o manuscrito 512

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O MANUSCRITO 512

Pier Paolo Roncoroni


O Manuscrito 512: "Relação de uma cidade oculta e grande povoação antiqüíssima sem moradores que se descobriu em 1753." Do mestre de campo........... Contíguo aos................ Nos interiores do .................. E sua comitiva................ ... Em sua comitiva, havendo 10 anos que viajava pelos sertões a ver se descobria as decantadas ,imas do grande descobridor Muribéca, que por culpa de um governador que não fez patente, pois queria lhe usurparlhe esta glória e o ateou preso na Bahia até morrer e ficaram por descobrir, veio esta notícia do Rio de Janeiro em princípio do ano de 1754. Depois de uma longa e inoportuna caminhada iniciada pela necessidade da cobiça de ouro, quase perdidos neste

sertão em muitos anos, descobrimos uma cordilheira de montes tão altos que parecia que chegavão A região ethérea e que servirão de trono ao vento às mesmas estrelas. O luzimento que de longe se admirava, principalmente pelo Sol que fazia impressão no cristal que era composta formando uma visão tão agradável que ninguém daqueles reflexos podia tirar os olhos, entrou a chave antes de entrarmos a registrar este cristalino mar e víamos sobre a pedra escalvada correr águas precipitando-se do alto do rochedo, parecendo como a neve ferida pelos raios de Sol, pela admirável vista daquele... unia se reduziria... das águas e a tranqüilidade....... do tempo nós resolvemos investigar aquele pródigo da natureza, chegando ao pé dos montes sem embaraço algum de mata ou rio que nos dificultasse o trânsito, porém circulamos as

montanhas e não achamos passe flanco para executarmos a resolução de acometermos estes Alpes pyrineos brasílicos, resultando deste engano uma inexplicável tristeza. Abarracados nós e com o desígnio de retrocedermos no dia seguinte, se sucedeo que correr um negro andando à lenha a hum veado branco que viu e descobriu por acaso o caminho entre as duas serras, que pareciam cortadas por artifício e não pela natureza, com o alvoroço da descoberta principiamos a subir achando muita pedra solta e amontoada por onde julgamos ser uma calçada desfeita. Gastamos boas três horas na subida, porém suave pelas cristas que admirávamos e no cume fizemos alto, do qual estendemos a vista e vimos um campo razo maiores demonstração para a nossa admiração, devisamos cousa de légua e meia uma

grande povoação, persuadindo-nos pela dilatada figura de alguma cidade da costa do Brasil, descemos o vale com cuidado...........seria semelhante em casa, mandando.explorar.. .............gar..... a qualidade, e ....... se bem repararam fulminez sendo este um dos sinais evidentes de povoadores. Estivemos dois dias esperando os exploradores para o fim que muito desejávamos, e só ouvimos o cantar de galos para ajuizar que ali havia povoadores, ficando todos confusos, até que chegaram nossos desenganadores de que não havia moradores na povoação, resolvemos depois mandar um índio da nossa comitiva a entrar a todo risco na povoação mas tornandos assombrados afirmou não achar nem descobrir rastro de alguma de alguma pessoa, este caso nos fez confundir de santo, que não acreditávamos pelo


que víamos de domicílio e assim arrujamos todos os exploradores a ir seguindo os passos dos índios. Vierão confirmando o referido depoimento de que não havia povo e assim determinamos a entrar na cidade com nossas armas.. Em huma madrugada, sem haver quem saísse ao nosso encontro a impedir nossos passos, e não achamos outro caminho a não ser o único que tem a grande povoação cuja a entrada é por três arcos de grande altura, o do meio é maior, os dois do lado mais pequenos sobre o grande arco e principal avistamos inscrições que se não podemos copiar pela grande altura. Faz huma rua da largura dos três arcos, com casas de huma e outra parte com fronteiras de pedra lavrada jha denegridas.........ins crições, aberta toda......... ortas são baixas da fei................... inscrições,nos pela

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regularidade em que são feitas, parecendo uma só propriedade de casas, sendo em realidade muitas com seus terraços descobertos e sem telhas, porque os tetos são de ladrilho queimados uns e laje outros. Corremos com bastante pavor algumas casas e em nenhuma achamos vestígios de móveis, que pelo uso e trato pudéssemos conhecer a qualidade dos naturais, as casas são todas escuras e como são abóbodas ressoavam os ecos de que falávamos e as mesmas vozes atemorizavam. Passava a vista a rua de bom cumprimento, demos em huma praça de regular tamanho e no meio dela uma coluna de pedra de grandeza extraordinária e sobre ela huma estátua de hum homem ordinário com a mão na ilharga esquerda e o braço direito estendido mostrando com o dedo indicador o povo do norte e em cada canto as dita praça havia huma

agulha a imitação das que usavão os romanos, mas algumas já maltratadas e partidas, como feridas por um raio. Pelo lado direito da dita praçaestá um soberbo edifício como a casa principal de um senhor de algum terra, faz hum grande salão na entrada e ainda com medo não corremos todas as casas, sendo tantas, e as retrat..... zarão formal algum....... mava achamos hum........... massa de extraordinária .... pessoas lhe custarão a levantá-la. Os morcegos eram tantos que investiam sobre a cara da gente e faziam tal burlha que admirava.Sobre o pórtico principal está huma figura de meio relevo talhada de huma pedra e despregada da cintura p cima coroada de louro representa pessoa de pouca idade, sem barba com huma banda atravessada e um fraldim pela cintura, debaixo do

escudo de tal figura tem alguns caracteres já bastante gasto pela ação do tempo, porém ainda divisamse os seguintes: clique aqui Da parte esquerda da dita parte está outro edifício totalmente arruinado, pelos vestígios bem mostra que foi um templo, porque ainda conserva parte de sua magnífica fronteiríça, ocupa um grande território e nas suas arruinadas paredes, se vêem obras de grande primor com algumas figura e retratos embutidos na pedra com cruzes de vários feitios, corvos e outras miudezas e convem carecer de longo tempo para admirá-la. Segue-se a este edifício huma grande parte da povoação, totalmente arruinada e sepultada em medonhas aberturas na terra, sem que em toda a circunferência se veja herva, árvore ou planta produzida pela natureza, mas sim montões de pedras, humas toscas


outras lavradas, pelo que entendemos........... verça, porque ainda entre......... da de cadáveres, que ........... e parte desta infeliz e desamparada cidade, talves por um terremoto. Defronte a dita praça corre um grande rio caudaloso arrebatamente , largo e espaçoso e com algumas margens que o fazem muito agradável a vista, terá a largura de onze até doze braças sem voltas consideráveis, limpas as margens de árvores e troncos que as inundações costumão trazer, sondamos a altura e achamos na parte mais profunda quinze e dezesseis braças. Da parte de trás tudo são campos muitos viçosos e contanta variedade de flores que parecem entoar a natureza, por esta fazenda produzir admimiramosos marimosos campos de flora. Admiramos tambem algumas lagoas cheias de arroz do qual nos aproveitamos e também inumeráveis

bandos de patos que se crião na fertilidade destes campos, sem nos ser difícil caçá-los sem chumbo mas sim às mãos. Três dias caminhamos rio abaixo e topamos com huma catadulpa que de tanto estrondo que fazia pela força das aguas do local que não julgamos faziam maior as bocas do decantado Nilo Depois de saldo espraia de sorte o rio, que parece o grande oceano, há todo cheio de peninsulas cobertas de verde relva com algumas árvores dispersas que fazem agradável.... aqui achamos..... a falta dele de noss.... tri variedades nos muitos animais achados sem fazer alvoroço que os cassão e os persigão. Da parte oriente desta catadulpa achamos vários subcavões e medonhas covas, fazendo experiências de sua profundidade com muitas cordas, achamos pedras

soltas e na superfície da terra cravadas em prata como retiradas das minas e deixadas a tempo entre estas furnas vimos uma coberta com huma lage e com as seguintes figuras gravadas na pedra que insinuarão grande mistério ao que parece: clique aqui , sobre o Pórtico do Templo vimos outros de forma seguinte delinhadas. clique aqui Afastada da povoação a distância de um tiro de canhão esta hum edifício como a casa de campo duzentos e cinquenta passos a frente pelo que se entra por um grande pórtico e se sobe por uma escada de várias cores dando logo num salão e depois desta 15 pequenas casas todas com as portas para o dito salão, ajus.....mão no pateo externo colunas em círculos quadrados por artifício suspenso com os seguintes caracteres:clique aqui Depois desta admiração entramos pela margem do rio a fazer experiência de

descobrir ouro e sem trabalho achamos boa pinta na superfície, prometendo-nos muita grandeza de ouro e prata. Admiramos ser deixada esta povoação dos que a habitavam não tendo ocorrido em nossa diligencia por este sertões pessoas algumas que nos contasse sobre esta deplorável maravilha. DE quem fosse esta povoação mostra bem suas ruínas e figura grandeza que teria e como teria sido populosa e opulenta nos séculos que floresceu povoada, está hoje habitada por andorinhas,morcegos ratos e raposas que cevados na muita criação de galinhas e patos se fazem grande como um cão perdigueiro, os ratos tem pernas tão curtas que saltam como pulgas e não andam e correm como os do povoado. Deste lugar apartou hum nosso companheiro juntamente com mais

