Revista Ponto de Encontro - Ed. 42 by Profashional Editora

A REVISTA DA DROGARIA são Paulo

ana maria braga

EDIçÃO 42

fevereiro/março 2013

Noites bem dormidas

= mais qualidade de vida

Todo o charme e a alegria dessa apresentadora de talento

birra infantil

Banco de leite materno

SAúde

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b e m - e s ta r

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Alimente essa ideia

Issn 1982-1433

Esta é uma publicação oficial da Drogaria São Paulo distribuída exclusivamente para seus clientes

Como acabar com ela?

estilo de vida

c u lt u r a

g as t r o n o m i a

beleza

editorial

“A alegria e o amor são as duas grandes asas para os grandes feitos.” (Göethe)

Sempre gostei de celebrar a vida, e momentos especiais pedem boas comemorações. Estou feliz e divido com você as boas notícias: completamos seis anos da nossa Revista Ponto de Encontro, levando até os clientes da Drogaria São Paulo informações e dicas superinteressantes para estreitar ainda mais a nossa relação, com assuntos realmente relevantes para o seu dia a dia. Para comemorar um momento tão especial, escolhemos alguém à altura: Ana Maria Braga, uma pessoa querida nacionalmente, que é gente como a gente e sabe que o melhor jeito de levar a vida é sorrindo! E motivos para sorrir não faltaram neste nosso “ponto de encontro”. A família, como sempre, em alta em nossas seções: seu filho costuma fazer aquela birra ao ser contrariado, fique tranquilo! Na seção “Criança na área”, você fica sabendo tudo a respeito da famosa teima infantil e como acabar com ela. Outro destaque é a doação de leite materno aos bancos especializados, presentes em vários hospitais espalhados pelo Brasil. Com

nossas informações, você saberá como fazer para manter o estoque em alta e garantir a saúde dos pequenos. Além disso, as próximas páginas também estão repletas de dicas de saúde, beleza, cultura, além de receitas e poemas, porque poesia não pode faltar em nossos dias. Aos novos e velhos amigos da Drogaria São Paulo, desejo uma leitura agradável e repleta de muitos sorrisos sinceros. Um forte abraço.

Sandra Teschner Publisher pontodeencontro@profashional.com www.profashional.com www.blogprofashional.com Sandra Teschner @SandraTeschner

sumário

Críticas, sugestões e depoimentos

Doação de leite

espaço do leitor

espaço consciente

vida simples

Lesões por Esforços Repetitivos (LER)

Teimosia infantil

Uma gostosa entrevista com a apresentadora

velhos costumes

nutre+Ação Atividade física x hidratação

Alguns produtos antigos continuam em alta

Água na Boca

Curtas e Quentes

Tempurá de abacaxi com molho de chocolate e amêndoas

Dicas divertidas para toda a família

ana maria braga

de frente para o espelho

Reposição hormonal

criança na área

Durma melhor

melhor idade

positivo

Você costuma exagerar no sal?

Final Feliz

Frases inspiradoras de nossos leitores

expediente Publisher Sandra Teschner Diretor Executivo Gabriel Sales Diretora de Projetos Especiais Dio Jaguarível Gerente do Núcleo de Jornalismo Adriana Rosa – MTB 47.337 Gerente de Design Alice Hecker Departamento Comercial Márcia Souza comercial@profashional.com Web Ricardo Cerdan Atendimento ao Leitor contato@profashional.com Av. Jandira, 843 – Moema – São Paulo/SP Fone/Fax: (11) 5051-4084 www.profashional.com

Conselho Editorial Adriana Rosa, André Elias Gonçalves, Fabiana Oliveira, Lilian Travaglioni Nezi, Luanda Silva, Rafael Medeiros, Sandra Teschner e Tuca Sardinha Editora Interina Maria Helena Bellini Direção de Arte Claudia Carvalho Designers Danielle Lima, Katherine Gomes e Humberto Lima Jornalistas Ana Carolina Contri, Fernanda Mendonça e Mirella Stivani Revisão Tatiana Lopes Colaboradores André Felicio, Andrétt Costa, Carolina Mantelli Borges, Christina Maia,

Claudia Chang, Cláudio Coelho, Danielle Aparecida da Silva, José Alexandre Portinho, Patrícia Jaime, Renato Igino dos Santos, Renato Kaufmann, Suzy Camacho, Thaís Navarro Cartas pontodeencontro@profashional.com Publicidade Drogaria São Paulo A revista Ponto de Encontro é uma publicação da Profashional Editora Ltda., sob licença da Drogaria São Paulo, dirigida aos seus clientes e distribuída em suas filiais. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da revista, da Editora ou da Drogaria São Paulo. É permitida a reprodução das matérias e dos artigos, desde que previamente autorizada por escrito pela Editora e com crédito da fonte.

Tiragem: 600.000 exemplares

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espaço do leitor

Aqui é o espaço para você enviar comentários, sugestões e perguntas. Estamos aguardando a sua carta ou e-mail. Participe e faça com que a nossa Ponto de Encontro fique cada vez melhor. Av. Jandira, 843 – Moema – CEP 04080-005 – São Paulo/SP pontodeencontro@profashional.com

Amei a matéria de capa com Flávia Alessandra. Parabéns. Michelle F. Zanin Por e-mail

Sou leitora assídua, e todos os artigos aqui publicados são excelentes. Parabéns à Drogaria São Paulo pelas edições, não perco uma! Thais Arrighi Por e-mail

Olá, pessoal da redação! Sou uma pessoa encantada com a revista Ponto de Encontro. Os assuntos escolhidos a cada edição trazem sempre informações de qualidade para mim e para minha família. Além disso, só compro meus medicamentos e produtos de beleza e higiene na Drogaria São Paulo, pois sou fã de carteirinha do excelente atendimento e das promoções. Um grande beijo para todos os responsáveis pela revista. Ela está linda, viu? Maria Bernadete Gomes Leão Por e-mail Quero dar os parabéns pela revista Ponto de Encontro. Sabendo ser de nossa Drogaria São Paulo, melhor ainda, pois gosto demais dessa rede. Na edição 41, adorei especialmente a matéria “Sementes do bem”. Agora, todas as vezes que vou às compras, incluo algumas dessas oleaginosas em minha lista. Teresa Esposito Por e-mail

Adoro a Ponto de Encontro, sempre fico esperando a próxima edição para conferir as novidades. Como fã da Flávia Alessandra, nem preciso dizer o quanto adorei vê-la na capa! E seguindo as dicas dadas na edição 41, também vou fazer de tudo para ter mãos perfeitas. Parabéns a toda a equipe! Theodora Teixera Por e-mail Sempre gostei muito dessa revista, pois traz informações muito bem escritas com um projeto gráfico arrojado. Na edição anterior, adorei especialmente a matéria “A arte do bem receber”. Minha esposa também ficou encantada! Parabéns a essa equipe nota mil! Fabio Willian Ramalho Por e-mail

Sou um médico, professor universitário e gosto muito de escrever sobre temas que elevem a alma, por isso gosto tanto dessa publicação, principalmente da seção “Final feliz”. Parabéns pela revista Ponto de Encontro! Fabio Ikedo Por e-mail

o próprio envio de correspondências já caracteriza autorização e cessão de uso para publicação

Oi, pessoal! Sempre acompanho as edições da revista e me sinto respeitado por receber de vocês um conteúdo tão útil para a minha vida. Isso não tem preço. Obrigado pelo carinho e parabéns pelo trabalho. André Garcia Por e-mail

espaço consciente

Por Fernanda Mendonça

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Doar faz a produção de leite aumentar e traz uma série de benefícios para o corpo da mulher, além de ajudar a salvar a vida de bebês prematuros e órfãos

Fazer o bem faz bem

Doar faz muito bem à mulher. “Ajuda a perder peso, colabora para o retorno do útero ao tamanho natural, protege contra o câncer de mama e ovário e ainda estimula a produção de mais leite”, garante Danielle. Muitas mamães têm medo de doar, por acreditar que pode faltar leite para o seu bebê. “Esse é um dos maiores mitos acerca da doação de leite. A doação evita o acúmulo de leite nas mamas e previne a mastite (inflamação da glândula mamária), e quanto mais a mulher retira, mais ela estimula a sua produção”, esclarece.

foto: © Rafal Olechowski / fotolia

Amor de mãe

leite materno fornece proteínas, anticorpos e todos os nutrientes de que o bebê precisa para crescer forte e saudável. Porém nem todos os recém-nascidos podem se alimentar no seio da própria mãe. Para ajudá-los, existem os Bancos de Leite Humano (BLH). Só que em alguns períodos do ano, as doações não são suficientes para a demanda. Você que também é mãe pode ajudar doando parte da sua produção. “O leite arrecadado é destinado aos bebês de baixo peso, prematuros, órfãos ou ainda aos que possuem alguma patologia que os impede de mamar”, explica a coordenadora de qualidade do Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira, do Rio de Janeiro, Danielle Aparecida da Silva.

