Super revisada (2) Necivalda Santos

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OLHAR CULTURAL

CAMPINA GRANDE, PARAÍBA ESPECIAL AGOSTO DE 2013

ÚLTIMA ENTREVISTA DO REI DO BAIÃO DISCOGRAFIA DOS PRINCIPAIS LPS


CARTA AO LEITOR

Luiz Gonzaga - Um Herói Esquecido Bertoldt Brecht, dramaturgo alemão, disse certa vez que "infeliz é o país que precisa de heróis". Somos infelizes, pois precisamos e muito! Mas, se olharmos bem, temos muitos! Os exemplos são vários. De Pelé a Daiane dos Santos passam uma dezena de esportistas, artistas e, creiam, até políticos. É lógico que um ou outro poderá discordar das façanhas que os tornaram heróis, mas temos exemplos de sobra de superação de adversidades em um país que não primou por dar apoio, alimentação, saúde, cultura ou infra-estrutura mínima para que um ser humano possa se desenvolver e produzir. Por isso, acho que temos tantos heróis. Estamos lotados deles e não me refiro aos anônimos, por que aí seriam milhões, mas àqueles que tiveram ascensão suficiente para serem nacionalmente e, às vezes, internacionalmente respeitados e admirados. Pois bem, no dia 2 de agosto de 2004 ficaram completados 15 anos da morte de um desses maravilhosos heróis brasileiros: um nordestino de Exu, região de Cabrobro, Pernambuco, ali, colado ao Ceará. Um brasileiro que fugiu de sua cidade e começou sua vida independente por ter sido ameaçado ao declarar seu amor. Fugiu só, ainda menino e usou o exército para se educar, viajar e aprender. No exército, não pegou em armas, mas tocou instrumentos musicais (foi corneteiro do batalhão). Sempre se orgulhou de não ter dado nem um tiro. De lá, foi para Minas e depois para o Rio de Janeiro, onde, entre prostitutas e boêmios iniciou uma das mais brilhantes e influentes carreiras artísticas deste país. Criou um ritmo

e tornou-se rei. Na raça e no talento, cavou seu lugar no panteão dos deuses populares do Brasil e consagrou-se, via rádio, por todo o país. Caiu, levantou-se e criou uma legião de fãs e, às vezes, muito mais que isso, de discípulos. Nunca abandonou a bandeira em defesa de sua região e de seu povo. Nunca prostituiu sua arte, nem abandonou suas convicções. Não morreu pobre, mas também não morreu rico. Parte do dinheiro que ganhou foi ofertado aos necessitados e também revertido e doado, em forma de seu adorado instrumento, a sanfona, a inúmeros continuadores de sua obra. Estou falando de Luiz Gonzaga do Nascimento, o Gonzagão, que faleceu no dia 2 de agosto de 1989, há quinze anos atrás e pouquíssima gente lembrou. Pior do que um país que precisa de heróis, é tê-los e não saber reverenciá-los, cuidando de suas façanhas heróicas de modo responsável e respeitoso. Seu Luiz, o velho Lua, merecia um pouco mais de lembrança e espaço para a sua obra que foi tão importante e significativa. Sendo propriamente do povo, o que Luiz Gonzaga tocava era ouvido, sobretudo pelo povo de uma região pobre e discriminada, o que ele compunha era brasileiro na sua essência e personalidade. Tudo o que ele construiu, no entanto, continua relegado a pequenos guetos, fruto dos preconceitos das gravadoras, por empresários do meio artístico e pelos "donos" da mídia. Paulinho Rosa Setembro/2004


SUMÁRIO

QUEM É LUIZ GONZAGA >>> 05

ARTIGO DE OPINIÃO >>> 07

DISCOGRAFIA >>> 11

CORDEL >>> 12

03 - Agosto de 2013


Imagens retirada no museu fonogrรกfico Luiz congaga-CG

04 - Agosto de 2013


Quem é Luiz Gonzaga MAIS DO QUE IMPORTANTE PARA A CULTURA BRASILEIRA, LUIZ GONZAGA É IMPORTANTE PARA O NORDESTE Luiz Gonzaga do Nascimento (13/12/1912 - 02/08 /1989) foi um pernambucano de Exu, filho de Januário dos Santos e Ana Batista de Jesus (Santana) que ficou conhecido mundialmente por sua dádiva de cantar o nordeste com melodias que saiam de sua garganta de ouro, e de sua capacidade imagética de retratar o Brasil através de sua mente poderosa: gravou 676 músicas, que em sua maioria divulgavam a cultura nordestina, como o modo de vida Sertanejo em seu contexto social, econômico e religioso. E que vão do popular ao erudito. Cantava acompanhado pelo acordeão, que aprendeu com seu pai. É o artista com o maior número de músicas compostas e gravadas em sua homenagem em torno de 600 gravações (citações, agradecimento, e músicas de

