Cartas baianas setecentistas

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CARTAS BAIANAS SETECENTISTAS


USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Reitor: Prof. Dr. Jacques Marcovitch Vice-Reitor: Prof. Dr. Adolpho José Melfi

FFLCH FFLCH FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS Diretor: Prof. Dr. Francis Henrik Aubert Vice-Diretor: Prof. Dr. Renato da Silva Queiroz

Humanitas FFLCH/USP

CONSELHO EDITORIAL DA HUMANITAS Presidente: Membros:

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As imagens da capa, fotografadas por Tânia Lobo, são do Arquivo Público do Estado da Bahia.

Ve n d a s LIVRARIA HUMANITAS-DISCURSO Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 Cid. Universitária 05508-900 São Paulo SP Brasil Tel: 3818-3728/3796 HUMANITAS DISTRIBUIÇÃO R. do Lago, 717 Telefax: 3818-4589 e-mail: pubfflch@edu.usp.br http://www.fflch.usp.br/humanitas

Humanitas – FFLCH/USP outubro/2001


ISBN 85-7506-004-X

SÉRIE DIACHRONICA

FONTES PARA A HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA VOL. 3

CARTAS BAIANAS SETECENTISTAS TÂNIA LOBO (ORG.) PERMÍNIO FERREIRA UÍLTON GONÇALVES KLEBSON OLIVEIRA

Humanitas FFLCH/USP

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO • FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS


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Copyright 2001 da Humanitas FFLCH/USP É proibida a reprodução parcial ou integral, sem autorização prévia dos detentores do copyright Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo C322

Cartas baianas setecentistas / organizado por Tânia Lobo ; [colaboração de Permínio Ferreira, Uílton Gonçalves, Klebson Oliveira] - São Paulo Humanitas / FFLCH/USP, 2001. 240 p. (Série Diachronica: Fontes para a História da Língua Portuguesa, 3) ISBN 85-7506-004-X

1. História do Brasil (Bahia) 2. Epistolografia (Cartas setecentistas) 3. Documentação histórica (Bahia) I. Lobo, Tânia II. Ferreira, Permínio III. Gonçalves, Uílton IV. Oliveira, Klebson CDD (21 ed.) 981.03 869.962 Esta publicação foi paga, parcialmente, com verba da CAPES (Proap)

H UMANITAS

FFLCH/USP

e-mail: editflch@edu.usp.br Telefax: 3818-4593

Editor Responsável Prof. Dr. Milton Meira do Nascimento Coordenação editorial Mª. Helena G. Rodrigues – MTb n. 28.840 Diagramação e capa Diana Oliveira dos Santos Revisão Edison Luís dos Santos


Tânia Lobo (org.)

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Sumário Apresentação .................................................................... 7 1 – Introdução do Terceiro Milênio a Cartas Setecentistas 1.1–Da pesquisa ........................................................................ 9 1.1.1 – Da pesquisa: histórico ............................................................ 9 1.1.2 – Da pesquisa: objetivos ......................................................... 10 1.2 – Da implementação da pesquisa ........................................ 12 1.2.1 – Da implementação da pesquisa: limites ................................ 12 1.2.2 – Da implementação da pesquisa: realizações ........................... 14 1.3 – Dos documentos ............................................................. 15 1.3.1 – Dos documentos: tipologia .................................................. 15 1.3.2 – Dos documentos: autoria ..................................................... 15 1.3.3 – Dos documentos: descrição física ......................................... 16 1.3.4 – Dos documentos: distribuição geográfica e temporal ............ 17 1.4 – Da identificação dos informantes ..................................... 17 1.4.1 – Da identificação dos informantes: as profissões ..................... 17 1.4.2 – Da identificação dos informantes: a nacionalidade ................ 18 1.5 – Da organização dos documentos ...................................... 20 1.5.1 – Da organização dos documentos: o índice ............................ 20 1.5.2 – Da organização dos documentos: os apêndices ...................... 21 1.6 – Referências Bibliográficas ................................................ 21

1.7 – Da natureza da edição: as normas para a transcrição dos documentos ................................................................... 23

2 – Índice ........................................................................ 25 2.1 – Cartas e seus Anexos ....................................................... 25 2.1.1– Recôncavo ............................................................................ 25 2.1.2 – Comarca dos Ilhéus ............................................................. 27 2.3 – Devassa .......................................................................... 33 3 – Mapa......................................................................... 35 4 – Documentos ............................................................. 37


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Apresentação Esta edição de cartas baianas setecentistas é o primeiro fruto do Projeto de Pesquisa das Fontes para o Estudo da História da Língua Portuguesa no Brasil (Fontes Primárias Inéditas), que, desde 1997, se desenvolve no âmbito do Programa para a História da Língua Portuguesa – PROHPOR, coordenado pela Profa. Dra. Rosa Virgínia Mattos e Silva. São os seus autores Permínio Ferreira (Bolsista Desenvolvimento Científico Regional – CNPq), Uílton Gonçalves (Bolsista Iniciação Científica – CNPq) e Klebson Oliveira (Bolsista Iniciação Científica – CNPq). Trata-se de um fruto já maduro de uma fase ainda ingênua de execução do referido Projeto. Ingênua, na medida em que quase não dispúnhamos de conhecimento prévio sobre os arquivos baianos – quer públicos, quer privados –, sobre os fundos documentais neles preservados e sequer sobre que documentos seria mais relevante disponibilizar a um público-alvo muito específico: lingüistas interessados na investigação do processo de constituição histórica da língua portuguesa no Brasil. Em função do referido público-alvo, algumas opções se definiram claramente. Em primeiro lugar, editar documentos a partir de normas de transcrição rigorosamente conservadoras – exceção feita ao desenvolvimento das abreviaturas –, fornecendo, assim, dados confiáveis para análises lingüistas em qualquer nível – o gráfico-fônico, o mórfico, o sintático. Em segundo lugar, editar documentos produzidos por indivíduos integrantes de um mesmo estrato social, um tipo de estratégia para facilitar a laboriosa e, muitas vezes, pouco gratificante tarefa de identificação da nacionalidade – se brasileira (perdoe-se o anacronismo) ou portuguesa – de quem escrevia no Brasil Colonial. Editam-se aqui, portanto, a partir de normas conservadoras de transcrição, rigorosamente aplicadas, 126 cartas oficiais escritas por indivíduos integrantes de um mesmo estrato social. Todos os remetentes são juízes ordinários ou juízes de instâncias superiores – desembargadores, vincula-


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dos a comarcas do Recôncavo da Bahia ou à antiga Comarca dos Ilhéus. Dos juízes ordinários, sabe-se que também eram conhecidos como juízes da terra, por serem moradores das localidades onde exerciam a sua jurisdição e sabe-se que não eram obrigatoriamente formados em leis; já os juízes de instâncias superiores, além de obrigatoriamente formados em leis, eram, em princípio, portugueses. Em linhas gerais, esboça-se, então, uma hipótese plausível de caracterização sociolingüística dos informantes: por um lado, juízes ordinários provavelmente brasileiros e possivelmente não formados em leis e, por outro lado, desembargadores, provavelmente portugueses e certamente formados em leis. Esperamos que esta edição, ao lado das demais que integrarão a “Série Diachronica”, possa efetivamente contribuir para o desenvolvimento das pesquisas sobre a história da língua portuguesa no Brasil, consolidando entre nós a indiscutível necessidade de se construir uma filologia de textos brasileiros. Salvador, dezembro de 1999 Tânia Lobo


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1-Introdução do Terceiro Milênio a Cartas Setecentistas 1.1 Da pesquisa 1.1.1 Da pesquisa: histórico A história mais imediata deste trabalho começou em janeiro de 1997, quando a Profª Tânia Lobo descobriu haver uma bolsa de pesquisa do CNPq, DCR, Desenvolvimento Científico Regional, concedida normalmente a doutores e excepcionalmente a mestres – e todos estes apenas das regiões menos favorecidas deste país, Norte, Nordeste e Centro-Oeste –, de fluxo contínuo, ou seja, sem uma data limite para envio de proposta. Permínio Ferreira, à época quase recém mestrado, recebeu muito bem a sugestão de enviar um projeto de candidatura a esta bolsa, que teria a própria Tânia Lobo responsável perante o Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal da Bahia e seria indicado pela professora Rosa Virgínia Mattos e Silva, do mesmo departamento. O projeto tinha por título Fontes para o Estudo da História da Língua Portuguesa no Brasil e se inseria em um dos campos de pesquisa do Programa para a História da Língua Portuguesa – PROHPOR – pesquisa de fontes para o estudo sócio-histórico do português do Brasil. Esse programa de pesquisa, iniciado em 1990, está vinculado ao referido Departamento e desde 1992 recebe financiamento do CNPq. Tânia Lobo, professora da Universidade já em 92, também participou de sua fundação. Um de seus primeiros bolsistas, de iniciação científica, foi Permínio Ferreira. A bolsa, para surpresa principalmente do bolsista (e alguma descrença. A notícia da concessão chegou à sua casa dia 1º de abril), que assim descobriu ser considerado um mestre excepcional pelo CNPq, foi concedida por um ano, renovável por mais um.


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Permínio Ferreira, assim, iniciou seu trabalho, sob supervisão de Tânia Lobo, coordenação de Rosa Virgínia Mattos e Silva e ajudado pelos bolsistas de iniciação científica do CNPq, Uílton Gonçalves, no primeiro ano, e Klébson Oliveira, nos seis meses finais. Uma ferramenta não essencial, mas bastante confortável, para o trabalho de transcrição é o computador. Este trabalho inicialmente contou com uma gentil doação de uma máquina de idade avançada, um laptop 286, que, mesmo vetusto, facilitou sobremaneira o trabalho. Mais tarde, a Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão da UFBa – FAPEX – instituiu um prêmio para pesquisador emergente concedendo uma verba a ser usada na compra de qualquer bem julgado necessário pelo pesquisador. Tânia Lobo se candidatou, e, como seria de esperar, foi uma das premiadas, e a verba foi usada para comprar um notebook Pentium, provavelmente bisneto do 286, que só não foi perfeito porque problemas de importação e burocracia impediram sua chegada por mais de seis meses. Noventa dias antes do final da bolsa, em janeiro de 98, como estabelecido, o bolsista pediu sua renovação. Nessa época, o Governo Federal anunciou que cortaria em muitos por cento a verba do CNPq. Para surpresa geral, porém, o CNPq renovou a bolsa por mais seis meses, aí improrrogáveis. Assim, chegamos a estas linhas, que pretendem ser uma introdução às cartas cuja edição foi a razão de existência da pesquisa que deu origem a este trabalho. 1.1.2 Da pesquisa: objetivos A conservação de documentos não é prioridade neste país, apesar de iniciativas isoladas, que paulatinamente podem vir a constituir uma política geral, estarem contribuindo para diminuir a sensação de descaso que normalmente se tem ao entrar em um arquivo pela primeira vez. Documentos são, em sua maioria, constituídos de um material frágil – papel – pouco resistente às intempéries e idealmente deveriam estar em local fresco e seco, de temperatura controlada, pois as variações de temperatura e a umidade são particularmente perniciosos ao papel; o local deveria ser abrigado da luz, que deteriora a tinta com a qual se escreveu


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o documento, dificultando às vezes bastante a leitura, tornando-a um desafio além da paleografia. Apesar do acima dito, alguns desses documentos sobreviveram em arquivos baianos por mais de duzentos anos. Quando se vai a um arquivo qualquer, porém, se percebe que, quanto mais se recua no tempo, menor a quantidade de documentos que pode ser encontrada e menor ainda a quantidade que pode ser manuseada o suficiente para ser lida. A surpreendente resistência dessa memória escrita de um passado deveria induzir a um respeito imediato e a cuidados, como sua microfilmagem, que, além de evitarem os riscos à saúde do pesquisador, quase completamente anulam o manuseio direto do material mais frágil. A leitura, transcrição e edição dos manuscritos antigos favorecem sua conservação de dois modos. Por um lado, tiram-nos do esquecimento a que se encontram normalmente relegados, tornando-os visíveis e, assim, passíveis de porventura maiores preocupações e cuidados. Por outro lado, caso o pior aconteça – sua destruição –, conservam parte deles para a posteridade. Qualquer um que já tenha deparado com um documento de mais de duzentos anos e tenha tido a sorte de manuseá-lo e a capacidade necessária para chegar a lê-lo sabe que seu conteúdo sozinho não representa de forma alguma todas as sensações dele vindas. Claro que a conservação não é o único objetivo a ser alcançado com a edição de um manuscrito. A visibilidade acima referida tem ainda relação com a possível dificuldade que a leitura de um documento antigo possa trazer a um leigo. Não se pretende com isso assustar ninguém: com a prática, é possível e até se torna fácil ler qualquer coisa, por absurda que pareça à primeira vista, e letras e grafias e abreviaturas do séc. XVIII, por exemplo, são em sua maioria de leitura fluente e mesmo agradáveis à vista. Não é absurdo, porém, que se pense que o texto está virado de cabeça para baixo, tal a estranheza inicial que ele pode causar. Considerando-se que o possível interessado em ler estes manuscritos não queira enveredar pelos caminhos da paleografia, a edição é a única possibilidade que ele terá de utilizar aqueles textos para seus objetivos. Quanto a estes, a edição aqui apresentada foi pensada para que pesquisadores em lingüística (via de regra, os mais exigentes quanto à manutenção das características do texto original) não encontrassem obstáculos à utilização destes textos para quaisquer estudos. Contudo, é importante salien-


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tar que isso de forma alguma inviabiliza ou dificulta o acesso a esses textos a pesquisadores de outras áreas ou curiosos. O principal objetivo visado por este trabalho é, assim, a disponibilização de tais textos a qualquer pessoa que a ele queira ter acesso, contribuindo para a sobrevivência da memória nacional e, em segundo lugar, possibilitar a sobrevivência dos testemunhos do passado escrito do país.

1.2 Da implementação da pesquisa 1.2.1 Da implementação da pesquisa: limites Havia quatro perguntas a serem respondidas no início da pesquisa: onde pesquisar, que tipo de textos pesquisar e de que época e de que lugar deveriam ser os manuscritos. As respostas acabaram sendo, com o passar do tempo, um equilíbrio entre o ideal e o possível. O ideal é simples de imaginar. O local deveria ser único, bem organizado, com textos localizáveis ao toque de um botão e disponíveis imediatamente, provido de cadeiras confortáveis, bom café, ar-condicionado e, se não fosse pedir demais, uma bela paisagem quando não fosse atrapalhar. Os textos, longas cartas altamente confessionais, escritas de próprio punho, por informantes semi-alfabetizados identificados à exaustão. A época deveria ser a mais recuada possível, séculos XVI e XVII. O lugar, a Bahia atual. Em busca desse ideal, começou-se por procurar os textos. A historiadora Kátia Mattoso relata em seu livro sobre a sociedade baiana no séc. XIX que se surpreendeu com a leitura de testamentos, porque continham, em alguns casos, verdadeiras histórias de vida. A procura desses testamentos inspiradores primeiro levou a uma descoberta: textos anteriores ao séc. XVIII seriam difíceis, e do século passado eram legião. Mais especificamente, o Arquivo Público do Estado da Bahia tem em sua seção Judiciária 01 (um) testamento do século XVII, 98 (noventa e oito) do século XVIII e 4166 (quatro mil cento e sessenta e seis) do século XIX. Alguns deles realmente chegam a comover, como o de um senhor cuja última vontade foi libertar a filha que teve com uma escrava, ou a fazer rir, como o de um padre que viveu em pecado com uma mulher durante vinte e


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cinco anos, tendo com ela dez filhos. Infelizmente todos os testamentos vistos eram apógrafos ou cópias, escritas normalmente por um padre, que eventualmente era seu executor, o testamenteiro. Como as estatísticas em relação a número de testamentos refletem, até onde foi possível verificar, as dos outros tipos de textos e já que o estado deles era assustador (de 98 só foi possível manusear 40), escolheu-se o séc. XVIII como nosso padrão. Caso fossem transcritos todos os testamentos dessa época, recuar-se-ia no tempo à procura de novos documentos. Quanto ao local de trabalho, visto que não ofereciam qualquer obstáculo à sua freqüência, tiveram preferência os arquivos públicos, em detrimento dos eventualmente burocráticos – por cuidadosos – arquivos particulares ou de ordens religiosas. O Arquivo Histórico Municipal de Salvador tinha de longe a melhor paisagem, uma vista maravilhosa da Baía de Todos os Santos, mas não correspondia em outros aspectos, nesse caso, mais importantes: os manuscritos que o AHMS preserva são em geral cópias do séc. XIX, que não indicavam normas de transcrição outras que não “fidelidade absoluta ao original”, levando em consideração apenas o conteúdo e não se utilizando na transcrição, por exemplo, a grafia do original. O Arquivo Público do Estado da Bahia – APEB – foi o escolhido. Apesar de alguns poréns – o prédio em que se encontra era conhecido, quando era a quinta de descanso dos jesuítas, como Quinta do Tanque, em razão de ser extremamente úmido, chegando a minar água de algumas de suas paredes –, que dificilmente o tornavam o lugar mais adequado para guardar toneladas de papel. Bem organizado, armazena um quantidade fantástica de textos e se divide em quatro seções: Judiciária, que comporta em sua maior parte inventários e testamentos dos séculos XVII, XVIII e XIX; Republicana, com materiais diversos de 1889 até recentemente; Imperial, com documentos de natureza variada de 1822 a 1889; Colonial, que guarda documentos desde o início da colonização do Brasil até 1822. Sua sala de pesquisas, localizada em um de seus subsolos, é bastante confortável e adequada, com ar-condicionado, tomadas onde se pode ligar um computador e um bom café. O Arquivo vem desde o início de 1999 microfilmando sistematicamente todos os seus textos e ainda os escanerizando para futura armazenagem digital, o que deve facilitar bastante as pesquisas no futuro.


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O tipo de documento finalmente escolhido, entre as possibilidades contempladas, foram as cartas oficiais. Essas possibilidades foram cartas pessoais, condenadas ao perecimento pela sua própria característica de relativa pouca importância; cartas oficiais, vantajosas, pois, apesar de sua maior formalidade, sendo escritas por oficiais de Sua Majestade, o Rei de Portugal, deveriam ter seus remetentes mais facilmente identificáveis, o que revela um certo otimismo exagerado inicial; testamentos, que, como dito anteriormente, apresentaram problemas se consideramos os objetivos propostos e provavelmente serão publicados em outro trabalho; inventários, que podem conter cópias destes testamentos e inquéritos criminais – interrogatórios ou inquéritos. 1.2.2 Da implementação da pesquisa: realizações Primeiramente os índices da Seção Colonial foram compulsados à procura de documentos que parecessem interessantes aos propósitos, de acordo com três critérios citados acima: que fossem do século XVIII, já determinado como século inicial de trabalho; que se originassem da região que nos interessava inicialmente, Recôncavo Baiano, e cujo tipo fosse de nosso interesse imediato, cartas. Nesse primeiro momento, examinamos ainda documentos cuja natureza desconhecíamos (inquéritos criminais, um maço contendo documentos sobre uma fundição em Jacobina, parte do inquérito sobre a Revolução dos Alfaiates) e de localização vária, embora sempre na Bahia (zona de mineração, Capitania de Ilhéus) e iniciamos a transcrição de alguns deles. Em um dos documentos, o de nº 19 do maço 201.1 (cartas de juízes da capitania de Ilhéus), encontramos uma informação, por inusitada, preciosa sobre a situação lingüística no sul da Bahia já cerca de quarenta anos depois (trata-se de uma carta de 1794) do decreto do Marquês de Pombal que proibia o uso da língua geral no Brasil. A carta fala sobre um determinado administrador que lidava com índios e os roubava. O juiz que a escreve sugere (a pedido de funcionários da região) que em seu lugar vá Manoel do Carmo de Jesus, que é jovem, tem dinheiro e fala a língua geral (tinha meio desi sustentar, eamayor razaõ [de]s[e]r criado naquella villa esaber alingua Geral deIndios para melhor saber emsinar). A


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partir daí começamos também a procurar cartas provenientes da ouvidoria de Ilhéus. Transcrevemos, assim, a maior parte dos maços 183 e 184, e já transcrevemos pequena parte dos maços 198 e 201.32.

1.3 Dos documentos 1.3.1 Dos documentos: tipologia Como foi dito mais acima, os documentos que interessam a esta pesquisa são não-literários, compostos por dois tipos básicos, pessoais e oficiais. Os primeiros são basicamente cartas não-oficiais, e simplesmente não foi possível achá-las, embora talvez fossem os textos ideais a serem trabalhados, considerando-se que seriam escritas, devido a seu caráter pessoal, em estilo informal ou o mais próximo do informal, refletindo, portanto, melhor a língua falada por seu autor. Aqui estão publicados dois tipos de documentos oficiais, a saber, uma devassa, sobre os malfeitos de quatro homens de reputação pouco recomendável na região atual de Feira de Santana, e cartas oficiais. Os documentos que chamamos cartas oficiais podem conter uma única carta ou uma carta inicial e um ou mais anexos, que podem, por sua vez, ser de natureza vária (listas, certificados, certidões). A devassa é escrita por funcionários públicos, portanto mais facilmente identificáveis. Eventualmente esse tipo de documento pode refletir a língua falada dos interrogados – no caso dos interrogatórios – e, devido a seu tamanho, tende a apresentar distensão variável em relação ao uso formal na linguagem usada. 1.3.2 Dos documentos: autoria Os documentos podem ser classificados, quanto à autoria, se houver indicação legível desta, em autógrafos, quando de punho do autor intelectual, apógrafos, quando escritos por outros para o autor intelectual e cópias, de relação mais distante com o autor intelectual. Entre os documentos editados, não traziam indicação de autoria os de número 1 (conforme o índice, mais adiante), assinado por quatro oficiais da Câmara cujas letras não correspondem à do documento principal;


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11, que traz uma ata de autor não identificado; e 29, com dois de seus três anexos de autor não indicado. Os apógrafos, até onde foi possível verificar (ou até onde foi a competência paleográfica dos pesquisadores), são os de número 24, 73, 78, (carta inicial e anexo 1) 93, 111 e 125 (carta inicial, assinada Antônio Rodrigues Lopes, e, a partir do fólio 5r, assinada João Gomes da Silva). O nome do Juiz de Jaguaripe, no documento 06, não pode ser lido, e o documento 70 é uma cópia. Ainda há documentos cujos anexos são de autores diferentes dos autores das cartas iniciais. São eles : o de nº 13, com um anexo de Bernardo Rijo da Fonseca; o 25, certificado de prisão de Manoel Marques de Souza Porto; o 28, anexo de Dom Fernando José de Portugal; o 29, anexos um e dois de autores não identificados, anexo 3 de Antônio dos Santos Vital; o 33, certidão de Manoel Fernandes Pinheiro; o 58, lista de João Afonso Liberato; o 74, lista de José de Melo Varjão; o 125, fólio 4r, assinado simplesmente Rodrigues, 4r/4v, de Francisco Gomes Pereira Guimarães. Todos os documentos restantes são autógrafos. 1.3.3 Dos documentos: descrição física Todos os documentos são em papel, de tamanho mais ou menos uniforme, equivalente grosso modo a uma folha de papel ofício (220 mm de largura por 300 mm de altura). O estado de conservação do papel é normalmente razoável, uma vez que os documentos analisados puderam ser lidos e não foram destruídos pelos pesquisadores pelo simples manuseio (ou de qualquer outro modo, é razoável salientar) e considerando-se que a idade média dos documentos é 230 anos e que, ao longo desse tempo, eles passaram (e ainda passam) por, pode-se dizer, vicissitudes em seu armazenamento. A cor dos documentos é, surpreendentemente, variada, do branco ao azul, originalmente, e em vários graus de amarelo, do quase branco ao levemente amarronzado, passando pelo esverdeado ao azulado com eventuais manchas rosadas de umidade.


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Em praticamente todos os papéis, é possível observar a marca d’água, que, num primeiro momento, não pareceu necessário analisar em maior profundidade. Dada a vocação, por parte da colonização portuguesa, em fazer evoluir intelectualmente as suas colônias, parece razoável deduzir que a maior parte do papel é originária d’além-mar. 1.3.4 Dos documentos: distribuição geográfica e temporal Temos 127 documentos. Uma devassa, da região atual de Feira de Santana, e 126 cartas, com seus anexos. Trinta e três cartas foram escritas na região do Recôncavo, considerando-se aí dez de Jaguaripe (o documento 07 é de Povoação da Aldeia, em Jaguaripe), treze de Salvador, oito de Santo Amaro, uma de São Francisco do Conde e uma da Vila da Abadia, atual região de Pojuca. Noventa e três cartas foram escritas na região da antiga Comarca dos Ilhéus, assim distribuídas: uma de Barcelos, quarenta e uma de Cairu, quinze de Camamu, vinte de Ilhéus (o documento 151 não traz sua localização, mas parece ter sido escrito em Ilhéus por ser um autógrafo de Manuel da Encarnação, juiz ordinário daquele lugar), uma de Maraú, cinco de Morro de São Paulo, oito de Rio de Contas e uma de Taperoá. Os documentos são todos da segunda metade do séc. XVIII, de 1763 a 1799, distribuídos, por década, do seguinte modo: década de sessenta, oito documentos; de setenta, dois documentos; de oitenta, 72 documentos; de noventa, 45 documentos.

1.4 Da identificação dos informantes 1.4.1 Da identificação dos informantes: as profissões Os remetentes das cartas, sempre cartas oficiais, são desembargadores-ouvidores ou juízes ordinários. A estrutura judiciária começava com os juízes de vintena, que julgavam sobre qualquer comunidade de mais de vinte habitantes. Acima destes, estavam os juízes de aglomerados urbanos maiores, os juízes ordinários, que não eram obrigatoriamente letrados e eram conhecidos como


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juízes da terra por serem moradores do município. Eles eram eleitos anualmente e deviam ter suas gestões obrigatoriamente devassadas pelo juiz que os sucedesse. Havia ainda os juízes de fora, fiscais dos juízes ordinários, que não podiam ter vínculo, como casar-se com uma moradora dos locais onde fossem trabalhar; e os juízes de órfãos, encontrados apenas nos municípios maiores, encarregados de proteger os direitos dos menores de 25 anos em caso de herança. Os juízes das instâncias superiores, corregedores, ouvidores e desembargadores, não podiam ter nascido no Brasil, embora, já na primeira Relação, de 1653 (os desembargadores de 1609, da primeira Relação propriamente dita, se afogaram quando o navio que os trazia afundou), haja um pernambucano e um baiano. Diz ainda o Dr. Carlos Carrillo, na sua Memória da Justiça Brasileira, de onde tiramos as informações acima: “Todos os juízes de primeira instância, que não precisavam ser letrados, estavam submetidos à autoridade dos ‘corregedores’, que, sim, eram formados em leis. [Os corregedores] estavam incumbidos de percorrer a sua jurisdição, verificando o bom andamento da Justiça, tarefa que recebia o nome de “correição”. Esta função era, às vezes, acumulada transitoriamente por outros magistrados. Os ouvidores e os desembargadores das Relações costumavam fazer correições periódicas nas suas áreas de atuação.” Nossas cartas vêm do Recôncavo Baiano ou da Comarca dos Ilhéus. A Comarca dos Ilhéus tinha um desembargador-ouvidor, que circulava – fazia a correição – por toda a sua comarca. 1.4.2 Da identificação dos informantes: a nacionalidade Os pesquisadores tentaram identificar os remetentes das cartas de algumas maneiras. Primeiramente, seguindo a sugestão do conhecido genealogista João da Costa Pinto, a quem muito agradecemos, foram ao Arquivo da Cúria, ainda na Praça da Sé pré-remodelação, à procura de registros de óbito, batismo ou casamento dos remetentes. Apenas parte dos registros da época sobreviveram, e certamente pode-se dizer que eles já eram menos que completos, mesmo em sua


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contemporaneidade. Hoje eles são encontrados em duas grandes estantes de aço, organizados por paróquia, tratando-se de Salvador, ou por município. Um problema que pode ser levantado é que esse tipo de procura, se não tiver um resultado positivo, não dá uma prova negativa: um registro de óbito não encontrado não significa, por si só, que a pessoa procurada não morreu naquela localidade (porém, certamente pode-se ter certeza da morte de todos os remetentes ou citados nas cartas). Uma outra dificuldade é que os registros, de novo segundo João da Costa Pinto, que eram centralizados no Arquivo da Cúria, foram enviados a suas localidades de origem, sem que fosse assegurado que as ditas localidades tivessem condições adequadas ao seu armazenamento. No caso dos registros da antiga Comarca dos Ilhéus, parece que os documentos foram entregues aos municípios citados, ou seja, Maraú, Cairu, Camamu, Taperoá ou Valença (de Morro de São Paulo). Esses municípios não foram visitados. O segundo modo de tentar descobrir as origens dos informantes foi através das genealogias baianas e de um artigo sobre estudantes brasileiros em Coimbra, encontrados no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia. Três dos nossos informantes foram aí identificados. A terceira tentaviva, derivada de certa forma da segunda, foi tentar descobrir algo sobre os juízes e desembargadores que escreveram a maior parte das cartas. Para isso foram consultados os dois primeiros volumes, de autoria do Dr. Carlos Carrillo, da Memória da Justiça Brasileira, coleção coordenada pelo Desembargador Gérson Pereira dos Santos, que muito gentilmente nos atendeu, cedendo mesmo os exemplares utilizados. Neles acham-se referências a mais dois dos informantes, uma das quais permitiu a sua identificação. No Instituto Histórico e Geográfico da Bahia pode-se ler a famosa Genealogia de Frei Jaboatão, na qual foram achados dois dos remententes das cartas: · João Lopes Fiúza Filho (1714-1776), Cavaleiro da Ordem de Cristo, que teve cinco filhos. Senhor de Engenho na Freguesia do Socorro, onde nasceu. Em 1751, aos 39 anos, esteve em Lisboa, tratando de problemas de sua casa.


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· Vital Correa de Souza, natural de Cairu, filho de Isabel Correia de Souza e seu marido João Coelho. Casou-se no Cairu com D. Maria de Jesus, filha de José Luiz de Espínola e D. Serafina de Oliveira, e teve quatro filhos de seu casamento. Nos dois primeiros volumes da Memória da Justiça Brasileira encontramos a identificação parcial de mais dois remetentes: · Luís Pereira de Lacerda. Vereador em Salvador em 1760. · D. Fernando José de Portugal. Português, chegou a vice-rei do Brasil de 1801/06. Infelizmente, não foi possível encontrar uma informação definitiva quanto à origem de Francisco Nunes da Costa, autor de sessenta e oito das cartas editadas. Dele sabe-se apenas que em 1776 era Ouvidor Geral das Alagoas. Assumiu a Ouvidoria da Comarca dos Ilhéus em 1780, onde morreu em fins de 1793 ou início de 1794. Dado seu cargo é natural supor que freqüentou Coimbra, como era obrigatório a todos os seus colegas desembargadores. Também é natural supor que Francisco Nunes da Costa fosse português.

1.5 Da organização dos documentos 1.5.1 Da organização dos documentos: o índice Os documentos estão organizados em dois grupos, Cartas e seus Anexos, em número de 126, e uma Devassa. Neste índice, os documentos apógrafos e cópias encontram-se em itálico, além de serem descritos em maior detalhe na seção “Dos documentos: autoria”. O primeiro grupo, por sua vez, se divide ainda em Recôncavo e Comarca dos Ilhéus. Dentro de cada divisão, os documentos estão organizados por localidade e por data dentro da mesma localidade. Há, ainda, o número do documento no Arquivo Público do Estado da Bahia, sabendo-se desde já que apenas documentos da Seção Colonial foram utilizados.


