UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Indicadores do pacto pela saúde: o IDSUS e as aplicações na Política Nacional de Saúde Bucal Profa Dra Liliane Nascimento Andréa Marassi Nathália Fagundes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Indicadores do pacto pela saúde: o IDSUS e as aplicações na Política Nacional de Saúde Bucal
INDICADORES EM SAÚDE
“Medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde.” (OPAS, 2008)
Indicadores de SaĂşde
SUS
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE UNIVERSALIDADE
LEI 8080
INTEGRALIDADE
LEI 8142
Brasil, 1988
AUTONOMIA
EQUIDADE
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Brasil, 1988
Avaliação e fiscalização das ações e serviços de saúde
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SUS •
O interesse em torno da avaliação e monitoramento de políticas e programas sociais tem se intensificado a partir da década de 90.
•
The World Health Report 2000 – Health Systems: Improving Performance” (Relatório Mundial da Saúde 2000 – Sistemas de Saúde: Melhorando o Desempenho)
•
2001: Projeto Desenvolvimento de Metodologia de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde Brasileiro (PROADESS).
•
2006: Pacto pela Saúde
•
Gestão 2011-2014: desenvolvimento de política de Monitoramento e Avaliação para o Sistema Único de Saúde.
Construção de um modelo de atenção que contemplasse os princípios do SUS, sob a égide da responsabilidade sanitária, adequada as̀ realidades locais e regionais, integrando ações de promoção à saúde, atenção primária, assistência de média e alta complexidade, epidemiologia e controle de doenças, vigilância sanitária e ambiental; a reafirmação da importância das instâncias deliberativas CIB e CIT, e o fortalecimento do controle social (Brasil, 2006).
PACTO PELA SAÚDE
Pacto em defesa do SUS
2006
Pacto pela vida
Pacto de gestão
PACTO PELA SAÚDE
Objetivos e aplicações
Superar dificuldades
Necessidade de mudanças
Normatização do modelo
Reformas incrementais
Ênfase nas necessidades de saúde
Base nos princípios do SUS
Câncer colo de útero e mama
Doenças emergentes e endemias
Mortalidade infantil e materna
Saúde do Idoso
Promoção da Saúde
Pacto pela vida
Atenção Básica à Saúde
Doenรงas emergentes e endemias
PACTO EM DEFESA DO SUS 1) IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL COM AS FINALIDADES:
Saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos;
Reforçar o SUS como política de Estado;
Alcançar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional;
Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde;
Aprovar o orçamento do SUS, pelas três esferas de gestão;
PACTO EM DEFESA DO SUS 2) ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS
PACTO DE GESTÃO DO SUS DEFINIR DE FORMA INEQUÍVOCA A RESPONSABILIDADE SANITÁRIA DE CADA INSTÂNCIA GESTORA
ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
GESTÃO COMPARTILHADA E SOLIDÁRIA
TERRITORIALIZAÇÃO
Diretrizes para o sistema de financiamento público tripartite
•
Busca critérios de alocação eqüitativa dos recursos;
• Reforça os mecanismos de transferência fundo a fundo entre gestores;
• Integra em grandes blocos o financiamento federal; • Estabelece relações contratuais entre os entes federativos.
DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS
Descentralização;
Regionalização;
Financiamento e Regulação;
Programação Pactuada e Integrada;
Participação e Controle Social;
Planejamento;
Gestão do Trabalho;
Educação na Saúde
DESCENTRALIZAÇÃO
Proposição de políticas Co-financiamento Cooperação técnica
Avaliação Regulação Controle e fiscalização
CIT DIRETRIZES E NORMAS PACTUADAS
CIB DELIBERAÇÕES POR
CONSENSO
INSTÂNCIA DE PACTUAÇÃO E DELIBERAÇÃO
PACTOS INTRAESTADUAIS
DEFINIÇÃO DE MODELOS ORGANIZACIONAIS
REGIONALIZAÇÃO
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
ACESSO PDR RESOLUTIVIDADE
PDI
QUALIDADE
PPI
INTEGRALIDADE
REGIÕES DE SAÚDE
FINANCIAMENTO E REGULAÇÃO
União, Estados e Municípios
Iniquidades Macrorregionais
Repasse fundo a fundo
Blocos de recursos
BLOCOS DE FINANCIAMENTO
Atenção Básica
Média e Alta Complexidade
Gestão em Saúde
Vigilância Epidemiológica
Vigilância Sanitária
REPASSE FUNDO A FUNDO
PAB FIXO
ATENÇÃO BÁSICA
PAB VARIÁVEL
I. Saúde da Família;
II. Agentes Comunitários de Saúde;
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
III. Saúde Bucal;
IV. Compensação de Especificidades Regionais;
V. Fator de Incentivo aos Povos Indígenas;
VI. Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
PROGRAMAÇÃO I PACTUADA INTEGRADA
A programação deve estar inserida no processo de
planejamento; Considerar as prioridades definidas nos planos de saúde em cada esfera de gestão;
Os gestores municipais e estaduais possuem flexibilidade na definição; Programação realizada prioritariamente por áreas de atuação, a partir das ações básicas de saúde;
PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA
A programação da assistência deverá buscar a integração com a programação da vigilância em saúde;
Os recursos financeiros das três esferas de governo na programação.
Garantia de acesso aos serviços de saúde, subsidiando o
processo regulatório da assistência;
A programação deve ser realizada a cada gestão, revisada
periodicamente;
Guardar relação com o desenho da regionalização naquele estado.
