DOURADOS MS ANO 71 Nº 13.689
O PROGRESSO
28 de agosto de 2021
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Taxa de lixo começa a ser cobrada a partir de janeiro
DOURADOSAGORA
PÁG. A3
40% dos alunos da rede pública tiveram dificuldades de aprendizagem durante aulas remotas na pandemia
RIDOFRANZ
Cidade
Símbolo de MS, ipê-amarelo reverencia Dourados PÁG. D1
Inovação
Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em junho deste ano, mostrou que aproximadamente 40% dos estudantes do ensino fundamental e médio não tiveram percepção de progresso na aprendizagem durante um ano de ensino remoto na pandemia. PÁG. D4
Deputados aprovam projeto de Marçal de incentivo à vacinação
Esporte sem barreiras
DIVULGAÇÃO
PÁG. A3
Feiras livres agora atendem em delivery em Dourados PÁG. D2
CULTURA Política
Professor Biasotto deixa legado de luta pela Educação PÁG. A4
Alunos de Dourados vão criar satélite para monitorar queimadas PÁG. D3
Festival
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Onça Pintada
Primeiro emprego é grande desafio para jovens em Dourados
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FIP
Cemitério em fazenda abriga descendentes da família Mattos PÁG. C3
Para alguns atletas em especial, o esporte significa muito mais do que saúde: resiliência, força de vontade e superação. Conheça a história da douradense Joane de Oliveira Corrêa, de 28 anos. PÁG. D6
Prefeitura de Dourados publica edital de cultura PÁG. C2
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
Opinião EDITORIAL
INFORME C
Taxa do lixo
O
s douradenses vão ser obrigados a pagar mais uma taxa a partir do ano que vem: de lixo. O serviço que já vinha sendo oferecido com excelência pelo próprio município, por meio de empresa terceirizada ao custo de R$ 31 milhões por ano, agora será arcado pela população. Embora a prefeitura não dependesse do imposto para oferecer o serviço, a taxa chega num momento de inflação nas alturas, com número gigantesco de pessoas desempregadas e com estabelecimentos comerciais com grandes dificuldades. Tomara que o serviço até agora prestado com excelência não se diminua a má qualidade do serviço de iluminação pública, que já é cobrado sagradamente
CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com
junto a conta de energia e quando o contribuinte liga na prefeitura pedindo uma troca de lâmpada não é atendido. Aliás, a prefeitura arrecada mais de R$ 1,5 milhão por mês com a Cosip e deixa a cidade às escuras. O argumento dado pela prefeitura para criação do imposto do lixo foi o de economizar os R$ 31 milhões atualmente gastos com o serviço de coleta de lixo, para aplicar “na saúde, na educação e outras demandas à população”. O recurso da taxa da iluminação, que na gestão passada chegou a ser utilizada para pagar o salário dos servidores públicos municipais, é o exemplo do dinheiro público mal destinado ou desviado para outras fontes. A esperança é a de que a taxa de lixo seja realmente aplicada no serviço-fim e
que continue sendo realizado com excelência. A esperança também é de que a prefeitura possa realmente aplicar os recursos da Cosip na iluminação, já que os moradores estão cansados de esperar meses por uma troca de lâmpada. O prefeito de Caarapó, André Nezzi (PSDB), cidade vizinha a Dourados, anunciou que vai recorrer, por meio da Procuradoria Jurídica do Município, com uma ação que busca evitar que os moradores da cidade tenham de arcar com o imposto da taxa do lixo. Por lá o serviço também já vem sendo oferecido pela prefeitura, com recurso do IPTU. Com uma população sete vezes menor que Dourados, Caarapó mostra que tem dado bom destino aos recursos arrecadados dos contribuintes.
“A luta ainda não acabou, Agosto Lilás por mais respeito as mulheres” LENI FERNANDES* *Membro da AFLAMS Academia Feminina de Letras e Artes de MS, cadeira número 03
C
elebramos os 15 anos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), considerada legislação de referência em todo o mundo no combate a violência contra a mulher, e com isto também levantamos a bandeira da campanha Agosto Lilás, com o objetivo de discutir temas relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres em suas diversas formas. Segundo a pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no último ano, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos diz ter sofrido algum tipo de violência ou agressão, no Brasil. A proporção corresponde a 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual.
As negras e mais jovens são proporcionalmente as maiores vítimas. Mais de uma em cada três mulheres, entre 16 e 24 anos, relata ter vivido algum tipo de violência. Entre as mulheres pretas mais de 28% delas disseram que sofreram agressões. São dados e informações alarmantes, pois mesmo que tenhamos evoluído muito com políticas públicas de enfretamento a estas violências, ainda temos que melhorar bastante, para que as mulheres sejam mais respeitadas. Com a pandemia, infelizmente, foi registrado um grande número de atendimentos. No entanto, isso traz também uma situação positiva, pois mostra que as mulheres ao menor sinal de violência estão buscando seus direitos e pedindo socorro. Recentemente tivemos mais uma vitória com a sanção da lei que inclui no Código Penal o crime de violência psicológica contra a mulher. Inspirada na campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, a nova norma também altera o Código Penal (CP) para incluir lesão corporal por razões da condição de sexo feminino.
Sabemos que muitas melhores sofrem violência psicológica diariamente, são diversos os relatos que ouvimos de amigas, colegas e até mulheres desconhecidas que nos confidenciam abusos psicológicos por já não aguentarem mais. A violência de gênero contra a mulher é entendida como problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cujos estudos apontam índices entre 20% a 75% desse tipo de agressão em diferentes sociedades. O Brasil foi o 18º país da América Latina a adotar uma legislação para punir agressores de mulheres. Para quem está de fora pode parecer fácil se livrar das agressões, mas na verdade o caminho para acabar com este tipo de sofrimento e denunciar os agressores nem sempre é simples. Muitas mulheres dependem financeiramente e emocionalmente do parceiro e pode demorar anos ou até uma vida inteira para fazer a queixa que, depois de realizada, não pode ser retirada. Como diz Maria da Penha “Quando a violência termina, a vida recomeça.” Não se cale diante de tais agressões. Denuncie!
Mostrando o MS para o mundo “Mato Grosso do Sul é lindo e merece ser conhecido por turistas do mundo todo” exaltou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Por isso, lançamos a campanha ‘Desbravadores de destinos’, para mostrar Estado em canais especializados, tais como o Discovery Channel, Food Network, Home & Health, TLC, jornal BrasilTuris e Portal Panrotas, entre outros. O projeto faz parte do “Retomada MS”. “Estamos de portas abertas. É um dos melhores Estados para essa contemplação” frisou Azambuja. Os vídeos, de 3 minutos e de 30 segundos, foram traduzidos para inglês e espanhol, visando o público internacional, e possuem código QR Code, que leva os interessados para o site VisitMS. Abafa O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), e governadores de outros estados do Brasil querem uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os governadores agem para evitar crise institucional. Dinheiro extra Os aposentados que venceram o INSS em ações na Justiça e tiveram os atrasados de até 60 salários mínimos liberados pelo juiz da causa em julho vão receber os valores em breve. O dinheiro para o pagamento das chamadas Requisições de Pequeno Valor, de até R$ 66 mil neste ano, foi liberado pelo Conselho da Justiça Federal. Ao todo, são R$ 1,1 bilhão para liquidar 62.971 processos, com 78.633 beneficiários. O valor é destinado a quem processa o INSS e ganha ação de concessão ou revisão de benefícios como aposentadorias, pensões e auxílios, incluindo a renda assistencial, como é o caso do BPC (Benefício de Prestação Continuada), sem que haja possibilidade de recurso. Finalmente... A Prefeitura de Dourados publicou no Diário Oficial do Município a licitação para contratação de empresa terceirizada que assumirá os serviços de iluminação pública em Dourados. Além da manutenção da rede, a licitação prevê cobertura total do serviço, com veículos, materiais e mão de obra por parte da empresa. As empresas interessadas poderão encaminhar sua proposta. O