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outros e partiu e após nove dias de boa marcha avistaram dois elementos brancos em huma canoa a beira de uma enseada que faz hum rio vestido a europia, deram um tiro para o alto para chamar a atenção ..... Para fugirem .... Tal peludos e bravos... mas diante da aproximação fugiram rio abaixo. Um nosso companheiro de nome João Antonio achou entre as ruínas hum dinheiro de ouro de forma esférica de grande circunferência, maior que nossas moedas de seis mil e quatrocentos réis de huma parte havia um moço pôsto de joelho e do outro um arco, uma coroa e uma seta com a imagem ou figura de cujo gênero não duvidamos acharmos outras na povoação ou cidade. Por que por algum terremoto não daria tempo necessário hum longo e muito forte e poderosos aquele entulho calçado de

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tantos anos mostra.

como

Estas notícias mando a V. Majestade, vem do sertão da Bahia e dos Rios Paraoassue Unâ, assentando não daar parte a pessoa alguma por que julgamos se despovoarão vila e arraiais, ams eu a V. Maj. as dou as minas que temos descoberto. Suposto que da nossa companhia saia já hum companheiro com pretexto diferente, contudo sugiro a V. Majestade que largue estas penúrias e venhas se utilizar-se destas, usando a industrias de peitar índios, para se fazer perdido e conduzir a V. Majestade para estes tesouros. .............. ............ Acharão nas entradas................ ....................... sobre as lageas...... cliqueaki " Manuscrito - nr. 512 manuscrito 512 - relato de uma cidade perdida A PESQUISA E A BUSCA PELA CIDADE PERDIDA

INTRODUÇÃO Muitas obras já foram escritas apresentando a tese de que o Brasil já teria sido descoberto antes da viagem de Cabral.Frequentemen te surgem aqui e ali indícios que revivam essa tese,e o assunto volta a ser comentado. O Brasil, talves tem sido um dos países menos estudados em termos da arqueologia e história antiga, mas ultimamente tem sido despertada a consciência do povo brasileiro para conhecer melhor seu passado, pois a história é uma ciência e como ciência ela poderá ser ampliada ou até mesmo revisto alguns de seus conceitos. Desde pouco depois do descobrimento oficial do Brasil por Cabral, tem sido achado com frequência muitas inscrições em rochas, a primeira delas que se tem notícia, foi achada em 1598 no atual Estado da Paraíba, e o que mais chamou a atenção era que as inscrições

continham muitas letras latinas a partir daí, muito mais inscrições foram achadas no interior do Brasil, tendo sido uma constante a presença de letras latinas e gregas, muitas formavam palavras e a sucessão destas palavras formavam frases, também foram achadas cerâmicas em estilo grego romano e a ainda moedas romanas cunhadas por volta de 200 a.c. . Em 1938 a Imprensa oficial do Estado do Rio de Janeiro editou um livro intitulado "Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica" escrito por Bernardo Ramos, que passou 30 anos no interior do Brasil colhendo inscrições em rochas, sua obra consta de 02 volumes em um total de 1.000 páginas , a comissão que ficou encarregada pelo Instituto Histórico de Manaus de analisar a obra deu o seguinte parecer: "Que as inscrições apresentavam entre outras, letras latinas


e gregas e que a sucessão destas formavam palavras e3 estas em sucessão formavam frasese que as cerâmicas apresentadas pertenciam ao estilo grego e que foram produzidas por mão humana hábil", o parecer da comissão nos dá uma visão de uma possível existência em época remota de uma civilização clássica greco-romana no atual território brasileiro, mas não só inscrições, cerâmicas e moedas foram achadas no interior do Brasil, também foram encontradas muitas ruínas de antigas metrópoles romanas, a mais impressionante delas foi a achada em 1753 por uma bandeira no interior da Bahia, os bandeirantes encontravam-se buscando ouro e prata quando em dado momento descobriram uma milenar cidade romana, os sertanistas atônitos a descreveram detalhadamentee encaminharam seu relatório ao então

vicerei, tal manuscrito foi encontrado em 1838 arquivado na biblioteca da côrte e publicado logo após na primeira revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, então recém criado, muitas buscas foram feitas com o objetivo de se localizar a cidade, mas nenhuma delas logrou a êxito. Na época da descoberta Portugal estava negociando o tratado de Madrid no qual ficava estabelecido que quem provasse que estava de posse de terra seria seu legítimo dono e quando a corôa lusitânia soube do encontro com a velha cidade romana, tratou de imediato de ocultar o fato até mesmo o comandante da Bandeira em seu manuscrito afirmava estar preocupado com a possibilidade de um companheiro denunciar a existência das ruínas e sugeria ao vice-rei que mandasse mais homens para remover todas as pedras.

O fato é que a coroa lusitânia nunca permitiu que qualquer informação sobre a descoberta de ruínas chegasse ao conhecimento do grande público, apagando-se então a história da colonização romana no Brasil. esta pesquisa está orientada no sentido de demonstrar que o império romano em sua época de máxima expansão atingiu o Brasil atual graçãs a sua frota naval,e aqui se instalou com o objetivo de explorar as jazidas de ouro e prata, permanecendo em solo brasileiro até pouco antes da queda do império em 476 d.c. . não quero de forma alguma fazer crer que os fatos ora relacionados e mencionados seja algo definitivo de certo não o é há muito ainda para se falar e se escrever, contudo é um primeiro passo a esse passado esquecido. depois de longos anos de pesquisas pude dar uma forma ao que

apurei compreendi que seria melhor adotar um estilo literariomais simples procurando evitar longas e demoradas explicações que tornaria a leitura cansativa. optei desta forma por um estilo simples e conciso de tal forma que a mais simples das pessoas pudesse ler e compreender o conteúdo e tirar suas próprias conclusões. RECONSTITUIÇÃO DOS FATOS HISTÓRICOS

Entre os povos da antiguidade três tiveram papel preponderante na história antiga do brasil, foram os tartessos fenícios e os romanos os fenícios foram grandes comerciantes e navegadores e viviam onde é hoje o Líbano. As navegações fenícias comneçaram há cerca de 2500 anos a.c., mas limitaramse durante muito tempo ao mediterrâneo. a saída do mediterrâneo pelo

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estreito de gibrlatar foi dominado pela dinastia dos atlantes, cuja capital era Gades. Os atlantes acreditavam que eram descendentes da suposta atlântida. dominou ambos os lados do mediterrâsneo durante 500 anos até serem dominados pelos Geriões. Fora do estreito de Gibraltar reinava os tartassos, o Rei judeu Davi dizia que os tartassos possuíam riquezas iguais às dos babilônios e que seus navios andavam em todos os mares. Com a queda do império dos atlantes em 1300 a.c., os fenícios aproveitaram a ocasião e realizaram uma aliança comercial com os tartassos com o objetivo de exploração marítima e comercial isso em 1200 a.c.. em 1008 a.c.o Rei Davi da judéia realizou uma aliança comercial com o rei de fenício Hirã da cidade de Tiro o rei Davi conta este acontecimento da seguinte forma "O meu senhor encheu

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meu coração com prudentes conselhos, para eu edificar um templo digno de sua glória precisava eu dum auxiliar que me ajudasse com sua riqueza, deus me mostrou Hirã, Rei daquele poderoso Tur que tantas riquezas ganhou com sua aliança com os tartessos cuja frota anda em todos os mares". O escritor Diodoro que viveu em Roma, nos dá nos capítulos 19 e 20 do 5 livro da sua história universal a descrição da 1 rimeira viagem que os fenícios fizeram em direção ao Brasil, os navegantes fenícios, segundo Diodoro, chegaram a um grande continente a oeste da África do outro lado do mar, seguindo as correntes marítimas, cita Diodoro que neste continente havia lindas praias, rios, navegáveis e uma densa floresta e muitas montanhas, clima ameno e muita fruta, cita ainda que os navegantes ficaraam muito tempo na costa deste

país e depois retornaram para o mediterrâneo e contaram a descoberta a seus conterrâneos e que estes resolveram de imediato fundar uma colônia lá. Diodoro nasceu na Sicília e viveu em Roma como contemporâneo de Julio César , escreveu uma história niversal em 45 livros dos quais ainda hoje existe um terço, era um historiador conciencioso, fez longas viagens e sabia inúmeras linguas , sua obra constitui uma fonte importante de pesquisa sobre história antiga, com a narrativa de Diodoro vemos que era bem conhecida pelos romanos a existência de um grande país do outro lado do oceano atlântico a oeste da áfrica e que era de lá que os fenícios traziam grande quantidade de ouro e prata, o filósofo Sêneca qu emorreu em 64 d.c. escreveu: "Nós romanos, sabemos que existe um país fértil além

do oceano eque também lá nasce outro orbe, pois a natureza das coisas em parte alguma desaparece." A disputa pelo domínio marítimo da antiguidade acirrou a rivalidade entre fenícios e romanos, os fenícios faziam de tudo para impedir a vinda dos romanos ao Brasil, o escritor americano Charles Berlitz cita: "Quando

as lendas sobre monstros e abismos não desencorajavam a competição, os fenícios seguidos por navios romanos pelo estreito de Gibraltar preferiam-se por a pique do que revelar sua rota". Até esta época, 261 ª c. os navios romanos não eram páreo para os navios fenícios, compreenderam os romanos que era preciso também conquistar a superioridade marítima para que a conquista fosse total e numa manobra ardilosa conseguem apoderar-se de um navio de guerrea


