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Fones de ouvido aumentam casos de surdez em crianças

Especialistas alertam que 12,5% das crianças e adolescentes apresentam perdas auditivas irreversíveis por causa da música alta. 1,1 bilhão de pessoas correm o risco de surdez

Valéria Araújo valeria@oprogresso.com.br

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No Dia de Combate a Surdez, especialistas alertam para o uso inadequado do fone de ouvido, que tornou-se uma ameaça para as crianças e adolescentes. De acordo com

OMS estima que 1,1 bilhão de pessoas dos 12 aos 35 anos de idade correm o risco de terem perdas auditivas irreversíveis as fonoaudiólogas Milena Ferrarezi Rodrigues e Fernanda Teixeira, ambas de Dourados, é crescente os casos de surdez em crianças. A estimativa é de que 12,5% delas já apresentem perdas auditivas irreversíveis por causa da exposição a sons intensos, conforme pesquisas mundiais.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 1,1 bilhão de pessoas dos 12 aos 35 anos de idade correm o risco de terem perdas auditivas irreversíveis porque escutam música muito alta em fones de ouvido. Atualmente, problemas de audição provocados por causas diversas já afetam 360 milhões de indivíduos, dos quais 32 milhões são crianças. Em Dourados, a fonoaudióloga Fernanda Teixeira alerta que os ruídos externos podem se tornar vilões. “Para fugir dos barulhos do tráfego intenso muitas pessoas recorrem aos fones de ouvido. Mas esse companheiro inseparável pode ser extremamente perigoso se o volume estiver em níveis acima do recomendado. Por isso, para amenizar os impactos, é importante dar preferência aos fones estilo concha, que além de serem mais confortáveis, se ajustam ao ouvido permitindo o máximo do isolamento do barulho ambiente, estimulando ao usuário a manter o volume da música em nível adequado aos ouvidos. O problema relacionado ao uso de fones de ouvidos está ligado ao volume e ao tempo diário em contato com o ruído. A exposição intensa e frequente acima de 85 decibéis pode provocar danos irreversíveis à audição com o passar do tempo”, alerta. Segundo ela, a perda aditiva está ligada também à predisposição genética de cada um. “Recomendamos aos jovens que usam fones com frequência que façam uma audiometria anual. É o exame que informa se há perda de audição e como proceder para evitar o agravamento do problema”, aconselha.

O nível de barulho em casa também tem grande impacto na saúde auditiva, “Em casa é importante estar atendo ao volume dos aparelhos eletrônicos e se estiverem extrapolando os decibéis, é fundamental o uso de protetores de ouvido”, orienta.

De acordo com Fernanda, os paos também devem ficar atentos para os excessos de ruidos ambiente escolar. “Os pais devem buscar examinar a audição dos filhos no início da vida escolar. Crianças com dificuldades para ouvir não

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