Dom Vital Chitolina, SCJ Bispo Diocesano/ MT
Rosa Mística
NOSSA VIDA E MISSÃO Quando falamos de missão, é questão de estar atento aos apelos do mundo em que vivemos (sinais dos tempos, para ir aonde a Igreja mais precisa de nós e nós precisamos da Igreja em nosso ambiente de trabalho e de vida). Esta presença pode ser Ad Gentes (sem fronteira), missões populares, formação de leigos, nos meios de comunicação social, ecumenismo, no mundo da cultura, etc. “Assim como o Pai me enviou, assim eu também vos envio” (Jo 20, 20). Impulsionados pelo carisma de minha congregação religiosa, foi em 1995, como jovem padre dehoniano, presente nestas terras de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, antes de me tornar bispo, que surgiu a ideia de construir uma nova comunidade num novo bairro chamado de Cidade Nova. Alguns nos chamaram de loucos por querermos construir uma igreja no meio de cerrado. O desânimo de alguns não nos intimidou e em pouco tempo, com a ajuda do Sr. Valdomiro Martinello e
outros membros da comissão, iniciamos as atividades religiosas na nova Capela da Rosa Mística. A cidade cresceu e muitos entusiasmados pelo crescimento do novo bairro tiveram a ideia de construir uma igreja maior que honrasse os moradores desta bela cidade no médio-norte de Mato Grosso. As ideias foram refletidas, pensadas e colocadas em prática por uma comissão liderada pelas ideias arrojadas de Marino Franz e, a partir de uma planta um pouco diferente, surgiu a Igreja Grande (monumento), conservando o nome de Rosa Mística. Todos que passam pela Avenida Mato Grosso, em Lucas do Rio Verde, não poupam elogios a esta monumental igreja para muitas gerações. Tenho certeza de que todos que abraçaram esta ideia receberão sua recompensa. Rosa Mística não deixará de interceder por muitas graças pela nossa cidade. Destaco na reta final das obras a dedicação e perseverança do atual pároco, Pe.
Odilo Hoepers, e seus colaboradores Pe. Vagno Aparecido Reato e Pe. Cleiton Benedito dos Santos, a Associação dos Produtores Culturais de Mato Grosso e a artista plástica Mari Bueno. No dia da inauguração (08/11/2014) sentimos na pele a satisfação do povo de Lucas do Rio Verde de ter vencido este desafio e pela dedicação por quase oito anos para concluir esta monumental obra. Agora, com a dedicação desta nova igreja, a nossa cidade de Lucas do Rio Verde, a Diocese de Diamantino, o Regional Oeste II e toda a Igreja de Mato Grosso e do Brasil podem dar glórias a Deus e suplicar pela intercessão de Rosa Mística. “Podem unir-se ao grande louvor de Maria. A
minha alma engrandece o Senhor... e exulta em Deus meu salvador...” (Lc 2). Nossa Senhora, aqui com o título de Nossa Senhora da Rosa Mística, guarda todos os acontecimentos de Jesus e os medita em seu coração. Aqui podemos dizer que cada tijolo e cada pequena contribuição não passam despercebidos ao olhar atento e cheio de amor àqueles que se uniram ao redor desta ideia e não se deixaram vencer pelas críticas e obstáculos que foram aparecendo ao longo de nosso caminho. Podemos dizer com o coração exultante: “Eu te agradeço, Senhor, pelo teu imenso amor”. Nossa Senhora da Rosa Mística: rogai por nós.
Pe. Odilo Hoepers Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Edificar
A IGREJA DO SENHOR “Edificar a Igreja, edificar a Igreja do Senhor. Irmão, vem, ajuda-me! Irmão, vem, ajuda-me a edificar a Igreja do Senhor”. Iluminados por esta bela canção, gostaria de convocar a todos a sentir que somos a Igreja viva edificada sobre a rocha do Senhor. Estamos diante de um prédio edificado e que é hoje a mais nova igreja desta cidade. Uma construção na qual procuramos resgatar a arte sacra e lhe dar um destino essencialmente religioso. Ao entrar neste lugar, saberão que estão entrando numa casa de Deus. Ao inauguramos a Igreja de Nossa Senhora da Rosa Mística, somos convidados a acolher os apelos de Nossa Senhora que continuam a ressoar em nossos corações, convidando-nos a buscar a Deus através da penitência, oração, conversão, simbolizados nas três rosas que Maria carrega no peito. Convite que motiva cada um de nós a tirar do coração de Deus as espadas da maldade humana que O estão ferindo.