fenícios e o levam intacto para Roma e o aperfeiçoam profundamente e em 60 dias fazem 100 cópias dele, nasce então a Armada romana era composta de '100 navios cruzadores de grande porte com 100 metros de comprimento cada e 20 navios de assalto com 35 metros cada, um ano após, em 260 ª c. A Armada já tinha se multiplicado por 10, Roma já possuía 1.200 navios de guerra, formando um poderio naval insuperável, tendo um efetivo de 50.000 homens embarcados, começou então o mar mediterrâneo a ficar pequeno para as duas armadas e tornou-se inevitável o confronto entre as duas, ocorre então a primeira grande batalha entre as duas armadas. O local foi Mylae, hoje Milazzo na Sicília, ambas as armadas posicionaram frontalmente e trvaram uma das mais violentas batalhas navais da antiguidade, os

navios fenícios foram arrasados, com a derrota perceberam os fenícios que o fim estava próximo, uma a uma as cidades costeiras fenícias caem nas mãos dos romanos, permanece então o último ponto de resistência fenícia, a cidade de Cartago em 148 ªc. começa o cerco a Cartago que resite heroicamente, mas acaba caindo em 146 ªc. e é totalmente arrasada, os romanos levam para Roma os arquivos e registrou de Cartago, surge então a expressão "maré nostrum" e em pouco tempo os romanos tomam conta da Costa da África Ocidental da costa da península Ibérica e do canal da Mancha. Isto em 130 ªc., por volta de 120 ªc., chega as costas do Brasil a primeira esquadra romana, os fenícios que aqui ficaram recuam sem condição de luta, instalam-se então os romanos suas primeiras cidades em solo brasileiro ficam localizadas nas proximidades dos

grandes centros de mineração e extração de ouro e prata, as principais ficam localizadas na chapada da diamantina na Bahia, na serra do Caparão, Serra do cachimbo, serra do Paraíma, todas nas proximidades de grandes áreas mineradoras, as cidades tanto serviam como morada dos mineiros como também centralizavam o controle sobre a extração do ouro, dois grandes portos foram usados, um ficava na ilha de Marajó e o outro onde é hoje a cidade de Belmonte no Sul da Bahia, nas proximidades de Porto Seguro, a carga era transportada em grandes veleiros de 5 velas que eram construídas na cidade de Carpássio em Chipre segundo o historiador da antiguidade Plínio e ainda segundo Heródoto esses veleiros tinham capacidade para transportar 800 pessoas além da carga e que no seu

interior havia grandes tonéis de água para a travessia do Atlântico. Por volta de 300 d.c., as fronteiras do império romano começaram a ser atacadas, começa então o retorno das legiões romanas a Europa, por volta de 450 quase todos os romanos deixam o Brasil, preocupados em defender a própria Roma e em 476 d.c. o Império é destruído, as colônias do Brasil ficam quase desertas permanecendo apenas mulheres e crianças e alguns líderes religiosos começa a ocorrer com o Brasil o mesmo que ocorre com as colônias romanas na Inglaterra, o isolamento e a aculturação e a regressão as antiga cultura grecoromana. A

Europa passa a sofrer invasões de muitos povos e os mouros invadem a península Ibérica, o contato com o Brasil nesta época fica tremendamente

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precário da grande esquadra sobram 20 veleiros. O avanço dos mouros força o êxodo da população costeira de Portugal para o Brasil, uma crônica escrita em 740 d.c. por um padre narra este fato, cita a crônica que em 711 d.c. os mouros já tinham conquistado quase toda a península ibérica e que o arcebispo de PortoCale, hoje Porto, recusou-se a submeter-se a dominação dos mouros e deliberou com os seus codiocesianos como fazer para evitar grandes humilhações a seu povo e surgiu então como único meio a imigração, conta a crônica que juntaram-se 20 grandes veleiros e que a expedição partiu em 734 d.c. com 5.000 pessoas em direção a um grande país do outro lado do oceano e ainda que a expedição chegou a salva a seu destino. Com o contínuo avanço dos mouros cortou -se o contato entre a

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Europa e o Brasil e só se restabeleceu a partir de 1420 com a expulsão dos mouros da península ibérica, começou então a procura pela rota maarítima da antiga colônia romana, o então Rei de Portugal D. Henrique conclamava os navegantes a rpocurarem a antiga colônia, até que em 1473, chegou em Lisboa o açorense Fernando Telles dizendo que tinha chegado a velha colônia e mostrou um mapa em que aparecia a costa do Brasil atual, o então rei D. Afonso V doou as terras descobertas a Telles com a condição que o mesmo voltasse lá fizesse um melhor levantamento da região, e então Telles partiu para a viagem juntamente com Fernando Ulmo, seu genro e com João Sanches seu navegador e piloto, Telles morreu nesta viagem vitimado por uma febre, seu gnero, Fernando Ulmo, ao regressar então tendo dificuldades para

construir feitorias sozinho, realizou uma sociedade com um rico comerciante da Ilha de Madeira de nome João Afonso Estreito, agora já de posse de um mapa náutico melhorado Fernando Ulmo apresentou-o ao então Rei D. João II, nesta mesma ocasião João Sanches, piloto e navegador de ulmo foi a residência de Cristóvão Colombo com a cópia do referido mapa, nesta visita o piloto morreu misteriosamente em circunstâncias não esclarecidas e com sua morte sumiu a cópia do mapa. Fernando Ulmo e João Afonso estreito quando souberam da morte de Sanches na casa de Colombo forma direto ao rei D. João II que de imediato resolveu auxilialos dando-lhes soldados e navios, mas já era tarde, Colombo já tinha ido aos reis de Espanha e tendo conseguido deste bondosamente três caravelas, partiu em direção a América atual, Colombo ao regressaar espalhou

por toda a parte que tinha feito uma surpreendente descoberta por acaso e doava as terras descobertas a coroa espanhola, Portugal de imediato protestou e criou-se um atrito entre as duas coroas catóicas a situação chhegou a tal ponto que o PAPA Alexandre VI editou a bula Intercoetera, que determinava que as terras descobertas após 100 léguas do arquipélago dos Açores seriam da Espanha, a bula agradou muito a Espanha e desagradou muito a Portugal que resolveu sitiar a Espanha com sua Armada e a abrigou a assinar um novo tratado que dava a Portugal as terras descobertas até 370 léguas a oeste do arquipélago dos Açores e a Espanha sem ter como reagir assinou o tratado que ficou conhecido como o tratado de Tordesilhas, isso tudo seis anos antes da viagem de Cabral que tomou posse oficialmente do atual território brasileiro.


Procurei fazer uma reconstituição dos fatos históricos e como ficou claro esta reconstituição e ´muito diferente do que é contado nos livros de história, mas o fatos aqui relacionados podem ser encontrados em manuscritos da antiguidade , cartas régias de doações e entre os escritos dos autores da antiguidade clássica talves a história do Brasil fosse outra se o império romano não tivesse caído como caiu ou então os mouros não tivessem invadido a panínsula ibérica mas em fato é que a história não pode ser mudada e o que aconteceu não pode ser eternamente ocultado. AS PRIMEIRAS BANDEIRAS

A historia das bandeiras esta intimamente ligada ao encontro de antigas ruínas de cidades romanas, pois as bandeiras foram organizadas com o objetivo de

descobrir grandes centros de extração de ouro e prata e é lá também que os romanos em época muito distante levantaram suas cidades a exemplo do que ocorreu com a cidade Ouro Preto em Minas Gerais surgida graças a extração de ouro na região. Em 1551 uma bandeira partiu da Bahia chefiada por Sebastião Fernandes Tourinho tinha por objetivo descobrir ouro prata e pedras preciosas, a bandeira seguiu em direção ao atual Estado do Espírito Santo que os índios na época diziam que existia uma Mboab (aldeia calçada), segundo Sebastião Tourinho esta bandeira encontrou uma Serra de Esmeraldas. Tal serra despertou o interesse de muitos aventureiros que perderam a vida tentando encontrala, em 1574,o então governador geral Luis Brito de Almeida resolveu mandar,outra bandeira com o objetivo de verificar

a procedência da informação de Sebastião Tourinho, a bandeira foi chefiada por Antonio Dias Adorno e junto foi o padre João Pereira e o sertanista Jorge Velho, a bandeira tentou seguir o mesmo itinerário de Sebastião Tourinho, mas não conseguiu encontrar a tal será contudo na altura do pico da bandeira a expedição descobriu ruínas de uma antiga cidade que adorno não soube precisar a origem pois a região ainda era totalmente inexplorada era aquele o lugar que os índios chamavam de Moab, a expedição depois seguiu segundo o padre que a acompanhava em direção ao rio São Francisco e atravessou a chapada da diamantina, onde também segundo alguns estaria uma serra de esmeraldas, a expedição dissolveu-se na Bahia no sítio de Gabriel Soares. Há um fato interessante na história das primeiras bandeiras na Bahia, logo após a posse do