Hora da coleta

Como doar?

Alguns bancos realizam a coleta apenas em mulheres que tiveram seus bebês no hospital ou maternidade onde o banco está abrigado, outros aceitam doações de todas as mães, desde que elas estejam cadastradas. Fazer o cadastro é fácil. “Qualquer mulher que tem a intenção de doar pode entrar em contato com o BLH mais próximo de sua casa. É só acessar o site da Fiocruz, procurar o seu estado no mapa e clicar”, ensina Danielle. Lembrando que, ao entrar em contato com o BLH, serão solicitados os últimos exames realizados da gestação. O leite geralmente é coletado pela mãe em sua casa, e um funcionário do banco vai até o endereço uma vez por semana, no dia e horário combinados para recolher o material.

Armazenamento seguro

O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer. Na próxima vez que for retirar o leite, utilize outro recipiente esterilizado e, ao terminar, acrescente esse leite no frasco que está no freezer ou congelador. Você também pode dar o leite retirado para o seu filho, desde que ele seja armazenado de maneira correta. Serviço Fiocruz: (21) 2554 1703 / www.redeblh.fiocruz.br

Antes da retirada do leite, massageie as mamas começando pela aréola (parte escura). Depois, faça movimentos circulares em todo o seio. Para evitar a contaminação do leite, alguns cuidados são necessários:

1 Reserve um frasco de vidro com tampa plásti-

ca, pode ser de café solúvel, maionese ou outro que você tenha em casa.

2 Retire o rótulo e o papelão que fica embaixo da tampa e lave com água corrente e sabão.

3 Enxague bem o frasco e certifique-se de que não há vestígios de sabão.

4 Coloque o vidro e a tampa em uma panela, cubra com água e deixe ferver por 15 minutos (inicie a contagem a partir do início da fervura).

5 Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo.

6 Deixe escorrer a água do frasco e da tampa (não enxugue).

7 Antes da coleta, lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa.

8 O local deve estar limpo. Portanto, evite coleA Santa Casa de São Paulo, em parceria com a AES Eletropaulo, criou a campanha “Santa Energia”, que tem como objetivo arrecadar fundos para a reforma das enfermarias do hospital e para a criação do Banco de Leite Humano da Santa Casa, que ajudará a salvar crianças com alto risco de vida, internadas regularmente na área de Neonatologia da instituição. Você pode ajudar com doações, que serão incluídas em sua conta de luz. Saiba mais pelo site: www.santacasasp.org.br/santaenergia.

para as mamães

tar o leite em ambientes onde animais circulam livremente.

9 Prenda os cabelos e lance mão de uma touca ou lenço para cobri-los.

10 Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda para cobrir o nariz e a boca.

11 O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias.

1 - confortável, esterilizável e fácil de usar. Tira-leite Lillo Mamy. 2 - mais absorvente e anatômico. Absorvente para seios de lactantes Johnson&Johnson. 3 - Cuidado diário para lactantes, previne e auxilia a cicatrização da fissura mamária. Creme protetor de seios Granado. 4 - mamãe saudável especialmente nos períodos de gravidez e lactação. Chá misto da mamãe com delicadas especiarias Weleda.

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fotos: divulgação drogaria são Paulo

Campanha Santa Energia

melhor idade

Por Fernanda Mendonça

Na medida certa

Tudo que você precisa saber sobre a reposição hormonal, método que alivia os sintomas desagradáveis da menopausa e da andropausa, estão nesta matéria exclusiva

ocê está trabalhando normalmente e, de repente, é invadida por ondas de calor incontroláveis. Ou então, qualquer assunto a comove tanto que você chega às lágrimas. Essas são apenas duas das principais queixas de mulheres na fase da menopausa. Outra acontece na sequência: perda da libido, que muitas vezes está associada ao ressecamento vaginal. Com os homens, não é diferente! A andropausa, na maioria dos casos, provoca a diminuição do desejo sexual e ainda causa mudanças de humor repentinas. Mas não é preciso se estressar. Tudo pode ser controlado com uma boa terapia de reposição hormonal, com doses pequenas dessas substâncias para minimizar riscos e potencializar benefícios. Para saber mais sobre o assunto, conversamos com a Dra. Claudia Chang, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, e com o Dr. José Alexandre Portinho, ginecologista do Rio de Janeiro.

Os benefícios

Para as mulheres, destacam-se: melhora dos sintomas da queda de estrogênio, como ondas de calor e ressecamento vaginal. “Além disso, determinados sintomas comuns desse período, como mal-estar, perda de memória, piora da depressão e da ansiedade e perda de massa óssea, podem ser minimizados com a reposição hormonal”, assegura a endocrinologista, que complementa: “A reposição ainda ajuda a melhorar a vida sexual delas”.

Check-up

As restrições à reposição para as mulheres dependem, normalmente, de uma análise do endocrinologista ou do ginecologista para indicá-la ou não, porém o check-up é absolutamente indispensável. “Além do exame físico, deve ser feita a solicitação de exames como mamografia, exames de sangue, ultrassonografia, densitometria óssea e outros. Essa avaliação poderá detectar possíveis contraindicações”, alerta Dr. José Alexandre.

foto: © hannamonika / fotolia

O tratamento para elas

Sempre individualizado, combina normalmente estrógeno via oral ou cutânea, em adesivo ou gel, e progesterona. “Para mulheres que fizeram histerectomia (retirada do útero), a progesterona é contraindicada”, completa Portinho. Em alguns casos, acrescenta a especialista, também é preciso administrar doses baixas de hormônio masculino. “Para as mulheres que possuem contraindicação à reposição clássica, existem alternativas que ajudam a diminuir os sintomas da menopausa”, assegura a médica. Procure um especialista!

“Além disso, determinados sintomas comuns desse período, como mal-estar, perda de memória, piora da depressão e da ansiedade e perda de massa óssea, podem ser minimizados com a reposição hormonal” Dra. Claudia Chang, endocrinologista

O tratamento para eles

Em homens com indicação à terapia, é feita a reposição com o hormônio masculino. “No Brasil, temos a forma injetável. Porém, em pacientes que ainda desejam ter filhos, usamos outros tipos de medicação”, destaca a endocrinologista.

Possíveis riscos

As doses estão cada vez mais baixas, o que reduz muito os riscos. Segundo a especialista, muitos médicos ainda são contra o tratamento, porque no passado foram feitos alguns estudos, dentre eles o Women’s Health Initiative (WHI), que demonstrou uma relação entre a reposição hormonal com o aumento de eventos tromboembólicos (infarto e derrame), além do câncer de mama, afirma. “Porém, esses estudos utilizaram mulheres de 50 a 79 anos (com média de 63 anos), bem acima da idade-alvo que buscamos atualmente para a reposição, que é de 50 a 59 anos. Além disso, eles também usaram doses muito elevadas de um tipo de estrogênio oral que não utilizamos mais atualmente”, argumenta Dra. Claudia.

É preciso estar atento

Segundo a Dra. Claudia, a reposição hormonal e alguns tipos de câncer não estão relacionados como se pensa. Os fatos se baseiam na divulgação de que tanto o câncer de mama e o de próstata possuem “receptores” para hormônios, mas isso não é motivo para deixar de fazer o tratamento. “Eles conseguem estimular o crescimento das células doentes. Mas as evidências científicas mostram que não são capazes de gerar ou estimular o câncer em células normais”, esclarece. Livre-se do medo, procure um médico de sua confiança e dê adeus aos incômodos do climatério.

de frente para o espelho

Por Mirella Stivani

Dor crônica

las já se tornaram caso de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as LER atingem profissionais entre 30 e 40 anos, na grande maioria, e quem sofre mais são bancários, metalúrgicos, operadores de telemarketing, jornalistas ou quem trabalha digitando por várias horas seguidas. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aponta a doença como a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. O assunto é tão sério que o dia 28 de fevereiro foi instituído como o “Dia Mundial do Combate às Lesões por Esforços Repetitivos”, uma forma de intensificar a divulgação com os cuidados no ambiente de trabalho. Mas vale ressaltar que ela também pode surgir devido à má postura e exercícios físicos executados de forma incorreta.