pregão será definido pela menor proposta. Vai sair O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez, em Foz do Iguaçu, deu a garantia da construção da ponte sobre o rio Paraguai, entre Carmelo Peralta e Porto Murtinho, cuja licitação está em fase final. Marito também anunciou a intenção de concretizar o projeto de construção de uma segunda ponte sobre o rio Apa, na divisa do município de Vallemy e Porto Murtinho, na altura da Colônia Ingazeira. A ponte em Carmelo Peralta é o último passo para a concretização da Rota Bioceânica, que vai encurtar distâncias entre as regiões produtoras de Mato Grosso do Sul e estados vizinhos até os portos do Chile, via rodoviária. E no MS nada? Agora chegou a vez dos aposentados e pensionistas da educação de Goiás receberem o merecido reajuste salarial de até 7,2%, que vai contemplar mais de 34.800 servidores inativos a partir de outubro. “Essa é a nossa forma de retribuir o carinho e dedicação a esses profissionais que revolucionaram a Educação em nosso Estado” explicou o governador Ronaldo Caiado (DEM). Oração O Governo do Estado confirmou o “Dia da Bíblia” no calendário oficial de eventos de Mato Grosso do Sul. A Lei foi publicada no Diário Oficial do Estado de quarta-feira passada. De autoria do deputado estadual Marçal Filho (PSDB), a data será celebrada, anualmente, no segundo domingo de dezembro. O deputado fez a proposição do projeto em 20 de abril e foi aprovado no dia 18 de agosto.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
Política
Taxa de lixo começa a ser cobrada a partir de janeiro Novo imposto deve ser cobrado no IPTU ou na conta de água e vai variar de acordo com o tamanho do imóvel
VALDENIR RODRIGUES
Projeto da taxa de lixo foi enviado pela prefeitura à Câmara e aprovado pela maioria dos vereadores A partir de janeiro de 2022 quem possui imóvel edificado ou não em Dourados começará a pagar a Taxa de Coleta, Remoção e destinação de resíduos sólidos no Município. Chamada de Taxa do Lixo, o novo tributo será destinado exclusivamente ao cofre público municipal. Até hoje a prefeitura sempre ofereceu o serviço de coleta, mas agora vai taxar os munícipes com fatura que pode chegar a R$ 276 anual e embutida na cobrança do IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). O serviço de coleta de lixo sempre foi terceirizado em Dourados. Com recursos próprios, arrecadados do próprio IPTU, a prefeitura tira uma
parte para terceirizar os serviços - algo em torno de R$ 31 milhões anual. Embora sempre dispôs desse recurso e a população sempre foi bem atendida com a coleta de lixo, a nova taxa chega num momento em que a economia nacional passa por muitas dificuldades. Diferentemente da Taxa de iluminação pública, onde a população paga o valor embutido na conta de energia elétrica e demora para ser atendida com pedido de troca de lâmpada, o serviço de coleta de lixo não tem falhado em Dourados. O Projeto O novo imposto está baseado na lei
Deputados aprovam projeto de Marçal de incentivo à vacinação Os deputados estaduais aprovaram projeto de autoria de Marçal Filho (PSDB) que institui em Mato Grosso do Sul, a Campanha Permanente de Sensibilização, Informação e Incentivo à Vacinação. O projeto segue para sanção do governador Reinaldo Azambuja. A proposta do projeto é a de criar campanhas informativas, com materiais impressos ou digitais para ampliar o conhecimento da população, promovendo a disseminação das informações corretas e fidedignas quanto à importância, eficiência e eficácia da vacinação para o controle e a erradicação de doenças. Também tem como objetivo promover a realização de atividades educativas no âmbito das redes públicas de saúde e de ensino para combater de forma contínua a propagação de informações falsas e contrárias ao sucesso das campanhas de vacinação e dos programas de imunizações, bem como formalizar parcerias a níveis
DIVULGAÇÃO
Deputado Marçal Filho municipais e estadual, com a iniciativa privada, associações de bairros, entre outros, para propiciar a soma de esforços do Poder Público e da sociedade para a intensificação dos esclarecimentos garantidores da credibilidade do Programa Nacional de Imunizações e suas vacinas. Marçal Filho justifica a criação do
federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020, conhecida como o “Marco do Saneamento Básico”, que estabelece a cobrança da tarifa de lixo nos municípios brasileiros que ainda não cobram. A prefeitura de Dourados decidiu acatar a medida e enviou o projeto à Câmara Municipal para ser apreciado pelos vereadores. 11 parlamentares votaram a favor da criação do imposto e 8 foram contrários. Para criar a taxa, votaram a favor Cemar Arnal, Creusimar Barbosa, Daniel Junior, Daniela Hall, Jânio Miguel, Laudir Munaretto, Liandra, Marcão da Sepriva, Mauricio Lemes, Olavo Sul e Sérgio Nogueira. Foram contrários ao novo imposto os verea-
Projeto de Lei devido à preocupante queda gradativa e constante na cobertura vacinal, principalmente de crianças. Em Mato Grosso do Sul, as principais vacinas que devem ser aplicadas até 1 ano de idade não alcançam a população ideal desde 2016. As baixas coberturas vacinais registradas, sobretudo daquelas que fazem parte do calendário nacional de vacinação, representam uma ameaça ao retorno de doenças comuns no passado e que de certa forma tiveram sua circulação freada pelo trabalho de imunização, a exemplo da poliomielite, erradicada no Brasil desde 1986, e da pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. O deputado Marçal lembra que a atual pandemia do coronavírus só foi freada no mundo com a vacinação em massa e ainda assim será necessária uma terceira dose para garantir a proteção a infecções e a casos graves de Covid-19, ao menos entre pessoas com 60 anos ou mais. Segundo ele, é preciso conscientizar a população e campanhas educativas podem contribuir com este processo.
dores Diogo Castilho, Elias Ishy, Fabio Luis, Juscelino Cabral, Lia Nogueira, Marcelo Mourão, Márcio Pudim e Rogério Yuri. A cobrança A lei de criação da taxa de lixo foi publicada no Diário Oficial do Município na edição de quarta-feira, 25 de agosto. Ela não traz valores e nem forma de cobrança. A reportagem apurou que o contribuinte com inscrição municipal da prefeitura pagará a taxa juntamente com o IPTU. No entanto, a administração municipal deve firmar convênio com a Sanesul (empresa de saneamento e esgoto), uma opção a mais para cobrança do tributo. Pelo menos 7 mil pessoas serão isentas. São moradores em situação de vulnerabilidade social. Para isso, terão que ter imóvel residencial com construção de até 50 m2, ser exclusivamente ao uso para moradia; não possuir outro imóvel no município em seu nome ou do cônjuge; estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico); possuir renda per capita de até meio salário mínimo e renda familiar total de até um salário mínimo e meio. A taxa será cobrada tanto de quem vive nos distritos como na cidade. A base de cálculo é diferenciado, no entanto, os valores não são tão diferentes. Quem mora no distrito pagará o mínimo de R$ 16,74 por mês (R$ 200,08 anual) e de R$ 21,54 mensal para quem possui indústria (R$ 258,48 anual). Já quem mora em bairros da cidade pagará mínimo de R$ 17,36 mensal (R$ 208,32 anual); R$ 20,78 mensal para quem vive em casa de luxo (R$ 249,36 anual) e de R$ 22,15 mensal para a indústria (R$ 265,80 por ano). A composição da base de cálculo da taxa, conforme a Lei, levará ainda em consideração o nível de renda do dono do imóvel, característica do lote, áreas que podem neles serem edificadas, frequência de coleta e o custo global anual.
COLONO - Cumpadi, intão nóis vai te que pagá taxa de lixo?
ZÉ PINGA - Pió que não vai adiantá nem eu reciclá minhas garrafinha... ic...ic...ic
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
Política
MS atinge meta de vacinação com mais de 70% da população imunizada MS é o primeiro Estado que também começa a aplicar a terceira dose do imunizante contra o coronavírus SES
Com 2,8 milhões de vacinas aplicadas contra a Covid-19, Mato Grosso do Sul já conta com 72% da população com 18 anos ou mais com pelo menos uma dose do imunizante. A meta foi atingida como o esperado para este mês de agosto e o estado é o que mais aplicou doses em todo o País. Mato Grosso do Sul ainda será o primeiro a iniciar a aplicação da primeira dose. Por conta do excelente desempenho do Governo do Estado e dos municípios na vacinação da população, a Assembleia Legislativa aprovou Moção de Congratulação ao governador Reinaldo Azambuja, ao secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, e aos 79 prefeitos sul-mato-grossenses. O reconhecimento é estendido aos secretários municipais, gestores das unidades de Saúde e todos os profissionais envolvidos na vacinação.