Podemos perguntar: o que significa hoje para nós, cristãos, este templo? O que as pessoas que não acreditam imaginam que seja este lugar? Como as futuras gerações vão olhar e viver este local sagrado? O papa Francisco, diante dos cardeais em conclave, apresenta o sentido profundo de nossa missão de ser Igreja. “Edificar a Igreja, fala-se de pedras. As pedras têm consistência, mas pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, Esposa de Cristo, sobre a pedra angular que é o Senhor”. O sentido profundo da Igreja é ser pedras vivas ungidas pelo Espírito Santo. Não podemos perder de vista esta bela concepção de Igreja. O papa Francisco continua a orientar nossa conduta diante deste templo. “Nós podemos caminhar como queremos, podemos construir muitas coisas, mas, se não confessamos Jesus Cristo, algo está errado. Tornamo-nos uma ONG piedosa,
mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, se para. Quando não se edifica sobre as pedras, o que acontece? Sucede como acontece com as crianças na praia quando fazem castelos de areia: tudo desaba, pois não tem consistência”. Caminhar como Igreja de Jesus pressupõe que cada um fundamente sua fé na pessoa de Jesus Cristo. Como é importante para nós, católicos, fazer nossa experiência pessoal de encontro com Jesus! Quando a nossa fé está sob esta experiência, não teremos medo de perder batizados. Encontros que acontecem de várias formas diferentes: escuta atenta da Palavra de Deus; na vivência dos sacramentos; na vida em comunidade; nas artes sacras; na piedade popular e tantos lugares que Deus nos proporciona para ter um encontro com Ele.
Não podemos deixar de lado a cruz. A Igreja de Cristo não existe sem a cruz. O papa Francisco fala em seu discurso aos cardeais: “Quando caminhamos sem a cruz, quando edificamos sem a cruz e quando confessamos um Cristo sem a cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos bispos, sacerdotes, cardeais, papa, mas não discípulos”. Nosso grande desejo, após o grande esforço de muitos, é que este lugar ajude a muitos a ter seu encontro pessoal com Jesus Cristo. Atingimos nossos objetivos se esta casa congregar a todos a viver como verdadeiros irmãos no Senhor e nela celebrar os dons que Deus quer dar a todos que se colocam a caminho. Minha gratidão a todos que fizeram e fazem parte deste sonho que hoje é uma realidade.
Viviene Lozi Diretora Geral Ação Cultural – Associação dos Produtores Culturais de Mato Grosso
O projeto
CORES DA ROSA MÍSTICA É um prazer para a Ação Cultural – Associação dos Produtores Culturais de Mato Grosso desenvolver, pela segunda vez, um projeto com a artista plástica Mari Bueno e contar com o patrocínio do Ministério da Cultura via Lei Rouanet, a parceria da Diocese de Diamantino, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Igreja Rosa Mística. Lembro-me como se fosse hoje das primeiras reuniões com Mari, Padre Odilo, Sr. Marino Franz, o conselho administrativo da Igreja e a equipe de arquitetura para acertamos os detalhes do projeto e das obras que seriam criadas no templo, o registro das primeiras visitas, as idas e vindas minha de Cuiabá e Mari de Sinop e nesse processo vendo a Igreja em fase de construção. Dedicamos dois anos à execução dessa ação, contando as fases de estudos, planejamento, execução e monitoramento do projeto Cores da Rosa Mística.