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1.5.2 Da organização dos documentos: os apêndices O primeiro apêndice é formado por dois índices, um formado pelas cartas, organizadas por Data e Autor, e outro, apenas com as cartas de Francisco Nunes da Costa. O segundo apêndice é formado por dois índices, um formado pelas cartas, organizadas por Data e Autor, e outro, apenas com as cartas de Francisco Nunes da Costa.

1.6 Referências Bibliográficas CALMON, Pedro. (1985) Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico das Principais Famílias de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão. 2ª ed. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia. CARRILLO, Carlos Alberto. (1997) Memória da Justiça Brasileira. Salvador: Tribunal de Justiça, Gerência de Impressão, v.2 CASTRO, Ivo e RAMOS, Maria Ana. “Estratégia e Tática de Transcrição”. In: Actas do Colóquio de Crítica Textual Portuguesa. Lisboa: Universidade de Lisboa, p. 99-118. CASTRO, Ivo. (1996) “Para uma História do Português Clássico”. In: DUARTE, Inês e LEIRIA, Isabel (orgs.). Actas do Congresso Internacional sobre o Português. Lisboa: Colibri, p. 135-50. COSTA, Padre Avelino de Jesus da. (1982) Normas Gerais de Transcrição e Publicação de Textos Medievais e Modernos. Braga, p. 565 HOUAISS, Antônio. (1995) O Português no Brasil. Rio de Janeiro: Unibrade. MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. (org.) (1996) A Carta de Caminha: Testemunho Lingüístico de 1500. Salvador: Edufba. MATTOSO, Katia M. de Queirós. (1992) Bahia Século XIX: uma Província no Império. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. SILVA NETO, Serafim da. (1986 [1950]). Introdução ao Estudo da Língua Portuguesa no Brasil. 5 ed. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro.


Tânia Lobo (org.)

23

1.7 Da natureza da edição: as normas para a transcrição

dos documentos 1

1. A transcrição será conservadora. 2. As abreviaturas, alfabéticas ou não, serão desenvolvidas, marcando-se, em itálico, as letras omitidas na abreviatura, obedecendo aos seguintes critérios: a) respeitar, sempre que possível, a grafia do manuscrito, ainda que manifeste idiossincrasias ortográficas do escriba, como no caso da ocorrência “munto”, que leva a abreviatura: m.to a ser transcrita “munto”; b) no caso de variação no próprio manuscrito ou em coetâneos, a opção será para a forma atual ou mais próxima da atual, como no caso de ocorrências “Deos” e “Deus”, que levam a abreviatura: D.s a ser transcrita “Deus”. 3. Não será estabelecida fronteira de palavras que venham escritas juntas, nem se introduzirá hífen ou apóstrofo onde não houver. Exemplos: epor ser; aellas; daPiedade; ominino; dosertaõ; mostrandoselhe; achandose; sesegue. 4. A pontuação original será rigorosamente mantida. No caso de espaço maior intervalar deixado pelo escriba, será marcado: [espaço]. Exemplo: que podem perjudicar. [espaço] Osdias passaõ eninguem comparece. 5. A acentuação original será rigorosamente mantida, não se permitindo qualquer alteração. Exemplos: aRepublica; docommercio; edemarcando tambem lugar; Rey D. Jose; oRio Pirahý; oexercicio; hé m.to conveniente. 6. Será respeitado o emprego de maiúsculas e minúsculas como se apresentam no original. No caso de alguma variação física dos sinais gráficos resultar de fatores cursivos, não será considerada relevante. Assim, a comparação do traçado da mesma letra deve propiciar a melhor solução. 7. Eventuais erros do escriba ou do copista serão remetidos para nota de rodapé, onde se deixará registrada a lição por sua respectiva corre-

1

Essas normas foram decididas durante o II Seminário para a História do Português Brasileiro, realizado em Campos do Jordão em maio de 1998.


24

Cartas Baianas Setecentistas

ção. Exemplo: nota 1. Pirassocunda por Pirassonunga; nota 2. deligoncia por deligencia; nota 3. adverdinto por advertindo. 8. Inserções do escriba ou do copista na entrelinha ou nas margens superior, laterais ou inferior entram na edição entre os sinais < >, na localização indicada. Exemplo: <fica definido que olugar convencionado é acasa dePedro nolargo damatriz>. 9. Supressões feitas pelo escriba ou pelo copista no original serão tachadas. Exemplo: todos ninguem dospresentes assignarom; sahiram sahiram aspressas para oadro. No caso de repetição que o escriba ou o copista não suprimiu, passa a ser suprimida pelo editor que a coloca entre colchetes duplos. Exemplo: fugi[[gi]]ram correndo [[correndo]] emdireçaõ opaço 10. Intervenções de terceiros no documento original devem aparecer no final do documento, informando-se a localização. 11. Intervenções do editor hão de ser raríssimas, permitindo-se apenas em caso de extrema necessidade, desde que elucidativas a ponto de não deixarem margem a dúvida. Quando ocorrerem, devem vir entre colchetes. Exemplo: naõ deixe passar neste [registo] de Areas. 12. Letra ou palavra não legível por deterioração justificam intervenção do editor na forma do item anterior, com a indicação entre colchetes: [ilegível]. 13. Trecho de maior extensão não legível por deterioração receberá a indicação [corroídas + ou – 5 linhas]. Se for o caso de trecho riscado ou inteiramente anulado por borrão ou papel colado em cima, será registrada a informação pertinente entre colchetes e sublinhada. 14. A divisão das linhas do documento original será preservada, ao longo do texto, na edição, pela marca de uma barra vertical: | entre as linhas. A mudança de fólio receberá a marcação com o respectivo número na seqüência de duas barras verticais: ||1v. ||2r.|| 2v.|| 3r. 15. Na edição, as linhas serão numeradas de cinco em cinco a partir da quinta. Essa numeração será encontrada à margem direita da mancha, à esquerda do leitor. Será feita de maneira contínua por documento. 16. As assinaturas simples ou as rubricas do punho de quem assina serão sublinhadas. Os sinais públicos serão indicados entre colchetes. Exemplos: assinatura simples: Bernardo Jose de Lorena; sinal público: [Bernardo Jose de Lorena]


Tânia Lobo (org.)

25

2

Índice

2.1 Cartas e seus Anexos 2.1.1 Recôncavo Localização Remetente

Data

1.Jaguaripe

27/09/1783

199/20

2.Jaguaripe José Cabral de Ataíde

25/08/1784

188/11 39

3.Jaguaripe José Inácio Sotomayor

25/08/1784

188/20

40

4.Jaguaripe José Inácio Sotomayor

03/10/1784

188/25

41

5.Jaguaripe José Elói Ferreira Cardim 17/03/1786

188/55

42

6.Jaguaripe Não Identificado

21/11/1789

188/69

43

7.Jaguaripe José Félix dos Santos

04/07/1792

199/27

44

8.Jaguaripe Não Identificado

16/01/1797

199/80

45

9.Jaguaripe José Francisco Sampaio

10/02/1797

199/31 47

Não Identificado

10.Jaguaripe José Albino Gomes Pereira 19/09/1799

Nº APEB

Pág. 37

199/34

48

03/07/1767

201.1/11

49

12.Salvador Francisco Nunes da Costa 28/03/1783

183/33

51

13.Salvador Francisco Nunes da Costa 12/09/1783

183/36

53

11.Salvador Antonio de Souza


Cartas Baianas Setecentistas

26

14.Salvador Francisco Nunes da Costa

20/09/1783

183/37 54

15.Salvador Francisco Nunes da Costa

28/04/1786

183/61 55

16.Salvador Francisco Nunes da Costa

16/07/1786

183/62 56

17.Salvador Francisco Nunes da Costa

24/10/1786

186/64 57

18.Salvador Francisco Nunes da Costa

08/06/1788

184/10 58

19.Salvador Francisco Nunes da Costa

29/07/1788

184/11 61

20.Salvador Francisco Nunes da Costa

30/08/1788

184/13 62

21.Salvador Francisco Nunes da Costa

12/06/1789

184/31 63

22.Salvador Francisco Nunes da Costa

26/06/1792 201.32/04 65

23.Salvador Francisco Nunes da Costa 11/12/1793

183/54 66

24.Santo Amaro

Luiz Pereira de Lacerda

10/08/1775

201.1/14 67

25.Santo Amaro

José Francisco de Moura

17/03/1788

201.1/16 68

26.Santo Amaro

Salvador Borges de Barros 02/09/1788 201.1/sn1 70

27.Santo Amaro

João Ferreira de Araújo

16/06/1793

201.1/17 70

28.Santo Amaro

Teodorico de Abreu 23/07/1794 Barreto de Andrade Lima

201.1/18 71


Tânia Lobo (org.)

27

29.Santo Amaro

Antônio Ferreira D’Essa

12/10/1795

201.1/20

72

30.Santo Amaro

Luiz Manoel da Silva Mendes

26/07/1798 201.1/22 75

31.Santo Luiz Manoel da Silva Amaro Mendes

08/11/1798 201.1/23 77

32.São João Lopes Fiúza Barreto Francisco do Conde

22/02/1765 201.1/06

79

33.Vila da Não Identificado Abadia

09/08/1766 201.1/10

81

2.1.2 Comarca dos Ilhéus Localização Remetente

Data

Nº APEB

Pág.

34.Barcelos Francisco Nunes da Costa 28/02/1789

184/27 83

35.Cairu

Francisco Nunes da Costa 02/11/1781

183/01 85

36.Cairu

Francisco Nunes da Costa

183/02

37.Cairu

Francisco Nunes da Costa 30/12/1781

183/03 87

38.Cairu

Francisco Nunes da Costa 13/02/1782

183/05 88

39.Cairu

Francisco Nunes da Costa 13/02/1782

183/06

40.Cairu

Francisco Nunes da Costa 04/03/1782

183/08 90

07/12/1781

86

89


Cartas Baianas Setecentistas

28

41.Cairu

Francisco Nunes da Costa 07/03/1782

183/09 90

42.Cairu

Francisco Nunes da Costa 12/03/1782

183/10 91

43.Cairu

Francisco Nunes da Costa 24/03/1782

183/11 93

44.Cairu

Francisco Nunes da Costa 02/04/1782

183/13 94

45.Cairu

Francisco Nunes da Costa 27/09/1782

183/22 95

46.Cairu

Francisco Nunes da Costa 06/10/1782

183/23 96

47.Cairu

Francisco Nunes da Costa 06/10/1782

183/24 97

48.Cairu

Francisco Nunes da Costa 24/10/1782

183/12 98

49.Cairu

Francisco Nunes da Costa 06/11/1782

83/25 99

50.Cairu

Francisco Nunes da Costa 13/07/1785

183/41 100

51.Cairu

Francisco Nunes da Costa 04/09/1785

83/42 101

52.Cairu

Francisco Nunes da Costa 09/09/1785

183/43 103

53.Cairu

Francisco Nunes da Costa 15/01/1786

183/55 106

54.Cairu

Francisco Nunes da Costa 31/01/1786

183/57 107

55.Cairu

Francisco Nunes da Costa

01/02/1786

183/58 109

56.Cairu

Francisco Nunes da Costa 23/02/1786

183/60 110

57.Cairu

Francisco Nunes da Costa 27/04/1787

184/04 111

58.Cairu

Francisco Nunes da Costa 29/05/1787

184/05 112


T창nia Lobo (org.)

29

59.Cairu

Francisco Nunes da Costa 30/05/1787

184/06 113

60.Cairu

Francisco Nunes da Costa 02/06/1787

184/07 115

61.Cairu

Francisco Nunes da Costa 02/07/1787

184/09 116

62.Cairu

Francisco Nunes da Costa 03/07/1787

184/08 117

63.Cairu

Francisco Nunes da Costa 20/12/1788

184/22 118

64.Cairu

Francisco Nunes da Costa 27/12/1788

184/24 120

65.Cairu

Francisco Nunes da Costa 05/03/1790

184/33 121

66.Cairu

Francisco Nunes da Costa 06/04/1790

184/34 122

67.Cairu

Francisco Nunes da Costa 06/04/1790

184/54 123

68.Cairu

Francisco Nunes da Costa 20/04/1790

184/36 124

69.Cairu

Francisco Nunes da Costa 08/11/1790

183/39 125

70.Cairu

Francisco Nunes da Costa

22/03/1793

184/48 126

71.Cairu

Francisco Nunes da Costa

12/05/1793

184/44 129

72.Cairu

Francisco Nunes da Costa 18/05/1793

184/45 130

73.Cairu

Francisco Nunes da Costa

18/05/1793

184/46 131

74.Cairu

Francisco Nunes da Costa 12/06/1793

184/51 132

75.Cairu

Francisco Nunes da Costa 10/07/1793

184/52 135

76.Cairu

Francisco Nunes da Costa 13/09/1793

184/53 136


Cartas Baianas Setecentistas

30

77.Camamu Antônio Duarte da Silva

14/04/1764 201.1/05 138

78.Camamu Gonçalo Francisco Monteiro 31/10/1796

184/77 139

79.Camamu Gonçalo Francisco Monteiro

03/11/1796

184/78 142

80.Camamu Francisco Nunes da Costa

08/05/1782

183/14 143

81.Camamu Francisco Nunes da Costa

08/05/1782

183/15 145

82.Camamu Francisco Nunes da Costa

26/07/1782

183/20 146

83.Camamu Francisco Nunes da Costa

06/08/1782

183/21 148

84.Camamu Francisco Nunes da Costa

18/12/1783

183/38 149

85.Camamu Francisco Nunes da Costa

28/11/1785

183/47 150

86.Camamu Francisco Nunes da Costa

01/12/1785

183/48 151

87.Camamu Francisco Nunes da Costa

20/12/1785

183/52 153

88.Camamu Francisco Nunes da Costa

10/02/1786

183/53 154

89.Camamu Francisco Nunes da Costa

05/02/1789

184/25 155

90.Camamu Francisco Nunes da Costa

11/02/1789

184/30 156

91.Camamu Francisco Nunes da Costa

24/03/1789

184/28 157

92.Ilhéus

Antônio da Costa Camelo 25/01/1795

184/55 158

93.Ilhéus

Antônio da Costa Camelo

25/11/1794 201.1/19 160


Tânia Lobo (org.)

31

94.Ilhéus

Bartolomeu Serqueira Lima

02/02/1795

183/59 167

95.Ilhéus

Bartolomeu Serqueira Lima

25/01/1795

184/56 168

96.Ilhéus

Bartolomeu Serqueira Lima

27/04/1795

184/61 169

97.Ilhéus

Bartolomeu Serqueira Lima

31/08/1795

184/63 172

98.Ilhéus

Gonçalo Francisco Monteiro

10/05/1796

184/67 173

99.Ilhéus

Gonçalo Francisco Monteiro

14/06/1796

184/68 176

100.Ilhéus Gonçalo Francisco Monteiro

23/07/1796

184/70 179

101.Ilhéus Gonçalo Francisco Monteiro

23/07/1796

184/71 182

102.Ilhéus Gonçalo Francisco Monteiro

17/08/1796

184/72 183

103.Ilhéus Gonçalo Francisco Monteiro

17/08/1796

184/73 184

104.Ilhéus Gonçalo Francisco Monteiro

23/07/1796

184/74 185

105.Ilhéus Gonçalo Francisco Monteiro

23/07/1796

184/75 186


Cartas Baianas Setecentistas

32

106.Ilhéus

Gonçalo Francisco Monteiro

08/12/1796

184/79 187

107.Ilhéus

Gonçalo Francisco Monteiro

27/02/1796

184/66 188

108.Ilhéus

Gonçalo Francisco Monteiro

13/07/1796

184/69 190

109.Ilhéus

Ignacio de Bairros Pereira

08/01/1769 201.1/12 193

110.Ilhéus

Manuel da Encarnação

06/04/1797

184/81 194

111.Ilhéus(?) Manuel da Encarnação

16/01/1797

184/80 195

112.Maraú

06/10/1763 201.1/02 197

Vital Cardoso de Souza

113.Morro Francisco Nunes da Costa 29/11/1782 de São Paulo

183/27 199

114.Morro Francisco Nunes da Costa de São Paulo

30/11/1782

183/28 200

115.Morro Francisco Nunes da Costa de São Paulo

02/12/1782

183/29 201

116.Morro Francisco Nunes da Costa de São Paulo

20/02/1783

183/32 202

117.Morro Francisco Nunes da Costa de São Paulo

06/12/1788

183/17 203


Tânia Lobo (org.)

33

118.Rio de Francisco Nunes da Costa 27/06/1782 Contas

183/16 205

119.Rio de Francisco Nunes da Costa 04/07/1782 Contas

183/18 205

120.Rio de Francisco Nunes da Costa 15/07/1782 Contas

183/19 206

121.Rio de Francisco Nunes da Costa 03/11/1785 Contas

183/45 207

122.Rio de Francisco Nunes da Costa 04/11/1785 Contas

183/46 209

123.Rio de Francisco Nunes da Costa 03/01/1791 184/39-A 211 Contas 124.Rio de Antônio Rodrigues Lopes 25/06/1765 Contas

201.1/08 212

125.Rio de Antônio Rodrigues Lopes Contas

25/06/1765

201.1/07 214

126.Taperoá Francisco Nunes da Costa 18/04/1789

184/29 220

2.2 Devassa Localização Remetente

Data

127.Feira de Manoel Jorge Coimbra Santana

13/03/1771

Nº APEB

Pág.

201.1/13 221


Tânia Lobo (org.)

35

3

Mapa

APÊNDICE Mapa da Bahia Recôncavo e Comarca dos Ilhéus em destaque

Relação de Documentos por Região Comarca dos Ilhéus 92 documentos Região do Recôncavo 32 documentos

Santo Amaro - 08 documentos São Francisco do Conde - 01 documento Salvador - 13 documentos Jaguaripe - 10 documentos Morro de São Paulo - 05 documentos Rio de Contas - 08 documentos

Taperoá - 01 documento

Cairu - 42 documentos

Camamu - 15 documentos Maraú - 01 documento

Ilhéus - 20 documentos


Tânia Lobo (org.)

37

4

Documentos

Jaguaripe, 27 de setembro de 1783 – Autor desconhecido

5

10

15

20

25

Excellentissimos e Illustrissimos Senhores.| Nesta villa appareceo pro=| ximamente hum Francisco Fernandez de Mattos provido por| tempo de tres mezes pello Doutor Ouvidor geral da Comarca/ talvez me-| nos bem informado da qualidade delle/ na serventia do Officio| de Tabelliam desta Villa, que servia Gonçallo Pedro da Costa, quese| suppoem criminozo na devassa geral da próximaCorreiçaõ; daqual| Serventia lhe deo o Juiz Ordinario> posse no dia 24 do corrente mez,| em virtude do Respectivo Provimento: Porém ponderando nós, ean-| tevendo os graves inconvenientes que provavelmente Resultarám a esta Repu-| blica da conservaçaõ do tal provido no Referido officio, nos pareceo p[el]| la obrigaçaõ das nossas ocupaçoes, que atinhamos de Representar, com| com a mais Rendida submissaõ e devido acatamento Representarmos a Vossa| Excelencia eSenhorias, que o dito Francisco Fernandez de Mattos he indigno da Serventia do| Officio de Tabelliam porquanto he homem pardo, e por tal tido e Reputado pellos que| delle, e da sua ascendencia, tem sufficiente conhecimento. Motivo porque conti| nuando elle na ditaServentia, Recusarám muitos os Cargos de Juizes Or| dinario/ como alguns já protestaõ/, naõ os querendo exercer com Tabelliam da| Referida qualidade; e muitomenos consentirám que em Camara faça as ve-| zes de Escrivam della, havendo algum legitimo impedimento no actual, oque| naõ pode suprir o outro Tabelliaõ, por estar actualmente exercendo o Cargo| de Procurador da mesma Camara. Estes saõ os urgentes motivos, que nos com-| pelliraõ a fazer esta Representaçaõ a Vossas Excelencia eSenhorias, supplicando-lhes| humilde e Reverentemente a providencia


38

30

Cartas Baianas Setecentistas

necessaria, denegando Vossas Excelencia eSenhorias| ao tal provido Provisaõ para continuar na ditaServentia, evitando-se assim, ou| como Vossas Excelencia eSenhorias forem servidos, os [ilegível] indicados inconvenientes. As pessoas de| Vossas Excelencia eSenhorias guarde Deos muitos annos. Villa de Jaguaribe emCamara de 27 deSetembro de 1783.| Os officiaes da Camara: Manoel Tomé deFigueredo Ignacio Jozé Ferreira Antonio Manoel deFrancisco Silva Germano Ferreira Bartolomeu [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em 27 deSetembro de1783| DaCamara daVilla deJaguaripe sobreo [ilegível] | de Tabeliaõ quefêz oOuvidor daComarcana pessoa| de Francisco Fernandes deMattos etc.


Tânia Lobo (org.)

39

Jaguaripe, 25 de agosto de 1784 – José Cabral de Ataíde

5

10

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor D. aFonço Miguel [ilegível]ePortugal e | Marquêz de Valenca. | Nesta villa de Jaguaripe seacha nella | morando dous rapazes pardos, chamados Antonio Pi- | nheiro, eseu Irmão Ioachim Pinheiro os quaes por malin= | tençionados, estaó de animo abotarem aperder hum ho | mem cazado debom procedimento, ecarregado deobriga çoins, que pelas taês sitem portado com prodençia em muitas | occazioins, emque elles otem incitado, esendo eu in | formado destas dezenvolturas, os reprenhedi, com a | meassas decastigo, haver sehavia nelles enmenor| qual anão tem havido, más antes com mayor exce | sso continuaó na pertubaçaó do dito homem cazado, co | mo táobem deoutros, motivando porestes meyos, apro | prinquas perdiçoens, motivo este, porque ponho na= | prezença de Vossa Excelencia, para que redigne, evitar toda ruijna, e | presepiçio, que estáo a suçederem, porçerem os ditos | pardos solteiros atrevidos, edemâ êducaçaó sem | terem que perderem, os quaes para suçego destaVilla jus | to paresse Vossa Excelencia ospozesse no Real serviço, ou fossem | castigados pela forma que Vossa Excelencia ordenar. | Deus a Vossa Excelencia guarde por delatados annos | De Vossa Excelencia | Muito attenciozo esubdito [ilegível]| Jozé Cabral deAtaijde [ilegível] | [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 27 de Outubro de1780 | Do Juiz ordinario Jozê Cabral de | Atahide da Villa de Jaguaripe, sobre omáo | procedimento deAntonio Pinheiro, [ilegível]. | Joaquim Pinheiro [ilegível]


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Cartas Baianas Setecentistas

Jaguaripe, 25 de agosto de 1874 – José Inácio Sotomayor

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor | O que posso responder Vossa Excelencia sobre | o requerimento dosuplicante, he que alcançado nesta primeira Provisam | junta, na- servir os offícios deInquiridôr, Contadôr, e Destri- | buidôr das Justiças desta Villa aos Vinte eoito deMayo do- | anno preterito demil sette centos eoitenta etrez, ede- | vendo logo vir servir oseu offício onão fez antes sim to- | mando posse delle ejuramento aos dez deJulho do ditto anno | pertendeo servir odito offício, sem nova Provisam athé omesmo | dia dez deJulho doanno prezente na hipotheri deque o dito | anno [ilegível] dodia daposse enão dadatta da- | Provisam por cujo respeito ofiz suspender porser passado outro | concedido pella Provisam dadatta della, e não ter aprezen- | tado nova Provisam oque devia requerer logo antes deseacabar | otipo da primeira pois que sendo [obensinto] della em vinte eoito | de Mayo seachava servido the odia dous deJulho emque o- | suspendi muito posteriôr aotipo dapermição dentro edepois | doque bem pudera ter recorrido para segunda enova Provisam porassim | ser estillo praticado, enão como pertendia osuplicante hir ser- | vido os devidos offícios sem nova Provisam |Em quanto requerer osuplicante restituição dos [emullimentos] | desemelhantes offícios aotipo da dita suspenção, pareceme não deve | ser attendido [ por ser] elle oproprio que deu cauza aeste pre | juizo por não ter porsua culpa, comissão, recorrido emtipo, | nova Provisam para poder continuar noffício porque ali- | as, tãobem [ilegível] odireito depoder recuperar os lucros que possuir ||1v culpa ficou perdendo notipo dadatta daprimeira Provisam, athe odia | dasua posse ejuramento ecomo osuplicante assim oquiz, parece | me, não deve ser, attendido, sem embargo doque, Vossa Excelencia | mandaria oque for servido, Villa de Jaguaripe 25 de Agosto de 1784 | Do Joiz ordinario Ignacio Caetano Soto mayor [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 20 de Agosto de 1784 | Do Juis ordinario daVilla deJaguaripe sobre | oregresso do Distribuhidor, e inqueridor | do Juizo damesma Villa etc.


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Jaguaripe, 03 de outubro de 1784 – José Inácio Sotomayor

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Illustrissimo eExcellentissimoSenhor.| Ouvindo aoSuplicado meRespondeo este que execu| tando aAntonio Ferreira valle entre os bens que lhepinhorava fora| oCabra Manoel que dis oSuplicante ser seu filho eporessa execuçam| fora odito Cabra aRematado pello Alferes Florencio deSilva| Joze aoqual depois otrapassara aelle Suplicado; efazendo vir os au| tos daexecuçam aminha prezença porser amesma feita neste Juizo,| delles vi ser de facto pinhorado pelo Suplicado odito Cabra com| outros escravos deque fui eu oproprio depozitario, efallecendo| odevedor napendencia daexecuçam eser naContinuaçaõ desta| Comaviuva eherdeiros aRematado oexpressado Cabra,| pelo tal Alferes Florencio deSilva Joze: Isto he oque po| so informar aVossa Excelencia, Como taõ bem que odito Cabra ja| propôz hua acçaõ deL[ilegível] aoSuplicado SeuSenhor eCorrendo aRe-| vellia, foi Lançado, ealcançou odito SeuPatrono Senten| ca Contra elle; comais mandará Vossa Excelencia oque for Servido| Villa deJaguaripe 3 deOutubro de1787| DeVossa Excelencia| Omenor Subdito| O Juis Ordinario Ignacio Caetano Sotomayor

[2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em31deOutubro de1784| Do Juis ordinario davilla deJaguaripe no| requerimento deAntonio Ferreira deAndrade [ilegível]| sobrealiberdade deseufilho Manoel| Caibra etc.


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Cartas Baianas Setecentistas

Jaguaripe, 17 de março de 1786 – José Elói Ferreira Cardim

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Illustrissimo eExcellentissimoSenhor.| Em o dia Catorze deste corrente mes chegou a esta Villa Antonio| dos Santos Portabandeira de Regimento novo da infantaria dessaCidade| e con tal avoroso saltou que animozamente chegou a dizer que vinha| determinado athé darmebofetoins. Tendo eu determinado a hum dos| meos Tabelians para hir aserto Lugar do termo desta Villa afactura,| dehum corpo de delito dehuns corpos mortos que apareseraõ| dando para companhia do dito Tabeliaõ hum official da Justiça o| dito PortabandeiraVoluntariamente privou aodito official desta dili| gencia oCupando onas suas determinasoens, eporultimaValen| dose do nome deVossaExcelencia o Recolheo aCadeya desta Villa aonde| esteve dous dias depois dos quais o mandei soltar por percizar| delle para execuçaõ devarias deligencias da Administraçaõ| da Justiça. Rogo aVossa Excelencia haja asoltura por bem e| satisfaçaõ aRespeito da inemozidade do dito Portabandeira que,| asim chega afaltar oRespeito dos que adeministraõ as Justiças deSua| Sua Magestade. Deos guarde a Vossa Excelencia por muitos annos para amparo dos Povos.| Villa de Jaguaripe 17 deMarço de1786| DeVossa Excelencia| Omenor Sudito| Ojuis Ordinario Joze EloyFerreira Cardim [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em17 deMarço de 86| Do Juis ordinario daVilladeJaguaripe sobre o insulto| e dezatençaõ que lhe fizera o Cabo doSegundo Regimento Antonio| dosSanctos.


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Jaguaripe, 21 de novembro de 1789 – Juiz Ordinário de Jaguaripe

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Illustríssimo: eExcelentíssimo: Senhor | Logo que recebi a colendissima carta de= | Vossa Excelencia, coma copia da Provisam, erequerimento in= | cluso, examiney amorada dos herdeiros do Capitam | Pedro deAlfonceca, eMello, para lhe intimár a- | copia e elles responderem por escripta nacon| formidade da Ordem de Vossa Excelencia, efazendo odito | exame, acho serem dous clerigos assistentes | noCandiál, que desta Villa mais de 20 le- | goas, etambé [duns] pardos assistentes nafazenda | do Genipapo, que distão dos outros couza | de húa legoa: oslavradores deque trata o= | requerimento morão distantes daPovoação de Na | sareth 6 legoas etanto estes, como os outros, | sáo moradores doutro de Maragogipe sem embargo doque botaó suasfaras para a dita Povoação de Na- | sareth, ecomo Vossa Excelencia detremina, que eu inti= | me adita copia parece naó devo sair desta Villa para ir fazer adita intimação, sendo tantos dias | deviagem, com tanto detrimento meu, edaspartes para ||1v para deferir aosseosrequerimentos, sendo es- | ta arasaó de ir outravez acopia para Vossa Excelencia | daí asprovidenciaz que parecem maiz justas | para adita intimação; porem sem embargo de- | ir acopia, sempre [ilegível] promto para o que Vossa Excelencia determinár. | Desembargador Geral aVossa Excelencia Villa de Jaguaripe | novembro 21 de 1789 | DeVossa Excelencia | Omaiz humilde Subdito | Juiz ordinario [ilegível] [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 21 de Novembro de 1789 | Do Juiz ordinario daVilla de Jaguaripe | com arazaó porque naó intimou aProvizaó | Regia ao [ilegível] do Capitam Pedro daFonceca | eMello, para responderem [ilegível]


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Cartas Baianas Setecentistas

Jaguaripe, 04 de julho de 1792 – José Felix dos Santos

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor.| Naõ pude logo execu| tar a ordem de Vossa Excelencia por respeito das Embarcaçoens deste por| to naõ poderem sahir senaõ em cabeças d’agua, porem fis lo| go examinar as farinhas que se achavaõ nas trilhas, e embar| cadas nas ditas Lanxas, que de prezente as conduzem para esse| Celeiro, os quaes vaõ com as guias custumadas, e das mesmas,| constarã o limitado numero de alqueires que se achavaõ nes| te porto, tanto pellas grandes invernadas que tem havido,| como por se acharem as farinhas em preços taes que os condu| ctores dellas as naõ podem comprar. He o que posso infor| mar a Vossa Excelencia que Deos Guarde por muitos annos.| Povoação da Aldeia 4 de Julho de 1792| OEspector Jozé Felix dos Sanctos. [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em 4deJulhode1792| Jaguaripe| Resposta doInspector da Povoaçaõ da Aldeia| sobre acarta que selhedirigio sobre aremessa| dasfarinhas etc.