Terceira dose: um indivíduo a partir de 60 anos corre duas vezes mais risco de hospitalização ou óbito por Covid De acordo com o secretário Geraldo Resende, o cenário se transformou em Mato Grosso do Sul graças às medidas restritivas e ao avanço da imunização. “Mato Grosso do Sul está se consolidando como primeiro estado a imunizar. Se a gente depurar os dados e colocar somente a população acima de 18 anos, nós já estamos na marca de 72% de vacinados na primeira dose e 42% na segunda dose, ou seja, completamente imunizados”, explicou. Apesar dos números positivos, o secretário ressaltou que é necessário manter os cuidados como o distanciamento entre as pessoas, uso das máscaras de proteção e a higienização das mãos. “Ainda não nocauteamos o vírus, só aplicamos um jab, um golpe bem aplicado. Ainda precisamos estar em guarda”, finalizou. Terceira dose Idosos com 80 anos ou mais e que tomaram a segunda dose da vacina contra a Covi-19 há pelo menos seis meses já podem começar a receber
Apesar dos números positivos, secretário Geraldo ressalta a necessidade de manter os cuidados como medidas de biossegurança a terceira dose, de reforço. No restante do país esse processo inicia a partir de 15 de setembro. Como Mato Grosso do Sul está em processo avançado e já realizou a imunização de um grande número de pessoas, inclusive nos adolescentes de 12 a 17 anos e tendo concluído em todos os municípios a imunização dos acima de 18 anos, a Secretaria de Estado de Saúde optou por antecipar o início da aplicação da terceira dose. “Estamos construindo uma resolução para que todos os idosos a partir de 60 anos, incluindo os profissionais de saúde, recebam a dose de reforço em nosso Estado. Mas o quantitativo de vacinas que vai chegar, inicialmente, não será suficiente para atender a todos ao mesmo tempo. Por isso, vamos vacinar por faixas etárias, começando com
as pessoas de 80 anos ou mais, e profissionais de saúde que tenham completado o ciclo vacinal há seis meses, ou seja, os que tomaram as duas doses da vacina até o dia 31 de março deste ano”, explicou Geraldo Resende. Aumentar a imunização Recente estudo realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul e enviado para o Ministério da Saúde indicou a necessidade de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 em idosos a partir de 60 anos. O levantamento revelou que de fevereiro a maio deste ano, o grupo adquiriu imunidade contra o Coronavírus, porém, após esse período houve aumento quanto ao número de casos e de óbitos neste grupo específico. O estudo apontou que a idade é
um fator de risco independente para o agravamento da Covid-19, já que o sistema imunológico responde menos à produção de anticorpos. Ou seja, um indivíduo a partir de 60 anos de idade corre duas vezes mais risco de hospitalização ou óbito por Covid-19 em relação a um indivíduo mais jovem. E a situação progride conforme o aumento da faixa etária. “A decisão de aplicarmos a dose de reforço já foi referendada pela CIB, para iniciar o processo de vacinação dos idosos nessas novas remessas de vacinas que estão vindo do Ministério da Saúde. O objetivo é preservar vidas, pois com a terceira dose, vamos até quintuplicar a resposta imunológica nas pessoas idosas, reforçando nossa tarefa de preservar a vida dos moradores de Mato Grosso do Sul”, conclui Geraldo Resende.
Tradição das feiras livres continua forte em Dourados. PÁG. 2
DOURADOSAGORA Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
SÍMBOLO DE MS, IPÊ-AMARELO REVERENCIA DOURADOS Predominante na área central os ipês dourados foram plantados como uma homenagem ao município FRANZ MENDES
Valéria Araújo Árvore simbolo de Mato Grosso do Sul por lei de autoria do deputado Renato Câmara, o ipê amarelo também tem forte ligação com o município de Dourados, principalmente no inverno, época que colore grande parte do centro da cidade. De acordo com o ex-prefeito Braz Melo, tanto na primeira quando na sua segunda gestão a frente da Prefeitura de Dourados em meado da década de 90 a 2000, foram plantadas mais de 50 mil árvores; grande parte delas o ipê, “Cada prefeito ia seguindo uma tendência no plantio de árvores. O Zé Elias plantou as Palmeiras imperiais, o Carvalhinho (Antônio de Carvalho) as Figueiras, teve época da Sipipiruna e na minha época era o Oit e os ipês, no qual tenho uma paixão especial. Plantei muitas delas em Dourados e hoje é uma alegria contemplar o espetáculo dessas árvores pela cidade”, destaca. Espalhados pelo município, os ipês deixam o inverno com “cara” de primavera. Especialistas em arquitetura e urbanismo defendem que o ipê tem todas as características para ser uma árvore urbana por enfeitar e quebrar o cinza da cidade. Por outro lado ele não pode ser plantado em qualquer lugar. “Deve-se evitar locais com fios elétricos, porque a copa é grande. Em outras situações, pode danificar calçadas. No verão dá uma sombra generosa e no inverno, sem folhas, deixa passar a luminosidade do sol”, explicou recentemente ao O PROGRESSO o arquiteto e urbanista Luiz Carlos Ribeiro, . Do gênero Bignoniaceae e das espéciesTabebuia impetiginosa e heptaphylla, o ipê é uma flor nativa. Ocorre naturalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia, no Espírito Santo, Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em Dourados a forte presença do Ipê é justificada pelo fato da cidade estar localizada entre a linha da Mata Atlântica e cerrado. No Pantanal existem verdadeiras florestas de ipês. O ipê, espécie nativa da flora brasileira, apresenta árvores adultas que variam entre 10 e 20 metros de altura. Algumas bibliografias sobre a espécie descrevem sua madeira como duríssima, resistente, indefi-
Espalhados pelo município, os ipês deixam o inverno com “cara” de primavera nidamente durável, sob quaisquer condições. Além da qualidade, beleza e robustez da madeira, o ipê se destaca pelo espetáculo de sua floração, o que a coloca entre as árvores pre-
feridas nos projetos paisagísticos. O ipê amarelo é símbolo do Brasil. É a espécie mais utilizada em paisagismo. Durante o inverno, as folhas caem e a árvore fica completamente despida. No início da primavera, en-
tretanto, ela cobre-se inteiramente com sua floração amarela, dando origem ao famoso espetáculo do ipê-amarelo florido. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
DouradosAgora
Tradição das feiras livres continua forte em Dourados e atendem delivery São seis feiras realizadas de terça a domingo, atraindo milhares de pessoas em várias regiões da cidade PEDRO ROCHA
Hoje, segundo dados da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar, são seis feiras em Dourados. Na foto, o feirante Adriano Corin, no Parque dos Ipês
Ana Paula Amaral Ir à feira é um hábito que literalmente ultrapassa gerações. Difícil encontrar um douradense que nunca tenha ido à feira central, inicialmente na rua Cuiabá – seja para comprar as verduras da semana ou, ainda, tomar garapa, comer pastel, espetinho ou o tradicional frango assado. Além de um espaço comercial, a feira também é ambiente de socialização – quem nunca encontrou um amigo, um conhecido, e aproveitou para botar o papo em dia? O endereço mudou, as feiras se distribuíram pela cidade e hoje acontecem praticamente todos os dias da semana, e para muitas famílias o hábito de ir à feira permanece. É o caso da professora Isadora Cristina Mendonça, de 42 anos. Foi com o pai, já falecido, que ela aprendeu a ir à feira todos os domingos. Hoje, é ela quem leva os filhos Arthur, de 10 anos, e Isabela, de 7, para a feira todas as
semanas. “É um compromisso marcado: toda quarta-feira nós vamos à feira e depois aproveitamos para jantar na praça de alimentação. As crianças também adoram, sem contar que para elas é muito importante este contato mais próximo com alimentos naturais e super saudáveis”, relata. Isadora frequenta todas semana a feira do BNH 1º Plano, onde mora há 15 anos. “Talvez seria até mais prático comprar as frutas e legumes quando vou ao mercado, mas aqui eu sei da procedência, os produtos são frescos e o ambiente é super agradável”, acrescenta. Hoje, segundo dados da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar, são seis feiras em Dourados, que acontecem de terça-feira a domingo em vários bairros da cidade. A programação inicia na terça-feira, com a feira agroecológica do Parque dos Ipês. Às quartas-feiras, tem feira livre no BNH 1º Plano e também na Praça do Cinquentenário, na Vila Indus-
trial. Na quinta-feira, é a vez do Parque Alvorada e, na sexta, a programação acontece na rua Mozart Calheiros (antiga W-5), no bairro Izidro Pedroso. Aos sábados e domingos, acontece a tradicional feira central, hoje localizada na rua Cafelândia, no Jardim São Pedro. Segundo a secretaria, são pelo menos 230 feirantes cadastrados. Atividade rentável O agricultor familiar Adriano Corin é um deles. Há onze anos, a família atua na produção agroecológica – uma atividade que, segundo ela, apesar de exigente, é bastante rentável. “Nós gostamos muito de trabalhar na agricultura familiar, que hoje é a renda principal de nossa família”, garante. Hoje, cinco pessoas da família estão envolvidas na atividade, produzida em uma pequena propriedade na Vila Vargas. É lá que a família produz todo tipo de hortaliças, legumes e tubérculos, além de peixe, ovos, porco e
frango caipiras. Há um ano e meio, em meio à pandemia e com as feiras fechadas, a família precisou inovar o negócio e embarcar em uma nova modalidade: a entrega por delivery. O que era para ser uma alternativa temporária começou com cinco clientes e hoje já passa de 100. “Inicialmente, foi uma saída para não perder a produção. Hoje, vendemos muito mais no delivery do que na feira presencial”, comemora Adriano. No atendimento por delivery, o cliente seleciona os produtos que deseja e a entrega é feita semanalmente, na porta de casa. Facilidade que atraiu a procuradora federal Mariana Savaget, que conheceu o delivery durante a pandemia e resolveu adotá-lo mesmo após a reabertura das feiras. “Acredito que, assim como muitas outras coisas, essa também foi uma tendência que veio para ficar. É muito prático e organizado, realmente vale muito a pena”, garante.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
DouradosAgora
Alunos de Dourados vão criar satélite para monitorar queimadas no Pantanal Projeto está selecionado na 2ª etapa da 7ª Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI (OBSAT) VALÉRIA ARAÚJO
Em Dourados, os estudantes idealizadores do projeto são do Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação (CEAM/AHS)
