…estou sempre à procura do “TAL” momento, que sinto que nunca registei, mas que irei sempre atrás “dele”. Mas… todas
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as minhas fotografias de rua são importantes para mim, porque têm sempre uma história humana por trás. 9. QUE DICAS VOCÊ DARIA AOS ASPIRANTES A FOTÓGRAFOS DE RUA? Na minha humilde opinião, eu acho que não é possível “ensinar” fotografia de rua, pelo menos para mim, como sabe (eu sempre disse isso), sou e serei um eterno aprendiz…. cada dia aprendo algo de novo na ruas, com as pessoas, com a vida. A maneira que utilizo para aprender “fotografia de rua” é a maneira que todos podem utilizar para aprender também. Algumas dicas que li algures, e com as quais concordo: 1. Aproxime-se do assunto, torne-o no objeto principal do seu enquadramento. A fotografia de rua é toda sobre observar as pessoas, as suas ações e justaposições. Mantenha os olhos abertos, e procure ligações interessantes. É mais provável conseguir uma fotografia interessante, quando faz parte da cena, reagindo às emoções e drama, do que estando fora dela. 2. Seja natural com a sua câmara mantendo-a afastada do seu rosto, tanto quanto possível. Tente evitar parecer um “fotógrafo”. Como efeito colateral, tentar esconder a câmara e fotografar às escondidas pode torná -lo suspeito. Como disse, seja natural com a câmara. 3. Não leve consigo muito equipamento. Vai torná-lo menos intrusivo se for capaz de se mover rapidamente. Antecipar momentos antes que eles aconteçam.
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A M A Ê C O V M E PRESENTEI QU
INQUIETO
Por Priscilla Mendes Fotos: Walter Antunes
W
ALTER ANTUNES
www.fattopresentes.com.br
O que seria apenas um hobby, virou sua profissão e desde 1996, Walter mostra em suas exposições fotográficas a imagem do Brasil: histórica, cultural e musical. Retratou o mangue-beat pernambucano, o Forte Orange - palco da disputa entre holandeses e portugueses, na ilha de Itamaracá/PE, fez uma série de foto-poema com imagens e versos, Interiores e Diversidades e a série ” there must be some way out of here “, que reúne há 14 anos imagens de moradores de rua e capta o descaso do poder público, transmitido por meio de suas imagens com viés artístico, a sua indignação em que as pessoas estão “presas” na sociedade - a carne humana jogada nas ruas de um país da COPA, FUTEBOL e do FUTURO.
relento e passando fome, me sinto na mesma situação”, reflete o fotógrafo.
Cada dia da semana ele posta uma foto com um tema diferente em sua página do Facebook e no Twitter e a cada imagem da série ” there must be some way out of here “, ele perde em média de 5 a 10 seguidores. “As pessoas estão mais do que nunca se fechando em seus mundinhos. Todos constroem suas verdades, criam seus guetos e clubes, suas páginas na web, seus playlists, elegem seus universos, comunidades. Não se pede aqui para ninguém viver a vida do outro, mas para se diminuir um pouquinho a altura do muro, para que se possa olhar e entender que do outro lado da rua, no apartamento vizinho, na mesa de trabalho ao lado, na outra mesa do restaurante, na fila do banco ou do teatro, existe vida e que esta vida é tão importante e bela quanto a vida dos olhos que estão agora olhando. Se tem alguém alí dormindo na rua, no frio,
Atualmente ele está expondo a série - Interiores e Diversidades no SESC Pinheiros, que mostra uma visão sobre o cotidiano LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e é uma criação conjunta de dois artistas: Fábio Takahashi (conceito) e Walter Antunes (fotografia). O dois deixam de lado os chavões e flagram o cotidiano de pessoas e não de seus estereótipos, tendo como ponto de partida a ideia de apagar os rastros de preconceitos que ainda insistem em se relacionar à diversidade sexual.