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Jaguaripe, 16 de janeiro de 1797 – Autor não identificado

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Illustrissimo, eExcelentissimo Senhor | Com a mais Rendida submissam, e devido acatamento Recebemos| acollendissima e Respeitavel Carta de Vossa Excelencia de24 do corrente mez de| Mayo; e igualmente humildes, e Reverentes, a benignissima /aindaque in-| cupante/ censura de Vossa Excelencia confessando ingenuamente que em Vossa Excelencia he justissi-| ma, e em nós bem merecida; nam porque jamais houvesse em nós o mi-| nimo intento de excedermos de sorte alguma a nossa indespensavel obriga| çam de cumprirmos prompta e inteiramente /sem alguma Restrição, nem| ampliação/ as Respeitaveis Ordens de Vossa Excelencia mas sim pella desacertada, ea| Vossa Excelencia desagradavel nomeyaçaõ de Inspectores; e muito mais pella intem| pestiva, na Realidade injusta/ aindaque na apparencia justificada/ Repre-| sentaçam, que respectivamente fizemos a Vossa Excelencia excitados do apparente fundamento| e indispensavel obrigaçaõ, que nos pareceo tenhamos de em tal caso Represen| tarmos Logo a Vossa Excelencia as ocurrentes circumstancias, que entendemos serem Repu-| gnantes ao devido cumprimento da determinaçaõ da Camara expressada noRes-| pectivo Edital, que em observancia da [ilegível] Ordem de Vossa Excelencia mandamos passar| na forma praticada em outras em grande parte identicas occasio’es; nomeyando| em os tres portos de embarque de farinhas Inspectores, que naõ só Recebessem asListas| das mandiocas e sua colheita, mas tambem expedissem as embarcaçoe’s com [palavra ilegível]| as, Registrando-as estas pello Escrivam daCamara; para desta sorte se evitarem os extra-| vios /como Vossa Excelencia novamente nos ordena/; e dos ditos Registros se poderem [ilegível] Re-| meter as Listas dos generos, que para oCeleiro publico dessaCidade transportarem| as embarcaçoe’s do giro, como Vossa Excelencia foi servido ordenar a esta Camara: Sen-| do porém o principal motivo da nomeyaçaõ de Inspectores a supposiçaõ deque pela or-| dem que Vossa Excelencia foi servido dirigir a estaCamara ficavamos a isso obrigados; eoCapitam| Engenheiro isento do tal


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Emprego. Humildemente supplicamos a Vossa Excelencia que por sua| innata benignidade /attendendo as nossas sinceras intençoens/ nos Releve e per| doe os ditos culpaveis desacertos. A Pessoa de Vossa Excelencia guarde Deos muitos annos, como| nós seres [ilegível] e obrigadissimos subditos lhe desejamos. Vila de Jaguaripe emCamara| de 31 de Mayo de 1788: Monoel Joam de Moraes Escrivam daCamara a [ilegível]| Os officiaes daCamara:| Jozé Martinho desouza Joaõ dos Sanctos Nunes| Manoel Fernandes deAffonso Jozé de Souza Cardim [papel danificado] [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] 31 Mayo de1788| Da Camara da Villa deJaguaripe, sobre| os Inspectores nomiados para Registos defarinha


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Jaguaripe, 10 de fevereiro de 1797 – José Francisco Sampaio

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Illustrissimo, eExcellentissimo Senhor.| Em Cumprimento daOrdem deVossa Excelencia dirigida aeste| Senado pelaCarta datada em 11 deFevereiro proximo passado| fes o mezmo Senado publicar editaes, e Recomendar aos Inspectores| dasPovoaçoens que lotaõ farinha para essaCidade, que nenhuã Lanxa sa| hisse sem Receber guia desse Inspector dirigida aoEscrivam des| teSenado, para este afazer Remeter desualetra ao Inspec-| tor do Celeiro publico, deichando em aserto onumero dos| alqueires que sahidas, oque asim seexecutou emquanto naõ foi apresen| tado emCamara hum despacho deVossa Excelencia, pelo qual izentava| dos Mestres, oudonos das embarcaçoens devirem abrila Rece| ber guia doEscrivam ficando so obrigados aReceberem guia| dos Inspectores, os quaes inadvertidamente costumavaõ Reme| ter emcada huma Lanxa aguia com onumero dos alqueires que Leva-|va amesma, cujo erro, fica somado com aCartadeVossa Excelencia| datada em 6 doprezente Mes deFevereiro, eadvertidos os ditos Ins-| pectores, para alem daguia, que Leva Cada huma das embarca| çoens, Remeter aVossa Excelencia nofim deCadaSemana huma qual,| pella qual Conste dos numeros de alqueires que Carregaraõ, declarando os| nomes dos Mestres, edonos das ditas embarcaçoens para por este meyo| seConhecer qualquer extravio, que possaõ fazer, e naõ Sendo este bastante| Vossa Excelencia determinará omais que for Servido. Deos Guarde aVossa Excelencia muitos| annos Villa deJaguaripe emCamara. 10 de1797| DeVossa Excelencia| Subditos muito Reverentes.| JozéFranciscodeSampaio [2v,paisagem, alto-direita e outra letra] Em 10deFevereiro de1797| CartadaCamarada Villa de Jaguaripe em| RespostadaqueSua Excelencia lhedirigio, para que| fizessem Remeter Semanariamente aLista| daCargadasLanxas que conduzemfarinhaspara| e [ilegível] Cidade comonumero dealqueires, que esta [ilegível]| Carrega.


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Jaguaripe, 19 de setembro de 1799 – José Albino Gomes Pereira

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Illustrissimo eExcellentissimoSenhor.| Foi recebida aCarta deVossa Excelencia com| aquela Veneraçaõ, eRespeito que Sedevia; epor Seachar naterra| oDoutor Ouvidor daCommarca Logo lhefomos comunicar oqueVossa Excelencia| determinava, e elle, que tambem teve outra igual Recomenda-| çam deVossa Excelencia, deliberou hir para aPovoaçaõ de Nazareth, on-| de Seacha, para poder melhor examinar os Lavradores| mais Capazes de augmentar aplantaçaõ de milho, efeijaõ,| eos meyos mais proprios para ella Se efeituar.| Naõ he nova esta plantaçaõ naquelle ter-| reno, mas agora procuraremos, que ella Sepropague Com| mais excesso, aver Se podemos Conseguir, que se espalhe nessa| Cidade a abundassa destes generos igualmente necessarios para| aSubsistenssa dos povos.| Esta nossa obediencia Será em| todo otempo amelhor prova da execuçaõ, que vamos dar às| venerandas Ordens deVossa Excelencia Deos Guarde aVossa Excelencia por muitos| annos. Villa deJaguaripe 19 de Setembro de1799| DeVossa Excelencia| Humildes, e Reverentes Subditos| Ojuis ordinario Silverio Hippoljto de | Jozê Raijmundo deSouza | Francisco Ferreira Leite| oProcurador JozéAlbino Gomes Pereira. [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em19 de Setembro de1799| DaCamaradaVilla deJaguaripe sobreasor| densqueselhedirigiraõ para aplantada| Mandioca etc.


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Salvador, 03 de julho de 1767 – Antônio de Souza Ata – autor não identificado

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A Vossa Magestade faço sciente, quenoanno passado de1766, | deraõ ámorte ahú homem no certaõ doTuyuyû termo desta villa | distante della omelhor decincoenta Legoas, decuja morte naõ tira-| rão o[s]Juizes ordinarios Devassa, por não puderem [h]ir a[o]Lugar | donde s[eco]meteo o deLicto emrazaõ das Secas, que Laboravaõ nestes | Certoens; ecomo hé passado maiz de dehú anno, e querendo eufazello | deprezente duvidofazello em razaõ demedearodito tempo, Supli-| Co aVossa Magestade medetermine oprocedimento que heide ter neste Cazo, | poiz em tudo quero obrar comacerto nasLeis deVossa Magestade Fidellis-| sima que Deoz guarde Villa deItapicuru 3 deJulho de 1767 | Juiz ordinario | Antonio Alvares deSouza

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|||2r Sendoprezente nesta Meza pelo Illustrissimo | Excelentissimo Se nhor da caza acarta que lhees cre| veu o Cappitam-mor da Villa de Itapicurû | deSima Bernardo Carvalho daCunha emque | notticía que tendos ahido JozêGomes daSilva | comhuma cavalaria da parte de Jagoari| be, seaggregaraõ algumaspessoas que [ilegível]| vamente o mataraõ na travessia doRiacho | daBrizida a donde osepultaraõ eque apos-| [ilegível] matadores da dita cavalaria emas| bens do morto seguiraõ para o Rio de Saõ | Francisco adonde se transportaraõ com os mes| mosbens roubados para o termo dadita Villa de Ita| picurû adonde o mesmo Cappitammor que tam | bem serve deJuiz Ordinario notticiado dos re[pe]| tidos insultos fizera prender e remmete| ra para a Cadeia destacidade hum dos indi-| ciados nos refferidos delictos; epor que o ca| zo eragravissimo epedia huma prom| pta eexemplarissima puniçaõ que em grande | parte difficultava a grande distancia e[ode]zêrto|||2v dezêrto adonde se commeteraõ os reffe-| ridos attentad os aimpossibilidade de lâ poder | hir Ministro que os


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averigûe no mesmo | território; apresentouse em consideraçaõ | doponderado se passe provizaõ para odito | Juis Ordinario deItapicurû Logo que ellalhe | for entrêgue proceda a huma exactissi-| madeva ça emque preguntarâ sem Li-| mitadonumero de testemunhas todasas que lhe pare| ceram propria para averiguaçaõ dos delictos | e authores delles osquaes farâ prender | e rem-meter para ascadeas desta Relaçam | com a devaça a oReferido Dezembargador Ouvidor geral docri-| me, e para todo o refferido concedam ao | [...] Juis a jurisdiçaõ propria como tambem | ade poder entrar em todo e qualquer | destricto inda que seja dejurisdicçaõ | alheia, e de mandar fazer nelles | pellos seus officiaes todas as delligencias proprias | e de chamar testemunhas e naõ lhe obbede-<cendo>||3r Obbedecendo, proceder a prizão, e aos mais | actos legitimos. Bahia, 22 de setembro de | 1767 | três assinaturas Andrade PMattos


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Salvador, 28 de março de 1783 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo Excelentíssimo Senhor. | Bahia 28 Março 1783. O Sargento Mór António Francisco daSilva | serve a Sua Magestáde há mais de trinta annos com | tanta honra, edezinteresse, quanto se verifica | das importantes ordens, que lhe forão dirigidas | em todo este espaco pelos diferentes Governos d’esta | Capitania, que lhe dérão abonaçoens dignas | da maior atenção.[espaço] Por este Respeito foi creádo | Sargento-Mór do Destricto de Jequiriçá pelo | Excelentíssimo Senhor Conde de Pavolide, com independencia | dos Capitaens-Móres de Jagoaribe, e Cairu, e só | subordinádo ao Governo: e não foi esta creação fei| ta com o vnico objecto de honrar ao suplicante: | foi demais fundáda na authoridáde da Carta- | Régia de 2. de Março de 1766, que deo Liber- | dade aos Excelentíssimos Senhores Generáes para creárem | nóvos Terssos, e nóvas Repartiçoens de Melicias | para defeza do Estádo, e melhor Regimen das | Gentes dispérsas, e habilitadora dos Sertoens, o que muito se percizáva n’aquele Destricto de Je- | quiriçá para melhor defeza dos frequentes atá- | ques dos Indios; eoutro sim para mais pronta | expedição, e extracção das Madeiras necessá- | rias para os Reáes Arsenáes: no que se | tem oSuplicante empregádo com zello, honra, e ainda | perda conciderável da Sua Fazenda: epor | me ser constante o seo merecimento, o || 1v. O nomeei Administrador do Real Córte d’ | quele Destricto, em que continu)a a fazer os mes- | mos bons servissos: Elle sóbe repetidas vezes | pelo trabalhozo Rio de Jequiriçá a regular | e a animar o servisso, ou fabrico dos grandes | pranxoens de Vinhático: aciste pessoalmen | te em todos os máres, ou grandes ágoas á car- | ga da Lanxa de Sua Magestade, e isto na práia | sem temer o trabalho, nem o rigor do tempo: | acóde ao meo mandádo á villa do Cairu) re- | petidas vezes: ao Povo do seo Desctricto lhe | obedece com facil vontade, e grande Respeito: | Todos estes servissos ficão perturbádos, introdu- | zindo-se novo Governo nas Melicias, porque | sendo estas compostas dos mesmos Fabricantes, | e trabalhadores do Máto os dezunirá o concurço


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| de Jurisdiçoens, eo conflito de diferentes ordens: | Eu não conheço, qu)e ali seja tão capás de | servir a Sua Magestáde com a actividade, e de- | zinteresse dosuplicante que fáz concistir todo | o seo Premio na Honra, e independencia | da sua Patente. | Pelo que me parece, que | osuplicante não só hé digno da Mercé, que || 2 r. Que péde, mas que Vossa Excelencia lhe póde acrescentar a Honra, mandando-lhe passar | nóva Patente de CapitamMór do Refe- | rido Desctricto, que já foi desmembrádo de | Jagoaripe, e Cairu) pela authoridáde da | referida Cárta Regia, e pelos motivos de | Justiça, e Bem – do Real Servisso, que | ficão expostos.[espaço] Vossa Excelencia mandará o que | fór servido. | Bahia 28. de Março de 1783 | ODezembargador, ouvidor daComarca dos Ilhéos | Francisco Nunes daCosta. [fólio 2v., paisagem metade inferior] Em 28 de Março de 1783 | Do Dezembargador Ouvidor dosIlheos sobre | oregresso deSargento mor deJequeri- | çá Antonio Francisco daSilva pedindo | serconservado nasua Patente [em] subordi- | nação aoCapitãomor de Jaguaripe etc.


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Salvador, 12 de setembro de 1783 – Francisco Nunes da Costa

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Excelentíssimo. e Ilustríssimo Senhor, Senhores Governadores | Bahia 12 novembro 1783 Pedro Jozé Fernandes, que pertende aserven- | tia dos oficios de Inquiridor, Destribuidor, | e Contador do Judicial da Villa do Cama- | mu, servio já em outro tempo de Mei- | rinho-Serah da Correição, deque foi eclui- | do pela sua conducta-irregular, eaté | pelo vicio da inebriação de que me não cons- | ta esteja emendado, epor isso o concide- | ro inhabil para aserventia de oficios | publicos. Vossa Excelencia, e Senhorias | lhe defirirão como for Justiça. | Bahia 12 de Setembro de 1783 | ODezembargador, Ouvidor dos Ilhéos Francisco Nunes daCosta | [1o anexo, outra letra] Senhor Doutor Dezembargador Ouvidor Geral, ecorregedor Francisco Nunes da Costa | Hé costume veterádo nesta villa nafalta deprovido | nos officios deque retrata servirem os Juizes ordinarios os | de Destribuidor, inquiridor, econtador, e nomeárem avalia- | dor, e partidor quando os não sã, como no prezente tempo emque | héfalescido oprovido que era Alferes João Soares daSylva, | eporisso se achão vágos os taes officios. | Tão bem hé certo, emeconsta que opertendente | suplente já não serve officio algum noJuizo Eccleziastico des | ta mesma Villa: hé oque posso informar aVossamerce, que man | dará oquefor servido. Camamú, ede Agosto 16 de 1783 | O Juis ordinário Bernardo Rijo deAffonseca [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 12 de setembro de 1783 | Do Ouvidor daComarca dosIlheos no | regresso de Pedro Jozé Ferreira pertendendo | aoffício deInquiridor, Contador, eDistribuido | doJudicial daVila deCamamú, efoi [escuzo] | oseu regresso etc.


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Salvador, 20 de setembro de 1783 – Francisco Nunes da Costa

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Excelentíssimo: e Digníssimo: Senhor, e Senhores doGoverno. | Bahia 20 Setembro 1783. O Requerimento de Jacinto Rodrigues d’oliveira, | eos documentos, que o acompanhão, podem ser-lhe | vtis contra os Herdeiros dos Arrematadores das Terras, | que forão dos Jessuitas, e sequestrádas pela Real | Fazenda, que se acha inteiramente paga: o seques- | tro levantádo, epor isso indeferivel apertenção | dosuplicante por este meio, que deve vzar do competen | te. [espaço] Vossa Excelencia, eSenhorias lhe fação Jus- | tiça.[espaço] Bahia 20 de setembro de 1783 | ODezembargador; Ouvidor dos Ilhéos | Francisco Nunes daCosta_ [fólio 2v, paisagem metade inferior] Em 20 de setembro de 1783 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca dos | Ilheos sobreo pagamento querequer | Jacinto Rodrigues deOliveira. etc.


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Salvador, 28 de abril de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo, eExcelentissimo Senhor. | Tendo thé aqui reduzido o corte, e Feitoria da | Real Extracção do Pao-Brazil ás Mátas | adjacentes ao Rio das Contas, e dos Ilheos, vai | a experiencia mostrando alguá dificuldade | n’este servisso, pela maior distancia em que | já se acha internádo o referido pao, de | que resultará a alteração do avantajozo | preço da actual administração; eporque | de prezente se tem descuberto grandes por| çoens de Arvoredo no Rio de Patipe, que | segura hum córte abundante, vtilissimo | pela proximidade do Rio; me parece | justo, e indespensável mandar abrir | esta nóva Feitoria debaixo da mesma | Administração do Sargento Mor Ignacio | de Azevedo Pericato aquem está cometida | a dos Ilheos; edando todas as mais Providen- | cias, que se requerem para a regularidade | da Extracção, e fidelidade das Remeças. | Vossa || 1v. Vossa Excelencia mandará oque fór servido. Bahia 28 de Abril | de 1786. ODezembargador; Inspector dos Reáes-Cortes Francisco Nunes daCosta [ilegível] [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 28 deAbril de 1786 | DoDezembargador Ouvidor daComarca dos | Ilheos em participação aSua Excelencia do | novo Corte de Pao Brazil, que deve | ser aberto no Rio Patipe daSua | Comarca Vila Vide aCarta de 29 em | resposta etc.


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Salvador, 16 de julho de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor | Bahia 16 Julho 1786 A Providencia que péde Manoel Vieira Caldas | na Representação, que fás aVossa Excelencia, hé imprati- | cável á vista da Lei Novissima sobre as Lavoiras d’ | esta capitania, e sobre oque particular-mente ocorre | no facto de que se queixar. [espaço] Não se podem obri- | gar os donos dos Gados atelos debaixo decercas, por sere) | os pastos incertos, e mudáveis, eos Gados emprega- | dos nas conducçoens, e arrastos das Madeiras de | Sua Magestade.[espaço] O remedio consiste em pagarem | os danos; o que já o Reprezentante experimentou | sem lezão antes com conhecida vtilidade a | Respeito do que podia produzir-lhe acolheita | os fructos são contigentes, epor isso conforme | oDireito, estas avaluaçoens se fazem com | atenção aoseo estádo actual, mas Com o Repre- | zentante se praticou diversamente, aquem | não considero Justiça algu)a na Queixa, que forma- | Vossa Excelencia lhe defirirá como for servido | Bahia 16 de Julho de 1786. | ODezembargador ouvidor daComarca Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 16 deJulho de 1786 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca dosIlheos | sobre Requerimento deManoel Vieira Cabral quei- |xandose dadestruição quenassuas fazendas, ou | Lavoiras cauza ogado solto etc.


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Salvador, 24 de outubro de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor | Bahia 24 outubro 1786 Acabo de receber cárta do Capitam Mór | do Rio das Contas, edo Juis-ordinário da | mesma Villa a remeça do grande [Faci-] | [norozo] Joaquim José de Souza, prezo em | Virtude das ordens deVossa Excelencia, e das | acertadas Providencias, que deixou n’a | quela Villa o Capitam Alexandre | Theotonio, a quem Vossa Excelencia remeteo | esta recomendada diligencia, como decla- | rão nas duas cartas os sobedos Juis, e | Capitam Mór da mencionáda Villa, que | se não satis fazem de expressar o que | nesta parte obrou este tão honrádo | Capitam, aquem mandei enteegar o referido prezo, com outro Dezertor para elle os dirigir aVossa Excelencia | Deos Goarde aVossa Excelencia. | Bahia 24 de outubro de 1786 | ODezembargador, ouvidor dos Ilheos Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 24 de outubro de 1786 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dosIlheos | sobre aremeça do Reo Joaquim. Jozé de | Santa Anna; que foi remetido para a | Ouvedoria GeraldoCrime, comaDevocã, | queoacompanhão etc.


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Cartas Baianas Setecentistas

Salvador, 8 de junho de 1788 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo, e ExCelentissimo Senhor | Bahia 8 Junho 1788 ProCedendo no Sumário de Testemunhas, que | Vóssa ExCelenCia, me ordenou tiráse pela Portaria , | enCorporálaafolhas duas, servindo-me Como | de Báze para este ConheCimento o Termo, que | os OfiCiaes da Curveta Santa Anna, e Santo | Antonio, fizeraõ n’elle , Com a Dáta, de nó-|ve de Outubro do anno preCedente, que igu-|almente fis juntar, e se aCha afolhas tres; | Consta, primeiramente, por todas as testemunhas | prezenCiaes; que na Altura de Santo André, | hindo já Costeando a terra da Mina, fora a Refe-|rida Curveta, abordáda por dois Navios Ingle-|zes, preCedendo os Sinaes de insarem Bandeira -| Ingleza, e Segurarem-na Com tiros deCanhaõ, | Segundo o Estilo da Guérra-Marítima. Cons-|ta, semelhantemente, que recuzando-se, o | Mestre da dita Curveta, Joaõ da Costa Cerne, pres| tar se a semelhantes sinaes pela notória | Páx deque gósa a NasÇaõ-Portugueza, e | fazendo forÇa de Vela, por se retirar do enCon-|tro, o naõ ConCeguira, pela diferenÇa dos Navios, | e sua maior forÇa. Mostra-se, Com amesma | Uniformidade, que entrando na Curveta trinta | homens armádos, violentamente Conduziraõ | ao menCionádo Joaõ da Costa Cirne, e ao Ca|pelaõ o Padre Dionizio Afonsio da ConCeiÇaõ, Co-|mo Reprezádos, para Bórdo do seu Navio; ||1v Emandando abrir as EsCotilhas, ti-|raraõ della, duzentos e SinCoenta rolos do me lhor | TabáCo. | Obrada esta ViolenCia Com todos os | Vizos de furtos de Pirátas, fizeraõ paliálo, Com | portextado negóCio, metendo-lhe á forÇa os | infinos, e ridiCulos generos desCriptos na | Resta afolhas quinze, que me foi entregue | pelo Mesmo Mestre, Com asahida afolhas | dezesseis, authentiCádo pelo VniCo módo, por | que opodia ser, atenta a natureza do ne-|gósio : quero dizer, pelo Seo Juramento a | folhas quatorze. | A Cárta a folhas dezoito, que | muito tempo antes da Entráda da Curveta, nes|te Porto, esCreveo o Mestre ao Senhorio della |


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Manoel Lourenso daCosta, Conspira intei-|ramente Com as posteriores deClaraÇo ens, | e Juramentos, que a Respeito de pessoas au-|zentes, e que naõ pudiaõ ser Citádas, Justifi-|Caõ plenamente o Referido fardo, por outra | párte Constante por publiCa, e notoria Vox. Hé Coiza Certa, que os | dois Navios deque se trata, o de dois Mastros, | se InvoCáva, Eleazar, o Capitam BáCle : | o outro, de tres Mastros, AfriCan Gueen, | e Capitam Thomás King, ambos de ||2r De Bristol .| Com o ConheCimento prinCipal, | que Vóssa ExCelenCia me ordenou na Referida | Portaria, nese ssariamente entrei no exame | de outra igual violenCia pratiCáda Com | FranCisCo Jozé de LuCena, Mestre de Curveta | Glória, que Jurou afolhas vinte, só Com | a diferenÇa , que o seo exito foi mais felix, | pela sa tis faÇão, que lhe deo o Governador | de Cabo Corso, Thomás Nóris, ConvenCido | da injustiÇa, Com que o Capi tam Ingles, | Holde, do Navio, Broters, de Bristol, lhe | havia extorquido huã grande porÇão de | tabaCo, Com semulaÇaõ de negóCio e troCa, | Cujo depoimento do Referido Mestre, se | abóna pelos mais ofiCiaes do Navio, que | inquiri depois d’elle.| Por esta forma, fiCa-|rá Vossa ExCelenCia inteirádo, de qual seja | a Opresaõ, e porplexidade emque se | aCha o NegóCio dos EsCrávos da Cósta | da Mina : hé raro o Navio, que esCápa | aos insultos, e violenCias, Com que saõ tra-|tados pelas NasÇoens Estrangeiras Con-|Correntes, que não podendo fazer o seo | NegoCio Com os Negros, sem o TabaCo, ||2v Genero de primeira nesessedade, egosto para | os mesmos, otomaõ violentamente aos Portu-|gueses, que ComerCeando em Navios de | menor pórte, naõ podem resistir aos seos, | armádos, e possantes. | Vossa ExCelenCia á Vis-|ta do Sumário, tomará a DeliberaÇão, | que lhe pareCer mais Conforme ao Real | DeCóro, e aos Comuns Interesses da NasÇaõ, e d’esta Colónia. Bahia 8 de | Julho de 1788. | O Dezembargador Ouvidor FranCisCo Nunes da Costa || [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Em 8 de Julho | de 1788 |


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Cartas Baianas Setecentistas

Officio do Dezembargador Francisco Nunes da Costa | que acompanhou o Sumário de testemunhas aque | Sua Excelencia mandou proceder por elle sobre | as violencias que fazem os Navios Estran-|geiros ás Embarcaçoens que vaõ comer-|ciar naCosta daAfrica, pela | Portaria de 25deJunho do dito Anno | Etc.


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Salvador, 29 de julho 1788 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Bahia 29 Julho 1788 Joanna Maria daEncarnaçaõ, Viuva tem | quatro filhos solteiros, todos maióres, e sendo | todos de má Conducta, ainda lhe rezervei os tres, | para me Conformar, Com o verdadeiro Espirri| to das ordens deVossa Excelencia. Este deque | se tráta, Joaquim Gomes da Silva, em nada | hé Vtil asua Mai: em Iequiriçá há bastan| tes próvas dasua Vadiaçaõ, e ainda Crime.| Esta hé averdadeira informaçaõ, que preCe-| deo à ordem de prizaõ; e em materia de | tanta importancia, e por Vossa Excelencia | taõ Recomendada, eu faço o estudo, que pede | asua natureza, a honra do meo lugar, | para que naõ Concorraõ paixoens de ódio, | e personalidades. [espaço]Vossa Excelencia man-| dará o que fór servido. Bahia 29 deJulho | de 1788-| O Dezembargador , Ouvidor da Comarca do Ilheos Francisco Nunes da Costa [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 29 deJulho de 1788 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos arespeito de Joaquim | Gomes daSilva, filho de Joanna Maria da Encarnaçaõ


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Cartas Baianas Setecentistas

Salvador, 30 de agosto de 1788 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Bahia 30 Agosto 1788. A Povoaçaõ de Mapendipes, hé Comefeito do | termo da Villa do Cairû, e sujeita á Jurisdição | da minha Correiçaõ, e das Justiças ordinárias, | Sempre o foi tambem ao Capitam Mor das | ordenansas da mesma Villa té ao tempo, em | que o Excelentissimo Senhor Marqués de | Valensa, fés da Freguezia de Jequiriçá hum | Terço separado de Ordenansas, em atençaõ | aos Córtes das Madeiras-Reaes, que se extra-| hem do dito Jequiriçá, e Como amencioná| da Povoaçaõ de Mapendipe hé Comprehendi-| da nos limites d’aquela Fréguezia, rezultou d’| aqui a Confuzaõ dos termos, e as que se seguem | do Conflito de Jurisdiçoens em huã mesma | Povoaçaõ. O Capitam- Mór de Jequiriçá re-| zide em distancia, epouco, ou nenhum Co-| nhecimento tem d’estes Moradores, ao mesmo | tempo, que o da Villa do Cairu rezide no | meio d’elles, e d’elles se serve para o Fabrîco | das MadeirasReaes, que pricipalmente | se extrahem de Mapendipe. | Por todas estas |rezoens, eoutras, que saõ manifestas , se fás ||1v Se fás muito atendivel o Requerimento | do Capitam Mór do Cairû Joaõ Baptista | Teixeira, na Verdade dirigido abeneficio | d’este Povo, seo soCego, e melhor exeCuÇaõ | das Ordens Superiores. | Vossa Excelencia man-| dará o que for Servido. Bahia de Agosto | de 1788. |9 ODezembargador; Inspetor; dos Reaes Córtes- Francisco Nunes daCosta [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 30 de Agosto de 1788 | Do Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos no Requerimento | doCapitamor da Villa doCairú, emque pertende areuniaõ da | Companhia deMapendipe noCorpo doTerso dos Ordenã| ças do Cairú, Vide as cartas de 2 deSetembro escritas | aosCapitães mores doCairu, eJequiriçá.


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Salvador, 12 de junho 1789 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo, e Excelentíssimo Senhor | Manoel daSilva Ferreira, Senhor do | Engenho de Santa Anna, daVilla dos | Ilhéos, que origináriamente foi dos Ex- | Muitas, e comprehendido no geral Se- | questro, e arrematádo pelo Fisco, hé | ainda devedor a Real-Fazenda de Vinte, | etantos mil Cruzâdos, epor isso por or- | dem da Junta da Fazenda, está omesmo | Engenho entregue à minha Insperção, para | a Remeça dos seos produtos para satisfação do debito mencionádo; e Sendo a fabrica | déste Engenho comporta de trezentos | de [ilegível] como levantádos, mais | de sincoenta, encorporâdos, e unidos no | Mato, e Já em Mocambo, dizendo- | le livres, e não querendo de fórma algu- | ma reduzir-le ao Cativeiro. Tenho | usado de todos os meios da suavidade, para | os Compôr, e trazer ao seu destino: | se tem conseguido antes se releia, com | todo o Juntamento, que se sigão maióres | desordens, e perturbação, não só dos | mais escrávos do Engenho, mas doso- |cego comum dos Povos. Nestes | termos, me vejo percizado a man- | dálos atacar no Mocambo, con- || Conforme as ordens de Sua majestáde | armando para isso os Capitaens do Máto, | os Indios das Suas Villas de Barcelos, e | Olivença e cometendo o governo désta | acção a Sargento Mor da Comarca | Ignacio d’Azevedo Pericato. Não | devo porém, ter este procedimento | sem o participar aVóssa Excelencia | para que seja servido prestar oSeo | Consentimento, e haja outro sim | de expedir as ordens circuláres ás | Milicias Respectivas, e Juizes ordiná- | para que observem as minhas | Ordens e Sejão Responsáveis aVóssa | Excelencia pela Omição. | Deos GoardeaVossa Excelencia | Bahia 12 de Junho de 1789 | Desembargador, Ouvidor da Comarca dos Ilheos | Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 12 deJunho de 1789 |


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Cartas Baianas Setecentistas

Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos | actando daprizão de mais de cincoenta negros, que ceachão amocambados nos Matos | da dita dosilheos, epede providência – vide | asCartas de 22 deJunho do etc.