Estudantes da Rede Estadual de Ensino de Dourados vão criar e lançar ao espaço um satélite para monitorar as queimadas no Pantanal. O projeto é desenvolvido por alunos com altas habilidades de escolas públicas e está selecionado na 2ª fase da 7ª Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI (OBSAT). O objetivo é contribuir com informações e imagens que possam ajudar no controle dos incêndios que estão devastando o Pantanal. Somente no ano passado as queimadas destruíram 26% do bioma, uma área maior que a Bélgica. Na maior tragédia de sua história, o Pantanal teve mais de 10 milhões de animais mortos. Em Dourados, os estudantes idealizadores do projeto são do Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação (CEAM/AHS). As aulas acontecem no Núcleo de Atendimento para Altas Habilidades localizado na Coordenadoria Regional de Educação. Os alunos são orientados no contraturno pelo professor Rodolfo Alves dos Santos. A equipe denominada “CEAMSAT” é composta pelos estudantes Hillary Avlis Chela, 3º Ano do Ensino Médio - Escola Estadual Presidente Vargas, Hannyel Avlis Chela, 9º ano do Ensino Fundamental - Escola Estadual Presidente Vargas, Jamille da Silva Oliveira, 3º ano do Ensino
“Recebemos o kit do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e nesta segunda fase o desafio é programar e lançar o satélite”. Hannyel Avlis Chela
Médio - Escola Estadual Presidente Vargas e Gabriel Fernandes Bueno, 1º ano do Ensino Médio - Escola Estadual Vicente Pallotti do Munícipio de Fátima do Sul. Integrante do grupo, Hannyel Avlis Chela, de 14 anos, se diz confiante com o projeto. “Quando o professor falou sobre a olimpíada, me interessei e me inscrevi, juntamente com os demais integrantes do grupo. Nós enviamos um projeto e fomos selecionados. Recebemos o kit do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e nesta segunda fase o desafio é programar e lançar o satélite. Tenho certeza de que o projeto será muito útil para levar conhecimento às futuras gerações”, destacou. A gerente pedagógica do CEAM/ AHS, Eliane Morais Fraulob, acredita que a participação dos alunos
e a seleção deles para a segunda fase das olimpíadas são importantes acontecimentos de reconhecimento nacional. “Além disso, permite aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos, familiarizar-se com a metodologia científica, aproximar-se da cultura aeroespacial, bem como dar oportunidade de desenvolver, integrar, testar, lançar e analisar os dados obtidos”. O coordenador regional de educação estadual em Dourados, Nei Elias Coinete, ressaltou a missão social por trás do projeto. “Trouxemos esse desafio para os alunos, para que não só na teoria eles aprendam e despertem o interesse por ciência e tecnologia, mas também possam se desafiar na prática, ao construir pequenos satélites capazes de executar missões reais e melhorar a realidade local, a partir das suas ideias, dos seus planejamentos e programações”. Equipe Campo Grande Além dos estudantes de Dourados, a Olimpíada Brasileira de Satélites também selecionou para a segunda etapa a equipe “Stormtroopers”, de Campo Grande, do Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação (CEAM/AHS). O grupo é composto pelos alunos Jonas Rodas da Silva, 2º ano do Ensino Médio - E. E. Coração de Maria
de Campo Grande - MS, Leonardo Paillo da Silva, 2º ano do Ensino Médio - Colégio Militar de Campo Grande e Luiz Satoshi Yunomae Oikawa, 2º ano do Ensino Médio Colégio Militar de Campo Grande. A equipe irá construir um satélite para observar o Cerrado. O objetivo é contribuir para o monitoramento dos danos e desequilíbrios ambientais no bioma importante para o Brasil e para o mundo. Olimpíadas A Olimpíada Brasileira de Satélites é uma competição científica de abrangência nacional, concebida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e organizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em conjunto com a Agência Espacial Brasileira (AEB/ MCTI), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) e a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo (USP). São iniciativas para promover a popularização e difusão da ciência e tecnologia junto aos estudantes brasileiros, além de despertar o interesse por carreiras na área de ciência e tecnologia de forma atrativa, e sempre que possível, prática. Vários estudos científicos já demonstraram que as atividades práticas promovem um aprendizado mais atrativo e eficaz.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
DouradosAgora
40% dos alunos da rede pública tiveram dificuldades de aprendizagem na pandemia Os mais afetados foram os alunos em processo de alfabetização AGÊNCIA BRASIL
Risco de evasão escolar é maior entre moradores de áreas rurais, negros e estudantes da região nordeste Gracindo Ramos Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em junho deste ano, mostrou que aproximadamente 40% dos estudantes do ensino fundamental e médio não tiveram percepção de progresso na aprendizagem durante um ano de ensino remoto na pandemia. A pesquisa foi encomendada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundação Lemann e Itaú Social e entrevistou responsáveis por crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos da rede pública de ensino de todas as regiões do Brasil. A mudança na dinâmica das aulas pode ter tido efeitos negativos para a alfabetização. Para 51% dos pais e responsáveis com estudantes da 1ª a 3ª série do ensino fundamental, os pequenos não saíram do mesmo estágio de aprendizado. 29% respondeu que nada de novo foi aprendido e 22% disse que houve perda na aprendizagem. Do total, 88% entende que esses alunos estão em fase de alfabetização. Essa defasagem de aprendizagem pode ter relação com a dificuldade dos estudantes em manter a rotina com aulas em casa, já que 69% diz que apresenta esse problema. O número é maior (74%) entre alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental na região Nordeste. O levantamento mostra que 96% dos alunos confirmam que receberam atividades escolares em 2021. Mas a percepção sobre a queda no
desempenho mostra que, em 2020, 86% dos familiares acreditavam que o desempenho escolar dos estudantes antes da pandemia era bom ou ótimo. Esse mesmo percentual caiu para 59% neste ano. Para os alunos que não estão em processo de alfabetização, o baixo desempenho escolar é a principal preocupação. A falta de contato entre professor e aluno é um dos principais fatores que impactaram o desempenho escolar durante o desafio do ensino na pandemia. Uma professora de Dourados que atua no ensino fundamental da rede pública municipal e estadual relatou ao O PROGRESSO que, por conta da pandemia, no ano passado teve contato presencial com alunos por aproximadamente um mês em uma rede e não teve contato nenhum com muitos dos alunos da outra rede onde leciona. “Eles sentiram muita falta dos amigos e da escola. Isso pesou um pouco para alguns. Outros não conseguem ajuda da família para estudar porque ou os pais trabalham muito e não têm tempo ou porque os familiares tem dificuldades em auxiliar pela falta de estudo”, conta a docente. Sobre uma aluna em processo de alfabetização ela relata que: - “Consegui, aos poucos, alfabetizá-la. Não é fácil, porque, por mais que a gente fizesse essa interação, fica uma lacuna muito grande. Porque nada melhor do que ser presencial. Mas, infelizmente, nós tivemos que nos reinventar, fazendo uma coisa diferenciada para
A mudança na dinâmica das aulas pode ter tido efeitos negativos para a alfabetização
os pais poderem interagir com eles, para eles não perderem o interesse”. A mãe de uma aluna do 1º ano do ensino fundamental acredita que o ensino durante a pandemia “atrasou bastante o desenvolvimento dela”. Sobre os efeitos da pandemia na alfabetização ela diz que “o impacto foi muito grande. Ela estava desenvolvendo bastante, estava aprendendo coisas muito rápido. Pai e mãe não é professor. Em casa, a gente não tem o mesmo suporte que na escola. Eu tentei suprir o máximo de ensinamentos que eu consegui passar para ela. Inclusive, o material que veio da escola para ela é bem trabalhado”. Outra professora da rede pública ouvida afirmou que “o aprendizado aconteceu. Não foi como nós gostaríamos e como é presencial na escola, mas esteve fluindo”. Risco de abandonar a escola Com a pandemia, as desigualdades sociais foram aprofundadas, e na educação não foi diferente. O levan-
tamento revela que mais da metade (57%) dos estudantes brancos aprenderam coisas novas. Esse número entre negros é de 41%. E, enquanto no Nordeste 28% dos entrevistados apontou que o aluno esqueceu o que já sabia, no Sul esse número é bem inferior (17%). A pesquisa aponta que quase metade dos estudantes negros (43%) correram risco de abandonar a escola. Esse número é menor entre alunos brancos (35%). O risco de evasão atinge cerca de metade dos alunos de famílias com renda de apenas um salário mínimo. Já para famílias com renda de dois a cinco salários, o percentual é de 31%. A evasão escolar ameaça também, principalmente, estudantes de áreas rurais (51%), ante 39% dos alunos de áreas urbanas. Levada em conta a região, a desigualdade também aparece, sendo 50% no Nordeste e 31% na região Sul. Um professor de educação física da rede estadual analisou que “os poucos alunos que se se evadiram da escola, do ensino médio, não conseguiriam conciliar estudo e trabalho. Os pais perderam o emprego e tiveram que sustentar a casa com o trabalho deles. Então ficaram sobrecarregados e desistiram da escola. Porém foram bem poucos. São casos isolados, até porque a gente sempre tentou buscar e conciliar, ponderar com esses que trabalham atividades diferenciadas para que não desistissem da escola. Tivemos pouca evasão”.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
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Primeiro emprego é grande desafio para jovens em Dourados A falta de experiencia e o advento da pandemia fez o número de jovens desempregados aumentar HALFPOINT
Como primeiro contato entre a empresa e o profissional, devemos sempre ter em mente que o currículo é, antes de mais nada, um documento Da Redação Os trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos foram os mais prejudicados pela pandemia de covid-19 em relação a busca de emprego. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) taxa de desemprego nessa faixa etária cresceu em relação ao ano passado, aumentando de 23,8% e para 27%. Antes da pandemia a média era de 12%. De acordo com o gerente da Casa do Trabalhador em Dourados, Geraldo Sales, a falta de experiência profissional e a crise econômica enfrentada pelos setores que mais geram empregos na cidade como comércio, restaurantes e pequenas empresas são fatores determinantes para esse cenário e fazem com que a busca pelo primeiro emprego seja muito difícil para os jovens. Em entrevista ao Jornal O PROGRESSO, a estudante do sexto semestre do curso de Radiologia, Amanda Viana, de 23 anos, conta que procura emprego desde os 18.
