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Moro confirma Maurício Valeixo no comando da PF
Ele também anunciou que a delegada Érika Marena vai comandar o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, confirmou no início da tarde de ontem (20), que o atual superintendente da Polícia Federal no Paraná, Maurício Valeixo, será diretor-geral da corporação a partir do próximo ano. Ele vai substituir o também delegado Rogério Galloro, conforme antecipou a colunista Eliane Cantanhêde em seu blog na noite de segunda-feira (19), no portal estadao.com.
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Moro também anunciou que a delegada Érika Marena, uma das pioneiras da Operação Lava Jato, vai comandar o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do ministério. O órgão é considerado estratégico para investigações internacionais na pasta. Moro confirmou também a delegada Érika Marena, su- perintendente da PF em Sergipe, como próxima chefe da Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). “Valeixo tem a missão de fortalecer a PF e que a PF possa direcionar as investigações com foco em combate à corrupção e ao crime organizado. São desafios, mas é uma pessoa plenamente capacitada”, disse Sérgio Moro, ao anunciar o nome, no comitê de transição do governo em Brasília. O convite foi antecipado pelo Grupo Estado ontem. Valeixo foi o número 3 da Polícia Federal durante parte da gestão do ex-diretor-geral Leandro Daiello, quando o atual diretor, Rogério Galloro, era o número 2. A avaliação dentro da Polícia Federal é que Valeixo é um bom nome e a escolha dele é vista não como uma ruptura, e, sim, como uma espécie de continuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido no órgão, ao mesmo tempo em que demarca a força do grupo de trabalho da Polícia Federal que atua no Paraná, o qual também terá outros integrantes no time de Moro.
A delegada Érika Marena, que coordenou a Lava Jato em sua origem, foi escolhida por Moro para assumir o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão estratégico para investigações internacionais e cooperação com outros países, sobretudo para desvendar esquemas de lavagem de dinheiro. Segundo Moro, ela é a pessoa mais qualificada no Brasil para atuar nessa área. “Como vimos na Lava Jato e em outros casos, é muito comum a lavagem de dinheiro no exterior”, disse Moro, ao frisar a importância da função.
Marena foi alvo de questionamentos na Operação Ouvidos Moucos, que prendeu o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz
Cancellier, que se suicidou apontando a prisão como indevida. Houve críticas quanto a um possível abuso da PF. Uma sindicância aberta na PF, no entanto, apontou que a conduta dela foi adequada. Moro afirmou respaldar absolutamente a conduta da profissional.
“A delegada tem minha plena confiança, o que houve em Florianópolis com o reitor foi uma tragédia, e a família tem toda a solidariedade. Mas foi um infortúnio na investigação e a delegada não tem responsabilidade quanto a isso”, afirmou Moro.
Time Outro nome da Lava Jato que pode vir para o time de Moro em Brasília é o delegado federal Marcio Anselmo, o condutor do inquérito original da operação. Moro disse que é um nome possível, mas não está confirmado. Segundo ele, Anselmo trabalha num cargo estratégico na PF. “Existem pessoas de qualidade que passaram na Lava Jato e todas essas pessoas estão de certa maneira no radar”, disse. “Eu sempre afirmei que seria tolo se não aproveitasse pessoas que trabalharam comigo na Lava Jato porque provaram integridade e eficiência”, disse Moro. Outro nome que pode entrar na equipe é o próprio diretor-geral Rogério Galloro. Moro disse também que o convidará para alguma função no Ministério da Justiça e Segurança Pública, ainda não definida.