Sintomas característicos

Para se chegar a um diagnóstico correto, é imprescindível consultar um médico. Mas alguns sintomas podem indicar o seu surgimento, como cansaço, diminuição da força física, dor ao efetuar certos movimentos e até sensação de formigamento. São pequenos avisos do organismo que indicam que a musculatura está sobrecarregada pela atividade do dia a dia. Em geral, estão relacionados aos braços e pescoço, mas pernas e outras partes do corpo também podem ser afetadas. “Dependendo da profissão exercida, a relação entre

o trabalho e o local da lesão por esforço repetitivo é direta, isto é, com o grupo muscular mais solicitado. O trabalhador deve, temporariamente, ser reconduzido a outra atividade, diferente da anterior. Para isso, é necessário realizar uma análise ergonômica do trabalho para tomar as medidas necessárias. O seu afastamento é necessário quando a função expõe ainda mais o trabalhador a realizar movimentos repetitivos”, ressalta o clínico geral e especialista em saúde e segurança Renato Igino dos Santos. Para ele, LER é a classificação de um conjunto de males provocados pela atividade que a pessoa executa durante o trabalho. “Esses problemas afetam o chamado sistema musculoesquelético, que engloba os membros superiores, os inferiores, a coluna cervical e a lombar. Entre as doenças classificadas como LER, estão a tendinite, que é a inflamação dos tendões, a cervicalgia e a epicondilite – respectivamente, dor no pescoço e no cotovelo”, destaca.

Dica Jamais faça exercícios físicos sem o aval de um médico e a supervisão de um profissional especializado.

fotos: © Jacek Chabraszewski / fotolia e divulgação drogaria são Paulo

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) são a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. Conheça mais sobre a síndrome, sintomas e tratamento

alongar é o melhor remédio As Lesões por Esforços Repetitivos, quando não tratadas, podem se tornar crônicas e resultar em dores insuportáveis. O tratamento combina exercícios fisioterápicos, remédios e reeducação postural. “Cerca de 90% dos casos, quando detectados no início, obtêm melhora após três meses”, aponta o especialista. Uma dica para evitar que o problema apareça é sempre fazer alongamentos antes, durante e depois da jornada de trabalho e não descuidar da postura. Segundo o bacharel em Educação Física e professor de musculação e personal trainer da academia Fit Park, em Brasília, Andrétt Costa, “o exercício físico colabora e muito para o não surgimento das LER. É possível trabalhar especificamente o fortalecimento muscular, evitando inflamações que ocasionam o surgimento da síndrome. Lembro que isso ocorre para quem segue um programa de exercícios elaborado por um profissional da área. Atividade regular também atenua os sintomas”.

Saúde sempre em dia 1 - Fisioterapia a qualquer hora e em qualquer lugar, fortalece a musculatura e os tendões. Kit com 2 bolas Fisiobol Suavis. 2 e 3 - Prevenção e tratamento de LER e importante durante a prática de esportes que exigem maior esforço do punho. Tala para punho em tecido Dilepé e munhequeira elástica Tensor.

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vida simples

Por Fernanda Mendonça

Durma bem Conheça as causas e os tratamentos para ajudar você a parar de roncar e ter noites mais agradáveis ao lado de quem você ama

s roncadores estão em quase todos os lares brasileiros e, quem sabe, do mundo inteiro. Eles possuem problemas frequentes de saúde, como um maior risco de sofrer de hipertensão, uma das principais causas de doenças cardiovasculares, e também acidente vascular cerebral. Segundo o otorrinolaringologista Dr. Cláudio Coelho, do Rio de Janeiro, “pesquisas revelam uma prevalência de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) em 35% dos hipertensos”. Dentre os vários distúrbios do sono, esse é, sem dúvida, um dos mais comuns. “Pelo menos 10% dos roncadores fazem apneia, que inibe a passagem de ar por pelo menos 10 segundos, por mais de cinco vezes durante a noite”, explica. A doença é mais comum em pessoas idosas e do sexo masculino. Para Dr. André Felicio, membro da Academia Brasileira de Neurologia, “as chances de sofrer de hipertensão ocorrem porque a SAOS contribui para o enrijecimento dos vasos, devido à falta de oxigênio no sangue”. A boa notícia é que as causas do ronco possuem tratamento.

As principais causas

É importante salientar que nem todas as pessoas que roncam são portadoras da doença. “Existem roncadores que possuem somente obstrução nas vias aéreas, mas que não correm risco de desenvolver a síndrome”, salienta Dr. André. Pessoas obesas também roncam mais. “Em particular, aquelas com circunferência abdominal grande”, alerta o neurologista. Fadiga, álcool, doenças infecciosas ou inflamatórias das vias aéreas superiores também podem ser causas de ronco. Porém, nesses casos, o incômodo tende a diminuir e desaparecer com algumas mudanças no estilo de vida da pessoa.

fotos: © office.microsoft

Noites mal dormidas

Quem ronca descansa menos à noite e, claro, no dia seguinte apresenta sonolência excessiva. “Isso acontece porque a queda do nível de oxigênio no organismo obriga a pessoa a acordar para respirar. O cérebro volta ao estágio inicial do sono e, quando está no fim do trabalho de aprofundá-lo, é obrigado, por uma nova apneia, a refazer o processo, que se repete por toda a noite”, descreve Dr. Cláudio. “No final das contas, dia e noite estão prejudicados”, ratifica o neurologista. Uma alimentação saudável, principalmente se você precisa perder peso, aliada à prática de exercícios físicos, é especialmente recomendada. Diminuir o consumo de bebida alcoólica e parar de fumar também são fundamentais. “Evite ainda o consumo de alimentos pesados durante a noite”, sugere o otorrinolaringologista.

Melhore a vida a dois

Incomodar, sem querer, quem dorme ao seu lado não é nada bom. “Para minimizar a situação, o ideal é o roncador dormir sempre de lado, se possível, com travesseiros ao redor do corpo para evitar que ele mude de posição durante a noite”, aconselha Dr. André. “Outra opção é costurar, na parte de trás de uma camiseta ou do pijama, um bolso em que caiba uma bolinha de isopor ou algum outro pequeno objeto que não machuque, mas que ajude a adquirir o hábito de dormir de lado”, indica Dr. Cláudio. O parceiro ou parceira, por sua vez, não deve cutucar o roncador, para evitar que este fique ainda mais cansado no dia seguinte. Conversar com o companheiro e pedir que ele procure um tratamento é a melhor forma de ajudá-lo. E atenção: jamais coloque travesseiros no rosto da pessoa que está roncando, a almofada pode prejudicar ainda mais a respiração dela!

Tratamentos

Os casos mais simples geralmente são tratados com o uso de aparelhos e de máscaras com pressão contínua de oxigênio, “as chamadas CPAP”, recomenda o neurologista. Aquelas tiras que podem ser coladas no nariz durante a noite também ajudam a respirar um pouco melhor durante o sono, porém os adesivos sozinhos não resolvem o problema, apenas aliviam o sintoma. É preciso seguir as orientações do seu médico.

Sinais de alerta A intensidade do ronco, por si só, não é um parâmetro de gravidade da doença, porém pacientes que acordam com o próprio ronco precisam procurar um médico com urgência, muitas vezes é um dos sintomas da SAOS. Atente-se ainda aos outros fatores que sinalizam a gravidade do distúrbio, segundo Dr. André Felicio: “São eles: perda de memória, dificuldade de concentração, sensação de asfixia durante a noite, dor de cabeça forte pela manhã e sonolência excessiva. A cirurgia só é indicada em casos em que o tratamento com os equipamentos mencionados não funciona, ou ainda para crianças e adolescentes roncadores com grandes adenoides ou malformações craniofaciais”. Fique de olho!

criança na área

Por Maria Helena Bellini

Teimosia infantil Sabe aquela ida ao supermercado que se transforma em pesadelo, com seu filho gritando e esperneando pelos corredores porque você não quer comprar algo? Boa notícia: isso tem solução. Fiquem tranquilos, pais!

eu anjinho parece que não ouve mais o que você (e nem ninguém) diz? Não obedece, chora sem motivo e ainda faz um escândalo fenomenal? Não se desespere! A birra infantil é a arte mais sutil de tentar manipular os pais em busca de atenção e de conseguir o que se quer. Ela é uma tentativa da criança de expressar suas vontades com a certeza de que receberá um sim e se faz presente em suas vidas mais ou menos com um ano e meio de idade.