Os esforços são recompensados quando olhamos para trás e vemos quantas pessoas se empenharam para essa ação se concretizar e votos de fé e confiança foram depositados em nosso trabalho, pela comunidade, empresas e pessoas físicas doadoras ao projeto, as amizades que foram construídas no decorrer do processo e o aprendizado aperfeiçoado no trabalho de planejamento, gestão e produção. Os primeiros esboços foram ficando prontos, dos desenhos dos vitrais e oitões, além da instalação dos mesmos quando acompanhado por envio de fotos por e-mail, WattsApp e visitas em loco. A força de Mari Bueno para a conclusão das pinturas dos quatro painéis foi impressionante, pois lembro que, por diversas vezes me relatou dores musculares no decorrer da finalização das obras em grande escala. Mari é a única artista mulher que trabalha a mais dez metros de altura em Mato Grosso, em obras de grandes proporções, e
que sobe e desce de andaimes. E, nessa execução, contou com a ajuda apenas para preparar tintas, andaimes e outros, ou seja, a execução das obras são 100% de suas mãos, a exemplo de Michelangelo quando sozinho pintou o teto da Capela Sistina, no Vaticano, nos anos de 1508 a 1512. Para a execução do projeto, sempre foi levada em conta a preocupação com a pesquisa litúrgica desenvolvida no entorno da proposta, para que as obras tivessem um objetivo catequético, compreensão da forma e simbologia, e assim ela foi toda desenvolvida no entorno de Nossa Senhora da Rosa Mística, a padroeira da Igreja. A entrada de Aline Figueiredo Espíndola, crítica de arte, nos traz seu olhar de quem melhor hoje lê as artes visuais no Centro-Oeste. Ela está entre os melhores críticos brasileiros, além de ter uma história de luta por mais de 50 anos pela descentralização das artes e pela animação cultural. Aline nos chama a atenção para a beleza da Igreja ao entardecer e à noite, além do direcionamento crítico e o equilíbrio perfeito na sua análise formal e estética do trabalho desenvolvido por Mari. Com os objetivos principais concretizados, houve a criação de três exposições permanentes na Igreja Rosa Mística em Lucas do Rio Verde. As ações se basearam na produção de nove vitrais figurativos que homenageiam as mulheres relevantes da história da salvação e três oitões feitos artesanalmente em pastilha de vidro com as três rosas, uma cruz de vidro que fica acima do presbitério, além das pinturas artísticas de quatro painéis que retratam Cristo, que fica no presbi-
tério e três abaixo dos oitões que trazem passagens relacionadas ao significado de cada rosa de Nossa Senhora da Rosa Mística. Também houve a confecção das 15 obras que compõem a coleção Via Sacra em mosaico e que foram instaladas no entorno da Igreja, com distância entre as estações para que aconteça a via, o caminho celebrado pelos fiéis. Com a execução dessas exposições permanentes, a cultura da cidade será instigada, de forma positiva, a trazer todo o tipo de público para dentro do templo, independente de sua crença. A arquitetura do prédio é gótica, se faz também uma estrutura artística no centro da cidade, cativando tanto as pessoas que procuram um centro eclesiástico como aos turistas que buscam a contemplação das artes, a exemplo dos templos que se tornam museus pela qualidade de suas obras sacras internas. Essa localização favorece a visualização da população que vive em Lucas do Rio Verde e dos turistas que passam pela cidade, pois a Igreja está localizada em uma praça, também denominada Rosa Mística e no centro da Avenida Mato Grosso, que faz ligação com vários bairros, sendo então um ponto de atenção ao transitar pelo local. A efetivação deste projeto Cores da Rosa Mística trouxe à comunidade novos aspectos artísticos, incitando a curiosidade dos moradores e dos turistas que visitam a região, incentivando-os a conhecer as obras, já que a arte impressa ali, além de sacra, é também expressiva e instiga ao conhecimento da história bíblica e ao entendimento dessa coleção exposta constantemente.
Mari Bueno Especialista em Arte Sacra e Espaço Litúrgico-Celebrativo
A arte sacra na Igreja
NOSSA SENHORA DA ROSA MÍSTICA A humanidade, através dos tempos, manifestou uma busca incessante pelo sagrado. Independentemente da cultura ou da época, o homem escreveu sua história apoiado na sua ligação com uma Luz superior, pela qual se guiou, buscou forças e orientações para sua vida terrestre. Este sagrado muitas vezes se manifestou através de símbolos em locais preparados para celebrações, mostrando com isso a fragilidade humana e a consciência de seres pequenos diante de uma força criadora maior e da necessidade desta ligação entre o humano e o espiritual. Do processo de mudanças em que o homem sai do politeísmo e chega ao monoteísmo, temos a consolidação do Cristianismo, permitido apenas no ano 303 após a morte de Jesus Cristo. E já nesta Igreja primitiva, que durante os três séculos iniciais se reunia às escondidas, os ritos das celebrações eram auxiliados com símbolos.