Brasil por Cabral, um náufrago chamado Diogo Alves que os índios chamavam de caramuru, conseguiu manter boas relações com os nativas e desta relação ocorreu um casamento com Diogo e uma princesa índia chamada Catarina. Deste casamento nasceram duas filhas uma de nome Filipa e outra Genebra, a primeira casou-se com o genovês Paulo Dias Adorno de onde nasceram Antonio Dias Adorno e Sebastião Alvares e do casamento de Genebra Álvares nasceu Belchior Dias Moréia, desta linha genealógica surgiu a família Dias D'Avilla. Com a dissolução da bandeira de Adorno no sítio de Gabriel Soares, Sebastião Álvares e o irmão de Gabriel, João Coelho de Souza resolveram ir a chapada da Diamantina para confirmar a história de que lá também havia uma serra de esmeraldas, e para lá partiram e ao chegarem lá João Coelho de Souza foi a tacado por uma febre

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maligna que assola a região e faleceu, voltando então Sebastião Álvares, Gabriel Soares que era escritor na época ficou de posse dos mapas de seu irmão e de Antonio Dias adorno e resolveu ir a Espanha pedir auxílio ao Rei Felipe II que reinava em ambas as coroas e tendo conseguido o auxílio de que precisava e ainda uma carta régia de doação de terras, voltou para o Brasil. Onde empreendeu a expedição e quando a bandeira chegou a chapada da diamantina no mesmo ponto onde tinha morrido João Coelho, a mesma febre atacou Gabriel Soares que não resistiu e morreu, a bandeira então sem comando voltou para a Bahia o destino mais uma vez tramou sinistramente contra os descendentes de Caramuru, Gabriel foi enterrado na capela do mosteiro São Bento, onde lá posteriormente foi enterrada sua esposa Ana de Algolo, em

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sua lápide sepulcral estava escrito "Aqui jaz um pecador". Dois anos depois um índio manso que acompanhara Gabriel Soares a chapada diamantina,, foi procurada Belchior Dias primo por parte de mãe de Gabriel Soares e mostrou umas pedras semelhante a prata, Belchior tendo confirmado que era prata resolveu então empreender viagem a chapada da diamantina, levou oito anos nesta jornada e em 1601 voltou a Bahia e como Gabriel foi até a Espanha pedir ao Rei títulos pelo seu achado, tendo em 1618 firmado um acordo de doação de terras em troca das minas de prata que Belchior teria então finalmente descoberto, contudo o rei Felipe II determinou que Belchior teria de levar ao local uma expedição do rei que lá então seria entregue a carta de doação, e desta forma partiu Belchior Dias para a chapada

da diamantina e quando a expedição chegou a serra do Rio de contas na chapada, Belchior convenceu o capitão que chefiava a bandeira a abrir a carta de doação e então descobrir que nela só constava uma patente de capitão a sua pessoa, Belchior recusou-se a ir em frente e tampouco mostrar onde estava as minas, foi espancado e torturado, mas não revelou. Foi então conduzido preso e algemado para a Bahia, onde foi jogado em uma prisão de onde morreu ao sair, mais uma vez o destino tramou sinistramente contra os netos de caramuru. Belchior deixou um filho chamado Robério Dias, que muitos confundem com o pai. Roberio Dias também foi um sertanista e ficou conhecido pelo apelido de "O Muribéca", costumase chamar Belchior Dias Dias de Muribéca contudo esta é sua historia segundo

dados colhidos do Instituto de Pesquisas Históricas da Bahia, o qual possui o auto de prisão de Belchior Dias com sua assinatura tomando conhecimento de sua prisão. A localização da serra de esmeraldas é algo muito discutido, desde a primeira expedição de Sebastião Tourinho que começaram surgir controvérsias um dos historiadores dizem que a bandeira seguiu em direção ao Espírito Santo, outros afirmam que ela seguiu em direção ao Espírito Santo, outros afirmam que ela seguiu em direção a chapada da diamantina isto em 1572, o mesmo se fala da expedição de Dias Adorno que encontrou as ruínas de uma cidade romana, há duvidas que foi na serra do Caparaó ou serra do Sincorá. Gabriel em seus manuscritos dizia que havia no interior da Bahia uma serra de cristal que se enxergava muito longe e que os portugueses que as


viram diziam que pareciam com as Serras de Espanha cobertas de neve. Na parte seguinte é narrada a história de uma bandeira que se aprofundou no sertão da Bahia. O manuscrito foi achado em 1838 já bastante maltratado pelo tempo e reproduzido pela primeira vez pelo Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, o manuscrito encontra-se hoje guardado no cofre da Biblioteca Nacional como documento raríssimo . (...) O ENCONTRO DE UMA ANTIGA CIDADE o MANUSCRITO 512 (...)Infelizmente o relatório no início é avariado e não trax o nome do chefe da expedição, todos os historiadores que analisaram as abandeiras da época acreditam que este relatório possivelmente foi escrito por João da Silva Guimarães que na e´poca era tenente-general, também conhecido como mestre de campo contudo um

outro sertanista pôde te-lo escrito é Antonio Lourenço da Costa, que em 1757 chegoua distrito diamantino de Tijuco em Minas Gerais e disse que passou 10 anos no interior em uma bandeira e que esta tinha feito descobertas supreendentes na serra Dourada na então capitania de Goiás, encontrei apenas dois manuscritos que fazem referência a este sertanista no Arquivo Nacional, nos quais é analizado umas amostras de material semelhante a prata, tendo o exame dado negativo. Desta mesma época existe algumas cartas que são datadas do mesmo local de onde e foi escrito o relatório ou seja do Rio Paraguassu na Bahia, o mesmo local onde morreu Gabriel Soares e seu irmão, existe uma do cabo da bandeira de João da silva Guimarães de nome Lourenço Antonio Bragança datada de 24 5 1754 que remeteu

amostras de um metal muito semelhante à prata, contudo as amostras que foram analisadas na Casa de Moeda do Rio de Janeiro deram negativas quanto a prata. Este mestre de campo José da Silva Guimarães era em 1720 capitão-mor na província de Ouro Preto, quando eclodiu o movimento chefiado por Filipe dos Santos para se libertar do domínio dos portugueses, tendo o movimento fracassado o capitão João da Silva fugiu para a Bahia tendo posteriormente conseguido o perdão graças a influencia de sua família. Em 1752 João da Silva irrompeu com uma bandeira nas cabeceiras do rio paraoassu na Bahia a dizer que vira as minas de Belchior Dias(cartas do Sertão Paraoassu Anais da Biblioteca Nacional , vol. Cit. Doc. Raro nr. 522 datado de pau-a-pique em 12.04.1753). A fazenda pau-a-pique encontra-se segundo informações

fornecida gentilmente pela Sudene na margem direita do rio Paraguaçu antigo paraoassu, a fazenda encontra-se pouco mais de 30km a leste da serra do Sincorá e foi por volta de 1750 uma grande estação de parada entre os viajantes e bandeirantes da época Em 1753 na vila de Bom sucesso das Minas Novas, Pedro Leonimo Maris, amigo pessoal do General João da Silva Guimarães apressouse em convncer ao vice-rei na época Conde de Autougia de que o general finalmente chegara ao maravilhoso local que tantos outros tinham tentado chegar em vão.(carta de 07.12.1752, anais da biblioteca Nacional, cód, raro n.º607) Com o resultado negativo das amostras emitido pela casa da moeda, ficou claro que não era ali que estava a suposta Mina de Belchior Dias, se é que ela realmente existira. Diante desta situação o general

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voltou para o sertão para o local incerto e ignorado a última notícia que se ouviu dele foi em 1764, depois sumiu por completo, acreditase que tenha morrido por volta de 1766. A história das minas de prata de Belchior Dias talves tivesse morrido aí juntamente com a descoberta da cidade abandonada, mas em 1838 um jovem chamado Manuel Ferreira Lagos, vasculhando os arquivos da biblioteca da corte encontrou entre os documentos encaminhados ao vice-rei o manuscrito e já bastante danificado pelo tempo e o entregou ao cônego Januário da Cunha Barbosa, que o estampou em boa cópia na primeira revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, começou então a busca pela cidade abandonada. Esta é a história da expedição de 1753 e de seu comandante João da Silva Guimarães, a ela se junta a de

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outros como a de Gabriel Soares e seu irmão que morreram na chapada da diamantina e a Belchior Dias preso e torturado por não revelar a localização das tais minas, juntase ainda a história de Benigno José da Cunha e de Percy Fawcett que morreram em busca da cidade abandonada e uma frase de um general que tentou chegar ao local que declarou ao então vice-rei "As minas são inatingíveis". O ESTUDO RUÍNAS

DAS

Muitos procuraram chegar até a cidade abandonada, mas algo fundamental deixou de ser feito, ou seja duas perguntas: quem construiu e quando foi construída a cidade descoberta em 1753? O melhor caminho pra responder a estas perguntas é seguir a narrativa do manuscrito. Cita ele: achamos

"...não nenhum

outro caminho a não o único que tem a grande povoação cuja entrada é por três arcos de grande altura o do meio é maior os outros dois do lado mais pequenos, sobre o grande e principal arco avistamos inscrições que se não podemos copiar foi pela grande altura." Estes arcos são sem dúvida o arco do triunfo. Inicialmente o arco do triunfo só possuíam uma passagem central e em cada lugar que Roma conquistava era erguido um Arco deste. Os arcos foram a marca registrada da arquitetura e presença romana, não havia uma só posse que não tivesse um arco do Triunfo. Os