forma de homenagem) até hoje, é considerado um criador, inovador, e modernizador da musica brasileira. Trazia consigo um espírito de liderança. Ele foi um dos poucos artistas que se preocupou em construir uma imagem de sua terra natal, inovou alguns estilos de músicas com todo seu talento, e renovou com a introdução da sanfona, zabumba e o triângulo,assim sendo responsável pelo primeiro trio de forro.que até então não fazia parte da música brasileira. O velho “Lua” (apelido que recebeu por ter um rosto arredondado) surpreendeu a todos até mesmo àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecê-lo. Ele cantava o passado, retratando a realidade do presente, e ainda, mostrando as perspectivas para o futuro.

05- Agosto de 2013


Imagem retirada do Google imagens

M O HOMEN QUE CANTOU SUA TERRA, E SUA LUTA

06- Agosto de 2013

Luiz

Gonzaga

ais do que importante para a cultura brasileira, Luiz Gonzaga é importante para o nordeste. Talvez sem ele, a hierarquia de regiões, o monopólio da imagem e da identidade, teriam se fixado mais fortemente no centro-sul.”(Juca Ferreira). O ato de retratar uma nova identidade ao Nordeste foi muito importante para que o restante do Brasil passasse a ver esta região com bons olhos, já que essa região sempre foi isolada das demais e vista com preconceito por seu alto índice de desigualdade social e pobreza, formulando assim uma forte imagem do homem nordestino como um individuo de pés descalços,analfabeto, matuto, tímido e que enfrenta dificuldades para alimentar-se com dignidade devido a

questão sócio geográfica do sertão, que limita o nordestino a trabalhar apenas da agricultura. Graças às músicas gonzagueanas, a sociedade em geral conseguiu ir além dessa visão limitada, entendendo que o Nordeste tinha uma gama enorme de riquezas a oferecer, a ser descoberta, e principalmente a ser valorizada. Gonzaga foi o incentivo ao povo brasileiro para entender a cultura nordestina, e a respeitá-la como parte da identidade cultural brasileira, proporcionando uma maior interação e recepção dos nordestinos em relação a outras regiões e culturas do nosso país. Em suma, Luiz Gonzaga foi, e será sempre um porta-voz de um povo trabalhador, honesto, e criativo.


ARTIGO

A VOZ QUE TRADUZIU A CULTURA DE UM POVO SOFRIDO A cultura de um povo é a maior riqueza que pode haver na face da terra. Querer destrui-la ou truncá-la é um crime sem perdão, por isso temos que render tributos ao grande Luiz Gonzaga por séculos sem fim. Liquidar com as culturas de cada povo é uma meta da globalização, da pós-modernidade, pois como poderemos dar lucros à Coca-Cola ou a Mc´Donald´s se insistirmos em preservamos nossos valores culinários? Como poderemos dar lucros às multinacionais que promovem rodeios se continuarmos cultivando nossas vaquejadas e a boa música de Luiz Gonzaga ao invés de cairmos na tentação de prestigiar breganejos que são influenciados pela cultura texana? Luiz Gonzaga conseguiu tocar fundo o coração do matuto, pois falou de perto com seu povo, cantando e enaltecendo seu dia-a-dia. Em um tempo em que os assuntos ecológicos ainda não estavam tão em voga ele e Humberto Teixeira denunciaram a perversidade que faziam com o assum preto. Luiz Gonzaga vai ser sempre a síntese das aspirações sertanejas, até o momento que a “lógica” do capital não inserir de forma proeminente a região semiárida no circuito sofisticado da seletividade espacial. Ouvir as músicas de Luiz Gonzaga é o mesmo que se imaginar balançando em uma rede tendo ao lado um candeeiro feito de folha de flandres iluminando o retrato do Padim Ciço, o Santo do sertão. As canções que gravou tiveram como parceiros verdadeiros gênios que imortalizaram as práticas culturais de um povo. Sem Luiz Gonzaga, estaríamos fadados a uma ênfase maior ao esquecimento de nossas raízes e tradições.