Para Walter, está é a melhor forma de se comunicar e fazer com que as pessoas reflitam. Até hoje ele teve 1000 fotos expostas, 46 exposições expalhadas pelo Brasil, como na Estação República e Clínicas do Metrô/SP, Espaço Fotográfico Mandarino/SP, Espaço Cultural dos Correios em São José do Rio Preto, Centro Cultural em José Bonifácio, entre outros. um livro lançado e nas horas vagas ele da oficina de fotografia, incentivando a marca pessoal do fotógrafo através da originalidade do olhar, pela busca de uma visão particular e única do fazer fotográfico.
*Sesc Pinheiros 16 de Agosto a 10 de Novembro
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EATRIZ MENDES
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Fotos: Beatriz Mendes Por: Beatriz Mendes Lugares fotografados: Varsovie - Burgues - Amsterdam -
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Beatriz Mendes, estudante de publicidade e amante da fotografia urbana. Durante a sua viagem fez alguns cliques. Para alguns, ela é só lazer. Para outros é meio de transporte. Para mim ela é um caminho e se chama LIBERDADE. Liberdade de ir e vir, o equilíbrio em cima dela, o equilíbrio com a natureza! Ainda existe a sensação do vento que bate no corpo todo, a velocidade que atinjo com minha própria força! Ao mesmo tempo são pequenas e frágeis, tão frágeis que é preciso coragem para usá-las em cidades como São Paulo, essa selva de pedra com trânsitos velozes e ruas bastante ocupadas de veículos de todas as cores.
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Quando encontro bicicletas, seja onde for, sinto que é necessário registrá-las. São a persistência do homem, mesmo com a facilidade dos carros e motos a disposição. São a beleza das ruas preenchidas com as coisas manuais. São a agilidade movida com força humana, nossa fragilidade. São qualquer coisa de paz.
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FEITO PARA LER
Fotos: Andrews
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CLICK DIFERENTE
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Desafio Light Painting Por Priscilla Mendes Foto página 77: Andrews Foto principal: wotofock.deviantart.com Você sabia que com uma lanterna, visor de celular, mira laser, isqueiros ou qualquer outro objeto que emita luz, você pode criar desenhos, frases e dar efeitos surreais nas suas imagens? Se não sabia, está na hora de conhecer e colocar em prática a técnica Light Painting que surgiu em 1949 e que significa “desenhar com a luz”, uma técnica simples e que pode registrar com uma câmera digital, analógica que tenha o modo Bulb ou até mesmo com o seu celular. O único limite para praticar o Light Painting é a imaginação e quanto maior o número de participantes, mais divertida fica a brincadeira, podendo render horas e horas de entretenimento entre os amigos. A primeira coisa a se fazer é encontrar o local ideal, pode ser em casa, no parque ou até mesmo nas ruas. O espaço não precisa ser grande, mas se for muito pequeno vai atrapalhar a movimentação e criação dos desenhos. Outro detalhe mega importante é que tudo deve ser feito a noite, pois usará apenas a luz dos objetos, como se fossem pincéis. Veja abaixo uma lista de materiais necessários
1- Câmera com recurso de longa exposição (ao menos 15
segundos). Se for uma DSLR vai gerar um melhor resultado, mas também é possível fazer com compactas avançadas que possuam foco manual;
2- Tripé - quanto mais firme for o tripé, melhor, para que não haja a possibilidade das fotos saírem tremidas. Caso não tenha tripé, qualquer superfície firme pode quebrar o galho;
3-Lanternas de diferentes potências. Até refletores de jardim podem ser usados;
4-
Plásticos ou celofanes de diferentes cores para colorir a lanterna, aumentando o impacto dos efeitos na imagem final.