E lá vem a pergunta que não quer calar: “O que eu fiz de errado?”. Nada, pelo menos por enquanto. Segundo a terapeuta familiar Suzy Camacho, a criança faz birra por não saber lidar com as frustrações, e cabe aos pais serem firmes em cada episódio para ensinar a ela que o mundo não lhe dará o que quer nem na hora em que quer. A diferença é que os pais ensinarão essa lição com amor. Se o seu filho nunca foi de fazer isso, é possível que esteja imitando um irmão ou amiguinho, caso ele já frequente a escola. É importante que os pais mantenham o castigo ao retornarem do passeio. Uma boa maneira de ensiná-la é com castigos de curta duração, principalmente para crianças de até oito anos. Mantê-la sentada em uma parte da casa sem atrativos, como o corredor,

fotos: © Ilike e © kfleen / fotolia

Entenda o porquê

por exemplo, é uma excelente opção. Evite cozinha, o próprio quarto da criança, banheiro etc. Nesses lugares, existem muitas distrações para ela – que nem perceberá que está sendo punida por algo inadequado que fez. Diga que deverá permanecer por um período sentada ali, mostre-lhe o relógio explicando que, quando os ponteiros estiverem em determinada posição, ela estará liberada. A cada tentativa de sair, o tempo reinicia, e assim sucessivamente. Acreditem, pais: funciona! Mesmo que seu filho fique desapontado ou sinta raiva de você em um primeiro momento, continue firme. Os pais e os cuidadores precisam preparar emocionalmente os filhos para o mundo, para o futuro, para que eles aprendam que receberão muitos nãos ao longo da vida e que saibam lidar bem com eles. Se continuar sendo um birrento de carteirinha, muita atenção, pois esse padrão, principalmente após os sete anos, indica um problema mais sério. É hora de procurar a ajuda de um especialista.

O combinado não sai caro

Para evitar o espetáculo público, a especialista alerta: “Antes de sair de casa, combine tudo com a criança e explique o que será e o que não será permitido. Deixe claro o que será possível comprar entre as guloseimas ou brinquedos de que ela mais gosta e se o dinheiro será retirado da semanada ou mesada que ela recebe”. Caso ela não tenha esse dinheiro disponível, estabeleça um valor.

Culpa não!

Muitas vezes, os pais só dizem sim aos filhos ou sempre levam para casa algum mimo por causa do sentimento de estar ausente muitas horas por dia, longe deles. Segundo Suzy, crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando pessoas infelizes, irritadiças, agressivas, depressivas, já que o mundo não dá o mesmo sim incondicional dos pais. Seu filho precisa aprender que algo material não substitui o amor dos pais por ele. Portanto, a melhor maneira de criar futuros adultos mais equilibrados e prontos para enfrentar a vida e os obstáculos que virão ao longo do caminho é ficar ao lado da criança 100% do tempo de que você dispõe. “Sente-se com ela, olho no olho, não ambos de frente para a TV. Escute o que seu filho tem a lhe contar sobre seu dia, seus sentimentos, vejam juntos a lição de casa, brinquem, se abracem, falem ‘eu te amo’. Com certeza, mesmo que seja por 30 minutos diários, a relação de vocês será maravilhosa”, finaliza a terapeuta.

Manual prático Suzy Camacho ensina o passo a passo para que os pais possam lidar de maneira positiva com esse “momento showzinho” que seu filho poderá proporcionar ao mundo a qualquer dia, hora e local:

1 Fale calmamente com a criança que, dessa maneira, ela não conseguirá atingir seu objetivo. E que quando estiver mais calma, voltarão a conversar. Não grite, não pegue nela, não se altere, pois se isso acontecer ela saberá que pode usar a teima para conseguir qualquer coisa de você.

2 Espere de 10 a 15 minutos para ver se passa o acesso de birra. Não olhe para a criança durante esse tempo. Caso perceba que a criança possa se machucar por estar se debatendo muito, por exemplo, abrace-a.

3 Após esse período, se ela mantiver a conduta, em silêncio pegue-a suavemente pelo braço ou mesmo no colo e leve-a para outro local onde não exista plateia.

4 Ajoelhe-se e fique na altura dos olhos dela, frente a frente. Diga firme, mas em voz baixa: “Chega! Eu não admito que você continue agindo dessa maneira. Ao chegarmos em casa, você estará de castigo por causa dessa atitude.”

5 Nunca, jamais, em hipótese nenhuma, diga que você não gosta mais dela, que ela não é mais uma criança boazinha ou quaisquer comentários negativos e não relacionados ao acontecido. Apenas explique que aquele jeito dela de agir não é adequado e o porquê.

Para pais e mães de primeira, segunda ou terceira viagem, seguem duas publicações para ajudá-los a lidar com cada uma dessas lindas, difíceis e emocionantes fases, para que seus filhos possam crescer saudáveis física e emocionalmente. Guia prático dos pais Esse livro de Suzy Camacho foi elaborado a pedido de pais que buscam orientações para elucidar as dúvidas mais comuns na educação de seus filhos. Lançado em 2007 pelas Edições Paulinas com imenso sucesso, traça um painel completo do universo infantil. Escrito de modo simples e em linguagem coloquial, a autora inicia a obra discorrendo sobre a fase intrauterina e os cuidados que devem ser tomados pelos genitores em relação à gestação e preparação para o parto. Fala sobre o delicado problema dos distúrbios do sono dos primeiros meses, aborda a questão da alimentação, da importância das brincadeiras infantis desde o nascimento, da aquisição da linguagem. Também dá dicas de como lidar com os ciúmes na chegada de um irmãozinho, com as crises do início da vida escolar, e analisa os principais tipos de crianças: as tímidas, as medrosas, as valentonas. Avalia o relacionamento paisfilhos e os limites que devem ser estabelecidos com autoridade e ponderação e, nesse sentido, responde questões acerca de castigos, punições, sexualidade, importância de práticas esportivas, religião, morte, drogas e separação. O mais importante, porém – Suzy faz questão de relembrar –, são os sentimentos de amor e compreensão aliados à orientação e os exemplos de conduta dos pais, que são assimilados pelas crianças na formação de seu caráter. Como nascem os pais Nova obra de Renato Kaufmann, pela Mescla Editorial, autor do best-seller “Diário de um grávido”, é o retrato fiel e bem-humorado dos dois primeiros anos de uma menina na vida de seu despreparado pai. Se o primeiro livro surgiu da necessidade de desabafar por causa da incerteza de acompanhar uma gravidez, o segundo aborda um tema universal, com contornos ora chocantes, ora surreais, fazendo do bom humor e da coragem frente ao ridículo as suas principais armas para vencer os percalços do dia a dia. A emoção de ouvir “papai” pela primeira vez, o vazio inexplicável causado por um fim de semana longe da pequena, a revolta diante das mentiras ou das histórias cruéis que se contam para as crianças – tudo isso Kaufmann descreve com since-

“Escute o que seu filho tem a lhe contar sobre seu dia, seus sentimentos, vejam juntos a lição de casa, brinquem, se abracem, falem ‘eu te amo’. Com certeza, mesmo que seja por 30 minutos diários, a relação de vocês será maravilhosa” Suzy Camacho, terapeuta familiar

ridade ímpar. Ao longo do livro, sobra espaço até para algumas dicas práticas – afinal, ninguém é de ferro. “É de dar orgulho (e surpresa) que ainda por cima acabe ajudando outros pais, somos um bando de cafés com leite. A minha filha me transformou em um ser muito melhor, quiçá um cappuccino”, afirma o autor. Criador do blog Diariogravido.com.br, que tem milhares de seguidores e presença também no Facebook e no Twitter, Kaufmann escreve crônicas baseadas em fatos reais, relatando o aprendizado cotidiano de alguém cujo maior mérito – nas suas palavras – até então tinha sido cuidar de dois gatos.