A simplicidade do “rei do baião” era tão destacada que certa vez, quando do histórico encontro com Zé Dantas de Sousa Filho em um hotel em Olinda (PE), depois que o sertanejo de Carnaíba de Flores apresentou-lhe algumas composições que se tornaram clássicas em suas interpretações, fez a louvação ao novo parceiro com as pompas da tradição sertaneja, dizendo-lhe que ele, Zé Dantas, quando adentrou o quarto do hotel no qual se hospedara, que o filho do “Coronel” Zeca tinha cheiro de bode pai de chiqueiro. O que poderia parecer uma ofensa foi na verdade um elogio à altura do magistral linguajar matuto. Luiz Gonzaga falava a língua do seu povo, sabia como se comunicar com a massa ávida em desfrutar de sua extraordinária arte inspirada nos carrascais do nordeste castigado pelas secas inclementes, pelas pegadas dos beatos e cangaceiros, pela aflição dos retirantes e pelo temor de que a modernidade pudesse macular a originalidade de uma raça forte. Luiz Gonzaga tinha o cheiro do chão do nordeste molhado pelas chuvas que põe fim às secas, tinha cheiro de mato verde, de noites de lua cheia clareando a estrada de Canindé e o caminho que leva à Meca sagrada do sertanejo no sul cearense. Luiz Gonzaga é e será sempre eterno, pois nenhum movimento revisionista de nossa cultura conseguirá apagar a contribuição fantástica que o saudoso matuto do riacho da Brígida promoveu a fim de imortalizar a alma de um povo em todos os quadrantes de suas manifestações do cotidiano.

Por: José Romero Araújo Cardoso, geógrafo professor-adjunto da UERN

07 - Agosto de 2013


Imagem retirada no museu fonogrรกfico Luiz Gonzaga-CG

08 - Agosto de 2013


Doença não calou

o rei ABATIDO PELA OSTEOPOROSE (UMA DOENÇA QUE PROVOCA A DESCALCIFICAÇÃO DOS OSSOS), MAS COM A MESMA FORÇA NA VOZ, ELE PROMETE QUE ESTE MÊS CONTINUARÁ A ANIMAR AS NOITADAS DE FORRÓ, NOS CHÃOS BATIDOS DAS FESTAS JUNINAS.

Em entrevista exclusiva, concedida em seu apartamento em Boa Viagem à Ângela Belfort, Patrícia Raposo e Marcos Cirano, ele falou de sua vida. Mas, não daquilo que todos já sabem e, sim, de alguns detalhes que a sua memória, a mesma que em alguns momentos o traiu, conseguiu resgatar do tempo perdido entre o Araripe e as veredas sem fim de sua história. (Esta entrevista foi publicada pelo jornal Folha de Pernambuco, Recife, a 14 de maio de 1989. No dia 21 de junho de 1989 Gonzagão era internado no Hospital Santa Joana, onde morreria a 02 de agosto de 1989)

Pergunta – Qual a previsão do senhor para este São João? Luiz Gonzaga – As previsões são ótimas, os contratos estão assinados, eu até achei que não devia aceitar, por conta da saúde, mas eles parece que têm mais fé em deus do que eu. Então, vamos lá! E foi assinado contrato: Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, por aí. E eu pedindo a Deus que me proteja porque eu tô precisando. Os meninos estão aí, afinados, e eu posso fazer uma festa junina sem precisar tocar, sem fazer um só fon. O meu conjunto tá bonzinho, sabe me

acompanhar, e a minha voz tá boa. Tocar? Neres! Os meus meninos tocam igual a mim, são de uma família só e vamos lá! Tenho muita fé. Felizmente, tô melhorando, fiz uma cirurgia que não é brincadeira e até ontem Deus me ajudou. Pode ser que Ele me ajude de amanhã em diante. Como eu sou um bom filho, bom pernambucano, bom pai, bom irmão, eu espero que Deus proteja este bom filho. Meus contratos para tocar no São João são com os melhores clubes de Caruaru, Campina Grande, João Pessoa, Salvador e por aí a fora.