“Eu procuro emprego há 5 anos, já fiz várias entrevistas e na hora por não ter experiência não contratam. Acredito que se pelo menos descem oportunidade para fazer treinamento ou algo do tipo, seria mais fácil porque temos vontade de aprender”, afirmou a jovem. No recorte por escolaridade, o desemprego foi maior para os trabalhadores com ensino médio incompleto: alta de 18,5% para 23,7%, na mesma base de comparação. Em contrapartida, a ocupação dos que têm ensino superior continuou crescendo e houve alta de 4,7%, na comparação entre os números de trabalhadores nesta condição. De acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora a ocupação tenha voltado a crescer após ter atingido, em julho do ano passado, o menor valor da série (80,3 milhões), em janeiro deste ano, havia 86,1 milhões de trabalhadores ocupados no país, bem abaixo
do observado antes da pandemia (94 milhões em janeiro de 2020). Currículo ainda é determinante De acordo com Geraldo, o fator currículo ainda é um determinante na hora de chamar um candidato para uma entrevista. “Quanto mais informações e requisitos, maior será a chance de contratação. A dica então é ter um currículo bem apresentável, buscar por qualificação, ser comunicativo, ter pontualidade com horário, tudo isso são fatores exigidos pelos empregadores”, disse. O currículo é a porta de entrada para um candidato, o cartão de visitas. Como primeiro contato entre a empresa e o profissional, devemos sempre ter em mente que o currículo é, antes de mais nada, um documento. As informações que ele traz tem caráter oficial em uma seleção, como um «RG» profissional. Então, para garantir que a primeira impressão seja positiva, alguns cuidados devem ser tomados durante a preparação do currículo. Os principais são: 1.Seja objetivo na hora de definir
a vaga para qual está se candidatando. Coloque no máximo dois cargos que sejam coerentes com a experiência profissional. Se o candidato abre muito o leque de opções, passa a impressão de que não sabe o que quer ou está atirando para todos os lados. 3. Cuidado com o excesso de informação e veracidade. Uma das dicas é ter objetividade ao mencionar a experiência. O selecionador se perde lendo um currículo com muita informação e isso pode prejudicar o candidato. 4. Faça um formatação simples. Não é indicado colocar figuras ou mensagens religiosas. A letra não deve ser muito grande, nem muito pequena. Não use cores, coloque foto apenas se for requisitado e, de preferência, compile as informações em até duas folhas. 5. Não cite características da personalidade ou comportamento. Não adianta dizer que tem espírito de liderança, condições de trabalhar sob pressão ou trabalhar em equipe. Quem deve avaliar esses itens é o entrevistador.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
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Atletas paralímpicos rompem barreiras no esporte e na vida Esportistas de Dourados se destacam por dedicação, resiliência e representam MS, Brasil afora Ana Paula Amaral Que praticar esporte é sinônimo de saúde, todo mundo já sabe. Mas para alguns atletas em especial, o esporte significa muito mais do que isso: resiliência, força de vontade e superação. Com os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, os olhos do mundo todo se voltaram para estes atletas, que deixaram as limitações físicas de lado para representar o país em busca de medalhas e reconhecimento. Mas nem só de olimpíadas vivem estes atletas – embora não estejam na competição, muitos também vivem uma rotina de treinos intensos e deixam a vida pessoal de lado em busca de um sonho. E alguns deles estão em Dourados! É o caso da atleta Joane de Oliveira Corrêa, de 28 anos. Nascida e criada em Dourados, foi vítima de um AVC aos 11 anos de idade, que teve como consequência uma paralisia cerebral do lado direito do corpo. Foi por incentivo da tia que ela decidiu participar de uma corrida de rua da Unimed, em 2013 – e de lá para cá, literalmente não parou mais!! “Comecei a ver que estava evoluindo, conquistando medalhas, troféus, e minha saúde melhorou muito!! Foi surpreendente para mim entrar no esporte, não imaginava que um dia iria fazer parte do atletismo”, relembra. Em 2018, Joane foi convidada para participar de um projeto paralímpico de alto rendimento em Dourados mas foi no ano seguinte que a carreira de atleta engrenou, ao co-
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nhecer em São Paulo o técnico Aurélio, do projeto “Renascer, Servir, Proteger”, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, do qual é vinculada atualmente. “Participo de uma série de competições e campeonatos brasileiros, sempre representando a minha cidade (Dourados) e também o Rio de Janeiro”, afirma. Na competição internacional Fisu América Games, em São Paulo, competiu ao lado de atletas de 13 países. No dia 12 de agosto, a atleta velocista douradense embarcou para o Rio de Janeiro, onde está treinando para uma competição que irá acontecer em outubro. “O meu objetivo no esporte, em primeiro lugar, é sempre continuar tendo saúde, além de conquistar mais recordes dentro e fora do país”, afirma a velocista, que sonha participar dos Jogos Paralímpicos de Paris em 2024. Atletas paralímpicos Mas ao contrário do que muita gente imagina, Joane não está sozinha nesta trajetória. Dourados conta hoje com uma delegação de 28 atletas paralímpicos atuando em modalidades como bocha, tênis de mesa e atletismo. O município conta, inclusive, com a Associação Esportiva Dourados Paralímpico, que oferece treinamento em esportes adaptados para pessoas com deficiência. Os treinos acontecem no estádio Douradão. Entre os dias 27 e 29 de agosto, a delegação douradense participa da 10ª edição das Paralimpíadas Escolares de Mato Grosso do Sul, que
Joane de Oliveira Corrêa acontece em Campo Grande. Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 Mato Grosso do Sul conta com sete representantes nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 nas modalidades de atletismo e canoagem. Entre os atletas participantes, alguns medalhistas em edições anteriores
das Olimpíadas e em competições internacionais. Os Jogos Paralímpicos começaram no dia 24 de agosto e seguem até 25 de setembro, com a participação de 260 atletas brasileiros. Essa é a segunda maior delegação que o Brasil já enviou para as Paralimpíadas.
ATLETA DO MS É DESTAQUE NAS PARALIMPÍADAS DE TÓQUIO 2021 Superando limites, o campo-grandense Yeltsin Francisco Ortega Jacques, 29 anos, participa da sua 2ª Paralimpíada e conquista vários títulos pelo Brasil através do atletismo. O atleta estreou em Tóquio nesta quinta-feira (26), nos 5000m. Yeltsin tem apenas 5% da visão, resultado de uma condição retiniana congênita. Com isso, há 12 anos, desde os 16 anos, tem se dedicado ao paradesporto, começando com o Judô e, logo após, migrando para o atletismo. “Comecei a correr com um amigo que era cego e gostava de correr como preparação para o judô. Mas me apaixonei, larguei o judô e comecei o paraatletismo”. Em 2016, o atleta participou das Paralimpíadas, garantindo o 5º lugar na prova de 5000m. Porém em outras competições, conquistou diversos títulos, como ouro nos Jogos Parapan-Ameri-
DANIEL ZAPPE/EXEMPLUS/CPB
Yeltsin durante vitória nos jogos Parapan-Americanos 2019
canos 2019, nos 1500m, dois ouros no Parapan-Americanos 2015 (1500m e 5000m) e quatro ouros no Open Internacional (1500m e 5000m). Desde sua última paralimpíada, Yeltsin tem treinado para trazer mais medalhas para o país. “Foi bastante treino, tanto físico como mental, para chega preparado para competir as três provas. Estou me sentindo confiante, foram dias de muita dedicação até chegar aqui”, apontou. “Quero levar ouro para o Brasil”, completou. O atleta campo-grandense irá competir nas provas de 1500m, de 5000m e maratona. Além de Yeltsin, mais cinco atletas do MS estão na disputa por medalhas nas Paralimpíadas, e são Silvânia Costa, no salto em distância, Fabrício Junior Barros, nos 100m, Ricardo Costa de Oliveira, no salto em distância, Débora Benevides e Fernando Rufino, na canoagem.