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fotos: divulgação drogaria são paulo e divulgaçnao das assessorias

Auxílio luxuoso

womanize-se

Por Ester Jacopetti

Mulher admirável, exemplo de superação À frente do programa “Mais Você” há 13 anos, a apresentadora encanta o Brasil com o seu “Acorda, menina” todos os dias

foto: TV Globo / Márcio de Souza. Capa: TV Globo / Marcio Nunes

na Maria Braga é da cidade de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, e conta que sempre sonhou em ser alguém! Seu pai, um italiano bem bravo, já estava com 62 anos quando a filha única nasceu. Para se ter uma ideia, aos 18 anos, Ana não podia sair de casa nem para estudar. “Nós, mulheres, naquela época, éramos feitas pra casar, mas eu tinha vontade de conhecer o mundo. Queria ter um caminhar, uma vida diferente daquela. Minha família não era rica. O meu pai foi chofer de táxi durante uns bons anos da minha infância e dizia que se eu saísse de casa, estaria fora do alcance financeiro dele. Eu fugi e fui para São José do Rio Preto, de mochila e tudo, pra tentar entrar na Universidade de São Paulo”. Ela sonhava em fazer Medicina, mas não tinha dinheiro para pagar o vestibular nem a faculdade. Sua opção foi pelo curso de Biologia pura, pois lhe daria a oportunidade de entrar no segundo ano de Medicina, quando terminasse a licenciatura. “Passei no vestibular, mas tinha de trabalhar porque morava em um pensionato, em uma casa com outras 25 mulheres. No meu quarto, éramos oito... Fui aprendendo que a vida requer alguns sacrifícios”. O único trabalho disponível naquela cidade era como past up, o que não era muito a especialidade da estudante da época. “Não sei se você sabe o que era um past up: montávamos páginas de jornal manualmente, pois naquela época não tinha computador. Eu trabalhava das 20 h até uma da manhã. Ganhava o que precisava pra pagar o pensionato. Durante esse período, fiz amizade com o pessoal do jornal, e eles me convidaram pra fazer um teste. Eu era jeitosinha e tudo. Comecei a apresentar um jornal local. Não adianta esperar as coisas. É preciso perceber o que está acontecendo a sua volta. Eu tinha os meus sonhos e não queria parar em São José”. De lá pra cá, sua história de vida daria um filme ou um livro, e dos bons. Conheça um pouco mais de Ana Maria Braga: bióloga, apresentadora e escritora de cerca de 50 títulos com receitas para todos os paladares e artesanato, nesta entrevista exclusiva para a Ponto de Encontro.

Ponto de Encontro: Como aconteceu sua vinda para São Paulo? Ana Maria Braga: Queria trabalhar e vim morar aqui para fazer mestrado em répteis e anfíbios. Era o meu sonho na época. Terminei Biologia e me especializei em Zoologia. Mas novamente eu precisava morar em algum lugar. Tinha por instinto saber que daria certo. Mesmo não tendo condições financeiras. Eu tinha o cartão de uma pessoa que trabalhava na televisão de São Paulo. Fiquei com aquele cartão como se fosse a tábua de salvação da minha vida. Eu pegava a minha grana, comprava ficha de orelhão e ficava ligando... até que consegui falar com ele! P.E.: Em algum momento você pensou em desistir? A.M.B.: Não tinha tempo de pensar nisso, pois precisava trabalhar. Esse homem que me deu o cartão é o jornalista J. Hawilla, que todo mundo conhece. Ele me

arrumou uma entrevista na TV Bandeirantes, e lá me aceitaram como “foca” (recém-formado). Eu já estava me sentindo jornalista, não era mais bióloga. A primeira matéria que me deram era sobre um incêndio. Nunca tinha feito esse tipo de cobertura. Estava experimentando. Eu sabia mais ou menos, porque apresentava o telejornal. Naquele dia desabei inteira! Mais chorava do que fazia a matéria. Primeiro porque São Paulo já era um desafio. Esse incêndio foi muito marcante na minha vida, e me fez superar essas coisas. Foi quando decidi partir para o jornalismo. Até então eu não sabia que era um ambiente competitivo, como é nas grandes empresas. E por eu não ter o MTB (registro profissional de jornalista) e por ser bonitinha, arrumei encrenca com uma das donas da casa, que gostava de um rapaz que me deu carona uma vez. Ela me tirou do ar e me colocou em uma salinha para fazer pesquisas. Pensei comigo: “Estou frita novamente”.

foto: tv globo / Alex Carvalho

P.E.: Mesmo assim você não desistiu? A.M.B.: A Branca Ribeiro, uma das maiores apresentadores de televisão, gostava do meu trabalho. E me indicou para a TV Tupi, e comecei a fazer duas coisas. Um programa que se chamava “Replay”, que era um pouco o “Vídeo Show” de hoje. Fazia reportagens de rua, e à noite, faculdade. Na mesma empresa eu tinha dois empregos. Nunca conseguia fazer uma coisa só. A minha vida foi acontecendo por acaso, coisa do destino. Eu nunca me preocupava em ganhar dinheiro. Seis anos depois, aconteceu um desastre, porque a emissora faliu. A minha sorte foi que durante o tempo na emissora eu era encarregada de cobrir a Associação Comercial. Naquela época, Paulo Maluf foi indicado pra ser governador do Estado de São Paulo. Fui convidada pra ser assessora da mulher dele, a Sylvia Maluf. Ela resolveu me apresentar ao Secretário da Agricultura em São Paulo, Eduardo Pereira Carvalho, que também era solteiro. Ela fazia alguns jantares e o colocava do meu lado... (risos). Foi um presente dos deuses. Porque realmente me casei com ele, que é pai dos meus dois filhos. A Sylvia é minha madrinha de casamento. Devo a ela o grande presente de poder ter convivido com o Eduardo ao longo dos 15 anos da minha vida. Ele é um dos melhores, se não o melhor amigo que tenho. É um cara com quem aprendi muito. P.E.: Como surgiu essa oportunidade de trabalhar na Editora Abril? A.M.B.: Foi num período em que fiquei desempregada e o Eduardo também. Nunca tinha trabalhado com revistas antes e me entusiasmei muito com a novidade. E ninguém me perguntou se eu sabia (risos). Aprendi a não ter vergonha de dizer “não sei”. A gente é muito vaidoso e muito cheio de si. Trabalhei durante oito anos na editora. Mas terminei brigando com o cara errado. Fiz uma negociação melhor do que a que ele havia feito. Ele fez uma bobagem. Enfim, eu contei para o dono da empresa. Depois de três meses, ele virou meu diretor, esperou um tempo e me mandou embora. Mas aconteceu algo fantástico comigo: eu, quando tinha vaga na garagem, plano de saúde, viagens internacionais, era conhecida nos restaurantes, tinha muitos amigos. Quando saí de lá, eu ligava e ninguém me atendia. De cem, se cinco me atenderam foi muito. Eu não era mais a “Ana Maria Braga da Abril”. E isso foi inicialmente um choque. Com o dinheiro que ganhei, dava pra continuar levando a vida por uns seis meses, com os meus filhos na escola. Mas a vida ia mudar novamente. Eu chorava madrugada adentro. O desespero é imenso, porque você já tem aquele padrão de vida. Mas pensei: “A gente não é, a gente está em algum lugar”. Foi a melhor puxada de tapete da minha vida. Depois de três meses, ele foi proibido de entrar na editora, porque descobriram que ele estava roubando a empresa.

“A nossa solidão é um pouco de Deus em nós. Quando estamos conosco e quando nos conhecemos, aprendemos com as nossas fraquezas e descobrimos nossa imensa força” ana maria braga

P.E.: E mais uma vez você se reinventou, e de volta à televisão como apresentadora de um programa. A.M.B.: Sim! Recebi uma proposta pra apresentar um programa. Mas não receberia salário, e ainda teria de produzir, dirigir e apresentar (risos). O primeiro roteiro foi escrito à mão (risos). Eu tinha duas horas de programa pra preencher. Acreditei que conseguiria. Pensei em fazer uma revista feminina na televisão brasileira. Eu conhecia o perfil dessa mulher, e assim nasceu o programa “Note & Anote”, justamente pensando nas revistas nas quais trabalhei na Editora Abril. Deu muito certo, pois sempre respeitamos o telespectador. Naquela época, aliás, fiz bons contratos, por isso ganhei muito dinheiro com eles. Eu acreditava que tinha uma mina de ouro nas mãos, mas eles não. Eles assinaram o contrato porque não acreditavam. Ninguém ganhava mais do que eu. P.E.: Foi aí que você recebeu o convite da Rede Globo? A.M.B.: O convite da Globo me entusiasmou bastante. Essa história você conhece. Tenho uma equipe maravilhosa. Temos de olhar pra equipe que nos cerca. E isso requer muito trabalho. Chego na televisão às 5h50 da manhã e saio às cinco da tarde. Eu penso no “Mais Você” 24 horas por dia para fazer a melhor uma hora e meia de programa, todos os dias ao vivo. Não tenho dúvida nenhuma de que nós fazemos um senhor produto. Não é por acaso que estamos há 13 anos no ar, e é com muita alegria que digo todas as manhãs: “Acorda, menina”. Mas nunca imaginei chegar aonde estou hoje. Acredito que se confiarmos, a gente consegue. Mas com os pés no chão. P.E.: Como encara o futuro? A.M.B.: Uma das coisas que muito me motivaram nos últimos anos, além da vontade de viver, é que eu gosto de trabalhar! Atualmente tenho um produto que está no ar há 20 anos. Acordo feliz pela manhã, e para