Pergunta – E os músicos do seu conjunto, quem são? Luiz Gonzaga – Pra começar, Joquinha, meu sobrinho, sujeito bom. E o resto é de Exu. Joquinha é neto do velho Januário, mora no Rio de Janeiro, nasceu lá, e ele já é o meu herdeiro musical. Pergunta – O senhor toca desde menino. Quem lhe ensinou a tocar? Luiz Gonzaga – Desde menino que eu acompanho meu pai, o velho Januário, um sanfoneiro de pé de serra, foi ele quem me ensinou a tocar. 09- Agosto de 2013


Meu pai consertava fole, eu era seu molequinho, pra onde ele ia tocar, eu ia também.

Pergunta – Quando o senhor era adolescente, tinha muita vontade de conhecer o Crato, não era? Luiz Gonzaga – É, taí uma boa história! Meu pai recebia muitos convites pra tocar longe de Exu. De Exu para o Crato (NR: cidade cearense) são 70 quilômetros e lá ia o molequinho dele também. E aí, nasceu aquela simpatia pelo Crato, que era uma cidade grande, até hoje o é, cada vez maior. Aí, eu fiquei meio civilizado.

Pergunta – Por que o senhor decidiu entrar para o Exército? Luiz Gonzaga – Porque era o colégio do pobre, o único lugar onde o pobre podia entrar para se desenvolver, para se promover. Naquele tempo, 1930, revolução, Getúlio Vargas, eu ainda não tinha idade suficiente, mas fui até lá porque fugi de casa, fui sentar praça em Fortaleza.

Luiz Gonzaga – Meu encontro com ela foi a coisa mais linda do mundo, foi em Campo Grande (NR: bairro do Recife). Uns 30 anos, não, muito mais: uns 40. E, assim mesmo, fui enganado. Uma neta dela, que era estudante universitária (todo universitário gosta de botar os outros pra frente), foi me visitar no hotel, porque sabia da história da avó dela comigo. Foi me entrevistar, depois me convidou pra almoçar na casa de uma família de Exu, sem me avisar nada. Isso aconteceu em Campo Grande, já na década de 70. Quando chegamos lá, tava a patota toda.

Pergunta – E aí, o que foi que aconteceu? Luiz Gonzaga– Aí, houve o nosso encontro. Ela não era brobó, era

são histórias que... Só se eu fosse um grande poeta. Poesia nunca me entrou, sou apenas de histórias reais. Poderia ter saído daí uma coisa bonita, mas eu não sou bom pra isso. Sou bom pra criar coisas interessantes, mas sempre com uma poesia boa de poetas amigos meus. Não tive idéia de fazer nada sobre essa história, até mesmo porque esse nosso encontro já foi muito tarde, no final dos anos 70. Minhas histórias quase sempre são reais. Querem ver uma história real?... Gonzagão chama o sobrinho e, com a sanfona do sobrinho, cantam a música “Dá licença pra mais um”.

Pergunta – Voltando à época do Exército... Depois de algum tempo, seu pai descobriu que o senhor estava no Exército e foi lhe visitar...

“Tenho muita fé. Felizmente, tô melhorando”

Pergunta – O senhor fugiu de casa sem avisar a ninguém? Por que? Luiz Gonzaga – Foi, fugi sem avisar a ninguém, porque eu queria casar com uma moça, filha de um homem importante de Exu, e ele disse que eu era um sanfoneiro de merda e não podia casar com uma filha de um homem como ele. Aí, eu disse umas molecagens a ele, uma verdades sabe? Ele se queixou a meu pai e o meu pai, ó!...

Pergunta – Quem era o pai dessa moça? Era um líder político? Luiz Gonzaga – Não, era dono de um sítio, tinha um bom cavalo de sela e isso já era suficiente pra ser um cidadão importante em Exu.

Pergunta – O senhor reencontrou essa moça quanto tempo depois? 10 - Agosto de 2013

uma cabocla até inteligente, foi um encontro sensacional. E, à noite, no show, numa quadra lá, eu comecei a contar esse encontro maravilhoso que tinha se realizado em Campo Grande. Aí, a moça que me levou na casa dela gritou: - Ela tá aqui. O povo aproveitou: “Vai, vai, vai...” Aí eu disse: Nazarena, chegue aqui! Ela chegou, baixinha, avó de muitos netos e o público começou a gritar: “Beija, beija...” Beijei. Fui aplaudidíssimo. Foi uma coisa louca... Minha vida tem cada história...