5- Apontador laser, daqueles usados para palestras, são muito úteis e versáteis;
Coloque a câmera no tripé e regule o tempo do obturador para o máximo possível (algumas câmeras são 15 e outras 30 segundos). Quanto maior o tempo de exposição, maior e a possibilidade de agir na cena. Depois de fixada a câmera, faça o foco manual, regule o obturador e faça o enquadramento. Embora o Light Painting seja uma atividade muito divertida, a técnica é muito usada em fotografia publicitária e em algumas fotos de arte. A câmera deve ser regulada com o mínimo de ISO possível (50 ou 100) e o diafragma deve ficar de f/11. Caso você queira linhas finas e precisas, regule a abertura para valores altos (f/16 ou mais), obtendo assim profundidade de campo suficiente para manter o foco em distâncias variadas da câmera. Mas se você quer usar o seu celular, recolhemos algumas dicas com Yuri Bittar, fotógrafo desde 1998 e que publicou em seu site algumas dicas de como criar fotos fantásticas, usando um celular Samsung Galaxy Ace. Para fazer o Light Paiting basta seguir as seguintes regras:
FAÇA O LIGHT PAINTIG COM O CELULAR Por Yuri Bittar
1- Pegue o celular e entre no modo câmera. 7 - Clique no botão disparador; 2 - Normalmente, mesmo nos mais simples, tem um botão 8 - Quando começar a fotografar (você saberá, pois a tela SCN (scene) que é onde estão os modos automáticos. Clique nele e escolha o modo “noturno”, simbolizado normalmente por uma meia lua e uma estrela.
3 - Desabilite o flash. 4 - Se seu celular não tiver isso não tem problema, deixe-o no modo normal, apenas sem flash.
5-
Na hora da imagem, no modo noturno a câmera será mais lenta, para começar a fotografar e fazer uma exposição mais longa.
ficará escura) movimente o celular, fazendo com que as luzes formem os tais desenhos na tela.
Agora é só ver como ficou, ir tentando várias vezes para ficar cada vez melhor e não esquecer de participar do Desafio – Light Painting, encaminhando a sua imagem para a revista Foturbana! Iremos postar na próxima edição o grande ganhador, que levará para casa uma lanterna super bacana.
6 - Mire na sua cena, antes de clicar movimente o celular e veja como as luzes formam desenhos na tela. São esses desenhos que definirão sua criatividade e darão o valor da foto!
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DICAS Seleção de conteúdos encontrados na rede relacionado às matérias desta edição e à fotografia.
O curso de Fotografia de Rua Básico tem 8 horas, sendo 5h em sala, e 3h na rua, sempre praticando! Trata-se de um formato intensivo e prático, ideal para quem está começando a entrar no mundo da fotografia! Um dia dedicado à fotografia e ao aprendizado das técnicas básicas. Vamos pensar também na composição e “no que fotografar”. Após conhecer esses conceitos básicos em sala de aula, iremos para a rua, fazer uma “saída fotográfica”, praticar a fotografia e tirar dúvidas. Informações: 99219-4567
Em A Visão do Fotógrafo, Michael Freeman examina a obra de alguns dos maiores fotógrafos da história, explicando como entender e como apreciar grandes fotografias. O trabalho de profissionais renomados, como Frederick Henry Evans, Frans Lanting, Nan Goldin, Paul Outerbridge, Walker Evans, Cindy Sherman, Elliott Erwitt, Trent Parke, Jeff Wall, Paul Strand, Romano Cagnoni, Horst Faas, James Casebere, Richard Avedon, Robert Adams e muitos outros, fazem deste um livro visualmente impressionante e intelectualmente instigante.
O concurso Urban Photographer of the Year tem inscrições abertas para fotógrafos amadores e profissionais. A competição selecionará as melhores fotos de ambientes urbanos, com o tema “Cities at Work” (“Cidades trabalhando”). O festival premiará o vencedor com um safari fotográfico para um destino a ser escolhido entre África; Índia; Mongólia, Butão e Tailândia; ou Ártico. O segundo colocado ganhará uma câmera Olympus OM-D, e o terceiro, um estande de fundo à escolha do fotógrafo. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de agosto., visite o site: http://www.cbrephotographer.com/
Pinhole (buraco de agulha) é um tipo de fotografia produzida com câmeras escuras sem lentes que podem ser produzidas de modo simples, barato e artesanal. Os participantes construirão sua própria câmera utilizando caixas de fósforos e filme fotográfico, para obter fotografias PB ou coloridas. Com: Luciana Castilho e Mauricio Silva. 28 de agosto, às 14h Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 - (próximo ao terminal de ônibus Cachoeirinha)
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