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Salvador, 26 de junho de 1792 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Por avizo, que acabo de rece-| ber do Capitaõ Mor do Rio das Contas, participo | á Vossa Excelencia, que ali se achaõ hu)a grande Su-| máca, e algu)as outras embarcaçoens defora á carga de | fari nha, sem que os Mestres mostrem Despacho deVossa Excelencia , | por onde lhe concedesse esta faculdade. Esta extracção | de farinha em concurso da que ja tem hido para fora, | vai certa mente fazer hu)a concideravel falta n’esta Ci-| dade, e na minha mesma Comarca, e dá taõ bem ocazião | a que os Lavradores atrahidos pello aumento do preço,| passem a desmanxar as Manahêbas, que ainda não estão | de vez. Queira Vossa Excelencia dar as suas Providencias para se | evitar esta desordem, e ao mesmo tempo rezolver, se aquel-| La Sumáca, que está a carga, ha de sahir do Porto Livre-| mente para Pernambuco, onde se destina, ou conduzida | a esta Cidade á Ordem deVossa Excelencia, com as mais embarca-| çoens, que ali estão.| Deos Guarde aVossa Excelencia Bahia 26 | deJunho de1792 Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco Nunes da Costa [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 26deJunhode1792 | CartadoDezembargador Francisco Nunes | daCosta, participando a Sua Excelencia estarem | no Rio dasContas humaGrandeSumaca, eou| tras Embarcações Carregandofarinhas, sobre | queSua Excelencia Respondeo emCartade 26 de Ju-| nhodomesmoAnno dando as providencias necessarias .


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Cartas Baianas Setecentistas

Salvador, 11 de dezembro de 1793 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor. | 11 Dezembro 1793 Anna Felipe de Santiágo, que | aVossa Excelencia requer abaixa do | filho Jozé Joaquim Ferreira, Re- | cluta, que em concequencia das Ordens de Vossa Excelencia mandei | da Villa de Cairú. Não hé Mo- | lher honesta, nem Viuva das | comtempládas na Excepção | da Lei: do Filho tive más infor- | maçoens: por húa, e outra ra| zão, me persuádo, que obras | com Justiça em o envião | para Soldádo. | Vossa Excelencia lhe de | Ferirá Como For servido. | Deos Guarde aVossa Excelencia. Bahia 11 de Dezembro de 1793 | ODesembargador, Corregedor: dos Ilhéos. | Francisco Nunes da Costa. [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 11 de Dezembro de 1793 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos | Ilheos sobreo Requerimento de Anna Felipe de | Santiago pedindo baixa para | Jozé Joaquim Ferreira, Requerimento | que lhefoi indeferido nodia 12 de Fevereiro etc.


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Santo Amaro, 10 de agosto de 1775 – Luiz Pereira de Lacerda Apógrafo

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Santo Amaro 1775 | Devo pôr na prezença de Vossa Excelencia que | amolestia, que me sobreveyo, eme obrigou a sangriar me tem | demorado, e sem embargo desta indispozição me aprezenta | o Juiz Companheiro As Ordens de Vossa Excelencia, por ter, | acabado oseo tempo para eu continuar nas diligencias, que | Vossa Excelencia determina Respectives Aobrigação de planta| rem os Moradores deste Termo as Covas demandio[ca] | determinadas, emais Legumes; Nesta Execução fico [preo]| cupado, como tambem na cobrança da Finta deSua Ma| gestade, que estâ toda por cobrar, aque sou Responsavel em| quanto Vossa Excelencia naõ determinar o contrario | Remeto os Termos deSequestro que fis| eo Alferes Manoel Francisco de Almeida se | occulta, em Razaõ da mulher do dito naõ dar parte certa don| de se acha, motivo este porque onaõ tenho conduzido, co-| mo Vossa Excelencia me ordenou.| DEOS aVossa Excelencia guarde. Villa | de Nossa Senhora da Purificaçaõ , eSanto Amaro, | 10 deAgosto de 1775 | [outra letra]Sargento mor eJuis ordinario Luiz Pereira deLacerda |||2v, paisagem, metade inferior Em10deAgosto 1775 | AoJuiz ordinario daVilla de | São Francisco, sobresequestro nosben)s | dePais de familias.


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Cartas Baianas Setecentistas

Santo Amaro, 17 de março de 1788 – José Francisco de Moura Certificado de Prisão – Manoel Marques de Souza Porto

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Com o Requerimento incluzo, Remeto a Vossa Excelencia o | pardo Raimundo Gomes de Carvalho Villa deNossa Senhora | da Purificaçam, e Santo Amaro 17 de Março de 1788 | O Juis Ordinario JozeFrancisco deMoura, eCamera ||2v 17 Maio | DoJuiz ordinario remetendo in-| cluzo o requerimento de João Manuel | Vieira daFonceca

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Illustrissimo e Excelentissimo Senhor | Diz Joaõ Manoel Vieira da | Fonceca, que por reprezentaçaõ, e queicha, que dirigio | o Suplicante a Vossa Excelencia contra Raimundo Gomes de Carvalho | homem pardo, e malfeitor foi Vossa Excelencia servido mandar | ao Doutor Juiz de Fora da Villa da Caxoeira, em cujo termo hé | morador, que o prendesse, e o remetesse as Cadeias desta Cidade, | e fazendo o dito Doutor Juiz de Fora dar cumprimento adita | Respeitavel Ordem, naõ poderaõ os Officiaes da diligencia executa-| La por se auzentar o Suplicado daquella Villa, e seo termo, e com[o] | consta ao Suplicante, que o Suplicado está nestaCidade occulto, eSó | anda entrages dizfarsados, recorre, e | Pede aVossa Excelencia seja servido | mandar, que qualquer Official de Milicia, ou | Justiça, a quemfor aprezentado despacho de | Vossa Excelencia, proferido nesta prenda aoSuplicado, | eo recolha a Cadeia | Espera Receber Merce ||2r ManoelMarques deSouza Porto | tabeliam publico dojudicial enottas nezta Villa | deNossa Senhora daPurificaçam eSanto Amaro | eSeo termo Nozimpedimentos deCompeten| te Florencio Telles Menezes cer-| tefico que em observancia de despacho an| tecedente


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doIlustrissimo e Excelentissimo Senhor General fis| prender aRaimundo Gomez deCar-| valho mencionado nelle, em odia tre-| ze doCorrente mez deMarço doprezente | anno de1788, eentreguei aoCar-| çareiro actual dezta Cadeia que Com-| migo assignou deohaver Recebido | para assim constar fiz este termo Eu | ManuelMarquez deSouza Porto | oezcrevi e assignei | Manuel Marquez deSouzaPorto | [outra letra] Joaõ Antonio dos Santos vital


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Cartas Baianas Setecentistas

Santo Amaro, 02 de setembro de 1788 – Salvador Borges de Barros Apógrafo

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Remetto a Vossa Excelencia os Mappas, e Numeramento | de todos os habitantes comprehendidos nas quatro Fre-| guezias da minha jurisdicção, conforme a Ordem de Vossa Excelencia, | que mefoi expedida adezoito deJunho proximé passado.| A Ilustrissima e Excelentissima Pessoa de Vossa Excelencia | guarde Deos muitos annos. Villa de Nossa Senhora da Pu-| rificação, e Santo Amaro 2 deSeptembro de1788 | [outra letra]Salvador Borges de Barros

Santo Amaro, 16 de junho de 1793 – João Ferreia de Araújo

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor Governador | Remeto aVossa Excelencia prezo a JozeJoaquim | deSanta Anna homem pardo, pelo ter achado emsufragan| te deLito demortandade deBois mansos deCarro, Junto | Comdous escravos de Francisco Jorge daRochaPegado, que | tinhaõ furtado a JoaõCoelho de Oliveira, epor que | sendo prezo, aquelas partes seCompuzeraõ pagan| do os referidos Bois, emerequereraõ remetiçe este | mal procedido Vagamundo eemduzidord eescravos | alheios afazerfurtos (officio de que vive) aVossa Excelencia | para lhe dar oCupaçaõ do seu merecimento, eagora me | Certificaõ elledizer Ser Soldado auzente avista | do que Vossa Excelencia dispora ComoforServido. Villa de | Nossa Senhora da Purificaçaõ, eSanto Amaro 16 de | Junho de1793 | OJuiz ordinario Joaõ Ferreira deAraujo ||2v [outra letra, paisagem, metade inferior] Em16deJunhode1793 | DoJuiz ordinario davilla de Santo | Amaro daPurificaçam comaReme | sadopardo José Joaquim deSanta Anna | porLadraõ debois, e quedirei ser [...]| tor Sua Excelencia depois deoter pre[zo] ofezsoltar etc.


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Santo Amaro, 23 de julho de 1794 – Teodorico de Abreu Barreto de Andrade Lima Anexo – Dom Fernando José de Portugal

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Em observancia da Ordem junta de | Vossa Excelencia comadata de [.] do corrente fiz pren=| der a Manoel de Assumpsaõ oproprio men=| sionado na dita Ordem; e debaxo deprizaõ o reme=| to por Officiaes deJustiça aOrdem de Vossa Excelencia, que | sempre mandará oque for servido.| Villa de Nossa Senhora da Purificaçam eSanto Amaro | 23 deJulho de 1794 | [outra letra] Theodorico daAbreu Barreto deAndradeLima ||2v [outra letra, paisagem, metade inferior] Em23 deJulho de1794 | DoJuis ordinario davilla de Santo | Amaro daPurificaçam sobreapri-| zaõ Remessa do prezo Manoel | daAssumpçaõ filho de Joanna | Maria cazada com oFeitor mor Antonio | Vicente, Rezidente noCazumba, o | qual perfazer hua desordem no | mesmoEngenho, sequeixa oSenhorio | delle José Pires, eSua Excelencia lhemandou | Sentar praça no V Regimento etc.

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[anexo, outra letra] Logo que Vossamerce recebér esta mandar a| prender aManoel daAssumpção filho de | Joanna Maria cazada com oFeitor mor doEngenho | deSão Miguel, eque rezide noEngenho de Cazumba | de Jozè Pires deCarvalho eAlbuquerque, ecom | segurança oenviará aminha Prezença. Deos | Guarde avossamerce Bahia 12 deJulho de 1794 | Dom Fernando Jose de Portugal | Senhor Juiz ordinario da Villa de | Santo Amaro daPurificação


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Cartas Baianas Setecentistas

Santo Amaro, 12 de outtubro de 1795 – Antonio Ferreira d’Essa Anexos 1 e 2 – Autor não identificado Anexo 3 – Antônio dos Santos Vital

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Fazendo Joaquim Lopes Villas boas por ordem que alcan-| sara deste Juizo prender, e recolher a Cadeya desta | Villa hu) pardo que disse chamar-se João Francisco dizen-| do lhe furtára huma escrava, efugîra com-ella le-| vando-a roubada, queria formar-lhe culpa, desco-| bre-se, e deLata-se odito deLinquente por seu requerimento | junto ao Capitam mor desta Villa chamar-se João Nunes Ro-| drigues, eser soldado dezertor doRegimento da Artilha-| ria dessa Praça aoeffeito isto de oremeter aPraça o | Capitam Mor, e este lhe defere o que consta deseu despacho | ultimo no dito requerimento com remissão do negocio a | mim. Eu remeto pois odito soldado prezo conduzido | pellos officiaes de Justiça Luiz de Moura, Joaõ Baptista, e outros, | e vai o mesmo sem culpa alguma quanto ao caso cómetti-| do a aqueLe queixoso, pois que lha não fez dizendo que esta-| va entregue dasua escrava, elha não queria mais | formar. Deos guarde a Vossa Excelencia como havemos mis-| ter. Villa deNossa Senhora daPurificaçam, eSanto Amaro | 12 de outubro de 1795 | O Juiz ordinario Antonio Ferreira d’Essa |||2v [outra letra, paisagem, metade inferior] Em 12 de outubro de1795 | DoJuis ordinario daVilla deNossa Senhora | daPurificaçam sobrea Remesa doSoldado | Desertor do Regimento deArtilharia Jose | Nunes Rodrigaõ queSua Excelencia man| dou para o Serviço das obras publicas, e | Fortificaçoens etc. [anexo 1, outra letra] Diz Joaõ Nunes Rodrigues soldado | do 1o Regimento daguarniçaõ daPraça daBahia, | que elle foi prezo, eseacha na Cadea desta Villa aOr-| dem deVossa Merce por queixa que delle fizeraõ, ethe opre-


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| zente naõ selhetem formado culpa; epor estar na | prizaõ pade cendo muitos incomodos requereu ao Capitam mor | destaVilla pela suplicajunta para | o exercicio daPraça, este mandou que oSuplicante reque-| rese aVossa Merce | Pede aVossa Merce sedignede-| ferir aoSuplicante | Espera Receber Merce [outra letra, papel azul, anexo2] Ilustrissimo Senhor Capitam Mor | Diz João Nunes Rodrigo Soldado dorigimento de arte=| lharia Companhia deLobo que elle Supplicante indo para asua | prassa pello bando que o Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | General foij seruido man dar [...] pello sertaõ para | os dezertores se Reco lhe rem asua praça [...] | [...] eComo oSuplicante estaua muito Lom ge procurou es=| te porto para se im barquar emelle foij prezo es eacha | nesta Cadea padessendo muitas nececidades por naõ ter pa=| rente nesta terra que opossa soCorrer. E Portan to, | Pede aVossa Senhoria Remeta | Logo asua praça pello amor de=| Deus Cuja esmolla rogara pella | Vida eSaude deVossa Senhoria | Espera Receber Merce | [outra letra]

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Digniçimo Senhor Cappitam mor | O Suplicante Seacha prezo nesta Cadea | desde odia quatro doprezente mes |||1v Mes Aordem doJuis Ordinario Antonio Ferreira | deEça por hua portaria domesmo | que paçou porReprezentaçaõ equeixa | que fez Joaquim Lopes Villas Boas | pello Suplicante lheaver emduzido hua | Sua esCrava; aLem deOutros pro| çedimentos maos, eSegundo Ouvy | dizer que pertendia querellar odito | Joaquim doSuplicante ; mas onaõ tem feito | o Re oprezente; emeConsta que | adita esCrava emduzida ja atem pos | esta depoçe della odito Joaquim Lopes | he oque


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Cartas Baianas Setecentistas

poço informar aVossa Senhoria vi| lla da Purificaçaõ 6 de outubro de1795 | OCarcereiro | Joaõ Antonio dos Santos vital | [letra Albuquerque, entre os primeiro e segundo parágrafos de 1r] Informarse [ilegível] quem prendeo aoSuplicante, e se | alem daculpa de dizerção tem outra | alguma por que fosse prezo. Santa Anna 5 de outubro de 1795 | Albuquerque [letra Albuquerque, entre as linhas 14 e 15 de 1v] Requeira ao Meretissimo Senhor | Juiz Ordinario por pratica contra | o Alvará deSua Magestade arespeito dos | Desertores Engenho deSanta Anna 6 | de outubro de1795 | Albuquerque


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Santo Amaro, 26 de julho de 1798 – Luiz Manoel da Silva Mendes Apógrafo

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | As repetidas faltas, que seexperimentão degados, | chegando nestaVilla amayor extremo, nomez de Mayo deste | anno, esabendo a Camara, que muitas pessoas passavaõ com gados | pello termo, para virem talhar por diversas partes, mandou passar Or=| dem, para constrangimento a algu)as dessas pessoas, para virem talhar os=| gados na Villa. Ehavida noticia aomesmo tempo, que passava | pello termo hum bom Lote degado, mandando amesma Camara | fazer conduzir odito gado, para ser talhado naVilla, acharaõ os Officiaes | dezaceis Rezes ao Suplicante, que sendo oque passava comodito Lote degado, ti=| nha embarcado, evendido para outras partes amaior quantidade domesmo gado, | Só sendo achado com as ditas Rezes, que defacto foraõ con duzidas | para esta Villa. Erequerendo oSuplicante que Marchante / que naõ | tenho Lembrança donde allegou oera( e assim odeixarem Livre| mente Levar oseo gado, para ohir cortar nolugar dasua marchantaria,| pedindo-se-lhe conta doseo Alvará de Marchante, para reconhe=| cer da Justiça doseo Requerimento, tal Alvará Naõ aprezentou, que seo=| tivesse, ainda que comsigo onaõ trouxesse, elle he morador naõ muito | Longe destaVilla, commuita facilidade opodia Logo aprezentar, Ecomo | naõ mostrou oser Marchante emparte alguma, selhemandou | que talhasse aqui ogado, amil reis, que hé aqui ataxa da Camara, | etalhou comeffeito as ditas Rezes. Este hé oprocedimento, que uni=| camente tem havido com o Suplicante, obrado pella camara na forma re=| ferida odito procedimento, e hé falso, que eu, nem ao Suplicante, nem a outro al=| gum, tenha mandado apprehender gados, comque se destinem para | essa Cidade, eemfim repito, que só aquele procedimento aqui foi tido peLa | Camara com oSuplicante, eisso com Rezes, que seachoulhetinhaõ.|||1v lhetinhaõ ficado, depois deter feito embarque para a Cidade, evendido | para outras partes que quis; sendo certoque nascons


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ternaçoens, que hâ, | ainda aalgum que manifestamente seache que sedestina com os seos | gados para essa Cidade, parece Licito podello Obrigar adeixar aqui | algu)as Rezes, regulado onegocio comprudencia aproporçaõ da=| quantidade dogado, accudindo=se tam bem aqui nesta forma | anececidade publica. He isto oque posso informar a Vossa Excelencia, que man| dará oque for Servido. Villa deNossa Senhora da Purifficaçam, e Santo | Amaro de Julho de 1798 | [outra letra]Do Juiz ordinario LuizManoeldaSilvaMendes |||2v paisagem, metade inferior [Dorso, a lápis, quarto inferior] 123 Em26deJulho de1798 | DoJuis ordinario daVilla deSanto | Amaro daPurificaçam no Requerimento deJosé | de Faria Mascado emque cequeixa | delhetermandado tomar para ser | talhado naVilla dita algumas Cabeças | deGado, que comprara comoseu dinheiro, | etransportava paraesta Cidade para coprir | afaltadecarnes SuaExcelencia lhenão | diferio como Requeria etc.


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Santo Amaro, 8 de novembro de 1798 – Luis Manoel da Silva Mendes Apógrafo Anexo – Pedro Ribeiro de Araújo

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Illustrissimo e Excelentissimo Senhor | Hoje me foi prezente aveneranda ordem | de Vossa Excelencia com data de do Corrente, para remeter asua respei=| tavel prezença o dezertor Manoel Jozê dos Santos que ainstancias dehu| ns ho mens, que o conduzião, o mandei segurar naprizaõ, por me=| dizerem estes que chegando fora demarê com odito prezo aesta Villa, | naõ acharaõ Lanxa pronta para ceguirem para a Bahia e esperando | eu que voltasem no outro dia para tomarem oprezo, eceguirem sua | viagem jâ mais me apareceraõ, e dolozamente me arguem de |que eu onaõ quis entregar, de cuja calunia mejustifico | com a Carta do Capitam Pedro Ribeiro de Araujo que acabo de | receber ecom esta remeto a Vossa Excelencia.| Vai odito prezo que o tivera jâ Re=| metido a Vossa Excelencia ainda sem as guias que o diviaõ acompanhar, | se as occcupasoens do meo Cargo me naõ chamarem huns | poucos de dias fora desta Villa onde chego agora, esem mais de=| mora o faço remeter por dous officiaes dejustiça que o acom=| panhaõ. Deos guarde a Vossa Excelencia como havemos mister. | Villa deNossa Senhora daPurificaçam eSanto Amaro 8 de novem bro de1798 | [outra letra] Luis Manoel daSilva Mendes [2v, paisagem, metade inferior, outra letra2] Em 9deNovembrode1798 | Do Juis Ordinario daVilla deSantoAmaro | daPurificaçaõ remetendo odesertor Manoel | Jose dos Santos em conformidade da ordem de | Sua Excelencia [em uma folha azul, anexo] Dignissimo Senhor Juis Ordinario daVilla deSanto Ama| ro da Purificaçaõ, que por lhenaõ saber donome | onaõ ponho. |


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Meo Senhor Deste Engenho de Pripiri | mandei prezo para aCidade da Bahia hum Soldado | desertor denome Manoel Joze dos Santos, naõ | so pela deserçaõ, mas taõ bem por varios crimes, | ecomo, medizem que nenhum dos saveros, que seacha| vaõ nesse porto oquizeraõ receber, sem ordem | devossamerce, sendo que eu tinha detreminado, que elle em| barcasse [no] [P]orto doRuzario, mas os condutores | delles por naõ acharam embarcaçaõ nodito porto, | serezolveraõ air embarcar nesse por[to], epelas cir| cunstancias ja ditas naõ oquizeraõ receber, | dizem-me que Vossamerce omandara recolher aesse | Carcere dessa Villa Elle vai prezo por ordem | doSenhor General, eaordem domesmo Senhor Rogo | avossamerce que monaõ demore ahi nem hum so dia | pois julgo que oporto la estara aespera delle, | ejuntamente hum Cabo, que foi por terra que ohade | ir entregar. Vossamerce por mefazer favor memande di| zer seelle ja foi, ou, sevai para mesaber detremi| nar. Fico por servir aPessoa devossamerce que Deos guarde | por muitos annos / hoje Pripiri 7 de Novembro de1798 | Deus Guarde Vossa Merce | Affetuozo Venerador eCriado | Pedro Ribeiro deAraújo | Capitam


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São Francisco do Conde, 22 de fevereiro de 1765 – João Lopes Fiúza Barreto

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A Vossa Magestade Reprezento Como Juiz ordinario que Sou actual desta | villa de São Francisco deSergipe do Conde, que no Povo dedentro del| la Seachão Coatro mulatos forros publicos inquietadores dos mais | moradores, escandelosos transgressores das Leys deVossa Magestade : comet| tendo temeridades, einsultos taes que naõ Respeitaõ denenhu)a S[or]| te ajustiça. Estes saõ Luis Pereyra deJesus, Severo daSy[lva, Jo]| zé Furtado de Mendonça, e Manoel Furtado de Mendonça [coatro] | Congregados que todos tem culpas em aberto nas davassas tira[das] [dos]| ferimentos, que tem feito com armas detoda asorte, eprinci| palmente comfacas deponta. Hum destes Mano el Furtado de | Mendonça tem So elle Sete crimes em aberto nos cartorios des| ta villa Sendo decoatro devassas es crivaõ Bonifacio Joze Soa| res desde oanno de1756 athe opreterito de 1764. Dezatendem | as justiças nos Seos officiaes, caindo em corpo de Ronda aos damili| cia deque ja Rezultou dar huã Conta o capitam mor desta vi lla | ao Governo Geral, que attendendoa lhemandaraõ ordeens muito am| plas para proceder contra elles comprizoens, que Senaõ po deraõ | executar athe hoje pello justo temor que tem delles os executores que | podiaõ Ser das Ordens. Com mayor Rezaõ menos timem ajust[iça]| porque os meyrinhos desta villa, eseos escrivaens devara tambem | Saõ mulatos, eaparentados com os Referidos. Nesta forma vivem | taõ Seguros denaõ Serem prezos que publica mente passeaõ pellas Ruas | desta villa dedia edenoite, deSorte que pella festa deSão Gonçallo | festa em Janeiro proximo Reprezentaraõ Comedias emvarias fun| çoens dentro davilla. Pello que tendo noticia Manoel Furtado deMen| donça hum dos coatro Referidos que o Tabeliaõ Bonifacio Jo| ze Soares pertendia prendelo por comprir com aobrigaçaõ [de] |||1v seu officio, naõ So Senaõ ocultou, mas passando a mayor excesso | otem procurado muitas vezes em Sua propria Caza, eem contrando o | em outra desta villa publica mente lheaRemeçou acara com hum | chapeo, que


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elles coatro companheiros haviaõ tomado ahum famulo | do dito Tabaliaõ nodia do entrudo, dando huã facada no braço | esquer do dodito famulo. Ja emoutra occaziaõ noanno de 1759 | SeaRojaraõ estes coatro mulatos atirar das <maons> dajustiça hum | prezo que Remeteu hum dos meos antecessores para essa cidade pello Ta| baliaõ Manoel Marques daCosta, ja depois deembarcado ede | bayxo daguarda dodito Tabaliaõ o envestiraõ Lançandoo aomar | com animo deo afogarem, o que naõ sucedeu por lhacodirem al| guãs pessoas que otiraraõ domar, fazendo lhe os mes mos mulatos | varias injurias, eporellas foy pronunciado odito Mano el Furta| do nadevaça que Requereu otabaliaõ offendido, eultrajado.| Por estes motivos naõ tenho procedido Como devo | Contra estes insolentes agressores, eRecorro aVossa Magestade com esta | Reprezentaçaõ para avista della determinar oque melhor convier | aautoridade da Justiça eServiço deVossa Magestade. Villa de Saõ Francisco | 22 deFevereyro de1765 | OJuiz ordinario Joaõ Lopes Fiuza Barreto


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Vila da Abadia, 09 de agosto de 1766 – Juiz Ordinário da Vila da Abadia [ilegível] Campos, certidão – Manoel Fernandes Pinheiro

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Reprezenta aVossa Magestade oJuis Ordinario, e orfons da Villa daAbbadia [estragado] fazen| do citar Dona Maria daRocha moradoura navilla de Lagarto da[estragado] de | Sergipe porSeu bas[tante] procurador aSebastiaõ Jozé Gomes, eaSeus | herdeiros orfons menores, eaSeu padrasto, e Curador para hum Libello Sivel, | emque lhepede huma esCrava furtada, edias deServisso Contrariaraõ | os mais Reos pornegaçaõ, e pedio vistas o Réu Sebastiaõ Jozé Gomes, e vin| do com sua Contrariadade lhefoi Reçebida, edandose vista ãAutora Re-| plicara esta pornegaçaõ, e seassinara nacauza vinte dias de primeira de| Laçaõ, nesta audiencia, allem deaggravar odito Réu, a prezentou huã | Provizaõ de Vossa Magestade pelo De[s]embargo do Paço, dizendo na Suplica [que] | queria avocar osautos daCauza que lhemovia Lourenço daCunha Vasconcelos, | e Seu Capelaõ, emvertude dacoal Suplica lhefoi Comcedida ag-| graça dadita Provizaõ, eSendome esta aprezentada por Conter fal-| cidade notoria mandey autuar adita Provizaõ. Com[certidaõ] | do escrivaõ deste auditorio, emacoal deClarou naõ Correr neste | Juizo Cauza alguma o dito Réu Sebastião Jozé com Lourenço da | Cunha eSeu Capellaõ, epornaõ aver demanda alguã entre es-| tas partes, naõ compri adita Provizaõ, ea pronunciei nula mente [im]pe| trada, ealcançada Subreticia naforma daOrdenação de Vossa Magestade, De| Cujo procedimento tem fabricado odito Réu varias micilanias neste | auditorio, [e] pertende contravertelo Comfalcidades, talvez porter o Juis | Companheiro que dealguma Sorte eapóya nos Requerimentos, que intenta, | epara Constar [melhor] oque expresso denaõ ter odito Réu demanda | Com Lourenço daCunha, eSeu Capellaõ mandei ao mesmo esCri-| vam deste auditorio passar Certidaõ que Comesta vay incluza, | para Vossa Magestade mandar ver Setenho differido bem aeste Réu | mandando Continuar nos termos daCauza, eSemal para fazer | oque Vossa Magestade [estragado] Villa de Nossa Senhora da ||1v DaAbbadia e deAgosto 9 de 1766. anno| Assinatura [estragado] Campos


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||2r Oescrivaõ deste auditorio Manoel Fernandez Pinheiro deClare por Certidaõ. | Sua aopê desta Seno Cartorio desta Villa Corre alguã Cauza L[ou]re-| ço daCunha [estragado] eseo Cappellaõ ComSebastiam Jozê Gomes, edo que Cons-| tar passara em ter mos que faça fê Villa da Abbadia deAgosto 8 de 1766 | Campos | Manoel Fernamdes Pinheiro Tabeliam publi=| co do Judicial enotas mais aneysxos nesta vi=| lla Real de Nossa Senhora da Abbadia Comar| ca da Bahia etc. Certifico eparto por fê que | em meu poder ecartorio naõ Correm autos | alguns em que seja author Lourenço daCunha | Vasconcellos eSeu capelaõ o Padre Manoel Ferreyra | Mattos Contra Sebastiam Joze Gomes; passa | oReferido averdade deque passey aprezente | Certidam por mim feita eassignada villa | da Abbadia 8 de Agosto de 1766 | Manoel Fernandes Pinheiro


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Barcelos, 28 de fevereiro de 1789 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excellentissimo Senhor Barcelos, 28 de fevereiro 1789 Sendo prezente aVossa ExCelenCia por Re| prezentaÇaõ da Camara da Villa do Cairû | o insulto, e injuria Comque fora tratáda| por Francisco Félix d’Oliveira foi | Vossa ExCelenCia servido, mandá-lo imediá-| tamente prender, e ao mesmo tempo, me | ordena Vossa ExCelenCia, que proCeda | na Conformidade das leis do Reino; Cujo | proCedimento ulterior, suspendo, para | propôr aVossa ExCelenCia, que fazendo-| me aCamara igual queixa, lhe Res-| pondi pelos termos, que a Vossa ExCelen|Cia foraõ constantes, mas examinando | depois este Cázo Com adevida Reflexaõ | tenho ConheCido, que naõ houve Convo-| CaÇaõ de esCrá vos armádos, Como se fi-| gurou, e que aimprudenCia Comque | o Juis tratou hum negôCio doseo ofi| Cio, e da Camara, perante as partes | opóstas, deu oCaziaõ á dezordem, que | entre si travávaõ. Com a prizaõ man| dáda fazer por Vossa ExCelenCia está o De| Córo da Camara restituido, e Conser-| váda a Authoridade-Pública; nem |||1v Nem depois deVossa ExCelenCia tomar | ali o desagrávo da injuria, resta mais | que fazer, aos seos inferiores.| O tenente-Coronel | Francisco Félix d’Oliveira, no espaÇo de Seis para Sete annos, que | rezido n’esta ComárCa, ainda me naõ | deo oCaziaõ de proCeder Contra elle, an-| tes o tenho observádo Sempre Respeituo|zo ás minhas ordens, epronto para | o servisso de Sua Magestáde, no | tempo prezente enCarregádo por | mim da feitura dos Pranxoens, e | vinhaticos para aReal Fragáta, | Com ajuste de vinte por Sento , de | rebate da sua avaluaÇaõ. Nestes ter | mos Sou a Rogar aVossa ExCelenCia | pela Sua Soltura, e que Vossa Ex-| CelenCia o persuada aviver em pax | e a Continuar nos servissos uteis, que | esta fazendo. Sobre tudo: Segui-| rei o que Vossa ExCelenCia or|denar| Deos|||2r Deos Goarde aVossa ExCe-|lenCia. BarCelos, 28 de Fevereiro| de 1789.| ODezembargador, Ouvidor da Comarca | Francisco Nunes daCosta


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[Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 28 de Fevereiro de1789 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca dosIlheos | sobreaprizaõ doTenente CoronelFrancisco | Felis deOliveira, quefoi solto=vide | a resposta com data de 7 deMarço dito


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Cairu, 02 de novembro de 1781 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Em execução da ordem deVossa Excelencia co- | monicáda em carta de vinte, esete d’Agosto | precedentes, remeto trinta, ecoátro Fóros | de Madeiras diferentes, cujas qualidades, | eseos Numeros demôstra aRelação-in- | cluza; e dão que mais se descubrirá irei fa- | zendo pronta remésa. | Deos Goarde aVossa Excelencia. Cairu 2 de Novembro de 1781.| ODezembargador ouvidor daComarca dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta [2v, paisagem, metade inferior] EmJaneiro, eFevereiro de 1782 | Cartas do Dezembargador Francisco | Nunes daCosta Ouvidor dos Ilheos, com | remessas deMadeira eToras etc.