Ana Maria Braga entrou para a Rede Globo em 1999 e estreou o programa “Mais Você” ao lado do seu fiel companheiro, o Louro José

P.E.: Por falar em saúde, após 12 anos da descoberta do câncer, você volta a falar sobre o assunto... A.M.B.: Ao longo da minha carreira, tive muitos pedidos, principalmente após a descoberta do meu câncer, de falar sobre superação. Ser diagnosticada com essa doença e ter de passar por um tratamento intensivo não foi fácil. Eu sabia que tinha 50% de chance de estar curada e outros de não estar. Entrei na sala do hospital acreditando muito nos 50% positivos da minha vida. Hoje olho para aquele ano e vejo o quanto podemos aprender com as dificuldades e o quanto esse deve ser o caminho. Contei muito com ajuda de médicos extraordinários, muitos amigos e familiares imprescindíveis. Mas sabia acima de tudo que precisava

de mim mesma. Precisava da plenitude, da força e da confiança dentro de mim. O meu corpo estava doente, mas o meu espírito não. Cada um de nós deve ser o seu melhor amigo. Devemos nos amar, nos admirar, acreditar em nós mesmos e nos valorizar. Esses são os primeiros passos a serem dados, no caminho da sua força interior. A nossa solidão é um pouco de Deus em nós. Quando estamos conosco e quando nos conhecemos, aprendemos com as nossas fraquezas e descobrimos nossa imensa força. Esse foi um momento que me fez olhar para o mundo de outro jeito. E também me fez olhar pra trás, pra saber o que eu queria projetar depois dessa passagem. Eu sabia que passaria por ela, não pergunte como, mas eu sabia! Apesar de os médicos dizerem que eu tinha apenas 30% de chance de cura quando iniciei o tratamento. A partir daí, decidi falar com as pessoas que não conheciam a Ana Maria de verdade. Percebi intuitivamente que dentro de mim havia alguma qualidade que me fizera chegar até lá. Uma coragem que temos de ter todos os dias. Tudo tem sempre um motivo. P.E.: Para finalizar, conte-nos como é a sua relação com os fãs. A.M.B.: Eu já vi muitos colegas tratarem muito mal as pessoas, no aeroporto, no restaurante. Morro de vergonha e acho que deveriam mudar de profissão. Você tem que entender que quem paga o seu salário é o seu público e que o principal de tudo é o respeito por ele. O dia em que não estou legal, que não estou bem pra me doar, não saio de casa. Porque não são todos os dias em que estou disposta a passear no shopping, tirar fotos e sorrir. É melhor desse jeito, porque não magoamos as pessoas!

foto: TV GLOBO

levantar às 4h45 todos os dias, há de se ter motivação. Porque não é sempre que estamos bem. Mas quando chego à televisão, quando entro pra fazer o programa ao vivo... sinto o mesmo friozinho na barriga. Isso me alimenta! Quando estou no trabalho, é a coisa mais deliciosa do mundo. Durante o dia eu edito, produzo, faço tudo junto com a minha equipe. Não consigo olhar para o futuro sem estar fazendo alguma coisa. Além disso, tenho um monte de gente criativa. E que Deus me dê saúde pra continuar, para não perder o olhar jovem das pessoas que trabalham comigo. Pra que eu possa estar cada vez mais interagindo com as novas mídias. Porque há 10 anos não tinha ideia de que essas mudanças fossem acontecer. Não quero me desconectar dessa possibilidade de sorrir junto com a juventude e aprender. Não me vejo sem trabalhar. Se você me perguntar o que pretendo fazer daqui a 10 anos, eu provavelmente estarei muito feliz se estiver trabalhando. Eu amo o que faço!

nutre+ação

Por Ana Carolina Contri

Fonte de vida

Praticar exercícios debaixo do sol de verão requer cuidados redobrados com a quantidade de água de que nosso corpo precisa para se manter saudável

estação do calor é sinônimo de corpos à mostra, banhos de mar e piscina e, principalmente, intensificação dos exercícios na academia ou mesmo ao ar livre. A busca por um físico bonito e torneado aumenta, mas muita gente se esquece de que tudo depende de um fator essencial: a hidratação! A água é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo, e a falta dela coloca em risco a sua saúde. Quando realizamos alguma atividade física, o corpo enfrenta alguns desafios, pois além do esforço para manter o ritmo é também preciso dissipar o calor para o ambiente e evitar a perda excessiva de água. É nessa hora que a necessidade de hidratação corporal aumenta. Afinal, cerca de 60% de nosso organismo é constituído por água, mais da metade do peso corporal, e a composição muscular é feita por 75% dessa substância. Para ajudar você a manter o equilíbrio, conversamos com duas nutricionistas que ensinam como manter o corpo saudável e pronto para malhar.

Desidratação e exercícios

A nutricionista Thaís Navarro, responsável pelo site Cidade Saudável de São Paulo, explica que a água é o meio no qual todas as reações metabólicas intracelulares acontecem. A perda de líquidos tende a deixar o sangue mais viscoso e a pressão sanguínea mais elevada, uma vez que a desidratação afeta o desempenho aeróbio e aumenta a frequência cardíaca. Os dias mais quentes e úmidos requerem ainda mais atenção. “Evitar a desidratação deve ser uma atividade constante na vida do atleta, e de nada adianta intensificar a ingestão de água e outros líquidos apenas na véspera da competição, pois o organismo controla a quantidade de líquidos e sais o tempo todo, por meio dos rins. Dessa forma, quem ingere seis copos de água e não pratica atividade física, em pouco tempo vai eliminar esse líquido por meio da urina, já que os rins não vão deixar o sangue muito diluído por um longo período”, ressalta.

Vencendo o calor

Hidrate-se Durante a atividade física, perdemos sódio e potássio, fazendo com que a água não seja a única bebida que ajuda a repor com rapidez a quantidade de líquido necessária. O ingrediente essencial que deve estar presente em uma bebida de reidratação é o sódio. Uma dica é consumir bebidas esportivas, como as isotônicas, que são preparadas com os ingredientes ideais para recuperar seu organismo em poucos minutos. As nutricionistas também aconselham a consumir os líquidos frios ou gelados, assim a absorção da água acontece mais rapidamente. Também é preciso descartar os refrigerantes, as bebidas que contêm cafeína ou álcool (por causa do efeito diurético) e os sucos de frutas ácidas (laranja, limão etc.). Uma boa dica é tomar água fresca, em pequenos goles, antes e durante os treinos. Consuma entre 250 ml a 600 ml de água duas horas antes do início da atividade. Durante os exercícios, a regra é simples: ter sempre uma garrafinha de água ou bebida isotônica à mão. No entanto, nada de exagerar, já que ingerir líquidos em excesso também pode fazer mal. O ideal é beber entre 500 ml e 700 ml, dependendo da duração e da intensidade da atividade. Após o exercício, o correto é beber 1 litro de água para cada 1 kg de peso perdido com o exercício. Se eles excederem uma hora, é importante ingerir bebidas isotônicas para a recuperação da perda de minerais.

Quando você faz exercícios de maneira constante durante uma hora, seu corpo perde mais água do que é capaz de produzir e, se não houver reposição, você se desidrata e prejudica sua saúde. Portanto, é preciso ingerir boa quantidade desse líquido todas as vezes que você estiver na academia fazendo aulas. Lembrando que a quantidade tende a aumentar durante o alto verão, ou, caso a prática esportiva aconteça ao ar livre, em dias de sol intenso. Para a nutricionista especializada em Nutrição funcional, ortomolecular e fitoterapia do Rio de Janeiro Christina Maia, durante a estação mais quente ocorre um aumento do suor com o objetivo de “refrescar” o corpo e manter a temperatura corporal equilibrada. “Por esse motivo, devemos ter o cuidado de repor os líquidos e eletrólitos (sais minerais) perdidos com o calor”. Além disso, a água é responsável por transportar oxigênio para os músculos pelos glóbulos vermelhos do sangue, eliminar o dióxido de carbono pela respiração e regular a pressão arterial para o bom funcionamento do coração e da circulação, precisando ser reposta sempre. Segundo a especialista, o ideal é ingerir de 2 a 3 litros de água por dia, e outros tipos de líquidos que também podem ajudar na hidratação e substituir água, como: água de coco, sucos, chás e bebidas isotônicas.