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
OUVIDORIAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS
Conselhos de saúde
Movimentos sociais
Conferências de saúde
EDUCAÇÃO POPULAR NA SAÚDE
PARTICIPAÇÃO POPULAR
PLANEJAMENTO E GESTÃO
○
Estruturação da Gestão do Trabalho no SUS;
○
Capacitação para a Gestão do Trabalho no SUS;
○
Sistema Gerencial de Informações VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR
SISTEMAS INFORMATIZAD OS
AUTONOMIA DOS MUNICÍPIOS
QUALIFICAÇÃO DOS GESTORES
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Avançar na implementação da Política Nacional de Educação Permanente;
Inserção dos municípios e estados;
Descentralização monitoramento,
das avaliação
atividades e
de
execução
planejamento, orçamentária
da
Educação Permanente para o trabalho no SUS;
Diálogo entre os gestores das três esferas de governo, as instituições de ensino, os serviços e controle social para as ações no campo da formação e do trabalho.
PROCESSO DE MONITORAMENTO Termo de Compromisso de gestão •
indicadores, objetivos, metas e responsabilidades;
•
Monitoramento dos cronogramas pactuados;
•
•
Definir as instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde; Desenvolver ações de apoio
União
Distrito federal
Estados
Municípios
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SUS
Monitoramento do Plano estratégico do Ministério da Saúde
Pesquisas de Avaliação do acesso aos serviços e satisfação dos usuários
Índice de desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS)
Programa Nacional de Avaliação dos serviços de saúde
Programa de Avaliação da Gestão do SUS
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ)
ÍNDICE DE DESEMPENHO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Avalia o desempenho do SUS em relação à universalidade do acesso, integralidade da atenção, regionalização e hierarquização, nas esferas municipal, estadual e federal
ÍNDICE DE DESEMPENHO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Avaliação do desempenho do SUS nos municípios, regionais de saúde, estados, regiões brasileiras e no Brasil, quanto ao cumprimento de seus princípios e diretrizes;
Avaliação do acesso e efetividade nos diferentes níveis de atenção: básica, especializada ambulatorial e hospitalar e urgências e emergências;
Detectar deficiências, visando melhorias e não apenas para classificar, expressa por meio de indicadores simples e compostos;
Avaliaç̧ão atrelada a um pacto de compromissos, pois os indicadores do IDSUS terão metas definidas no Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP), que visa organizar as ações e serviços de saúde especializados em redes regionalizadas e hierarquizadas
QUAL O OBJETO DE AVALIAÇÃO DO IDSUS?
“SUS que atende os residentes de cada município brasileiro” (que inclui toda atenção regionalizada), avalia, também, o desempenho do SUS nos estados, regiões e na União, por meio da média, dos resultados da avaliação do SUS em cada município, ponderada pelas respectivas populações. (Brasil, 2011)
COMO O IDSUS SE INSERE NA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL?
Brasil, 2004
Pressupostos da reorganização do modelo de atenção: acompanhar o impacto das ações em saúde bucal
MODELO DE AVALIAÇÃO
INDICADORES DE AVALIAÇÃO Acesso potencial
IDSUS Acesso obtido
Efetividade
INDICADORES DE AVALIAÇÃO INDICADORES DE ACESSO POTENCIAL OU OBTIDO
INDICADORES DE AVALIAÇÃO INDICADORES DE ACESSO POTENCIAL OU OBTIDO
INDICADORES DE AVALIAÇÃO INDICADORES DE EFETIVIDADE
INDICADORES DE AVALIAÇÃO INDICADOR Nº20
MÉDIA DA AÇÃO COLETIVA DE ESCOVAÇÃO DENTAL SUPERVISIONADA.
Razão entre o número médio mensal de residentes que participaram de DEFINIÇÃO ação coletiva de escovação dental supervisionada no ano e a população de determinado município Estima a proporção de pessoas que tiveram acesso à escovação dental com orientação/supervisão de um profissional de saúde bucal. INTERPRETAÇÃO Quanto maior o indicador, maior o acesso à orientação para prevenção de doenças bucais, mais especificamente cárie dentária e doença periodontal. (Nº de pessoas participantes na ação coletiva de escovação dental MÉTODO DE supervisionada realizada em determinado local em 12 meses ÷ por CÁLCULO 12 ÷ pela população no mesmo local e período) x 100. PARÂMETRO 8 residentes por 100 habitantes. SE resultado = parâmetro nota = 10. PONTUAÇÃO SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro. FONTE SIA/SUS e IBGE. LINHA AVALIATIVA Efetividade. COMPLEXIDADE Básica. MODALIDADE Ambulatorial. ATENÇÃO Saúde bucal. ORIGEM MS
COMO É FEITO O CÁLCULO?
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
Fonte: redehumanizasus.net
REFERÊNCIAS 1.
Brasil. Ministério da Saúde: Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde, 2010. Disponível em: http://idsus.saude.gov.br/documentos/IDSUS_Texto_Base_13-03-14.pdf
2.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Apoio à Descentralização. Coordenação-Geral de Apoio à Gestão Descentralizada. Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Departamento de Apoio à Descentralização. Coordenação-Geral de Apoio à Gestão Descentralizada. – Brasília: 76p.
3.
Brasil, Portaria GM/MS 399/2006.
4.
Brasil, Portaria GM/MS 699/2006.
5.
REDE Interagencial de Informação para a Saúde Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.