últimos arcos construídos pelo império romano possuíam três aberturas, sendo que a abertura central era maior e sobre ela havia muitas inscrições narrando fatos. A cidade de Tingad na África possuía também um arco deste feitio. Estes arcos foram

construídos até o fim do império romano do Ocidente 476 d.c. e o último deles foi o arco de Constantino. O arco ficcava sempre na entrada da cidade a exemplo de Tingad.. Dele saía uma rua da largura das três passagens. O segundo dado importante é a praça, cita o manuscrito: "...demos em huma praça do tamanho regular e no meio dela uma coluna de pedra preta de grandeza extraordinário e sobre ela a estátua de um homen ordinário com a mão na ilharga esquerda e o braço direito estendido mostrando com o dedo indicador o povo do norte". È interessante notar-se a semelhança desta estátua com a estátua do cavalheiro romano desciberto no arquipélago dos Açores pelos portugueses. Ele também tinha o braço direito estendido e apontava com o dedo indicador a direção do Brasil,


contudo existe no vaticano uma est ´[atua de Otávio Augusto que viveu na época do máximo apogeu das conquistas romanas e em sua hoemnagem foram erguidas muitas estátuas em praças. Ainda praça cita memória:

na à

" ...em cada canto da dita praça está uma agulha à imitação que usavam os romanos, mas algumas jah maltratadas pela ação do tempo e outras partidas." Neste fragmento do manuscrito os próprios exploradores confirmam que as agulhas encontradas eram semelhantes a que os romanos usavam em suas cidades. Continuando ainda o manuscrito: "...pelo lado direito da dita praça esta um soberbo edifício como a casa de campo de um senhor de terra, faz um grande salão na entrada".

Tal descrição assemelha-se muito aos edifícios públicos romanos, provavelmente tratava-se de um fórum, marca constante nas praças de cidades romanas, tinham em comum um grande salão na entrada. Continua a memória..."sobre o pórtico principal da rua esta uma figura de meio relevo talhada em pedra, representa pessoa de pouca idade coroada de louro sem barba com uma banda atravessada e um fraudim pela cintura". Com repseito a esta estátua há pouco tempo tive a oportunidade de visitar o museu de Belas Artes no Rio de Janeiro e vi uma escultura praticamente identica a esta. Representava uma pessoa de pouca idade sem barba coroada de louro e atravessada por uma banda. Escultura feita por sinal em mármore. Dizia a plaqueta

abaixo:"desenterrada nos arredores de Roma em escavação realisada a custeio da princesa Isabel". Evidentemente, tanto a escultura encontrada em 1753 como a quye está no Museu de Belas Artes representam um imperados romano, se não o mesmo, a coroa de louros era sem duvida uma característica de imperador romano. Quanto as inscrições encontrada e copiadas , segundo um professor americano que deu em 1982 uma entrevista a rede globo pertence a escrita gregoptolomáica e foi utilizada de 100 a c. a 300 d.c. já na época da dominação romana na Grécia, este período de tempo concorda perfeitamente com a data dada anteriormente para a chegada de romanos ao Brasil, ou seja em 100 a c. Um detalhe importante foi dado pelo manuscrito quando referiu-se a moeda achada pelos

bandeirantes, cita o manuscrito: "um nosso companheiro de nome João Antonio achou entre as ruínas um dinheiro em ouro de forma esférica, maiores que nossas moedas de seis mil e quatrocentos réis de huma parte havia um moço posto de joelhos da outra um arco uma coroa e uma flecha". Um acvhado importante pois estátuas podem ser feitas nas mais diversas épocas dentro de um mesmo império mas moedas não possuem data e local onde circulamram e a que povo pertenciam e nos informam quem as cunhou, sobre esta moeda realisei exaustivos estudos em museus e órgãos especializados em mumismáticas, consultei um infinito números de catálogos sobre todas as moedas de todos os povos de todos os tempos em uma coleção doada pelo museu britânico ao banco do Brasil. Consegui descobrir

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um lado da moeda o lado do moço de joelhos, este cunho era utilizado em portos fenícios dominado por romanos com data de 260 d.c. na época do imperador Séptimo Severo, o outro lado encontrei várias moedas com cunho semelhante todas datavam de 100 d.c. a 300 d.c., todas pertencentes ao império romano. Estas datas concordam pereitamente com a data estabelecida aqui com o período de estadia dos romanos no Brasil mas não só estas moedas foram achadas, foram encontradas em uma escavação na Venezuela um pote contendo várias moedas romanas, as mesmas ao serem examinadas mostraram ser verdadeiras e datavam de 350 d. c. infelizmente as moedas encontradas na fazenda de provisão entre as ruínas da casa e ruas não foram examinadas quanto a sua data, só sendo

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verificada sua origem romana. Pelo que foi exposto pode-se concluir que esta cidade deve ter começado a ser construída por volta de 50 ªc. tendo atingido o seu apogeu em 400 d.c., sendo então progressivamente abandonada até atingir o estado em que foi encontrada em 1753. Procurei aqui dar uma visão do que foi visto realmente pelos bandeirantes de 1753, evitei fazer especulações infundadas ou fazer qualquer afirmação sem estudar minuciosamente um a um cada monumento, esta é uma apresentação imparcial dos fatos, a seguir apresento cinco perguntas com suas respostas. 1o. - A que estilo pertencem os monumentos apresentados? Ao estilo romano 2o. - Qual o período destes estilos? De 50 ªc. a 400 d.c.

3o. - A que povo e a que época pertencem a moeda encontrada? Ao povo romano, cunhada entre 260 a 300 d.c. 4o. - A que estilo e povo pertencem as letras copiadas? Ao estilo grecoptolomáico e pertencem ao império romano 5o. - A que religião e época pertencem os ´simbolos religiosos achados? Pertencem ao início da religião católica A BUSCA DA CIDADE ABANDONADA Ao tomar conhecimento do documento o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, incumbiu seu representante na Bahia, o cônego Benigno José de Carvalho e Cunha de localizar a cidade encontrada em 1753, contudo a expedição foi acometida pro uma doença que assola a região e não

completou o seu objetivo, Benigno teve a mesma sorte que Gabriel Soares e seu irmão tivera anteriormente, faleceu em virtude da doença adquirida. Benigno escreveu várias cartas, contudo só achei cinco, afirmava ele em suas cartas que tinha localizado a cidade abandonada, mas que não tinha meios de chegar até lá em virtude da doença contraída e dos perigos existentes na região, isto em 1845. Em 1848 o Major do exército Manoel Rodrigues de Oliveira, acusou Benigno de haver deliberadamente escondido a localização da cidade e só andar em lugares opostos onde o manuscrito indicava e que Benigno tinha na realidade o propósito de se apossar do ouro e da prata existente no local e declarou ainda que tinha encontrado ruínas semelhantes em uma fazenda denominada Previsão a 150 km da Vila Camumu, e que


as mesmas tinham fragmentos de louças finas, ruas e casas e que lá também tinham achado moedas com cunho romano e deu como testemunha o Sr. Cypriano Antonio Gusmão, juiz da Vila Belmonte. Realmente, segundo informações que gentilmente me cedeu a SUDENE, existe uma fazenda chamada Provisão no local indicado por Manuel Rodrigues em 1848 e que lá em qualquer lugar que se cave encontra-se fragmenbtos de louças e utensílios em geral de uso comum na antiguidade e fora de uso a mais de 1500 anos. Possivelmente este local as margens do Rio de Contas, pertencente hoje ao município de Jequié na Bahia foi na época da colonização romwana uma estação de parada entre a grande cidade e o porto situado onde é hoje a cidade de Belmonte, próximo a Proto Seguro.

È interessante frisar que Camamu em Tupi significa lugar onde se guarda ou conserta barcos, seria o que chamamos hoje de porto. Ainda no século XIX, em 1840 chegou à Bahia a fragata dinamarqueza Bellone, com os tenentes Swenson, Schuls e o naturalista Kruger, encarregadas de examinarem estas ruínas, mas não chegaram até ela. O fato é que o descaso e a incúria das autoridades da época transtornou e impediu as buscas de tal forma que não se localizou a tal cidade apesar dos fortes indícios de sua localização, até mesmo o I.H.G.B. Abandonou inexplicavelmente Benigno no meio do caminho colocando em perigo toda a expedição. Em 24.02.1841 Benigno encontrava-se na Capital da Bahia quando foi incumbido pelo IBGH de procurar a cidade abandonada encontrada em 1753,

cita ele na sua primeira ao IHGB. "Encarregado pelo IHGB para indagar sobre a cidade abandonada, obtive informações de muitas pessoas e em especial a do Sr. Remigio Pereira de Andrade, natural de Minas, isade 73 anos e do Sr. Desembargador Mascarenhas, que desde o município do Rio das contas, onde foi ministro, tinha atravessado a Serra do Sincorá e as terras do rio Paraguaçu e Uma(citado no manuscrito). Diria eu, que escreveram entre o rio Uma e o Rio das contas e não do Una e Paraguaçu, procurei informar-me sobre a serra do sincorá e soube o seguinte: 1o que é talves a mais alta e inacessível serra que tem no sertão da Bahia, vista da parte norte eriçada por grnades penhas que brilham em que brilham muitos cristais e seu cume está sempre coberto de nuvens até as