Xô, sede! 1 - alto grau de leveza. Água mineral Bioleve. 2 - mais energia e reposição rápida dos líquidos e sais minerais perdidos com o suor. Gatorade tangerina. 3 - hidrata naturalmente. Água de coco Kero Coco. 4 - Zero calorias, dez em saúde. Chá verde Feel Good. 5 - Fonte de Cálcio e Vitamina C. Alimento com Soja e Suco de Maçã Sollys Nestlé.

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velhos costumes

Por Maria Helena Bellini

O antigo de cara nova O retrô voltou com tudo. É uma maneira divertida que revive o que era moda no passado, como um produto farmacêutico ou um brinquedo, e o traz com ares renovados, porém sem perder suas características incomparáveis

uitos rótulos e logotipos de marcas famosas parecem estar a vida toda ao nosso lado. Basta olhar nas prateleiras de drogarias ou lojas de departamentos. A impressão que se tem é que sempre estiveram ali, desde os tempos da vovó. Na verdade, é isso mesmo. Algumas retornaram nos anos 2000 com novas embalagens, novas cores, porém a fórmula continua a mesma. Essa divertida brincadeira de reviver o passado por meio dos objetos de decoração ou pelo retorno em novas embalagens de brinquedos e cosméticos, por exemplo, faz muito sucesso nesta época em que celebramos o que foi parte da nossa infância e nos recorda dos momentos felizes vividos “naquele tempo”. A beleza está justamente nessa nostalgia, que invade até mesmo a passarela das semanas de moda. O estilista mineiro Ronaldo Fraga realizou um desfile, em 2009, na São Paulo Fashion Week, e de sua cabeça pensante e criativa surgiram estampas de roupas e acessórios com as famosas bolachas Maria. Em seguida, elas chegaram a sandálias infantis, acessórios de

decoração (cama, mesa e banho), e o Chiclets (de caixinha e o míni – você se lembra?) também entrou nesse circuito fashion. Isso sem falar do estilo Navy, que voltou revisitado com suas listrinhas em azul, branco e vermelho, isto é, o famoso modelito marinheiro, direto das passarelas para as ruas. Óculos de sol e de grau de grifes mundiais com a cara da vovozinha tornaram-se peças de colecionador e de quem está sempre antenado com o que rola pelo circuito dos descolados.

A beleza está justamente nessa nostalgia, que invade até mesmo a passarela das semanas de moda. O estilista mineiro Ronaldo Fraga realizou um desfile, em 2009, na São Paulo Fashion Week, e de sua cabeça pensante e criativa surgiram estampas de roupas e acessórios com as famosas bolachas Maria

Clássicos e modernos

Os anos 1940 e 1950 continuam em alta. Basta dar uma olhadinha nos eletrodomésticos, como o novo refrigerador retrô, também em versão frigobar, que resgata um verdadeiro ícone daquelas décadas. Rádios antigos, telefones que imitam os modelos com fio (só que sem), toca-discos (sim! Para tocar vinil), torradeiras, cafeteiras de café expresso com design vintage, almofadas com fotos em preto e branco dos famosos do cinema e da música, convivem superbem ao lado de uma mega TV de plasma de 60”. Até a famosa Vespa – uma scooter com ares antigos –, o Fusca e o Camaro são sucessos de público tanto em tamanho natural, para você se locomover pela cidade, quanto em miniaturas para enfeitar seu lar.

Para ter sempre À mão 1 - perfume no ar. Deo Colônia Alfazema Oggi. 2 - Combate assaduras, brotoejas e os odores da transpiração dos pés e axilas. Polvilho Antisséptico Granado Tradicional. 3 - sensação de limpeza como se tivesse acabado de sair do banho. Desodorante Leite de Rosas Tradicional. 4 - fragrância exótica com toque de especiarias e flores. Sabonete em barra Phebo Tradicional Odor de Rosas. 5 - poderoso hidratante para todos os tipos de pele. Nivea Creme. 6 - medicamento antisséptico, adstringente e cicatrizante, previne e trata as doenças da pele. Pomada Minancora.

Passaporte para se emocionar

E o que dizer dos brinquedos! A cinquentona Barbie, juntamente com a Susi, continua a encantar as meninas de todas as idades. Da mesma maneira, a Moranguinho, o Pequeno Pônei, o Lego, o Genius, personagens de desenhos da década de 1980 e dos filmes – sucessos de bilheteria – daqueles anos, formam um rol de itens educativos que incentivam o universo lúdico.

Linhas famosas

Nos primórdios da “pharmácia”, em 1870, surgia a Granado, que foi se reinventado ao longo desses anos e ressurgiu recentemente com sua nova linha, Pink, com diversas opções para os cuidados do corpo. Da mesma maneira, podemos encontrar a pomada Minancora, cuja fórmula foi criada em 1912, e continua nas prateleiras de todas as drogarias com sua linha de produtos ampliada. E quem não se lembra da fragrância de Alfazema, com sua sensação de bem-estar e frescor inigualável? A lata azul de creme NIVEA ou um sabonete Phebo, tenho certeza, já se fizeram presentes no seu banheiro. O Leite de Rosas, então, teve como garotaspropaganda ninguém menos que Carmem Miranda e sua irmã, Aurora. Não era o máximo? Seja qual for a sua idade, relembrar é viver de novo um pouquinho daquilo que era tão bom e nos fazia felizes, mas que pode voltar sempre e ainda melhor!

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positivo

Por Mirella Stivani

Perigo à vista! Os brasileiros exageram demais no consumo de sódio, o que pode comprometer seriamente a saúde e a qualidade de vida

uando o assunto é gastronomia, os brasileiros são “grands chefs”! Adoram diferentes combinações, porém um dos ingredientes, o sal, precisa sempre ser em grande quantidade, pois sem ele, considera-se o prato sem tempero. Mas o que pode ser apetitoso vira um inimigo da boa saúde. O excesso de sódio, principal componente do sal de cozinha, está associado ao desenvolvimento da hipertensão arterial, de doenças cardiovasculares, renais e outras, que estão entre as primeiras causas de internações e óbitos no Brasil e no mundo. A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. Mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o brasileiro ingere 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado. Se o seu consumo fosse reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais poderiam diminuir em 15%, e as mortes por infarto, em 10%. Ainda se estima que 1,5 milhão de brasileiros não precisariam de medicação para hipertensão, e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos. Por isso, vale a pena prestar (muita!) atenção em sua alimentação.

Medida certa

O sódio é responsável pela regulação da quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células, ou seja, é importante para o organismo. O excesso causa desequilíbrio, pois o corpo retém mais água, que aumenta o volume de líquidos, sobrecarregando o coração e os rins, situação que pode levar à hipertensão. Por dentro, os vasos são cobertos por uma fina camada, que é lesionada quando o sangue circula com pressão elevada. Com isso, eles se endurecem e ficam estreitos, podendo entupir ou romper com o passar dos anos. O entupimento de um vaso no coração pode levar a um infarto. No cérebro, leva ao acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como derrame. Nos rins, podem ocorrer alterações na filtração do sangue e até a paralisação dos órgãos. Portanto, evitar a ingestão excessiva de sal é uma medida simples que pode prevenir contra vários problemas graves de saúde.

Produtos industrializados

Uma pesquisa feita em 2012 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou alto teor de sódio em grande parte dos alimentos vendidos no Brasil. O trabalho foi feito com base na análise de 26 tipos de produtos, como bolachas e frios – dos grupos analisados, apenas cinco apresentaram níveis do ingrediente considerados adequados. Entre os campeões de sódio, estão queijo parmesão, mortadela, biscoito de polvilho, macarrão instantâneo, hambúrguer bovino, maionese, salgadinho de milho, biscoitos de água e sal, cream craker e recheados e batata frita. Até alimentos adotados em muitas dietas também figuram na lista: ricota e queijo minas frescal. Uma das maneiras mais práticas de diminuir o consumo de sódio é observar as informações nutricionais no verso das embalagens. Se a quantidade for superior a 400 mg em 100 g do alimento, já passa a ser prejudicial à saúde. Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, a indicação consiste em reduzir a quantidade de sal no preparo da comida, podendo substituí-lo por outros condimentos. “É melhor utilizar ervas desidratadas e temperos naturais, como salsa, cebolinha, pimenta e outros. O uso de temperos industrializados também deve ser evitado, pois contêm alto teor de sódio”. O Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia pela redução gradual do teor de sódio em alimentos processados. “Esse acordo incentiva a indústria a oferecer alimentos menos prejudiciais à saúde e reforça o compromisso do Governo Federal na promoção de hábitos de vida mais saudáveis dos brasileiros”, complementa a especialista.