Durante esses dois milênios a Igreja sempre valorizou as artes, principalmente a arte sacra, que tem como papel principal ser condutora e auxiliadora, levando o homem à transcendência. Hoje, a Igreja contemporânea continua se utilizando das imagens nas edificações, não diretamente com a função que tinha no início, quando era um meio de leitura para as pessoas não alfabetizadas, mas continua catequética, evangelizadora e traçando também uma identidade com a comunidade onde é inserida. Por isso, ao iniciar os estudos litúrgicos para a arte sacra na Igreja Nossa Senhora da Rosa Mística, busquei primeiramente estudar as características da comunidade, da história desta paróquia e de sua padroeira. Em seguida, na criação dos desenhos, houve a preocupação com a busca do equilíbrio e da unidade para que todo o espaço consolidasse o seu papel de auxiliar o fiel no seu encontro com o sagrado. A arte sacra deve trans-
cender, isto é, levar o homem além da imagem, exercendo seu papel de um elemento que está a serviço da liturgia. Sendo assim, todo o projeto de arte sacra foi criado através deste estudo teológico, simbólico e litúrgico, em que todos os temas, cores, formas e colocação das imagens foram embasados nas normativas litúrgicas e na história da arte sacra. Em seguida, foi apresentado para a aprovação do pároco, da comunidade e do bispo diocesano. E, através de um projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura, os recursos foram captados para sua execução. Foram dois anos de trabalho entre a criação dos desenhos e a execução. Sem a união e a cooperação de todos não teria sido possível a conclusão das obras. Meus agradecimentos primeiramente a Deus, por permitir que meus trabalhos de arte sacra e espaço litúrgico-celebrativo fossem executados em mais uma de Suas casas edificadas. Também as bênçãos e proteção de Nossa Senhora e dos anjos. Da iluminação do Espírito Santo para que, dentro dos meus limites humanos, pudesse realizar esta obra sacra. À minha família, pelo incessante apoio e compreensão da minha ausência. Ao padre Odilo Hoepers, que não mediu esforços para que todo o projeto fosse cumprido dentro
das normativas e tivesse o verdadeiro sentido de um espaço sagrado voltado para auxiliar as celebrações. A Dom Vital Chitolina, bispo diocesano, pela permissão e aceitação de meus trabalhos. Ao Sr. Marino Franz, pela dedicação em busca de apoio para a realização das obras. A Viviene Lozi e Eduardo Espíndola, produtores culturais, obrigada pela parceria e companheirismo em mais este trabalho. À crítica de arte Aline Figueiredo Espíndola, que me honrou com sua participação no projeto, meus agradecimentos por aceitar fazer parte desta obra. A toda a comunidade de Lucas do Rio Verde, às pessoas que ajudaram diretamente na execução dos trabalhos e às que colaboraram de outras formas, mas que se uniram e mostraram o verdadeiro sentido de comunidade na construção da casa de Deus, o meu agradecimento e reconhecimento por tão bela iniciativa. Que a Igreja Nossa Senhora da Rosa Mística, através do trabalho que uniu o povo de Deus em torno desta missão, seja para todos que estiverem neste espaço sagrado um local de encontro com o Divino, de oração, de meditação e do verdadeiro sentido de comunidade em que sempre prevalece o essencial: o amor a Deus e ao próximo. “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome ali estou eu no meio deles” (Mt 18, 20).
Aline Figueiredo Crítica de Arte
A arte sacra de
MARI BUENO Na cidade de Lucas do Rio Verde inauguram-se, na Igreja de Nossa Senhora da Rosa Mística, os painéis de arte sacra de Mari Bueno que perfazem a decoração interna e externa do edifício e seu entorno. Doze vitrais (total 115,95 m²), quatro murais (242,60 m²) e ainda quinze mosaicos (15m²) da Via-Crúcis, que arrodeiam a igreja. São 31 trabalhos, totalizando 373,55 m². Mari Bueno é, antes de tudo, corajosa. Dificuldades? Grandes dimensões? É com ela mesma. Atuante no nortão mato-grossense, para ela não tem tempo ruim. Enfrenta estradas e distâncias, andaimes nas alturas, diversidades de suportes e de técnicas, temas complicados, a tudo enfrenta tal uma missionária, âncora da fé. Curioso que neste nortão de Mato Grosso de história recente há alguma semelhança com os primórdios da cristandade. A catedral ao centro da praça cívica está como um simulacro propagador da fé cristã. E os trabalhos de Mari Bueno,