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Cairu, 07 de dezembro de 1781 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor, | Fás regrésso a Barca com as Péças constan- | tes da Relação-incluza; e fica já pronta carre- | gação para outras duas viagens; cujo efeito | mostra a actividade comque se tem laborá- | do com manifésta vtilidade da Real Fa- | zenda; sem que té aqui se tenha praticádo | a menor aparencia de Véxame. Tenho regu- | ládo os córtes com amais exacta ecónomia, não amontoando o ficiáes, e trabalhadores, | que em alguns não excedem adoze; des- | tinando para cadahu) d’elles conductores | certos; e deixando todos os mais livres para | o comercio, e agricultura; conformando-me | com o espirito das Reáes-ordens e com | o deVossa Excelencia em tudo oposto á opre- | ção dos Póvos. | Fico entregue do Documento | que pedi aVossa Excelencia em Cárta de dous de | Novembro precedente, e para executar esta | sua tão recomendáda ordem, ás | mais de que | me tem incumbido, se fás indespençavel | a sahir d’esta Villa, e n’esta degressão | deixar encarregáda a adeministração dos | córtes a Pessoas de confiança, que os alis- | tão conforme as minhas instruçoens | E havendo, como suponho, madeira de | sóbra para a prezente Carga do Na- || 1v. Do Navio, que ahade transportar para | Lisboa, será muito conveniente, que se suspenda alaboração d’alguns córtes, por não | amontoar-se amadeira nas práeas, e no | Arsenal da Ribeira, expósta percizamen- | te á ruina do Tempo. | Vossa Excelencia manda- | rá o que for servido. Cairu 7. de Dezembro | de 1781 | ODezembargador, Corregedor dos Ilhéos | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v, retrato, inferior] Em 7 de Dezembro de 1787 | Carta do Dezembargador Ouvidor daComarca dos | Ilheos, comaremessa de Madeira, quecom | duzio aBarca-deSua Magestade.


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Cairu, 30 de dezembro de 1781 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Parte a Lanxa de Jequiriça com as | pécas de construcção, que constão de Mápa | encluzo, e rogo aVossa Excelencia mande pa- | sar as percizas ordens, para, que torne com apocivel brevidade ao referido por to | aonde fição sincoenta, esinco Pãos, que | não deve ali existir expostos ao tempo. | Deos Goarde aVossa Excelencia | Cairu 30 de Dezembro de 178[5] | ODezembargador, Inspector dos Reáes Cortes | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 30 deDezembro de 1781 | DoDezembargador Ouvidor daComarca dos | Ilheos, com-a remessa de Madeira de | Construção.


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Cairu, 13 de fevereiro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Torna a Barca Com as pécas Constantes | do Mápa-incluzo, -e rogo aVossa Excelencia, | amande logo descarregar, e expedir para outra | viagem, que fica pronta a carregação, e eu esperando por ella, para depois de carregáda | partir para Camamû executar aordem | deVossa Excelencia sobre aqueixa do Vigario da | mesma Villa feita a Sua Magestáde, e para | fazer ao mesmo tempo a correicão de que tanto | nececito aqueles Póvos. | Tambem se fás per | cizo a remeça d’algum dinheiro para paga- | mento das Féri as, que já se devem, e que se | não pódem espaçar sem gráve detrimentos | dos muitos póbres, que se empregão neste ser- | viso | Fui entregue da ordem deVossa Excelen- | cia sobre a caça dos Paçaros e Animáes qua- | drupedes para os Viveiros dos ReáesJardins, | e fiz logo expedir ás ordens ás Villas dos Indios, | que custumão ser os mais habeis para estas | montarias, e já tive avizo da Villa d’oliven- | ça de estar pronta hu)a partida, que farei | conduzir á ordem deVossa Excelencia. | Deos- || 1v. Deos Goarde aVossa Excelencia. | Cairu 13 de Fevereiro de 1782. | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 13 de Fevereiro de 1782 | Carta do Dezembargador Ouvidor daComarca | dos Ilheos comaremessa daMadeira | deconstrução, comque pede aVossa para cumprimento | dos Cortes aque sehaderesponder. | Respondida em 4 de Março


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Cairu, 13 de fevereiro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Cayrú 13 fevereiro 1782. Remeto prezo á ordem deVossa Excelencia a | Sebastião Pereira, por me constar, que hé De- | sertor do Regimento de que he Coronel Jozé | Clarque Lobo Vossa Excelencia lhe fará a | Justiça, que elle merecer, rogando eu aVossa Exce- | lencia, que lhe faca prohibir e tornar ao | termo d’esta Villa, aonde teve procedi- | mentos muito indignos. | Deos Goarde aVossa Excelen | cia. Cairu 13 de Fevereiro de 1782. | Francisco Nunes da Costa. [fólio v., paisagem, metade inferior] Em 13 de Fevereiro de 1782 | Carta doDezembargador Francisco Nunes da | Costa Ouvidor dos Ilheos, com a remessa de | Sebastião Pereira [ilegível] Dezertor.


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Cairu, 04 de março de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. Párte aLanxa de Jequiriça, eleva a | Madeira de Construcção, que consta da Rela- | ção-incluza, ao lástro se lhe fés de Ta- | boádoVinhatico para ser avaluádo, | epago conforme ao valor, que se lhe| dér na Ribeira: epóde tornár a rece- | ber nóva carga. Deos Goarde aVossa Excelen- | cia. Cairu 27 de Março de 1782 ODezembargador, Francisco Nunes daCosta_ [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 27 de Março 1782 | Do Dezembargador Francisco Nunes daCosta | Remetendo Madeira

Cairu, 07 de março de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor, Na lanxa deque hé Mestre Mano- | el Esteves Fernandes, remeto o Taboádo | Vinhático, constante da Relação-incluza, | para Vossa Excelencia o manda avaluar, confor- | mes aoque merecer, e por isso ser pago | ao conductor. Deos Goarde aVossa Excelencia Cairu 7 de Março de 1782 ODezembargador, Corregedor daComarca Francisco Nunesda Costa [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 7 deMarço 1782 Do Dezembargador Corregedor daComarca Francisco Nunes | daCosta Remetendo taboado | divinhatico.


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Cairu, 12 de março de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. Cayrú 12 Março 1782 Ordena-me Vossa Excelencia, que estabeleça hua | Aldea de Indios no Citio, e Lugar chamádo | o Funil, do Rio das Contas, para melhor se | conservar, e defender aimportante Estrada, | que o Excelentíssimo Antecessor deVossa Excelencia man- | dou abrir para Comonicação dos Póvos da | Beira-Mar d’esta Comarca com os Sertoens |dassuas Cabeceiras; esendo este estabeleci- | mento vtilissimo, ao mais conducente para | o referido fim, será igual mente avanta- | jozo á Religião, ao Estádo, eao Bem- | comum dos Póvos, por se seguir d’elle na- | turalmente a sugeição, e reducção de | tantos Indios-Barbáros, que infilismen | te girão, infestão, e inutilizão os disatá- | dos Sertoens, Matas e Terras existentes | a Beirádas de Rios-fetilissimos, e capa- | zes da interior Navegação. |Farei todos os | esforços, e deligencias para se executar | a ordem deVossa Excelencia, que será, quan | to amim, hu) dos mais Memoráveis | Estabelecimentos do Felix-Governo, | deVossa Excelencia; e conferindo desde já | esta materia com o Capitam Mor || 1v. João Gonçalves daCósta lhe lembrei | que povoáda a Estráda, fica muito facil | a descida dos Viandantes, e Comboeiros das | Minas-Geráes para aBeira Már, e | por concequencia aberto, e quasi franco | o contrabando, e extravio do ouro, e dia- | mantes, eque esta importante materia | devia ser lembrada Vossa Excelencia para | a providenciar, ao que me respondeo, que | elle se obrigáva a mostrar, e citar | dous Registos para impedir, e goardar as | Entrádas, esahidas, ao que mais, he, que depois d’elles, são excuzádos, e ficão inu- | teis todos os mais Registos existentes | d’esde aBahia até á entráda das Minas | e que para o mostrar, everificar se lhe dé- | sem Engenheiros para avista da Cárta | que formásem ficar patente asua Pro | pozição, que hé por todos os respeitos | tão importante, vtil, e avantajóza aReal- | Fazenda, que merece a Atenção deVossa | Excelencia, eeu aproponho, e recomendo | tambe) aVossa Excelencia da minha


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par- | Parte, pelo que pertende ao objeto | do Estabelecimento, que Vossa Excelencia | me confia. Deos Goarde aVossa Excelencia. Cairu 12 de Março de 1782 ODezembargador, ouvidor dos Ilhéos. Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 12 de Março de 1782 | Contem huma informação particular, eh u) a | Carta doDezembargador Ouvidor deIlheos sobre certa | da sua Aldea noCitio deFunil | deRio das contas etc.


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Cairu, 24 de março de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo eExcelentíssimo Senhor Cayrú 24 Março 1782 [outra letra] Serve esta de Guia asinco Motuns, hu)a | Jacupema, e hu) Jalu), primeira remeça | que faço aVossa Excelencia, tendo na verdade feito todas as pociveis deligencias para | cumprir com a repetida recomenção de | Vossa Excelencia aeste respeito. | Deos Goarde aVossa Ex- | celencia. Cairu 24 de Março de 1782 | ODezembargador, Francisco Nunes da Costa [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 24 de Maço de | 1782 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca | dos Ilheos comaremessa de | Passaros Etc.


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Cairu, 02 de abril de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor.| Por carta de Vinte, e tres de Março-preceden- | te me recomenda Vossa Excelencia a extracção de | tres Mastros para a Fragáta de Sua Magestá- | de Cathólica; e como recebo sta ordem atem | po, que faço viagem para Camamû, encar- | reguei ao Tenente Coronel Francisco Felix | d’oliveira da factura da dita Mastreação, por | ter este escravos, e boiádas próprias com que | os pó de conduzir em perjuizo dos Reáes | Cortes. Póde Vossa Excelencia mandar, que | Agostinho Jozé Barreto sé entenda com | o referido Francisco-Felix sobre toda | esta dependencia, e principalmente sobre | o preço da Mastreação | N’esta mesma ocazião | remeto hu)a Anta, muito linda, e man- | ça: ella se sustenta com bananas eoutras fructas, mas facilmente se custumará | aoutros alimentos, que se lhe póssão su- | prir na Viagem de Lisboa.| Deos Goarde aVossa Excelencia Cairu 2 de Abril de 1782 | ODezembargador, Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 2 deAbril de 1782| Carta do Dezembargador Ouvidor daCo- | marca dos Ilheos, coma remessa deMa- | deira, huma Anta, etracta daMastreação da | [Fragata]


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Cairu, 27 de setembro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor. | Cairú 27 setembro 1782. A materia do Requerimento do Reverendo Suplicante | hé amesma da Representaçaõ feita por elle | a Sua Magestade, e sobre que já informei aVossa | Excelencia com toda a extençaõ; com ella mesma | torno ainformar aVossa Excelencia, e a Sua Vista | ordenará Vossa Excelencia oque for servido | Cairu 27 de setembro de 1782. | ODezembargador ouvidor daComarca. | Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 27 deSetembro de 1782 | Informação doDezembargador Ouvidor da | Comarcados Ilheos, noRequerimento. | doPadre Vigário Marçalino Francisco deMello.


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Cartas Baianas Setecentistas

Cairu, 06 de outubro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor.| Cayrú 6 outubro 1782. Há dous dias, que fui entregue da | ordem de Vossa Excelencia com adáta de 23_ | de Fevereiro, para eu proceder ahu)a exac- | ta averiguação sobre a queixa, que a Vossa Exce- | lencia fés o soldado Antonio do Espirito | Santo a respeito do seo Capitam Euzebio | Ygnacio Soáres; esta demóra procedeo | de ir acarta aos Ilheos, aonde correo di- | ferentes Maous, e Vias, ecomo tem decorri- | do largo espaço, pergunto aVossa Excelencia | se eide ainda executar asua ordem; | e proponho logo aVossa Excelencia a dificul- | dáde, que há do recomendádo segrédo, tanto | por se fazer suspeitoza aminha Viá- |gé ao Prezidio do Morro, como pela | facilidade com que neste Paîs se des | cobré os segredos de Juramento, nestes | termos seria bem, que Vossa Excelencia me | desse algu)a orde)m suposta, ou imcum- | bencia de outra natureza no mesmo | Prezidio, para acim ficar pretextáda | aminha Viagé Vossa Excelencia o rezol- | verá como melhor lhe parecer_ || 1v. Deos Goarde aVossa Excelencia | Cairu 6 de outubro de 1782 | Dezembargador, ouvidor, daComarca | Francisco Nunes daCosta_ [fólio 2v., paisagem metade inferior] Em 6 de Outubro de 1782 | Carta do Dezembargador Ouvidor daComarca | dosIlheos respeito doCapitam Euzebio | Ignacio Soáres Serraí


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Cairu, 06 de outubro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo, eExcelentíssimo Senhor | Parte a Barca com a Madeira | constante da Relação-incluza, eagradeço | aVossa Excelencia a remeça do dinheiro, pois | os certos, e reguláres pagamentos avivaõ, | e aumentão o servisso, e me dão a conçola- | ção de ver os Póvos contentes, e de os ou- | vir Repetidas vezes abençoar o Felix | Governo de Vossa Excelencia. | Deos Goarde aVossa Excelencia. | Cairu 6 de outubro de 1782 | ODezembargador ouvidor da Comarca. | Francisco Nunes daCosta_ [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 6 deOutubro de 1782 | Carta do Dezembargador Ouvidor da Comarca | dos Ilheos comaremessa de Madeira.


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Cartas Baianas Setecentistas

Cairu, 24 de outubro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo eExcelentíssimo Senhor, | Parte a Bárca com acaregação da Lista- | incluza, e fica Cargapronta para outra | Viágem, que póde dár entre-tanto não | contra a força do Inverno, e durante a | mesma digressão ás Villas d´esta Comarca, | pois deixo nesta Villa Pesosa, que haja | de fazer, e acistir á carga sem perjuizo | da Real – Fazenda. | Deos Goarde aVossa Excelen- | cia.| Cairu 30 de Março de 1782 | ODezembargador, Francisco Nunes daCosta | [fólio 2v. paisagem, metade inferior] Em 30 deMarço de 1782 | Carta deDezembargador Ouvidor dos Ilheos, | com remessadeMadeira


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Cairu, 06 de novembro de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Cayrú 6 Novembro 1782. Em Carta de nove de outubro proximo | precedente, a que me foi entregue nadáta d’es- | ta, me ordena Vossa Excelencia o informa com | amaior exactidão sobre os factos conteudos | na Representação, que a Sua Magestade fés | o Vigário do Camamû Marcelino Francisco | de Mélo, e muito particularmente sobre | tudo oque nadita representação dis respeito | ao Dezembargador Instandarte de ouro João Ferreira | Betencourt, e Sá; fazendo Vossa Excelencia na | sua ordem menção das cópeas da dita representa- | ção, e dos mais papéis respectivos, que já se | ahávão na secretaria do seo Governo; e | como só acompanharão acarta deVossa Excelen | cia as cópeas dos papéis, accesórios; e falta | aprincipal da Representação feita | a Sua Magestade pelo dicto Vigario, e ain- | formação deve principalmente recahir so- | bre esta, faço aVossa Excelencia este avizo | para amandar extrahir, e remeta com | forma a menção, que Vossa Excelencia fás d’ella. | Para executar esta diligen | cia, eoutras mais deque estou encarregádo || 1v. Por Vossa Excelencia, só fás percizo, que | venha logo a Bahia, que háde conduzir | as madeiras da construcção que estão pron- | tas, para que dezembaraçado d’esta Comição, | possa ir executar o que Vossa Excelencia | me ordena. Deos Goarde aVossa Excelen- | cia: Cairu 6 de novembro de 1782 | ODezembargador, ouvidor da Comarca dos Ilhéos | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 6 deNovembro de 1782 | DoDezembargador Ouvidor dos Ilheos Res- | peita ao vigário de Camamú Alarçadino | Francisco de Mello.


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Cartas Baianas Setecentistas

Cairu, 13 de julho de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo: eExcelentíssimo: Senhor | Cayrú, 13 de julho 1785. [Ponho] na Prezensa deVossa Excelencia o filho | de Maria Baptista, de nome Felix, epela | carta incluza, emais papeis adjuntos do Juis | ordinário da Villa do Camamu) Será Vossa Exce- | lencia informádo da razão porque não vai o outro | de nome José que aliás me consta estar opicádo, | e quázi hidrópilo. Cumprindo com o que Vossa | Excelencia me ordenou, me informei do pro| cedimento d’estes Moços, e todos os Moradores | da Villa de Camamu) os abónão de humildes, | cortezes, e bem-procedidos: o furto do castiçal | da Igreja que o Clerigo lhe [impesta], tem já | [lheo] sabido, certo, e pronunciádo na Devaça; | Vltimamente, elles não tem outro crime, que | serem entiádos do Capitam. Mauricio Pereira da | Cunha, que está pregando na prizão do Morro | asua impridencia, e dezordem. Vossa Excelen- | cia mandará o que fór servido. Cairu 13- | de Julho de 1785 | ODezembargador: Ouvidor: daComarca. Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 13 de Julho de 1785 | Do Dezembargador Ouvidor dos Ilheos com a [ilegível] do | Filho de Maria Baptista de nome Felix, | e informação do procedimento do outro de nome | Jozé pella que semandou suspender asua re | messa por carta que [selhecorrigio] | etc.


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Cairu, 04 de setembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Cayrú, 4 setembro 1785. A vista da Informação do Sargento Mór. Administrador: | dos Córtes de Jequiriça, que ouvi sobre o reque | rimento de Antonio Jozé daCosta e atendida | a resposta dos Práticos, que també vai junto, está | nos termos de ser referido por Vossa Excelen- | cia permitindo aosuplente o Rossado, que pertendo | nos limites asignaládos, thé que se execute | aDemarcação Geral ordenáda por Vossa | Excelencia; que mandará o que fór servido. | Cairu 4. de Setembro de 1785 | Dezembargador: Inspector dos Reáes-Córtes | Francisco Nunes daCosta_ || 2r. Senhor Sargento Mor Francisco Antonio daSilva. | O que podemos informar avossamerce sobre avesto | ria dolugar chamado Lagoa grande thê o rio Macaco | daparte doSul hê, que andando nôs nadelidencias de | algu)ns paus delouro não. achemos madeira nehu)a que | posa servir para sua Majestade pois nem os proprios lou | ros, achemos com conveniencias deos poder fazer; lê | o que nôs abaixo asignados podemos informar a vossamerce. | Jiquirissa 3 de setembro de 1785 | Bernardo Pereira daSilva Signal de Raymundo.[+] Jozê Arcangello Felis Marin ho doespereto Santo || 3r. Senhor Doutor ouvidor e Inspector dos Reais Cortes O que posso enformar avossamerce hê que indo eu | na deligência as matas de Jiquiriçâ que vossamerce e Sua Excelencia | meem carregarão, achei o Suplente aranchado no Sitio | chamado Lagoa grande eemformandome eu sena | quele lugar havião madeiras delei diçerão-me que | as madeiras que naquele lugar havião herão louros; | ebom sera mandarce fazer nova revista nolugar | donde o


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Suplente quer derubar, para que não haja algum | emgano: he o que posso enformar avossamerce deque | mandara o que for servido. Jiquiriçâ edeAgosto | 30 de 1785[a] | Francisco Antonio daSilva [fólio 7v., paisagem, metade inferior] Em 4 de setembro de 1785 | Do Dezembargador ouvidor da Comarca dos Ilheos, Inspector | dos Reaes Cortes informando o requerimento deAntonio | Joze daCosta emque pede [ilegível] para plantar | nas Maltas de Jequiriçâ etc. [fólio 8v., paisagem, metade inferior] Emo 1o de Dezembro de 1785 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos | Ilheos sobre as contas do dito que dis pendeo ocapitãomor João Gonçalves daCosta | na conquista doGentio Barbara do Cer- | tão de Ressaca


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Cairu, 09 de setembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo, eExcelentíssimo, Senhor. | Não devo expor aVossa Excelencia os trabalhos, | que tenho sofrido para expedir as Madeiras, que | n’esta ocazião condus a Barca, eque Respeitar a Fra| gáta, porque pouco impórtão as minhas fadigas, | com tanto, que a Rainha seja servida, e concequen- | temente tenha eu a honra, e aglória d’agradar | aVossa Excelencia: [espaço]Mas permita-me Vossa Ex- | celencia, que lhe exponha a aflição em que me | vejo, eque Vossa Excelencia em párte póde | julgar pela Côrte incluza d’hum dos meos | homrádos Administradores: Depois de ter pessoal- | mente entrádo pelas Mátas, dormindo alguâs | noites nos próprios, e rusticos rauxos dos trabalha | dores; aspereza aque foi percizo sugeitar-me | para animar oservisso, e facilitar a extracção | do Caule de Prôa, péca, que pela sua grande- | za, tortura e cituação es cabróza em que foi des- | cuberto se fazia muito dificil asua condução, ou | Tiráda, como elles lhe chamão, foi com efeito | conduzido, mas com ainfelicidade de se despeda- | çár, pouco distante do lugar, ou perto, onde | a Bárca o devêra receber.[espaço] D’este inconvenien| te se tem seguido omaior trabálho na des- | coberta d’outra Péça igual, e continuanda || 1v. [Econtinuanda] a mesma infelicidade, huns páos| aparecerão pôdres depois d’alguns dias de servisso, | e outros não correspondem às torturas, e medidas | requeridas; e finalmente examinádas, equazi | esgotadas as principáes Mátas de Vna, Ma- | pendipe, Taperoâ, thé à Villa de Santarem, | não restao mais esperanças de o descobrir em | outra parte, que não seja a Máta do Orobó, ou Vna Meirim, que ficão em distancia de mais | de sinco legoas da Beira-mar, e que nos hade obrigar ahum imcomparável trabalho de | estradas, nóvamente abertas na Máta gróssa, | condução pelos Rios, e outros incomodos, que eu não | sei bem explicar aVossa Excelencia. Ainda | não perdi aesperanca de o descobrir nas Mátas | da Beira-mar, e n’essa deligencia fico, excitando | os [Práticos] com prêmios, e alviçaras. [espaço] N’estas | circunstancias me vejo embaraçado para passar | ao Rio das Contas, como Vossa Excelencia ordena e onde se fás indespençavel


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aminha acis- | tencia para o adiantamento do Córte do Páo- | Brazil, sobre que tem ocorrido alguns inconve- | nientes, e que importa não perder tempo || 2r. Tempo em [providenciálos], mas sem que se des- | cubra, e fique fabricado o referido [caule] não | possa, nem deve sahir d’aqui: Não hé | tambem praticável, que the o Natal póssa | des fazer as diferentes deligencias recomendádas | por Vossa Excelencia, nas Villas deSantarem, | Camamû, Olivença, Marahû, Rio de Contas, | epassar depois [ilegível] Ilhéos, e de maneira, que | em Dezembro esteja já n’esta Villa, para | imediatamente me transportar a Jequiriça | onde aesse tempo se fás igualmente endes- | pençavel aminha acistencia para o exame, | aprovação e remeça dos Taboados, e Pranxoens | [devinhatico] para a [Fragáta]: [ilegível] que hé [ilegível] não hé porem tão [Vigoróza], que | póssa rezistir atantos trabalhos, e a viagens | tão violentas; n’estes termos recorro aVossa Excelencia | para que atendendo ao exporto, eque na concorren- | cia de tão diferentes, e importantes objetos do servisso | do Rei, devem ter preferencia os que se fazem | mais recomendáveis, haja Vossa Excelencia de orde- | nar por sua cárta aos Juizes, e oficiaes daCa- | mara da Villa dos Ilheos, eque apareção peram | te mim no Rio de Contas, onde podem conferir || 3v. Comigo os negócios [ilegível] | hé novo, nem estranhável este [ilegível] que já | no tempo dosenhor Marques de Valença se | praticou, pela percizão, que então ocorria de eu | acistir no mesmo Rio de Contas à expedição | da Conquista de [Pendro Xangaió]: Deprezentes | ocorrem iguáes servissos em que se póde fundar | a ordem, que peço aVossa Excelencia, para que aCamara | venha àeferida Villa do Rio de Contas. | Vltimamente rogo | aVossa Excelencia me [queira] fazer participar | [ilegível], [ilegível] 3 Madeiras, que | remeto; me permita, que eu possa conciliar | a obrigação do lugar com aglória, e gosto com | que ao mesmo tempo sirvo aVossa Excelencia | de quem seu [ilegível] omais profundo respeito. | Cairu 9. de setembro | de 1785_ De Vossa Excelencia | Muito afectuozo, e muito obediente subdito, servo | Francisco Nunes daCosta

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[fólio 2v., paisagem metade inferior] Em 9 deSetembro de 1785 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca dos Ilheos partisipando | aSua [Comarca] de que fica [bastante] muito percionado no [ilegível] dosCortes | das madeiras epede providencia para que asCamaras dasua Comarca [ilegível] | pintem emhum certo Citio para com elle conferirem, o que orio [obter] | [ilegível] para cartas circulares dadata de 16 de[ilegível] etc.


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Cairu, 15 de janeiro de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo, eExselentissimo Senhor.| Por execução da Portaria, e ordem deVossaExce- | lencia de treze do corrente: fis prender, emeter | em segredo aGregório daCosta Guimaraens, | dono do Barco grande, sequestrado emPortoSe- | guro pelo contrabando do Páo-Brazil, e logo nas | primeiras perguntas, que lhe fis, confeçou de plano, | que furtara o Barco, a Francisco José de Moi- | ra; mercador, ou comerciante, d’essa cidade, que | aciste nas cázas de Manoel Nicoláo, Caldeirei- | ro; no cáes da cana: d’elle tem escrito do | trato, e carta, que confirma o fretamento | com circunstancias, que confirmão o pessimo | dezignio do contrabando. Parece-me, que devia | logo participar esta noticia aVossa Excelen- | cia, antes que conste ao dito Francisco José, es- | te procedimento, e evite com afuga o que se de- | ve ter com elle. Aseo tempo remeterei | aVossa Excelencia os outros processálos, juntos | com oprezo, que por ora lhe não descubro, que tivesse | parte no contrabando, esó sim no interesse | do frete. | Vossa Excelecencia man- || 1v. Vossa Excelencia mandará o que for | servido Cairû 15. De Janeiro de 1786 | ODezembargador; ouvidor; daComarca dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Ilheos – 15 dejaneiro de 1786. | Do Dezembargador Nunes aRespeito daprizão do | Gregorio. Muniz daCosta Guimaraens confessando | perguntas que prestava o Barco aFrancisco José deMoura | comerciante desta Praça, que confirmão | o contrabando do Pau Brazil.


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Cairu, 31 de janeiro de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo, eExcelentissimo Senhor. | Cayru 31 janeiro 1786 Acompanha esta, a carta, que acábo de receber | do Dezembargador ouvidor de Porto Seguro para Vossa Excelen- | cia, e igualmente oque esse me dirigio, que dá | bastantes indicios do outro CoReo do contrabando | do Páo-Brazil, que vem aser, omesmo e que | eu fis menção aVossa Excelencia em carta de on- | ze d’este mes de Janeiro. També consta, que | na ocazião em que foi aprehendida aBarca | grande pelo referido Ministro, fará també | prezo hu) Vicente de Magalhaens Bástos | irmão d’esse Francisco Jozé de Moira, que | se acha em segredo na Caldeira d’essa | cidade em concequencia das Perguntas-feitas | por mim ao dono do Barco Gregório Muniz | daCosta Guimaraens: elle, Vicente Jozé, sahio | d’essa cidade na sumáca em que tem [sociedade] | Com omesmo seo dicto Irmão, Francisco | Jozé, e na altura dos Ilheos hé quem fés | paságem para oBarco, em que já estáva | por Mestre, o Fabricante do Páo-Brazil, | Jozé Pinto de Queirós, que fugio. Veja | Vossa Excelencia, que concurço de próvas | contra o prezo Francisco Jozé elle hé || 1v. Elle hé quem [ilegível] o Barco como o confirmão | opapel do trato, easua carta: a sumáca sahio | d’essa cidade em Novembro, em lastro epor Mes- | tre o tal Vicente de Magalhaens, seo irmão, eho | je prezo em PortoSeguro, tendo deixado asuma- | ca, epasádo para o Barco. Persuado-me, que | o prosesso, que tenho formádo nesta Villa, com- | binádo com o de Porto-Seguro, parão todo este | negócio na maior clareza; eas Perguntas, ea | careaçoens feitas com os Reos-prezos davão a | final certeza de todo o delito, seos Co-Reos, ecir- | cunstancias. També me persuádo, que | o Reo Gregório Muniz daCosta, que tenho de | remeter brevemente á ordem deVossa Excelencia, | com o seo respectivo sumário, só está compré | hendido no fretamento do Barco, enão em | enterese, ou sociedade no contrabando, o que isto | se hade confirmar à vista doque rezultar | das Devaças, e pelas acareaçoens, que elle | mesmo requer com os principáes-Reos | També devo | representar aVossa


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Excelencia, que por me constar || 2r. Que Francisco Jozé de Moura tinha frequente | correspondencia com Antonio Jozé Godinho, | fabricante de [ilegível] nesta Villa, eque deproximo | recebera d’elle carta, o prendi, elhe fás as | Perguntas de que remeto copea aVossa Excelencia. | Não acho, que deva ser retido na Prizão, mas | só sequestrádo pelos quinhentos mil reis | que deve ao tal Francisco Jozé de Moira, cujo | sequestro se deve praticar no mesmo efei- | to da sola, que tinha fabricado para | elle. | Vossa Excelencia me dirá o que | devo praticar aeste respeito, eordenará o que | for servido. | Deos Goarde aVossa Exce- | lencia. Cairû 31. de Janeiro de 1786_ ODezembargador, ouvidor, daComarca | Francisco Nunes daCosta_

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[fólio 2v., paisagem, metade inferior] 31 deJaneiro de 1786 | Ilheos Do Dezembargador Francisco Nunes | [Sobre] o Pau brazil, eque. Francisco Jozé [ilegível] Godinho | não deve ser retido, [e só sem ] sequestrado, por | 500 c$ que deve de Solla aFrancisco Jozé deMoura


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Cairu, 01 de fevereiro de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo eExselentissimo Senhor.| Cayrú 1 fevereiro 1786 Na conformidade da Portaria de treze | e Janeiro proximo precedente, Vossa Ex- | celencia me dirigio, remeto o Processo, que | formei nesta Villa do Cairu sobre o contra- | bando do Pão-Brazil, cometido na Comarca | de Porto-Seguro; e com elle remeto prezo | debaixo das cautélas de segredo e recomendação | a Gregório Martins da Costa Guimaraens, dono | do Barco-Grande, que se acha aprehendi- | do, e sequestrádo pelo Desembargador, ouvidor | da Comarca de Porto Seguro com todo o Pao-Brazil, que se achou aseo bórdo. | Tambem remeto prezo a | Bento Jozé de Moura, Irmão de Francisco | Jozé de Moura d’essa cidade, outro Reo indicia- | do, e já prezo por ordem de Vossa Excelen- | cia: contra esse Moço, não rezulta indi- | cio algum, pois hé certo que veio aesta | Villa para conduzir alguãs partidas de sóca, | pertencentes ao referido seo Irmão, esó | servio de dar bastantes, e Luzes, e conheci- | mento sobre asumaca destináda tambe) | ao contrabando, e que se evadio ficando Ve- | Verificado pelas suas respostas, que a[sumaca] | hé domesmo Francisco Jozé de Moira, e que | d’essa cidade sahio em Novembro preceden- | te em lastro, e lavando por Mestre aoutro | seo Irmão, Vicente de Magalhaens Bas- | tos, tambe) prezo em Porto-Seguro. | Não o mandei soltar por estar comprehendi- | do no Prosesso, que deve ir inteiro a | Prezensa deVossa Excelencia para ser deferida | na forma das Reáes ordens. | Vossa Excelencia mandará | o que for servido Cairu 1. de Fevereiro | de 1786 | ODezembargador, ouvidor, daComarca dos Ilheos Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] 1o de Fevereiro de 1786 | Ilheos | Do Dezembargador Ouvidor Francisco Nunes, se o contrabando | do Pau Brazil, cometido na Comarca de Porto Seguro.