11:00 horas e que não tem mais que uma tromba (caminho aberto na rochaaté o cume) na parte norte, pela qual só faz acessível ao seu cume; 2o que esta tromba aberta desde a raiz até o alto da montanha tem a forma de ziguezague, e que se leve três boas horas para subir; 3o e que desde a tromba a povoação do sincorá vão 2 léguas e não há mata ou rio que impeça o trajeto, são campos gerais e tudo isto confirma com a relaçãodos aventureiros de 1753. Continua ele: "...pretendo examinar a catadulpa (cachoeira)do braço do Sincorá contudo se o tempo e as condições meteorológicas permitirem, contaram-me e em especial o sr. Antonio Joaquim Cruz marchante de profissão , que tinha viajado por todos os vales e por aquelas terras vizinhas do

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sincorá e ao braço do sincorá e a dois dias acima da dita cachoeira e pelas suas informações soube que a cidade está encoberta por matas e que o braço do sincorá se despenca por uam elevada cachoeira por bocas diferentes, fazendo um enorme ruído e forma várias penínsulas de verde relva e que nas margens oriental desta cachoeira há muitas minas profundas e algumas abertas em penhas em forma de abóboda e resultam em furnas insondáveis". Este é o resumo da primeira carta, a segunda Benigno já se encontra na povoação do Sincorá e é datada de 20.08.1842 e tembém é endereçada ao IHGB, benigno não foi ao local onde tinha dito na sua carta anterior, segundo Benigno pelas informações que tinha colhido no local soube que a cidade estava entre os rios Tingá e Andaraí detrás dos morros de

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Orobóssimo e que tinha a cidade virado refúgio de escravos fugidos neste época Benigno foi atacado por uma febre maligna cita ele:"...adoeci no ddia 03 de fevereiro de uma febre que aqui chamam de maligna, que me pôs a morte mas dentro de oito dias ainda mal convalescido fui atacado por sezões(espécie de dengue) até o fim de junho, e só pude fazer a primeira viagem ao sincorá em 16 de junho de agosto corrente. O fastio mortal de cinco meses me poseram em um estado de debilidade para mim novo, reduzi-me a um esqueleto, todos me acompanhavam também adoeceram, das sete pessoas que me acompanhavam , depois de sãos só ficaram comigo dois ordenanças e meu criado particular. Neste tempo chegou a resposta do Governador ao auxíio que pedi para continuar a jornada e resposta foi negativa".

E cita ainda "já sem esperança de concluir minha missão por falta de rescursos, enquanto acabava de convalescer para voltar a Bahia, mandei um ordenança com um negro a examinar a tal cachoeira do paraosisinhi.Voltaram 15 dias depois e não tendo achado notícia da catadulpa deste rio, mas só um sumidouro de 20 ou 30 passos de extensão, depois do qual surdia o rio, eles não se atreveram a descer o rio abaixo até onde se alarga a serra do sincorá em razão do emeranhado de mato que cerca de um lado a outro lado, adiantaram-see então até o rio grande, ao norte de timbó, ali encontraram homens que tinham entranhado por aquelas solidões e tendo eles aberto uma nova picada para virem por ela ao sincorá a um casamento, em princípio de março passado, foram sair nos campos gerais, onde há uma antiga

estrada de sertão esse arrancharam na fralda cristalina dos morros em frente a estas gerais e vendo uma boa estrada pra subir os morros, deixaram a cavalgadura e malotagem em baixo e subiram a pé até encima, e chegando ao alto avistaram a cerca de légua e meia uma povoação na qual sentiram o rufar dos tambores e as aves marias e viram subir dela muitos foguetes, retiraram-se e quando chegaram em baiaxo só encontraram a cavalgadura, os negros lhe haviam queimado toda a roupa e malotagem e se não apanhassem caça de certo teriam morrido de fome antes de chegar ao sincorá. Estes morros ficam entre o tingá e o Andaraí. È este pois o quilombo que tanto ouvi falar por aqui e que por estas notícias." Na carta pede Benigno ajuda ao IHGB para que lhe forneça os meios necessários para continuar sua missão.


Mas a ajuda nunca veio. A terceira carta não é muito diferente, escrita dois anos depois em 01.06.1844 Benigno confirma a versão que a cidade teria virado refúgio de escravos fugidos, cita ele: "Estes meus cálculos sobre a cidade abandonada acabam de ser confirmados por uma testemunha de vista. Indo eu para o rio Tingá, recebi uma carta de Sr. José Rodrigues da Costa do arraial de Utinga, na qual me diz que um negro capturado, morador com seu senhor no lugar chamado serrado de Orobó, se oferecia para me acompanhar até a cidade em troca de sua alforria e mostrar o quilombo onde ele esteve e a cidade que eu buscava, diz este negro que a cidade está próxima ao quilombo e que os negros do quilombo vão lá passar o domingo e dá tão exata notícia das casas e entrada e das

estátuas e rio que corre defronte a dita praça que enquadra perfeitamente com o roteiro de 1753, mandei chamar o negro e lhe prometi a alforria contudo o Sr. Dono do escravo não permitiu que viesse e não o vende por preço algum. Há três meses estou doente novamente atacado por sezões, se Deus me ajudar entrarei na cidade depois de São João." Sua última carta que achei foi escrita em 23/01/1845 e era dirigida ao governador da Bahia solicitando auxílio para continuar a jornada , visto que o IHGB o tinha abandonado, contudo o auxílio não chegou, cita Benigna a carta que tinha esperança que o Senhor dono do escravo de nome Francisco permitisse sua vinda, uma de sua última frase foi: "...e por isto creio estar perto da cidade". Chegou-se até ela nunca saberemos, morreu vitimado pelas contínuas

doenças que contraiui uma delas lhe deu uma insuficiência hepática que lhe foi fatal. A região onde Benigno andava a chapada da diamantina é sem sombra de dúvida uma das mais difíceis regiões do país em termos de deslocamento e sobrevivênvia, é um local fatal para quem está acostumado a vida urbana, é raro as pessoas que lê empreenderam jornada e voltaram com vida, um relatório de um general de nome Miguel Pereira da Costa mostra bem como é esta região. "Até aqui é grande o trabalho, cooperando a maior parte dos elementos contra a saúde e contra a vida...contém a travessia léguas de horroroso caminho, por que parece que a natureza se empenhou em fazer se trânsito difícil, sendo não só serrania continuada mas como montões de serras umas sobre as outras, cujo vértice há de se avançar, subindo

vértice sobre vértice, é raro o dia que a chapada esteja clara sem nuvens, está quase ali sempre a chover sendo que esta neblina e chuva miúda maltrata homens e cavalos pois não há lenha para acrescentar fogo, é preciso ajudar os cavalos na travessia da serra, as vezes arrebentam seus peitorais e caem as cargas, outras, os cavalos voltam-se pra trás e despencam-se pelos precipícios. É tal a ossaria de cavalos mortos por esta serra e chapada que se poderia chama-la de serra dos ossos. O incrível desta chapada é que se poderiam consumir exércitos inteiros que tentassem passar por ela utilizando uns poucos defensores”. Conclui

o

general: "Este lugar é forte por natureza e inconquistável". Durante esta jornada o General foi atacado por uam doença e ficou paralítico. Fica claro que a chapada da

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diamantina tornou-se no passado um lugar onde floresceui muitos quilombos, justamente pela dificuldade de atacálos, os maiores foram os quilombos do Tupim, Andaraí, Rio de Contas e Orobó, este quilombos foram destruídos em 1789, contudo o quilombo Orobó não foi localizado epermanece até hoje incerta a sua localização, é natural e lógico que a cidade que foi encontrada em 1753 fosse utilizada como refúgio por escravos fugidos. Há de se lamentar o descaso e abandono que o IHGB órgão mantido pelo próprio imperador D. PedroII abandonasse Benigno em sua missão, além desta tentativa de Benigno na chapada da diamantina, nenhuma outra foi oficialmente realisada, ficando apenas casos de tentativas isoladas, impressiona a incúria e o descaso dos representantes dos órgãos científicos e das autoridades pelo

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patrimônio históricoarqueológico do Brasil, as tentativas posteriores ficaram por conta de estrangeiros tendo as Autoridades brasileiras colocado toda sorte de obstáculos e recusando-se terminantemente a voltar a comentar o assunto. Apresento a seguir a história da expedição Fawcett, que acabou transformando involuntariamente esta história em uma lenda. Ahistória da expedição foi muito especulada pela imprensa que deturpou os acontecimentos e deu caráter sensacionalista à expedição chegando até mesmo ao absurdo de declarar que Fawcett procurava uma cidade subterrânea de venusianos, mais uma vez a irresponsabilidade pairou sobre um assunto sério, talves com um objetivo de quem sabe esconder algo.

PARTE VI - A BUSCA CONTINUA A EXPEDIÇÃO FAWCETT A história da expedição Fawcett, veio se somar tragicamente a esta história. O coronel inglês Percy Harrison Fawcett, engenheiro, lutou na 1o Guerra Mundial e depois dela passou a dedicar-se a expedições arqueológicas na América do Sul, homem de grande resistência física, atravessou a floresta amazônica enfrentando índios onças, cobras toda a sorte de doenças. Acreditava fielmente que o Brasil tinha sido parte da suposta Atlântida e que no território brasileiro ainda existia ruínas da Atlântida. Fawcett acreditava que a cidade descoberta em 1753 era uma das cidades, bem como a da Serra do Cachimbo e da Serra da Paraima. Contudo Fawcett não levou em consideração o estudo das ruínas., aliás nunca feito em época alguma.