CULTURA
Cemitério da antiga fazenda Antolin-Cuê em Dourados PÁG. 3 Gente que Acontece na Coluna da Adiles
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HAROLDO XAVIER
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Onça Pintada Este ano o Prêmio e a 7ª Mostra Internacional de Dança do MS serão realizados com recursos do Fundo de Investimentos Culturais: R$ 211.990,10 Atenção bailarinos, coreógrafos, escolas e amantes da dança: estão abertas as inscrições para o Prêmio Onça Pintada e para a 7ª Mostra Internacional de Dança do MS. O projeto visa democratizar a arte da dança promovendo o intercâmbio cultural, o desenvolvimento técnico e a interpretação artística de grupos e bailarinos favorecendo a profissionalização e a formação de novas plateias. O evento acontecerá em 03 (três) dias, de 30 de outubro a 01 de novembro de 2021. As inscrições para o Prêmio serão selecionadas através de vídeo e deverão ser feitas até o dia 05 de setembro de 2021. O resultado da seleção será divulgado até o dia 13 de setembro de 2021. Serão apresentadas coreografias inscritas nas seguintes modalidades: Ballet Clássico de Repertório; Ballet Clássico Livre; Dança Contemporânea, Jazz, Danças Urba-
nas; Sapateado; Danças Populares; Danças Árabes, Estilo Livre e Vídeo Dança. Cada escola ou grupo poderá inscrever até 10 coreografias para seleção do Prêmio e Mostra. As coreografias que não forem selecionadas para o Prêmio poderão se inscrever para apresentação na Mostra. Os bailarinos independentes podem se inscrever em todas as modalidades. Serão quatro categorias: Infantil: 7 a 9 anos; Juvenil: 10 a 12 anos; Júnior: 12 a 15 anos; Sênior: 16 anos em diante. Em todas as categorias os grupos de conjunto poderão inscrever 20% do elenco fora da idade. As coreografias devem ter a seguinte duração: Ballet Clássico de Repertório: tempo original da obra; Ballet Clássico Livre, Danças Populares, Jazz, Estilo Livre, Danças Urbanas, Dança Contemporânea, Sapateado: Solo – até 3 minutos; Duos e Trios – até 4 minutos; Conjunto –
até 5 minutos. Video dança: vídeos de até 4 minutos. Todos os trabalhos de conjunto são de no mínimo quatro participantes. A taxa de inscrição é de R$ 60,00 para diretor e assistentes e R$ 60,00 por participante por coreografia. A ficha de inscrição devidamente preenchida com o link das coreografias devidamente nomeadas devem ser enviadas para: premiooncpintadadoms@gmail.com Cada inscrição deve contar: uma ficha para cada coreografia; cópia da certidão de nascimento ou RG de cada participante; comprovante de pagamento das taxas das coreografias; Autorização do coreógrafo (com exceção dos Ballets de Repertório); autorização autenticada do responsável pelos menores de idade. O pagamento total das inscrições deverá ser feito através de depósito bancário, transferência ou PIX na
conta: Banco Santander - 033, Ag: 3465, Conta: 01000625-2, Chave PIX: 16444620104. Os trabalhos inscritos no Prêmio e na Mostra serão analisados por uma banca de jurados, composta por integrantes de expressão no meio artístico da dança. Os componentes do júri não poderão ter qualquer comprometimento familiar ou profissional com escolas, academias ou grupos que participarem do evento. Os Prêmios Onça Pintada serão concedidos através de valor em dinheiro, troféus, medalhas, bolsas de estudo nacional e internacional e premiações especiais A Mostra será avaliada pelos jurados com comentários e notas. Serão destacados os melhores trabalhos que se apresentarão na Noite de Gala dos Premiados. Dúvidas e mais informações pelo telefone (67) 9 9260-7676.
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Cultura
Prefeitura publica edital
Fundo Municipal de Investimentos à Produção Artística e Cultural Cada área cultural poderá ter inscrições de projetos artísticos nos valores de R$ 15.000,00, R$ 7.857,15 e R$ 5.000,00 ANDERSON GUERRA/PEXELS
Cada área cultural poderá ter inscrições de projetos artísticos nos valores de R$ 15.000,00, R$ 7.857,15 e R$ 5.000,00, respectivamente Aguardado há 4 anos pela classe artística douradense, a Prefeitura Municipal publicou nesta quarta-feira (18) o edital do Fundo Municipal de Investimentos à Produção Artística e Cultural – FIP. O Fundo foi instituído pela Lei 2703 de 14 de outubro de 2004, e regulamentado pelo Decreto 569 de 22 de setembro de 2017, com a finalidade de proporcionar apoio financeiro à projetos artístico-culturais de iniciativa de pessoas físicas e jurídicas e fomentar assim a inclusão cultural e a produção artística
de Dourados. “O Fip já foi feito em vários anos, mas, desde 2017 não acontece. Graças ao prefeito Alan Guedes, a classe artística terá acesso novamente. Essa é uma ajuda fundamental para o desenvolvimento do trabalho de muitos artistas e garante o desenvolvimento da cultura da cidade”, destacou o secretário de Cultura, Francisco ´Kinho´ Chamorro. Segundo o prefeito, Alan Guedes, a retomada foi possível após análise da viabilidade financeira junto a Semfaz (Secretaria Municial de Fazen-
da) e a Segov (Secretaria Municipal de Governo). “O FIP 2021 dispõe do montante de R$195 mil e selecionará 21 projetos nas áreas culturais de: artes cênicas, artes visuais, artesanato, audiovisual, folclore, literatura e música”, detalhou o prefeito. Cada área cultural poderá ter inscrições de projetos artísticos nos valores de R$ 15.000,00, R$ 7.857,15 e R$ 5.000,00, respectivamente. Novidades O FIP 2021 traz algumas novidades no edital, principalmente nas áreas
culturais de Literatura e Música, necessárias para se atualizar ao contexto das mídias digitais. Outra novidade é o lançamento da Cartilha do FIP, já disponível no Instagram da SEMC (Secretaria Municipal de Cultura), que dá uma ideia geral de como concorrer aos recursos do fundo. “Dessa forma podemos oportunizar o conhecimento necessário e dar condições de participação equitativa dos interessados em inscrever seu projeto cultural”, pontuou a coordenadora do FIP, Anaia Cappi.