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Cairu, 23 de fevereiro de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor.| Cayrú 23 fevereiro 1786. Na Devása, que [na] conformidade daPortá | ria deVossa Excelencia de dezanóve de | Maio de 1785 – tenho neste Juizo sem- | pre em aberto sobre os frequentes, e es- | candalósos-furtos de escrávos rezultou cul- | pa contra hum Antonio Ribeiro, que | tenho prezo, nas Perguntas que lhe fes, de- | clarou ser Dezertor de hú dos Regimen- | tos d’essa-Práça; e porque nestes termos | já não póde ter lugar a remeça á Ou | vidoria-Geral do Crime, me rezolvo a | aremeter omesmo Rio com o Escravo-fur- | tado á ordem de Vossa Excelencia, para | que Verificada a Dezersão o haja Vossa Excelencia enviar ao Juizo doseo Foro- | Militar. | Vossa Excelencia detreminará | sobre o Reo, escrávo, e Processo oque | for servido. Cairu 23 de Fevereiro | de 1786 | ODezembargador, Ouvidor daComarca dos Ilheos. | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] 23 deFevereiro de 1786 | Devasa remetida pelo Dezembargador ouvidor dos Ilheos | com oprezo Antonio Ribeiro, por furtos deEscravos | eser Dizertor


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Cairu, 27 de abril de 1787 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayru, 27 Abril de 1787 Em observancia das ordens deVossa Excelencia | se tem feito no Termo desta Villa a Planta-| çaõ do Linho Canhamo, e té aqui Com | fundádas esperanÇas de que seja Vtil, e fer-| til asementeira: Com tudo, fui obrigado | a mandala suspender, por asentarem | os Naturáes do Paîs, de que hade ser | mais Conveniente a Plantaçaõ de Julho | futuro para diante, Visto, que durante | a força do Inverno, estaõ as terras dema| ziádamente alagádas e frias. Tudo isto | Vai expor aVossa Excelencia o Planta| dor Manoel Rodrigues, que té aqui se tem | conduzido com propózito, e eficás trabalho: | elle Vai també para Conduzir os Instru-| mentos para o fabrico do Linho: ordene | Vossa Excelencia o seo pronto Regresso, | e que Conduza amais semente, que | resta, que toda aqui se pode aprovei-| tar. Vossa Excelencia mandará o que | for servido. Cairu 27 d Abril de | 1787. | Dezembargador; Ouvidor; da Comarca - Francisco Nunes da Costa [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] 27 de Abril de1787 | Do Dezembargador Ouvidor dos Ilheos | sobre aplantação do Linho Ca-| nhamo.


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Cairu, 29 de maio de 1787 – Francisco Nunes da Costa Lista – João Afonso Liberato

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Nesta oCazião remeto a Quilha, e duas Péças | mais pertenCentes a Construcção do Couter, ed’| aqui por diante se seguirá a Remessa da madei| ra d’esta Consignação, que Já fiCa em grande | parte fabriCada: oCorre porem alguã difiCul-|dade na inteligenCia do RisCo, que veio de Lisboa, | que mostra a verdadeira Configuração da ma| deira Curva, epor evitar algum erro perju| diCial, me rezolvo a mandar o Mestre Ma-| noel Gonçalves Torrozo, para Conferir esta | materia, ese instruhir melhor Com os | mestres Construtores da Fragata, e Ribeira , | aCujo fim seja Vossa ExCelenCia servida | mandar pasar as ordens perCizas. | Deos Goarde aVossa ExCelenCia Cairû | 29 de Maio de 1787 | ODezembargador, Ouvidor dos Ilheos Francisco Nunes daCosta [Anexo, segundo caderno, 1r, outra letra] Relação da Madeira | pertencente ao Coutter de Lis-|boa, conduzida peloMestre An-|tonio daLuz no seu Barco | para a Cidade da Bahia, leva a marca a margem,……etc.,etc.| Item \\ Quilha deSapucaya 80 pes de Circunferencia | 3 polegadas de grao | 16 ½ de Largo. Item \\ Caverna Pequi 22 pes de Circunferencia 10 polegadas de grao 24 de Largo Item Outra 18 pes de Circunferencia 10 polegadas de grao 22 de Largo 3 | Cayru 29 de Mayo de 1787 | Oescrivam daInspeçam das Reaes Cortes | Joaõ Afonso Liberato [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos | Ilheos sobre Madeiras para a Cons-|trucção daFragata queentão sefa-|bricava.


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Cairu, 30 de maio de 1787 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayru, 30 de Maio 1787 Hé Vossa Excelencia servido aprovar as interinas | providencias, que dei na arrecadaçaõ, esegurança dos | bens, que ficáraõ por morte do Capitam da Infantaria | do Morro Euzebio Ignacio Soáres Serraõ, com o ob-| jeto, e fim de segurar aimportancia dos dinheiros, que o referido Capitam havia retido em si, perten-| centes às confrarias Militares do mesmo Prezidio: se-| gue-se a fazer Inventario-judicial, e apurar em | publico Leilaõ o producto dos seos bens: ocorre | porem maior dificuldade, e digna de apropor | aVossa Excelencia, aquem devo expor a nature-| za da divida, o Direito, e Conflito de outros Cre-| dores, que Concorrem, e clamaõ pela sua satifa-| çaõ | Por Ordens do seo Excelentissimo Antecessor, | aprovadas, e reteficadas por Vossa Excelencia esta-| beleci n’aquelas Confrarias hum novo Methodo | de arrecadaçaõ, ficando por Lei impreterivel, | que os Oficiaes das Confrarias introduzissem, em | todos os Meses, por huã fenda, que se abrio no | Tampo dos Cofres, o soldo de Santo Antonio, | e as chamadas Confrarias da Tropa, fazendo-se | carga nos Livros das entradas, que existem fora | do Cofre; e isto sem dependencia dos Coman-| dantes: Contra este Plano, detreminado | por ordem do Governo, Com Criminóza de-||1v Desobediencia, se praticou o contrario, recebendo | o defunto Capitam aquelas porçoens de mão dos | Referidos oficiaes da Confraria, como emprestimo | particular, e naõ com carather, ou qualidade | de oficial da Confraria: nestes termos existe | ao brigaçaõ de indemnizar aConfraria no Tezou-| reiro, e Escrivaõ, que voluntariamente empresta-| raõ aquele dinheiro, e até com desobediencia | militar às Superiores Ordens do seo General, | eo maior direito, que se pode Contemplar | n’elles, hé o de Credores particulares, para como | taes Vzarem das acçoens Competentes. | Será Coiza | iniqua, que estes oficiaes da Confraria, que pre-| varicáraõ nas suas obrigaçoens hirem Comodo do | seo erro, eda sua dezobediencia, e os anteriores |


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credores, com tanto direito, e taõ manifesta | Justiça, percaõ os seos debitos antigos, ante-| riores, epor ConsequenCia mais privilegiados. | Nesta CirCunstancias pare-| ce-me , que devo proceder a Inventario pelo Juizo, | apurar os bens, recolher o seo producto aoCõpra| dor Auzentes, onde compete, e diferir às partes | comoentender de Justiça, pelos meios, e | Recurços da Lei; e que Vossa Excelencia de-||2r Deve mandar proceder Contra os oficiáes, que | prevaricáraõ, edezobedeceraõ às suas ordens, | haver pelos seos bens, té onde elles xegarem, | os emprestimos que voluntariamente fizeraõ, | deixar-se-lhe direito salvo, para demandar)e | asua divida Como particular, epor Ultimo | fazer Vossa Excelencia, huã publica demons-| tração, capás de Conter para diante aos Co-| mandantes de semelhante abuzo, epôr os ofi-| ciaes das Confrarias em estado de rezistirem | às suas iinstigaçoens: Espero pela Rezolu| çaõ de Vossa Excelencia para proceder confor-| me a ella, que mandará o que for servido. | Cairu 30 de Maio de 1787 | ODezembargador; Ouvidor da Comarca dos Ilheos -Francisco Nunes da Costa

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[2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 30 deMaio de 1787 | DoDezembargador Ouvidor da Comarca dos | Ilheos, sobre a arrecadaçam dosbens | que ficaraõ por falecimento doCapitam Eu-| zebio Ignacio Serraõ devedor das | Confrarias, e dinheiro doCofreda Irmandade | doPrezidio doMorro.


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Cairu, 2 de junho de 1787 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayru, 2 Junho de 1787 Pelo Cabo de Esquadra, que serve nesta Inspecção | Antonio deBarbuda, Remeto preso Com toda asegu-| rança, e Recomendaçaõ a Antonio Manoel da | Silveira Villas-Boas, Cuja prizaõ Vossa Excelen-| cia me ordenou com ordem muito especialmen-| te Recomendada. | Tambê Remeto os dois dezertores, | e Irmaons, Manoel Cardozo, e Jozé Romaõ, que | té esta Villa foraõ conduzidos pelo Sargento Sebas-| tiaõ daSilva Moreira debaixo do pertexto de fala | rem Comigo, eserem empregados Vtilmente | no Corte do PaoBrazil do Rio dePatipe : aqui | os fis prender, segurar, eos Remeto aVossa Excelen-| cia, naõ só Como Reos do Crime de deserçaõ, mas | de outros delictos, perturbadores de todo aquele | Povo, e Cauza-principal de todas as dezordens a | Contecidas na Administraçaõ doCorte: elles saõ | Valentes, destimidos, e insolentes; eseraõ fataes | as ConCequencias, se tornarem para esta Comar-| ca. | Igualmente Remeto para soldado | a Manoel Florencio; por estar nas CirCunstan-| cias das ordens de Vossa Excelencia. | Deos ||1v Deos Goarde aVossa | Excelencia Cairû de Julho de 1787 | O Dezembargador; Ouvidor daComarca dos Ilheos | Francisco Nunes da Costa || [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 2 deJulho de1787 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco | Nunes daCosta com a Remessa do prezo Antonio | Manoel daSilveira villaLobos; dous Desertores | Manoel Cardozo, eJoseRomaõ, eManoel Florencio | para Recruta | Etc.


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Cairu, 02 de julho de 1787 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayrú 2 Julho 1787 Sou obrigádo a pôr na Prezensa deVossa Excelencia | os máos procedimentos do Capitam -Mor dos Indios | da Villa de Santarem Bento de Aguiar Gon-| çalves, oqual pela sua inebriaçaõ se tem reduzi-| do atal mizéria, epobreza, que anda roto, nû, e sem | Respeito-algum, doque seségue naõ se Cumpri-| rem as ordens Respeitantes ao Real- Servisso, | eos Indios aseo exemplo Viverem sem Regimen, | nem Sugeiçaõ: eporque hé indigno do Posto, | o Reprezento aVossa Excelencia para assim o | mandar declarar, eque se proponha outro In-| dio de melhores Costumes, para oexercer- | Vossa Excelencia mandará oque | fór servido. Cairû 2 de Julho de 1787-| ODezembargador; Ouvidor; da Comarca dos Ilheos - Francisco Nunes da Costa [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 2 de Julho de1787 | DoDezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos sobre | os maos procedimentos do CapitamMor dos Indios, daVilla | de Santarem Bento deAguiar Gonçalves, que se lhe | mandou dar baixa. | Etc.


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Cairu, 3 de julho de 1787 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayrú, 2 Julho1787 Por execuçaõ da Ordem deVossa Excelencia, tendo | acerteza das molestias do sargento Sebastiaõ da | Silva Moreira, e que ellas pela sua gravidade | o impediaõ ademorar-se mais tempo no Lugar | da sua ComiÇaõ , omandei retirar e se encami-| nha a Curarse do que muito neCeCita. Eu | só tenho, que Louvar aConducta d’este oficial | em tudo muito Louvavel, e prudente: hé dig-| no do Conceito deVossa Excelencia, e da sua Aten-| çaõ. Os Fabricantes Tambem Vieraõ perante mim, | e nóvamente se Congrasaraõ, eajustaraõ por novo | Trato de Sociedade, Com o qual devem Continuar | o corte, e Extracçaõ por todo o mes de Setembro | futuro, mas atendidas as CirCunstanCias, que oCorrem | o genio orgulhoso, e Rebelde d’aqueles Povos, ná-| da se póde fazer, que seja Vtil, se Vossa Ex-| Celencia naõ Continuar a mesma ProvidenCia | e Auxilio d’hu) Oficial-Inferior, de honra, | e CapaCidade que alî aCista Com alguns sol-| dados para Regular oServisso, Conter aquela | má gente, e desvanecer toda aSuspeita, eoCaziaõ | de Contrabando, que Sempre se deve reCear, | temer, eprevenir: de outra forma será | impraticavel a Extracção n’aquele Rio, com[o] | pode informar a Vossa Excelencia o mes-| mo Sargento Sebastiaõ daSilva. | Vossa ||1v Vossa Excelencia mandará | o que for servido. Cairû 2. deJulho de 1787- | ODezembargador; Ouvidor da Comarca dos Ilheos.- | Francisco Nunes da Costa [2v, outra letra, paisagem, metade inferior] Em 2deJulho de1787 | DoDezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco | Nunes daCosta sobre avinda do Sargento Sebastiaõ | daSilva Moreira para curar-se, eonovo Trato de | Sociedade do Fabricantes do Pao Brazilde Pati| pe vis aCarta deprimeiro dodito mes eanno | etc.


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Cairu, 20 de dezembro de 1788 – Francisco Nunes da Costa Cópias feitas por mão não identificada

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayrú 20 de Dezembro de 1788 Hé Certo, que na primeiraRecruta, que | Remeti da Villa do Cairú, foi Comprehen-| dido Francisco Pereira, filho de Ignacia | deMello, por me informarem, que elle | vivia Separado de Sua Mai, e que lhe | naõ era Vtil: o Contrario, Com toda a evi-|denCia, me Constou depois, e Com ames-| ma devo informar aVóssa Excelencia, | de que hé bem procedido, e Vnico ampá-|ro de Sua Mai, póbre, Velha, e enfer| ma de molestia actual, e Crónica. | Vossa Excelencia mandará o | que for servido. Cairú 20 de Dezembro de 1788. | O Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco Nunes da Costa ||1r [1o anexo] Informe o Dezembargador Ouvidor da Comarca Bahia 15 de | Dezembro de 1788 | Ilustrissimo; e Excelentissimo Senhor | Diz Ignacia de Mello, da Villa do Cayrú, huma | das da Comarca dos Ilheos, que aprezentado ella o Venerando | despacho de Vossa Excelencia, proferido noSeo requerimento junto, ao Dezembargador | Ouvidor da quela Comarca, à elle naõ diffirio, por lhe obstar ter | remetido ofilho da Suplicante a esta Cidade, ondese acha com | Praça assentada; cuja verdade naõ se acha occulta no dito | requerimento; nem Recuza à Suplicante, que se precede a informaçaõ | do dito Ministro sobre toda a continencia delle, e por isso. | Para a Vossa Excelencia se digne mandar, que o dito | Dezembargador Ouvidor da referidaComarca, informa, por que | a vista de sua informaçam naõ deixará Vossa Excelencia; com | extremos de piedade de valler à pobre Suplicante | na affliçaõ, emizeravel estado em que seaxa, | com afalta do mencio-nadoseofilho; úni-


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co; que tinha, vivendo em sua companhia obedecendo-a, e | suprindo aos aos gastos deSuaSustentaçam; e curativo | da enfermidade, que está padecendo. | Espera Receber Merce [2o anexo] Remetido ao Dezembargador Ouvidor da Comarca | Bahia 12 de novembro de 1788 | Diz Ignacia de Mello, moradora na Villa do Cayrú, que ella | Su plicante achandose | por carregada de annos, e comhum filho único chamado Francisco Pereira, o qual Viven| do doseu officio de sapateiro, sustentaua | e uestia aSuplicante que diariamente seacha em-|hu)a cama dehumdefluxo | nopeito, que Senaõ tiuera sem costo do dito seu filho | ja seria morta anecesidade, por ser a Suplicante inimamente pobre, e o dito seu filho obedi-|ente e depacifica Condiçaõ, e porque omesmo deprezente |foi prezo e Remetido a-| Vossa Excelencia que foi servido delhe acentar praça; mas como a piedade de Vossa Excelencia | he taõ grande naõ deixará desecom | padecer do mizeravel estado emque fica asuplicante | sem o amparo do seu Vnico filho, esta afliçaõ motivo asuplicante prostada | aos pes de Vossa Excelencia suplicar e | Pedir a Vossa Excelencia que pellas chagas de Cristo, e pella Pureza | de sua Santissima Mai, se digne haver ao dito seufilho por | izento da praça para puder sus tentar eues tir asuplicante, [estragado] supi=| nas costumadas molestias que padece, por cuja esmolla naõ seça| rá asuplicante depedir eRogar a Deus pella Uida eSaude de Vossa Excelencia | e que naoutra Uida o des| canse enaSua Gloria | Espera Receber Merce [2v, paisagem, metade superior] Em 20 de Dezembro de 1788 | Informaçaõ do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos so | bre o Requerimento de Ignacia de Mello da Villa do Cairú | pedindo baixa para Seo filho Francisco Pereira, que Sua Excelencia mandou dar em 6 de Fevereiro de 1789.


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Cairu, 27 de dezembro de 1788 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor. | Cayrú 27 Dezembro 1788 Tendo girádo por esta Comárca, por espá- | ço d’alguns mezes, João Manoel da | Rócha, Com o habito de Donáto, dos Reli | giózos Agostinhos descálços do Convento | da Pálma d’essa Cidade, atitulo de | Esmoler, ou Pedidor; e tendo nésta quali- | dade feito hungrande Sáque aos Póvos; | de repente mudou, ou largou ohabi- |to , e apareceo na Povoa Ção de Una | dando ideias de querer ali estabelecer- |se: e porque o reputo Vádio, edigno | de Castigo pelo abuzo, que tem | feito da Credulidade dos Póvos, e | pela Sua Figura hé hum bemSol- | dádo, o remeto para este destinno, | segundo as Ordens de Vossa Excelenc- | Cia. Deos Goarde aVóssa Excelen- | Cia. Cairú 27. de Dezembro de 1788. | ODezembargador, Ouvidor da Comárca dos Ilheos| Francisco Nunes da Costa [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 27 de Dezembro de 1788 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta | de remeta João Manoel da Rocha, que | foi tentar praça no Regimento de [ilegível]| vide aresposta em 9 de Março de | 1789.


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Cairu, 05 de março de 1790 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo, e Excelentíssimo Senhor | Cayrú 5 Março 1790 Participo aVossa Excelencia, que sendo em Jiquirisà atacado dehuas ter= | riveis dores nos brassos, ecostas, sitem declarado reumaticas, e= | emgrão tal, que metem prestado, emeproibem omais leve | exercicio: nesta situação amais triste, para mever em hua terra | onde faltão todos os socorros, sou obrigado atransportarme | por mar para aVila deCamamú, onde hà Medico muito | habel, que possa acudirme: por hora não padesce o Serviço | dorey com esta minha molestia, mas no caso, que ella seaugmente, ou dure the depois dePascoa, tempo emque devefa= | zerse aextracção dos Mastros, nesse caso o participarei a = | Vossa Excelencia pedindolhe alguas providencias, que hajão desuprir | aminha falta. | Deus Guarde aVossa Excelencia por muitos annos Cairu | 5 deMarço de 1790 | Dezembargador Ouvidor daComarca dos Ilheos. Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, metade inferior, paisagem] Em 5 de Março de 1790 | Ilheos Do Desembargador Francisco Nunes da Costa | dando parte daSua molestia; Vide acarta de 9 de- | Abril


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Cairu, 06 de abril de 1790 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor| Cayrú 6 Abril 1790 Este antigo Dezertor, mais próprio pa-| ra hum Hospital, do que para oSer-| visso de Sua Magestade, se me apre-| zenta, para eu o acompanhar com| este Oficio aVossa Excelencia, na| esperança, de que aSua Natural| Bondade se esercite com elle, naõ só,| com operdaõ do seo delicto, mas ain-| da com a Excusa do Real Servisso,| que parece, exigem as suas enfer-| midades. | Obarco do Reáes Transpor-| tes fica á carga, e hade fazer Viagem| nas agoas da Lua-Nova.| Deos Goarde aVossa Excelencia| Cairú 6 de Abril de 1790| O Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em6 deAbril de1790 | Carta do Dezembargador Francisco Nunes| da Costa Ouvidor dos Ilheos, que| acompanhou hum Dezertor, que Sua Excelencia foi servido soltalo, edar| baxa pela Sua in capacidade vide| aResposta destaCarta etc.


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Cairu, 06 de abril de 1790 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor | Cayrú 6 Abril 1790 Este antigo Dezertor, mais próprio pa-| ra hum Hospital, do que para oSer-| viso de Sua Magestade, se me apre-|zenta, para em o acompanhar com | este Oficio aVossa Excelencia, na | esperança, de que aSua Natural | Bondade se esercite com elle, naõ só, | com operdaõ do seo delicto, mas ain-| da com a Excusa do Real Servisso, | que parece, exigem as suas enfer-|midades. | OBarco dos Reaes Transpor-|tes fica á carga, e hade fazer Viagem| nas agoas da Lua-Nóva. | Deos Goarde aVossa Excelencia | Cairú 6 de Abril de 1790 | O Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 6 deAbril de 1790 Carta do Dezembargador Francisco Nunes | da Costa Ouvidor dos Ilheos, que | acompanhou hum Dezertor, que Sua Excelencia foi servido soltalo, edar | baxa pela [ilegível] in capacidade vide | aResposta destaCarta etc.


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Cairu, 20 de abril de 1790 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Cayrú 20 de Abril 1790 No dia de Sexta Feira daPai| xaõ Se me aprezentou Miguel | Ribeiro de Santa-Anna, Soldádo | Dezertor, dizendo-me, que em | ComtemplaÇaõ da Santidade do | Dia, pedia aVossa ExCelenCia | Perdaõ do seo Crime, e que isto mes| mo posesse eu na Prezença de | Vossa ExCelenCia, eque omanda-| se eu reColher á Cadea, ou Reme| ter, Como me pareCese: este | espirito de humildade, ede | sugeiÇaõ me obrigou muito, | e espero, que Vossa ExCelenCia | uze Com elle de Piedade.| O Furriel Antonio José| de Barbuda o aprezentarâ.| Deos Goarde aVossa ExCe-| lenCia. Cairû 20 de Abril de |1790| O Dezembargador Francisco Nunes da Costa| [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em20 deAbrilde1790 | Do Dezembargador Ouvidor daComarcadosIlheos| Sobre operdaõ que pede paraoSoldado José | RibeirodaCompanhia do Prezidio doMorro ematençaõaaprezentarce 6ª feira Santa.- | Sua Excelencia lhe perdoou, emandou fazer | passagen para o Vo Regimento-Vide aCarta | de 28 doCorrente emResposta. etc.


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Cairu, 08 de novembro de 1790 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo eExcelentíssimo Senhor. | Cayrú 8 Novembro 1790 | Por cárta de Vinte, e nove de outubro, | precedente, me ordena Vossa Excelencia | acobrança, e Reméça do Subcidio Lite- | rário aque estão responçaveis as Cama | ras d’esta Comárca. Devo Reprezen | tar aVossa Excelencia, que o producto | d’esta Concignação, o tenho té aqui a- | plicádo ás Despezas dosReáes Córtes, | fazendo pagamento com os conhecimen- | tos da Sua entráda, edebito sobre o | Almoxarife, e que esta hé acauza da | demóra, que Vossa Execelencia extra- | nha, eque evitarei para ofuturo, fa- | zendo as Remeças por Tremestres, cuja | ordem hade começar em Janeiro do | anno proximo. | Deos Goarde aVossa Exce- | lencia. Cairu 8. de Novembro de 1790. | Odezembargador, Ouvidor daComarca dos Ilheos. | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 8 de novembro de 1790 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta emresposta da | Carta que o lhedirigio sobre as cobranças da | Coluta, e Subsidio Literario etc.


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Cairu, 22 de Março de 1793 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo eExcellentissimo Senhor | Cayrú 22 Março 1793 Fui entregue da Ordem deVossa Ex-|CelenCia de Seis d’este Corrente Mês | em que Vossa ExCelenCia refórÇa | as Suas anteCedentes ProvidenCias, | para se evitar a extracção de | farinhas para fora d’esta Capita-|nia; reComendando-me Vossa | ExCelenCia esta diligenCia, Sobre | todas as de que me acho enCarre-|gado: Em ConCequenCia, fis | expedir as obras de que envio | Copêas, e persuado-me, que d’|esta vex, Cessara esta grande de-|zordem, animâda pelos Mono-|polistas d’essa mesma Cidade, | que Cada dia inventaõ nóvos ar-|tifiCios de fazer o sáque de fa-|rinha d’esta ComárCa, sendo o | mais poderozo obom preÇo Com | que apágaõ aos Lavradores | Pasados os dias Santos da | Pas’cha mandarei debaixo deboãs | goardas omaior numero de Lanxas | que for posivel. | Deos |||1v Deos Goarde aVossa ExCelenCia | Cairú 22 de MarÇo de 1793| O Dezembargador , Corregedor, da Comarca | dos Ilheos | Francisco Nunes da Costa | [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em22 deMarçode1793 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca dosIlheos | Sobreas providencias quetem dadopara | a Remesa dasFarinhas, ordenada | por Sua Excelencia emCarta deseis do dito mêz, | e noticiando que passados os dias Santos | hade Remeter omaior numero delanxas que | puder Carregados destegenero | etc. [Anexo 1] Copia | Por oficio, que acabo de receber do Excellentissimo Senhor Ge-|neral da Capitania, me aviza o mesmo Senhor da | extrema falta de farinha, que se está actual-mente pa-|decendo na Bahia, chegando a exgotarem-se de todo | as tulhas do Celeiro publico,


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ordenando-me ao mesmo | tempo que eu dê as mais eficaces providencias, eas mais | rigorozas Ordens para se fazer sem perda de tempo a | mayor remessa, que for possivel daquelle taõ precizo ge-|nero; cuja deligencia Sua Excelencia confia de mim, ao mesmo | tempo que para todas as outras Comarcas fez partir hon|rados Capitaens de Infanteria com Esquadras, eTro-|pas para obrigarem, e compellirem os Lavradores a des-|manxarem as mandiócas, e a segurar as remessas para | a dita Cidade.| Em taes termos pella minha obediencia ás | Ordens Superiores, e pella minha honra Pessoal tenho | determinado dar sobre este importante negocio a ultima | providencia, que por hora consiste em eu mandar o Mei-|rinho Geral desta Comarca com as Ordens, que lhe ha-de-|aprezentar á Vossasmerces, e que Vossas merces devem exata-mente cumprir, | e guardar com a mayor exátidaõ, ficando advertidos naõ | so em concorrerem quanto lhesfor possivel para a remessa | das farinhas, de que mando tratar, mas em naõ con-|sentirem que nenhu)a outra Lanxa, que naõ seja das | destinádas, e obrigadas á conducçaõ na forma, que determi-|no na minha Ordem, carregue aquelle referido genero. | Espero que Vossasmerces assim o cumpraõ, e seLem-|brem da honra de Seus Cargos, eme evitem o dessabor, | que terei, se for obrigado a mandar-lhes fazer hum | emprazamento: mandem Vossasmerces registar esta, e a Ordem | que leva o Meirinho, nos Livros dessa Cámara. | Deos Guarde aVossasmerces Bom Retiro 12 de Mar-|ço de 1793 [Anexo 2 — mesma letra do anexo 1] OMeirinho Geral da Correiçaõ Pedro Jozé | Fernandes passe imediata-mente ás Mátas dos termos | das Villas de Santarem, Camamu) e Marau), e indagando | com o mayor escrupulo, e a mas exata verdade, as mandió-|cas, que se achaõ de vêz, e estado de desmanxo; notificará á minha Ordem os Lavradores, para sem perda de tempo | começarem a desfaze-las, consignando-lhe dia certo, em que | devem ter a farinha pronta para se embarcar na Lanxa, | que elle dito Meirinho lhe hade aprontar na forma seguin|te. |


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Depois que com hum, ou mais Lavradores possa fa-|zer a carga de hu)a Lanxa, notificará Mestre, ou dóno del-|la para se pôr imediata-mente á carga; e isto mesmo praticá-|rá pellas mais paragens, athe pôr o mayor numero deLanxas, | que lhefor possivel, Leitas, e carregadas para seguirem via-|gem para a Cidade da Bahia, e darem entrada no Celei-|ro publico, acompanhando elle Meirinho a esquadra de Lan-|xas thé aVilla do Cayru), para dahy serem conduzidas por | novos guardas: durante a demóra das referidas Lanxas dei-|chará os Lavradores continuando o desmanxo das mandiócas | para no seu regresso acharem novas cargas prontas: Se acon-|tecer, o se que naõ espera, que algum se oponha, ou desobedeça | á execuçaõ desta minha Ordem, o prenderá, eremeterá prezo | para aVilla do Cayru), para imediata-mente o ser para a | Bahia, onde será punido á Arbitrio do Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor | General desta Capitania. | Para toda esta importante deligencia lheserá dado | auxillio pellas Justiças da minha Jurisdicçaõ, eMilicias, | a quem requeiro da parte do dito Excellentissimo Senhor General. | Assim se cumpra. Bom Retiro 12 deMarço de | 1793.


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Cairu, 12 de maio de 1793 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor. | Cayrú 12de maio 1793. Juntamente háde Vóssa Exelencia | ter as transsádas ademasiádas demorá | que tem havido na expedição da cha- | máda Esquadra de Lanças, que | prometi enviar com farinhas | para [ilegível] publico dessacidade, | eá ordem de Vossa Excelencia: | Tem dito os empátes de tem- | po, a tantos, etão grandes o nu- | mero de Lavradores obrigados, que | isto mesmo tem causádo ademorá, | por que huns, por falta de escrá- | vos, outros pela mórte debois, e | alguns pela má vontade com que | fizerão este servisso, retardárão | quanto poderão os porçoens de fa- | rinha, que lhe forão destribuidos. | Ficão Carregados dés Lanxas, e néstes quatro, ou sinco | dias se completará o numero de | de doze, ou treze, para serem ime | diatamente remetidas. | Deos Salve aVossa Ex- | celencia. Cairu 12. de Maio de | 1793. | O Desembargador, Corregedor da Comarca | Francisco Nunes da Costa. [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 12 de Mayo de 1793 | Do Desembargador Ouvidor da Comarca dos | Ilheos aserverando [ilegível] que | brevemente remete dez ou doze Lanxas | defarinhas, emais algumas que | apres tão – Respondida em | 11 de Junho etc.