Esta fixação pelo mito da Atlântida acabou por afasta-lo do campo da pesquisa histórica levando-o a envolverse com mitos e lendas que nada tinham a ver com as antigas ruínas das cidades romanas. O coronel Fawcett como a grande maioria dos pesquisadores, estavam tão ávidos em achar as cidades abandonadas que simplismente se esqueceram de estudar o que estavam procurando, desta forma saíam para procurar algo que não sabiam onde estava e muito menos o que era. Fica óbvio que desta forma sem nenhum estudo jamais achariam coisa alguma, pois nem mesmo sabiam o que estavam procurando. Fawcett acreditava que a cidade estava localizada na chapada diamantina, nas proximidades de 11o 30' lat. E 42o 30' long. Aprox. não muito distante do lugar onde Benigno dizia que estava a


cidade habitada por escravos fugitivos. Fawcett fez várias expedições no interior do Brasil e em sua última pretendia chegar até esta cidades que ele chamava de "Z". Sua última notícia datava de 25 de maio de 1925. Desapareceu no norte de Mato Grosso, próximo a Serra do Cachimbo seguindo a indicação que lhe deu um índio que dizia que havia naquela serra nas margens de um rio que desaguava numa gigantesca cachoeira e se abria embaixo como um mar, uma cidade abandonada que tinha ruas, calçadas com pedra e nela havia templos onde num passado distante se realizava cerimônia semelhante ao batismo de hoje e que lá havia também a estátua de um homem. Esta descrição da cidade levou a Fawcett crer que aquela seria a cidade descoberta em 1753, apesar de estar firme na convicção que a mesma estava

situada na Bahia, nunca mais foi visto. De sua expedição e busca só restaram seus manuscritos que ficaram para trás do qual pude extrair algumas frases. Há ainda algumas cartas que Fawcett escreveu a sua esposa as quais retirei alguns fragmentos que exponho. Cita o coronel Fawcett em seu diário na pág.27 "Há outras cidades perdidas além destas duas: A de 1753 e a descoberta em 1913 pelo coronel inglês O'Sullivan, na época cônsul britânico no Brasil., Segundo o cô0nsul, tinham encontrado uma cidade muito semelhante a de 1753, contudo de menor porte e localizada no interior da floresta n aBahia a 12 dias de viagem de Salvador. Há mais outra remanescente de uma antiga civilização, cujos habitantes se degeneraram. Eles porém, conservam em seus

pergaminhos e chapas de metal os registros de um passado esquecido. É quase idêntica a que se encontrou em 1753, porém menos destrruídas por terremotos. Os jesuítas dela tiveram conhecimento e também um francês que neste século fez várias tentativas para chegar até ela , sem resultado. Um inglês que havia viajado muito pelo sertão soube também de sua existência ao ler um velho documento que se achava sob a guarda dos jesuítas. Sofria de câncer em adiantado estado. Desapareceu do cenário talves pela doença". Fawcett referia-se ao coronel O'Sullivan que morreu em Manaus em um hospital vitimado de câncer. Continua ele na página 249: "...não está claro o que aconteceu à colônia do Brasil central depois da destruição parcial de suas cidades. Os sobreviventes podem ter ficado isolados

durante longos períodos de tempo no meio dos pântanos". Fawcett chamava a cidade de 1753 de "Z". Dizia ele na página 287 de seu diário: "Z" não está nas margens do Rio Xingu e nem no Mato Grosso", prossegue ele na página 251: "...no nosso caminho para "Z" teremos a oportunidade de atravessar o território dos índios morcegos. Quando então terei o prazer de estuda-los", foi esse seu grande desastre. Tais índios segundo a Funai eram os índios "Avacanoeiros", a tribo mais violenta que se tem tido notícia. Nutrem um ódio profundo pelo homem branco. Matam sem piedade e não conhecem nenhuma regra de vida em sociedade. Nem mesmo as tribais. São nômades , andam sem parar destruindo tudo o que vêem pela frente, matando os animais, homens mulheres crianças e destruindo qualquer

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construção ou qualquer coisa viva ou inerte que encontre. São negros de cabelos compridos. Fawcett acreditava que poderia estuda-los. Estava enganado, aliás um engano fatal. Cita Fawcett em seu diário: "...O nosso caminho será entre a região onde dizem ser infestada por índios, onde espero encontrar alguns traços de cidade habitada. Pretendo visitar uma torre de pedra a 11o 43' e 54o 35' O . Depois rumaremos para o Araguaia. No distrito de Santa Maria e depois seguiremos para o rio Tocantins Passando pela cidade de Pedro Afonso ou ponta do nascimento. O nosso caminho será entre 10o e 11o até as montanhas entre a Bahia e Goiás, depois entre as montanhas entre Bahia e Piauí, até o rio São Francisco até Chiquechique e se estivermos em condições visitaremos

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a velha cidade abandonada (1753?) a qual já faz aproximadamente a 11o 301 e 42o 30' completando as investigações". Cita ainda ele na página 240 "sondei os três lados para assegurarme qual era o melhor caminho, vi muita coisa que faria muita gente arriscar para ver mais". Pelo que parece Fawcett sabia a localização da cidade perdida, ele mesmo em certa ocasião revelou que só pouco antes da sua última expedição , a de 1925 foi que descobriu o rumo tomado pela bandeira de 1753. Na página 217 de seu diário cita ele:"ocorreu-me que meu principal objetivo poderia ser alcançado passando pelo estado de Goiás, evitando assim uma volta pelo Mato Grosso", se tivesse feito isso possivelmente não teria morrido. O desaparecimento do coronel Fawcett no Mato Grosso, próximo a fronteira da Pará, provocou um incidente

diplomático entre o Brasil e a Inglaterra. Muitas expedições foram realisadas com o objetivo de encontra-lo mas não lograram êxito. Muitos boatos começaram a aparecer entre os quais que Fawcett procurava uma cidade subterrânea. Chegaram até mesmo a dizer o absurdo que Fawcett procurava incas venusianos, boatos levantados com cunho sensacionalista em 1982 no dia 18/07. tive a oportunidade de ver pela televisão uma reportagem da rede Globo de televisão em seu programa Fantástico uma reportagem sobre a expedição Fawcett. Nesta ocasião foi dito novamente que Fawcett procurava uma cidade subterrânea e em conseqüência da afirmação e dos protestos que vieram do estrangeiro em particular da Inglaterra, um novo programa foi ao ar em 03.10 de 1982 no qual um pesquisador inglês mostrava uma

foto de um satélite usando câmaras infra-vermelhas que podem fotografar objetos oclutos sobre as árvores, na qual aparecia o que parecia ser uma cidade abandonada bem próximo ao lugar em que Fawcett desapareceu. Infelizmente o pesquisador não as coordenadas exatas da foto mas este programa apresentou os fatos sem um domínio do assunto de forma que ficou completamente vaga a compreensão. Via -se claramente que não se tinha a menor idéia do que estava sendo tratado e permanecia a idéia de que era uma cidade de Incas venusianos que estavam procurando. Não sei realmente como as coisas chegaram a fluir nesta direção e é difícil compreender como um assunto sério pode ser alterado para algo que não corresponde a realidade. Em uma de suas últimas cartas que Fawcett


escreveu a sua esposa constava o seguinte: " contaramme que na fazenda do coronel Hermenegildo Galvão, um chefe índio da tribo Nafagua de nome Roberto, cujo território ficava entre os rio Xingu e Tabatinga afirmou conhecer uma cidade onde moravam índios com ruas calçada e casas baixas e havia um grande templo onde se realisavam cerimônias de batismo, os outros índios que falavam dela diziam haver nestas casas luzes que nunca se apagavam. Foi a primeira vez que ouvi falar nestas luzes que tinham sido encontradas em casas antigas". A

respeito destas luzes que também foram vistas pelas bandeiras de 1753, há de se esclarecer o seguinte: por volta de 1570, Gabriel Soares, que foi um dos primeiros portugueses da Bahia, escreveu em seus manuscritos que havia um bicho que

os índios chamavam de Mamoa ou Mama que emitia uma forte claridade e que à noite tais bichos entravam no interior de casas abandonadas e que lá faziam sua morada e que durante a noite parecia que a casa tinha muitos lampiões acesos tal a claridade que tais bichos emitiam. Cita ele que às vezes estes bichos entravam em casas habitadas e que seus moradores ao abrir os olhos no meio da noite e ver a casa toda clareada. Escrevia Fawcett em sua última carta:"talves quando voltarmos a nossa história vá surpreender o mundo. Espero estar escrevendo a próxima carta de "Z" ou do Estado do Pará, quando já então tivermos feito a maior e mais extraordinária descoberta arqueológica de todos os tempos e estou certo que chegaremos a "Z". Esta foi sua última frase. Desapareceu após

deixar vestígios . esta última carta era datade de 25 de maio de 1925 nas coordenadas 54o 35' oeste e 11o lat. . Lamento profundamente o desaparecimento do coronel Fawcett que sabia das novidades que poderia ter trazido se não tivesse desaparecido.depois do desaparecimento do coronel Fawcett não houve mais expedições à cidade abandonada.soube apenas por fragmentos que outras pessoas viram uma cidade semelhante no alto de uma montanha. A priemira delas foi em 1720 segundo consta em um manuscrito datado daquele século no qual consta que um padre chamado Franscisco de Mell. Ao afastarse mais de duzentas léguas da última cidade conhecida na Bahia em 1720 viu uma grande montanha que ao aproximar-se dela viu um grande templo e que no seu interior tinha muitas capelas voltadas para o

centro de um grande salão e que no alto da montanah divisava a figura de uma grande cidade . tal templo também foi citado também pela expedição de 1753. mais tarde por volta de 1790 um padre vindo do Estado de Minas Gerais afirmava também ter visto uma grande cidade cuja a entrada era por grandes arcos no alto de uma montanha contudo ... Não foi possível dizer exatamente qual era o local, pois morreu antes disso no Instituto Histórico da Bahia há varias descrições de marchantes e tropeiros que perdidos viram tal cidade no alto de uma montanha e em todas há um fato constante, na entrada da cidade existem grandes arcos. Procurei verificar as coordenadas dadas por Fawcett sobre a possível localização de tal cidade na Bahia, bem como as indicações dadas por tropeiros e viajantes