tanto na catedral de Sinop quanto na igreja de Lucas do Rio Verde, estão como cartilhas litúrgicas, assim como um núcleo da evangelização. O Painel do Presbitério, medindo 7,50 x 11,50 m, com 85,10 m², tem como fundo o tom amarelo a lembrar o ouro da realeza divina. No centro está Jesus, com seu cajado, no papel arrebanhador de adeptos. As roupagens, as posturas frontais e hieráticas, olhos grandes, são releituras da emblemática das artes bizantina e românica. A simbologia iconográfica se desenvolve a partir das formas geométricas, tais como o círculo, para representar o Divino; o quadrado para representar o Humano; o triângulo, a Trindade; e até mesmo a forma ovalada a lembrar o peixe: ICTHYS, do grego, cujas iniciais formam a frase Iejus Cristo Theo Yos Soter (Jesus Cristo de Deus Filho Salvador). De um lado do peixe estão as três cores da Rosa Mística (vermelha, amarela e branca), de outro lado, três espadas a defender os lemas
das rosas: o sacrifício, a penitência e a oração. Dois ramos a representar o Cristo como árvore da vida. Herança da arte medieval, num tempo em que a representação humana era secundária ou mesmo proibida. Os três murais, dois laterais e um na entrada, enfocam três passagens de Nossa Senhora: a Anunciação, a apresentação de Jesus no Templo e o Primeiro Milagre: Jesus transforma água em vinho. Cada painel com 52,5 m² é realizado em tons baixos, marrom queimado, modo de não concorrerem com o painel do Presbitério e nem com os vitrais dos oitões. A meu ver, os vitrais são o ponto alto da arte sacra de Mari Bueno. Nos três oitões acima das três pinturas murais estão as três rosas místicas. A vermelha, na entrada, a amarela e a branca nas laterais. Nesses vãos triangulares, a artista resolve bem as formas repolhudas das rosas, através de traços elípticos a sugerir o movimento e a transformação. A rosa amarela está a simbolizar a penitência; a vermelha, o sacrifício; e a branca, a oração. Seis vitrais verticais apresentam ou representam figuras de mulheres marcantes. Três tiradas
do Antigo Testamento: Ester, a rainha a comandar os exércitos; Débora, a juíza, e Rute, exemplo de mulher que se alia à sogra no trabalho da lavoura; e três mulheres do Novo Testamento e que tiveram a graça de conhecerem Jesus: Maria Madalena, sua discípula; a Samaritana, que lhe deu água, e Maria, da região de Betânia, que lavou os pés de Jesus e os secou com seus cabelos. Conta ainda com três vitrais abstratos, situados no fundo da capela, sendo dois maiores e um menor. A propósito, as três rosas místicas estão associadas ao culto da Virgem Maria. Num tempo em que a iconografia religiosa proibia a representação humana, escolheu-se a Rosa em suas três versões de cores: vermelha, amarela e branca, para representar Nossa Senhora. Então podemos dizer que a Igreja da Rosa Mística é uma celebração à mulher e sua importância na história, tanto antiga quanto nova. Tive a oportunidade, ao visitar a igreja, em Lucas do Rio Verde, lá pelas 17 horas, e, quando de lá saímos, já pelas 19 horas, o sol já posto e o anoitecer já se presenciando, vimos com alegria o belo efeito em que a luz somatizara e, melhor, explicava a razão dos vitrais. Sim, na hora crepuscular os vitrais exercem a função de dentro para fora e ganham outra conotação. Mais madura e mais misteriosa. Radiante mesmo. Os 15 mosaicos da Via-Crúcis, que circundam a igreja, cada qual de 1,0 m², são dispostos na vertical com uma base de sustentação onde sobra um espaço acolhedor para os visitantes se sentarem, descansarem de suas jornadas. As cores azul ao fundo, o amarelo e o marrom para a figuração, apresentam-se suaves e nada ostensivas. No geral, apresentam visão mais abstrata do que figurativa. Ou seja, a mensagem simbólica das passagens não se vale do drama da paixão e nem do realismo expressionista. Elas contam histórias, porém só para quem quer mesmo delas saber. A figuração se dissimula na abstração em contribuição ao aconchego do entorno.
CRUZ DE VIDRO Cristo Crucificado Corrosão sobre vidro 2,20 x 1,60 m
A cruz cristã é o símbolo supremo da fé e da Santidade. A sua representação é preciosa e vivificante, é o símbolo de todo o mistério pascal. A santa cruz representa a paixão de Cristo e o seu triunfo sobre a morte e, ao mesmo tempo como ensinaram os Santos Padres, anuncia a sua vinda gloriosa. É um dos símbolos mais antigos do Cristianismo e foi no Concílio de Nicéia (325 d.c), que Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo, não somente um símbolo de Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.
VITRAIS JANELAS
JANELAS VITRAIS DA CAPELA DO SANTÍSSIMO Vitral da Capela do Santíssimo Mosaico de vitral 5,20 x 1,50 m
Composto por três janelas, na técnica de mosaico de vitral, nas medidas de 5,20 x 1,50 m. As imagens são compostas por linhas e cores baseadas nos vitrais das mulheres, personagens bíblicas, que fazem parte da nave principal da igreja. Contribuindo com a arquitetura da Capela do Santíssimo, esses vitrais vêm auxiliar na harmonia deste espaço sagrado, local de oração coletiva, individual e de adoração do Santíssimo.