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Cairu, 18 de maio de 1793 – Autor não identificado

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Ilustríssimo, e Excelentíssimo Senhor | Cayrú 18 maio 1793 Continuo como devo, a executar | as Ordens de Vossa Excelencia sobre a remes- | as dos Recrutas, e nesta ocazião remeto vinte, etrez | mancebos bem capazes do Real Serviço: nas du- | as Villas de Camamu), eIlhéos se executárão mui- | to mal as Ordens, que dirigí em Nome deVossa | Exelencia; de nenhuá dellas recebi hú | so Recrûta; e se os Respectivos Capitaens não e= | mendarem o seu descuido, merecem bem qu eu | os ponha na Prezença deVossa Execelencia, pa- | ra lhe dar o devido castigo. Para aVilla dos I- | lhéos sefaz indespensavel, que Vossa Excelencia | declare Capitão mor, que execute com zelo, e hon- | ra as Ordens; e se Vossa Execelencia ja deferio, e | rezolvêo a Proposta, que se lhe fez do referido | Posto, e sobre que eu informei, digne-se Vossa | Excelencia de me comunicar o provido, para | eu o avizar, elhe cometer esta importante di | ligencia. | Esta Comarca ficatoda em agita- | ção: Pays, efilhos fugitivos, e internados pello | Mato, a safra da abundantissima Colhêta | do assôr está chegada, eja múitos dos Cultiva ||1v Cultivadores a estão perdendo, por senão | atreverem á parecer com os filhos para a provei- | tarem: hé tão bem o tempo de se limparem as | Rossas; e todos estes serviços perdidos, assastão | com sigo mas consequencias. | Inciza Vossa Exelencia suspen- | der a Recrûta nesta Comarca, logo que as du- | as Villas de Ilhéos e Camamu), eu mandar | alguns dos mancebos, que tenho perdído. | Deos Guarde aVossa Excelencia. Vil- | La doCayru 18 deMayo de 1793. [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 18 deMayo de 1793 DoDezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos | sobre aRecruta queremeteo constante da | Lista incluza, enaqual pede Suspenção | porcita para [ilegível] experimentando | prejuizo, eque [ilegível] aProposta de Capitão mor | dasordens davila dosIlheos para poder empe| dir o avizo, eas ordens necessarias a aprovi- | do. Foi respondida em 22 do dito mez etc.


Tânia Lobo (org.)

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Cairu, 18 de maio de 1793 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo, e Excelentíssimo Senhor | Cayrú 18 Maio 1793 Felipe Vieira de Santa Anna, | que acompanha os mais Recrutas, que nésta | ocaziaõ remeto, e diz ter sido Tambor em hu~u | dos Regimentos dessa Praça, atacou insolente- | mente o honrado Capitaõ mor do Rio das | Contas Manoel Pereira daAscenção na | acção do dito Capitão mor fazer a deligencia | da Recrúta com múita honra, ezêlo: remeto- | o áVossa Excelencia, para que no caso, que | não deva ser Soldado, Vossa Exelencia o | mande castigar nos Serviços Publicos, para | exemplo dos outros, e conservação da autori- | dade dos homens Publicos. | Deos Guarde aVossa Excelencia. | Cayrú 18 de Mayo de 1793 | O Desembargador, Corregedor daComarca | Francisco Nunes da Costa[outra letra] [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 18 de Mayo de 1793 Ilheos | Do Desembargador Ouvidor daComarca sobre | aremessa Felipe Vieira de | Santa Anna, que Sua Excelencia mandou | para o Servisso dasobras publicas, pela | desatenção que lhe participarão fizerão | ao Capitãomor dasordenanças davila de | São Jozé do Rio dasContas - | Respondida em 22 do dito méz.


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Cartas Baianas Setecentistas

Cairu, 12 de junho de 1793 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo e Excellentissimo Senhor | Cayrú, 12 [dejunho] de 1793 Pelo Capitam Das Ordenanças Jozé | de Melo Vargaõ Remeto os quarenta | ReCrutas, Constantes da Lista inclu-|za, Sendo a maior párte das Suas | Villas de Ilhéos, e Camamû: n’esta | Fórma Fica Sendo a ReCruta gêral | e Relativa atodas as Villas d’esta Co|márCa, e Conforme a ultima Or-|dem de Vossa ExCelenCia devo sus-|pendela, e por estes póvos em | socego, oque Com tudo naõ fa-|rei, Sem que Vossa ExCelenCia | asim o ordene, depois d’este ReCebimento. | Eu naõ devo Lembrar | aVóssa ExCelenCia, quães tenhaõ | Sido aminha honra, e a minha | Religião no proCedimento d’esta | deliCáda diligenCia: Se Vossa Ex-| CelenCia naõ as ConheCera me naõencarregára d’esta ComiÇaõ: | Contudo, por oCazião da prezen-|te RemeÇa, talves Se aprezente | aVossa ExCelenCia por Si, ou por |||1v Ou por interpósta pessoa hum | Padre IgnáCio Luiz Gonzága dos | Ilhéos, dizendo oque lhe pareCer | Contra o ofiCial honrado, que | por ordem minha lhe prendeo | o afilhádo Manoel Soáres, eaté | Contra mim por lho naõ Sol-|tar: em tal Cázo, Rogo aVossa Ex- | CelenCia me honre, ouvindo-me, | e então porei á Suplicante os proCedi | mentos do afilhádo, e os groseiros | Costumes do Padrinho. | Entre os ReCru- | tas, alguns se naõ ReComendaõ pela | figura, mas a maior parte São manCebos muito Capázes do | Real Serviso. | Deos Goarde aVossa | ExCelenCia. Cairu 12. De Junho | de 1793. | O Dezembargador, Corregedor, daComarca Francisco Nunes daCosta| [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em12deJunhode1793 | DoDezembargador Ouvidor daComarca | dosIlheos Remetendo Recrutas para os Regimentos | pagos — Respondida em 15 | docorrente etc.


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[Anexo 1, 1v, outra letra] Lista dos Recrûtas, que | a Ordem do Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor | General remete o Doutor Dezembargador | Corregedor da Comarca dos | Ilheos Francisco Nunes da | Costa. | 1// Jozé Bernardo de Figueirêdo .| 2// Manoel Soares .| 3// Paulino Rodriguez2 3 .| 4// Jacinto Jozé .| 5// Fructuozo Jozé .| 6// Theodóro Farias .| 7// Apolinário dos Santos .| 8// Jozé Pinto .| 9// Jerónimo Ramos de Mesquita4 .| 10//Caetáno Ferreira Borges .| 11//Felipe deSant Iago .| 12//Alexandre Jozé de Souza .| 13//Joaquim da Foncêca .| 14//Francisco Xavier de Souza .| 15//Joaõ Francisco .| 16//Joaquim Ribeiro dos Santos .| 17//Domingos Francisco da Silva .| 18//Joaquim Jozé de Oliveira .| 19//Anacléto Francisco Alvarez .| 20//José Antonio .| 21//Manuel Antonio deSanta Anna .| 22//Joaquim deSanta Anna .|||1v 23//André Francisco Ribeiro .| 24//Manoel Antonio deMello .| 25//Manuel Antonio .| 26//Francisco deSouza .| 27//Pedro Francisco .|

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[outra letra-aleijado, à direita do documento]

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[outra letra- foi escuso, à esquerda do documento]

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[outra letra- escuso por piqueno, à esquerda do documento]


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28//Paulo de Pontes .| 29//Francisco Xavier de Oliveira .| 30//Luiz dos Santos .| 31//Sebastiaõ José .| 32//Miguel dos Anjos .| 33//Felix Ribeiro de Jesus .| 34//Domingos do Carmo .| 35//Manoel da Paixaõ.| 36//Manoel Homem .| 37//Francisco José de Bairros .| 38//Francisco Rozeira Taváres .| 39//Ignacio Joaquim de Araujo Lima .| 40//Ambrozio Ferreira .| Cayrú 12 de Junho de 1793 | [outra letra] Francisco Nunes da Costa | O Capitam dos ordenanças Jozê deMello Varjaõ.


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Cairu, 10 de julho de 1793 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor | Cayrú 10 de Julho de 1793 Sou obrigádo a Reprezentar a | Vossa ExCelenCia, que entre os | ReCrutas, que me foraõ enviádos | da Villa dos Ilheos, Se com pre-|hendeo hum Manoel da ConCei|Çaõ, que até mesmo por infor|maÇoens de quem omandou | hé hum Moço dos mais bem Regu|ládos Costumes, e muito util a Sua | Familia; por estes, e outros jus-|tos motivos o mandei Soltar, e | excluir da Lista, mas suCedeo, | que o Escrivaõ, que a formáva em | ves de excluir aodito Manuel da | ConCeiÇaõ, excluio a hu) Manuel | de Santa Anna, e isto por en-|gano, e equivoCaÇão de nome. | Nestes termos ReCorro á Bondade de Vossa ExCelenCia para | que haja de mandar dár baixa ao Referido Manoel daConCei|Çaõ, que se acha Com PraÇa no Regimento, e Companhia | do Coronel Portugal | PeÇo ||1v PeÇo aVossa ExCelenCia esta | GraÇa por entender, que hu) en-|gano de nome naõ deve ser per-|judicial aoque estava Com | JustiÇa deCidido na minha | intenÇaõ: a falta d’este solda-|do será breve mente paga Com usura, pois em Seo lugar ei-| de mandar vários ManCebos, que | não mereCe) o Beneficio, que | Vossa ExCelenCia féz aos bens proCe-|didos, e apliCados á Cultura | Deos Goarde a Vossa ExCelenCia | Cairu 10 de Julho de 1793 | ODezembargador Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Do Dezembargador Ouvidor daComarcadosIlheos | pedindo abaixa para oSoldado Recruta | Manuel daConceição, porestarbem informado | dasua conducta, enecessidade quedella tem | Seus Pais — Respondida em | 14 deAgosto do anno etc.


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Cartas Baianas Setecentistas

Cairu, 13 de setembro de 1793 – Francisco Nunes da Costa Lista de mão desconhecida

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Illustrissimo Excellentissimo Senhor | Pela Lista incluza seraõ prezen | tes aVossa ExCelenCia os Recrutas,| que Remeto, ede que hé Conductor | o Alferes Joaõ Rodrigues Teixeira | ese Comprehendem taõbem dous | Dezertores notádos na mesma Lis| ta. | Eu pensáva [ilegível] esta | ocaziaõ Remeter pelo menos, qua | renta ManCebos Capázes do Real | serviso, se as ordens, que expedi | em Nome de Vossa ExCelenCia | para GequiriÇa naõ forem de-|zobedeCidas pelo modo mais inso- | Lente, que Se póde imaginar, | oque pessoalmente exporei a | Vossa ExCelenCia para dár as Suas | fórtes, e efiCaCes providenCias. | aos que se fázem indispenCáveis | , e que Vossa ExCelenCia hade achar | dignos da Sua JustiÇa, e Au-|thoridade. | Deos Goarde aVossa ExCe- | lenCia. Cairû 13 de Setembro | de 1793| Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em13deSetembro de1793| DoDezembargadorFrancisco NunesdaCosta | Ouvidor daComarca dos Ilheos com alistade | 13 Recrutas, e dois Dezertores que Remeteo- | Respondida em 16 docorrente etc.

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||Anexo 1r Lista dos Recrûtas, de que | he Condutor o Alferes das Ordenanças Joaõ Rodrigues Teixeira | Joaquim Joaõ | Bernardo dos Reys | Joaõ Inácio | Antonio Jozé | Jozé da Cruz Neves | Sebastiaõ José |


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Francisco José da Cunha | Manoel dos Santos | José Joaquim Ferreira | Bernardo Jozé | Joaõ Baptista | Jozé Dias | Joaquim José Ferrás | Dezertores || 1v Dezertores | Francisco Jozé, que declarou ser do | Regimento novo, e Com panhia de Co-|ronel. | Francisco de Paula, que declarou ser | do Regimento deArtelharia, e companhia de | Auxilliares foi conduzido para esta Comarca | por seu proprio Pay Jozé Pereira Rôxo=| por antónomázia = o Médico Inglez = bem | conhecido, e celebrado nessa Cidade;de-|clarou mais o Dezertor, que ainda tem, e | conserva a farda nova, e intacta .| Cayrú 13 de Setembro de 1793 | Francisco Nunes da Costa [outra letra] Joaõ Rodrigues Teixeira [outra letra]


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Camamu, 14 de abril de 1764 – Antonio Duarte da Silva

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Reprezenta aVossa Magestade | o Capitam Antonio Duarte daSylva, morador na Villa do Ca=| mamû, que elle deprezente seacha occupando o Cargo deJuiz | Ordinario nadita Villa, e como seja homem denegocio, e lhe hê pre | cizo fazer Remeção depagamentos para a prezente Frota, que | seespera, para o que lhe hê necessario fazer algumas cobranças | e o naõ pode fazer para ante o Juis seu companheiro porser | Suspeito, e menos para ante o Doutor Dezembargador Ouvidor Geral da| quelaCapitania, por este se achar naVilla dos Ilheos | distante daquelas mais de vinte, e quatro Legoaz, por cujo mo-| tivo Recorre aVossa Magestade para que Seja Servido nomear | lhe Juis para as ditas suas dependencias. Deos guarde | aVossa Magestade para nosso amparo. Villa de Cama=| mû 14 de Abril de1764// | Beja ospes deVossa Magestade | Antonio Duarte Sylva


Tânia Lobo (org.)

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Camamu, 31 de outubro de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro Apógrafo 1º anexo – Gonçalo Francisco Monteiro – apógrafo 2 º anexo – Antônio Godinho de Souza

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor | 1796 – Camamu 31 outubro Recebi a carta de Ordem de Vossa Excelencia em que | me Ordena, suspenda aCorreiçaõ desta Villa, por naõ ser | Conveniente abri-la: eu, Excellentissimo Senhor apezar dos meus axa-|ques, sahi da minha Caza, e Villa dos Ilheos só afim [de] | cumprir a Carta deOrdem de Vossa Excelencia, de 8 de Julho | deste anno, em que meordenou pacificasse as desordens d[e]| que sequeixava o Juiz dos Órfaõs Mauricio Pereira da-|Cunha com o Sargento mor Braz Diniz, e Joaõ Rijo, | e para chegar aesta Villa me foi percizo fazer digressaõ por terra | passando pellos do Rio das Contas, Mairaû, e Barcel-|los de Indios, nas quaes naõ fiz outra acçaõ tendente | a meu Cargo que participar as Camaras, e Juizes Ordinarios | daquellas Villas a outra Carta deOrdem de Vossa Excelencia, em que | os adverte seabstenhaõ dos dispotismos, evidencias deque | se queixaõ os povos; e por elles me-requererem pelo in comó | doque padecem em mandar vir as cartas deUzanças para as no-|vas Justiças, procedi a Pillouros nas ditas villas: porem | nesta naõ fiz outra alguã acçaõ mais doque mandar vir a minha | prezença ao dito Juiz dos Orfaos, ao Sargento mor Braz Dinis | e a Joaõ Rijo aos quaes todos já achei mais acomodados, epelo | que trataraõ na minha prezença, os concidero pacificados, ex | pecialmente ao dito Juiz dos Orfaõs aquem concidero amigo dapaz,| porque naõ seça de me-recomendar ante pondo-me para isso | a numeroza famillia que tem aí Seu Cargo. Doque par|tecipo a Vossa Excelencia verifica a Attestaçaõ incluza.||1v A respeito do Escrivam Joaõ Affonso | já informei eixtensa, e verdadeiramente do seu procedimento | e condictas e naõ sei que elle tenha dado a menor occaziaõ | dequeixa emtodo tempo que serve perante mim: elle se- | fica aprontando para hir combrevidade aPrezença deVossa Excelencia ,| e só espera por ordem minha huns


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portadores que man| dei a Cairú com officios ao Juiz Ordinario, e a Camara | para remetterem a este Juizo os deveres dos Subsidios Litera- | rios, oudarem arazaõ porque onaõ fazem, tendo-lhes eu en-|viado trez officios a esse respeito, e eu depois disso sa-|tisfeito volto para minha Caza, e Villa dos Ilheos a esperar as ordens | de Vossa Excelencia | Deos Goarde a Vossa Excelencia. Camamú 31 | de Outubro de 1796| O Ouvidor interino da Comarca dos Ilheos | Gonçalo Francisco Monteiro ||2r Em31deOutubrode1796 | DoJuis Ordinario queservede | ouvidor intirino da Comarca dos Ilheos | sobre a execuçaõ que dava a carta | de Sua Excelencia de 8 de Julho passado | e de mais que houver a ese Respeito | Etc.

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||Anexo, 1r Para certo requerimento que tenho de por na Pre-|zença do Illustrissimo e Excellentissimo Senhor Governador e Capitam General | da Capitania da Bahia percizo que a Camara desta Villa | me atteste ao pé desta aquantos dias me acho nesta villa, se-|de pois que nella entrei, abri Correiçaõ, oufiz acto algu | de meu cargo, se prendi ou soltei algum a minha or-|dem, se-me intrometi no governo da Justiça, ou Milicia, | se pratiquei alguma couza Contra osucego publico, | se enquietei vassalo algu de Sua Magestade, se ad-|miti intrigas, parcialidades, ou outra qualquer couza | Contra a paz da Republica, e detodo o meu cui-|dado foi ou naõ pacificar a todos, e se-lhes consta ter | eu aberto Correiçaõ em algua das Villas da Comarca Quero que | Vossas merces ao pé desta attestem todo o referido, com a-| Honra, e verdade comque se empregaõ nos honrozos | Cargos que occupaõ. Deos Guarde a Vossas | mercez, Senhores Juizes, e officiaes da Comarca da Villa do Camamú | O Ouvidor inteirino da- | Commarca dos Ilheos Gonçalo Francisco Monteiro |


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[Carta 2] Nós os Juizes Ordinarios. Vereado-|res Procuradores do Senado da Cámara | este prezente anno nesta Villa de Nossa ||1v de Nossa Senhora da Asumpçaõ do | Camamú, Seu termo [estragado] Attestamos | e fazemos Certo debaixo do juramento | de nos sos Cargos em como o Senhor Ouvi-|dor intirino da Comarca dos Ilheos Gon|çalo Francisco Monteiro seacha nesta Vi-|lla ásete dias, sem que, nem nesta, nem | nas mais Villas desta Comarca por Onde | tem passádo desde ádos Ilheos Cabessa da | mesma Comarca, chegar da SuaRezidencia | abrise Correiçaõ, nem fizes se acto algum dis|so, nem tem prendido, nem soltado pessoa | algua aSua Ordem : igualmente senaõ tem | por modo algum intrometido no governo da-| Justiça, nem Milicia, nem tem praticado | acçaõ algu)a Contra apublico socégo dos Povos, | e menos disinquietádo aVassalo algum de | Sua Magestade Fidelissima, sem admitir, | nem Consentir intrigas, nem parcialidades | Contra aboa páz da Republica, antes nos-| hê constante que o dito Ouvidor por Or|dem do Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor Governador, | eCapitaõ General da Capitania da Ba-|hia só tem tido expecial Cuidádo empa | cificar atodos Comafeito, ehonra indizivel, | para que vivaõ bem, empaz, socego, eboa u-|niaõ. Passa na Verdade ORefferido, emfé | do que dámos aprezente, que mandámos | passár, e todos asSinamos. Villa do Cama-|mû 22 de Outubro de 1796 e Eu Anto|nio Godinho de Soiza Escrivaõ da Came | ra oEscrevy | Antoniode Paiva Travaços Dionizio Pereira Neves Domingos Gonçavez Joaõ Rijo de Affonseca Francisco dos Reys Villas Boas Antonio Braz


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Camamu, 03 de novembro de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Ilustríssimo eExcelentíssimo Senhor | 1796 – Camamú 3 Novembro Athé hoje espero de Cairú o di- | nheiro dos Subsidios, ou Solução do Juiz aesse | respeito, enada tem cumprido, como costuma | áqualquer Ordem que lhe dirijo; emtanta forma, | athé a Carta de Ordem de Vossa Excelencia, que lhed[iri]| gi tendente áoSucego desta Commarca, eh | Carta [ilegível]Magestade com Decreto Sobre a cer- | tidão dos Serviços que lhe recomendei fizesse regis | tar, eme enviasse Certidão, nem dinheiro, nem Car- | tas, nem Certidão, estando aliaz atrazada essa | Camara em Cinco annos na falta das remes- | sas: eumja Com Os Juizes, eJusticas daquella Vila | não sei como meheide haver; tenho procurado to | dos os meios doceis, e deameaços para os persua- | dir; porem anada semovem, pois nem Carta de- | Ordem, nem Sentenças deste Juizo, nem, ainda as Ordens deVossa Excelência que por mim lhes ção dirigi- | das, executão: eu abuzo novidades eoccazioens | dequeixas; poresa razão nadaóbro, eSó espero | da Inata bondade eReta Justiça deVossa Excelência | húa Satisfação publica atanta dezobedien | cia. Deos guarde aVossa Excelência Cama | mú 3 de Novembro de 1796 | OOuvidor interino daComarca dos Ilheos Gonçalo Francisco Monteiro [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 3 de Novembro de 1796 | DoOuvidor interino daComarca dosIlheos | Sobre afalta deremessa deSubsidio | Literario dacâmara de Cairú; e detodas as | mais, efalta deobservancia dasor | dens. Respondida [ilegível]


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Camamu, 08 de maio de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo EExcelentíssimo Senhor | Camamú – 8 Maio 1782 Em carta de dezoito d’ Abril precendente me par- | ticipa Vossa Excelencia as suas vltimas detrimina- | çoens sobre acreação da nova Aldea dos Funis, | ordenando-me que aestabeleça por óra desinco en- | ta Indios eque dé outros tantos ao Capitam Mór | João Gonçalves daCosta para a Entráda, e Conquis- | ta, que háde fazer pelos certoens Altos, - eá Vis- | ta d’esta Detreminação deVossa Excelencia se me | oferece para representar de novo aVossa Excelencia, | que junto da Villa dos Ilhéos há hua chamáda | Aldea d’Almáda, que sendo nasua origem | estabelecida com o santo fim de cathequizar, | einstruir na Religião os Indios Grens, senão | conceguir té aqui este intento, porque, ou | pela dureza de sua indole, ou pela froxi- | dão dos Parochos se conservão nasua na- | tural Vida-rustica, eagreste, e alguns d’elles, ou hu)a grande parte não receberão as Ago- | as do Baptismo, e neste Estádo forão mor- | rendo, e acabando de sórte que ao prezen- | te só existem Vinte homens cápazes d’ | armas, eo que hé mais para sentir, que d’ | estes ainda alguns se concervão no Gen- | telismo comque descerão do Mato: | A Fazenda-Real despende [annoalmen-] | te duzentos mil reis com o Parocho, | que apenas os vé, eos adeministra duas, [ou] ||1v Tres vezes no anno: esta Gente não tem | Róssa, Planta, Cáza, nem Templo; hé a mais | capos de se empregar no novo Estabelecimen- | to, pela fortaleza do seo temperamento, | epela sua Vida sempre laborióza, eagres- | te; ao mesmo passo se conceguirá o fim | de os civilizar; pela mistura, so cidade | com os outros, e por se fixarem, e radicárem | em hu) lugar certo; e a Fazenda-Real | evita a despeza de novo Parocho, por que | o dos Grens o ficará sendo com o mesmo or- | denádo d’elles, edos mais Indios, e Povo | doque se compozer a nova Aldea, eque | para diante acrescer. | Vossa Excelencia me detre- | minará oque deva obrar.| Camamu) 8. de Maio | de 1782. | ODezembargador Corregedor daComarca | Francisco Nunes daCosta.


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[fólio 2v.,paisagem, metade inferior] 1782 | em 8 deMaio Carta do Ouvidor | daComarca dosIlheos sobrea [reação] da | Aldea doFunil, | quepertende fazer dado Almada | para Funil etc.


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Camamu, 08 de maio de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor | Parte aBarca de Sua Magestade | Carregáda com as Péças Constantes da RelaÇaõ | incluza, equando a EstaÇaõ do tempo lho | permitir póde tornar a reCeber nóVa | Cárga.| Deos Goarde aVossa Excelencia.| Camamû 8 de Maio de 1782 | Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 8 deMaio de 1782 | Do Dezembargador Ouvidor dos Ilheos | comRemessa deMadeira deconstrução.


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Camamu, 26 de julho de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo, eExcelentíssimo, Senhor | Camamú 26 Julho 1782 Hé aVossa Excelencia Constante, que | por efeito de diferentes requerimentos dos | Moradores d’esta Villa do Camamu), e com|cervação dos seos Direitos-Publicos man- | dou o Excelentíssimo Senhor Manoel daCunha | de Menezes demolir anova-óbra d’hum | Engenho, que na Marinha d’este Rio começava a edificar o Padre Marcelino Francisco | de Méllo; e igualmente romper as cercas, | comque o mesmo Padre tinha impedido os | Baldios daVilla, fazendo restituir o Povo | á antiga-pósse emque estáva d’elles: [Sen-] | do assim se executou, e existem registradas, | nos livros d’esta Camara as respeitáveis or- | dens do Excelentíssimo Antecessor deVossa Excelencia. | Sobre todo este facto, depois de | varios requerimentos feitos aVossa Excelencia | pelo mesmo Padre pertendendo se revogasse | aquelas ordens fes elle a Representaçao | a Sua Magestáde, que a mesma Senhora | dirigio aVossa Excelencia para a informar, so- | bre que Vossa Excelencia me mandou ouvir, | cuja resposta, e minha informação já | [sobio] a Prezença deVossa Excelencia. Isto ||1v Isto feito me requereo o referido | Padre, que lhe permitisse levantar nó- |vamente as cercas, por atenção ao seo Di- | reito, que já me era notório pela deligen- | cia, e informação aque eu tenha procedido, | deferi-lhe, que recorre-se aVossa Excelencia, aquem | só tóca revogar, limitar, ou explicar as ordens | dos seos Excelentíssimos, Antecessores; neste tempo | passei á Villa do Rio das Contas emcorrei ção | deixando a d’esta Villa em aberto, em cujo in- | tervalo teve o dicto Padre industria para | seduzir hu) dos Juizes-ordinários Manoel | Ribeiro-Falcão, home) decrépito, muito pó- | bre, edependente, e convocando parte dos | actuáes Vereadores, eoutros dos annos antece| dentes dasua facção, obteve d’elles licença | para levantar o Engenho: Replicou fór- | temente o Escrivão da Comarca reprezentan| do as ordens em contrário e até aqui não | revogádas do Excelentíssimo Antecessor deVossa Excelen- | cia; anada se atendeo, e temerariamen- | te lhe concederão apretendida licença: | Este


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facto, hé digno da maior extra- ||2r Extranheza, pois por elle, naõ só se des- | pregarão as authorizádas ordens do Go- | verno Superior, mas pasou aCamara ade- | cidir hu)a questão tão delicáda, como ex- | pus aVossa Excelencia na minha informação, | que estando prezentemente a festa a Sua | Magestáde parece, que amesma senhora | pertence dicidila. Eu sei, que cá- be nos limites da minha Jurisdição | punir esta especie de dezobediencia, e dár por inutil, ede nenhu) efeito alicen | ça concedida; mas hé justo, que esta Ca- | mara, eas futuras conheção quanto dé- vem ser respeitádas, e venerádas as ordens | dos senhores Generáes; epor isso oponho | na Prezensa deVossa Excelencia para da | sua parte lho extranhar, com Piedade | sim, mas de forma, que elles conheção agra- | vidade do seo erro, e dasua facilidade, e | que este Padre conheça tambe), que de- | ve esperar asoberana Decizão, que elle | mesmo prócurou, e entretanto aco- ||| Acomodar se, e não au mentar as | perturbaçoens, partidos e dezunião em | que Vive este Povo: Espero a Rezolução de Vossa Excelencia para saber o que | eide obrar.| Camamu 26 de Julho de 1782| [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Do Desembargador ouvidor dos Ilheos sobre oPadre | Marcelino en 26 de | julho de 1782


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Camamu, 06 de agosto de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor | Camamuú 6 Agosto 1782. Ponho na Prezensa deVossa Exce- | lencia as suas Justificações do Padre | Marcelino Francisco de Mello, e de | Manoel Ferreira da Costa; em observan- | cia di Despacho de Vossa Excelencia dado | naSuplica do Vltimo. | Deos Goarde aVossa Excelen- | cia: | Camamu 6 de Agosto de 1782 | ODezembargador ouvidor daComarca. | Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 6 deAgosto de 1782 | Do Dezembargador Ouvidor daComarca. | dosIlheos queacompanhóu aremessa | dasduas Justificações dePadre. Vigário. | deCamamúm, e adeManoel Ferreira | daCosta etc.


Tânia Lobo (org.)

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Camamu, 18 de dezembro de 1783 – Francisco Nunes da Costa

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Excelentíssimo eReverendíssimo Senhor, eSenhores Governadores.| Sou percizádo apropor pessoalmente na | Junta da Administração, e Arrecadação da | Real-Fazenda, o que tenho obrádo a respeito | da descobérta do Páo-Brazil, tão recomen | dada por Sua Magestáde: eao-mesmo tem | po procurar o restabelecimento da minha | saude munto arruináda n’esta vltima | viagem, que fiz ao Rio das Contas, o que não | pósso conceguir n’este continenti por falta | de Profeçores. | Por cujos respeitos, peço | a Vossas Excelencia, e Senhorias, Licença | para poder sahir d’esta Comarca pelo | tempo, que me fór percizo para vltinar os | fins acima mencionádos, deixando entre- | tanto em meo lugar ouvidor, que sirva | na forma da ordenação do Reino. | Deos Goarde aVossas Excelencias e Se- | nhorias. Camamû 18. de Dezembro | de 1783. ODezembargador, ouvidor da Comarca Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 18 de Dezembro de 1783 | Carta do Ouvidor da Comarca dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta, escrita aoGoverno | Interino, emque pede Licença para vir aesta | cidade tratar dasua Saude, edar conta dade- | ligencia do PauBrazil.


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Cartas Baianas Setecentistas

Camamu, 28 de novembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExselentíssimo Senhor. | Camamú, 28 Novembro 1785 Vzando da Faculdade, que Vossa Excelencia | me concedeo, a respeito da remeça para | soldados, dos Moços, que nesta Comarca, eu | acháse proprios aesse destino, conforme | o sistema em que Vossa Excelencia está de | refazer as trópas por este suáve meio, evi- | tando os exames das acelerádas recrutas; | remeto á ordem deVossa Excelencia, com | este destino, o Moço Amáro daSilva | do Salvamento, natural do Rio de Contas, filho de Jozé daSilva Freire, aquem não | hé vtil, nem o Pai merece atenção algu)a, | pela má creação, que tem dado aeste, | eaos outros filhos. Este Moço tem suas | prezunçõens de Valente, não tem oficio, ne) | emprego algum agricultura, as Marinha, | que são os vtis vasálos d’esta Comarca: ou- | tros semelhantes tenho já rezervádo para | omesmo oficio, se Vossa Excelencia | asim o ouver por bem, e não mandar | ocontrário. Deos Goarde aVossa Excelencia | Camamû 28 de novembro de 1785 | ODezembargador, ouvidor da Comarca Francisco Nunes daCosta [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 28 de novembro de1785 DoDezembargador Ouvidor daComarca dosIlheos comaremessa dehu) moço denome Amaro | daSilva doSacramento Respondida em 11 de Dezembro etc.