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e procurei associar estas informações a dados históricos e tradições sertanejas locais e de posse de fotos aéreas tiradas pela Sudene. Vasculhei cada centímetro destes locais indicados olhando detalhadamente rua por rua casa por casa e infelizmente vista do alto todas as construções tem os mesmos aspectos. Não é possível identificar do alto um arco do triunfo de uma casa grande, desta forma verifiquei as coordenadas dadas por Fawcett e nelas não encontrei nenhum aglomerado de construções que parecesse uma cidade, apenas casas muito espaçadas e algumas cidades pequenas, a não ser é claro que tais ruínas se ainda em bom estado de conservação foram invadidas e habitadas trasnformando-se em cidades, fato que é bastante possível pelos estudos das fotos muitos dados interessantes foram levantados, como a

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de caminhos em formas geométricas rígidas. Do estudo das fotos pude verificar até o momento três pontas que guardam aas carcaterísticas do lugar procurado, um deles encontra-se ao norte da Serra de Rio de Contas mais precisamente no lugar denominado Serra da Tromba, onde existe um caminho entre duas serras que formam um V no qual se leva cerca de três horas pra subir e no alto dela se avista uma cidade a uma distância de légua e meia (10 km), esta cidade chama-se hoje Catolé, na mesma Serra ao Sul, existe também a cidade de Livramento do Brumado que também guarda muitas características da cidade de 1753, esta serra tem em sua composição grande quantidade de cristais e é o pico mais alto de toda a Bahia, sendo 2033 mts. que

Ao observador encontra-se

embaixo, parece que os picos chegam ao céu e esta mesma serra costuma ter grandes terremotos, lá também é onde se encontra os tais veados brancos e existe uma quantidade surpreendente de morcegos, tudo isto lembra a descrição dada pelo manuscrito de 1753. Na serra ao lado a Serra de Sincorá, há um estranho alinhamento em forma de cidade, exatamente idêntica aos Castrum Romanos, passando pelo lado deste estranho alinhamento - uma rua principal dividida em dezesseis quadras retangulares o rio Una, citado no manuscrito que deságua a três dias de caminhada abaixo no Rio Paraguassu, também citado no manuscrito, este alinhamento apesar de se ver do alto uma grande quantidade de casas, não tem nome, muito menos aparece nos mapas, o que impressiona pelo seu tamanho que se iguala ao da cidade de Salvador.

Não creio que o que sobrou das antigas cidades dos romanos seja algo difícil de se achar emtermos arqueológicos. Essas ruínas são muito recentes e tem por volta de 1500 anos, o que em termos arqueológicos não tem grande valor, contudo historicamente e no país onde se encontram, o Brasil, sua importância cresce muito, pois amplia consideravelmente o horizonte histórico, de certo que as pessoas que acreditavam que tais cidades eram parte da antiga Atlântida ou mesmo tinham sido construídas por Incas Venusianos ficaram profundamente decepcionados, pois trata-se de ruínas recentes construídas nesta era sob a influência da Igreja Católica. PARTE VII A INFLUENCIA ROMANA SOBRE OS ÍNDIOS


A presença da cultura romana no Brasil por cerca de 500 anos deixou marcas sobre a população natural.È importante lembrar que apesar do domínio romano por cerca de 500 anos, os fenícios que os antecederam aqui permanecem por cerca de 1000 anos, desta forma a língua e a religião fenícia influenciaram pesadamente a língua tupi-guarani, a influência chegou a tal ponto que a língua tupi-guarani tornou-se praticamente idêntica ao fenício antigo. Nas escavações arqueológicas realizadas na Síria, antiga Fenícia, descobriu-se tábuas de argila escrita em língua idêntica ao tupi-guarani. Os romanos por sua vez não tiveram tempo suficiente para alterar a cultura fenícia já assimilada pelos naturais, mas influenciaram bastante na pintura. Temos hoje no Brasil as tribos indígenas

dos Carajás e Marajoaras que utilizam claramente em suas pinturas o estilo greco-romano, tendo ainda ficado entre os índios brasileiros algumas influências na língua da cultura grecoromana. Temos no tupi AGA significando bom e AGATHOS em grego cm o significado de som;OIKIA em grego sendo casa e OKA em tupi;MURUS em latim sendo construir e MRU em tupi significando construtor. A exemplo de Caramuru, nome dado a Diogo Álvares que organizou a construção da cidade de Salvador ( cara=branco e muru=construtor), no grego temos ET eno latim temos TE significando duplicidade e no tupi temos TE significando duplo. Ainda em tupi temos poti significando Rio e potamos em grego significando rios. Poderia prolongar-se mostrando as semelhanças entre o tupi e a língua clássica, contudo é

na influência religiosa que ficou uma marca mais forte. Conta os cronistas da época da chegada de Cabral que os índios mostravam a marca de dois pés na rocha e diziam que ali tinha estado um Sumé, que em tupi significa líder religioso. Segundo os índios, Sumé tinha longas barbas brancas e usava uma longa túnica e uma cruz pendurada no pescoço. Usava uma espécie de cajado e disseram ainda que o Sumé lhes ensinou que o grande TUPÂ( tu em latim significa venerar e TU em tupi significa também venerar e Pã = Deus em tupi) havia criado o mundo e todos os povos e que mandou em certa época um dilúvio pra castigar os homens por causa de seus pecados. Um livro sobre a semelhança da religião tupi com a propagada no início do cristianismo foi escrita pelo padre francês Claude D'Abbenville e foi apresentado à rainha

regente e ao arcebispo de Paris. Declararam ambos na ocasião que o livro era produto de fantasia, alegando que os índios simplismente não poderiam saber tais coisas sobre religião e por este motivo o livro foi suprimido pela inquisição. Noutro livro semelhante que foi escrito pelo padre Ives D'Avreux e apresentado ao Rei Luiz XIII e o deixou profundamente irritado e a censura eclesiástica suprimiu o livro. Um fato não muito diferente aconteceu na América Espanhola, os Espanhóis ao chegarem foram recebidos amistosamente e verificaram com espanto a semelhança com a religião católica. O uso da cruz era constante, até mesmo os governantes locais usavam mantos que eram adornados com cruzes. Ficaram surpresos quando descobriram que

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muitas lápides mortuárias ostentavam cruzes e outros símbolos religiosos como o peixe, usado no princípio do cristianismo e quando resolveram questionar o porque do uso destes símbolos, tiveram como resposta que em uma época passada apareceu entre eles um certo líder religioso que eles chamaram de Tanapa. Este líder usava uma longa barba branca, vestia uma longa túnica também branca e usava uma cruz pendurada no pescoço e um cajado. Este líder os conclamou a deixarem o culto do Sol e cultuarem um Deus único e a todos aqueles que convertia derramava sobre suas cabeças a água que colhia do rio, disseram ainda aos espanhóis que por onde passava deixava gravado na rocha a marca de seus dois pés, contudo havia entre os índios certa resistência pois Tanapa desposava

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mulheres passava.

por

onde

O fato pode ser explicado de forma simples, os romanos ao voltarem para a Europa deixaram pra trás alguns religiosos cristãos pois a religião católica havia há pouco tempo incorporado ao Império Romano. Esses religiosos procuravam difundir a religião católica entre os naturais, desta maneira a presença destes religiosos é citada por todas as tribos indígenas tanto da América Espanhola quanto a da portuguesa. Como naquela época não havia o celibato, era comum estes religiosos católicos desposarem as nativas. O último Sumé com estas características que se tem notícia morreu por volta de 1600 entre os índios Goyas que eram brancos e tinham a feição européia, possivelmente derivados da antiga colonização romana.

Nenhum português chegou a ver um Sumé em vida. A tribo dos Goyas desapareceu por completo com a morte de seu líder atacados pelos índios Caiapós e Xavantes após a morte de Sumé que pelo simples respeito a sua pessoa mantinha longe os índios. PARTE VIII CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Pretendo terminar aqui minha modesta pesquisa, gostaria de expor muito mais, principalmente no que diz respeito a localização das antigas cidades romanas e seus portos e mostrar um a um os documentos que deram embasamento as afirmações aqui contidas. Deixarei como sendo o nome de Talis o nome da antiga metrópole romana abandonada, pois este nome foi achado gravado em uma rocha ao lado de um desenho das ruas

de um Romano.

Castrum

Gostaria também de agradecer a todos aqueles que de uma forma ou outra me auxiliaram na elaboração desta pesquisa sem o qual seria impossível realiza-la. A todos o meu mais profundo agradecimento. Texto de Di Mario Gervásio de Paula Filho


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