“É melhor utilizar ervas desidratadas e temperos naturais, como salsa, cebolinha, pimenta e outros. O uso de temperos industrializados também deve ser evitado, pois contêm alto teor de sódio” Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde

Dicas saudáveis A seguir, a Dra. Carolina Mantelli Borges, endocrinologista da Clínica de Especialidades Integrada, ensina cinco maneiras para se evitar o consumo exagerado de sal:

1 Substitua gorduras animais por óleos vegetais (óleo de soja, milho ou girassol).

2 Retire o saleiro da mesa para não cair em tentação.

3 Evite frituras. 4 Consuma alimentos que sejam fontes de fibras, como frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes, de preferência crus.

5 Evite alimentos industrializados (molhos prontos, ketchup, caldos concentrados e mostarda); embutidos (salsicha, linguiça, presunto e salame); conservas e os enlatados e salgadinhos para aperitivo (batata frita, amendoim e salgado).

CURTAS E QUENTES

livro • música • filme • teatro Uma família em apuros

O lado bom da vida

Quando Artie Decker (Billy Crystal) e sua esposa Diane (Bette Midler) são deixados sozinhos para cuidar de seus netos, os antigos métodos de educação colidem com os mais modernos – sem punições, e muito menos diversão. Mas quando as coisas começam a ficar fora de controle, os avós usam uma tática inesperada para conquistar os netos: ensiná-los como ser crianças e se divertir. 20th Century Fox.

Pat Solatano (Bradley Cooper), um cara que perdeu tudo – sua casa, seu trabalho e sua esposa. Ele se encontra vivendo com sua mãe (Jacki Weaver) e o pai (Robert DeNiro), depois de passar oito meses preso. Determinado a reconstruir sua vida e voltar com sua esposa, conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma misteriosa e problemática garota, e então as coisas se complicam. Paris Filmes.

As aventuras de Tadeo Devido a uma confusão inesperada, Tadeo, um pedreiro sonhador é levado por um famoso arqueólogo para uma expedição no Peru. Com a ajuda de seu fiel cão Jeff, da intrépida professora Sara, um papagaio mudo e seus amigos, vai tentar salvar a lendária Cidade Perdida dos Incas, Paititi, de um grupo de caça-tesouros do mal. Paramount Pictures.

Nino e Nina Sempre foi assim, meninos e meninas parecem que nunca se entendem, e a brincadeira de um não serve para o outro. Mas será que isso é verdade? Será que eles não podem viver em harmonia e dividir espaços e brincadeiras juntos? Essa é a proposta desse livro dois em um, escrito pela jornalista e poetisa Tatiana Fraga, com ilustrações de Carla Caruso. Editora Mundo Mirim.

Fotos: divulgação das assessorias e reprodução do livro nino e nina (ilustração de carla caruso)

Cabaret O musical estrelado pela atriz Claudia Raia conta a história do relacionamento entre a inglesa Sally e o escritor norte-americano Cliff Bradshaw. O enredo se passa no Kit Kat Club, boate instalada na Berlim da década de 1930. A versão brasileira do musical da Broadway é de Miguel Falabella, com direção artística de José Possi Neto. No elenco, Jarbas Homem de Mello, Renato Bellini, atores, bailarinos, cantores e grande orquestra. Em cartaz no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, até março de 2013.

água na boca

Tempurá de abacaxi Rendimento: 8 porções

ingredientes Para a massa • 250 g de farinha de trigo • 250 ml de leite • 1 colher (sopa) de açúcar • 2 ovos • 1 pitada de sal • 200 ml de óleo de girassol para fritar Para o molho de chocolate • 250 gramas de chocolate meio amargo derretido • 4 colheres de sopa de óleo de amêndoas • 1 abacaxi pérola • 100 gramas de amêndoas laminadas • Sorvete de creme para acompanhar

preparo • Descasque o abacaxi e corte-o em fatias de 2 cm de espessura. Retire o miolo das fatias. Reserve. Bata os ingredientes da massa, com exceção do óleo, no liquidificador. Aqueça o óleo de girassol em uma frigideira. • Passe as fatias de abacaxi pela massa reservada e frite em óleo quente até dourar. Seque-as com papel-toalha. Derreta o chocolate em banho-maria ou no micro-ondas. Adicione o óleo e misture bem. Sirva uma fatia de tempurá de abacaxi acompanhada por uma bola de sorvete de creme. Regue com um pouco de molho de chocolate e decore com amêndoas laminadas.

Receita gentilmente cedida pela assessoria de imprensa da Vital Âtman

com molho de chocolate e amêndoas

final feliz

Uns se acotovelavam para chegar, Outros iam a passos incertos, Aqui uns sorriam e demonstravam alegria, Acolá outros se lamentavam tristemente. O hoje, o ontem e o amanhã Presentes em todos os rostos... Uns ridicularizando os outros Pela impotência do vir a ser E o sonho foi se transformando... Em algo palpável, quase real. Todos em plena realização Apesar dos desconfortos reinantes Um amanhecer rubro em contraste Com o entardecer cinzento E a noite breu E todos caminhando para o mesmo objetivo Alcançar a tão sonhada FELICIDADE!

É vida, é inspiração. É dádiva divina Brotada no coração! Quando escrevo a Poesia Mesmo em verso ou em prosa Mando embora a nostalgia E sinto a vida cor de rosa! Já ouvi um comentário Que ela é coisa do passado, Mais continuo afirmando Que ela é luz que não se apaga! Tenho pena desta gente Que nela não acredita, Pois não sabe que a Poesia Faz noss’alma mais bonita! Clarice da Silva Sangiacomo – Leitora da Ponto de Encontro

Sonhar Sonhar mais um sonho Sonhar acordada Sonhar dormindo Sonhar caminhando Sonhar Sonhar Sonhar Sonhar

enquanto vivemos é amar é calar é esperar

Acordei... Mergulhei no turbilhão rotineiro do cotidiano. Fui FELIZ enquanto SONHEI!

Sonhar Sonhar Sonhar Sonhar

nos faz viver é conviver é poder realizar é reviver

Wanda Penna Firme Curto – Leitora da Ponto de Encontro

Sonhar Sonhar Sonhar Sonhar

mais um sonho é fazer é correr atrás é saber concretizar...

A poesia A poesia é cultura A poesia é emoção, De luz nos emoldura E faz bem ao coração! Nossa dor ela ameniza Tira da mente o cansaço, Da oração é complemento Porque nos leva ao regaço! Ela está na minha alma No meu sangue está contida, Quanto mais navego nela, Mais de bem fico com a vida! Ela é frase em poema

Maria Dolores Sieiro Taboada da Silva – Leitora da Ponto de Encontro

Aquele menino Aquele menino, De cabelo bagunçado pelo sono, De pés descalços, De espírito inquieto, geminiano, Inquieto, choramingando, Xingando, chorando, Perturbando, Olhando o tempo, de cima, Em cima dos galhos da pitangueira,

Pra sentir-se em cima, Por cima de tudo, Acima de todos, no alto, Só pra fazer de conta que é alto, Peralta, a escalada mais alta, Pra sentir-se na vida, alguém, Um pouquinho apenas importante, Pra quem não é ninguém, Pra ver lá de cima o mundo, Aquele mundo, os normais, Daqueles que seguem o ciclo da vida, A natureza dos mais fortes, E ele, apenas menino descalço, Sem dinheiro, sem voz ativa, Sem algodão-doce, sem doce, Sem algodão na ferida, Sem mais sem menos, De coração doído, rústico, Acelerado pelo vento, O vento do amor, que faltou, Que não se fez depois, amor, Que já se foi, que virá, que está, Que era, e que sempre será, Ele ainda existe dentro de mim. Albino Dias da Silva – Leitor da Ponto de Encontro

Escreva para: pontodeencontro@profashional.com ou Av. Jandira, 843 – Moema – São Paulo/SP – CEP 04080-005

Sonho de uma tarde de verão... Sonhando acordada, adormeci! No prosseguimento, o sonho se fez irreal. Era uma multidão, que às pressas. Procurava a tão discutida felicidade...