Três mulheres
DO ANTIGO TESTAMENTO RUTE Mosaico de vitral 5,20 x 1,50 m
Ela era casada, mas seu esposo, filho de Noemi, faleceu. Sozinha, ela decidiu ficar com a sua sogra, a quem ela muito amava. Rute era jovem, tinha um bom coração e era forte e decidida. Rute e Noemi eram pobres e partiram para Belém de Judá. Mas era costume em Israel os donos destes campos deixarem as pessoas pobres colherem tudo que seus trabalhadores deixassem cair. Rute foi ao campo de Boaz para apanhar espigas para o sustento dela e de sua sogra. Boaz conheceu aquela de quem tanto falavam e sendo ele um homem de boa índole, chamou Rute e disse: “... Ouves, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças” (Rute 2, 8-9). Rute, então, humildemente, caiu em terra e agradeceu a ele. Boaz e Rute eram pessoas tementes a Deus e que estavam em sintonia com os perfeitos planos do Senhor em suas vidas. Como uma filha obediente, ela fez exatamente como Noemi lhe aconselhara, pois ela sabia que a sua sogra queria o melhor para a vida dela. A Bíblia nos diz em Rute 4,13 que “... tomou Boaz a Rute, ela lhe foi por mulher; e ele a possuiu e o Senhor lhe fez conceber, e deu à luz um filho”. Ela foi a bisavó de Davi. Este filho foi Obede, que foi pai de Jessé, que foi pai do rei Davi... chegando até Jesus Cristo.
DÉBORA Mosaico de vitral 5,20 x 1,50 m
Era uma dona de casa comum e foi escolhida para ser juíza. Foi a única mulher das Escrituras Sagradas a ocupar um cargo político com excelência. Ela se definia como “mãe de Israel” e fazia de tudo para o bem da nação. Foi uma juíza que teria liderado os israelitas contra o domínio de Canaã, por volta do século XII a.C. (Juízes 4, 4-16). Débora foi uma conselheira e profetisa, ao demonstrar sua liderança à sombra de uma palmeira próxima à sua casa, discutindo e sugerindo soluções para pessoas com problemas. Uma mulher de extraordinário conhecimento, sabedoria e piedade, instruída na sabedoria divina pelo Espírito e acostumada a interpretar a Sua vontade, que adquiriu uma vasta influência. Era bastante virtuosa: mãe de família, profeta, temente a Deus e líder militar. Traçou estratégias de batalha e conquistou muitas vitórias para Israel na época dos Juízes. Foi a libertadora do povo hebreu em tempos de guerra contra os cananeus.
Três mulheres
DO NOVO TESTAMENTO ESTER Mosaico de vitral 5,20 x 1,50 m
SAMARITANA Mosaico de vitral
Ester era uma moça judia também conhecida por Hadassa, que arriscou a sua vida por amor ao Senhor e a Seu povo. Ao saber que estava havendo uma conspiração contra o seu povo, jejuou, orou e arriscou a sua vida comparecendo diante do rei e pedindo a ele por seu povo. O rei recebeu-a e concedeu o que seu coração tanto desejava. Ester foi uma mulher judia que teve um papel importante na preservação do seu povo quando um homem cruel tentou aniquilar os judeus. A história relatada no livro de Ester aconteceu poucas décadas antes da volta de Neemias, durante o reinado de Assuero (Xerxes I) na Pérsia (este rei governou de 486 a 465 a.C.) A história começa com a explicação do processo que levou à coroação de Ester como rainha da Pérsia e continua explicando como ela ajudou seu parente Mordecai a frustrar o plano de Hamã, que desejou exterminar os judeus. Mordecai e Ester reverteram a situação, levando à morte de Hamã e conquistando uma ordem dando direito aos judeus a se defenderem contra os seus inimigos. No desfecho desta história, temos a defesa dos judeus e a inauguração do seu feriado nacional de Purim, comemorado até hoje no mês de fevereiro ou março.