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Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
Memória
Cemitério em fazenda
abriga descendentes da família Mattos Localizado ao lado da famosa igrejinha de Pedra, os túmulos ficam na antiga fazenda Antolin-Cuê DIVULGAÇÃO
Alaíde Brum de Mattos* Segundo Gressler (1988), a antiga Fazenda Antolin-Cué figura entre as primeiras fazendas que surgiram no município de Dourados – MS, tendo se originado do Lote de nº 6, denominado Antolin, contendo aproximadamente a área de 2.000 mil hectares de terras devolutas do atual município de Dourados. O Título de Propriedade da referida área foi adquirido por Amândio de Matos Pereira na data de 20 de Março de 1914 ao valor de 800.000 reis a primeira prestação. Tal lote de terras devolutas localizando-se no lugar denominado ‘Antolin’, município de Ponta Porã, conforme o documentado pelo Tesouro do Estado de Mato Grosso em Cuiabá na data de 15 de maio de 1914. Estas informações, também, se respaldam em dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, e Gressler (1988, p. 54-60). Desde o início da aquisição das terras a área denominada Antolin, foi dividida em três partes iguais entre Amândio de Matos Pereira, Francisco de Matos Pereira e Bento de Matos Pereira, irmãos pioneiros que administraram o Lote Antolin, ao qual supostamente se acrescentou a denominação “Cué”, que na língua guarani significa ’velho’. Estando em comum acordo, os irmãos Amândio, Francisco e Bento, delimitaram uma área de 0,5 hectares de terras (5.000m²), para a instalação de um cemitério particular na propriedade Antolin-Cué, no sentido de nele sepultar os membros de suas respectivas famílias que viessem a óbito, igualmente, outros parentes e familiares de amigos da redondeza. Segundo Jericó Vieira de Mattos, neto de Bento de Mattos Pereira, a área combinada para instalar o cemitério (0,5 hectares), foi destacada da propriedade de Amândio de Mattos Pereira, sendo protegida por cerca de madeira e arame farpado. Após a morte de Amândio de Mattos Pereira, que segundo atestado de óbito ocorreu no dia 08 de dezembro de 1928, tendo sido sepultado no local, a área contendo o cemitério Antolin-Cué passou a pertencer ao Sr. Celso Müller do Amaral que após a sua morte a deixou em herança para aos seus descendentes, todos com parentesco com a Família Mattos. Segue-se com direito a propriedade o Sr. Celso Carvalho do Amaral que pretendia cercar o cemitério com um muro de pedras obtidas na própria Fazenda Antolin-Cué. Por volta da década de 1990, a histórica propriedade deixa de pertencer aos membros sucessivos da Familia Mattos, pois, o Sr. Celso Carvalho do Amaral vendeu a proprie-
Os caminhos de difícil acesso ao cemitério favoreceram o seu abandono e depredação dade para o Sr. Mardônio Alencar, que mandou edificar uma igrejinha no Cemitério Antolin - Cué, utilizando as pedras que deveriam cercá-la. O Sr. Mardônio Alencar foi autor de um projeto arrojado ao identificar o Cemitério Antolin-Cué como sendo uma célula viva do Patrimônio Histórico do Município de Dourados - MS. Tal afirmação está representada na sua atitude em determinar a edificação de uma ‘igrejinha de pedras’ semelhante às edificações de influência da arquitetura do estilo jesuítico espanhol como ocorrem com os exemplares encontrados no sul do país, na região das Missões, de onde migraram os audazes Mattos, pioneiros oriundos de São Luiz Gonzaga – RS, que chegaram ao ano de 1902 nas terras meridionais da antiga Província de Mato Grosso, que hoje correspondem às terras sul-mato-grossenses dos municípios de Dourados e Ponta Porã. No Cemitério Antolin-Cué foram sepultados vários membros da Família Mattos, entre os quais Amândio de Matos Pereira e seu filho Piragibe de Mattos Pereira; Bento de Matos Pereira e sua esposa Conceição Aves da Silva; Francisco de Matos Pereira e sua esposa Clarinda Augusta Leitão de Mattos; José Augusto de Mattos (José Leitão) e sua esposa Doralina Albuquerque de Mattos Jobe Alves de Mattos, entre
outros, cujos túmulos ainda estão edificados no local. Eventualmente ocorrem ofícios religiosos na igrejinha. Todavia, a sua inauguração foi festiva, bem como se realizou uma missa que contou com a presença de autoridades do município douradense e membros da Família Mattos radicados em Dourados e Ponta Porã. Em 2013 foi encomendada uma missa com corpo pressente no sepultamento de Jobe Alves de Mattos, filho de Bento de Mattos Pereira. Os caminhos de difícil acesso ao cemitério favoreceram o seu abandono e muitos túmulos foram violados e depredados. Os incêndios também contribuíram para queimar inúmeras cruzes de madeira que poderiam permitir a identificação de outras pessoas que ali foram sepultadas. Há que se realizar em cartório um levantamento preciso para se informar com precisão todas às pessoas que ali foram sepultadas. Atualmente, as terras da antiga Fazenda Antolin-Cué fazem parte do conjunto de terras pertencentes ao Sr. Cláudio Galli. Portanto, continua aí edificado o histórico Cemitério do Antolin que guarda os restos mortais de Amândio de Mattos Pereira, Francisco de Matos Pereira e Bento de Matos Pereira, entre outros membros da Família Mattos. Considerando-se, que o Cemité-
rio Antolin-Cué corresponde a um autêntico exemplar do patrimônio histórico douradense, este carece de cuidados das autoridades públicas responsáveis pelos bens patrimoniais do município. A história do município deve ser preservada, pois estará sempre presente na memória das gerações futuras que constroem cotidianamente o seu contexto histórico e salvaguardam os seus personagens históricos. Somente através da história podemos compreender como se deu a formação e o processo de povoamento de uma região e de suas diferentes localidades. O texto escrito se respaldou bibliograficamente em informações de: 1. GRESSLER, Lori Alice. Aspectos históricos do povoamento e da colonização do Estado de Mato Grosso do Sul: destaque especial ao município de Dourados. Dag Gráfica e Editorial Ltda. Dourados – MS, 1988. 2. OWENS, Marli Carvalho. Mattos: a saga de uma família. Dourados, 2000. 3. Tesouro do Estado de Mato Grosso. Cuiabá, 15 de Maio de 1914. 4. Também se utilizou relatos da história oral que foram prestados por Jericó Vieira de Mattos neto de Bento de Mattos Pereira; de Alaíde Brum de Mattos (UEMS) e Ênio Brum de Mattos, netos de Amândio de Mattos Pereira. *Alaíde é professora da UEMS
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Cultura
Crônica de Nelson Rodrigues retrata a Gripe Espanhola Escritor retratou como foi a gripe espanhola na cidade do Rio de Janeiro no íncio do século passado ILUSTRAÇÃO
Há cem anos a Terra era acometida por um flagelo que parecia nunca acabar, quiçá prenúncio do fim dos tempos. Era o quarto ano de uma guerra como nunca se vira até então. Então, dos escombros e das trincheiras enlameadas da Primeira Guerra, surgiu uma praga só comparável à peste negra medieval. A gripe de 1918 foi uma pandemia que se espalhou por quase toda parte do mundo, dona de uma virulência incomum, produzida por uma cepa do hoje conhecido vírus Influenza tipo A, do subtipo H1N1. Tendo contaminado mais de 500 milhões de pessoas (ou quase 27% da população mundial na época) e fazendo até 100 milhões de mortos (perto de 5% da população global), foi uma das pandemias mais letais da história da humanidade. Esta praga marcou a infância do então menino Nelson Rodrigues, famoso dramaturgo, cronista e excritor brasileiro, que completaria 109 anos no último dia 23 de agosto. Com 6 anos à época, morador da zona norte do Rio de Janeiro, o futuro escritor vivenciou com seus olhos de criança a transformação da cidade, a mais atingida no país pela gripe. Esta crônica foi escrita para o Jornal Correio da Manhã em 1967.
E quem não morreu com a Espanhola?
“A gripe foi justamente a morte sem velório. Morria-se em massa. E foi de repente. De um dia para o outro, todo mundo começou a morrer. Os primeiros ainda foram chorados, velados e floridos. Mas quando a cidade sentiu que era mesmo a peste, ninguém chorou mais, nem velou, nem floriu. O velório seria um luxo insuportável para os outros defuntos… Durante toda a Espanhola, a cidade viveu à sombra dos mortos sem caixão. Morrer na cama era um privilégio abusivo e aristocrático. O sujeito morria nos lugares mais impróprios, insuspeitados: na varanda, na janela, na calçada, na esquina, no botequim. Normalmente, o agonizante
põe-se a imaginar a reação dos parentes, amigos e desafetos. Na Espanhola não havia reação nenhuma. Muitos caíam rente ao meio-fio, com a cara enfiada no ralo. E ficavam lá, estendidos, não como mortos, mas como bêbados. Ninguém os chorava ninguém. Nem um vira-lata vinha lambê-los. Era como se o cadáver não tivesse nem mãe, nem pai, nem amigo, nem vizinho, nem ao menos inimigo. A forma de lidar com os corpos era igualmente aterradora. “Vinha o caminhão de limpeza pública, e ia recolhendo e empilhando os defuntos. Mas nem só os mortos eram assim apanhados no caminho. Muitos ainda viviam. Mas nem família, nem coveiros, ninguém tinha paciência. Ia alguém para o portão gritar para a carroça de lixo: ‘Aqui tem um! Aqui tem um!’. E, então, a carroça, ou o caminhão, parava. O cadáver era atirado em cima dos outros. Ninguém chorando ninguém. Se os próprios familiares não mais tinham ânimo para rituais, os carregadores muito menos. Nem para esperar o desfecho da morte. E o homem da carroça não tinha
melindres, nem pudores. Levava doentes ainda estrebuchando. No cemitério, tudo era possível. Os coveiros acabavam de matar, a pau, a picareta, os agonizantes. Nada de túmulos exclusivos. Todo mundo era despejado em buracos, crateras hediondas. Por vezes, a vala era tão superficial que, de repente, um pé florescia na terra, ou emergia uma mão cheia de bichos. De repente, passou a gripe. Com o fim da gripe as coisas não mais foram as mesmas. A peste deixara nos sobreviventes não o medo, não o espanto, não o ressentimento, mas o puro tédio da morte. Lembro-me de um vizinho perguntando: ‘Quem não morreu na Espanhola?’. E ninguém percebeu que uma cidade morria, que o Rio machadiano estava entre os finados. Uma outra cidade ia nascer. Logo depois explodiu o Carnaval. A pandemia passou e, no Brasil, o Carnaval de 1920 representou um desafogo e a euforia geral tomou conta da população. E foi um desabamento de usos costumes, valores, pudores. Exatamente como antes.