Pergunta – E esse tempo todo não saiu nenhuma musiquinha pra ela? Luiz Gonzaga– Não, porque eu tinha medo do pai dela. No tempo desse encontro em Campo Grande, ela já era viúva, não tinha problema, mas

Luiz Gonzaga – É, foi no Crato. Foi o seguinte: quando eu era soldado, já tinha passado o pronto e tudo, tinha terminado a revolução, aí o Governo criou um contingente de soldados para desarmar tudo quanto fosse coiteiro, aqueles famosos fazendeiros que tinham armas. Eu pedi pra ir num desses contingentes e, realmente, cheguei a atuar no Cariri, no Juazeiro, e passei um telegramazinho pra meu pai e ele veio me dar um esculacho. Pergunta – O tempo entre a saída do exército e o início do sucesso foi muito grande? Luiz Gonzaga – Não foi nada rápido. Eu tinha gosto, vocação de tocar minha sanfoninha porque era a única coisa que eu sabia. Porque na minha infância eu tinha feito isso com meu pai. Mas, toda vez que eu fazia a tentativa, eu não encontrava caminho. Primeiro, porque a música nordestina ainda não oferecia esse caminho, não tinha intérprete fiel.

Entrevista cedida ao blog: dos bóis


DISCOGRAFIA

Imagens retiradas do Google imagens 11- Agosto de 2013


LITERATURA DE CORDEL NÃO DÁ PARA FALAR EM CULTURA NORDESTINA SEM FALAR EM UM DOS ELEMENTOS QUE CARACTERIZA ESTA REGIÃO, SENDO ASSIM COMO O HOMENAGEADO DO MÊS DE AGOSTO É TÃO CONHECIDOW SANFONEIRO LUIZ GONZAGA, NADA MELHOR DO QUE UMA SELEÇÃO DOS PRINCIPAIS CORDÉIS QUE RETRATAM UM POUCO DA TRAJETÓRIA DO REI DO BAIÃO.

cordéis retirados da internet

09- Agosto de 201


13

“Gonzaga – de Pai pra Filho” é um filme comovente O filme enfoca a trajetória do pai, conhecido como o Rei do Baião e responsável pelo hino nordestino Asa Branca, em parceria com o advogado e compositor Humberto Teixeira. O espectador acompanha a vida pessoal e artista de Luiz Gonzaga, desde sua pobre adolescência (vivido por Land Vieira) em Exu, em Recife, onde teve o seu primeiro contato com a sanfona, e também com o amor. Entretanto a paixão por Nazarina (Cecilia Dassi) não tinha a menor simpatia pelo pai Coronel (Domingo Montagner), dono do latifúndio onde seus pais são empregados, e que o ameaçou de morte, fazendo o jovem se refugiar no exercito. Passado esse momento, Luiz Gonzaga (agora interpretado por Chambinho, que se não tem dotes cênicas, compensa na habilidade com o arcordeon) resolveu correr atrás de seu sonho indo em direção ao Sul, Rio de Janeiro, para viver de xote, xaxado e baião. Esses dois aspectos são vistos a partir de um flashback iniciado com o reencontro marcado por um acerto de contas entre pai (Adélio Lima), agora falido, e o filho contestador no auge de sua carreira. Gonzaguinha (Júlio Andrade, em excelente atuação), negligenciado durante toda sua vida pelo pai, mal tratado pela madrasta Helena (Ana Roberta Gualda) e criado no Morro carioca de São Carlos pelos padrinhos Dina (Sílvia Buarque) e Xavier (Luciano Quirino) leva ao encontro toda a sua lamúria e contestação causada pela ausência do pai, e faz do cotejo uma chance de descobrir Luiz Gonzaga além do

Resenha retirada do blog cartaz da cultura

mito. 13- Agosto de 2013


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Equipe Técnica Superintendente Fernanda Souza Diretora de Operações Brauro Fernandes Diretor Administrativo Arthur José Viera Cardoso Diretor Técnico Carlos Gilson Souto Editor Geral Necivalda Santos Revisão e Supervisão Gráfica Arão de Azevêdo


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