5,20 x 1,50 m
Jesus havia deixado a Judeia e se dirigiu para a Galileia (João 4, 4). Ele decidiu passar por Samaria e não se desviar da cidade onde viviam aqueles rejeitados pelos judeus. Parou junto à fonte de Jacó e encontrou uma mulher samaritana que morava em Sicar e, à hora sexta (meio-dia), caminhava até o poço para apanhar água. E Jesus, cansado do caminho, assentou-se junto da fonte e disse a ela: “Dá-me de beber”. Ela ficou surpresa com o pedido de Jesus, que seguiu dizendo que poderia lhe dar “água viva”: “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4, 14). Esta água oferecida por Jesus à mulher samaritana era um tipo de água que iria saciar, para sempre, a sua sede – a Palavra de Deus que a levaria a ter vida eterna. A mulher samaritana disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando Ele vier, nos anunciará tudo”. Jesus lhe respondeu: “Eu o sou, Eu que falo contigo”. Convencida de que estava diante do próprio Deus, ela prontamente foi para a cidade levar as boas-novas.
MARIA MADALENA Mosaico de vitral 5,20 x 1,50 m
MARIA DE BETÂNIA Mosaico de vitral 5,20 x 1,50 m
Maria Madalena é assim chamada por ser de Magdala, aldeia de pescadores que ficava na costa oeste do mar da Galileia, próxima à cidade de Tiberíades. É descrita no Novo Testamento como uma das discípulas mais dedicadas de Jesus Cristo. E considerada santa por diversas denominações cristãs. Sua festa é celebrada no dia 22 de julho. O Novo Testamento nos relata que Cristo expulsou dela sete demônios (Marcos 16, 9; Lucas 8, 2) e depois ela se tornou uma das mulheres que acompanharam e seguiram a Jesus (Lucas 8, 2-3) junto com outras mulheres. Esteve presente na crucificação, permaneceu aos pés da cruz (Marcos 15, 40; Mateus 27, 56; Lucas 23, 49; João 19, 25) e assistiu ao sepultamento do Mestre (Mateus 27, 59-69; Marcos 15, 46-47; Lucas 23, 55,56). Ela acreditava que Jesus Cristo realmente era o Messias. (Lucas 8, 2; Lucas 11, 26; Marcos 16, 9). Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, “quando ainda estava escuro”, foi ao sepulcro, achou-o vazio, recebeu de um anjo a notícia de que Cristo havia ressuscitado e foi-lhe dito que devia informar tal fato aos apóstolos (Mateus 28, 1-8; Marcos 15, 1-19; Lucas 24, 1-10; João 20, 1-18).
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-lhe lá um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa. Então, Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e os enxugou com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume. Nessa altura disse um dos discípulos, Judas Iscariotes, aquele que havia de O entregar: “Por que é que não se vendeu este perfume por trezentos denários, para os dar aos pobres?”. Ele, porém, disse isto não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa do dinheiro, tirava o que nela se deitava. Então, Jesus disse: “Deixa que ela o tenha guardado para o dia da minha sepultura! De fato, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre”. Muitos judeus, ao saber que Ele estava ali, vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes decidiram dar a morte também a Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, os abandonavam e passavam a crer em Jesus (Jo 12).
OITÕES 1 - Rosa Branca: Símbolo da Oração Mosaico de vitral 3,80 x 7,50 m 2 - Rosa Vermelha: Símbolo do Sacrifício Mosaico de vitral 3,80 x 7,50 m 3 - Rosa Amarela: Símbolo da Penitência Mosaico de vitral 3,80 x 7,50 m
2
1
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PAINÉIS LATERAIS
BODAS DE CANÁ
Rosa Branca – Oração / Pigmento sobre textura / 7,00 x 7,50 m
Maria diz a Jesus: “Não tem mais vinho” (Jo 2,3) nas Bodas de Caná. Neste momento ela faz uma intercessão (oração). “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus. E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas. E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Não tem vinho”. Disse-lhe Jesus: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”. Sua mãe disse aos serventes: “Fazei tudo quanto ele vos disser”. E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus. Disse-lhes Jesus: “Enchei de água essas talhas”. E encheram-nas até em cima. E disse-
lhes: “Tirai agora, e levai ao mestre-sala”. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho, não sabendo de onde viera (se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo, e disselhe: “Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já tem bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho”. Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. Depois disso desceu a Cafarnaum, e com ele foram sua mãe e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias” (Jo 2, 1-12).
APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO
Rosa Vemelha – Sacrifício / Pigmento sobre textura / 7,00 x 7,50 m
Maria e José levam o Menino Jesus para apresentá-lo ao Senhor no Templo e Simeão diz a Maria “... uma espada há de atravessar-lhe a alma” (Lc 2, 35). É o sacrifício de uma serva de Deus que disse seu sim para a salvação da humanidade. “E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor. Segundo o que está escrito na lei do Senhor: “Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor; e para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos”. Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o Menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: “Agora, Senhor, despedes em paz o
teu servo, segundo a tua palavra; pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel”. E José, e sua mãe, se maravilharam das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado. E uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”. E estava ali a profetisa Ana, fi lha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade. E era viúva, de quase 84 anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém. E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para a sua cidade de Nazaré. E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2, 21-40).