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R$
kit completo serve 2 pessoas
8ª Vara Cível de Dourados: Edital de intimação, prazo: 30. Alessandro Leite Pereira, Juiz de Direito em substituição da 8ª Vara Cível, da Comarca de Dourados, (MS), na forma da lei, etc. Faz saber HALLYSON FERNANDES ALCÂNTARA, Brasileiro, Solteiro, Carpinteiro, CPF 048.345.391-99, com endereço à Rua Ciro Melo, 3575, Jardim Paulista, CEP 79830-050, Dourados - MS, o qual se encontra em lugar incerto e não sabido que, neste Juízo, situado à Av. Presidente Vargas, nº 210,tramita a Ação de Execução de Título Extrajudicial, sob nº 0808508-61.2015.8.12.0002, aforada por Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados do Centro Sul do Mato Grosso do Sul – Sicredi Centro Sul -, em desfavor de Hallyson Fernandes Alcântara. Assim, fica o(a) mesmo(a) INTIMADO(A) acerca da penhora realizada no valor de R$ 438,87 (quatrocentos e trinta e oito reais e oitenta e sete centavos) relativo ao capital social da empresa Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados do Centro Sul do Mato Grosso do Sul – Sicredi Centro Sul, para querendo manifestar-se, em 10 (dez) dias, conforme disposto no art, 847, caput do CPC. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, Dado e passado nesta cidade e Comarca de Dourados (MS), aos 08 de julho de 2021. Eu, Mônica de Almeida Arenales, Analista Judiciário, digitei-o. Eu, Hermes Paulo Alves Zandona, Chefe de Cartório, conferi-o e o subscrevi.
COMUNICADO Baixa: PROJETO METANOIA
ARROZ BRANCO
COUVE REFOGADA FAROFA LARANJA EM RODELAS
Encomendas pelo
PROJETO METANOIA, vem por este comunicar o encerramento das atividades e dissolução do projeto, baixando assim o CNPJ 08.236.380/0001-70, de acordo com a ATA de encerramento, devidamente registrada no Cartório do 4º Oficio de Dourados/MS. Dourados/MS., 10 de agosto de 2021.
(67) 99971-3747
HORÓSCOPO DA SEMANA ÁRIES - 21/03 a 20/04
A semana se inicia com a Lua Cheia na área de crise, ariana! Isso demanda atenção para que o emocional instável não prejudique o bom senso. Até domingo, os trânsitos da Lua podem levar você a aprimora r sua relação com aquelas demandas práticas, saca? E sua relação com as pessoas também!
LIBRA - 23/09 a 22/10
Nos próximos dias, os astros podem demandar ajustes importantes na gestão do cotidiano. Isso vai requerer inteligência emotiva e capacidade de adaptação aos imprevistos da sua parte. Ainda mais que tudo começa com a Lua Cheia no setor das rotinas e finaliza com a Lua Minguante no setor espiritual.
TOURO - 21/04 a 20/05
O trânsito começa com a Lua Cheia no setor de amizades no Signo de Touro e termina com p astro na fase minguante e em trânsito na área material. Tudo isso revela a importância da discrição emotiva na vivência das parcerias e da contenção financeira para aliviar o orçamento.
ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11
Semaninha cheia, escorpiana! Pra começar, os astros podem promover adequações em seu modo de viver em comunidade. Isso leva você a olhar bem pros relacionamentos. Ainda mais que nos primeiros dias tem Lua Cheia no setor social e finaliza com a Lua Minguante na casa da intimidade.
GÊMEOS - 21/05 a 20/06
A semana já começa com o seu olhar voltado pra escola e pras parcerias de sala de aula, geminiana. É que a Lua Cheia está no setor profissional! E olha que tudo: nos próximos dias, sua capacidade de gestão passa a ser importante pra sua vida de modo geral.
SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12
Nesta semana, os astros pedem atenção aos desafios que rolam na sua relação com as pessoas. É importante ajustar as expectativas e tornar a convivência mais de boa. Os dias começam com a Lua Cheia no setor familiar e, mais pro fim da semana, termina com a Lua Minguante no de relacionamentos.
CÂNCER - 21/06 a 21/07
Nesta semana, os astros levam você a fazer um exercício contínuo de pensamento em prol de ajustes em sua vida, canceriana. É que tudo começa com a Lua Cheia no setor espiritual e termina com a Lua Minguante no das crises pessoais no Sigo de Câncer.
CAPRICÓRNIO - 22/12 a 20/01
Nos próximos dias, os astros trazem a oportunidade de ajustar o modo como você constrói o pensamento e externaliza suas ideias pra geral. Tudo porque a semana começa com a Lua Cheia no setor comunicativo e termina com a Lua Minguante na casa das rotinas.
LEÃO - 22/07 a 22/08
A semana começa com a Lua Cheia no setor íntimo no Signo de Leão, e aí podem rolar uns altos e baixos emocionais. Lance de instabilidade mesmo. Por isso, minimize os excessos e faça ajustes importantes inclusive no que diz respeito a sua relação com a galera.
AQUÁRIO - 21/01 a 19/02
Nesta semana, os astros confrontam você com desafios materiais e humanos, aquariana. Essa tour começa com a Lua Cheia e finaliza no domingo, com a Lua Minguante no segmento material-social. Procure aprimorar sua relação com o patrimônio, ou seja, com o que é seu.
VIRGEM - 23/08 a 22/09
Nesta semana, os astros podem apresentar tanto desafios quanto oportunidades valiosas de ajuste das parcerias pessoais na escola. Ainda mais que ela se inicia com a Lua Cheia e termina com a Lua Minguante no segmento relacionamentos-trabalho no Signo de Virgem.
PEIXES - 20/02 a 20/03
Os astros podem levar você a aprimorar seu comportamento na vivência do cotidiano, a partir do confronto com situações incômodas. E isso do ponto de vista existencial e familiar. Tudo porque a semana começa com a Lua Cheia e termina com a Minguante entre o Signo de Peixes e o setor doméstico.
Dourados, 28.8.2021 O PROGRESSO
Adiles do Amaral Torres
COLUNA DA ADILES
adiles@progresso.com.br
GENTE QUE ACONTECE
“Evite desencorajar-se: mantenha ocupações e faça do otimismo a maneira de viver. Isso restaura a fé em si”. Lucille Ball
MARIA A tempestade chegou Com rugidos e trovões Retorceu o arvoredo E jogou folhas no chão
Odilon e Auxiliadora
Pres. da Assembléia Paulo Correa e esposa Adriana
Fernando Rocha e Gedalva
A ventania soprou Com força de furacão Balançou o meu telhado E quase levou ao chão A chuva caiu pesada Com relâmpagos alucinantes As faíscas amedrontavam Com visual apavorante Depois tudo serenou A calma voltou a reinar o silêncio era profundo a beleza voltou ao mundo
Paulo Teló e Neiva
Ozélia Nakatsu
Ovídia Ramires
Osvaldo Matheus
Muita paz enfim chegou céu azul enluarado tudo calmo assim ficou como em dia de finados. Adiles do Amaral Torres
Stela e Ricardo Hespanhol
GM Divaldo Machado e Natacha Serafini Lutieli Menezes e o esposo Tiago Calixto
PARABÉNS E FELICIDADES AOS
ANIVERSARIANTES DA SEMANA
Sábado (28/8)
Domingo (29/8)
ANA PAULA OSTAPENKO
NÉLIDA CAPILÉ
DANTAS SOLO
CLAUDIO IGUMA
LIA CHIMENES
IVANN MARTIN
ANA ELISA FARNESI
EDSON MINHOS
Quarta-feira (1º/9)
Quinta-feira (2/9)
Segunda-feira (30/8)
Quinta-feira (2/9)
Terça-feira (31/9)
PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, Do dia 1º/setembro: • Eva da Silva Watanabe, Edson Kakuta, Claudio Iguma, Justina O. Hoffmen, Carlos T. Tamaoka, Eliandra Fatima Garollo, Afonso França, Vilmar Cesar Nascimento, Gustavo Rizzo Ricardo, Alírio José Bacca, William V. de Andrade, Dirceu Bettoni, Ignacia V. de Almeida, Luiz Alberto de Souza, Juvenal F. da Silva, Sandra Regina dos Santos, Maurício Fernandes do Nascimento, Adriana de Melo, Anelize Delgado, Caroline de Santi da Silva, Edmilson dos Anjos. Do dia 2/setembro: • Elpidio F. Vasconcelos, Estevan Gonçalves, Divina B. Silva, Mariana da Silva Barros, Ester M. Torraca, Maria Helena Lopes, Honório Almirão Filho, Elias do Prado, Zuleide Ferreira, Adair M. Torres, Davi de Luca Garcez, Nadir Girotto, Marcel M. Santos, Hildete F. de Souza, Ana Maria Silveira,. Do dia 3/setembro: • Renato Christófano, José Oscar Pinheiro, Edson José Pereira, João D. Barbosa, Odair F. da Silva, Denny Augusto Cavalcante, Jesus Milane Santana, Marcos Benedetti Hermenegildo, Madalena Fernandes, Mariel S. dos Santos.
APLAUSOS
Parabéns ao prefeito de Dourados, Alan Guedes, que logo que tomou posse já começou a limpar a cidade, que estava com muito mato nos canteiros centrais. Que Deus o proteja e tenha um próspero e feliz mandato. Dourados merece um bom prefeito!
Sexta-feira (3/9)
(67) 3421-0018