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Para recomeçar o Brasil (CXVII)
CarloS alBErto Vittorati*
*Graduado e pós graduado em Ciências Econômicas
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Diversas pessoas me questionaram acerca do que significam as propostas que estamos formalizando para estimular a economia brasileira e fazer o país voltar a crescer e, consequentemente, volte a gerar empregos e renda. Então, voltemos ao receituário que prescrevemos.
Antes de mais nada, é preciso que haja uma vigorosa recuperação da capacidade de arrecadação, visto que já existe uma disposição legal de limitação das despesas. Com as duas coisas efetivamente organizadas, aumento de receitas financeiras e controle de despesas, é possí- vel resolver o problema fiscal do país, fazendo-o possuir controle financeiro, com inflação controlada. Mas, para fazer isto, é preciso que os gestores atuais tenham coragem de legalizar, o mais imediatamente, os jogos de azar no país. Esta medida simples, sobre a qual já falamos uma infinidade de vezes, haverá um incremento de algo em torno de R$ 1 trilhão por ano. Portanto, ficam resolvidos, de vez, os problemas de arrecadação do país. Em seguida, é preciso fazer uma reforma tributária que seja simplificadora da atuação a mercado de pessoas e empresas. Não dá mais para se operacionalizar a gestão de 64 rubricas de impostos e contribuições. Isto é coisa para doidos. É preciso que se reduza o contingente de alíquotas para coisa de oito ou dez siglas. E, que os modelos ou as formas técnicas de cobran - ças sejam as mais simples possíveis. É preciso fazer com que os empresários possam dispor de tempo para pensar atuações negociais na economia, ao invés de ficarem gastando tempo precioso com formas mirabolantes para a gestão e o pagamento de tributos. Além disso, é preciso que se elimine, ao máximo, os chamados “impostos indiretos”, que são embutidos nos preços dos produtos. Eles são de uma perversidade econômica e financeira a toda prova, visto que igualam, em um mesmo patamar de preços de produtos, as aquisições de ricos e pobres, o que não é tecnicamente correto nem moralmente justo. Em terceiro lugar, é preciso que o governo tenha a cora -
É preciso tributar com mais ênfase as importações de produtos gem de adotar uma tributação bastante efetiva sobre as compras de brasileiros na internet, em especial, quando os nossos estão comprando bugigangas produzidas no exterior. É preciso educar os daqui para que não exportem empregos, visto que aqui temos uma infinidade de “sem empregos”. Em quarto lugar, é preciso coragem, também, para tributar com mais ênfase as importações de produtos, a fim que se possa isentar, dos mesmos tributos, as importações de tecnologia. Ou seja, o Brasil é um país de real capacidade industrial e tem como responder aos desafios de produzir para o seu abastecimento e para o suprimento do restante do mundo. Se não hou-
EXPEDIENTE
ADILES DO AMARAL TORRES diretora-superintendente
TORRES executiva
ANGELA TORRES editor-chefe
VANDER VERÃO fundador (1951-1969) WEIMAR TORRES ex-diretor (1969-1985) VLADEMIRO DO AMARAL
“Desova” do trambolho é levar e jogar, no silêncio escuro da noite, o “finado” num lixão, o mais próximo de casa. Atestamos esse costume, porque há muito tempo vimos prestando atenção nesses lixões. Em todos eles, sem exceção, sempre há a carcaça de um sofá. É certo, ainda, que muitos lixões contam com mais de um velho e destroçado sofá como enfeite. Qualquer sofá, por mais sofisticado que seja, um dia quando afrouxa nas suas qualidades, perde a majestade e vai morar numa sala mais modesta ou direto num lixão clandestino, se já entregou todos os pontos, levando consigo estórias e histórias de todas as matizes, verdadeiras, falsas e mentirosas.
Testemunhou o início e o fim de grandes paixões e serviu para consolidar essas paixões como leito, silencioso, cúmplice e servil. Ouviu mentiras e ajustes indecorosos entre políticos. Testemunhou falsidades nascidas da inveja decorrente da pobreza espiritual ou do despreparo para a vida social. Serviu até de morada para ratos e nunca reclamou. Recebido com festa, gastou sua existência propiciando conforto e “status” para o lar que o acolheu. Passou em claro muitos Natais e conviveu com muitas festas de Ano Novo. Serviu como assento para que a mamãe amamentasse seus três filhos, mas... tudo tem um fim: as crianças cresceram, todos envelheceram, e... um dia – sem qualquer cerimônia ou sentimento – foi jogado como um traste inútil, num LIXÃO CLANDESTINO!
Era um móvel doméstico, inventado pelos árabes, que se CONSTITUIA num assento estofado, com braços e encosto para duas ou mais pessoas, usado em salas de estar... Qualquer sofá abandonado em lixão, teve sua glória e guarda sua história! (josealbertovasco@yahoo. com.br) ver uma ação firme e decidida, neste sentido, dentro de poucos anos estaremos importando até água mineral, o que vai ser uma vergonha, para o país que possui a maior reserva de água doce do mundo.
E, finalmente, é preciso que o Governo crie um fundo soberano para garantir os investimentos estrangeiros realizados no país. E, isto se faz necessário para que o investidor estrangeiro se sinta protegido, uma vez que o nosso Judiciário passa para o restante do mundo a idéia de que aqui tudo pode acontecer. Não. É preciso que haja um mínimo de racionalidade e de respeito aos contratos. E, hoje, a única de se fazer isto, com toda efetividade possível, é por meio de um fundo governamental, a partir do qual fique referenciado que, havendo decisões judiciais que prejudiquem a efeti -
O PROGRESSO: O MAIS ANTIGO DO ESTADO E DE MAIOR CIRCULAÇÃO EM TODO
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Implementadas as medidas previstas e tomadas outras decisões importantes, que simplifiquem a atuação dos empreendedores econômicos e dos empresários, temos a mais absoluta certeza de que a economia brasileira voltará a crescer, gerando, em consequêcia empregos e renda, que é que todo mundo quer. Vou terminar, novamente, com a profissão de fé que fiz nas semanas anteriores. Eu acredito no Brasil, mas quero muito que as pessoas sejam mais práticas; que conversem menos e façam mais, principalmente aquelas que detém os destinos do país em suas mãos. (vittorati.econ@ bol.com.br)
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