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Rosa Amarela – Penitência / Pigmento sobre textura / 7,00 x 7,50 m
Maria se penitenciou ao dizer o seu “sim”: “Façase em mim segundo a sua palavra” (Lc 1, 38). Penitência como um ato de amor, mostrando a Deus seu desprendimento para cumprir a profecia. “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres”. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria aquela. Disse-lhe, então, o anjo: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de
Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim”. E disse Maria ao anjo: “Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?”. E, respondendo o anjo, disselhe: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada é impossível”. Disse então Maria: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo ausentou-se dela (Lc 1, 26-38).
Fixa técnica Coordenação Geral: Padre Odilo Hoepers
MARI BUENO Marechal Cândido Rondon, PR, 1971
Produção Executiva: Viviene Lozi e Eduardo Espíndola Artista: Mari Bueno Curadoria e Crítica de Arte: Aline Figueiredo Assistentes de produção: Diane Krause e Vanuza Queiroz de Jesus
Pintora e muralista. Reside em Sinop, MT, desde 1979. Realizou exposições e recebeu premiações no Brasil e em outros países, entre eles, Itália, França, Alemanha, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal e Egito. Entre outras, participou das coletivas XXI Salão Jovem Arte Mato-Grossense (SEC, Cuiabá, 2002); Prêmio Academia Nacional de Artes, realizado em Poços de Caldas, MG (2002, 2003 e 2004); Viena, Itália (2004); Roma (2006); Londres (2007); Nova Iorque (2010); Gagliard Gallery (Londres, 2013); Menção Honrosa no XXIV Salão da Primavera do Rio de Janeiro (Sociedade Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro, 2000); Menção Honrosa no Ano do Brasil na França (Galeria Artitude, Paris, 2005); Melhor obra Júri Popular no V Salão Livre de Artes Plásticas Tom Jobim (São Paulo, 2000); Medalha de Ouro no X Salão de Artes Plásticas Comendador Bernardo Saturnino da Veiga (Sociedade Brasileira de Belas Artes, São Lourenço, 2000). No Museu do Louvre em Paris, na França,
participou de três exposições, ganhando Menção Honrosa por suas obras. Em 2012 foi convidada pelo Museu de Chianciano, na Itália, única brasileira entre 140 artistas de 40 países. No mesmo ano também fez parte de duas Bienais na Europa, a de Londres, onde ganhou menção especial por sua participação e a de Siena, na Itália. Entre outras, realiza individuais: Retratos de Interior (Sesc Arsenal, Cuiabá, 2002), Coloquial de Estudos Linguísticos e Literários (Unemat); Casa da Cultura (Sinop, MT, 2004); O Desfitar (Sesc Arsenal, Cuiabá, 2008). Em 2014, com 49 obras sacras no Museu de Arte Sacra e Etnologia no Santuário de Fátima, em Portugal, e em seguida esta mesma exposição foi apresentada no Museu Tesouro da Misericórdia, na cidade de Viseu, Portugal. Especialista em Arte Sacra e Espaço LitúrgicoCelebrativo, realizou várias pinturas em igrejas, dentre elas a obra de 480m² dentro da Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Sinop.
Fotografo: Jairo Backes Assessoria de imprensa: Lidiane Barros e Protásio de Morais Design gráfico: Editora TantaTinta Confecção dos vitrais: D´falco Vitrais Impressão: Gráfica Defanti Projeto de iluminação: Eletro Lucas
Agradecimentos Dom Vital Chitolina, Marino Frans, Olvaldo Martinello, José Baggio, Diandra Baggio, Joci Piccine, Nelson Pelle Júnior, Maria Calorina Magalhães, Divino de Liberalli, Natal Aparecido Deliberalli, Aureo Deliberalli, Pe. Vagno Aparecido Reato, Pe. Cleiton Benedito dos Santos, Marlena Maria Pires da Silva, Vinicius Florentino, Cissa Ely, Rudimar Cesar Capellari, Zenira Roldão, Alexandre Nonato dos Reis, Flavio Bizotto, Comissão Administrativa da Rosa Mística e as comunidades das Igrejas Nossa Senhora do Rosário de Fátima e Nossa Senhora da Rosa Mística de Lucas do Rio Verde.
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