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Camamu, 01 de dezembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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No interior dos Sertoens: Apenas hoje apa- | rece hum homem com o animo, genio, e valor | d’este Capitam Mór, que há muitos annos tra- | bálha, e suporta esta laborióza Vida, aban- | donando, eperdendo as suas próprias, e gróssas | fazendas de gádo para conquistar, e reduzir | asociedade hum Gentio, que infésta, e grás- | sa quazi ásombra da capital. | Foi pois neceçária, e | indespençável adespeza dos mantimentos; | antes da Conquista, para sustento da trópa, | que não tinha meios de [subsistir] no inte- | rior dos Sertoens; edepois; porque desde | o instante em que os Indios se meterão | de [pás], ficárão asociádos ao corpo da | Nasção, Vassálos, e filhos do soberano, e | Pai-comum, a quem Vossa Excelencia | reprezenta para os receber, etratar com | amor da humanidade, fazendo-lhe sentir | os efeitos do Felix-Governo, eo amor | da Nasção de que já fazem parte: e | que hé para seo bem, e não para serem | oprimidos, que forão buscádos, e asociádos || 1v. E asociados anós. Por estes meios suáves | continuará esta conquista, que á bem do primeiro | objéto da Religião, se fás vtil no Estado pelo desenço | em que ficão os Moradores dos Sertoens – inficionádos | e asustádos das suas carreiras, e brigandáges; epelo | imenço território, que fica livre desde o Rio de | Contas thé ao Rio-Pardo, capás de nesse se | cituarem imenças fazendas de gádo com tanto | beneficio da Real-Fazenda, eBem-comum | dos Póvos. O Grande ponto, Illustríssimo eExcelentíssimo | Senhor, o grande ponto conciste em apro- | veitar esta Gente Conquistáda, e reduzida: estabelecelos em parágem Comoda eVtil: | instruilos na Religião, e fazelos em fim par- | ticipar das avantágens danossa sociedade, | e do nósso secular, que detesta, e xóra o contrá- | rio [Sistema] dos Tempos-pasádos. | Vltimamente, este | Capitam Mór devia na Prezensa deVossaExce- | lencia dár hu)a mais exacta, e circunspecta | Relação do que tem-feito, e do que póde | fazer para diante na conquista das duas Al- | deas, que inda d’esta Nasção, eprincipal- || 2r. Eprincipalmente da Conquista do Gentio Am- | bore), que ainda resta e hé omais barbáro, e | insolente: Depois d’esta conferencia, receberia | elle as mais acertadas instruçoens, e


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athe se | formaria hu) mais bem regulรกdo Plano so- | bre as Despezas, de sorte, que nem aconquista | se perca a Real Piedade manda acodir, ne) | tambe) fiquem essas despezas livres, earbi- | trarias com perjuizo da Real-Fazenda. Vossa Excelencia mandara oque | for servido. Camamu) 1. de Dezembro de | 1785 ODezembargador, ouvidor daComarca dos Ilheos_ Francisco Nunes daCosta_

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[fรณlio 2v, paisagem, metade inferior] Em 1o de Dezembro de 1785 | DoDezembargador ouvidor daComarca dos Ilheos sobre as con | tas do dito que tende fendido oCapitam Mor Joaquim | do porto deconquista do Certรฃo da Ressaca


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Camamu, 20 de dezembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo, eExselentissimo Senhor | Camamu 20 Dezembro 1785 Remeto prezos, pelo Condutor José An- | tonio, a Joaquim José deSouza, ea Ma- | noel José daCunha segundo as ordens de | Vossa Excelencia, e a vltima de quatro de | Novembro precedente, em Rezolução das | repetidas contas, que dei aVossa Excelencia sobre | os seos [méros] procedimentos, e o dezaforo com | que dezobedecerão as ordens deVossa Excelencia | sobre as Farinhas | Vossa Excelencia lhe fará | aJustiça que costuma, elhe rogo, que depois de | satisfeita, os haja de inhibir de tornarem | aesta Comarca onde oseo repesso, e acisten | cia seria degraves [concequencias.] | Deos GoardeaVossa Excelencia. | Camamû 20 de Dezembro de 1785 | Odezembargador, ouvidor dos Ilheos_ | Francisco Nunes daCosta_ [fólio 2v, paisagem, metade inferior] DoOuvidor dos Ilheos, com a remessa dos | dousprezos [ilegível] José deSouza, e | ManoelJozé daCunha


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Cartas Baianas Setecentistas

Camamu, 10 de fevereiro de 1786 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExselentíssimo Senhor. | Camamú, 10 fevereiro 1786 Na conformidade das repetidas ordens deVossa | Excelencia, remete asua Prezensa, a João Gomes | Pinheiro; Moço solteiro e com[tidas] as bôas dispozi- | çoens para hum bom soldado. Hé natural da | Villa de Camamû onde não tem Páis, nem fa- | milia, nem també estabelecido algum, | vtil na Republica: foi nomeádo peloSeo | Capitam Mor para Correio das Contas, que vlitmamen | te dirigi aVossa Excelencia, não só dezobedece | o referido chéfe, mas se comportou perante | mim com o maior descomedimento, não ceden | do athé | ás regalias, que lhe fiz para levar | as cartas aVossa Excelencia, reprezentando- | lhe, quanto importava asua remeça eaobri- | gação, que n’elle [ilegível] de servir a Sua Mages| tade. | Vossa Excelencia mandará o que for ser- | vido. Camamû 10 de Janeiro de 1786 | ODezembargador, ouvidor daComarca dos Ilheos | Francisco Nunes da Costa [fólio v., paisagem, metade inferior] Em 10 de Janeiro de1786 | Do Ouvidor dos Ilheos com a remesa | dehum Moso chamado João Gomes Pinho; | que [ilegível] etc.


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Camamu, 05 de fevereiro de 1789 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo eExcelentíssimo, Senhor. | Camamú, 5 fevereiro 1789 Na Informação, que dei aVóssa Excelen- | cia Sobre a Estrada de Francisco de Souza | Feis, e desCaminhos de ouro, que por ella, | Com tanta facilidáde, e segurança se pra- | ticão, já meLembrei, de que a aprehin- | ção – Real, e alguma Tomadia, Sivião as | melhóres próvas de tudo o que propús aVóssa | Excelencia; o que assim se verifica Com | os Autos da Renuncia, e ouro aprehen | dido, que ponho na Presensa de Vossa | Excelencia para os mandar julgar, con- | forme as Leis; Cujos autos, eeste oficio, | Vossa Excelencia póde receber, Como fazen= | do párte d’ajuda primeira, e principál | informação, para a Vista d’huns, e outros | daí Vóssa Excelencia as Providencias, que | lhe parecerem mais acertádas em circuns | tancias tão importantes, edelicádas. | Deos Goarde aVóssa Excelen- | Cia. Camamû 5. de Fevereiro de 1789 | O Dezembargador , Ouvidor da Comarca dos Ilhéos | Francisco Nunes daCosta [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 5 Fevereiro de 1789 | Do Dezembargador Francisco Nunes | daCosta Ouvidor da Comarca dos Ilheos | sobre o autto que remeteo com ouro | feita parece em denun | cia – etc.


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Cartas Baianas Setecentistas

Camamu, 11 de fevereiro de 1789 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor | Cama mú 11 fevereiro 1789 Para informar aVossa ExCelenCia, Sobre | a ReprezentaÇaõ do Capitam-Mór| Gaspár d’Armas Brum, e Sobre o outro | igual Requerimento dos Indios deSaõ Fidélix, que Se opoem as Sesmarias, | que pertende o Tenente Coronel Fran-|cisco Félix d’Oliveira, onaõ pósso fa-|zer Sem Conferir os proprios autos | de Sesmaria formados pela Camara | da Villa do Cairú, aSim Como a | PetiÇaõ, e SupliCa domes moTenente | Coronel, para á vista, para á vista | de tudo, Conhecere indagar, qual hé | o Destrito, o Terreno, que se pede de | Sesmaria, Sua natureza, e SituaÇaõ, | que perjuizo póde Cauzar aos Reáes-| Cortes, e á ConCervaÇaõ das Matas. | Termos, em que ordenando Vossa ExCel-| lenCia, que Se juntem a estes Reque-|rimentosos Referi dos autos, e Sendo-|me remetidos, informarei, Como Vossa | ExCelenCia ordena, e pede aimpor-| tanCia da materia. | Deos Goarde a Vossa | ExCelenCia. Camamú 11de Fevereiro | de 1789 | O Dezembargador, Ouvidor da Comarca dos Ilheos Francisco Nunes da Costa| [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em11 deFevereiro de1789 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos, | sobre as sesma|rias.


Tânia Lobo (org.)

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Camamu, 24 de março de 1789 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo e Excellentissimo Senhor | Camamú 24 março 1789 Por José Mârques de Souza, Cabo de | Esquâdra d’hum dos Regimentos de Infan|taria dessa Cidade, remeto o Dezertor | Anto nio Manoel de Jessus, filho de | Raimundo Manoel, natural da Villa | de Marahû: Creio, que pertenCe áo Regimento d’Artelharia.| Deos Goarde a Vóssa Exce- | lencia. [espaço em branco] Camamû 24 de Março de 1789| O Dezembargador, Ouvidor daComarca dos Ilheos Francisco Nunes daCosta| [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 24 deMarço de1789 | DoDezembargador Ouvidor daComarca dos Ilheos | comaReme | ça doDezertor Antonio Manoel deJezus.


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Ilhéus, 25 de janeiro de 1795 – Antônio da Costa Camelo

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor | Ilhéus 25 janeiro 1795. Por ordem deVossa Excelência tomei posse deouvidor Intirino nesta villa, e | cabeça de Comarca dos Ilheos, como já dey conta aVossa Excelência, edetudo o que | meparesseu necessario, porem como este avizo foi por mar, osven | tos contrarios tem embaraçado aviagem daEmbarcação emque vay. | Para eu comprir como devo, avizei aoEscrivam daouve | duria João Alfonço Liberato, que seacha em Cayrû, que sem de | mora viesse para esta villa com o cartorio, assim deãoministrar | justiça as partes, eaté o prezente menão tem o dito Escrivam dado nem huã | satisfação, visto que não tem escuza, para que acarta, que lhemandey | foy nao cazião emque Remeti adevossa Excelencia, pela ordem que ella expreça | va deser Registrada noslivros das Camaras dasvillas aque pertence. | Oescrivão da Camera davila deCayrú meRemeteu | o Recibo dacarta deVossa Excelência, edaminha que deregi aaquela Camera, | que e) o em cluzo para Vossa Excelência ver apoca atenção dodito Escrivam da Came= | ra, não querendo delcarar que cartas Recebo, oque meparesse es= | tranho, porem conheço ser daeleyção de Vossa Excelência, eesta falta dos= | dois Escrivoins ponho naRespeitavel prezenca deVossa Excelência, para dar a | providencia que lheparesser justa. | Os Juizes, eofficiais das Cameras | desta Comarca, que sairão este anno nos Pilouros, ede Barreto, tem vin | do, eoutros mandado com detrimento pelas suas cartas de comfir= | mação, evoltão sem ellas, por não ter eu cá o Cartorio, eaome | nos o Rol dos culpados, e os competentes, para reconhesser setem | cauza, que proíba serem, ounão aprovados nosempregos aque vem, | epor esta falta estam asvillas sem os competentes Juízes, eos[ilegível] | deste anno, ecomo eu ignoro oque devo p[a] esseder neste fato, e= | nos expreçados, Vossa Excelência medetriminará oque devo seguir.| Deos Guarde aVossa Excelência por muitos duplicados annos. Villa deSam | Jorge dos Ilheos, ede Janeiro 25 de 1795 | Ouvidor Intirino Antonio daCosta Camello.


Tânia Lobo (org.)

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[fólio 2] O Indio Joze Caetano fez entrega | de duas cartas hua para o Juis [ilegível] | [ilegível] desta Villa eOutra [para] [.] | [ilegível] epara [ilegível] Vila [.] este de | ma letra eSiqual Villa [ilegível] | 3 de Janeiro de 1795 | Dezembargador Ouvidor João de | [fólio 3v, paisagem, metade inferior] Em 15 deJaneiro de 1795 Do Juis ordinário querendo do | Ouvidor interino da Comarca dosIlheos | sobre ordinário daCorreição, edaVila | deCairú _ e


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Ilhéus, 25 de novembro de 1794 – Antônio da Costa Camelo Apógrafo Anexo 1 – Antônio Figueiredo Rodrigues de Eça e Castro Anexo 2 – Antônio da Costa Melo Anexo 3 – Vigário José de Villa Boas

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Ilheus 25 Novembro 1794 Tenho diante demim arespeitavel carta deVossa Excelencia para | medirigir naconformidade daordem que pella mesma recebo. | O Juiz Joze Francisco deAraujo Lima tem entregue a-| Camera aquantia de 111 Reis, epara aentrega o fis notificar, earesp[eito]-| dodinheiro daOrpha que sehabilitou por estar cazada, eigualmente o-| mais que aos orphaoñs, eomesmo Juis declarou aVossa | Excelencia seacha no cofre empoder deManoel Gomes, como Thezoureiro | naõ posso nesta occaziaõ fazer certo o efeito dessa declaraçaõ | por naõ ter tido tempo para essa averiguaçaõ, enaõ sucedendo | assim, como declarou odito Juis farey ir naprimeira occaziaõ aprezença de | Vossa Excelencia por razaõ deestar esta embarcaçaõ apartir, epedir este | facto averigoaçaõ de menos aceleraçaõ.| Em comprimento daOrdem que acabodereceber de Vossa | Excelencia remetto o Escrivaõ Antonio Manoel daSylveira, conaculpa, eerros | deseo officio aoDezembargador Chanceler conceilhero.| Naõ é possivel, que eudeixe depor naprezença deVossa Excelencia oen-| conveniente, que experimentaõ os moradores desta Villa, é o facto, | Antonio Rodrigues de Figueiredo deEssa, eCastro, que algu) tempo foi Capitam | deAuxiliares destaCidade afetivamente traz os moradores desta Villa a-| sustados comprizoñs aOrdem deVossa Excelencia pedindo auxilios daparte | deSua Magestade, como Vossa Excelencia pode ver dacarta incluza, que mesmo | mandou ao Capitam Mandú doRegemento destaVilla pedindo auxilios | para prizoñs, correndo cazas, efazendo fugir dellas oseus morado-| res: este homem hí custumado asemelhantes insolencias, eja notempodos | antecessores deVossa Excelencia pren-


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dia soltava atitulo damesma Ordem,| em[ilegível]i h u) dos prezos pelo dito Destas insolencias dei conta rezultan| do mandase tirar hu) sumario, que naõ tive efeito pelo meyo que omes-| mo podeter, para sei[z]entar delle, epor naõ ser punido; agora entempo | deVossa Excelencia contenua namesma desordem : eu dever[ia] comajurisdi-| caõ que me ê commetida punir; porem naõ quero tomar asatisfaçaõ <devida> ||1v Divida pela Justiça, por que Vossa Excelencia como supremo senhor ê que mede| ve determinar, por ser este homem aqui muito aparentado, e | muito peturbador dosucego respubLico embaracando-se | contoda aGovernança destaVilla, esó verificamos en sucego se se-| procede-se contra elle, eavista do processo ser obrigado aoque | Vossa Excelencia bem lheparecer. Deus guarde aVossa Excelencia por muitos anos Villa deSão | JorgedosIlheos 25 deNovembro de 1792 | OJuis ordinario dos Ilheos, Antonio daCostaCamello |||2v [outra letra, paisagem, metade inferior] Em 25 deNovembro de 1794 | DoJuis ordinario que teve | deOuvidor Interino daComarca | dosIlheos sobre ospro cedimentos do | Juis ordinario daquela villa Jozé | Francisco de AraujoLima, e doCapitão | Antonio Rodrigues de Figueiredo etc.

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[primeiro anexo, outra letra] Senhor Capitam mandante Manuel Ignacio dos Reis | Para certa deligencia doServiço deSua Magestade | percizo que Vossamerce me preste o-auxilio deSinco ou-| seis soldados, elhe orequeiro daparte do Ilustrissimo, eExcelentissimo, Senhor | Gener<al>, | Deos guarde avossamerce como dezeja Ilheos, Sinco docor| rente denovembro de 1794 .| Devossamerce | Muito venerador eobrigado | Antonio Rodrigues deFigueiredo DeçaeCastro | Capitam de Granadeiros |


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[outra letra] Reconhecemos a Letra e forma aSima | Conteuda Ser a propria do punho deAn| tonio Rodrigues deFigueredo deEssa e | Castro por termos outras semelhantes | nos Nossos Cartorios aque nos Reporta| mos e queremos o prezente Reconheci| mento enque nos aSignamos |||1v nos aSignamos Sobre hum só pubLi| co nesta Villa dos Ilheos aos 13 de Novembro | de 1794 | Emfé e Testemunho de verdade do Termo | F[4 bolinhas] C | D| Francisco Correada Costa | oTabeliam Antonio Manoel daSilveira |||2v [outra letra, retrato, metade inferior] A OSenhor | Capitam Mandante Manuel Ignacio | dos Reis, | Espera Receber Merce | Caza

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[anexo2, outra letra] Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Tenho diante demim arespeitadaCarta deVossa Excelencia | ordenandome que porauer falecido o Dezembargador Francisco Nunes da=| Costa, ouvidor destaComarca enaõ ter ainda chega do oque | se axa nomeado porSua Magestade meordena que Como Juis | ordinario daCabesa deComarca, Sirua eu entirinamente | de ouvidor passando a vara de Juis ao vereador mais velho, eque- | para coms tar mandasse registar a ordem nos Livros dasca-| meras das villas aque tocar .| Em comprimento daordem exposta Fis-| Cumprir namesma Forma que Vossa Excelencia me ordena porém a | Respeito dajurisdiçaõ de ouvidor que Vossa Excelencia me comfere, paresse | naõ ser pocivel, que eu possa con tinuar com aseita-| saõ de Vossa Excelencia sem porpor o que Ca[.]sso, porque como ho=| mem Rustico, cometerej des acertos, eemtal cazo tera | Vossa Excelencia por des a sertada aeleyçaõ que demim Fes epara ser | prouido dosecorro nesseçario, vou espor a Vossa Excelencia naõ-|


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[ilegível] estar persuadido que anomeasaõ que Vossa Excelencia Fes | de ouvidor hé ate achegada do que seacha no[me]ado por-| Sua Magestade emquanto Vossa Excelencia naõ mandar o Contrario.| OS Juizes Ordinarios desta vila que sahiraõ nos Pi-| Louros que eu Fis neste anno, semeopoem, para que em sendo | apossador aja eu de entregar auara de Ouvidor ao Juis | mais uelho, mas eu no emquanto naõ tiver ordem de Vossa | Excelencia estou no acordo deanaõ entregar, aexemplo | deAntonio Jozé Martins, que tendo amesma Jurisidi-| saõ sendo Juis, depois auendo nouos Juizes Fi-| cou elle sempre con seruado no Lugar do Ouvidor ate a-| chegada do Ouvidor destaComarca, Como naõ quero | cair no desagrado de Vossa Excelencia vou suplicar oque deuo se-| guir | Bem me custa tomar a Vossa Excelencia opriciouzo-|||1v Tempo que caresse, porem Excelentissimo Senhor se eu o naõ Fizer | dexo de cumprir comoque Vossa Excelencia me tem em carregado | Fuy avila de oliuenca Fazer os Pilouros para | os Juizes que aonde seruir o triano Futuro elá naõ achey | o Atual Diretor Francisco Antonio da Silveira que se dis Foi para essa | cidade enaõ tendo as chaves doCofre que pre cizaua para nele | Recolher os Pilouros, e rendas doConcelho, arequirimento dos-| officiais daCamera, e Respublicos mandey despregar | a Fechadura doCofre emoqual achei emdinheiro 3$235 reis Ren| dimentos do mesmoConcelho do anual que paga cada | hum cazal de Indios a 240 Reis des o anno de 91 emque | entrou asiruir por Diretor odito Francisco Antonio | daSilueira que seaxa auzente avendo, nadita villa 144 | cazais constantes da atesta saõ j unta do Vigario | atual daquela Freguezia: | Fui Requirido pelos o fficiais daCamera que | tomasse contas do dinheiro erendas emque se concidera alcan| cado aatu[al] Diretor, mas naõ o fis por naõ ter de Vossa | Excelencia comiçaõ, epertencer aoCorregedor, posto que aa-| ueriguaçaõ daConta se fas nese caria a tendendo | aque 144 cazais pagaõ anual mente 34$560 eem-| 4 annos desde 91 ateoprezente de 94 deue ter oCo| fre 138$240 emque sedeue crer o Alcançe do| Atual Diretor. | Achei dentro doCofre humaCarta feixada | que tinha por titulo [4]1$715 que entregou Bernardo Pa-| is deAmaral Diretor


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que foi desta villa pelos | alcances em que ficou, euista aCarta merequere| raõ osditos officiais que aabrise, edentro nelaa-|||2r Achey 40$400, epela diferença examinei oLacro da-| Conta do antecedente Diretor Bernardo Pais, etem por | termo amesma quantia de 41$715 do titulo daConta | Dos 40$400 reis que achey meRequereu o Reverendo vi=| gario daFreguezia que a 6 annos só tinha Recebido | emtempo do antesedente Diretor 10$ [.] tantos reis para oRe-| paramento da Freguizia, e nem huã outra quantia no tem-| po do atual, pedindome lhe conferice oque pertencia | aFreguezia para aReparaçaõ della mandei emformar aos-| officiais daCamera, epela emformaçaõ lhe mandei dar | 20$400 pornaõ poder ser mais, eporesta falta es=| ta aFreguezia apadesser Ruina.| Pella Falta do atual Deretor por naõ ter aquem entregasse | oCofre ePilouros liuros, eadireçaõ dauilla por estar como | emdesamparo e tambem por falta deCapitam Mor ema| is officiais, eu meachaua em conculta emuereassaõ | para anomeassaõ de Diretor emquanto daua parte a Vossa Excelencia, | nesta acçaõ merequereraõ os o fficiais daCamera, e-| Respublicos emuozes porem comsubmiçaõ que quiri-| aõ para seu Diretor a Manoel doCarmo deJESUS | aesta grande instancia, lhes preguntey aRazaõ que ti-| nhaõ para quererem aquele Diretor, Responderaõ.| Que oatual naõ insinaua a seos filhos aler | nem es creuer enumca deu escola comforme adire=| çaõ dauilla elhenaõ adiministraua Justiça eera | espotico detal sorte que porqualquer Requerimento sem | [prosseder] os termos daley [o]spr[inde] emete | naCadeia, elã os demora o tempo que quer ateque | lhepagaõ, eaqueles que naõ tem meios de o fazer uendosede | morados Cuydaõ em arombala para [...] seexentarem, | auendo pelo esposto outras desordemes.|||2v Por estatuto da villa paga cada hum cazal 240 reis | metade para oConcelho, metade para a Freguezia por serem | poriso exentos da despeza dafabrica quando morrem | eporeste motiuo è que apliquei ao Reverendo vigario os 20$400, | o atual Diretor obriga aque cada hum cazal pa| gue pelos 240 hum alqueire de farinha que val 400 reis | edeprezente 480, eaqueles Indios que

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naõ tem a-| farinha ordenalhe que aComprem porestes presos | para lhedarem pelos 240 reis obriga aos Juizes eo-| ffici[aes] daCamera aasinarem osdespachos que | elle ditta eescreue e ate alguas uezes elle mesmo | fas aspiticonis equando lherequerem que querem | Ler o despacho, Recuza ealguins lhedizem veja-| mos aordenaçaõ elle lhes dis, iso naõ è para vos ou-| tros, asineaquy, esó seobra o que elle quer, por-| que geralmente ostrata com desprezo.| Que por ser homem nimiamente pobre | e decrepito demais de 80 Annos serremedeia | e sustenta como dinheiro doConselho como eraCons| tante que aquele Manoel doCarmo de JESUS | que pidiam para seu Diretor, tinha meio desi sus| tentar, eamay or razaõ [de]s[e]r criado naquella | villa esaber alingua Geral deIndios para me-| lhor saber emsinar aLem daCapasidade que | nele achauaõ que porisso pediam emer[e]quiriaõ opro-| uesse no e[mpreg]o de Diretor visto que oatual tinha dic-| hado oCofre etudo pertenssente a Direturia em-| notoria desordem avendo poriso falta dasren-| das doConselho eque elles officiaes daCamera da=|||3r DavamConta aVossa Excelencia .| Visto pormim orequirimento mandei laura termo, | epormeparesser iusto pella precizaõ efalta do atu-| al Diretor nomeej ao dito Manoel doCarmo deJESUS | por diretor emquanto Vossa Excelencia naõ mandar oContrario. | Avilla deque trato estaComo despo-| uoada porterem dezertado della muntos cazais ean=| daõ espalhados porto daparte por naõ serem obrigados | arezidir nadita villa nacomformidade doestatuto de| lla.| Acade[i]a achasse aruinada eem| capas deser exemplar por ser cuberta de palha,| porlheterem desem caminhados atelha, Estes fatos | Reprezento a Vossa Excelencia por obrigassaõ demeu officio | para que Vossa Excelencia mande oque for seruido. Deos Guarde a Vossa Excelencia | por muitos annos villa deSaõ Jorge dos Ilheos 28 de | Dezembro de 1794 | OOuVidor Intirino Antonio daCostaCamello |||4v [outra letra, paisagem, metade inferior] Em28 deDezembrode |


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Cartas Baianas Setecentistas

1794 | DoJuis ordinario queseruia | de Ouvidor interino daComarca dos | Ilheos Antonio daCosta Camello | dando parte deter tomado posse | e dasdesordens de hum Diretor | davilla deOliuença __ Respon|dida em 28 deFevereiro de1795

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[terceiro anexo, outra letra] He certo hauer nesta Freguezia, Segundo o meo Rol da des obriga da Quares-| ma do prezente anno de 1794, cento, quarenta, e quatro Cazaes, os quaes saõ | obrigados desde oprincipio desta Villa apagarem annualmente aquantia deduzentos, equa-| renta reis, para o Conselho, e Fabrica desta Igreja Matriz Freguezia de Nossa | Senhora da Escada danova Olivença ede Dezembro, 21 de1794 | OVigario Jose de Villas Boas


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Ilhéus, 02 de fevereiro de 1795 – Bartolomeu Serqueira Lima

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Ilustríssimo, Excelentíssimo Senhor | Ilhéos 2 fevereiro 1795 Pretendo a Cámara desta Villa | com assistencia minha fazer nomináta de Capi- | tão-mor, cujo Ponto, há quasi dous ános, se acha | vago, por obito de Felidóro Francisco Marques, a | não temos feito na incerteza da Aprovação de Vossa | Excelencia: e por isso espero que Vossa Excelencia me ordéne, se posso, ou devo fazer com a Camara a dita | nomináta. | Deos Guarde a Vossa Excelencia. | Ilheos 2 de Fevereiro de 1795 | O Ouvidor interino de Comarca dos Ilhéos – Bartholomeo Serqueira Lima [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 2 de Fevereiro de 1795 | Do Juis ordinario para o Ouvidor interino da Comarca dos Ilheos so | bre pertender a Camara propor oPos- | to de Capitão dasordenancas da Vila dos | Ilheos. Senhor Excelentissimo Respondeu queoreser- | vará aproposta para quando chegar | Ouvidor nomeado por Sua Magestade | vide a Carta de 28 do dito mez etc.


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Ilhéus, 25 de janeiro de 1795 – Bartolomeu Serqueira Lima

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Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor | Ilhéos 25 Janeiro 1795 Prosedendose nesta Vila a factura dos Pilouros da Justissa | o anno proximo passado que prezentemente seabrio, sahieleito | para ser vir o cargo de Juís ordinario econfirmando-me no dito car- | go, meapossarão os veriadores daCamara, mandando Logo | Lavrar termo, para que servir-se interinamente de ouvidor destaco= | marca, por estar noLugar demais velho, obrando-se em tudo | conforme achei doReino. | Para com mais acerto seproceder noasima ex- | posto, seaprezentou em camara a saudavel ordem e Vossa | Excelência, na comformidade daque fico servindo odito cargo pois bem | entender, que estava servindo Antonio da costa Camello, por estar | ocupando o cargo de Juis ordinario eporque findou o dito empre= | go, entenderão os veriadores, que tão bem findou ocargo de- | ouvidor. | Todos os moradores desta Vila esta= | vão clamando pela severidade conque oreferido Antonio da- | Costa camello estava ocupando odito lugar, pois em tão [brex] | tempo, criminou asinco pessoas, prendeo aoutros, té degradou, | passando afazer piloros na Vila de olivenssa donde té á | rombaxocofre do concelho, por senão achar nadita Vila o derec| tor, enomeou logo outro finalmente dizendo que Vossa Excelência mede tri- | mine, semedevo conservar nodito cargo, pois nada devo | obrar sem expecial or dem de Vossa Excelência, pois só [dezejo] ad- | ministrar aJustiça, e pás | Deos Guarde a Vossa Excelência por de latados annos ||1v Villa de São Gorge dos Ilheos 25 de Janeiro de 1795 | De Vossa Excelência | Umilde Sudito | Bartholomeu Serqueira Lima [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 25 de Janeiro de 1795 | Do Juis ordinário da Vila dos | Ilheos, que teve de Ouvidor | interino [ilegível] parte dos | Pilouros, edeter tomado [ilegível] de Juis interino. | [ilegível]


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Ilhéus, 27 de abril de 1795 – Bartolomeu Serqueira Lima – apógrafo

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Illustrissimo eExcellentissimo Senhor | Ilheos 27 Abril 1795 Por Supor que já aesta ora terá o Juiz Ordinario da Villa do Cayrú | Jozé Liandro Muniz posto na Respeitavel prezença de Vossa Excelencia algumas | Comtumedias, e mal fundados queixumes proprios do Seo espirito, | deorgulho, edevingança Contra o Escrivam desta Ou vidoria Joaõ | Affonço Liberato, passo aparticipar aVossa Excelencia osdespotismos, incivi-| lidades que tem praticado odito Juis .| Vendo odito Escrivam no dia 10 deste mes em Caza dodito | Juis ao Senhor de Engenho deMapendipe Francisco Duarte Silva que hé Reo| neste Juizo, eque está Sem Carta deSeguro, querendo fazer a Sua| obrigaçam, eSeguir os [estragado] deSeu Regimento, foy aCaza dodito Juis, eCom pala-|vras Cortezes pedindo-lhe venia lheadvertio que aquele homem era pu-|blico, e naõ inorava odito Juiz Ser Reo de Culpa neste Juizo, pelo que lhe ro-|gava daparte deSua Magestade lhedesse auxilio para oprender, eque dali o naõ | deixasse Sair Senaõ para aCadeya, deste facto Seirritou tanto odito | Juiz que emtrou adesCompor odito Escrivam deLadram, Rediculo, bandalho, e | vil, edamesma forma Consentio que oReo tratasse aomesmo Escrivam, e isto | Com vozes tam aLtas, edesConCentradas, que sefês escandalozo em t[o]|da a villa ealem disso o amiassôu delhedar Com hum Pao, eofaria Se [estragado] | tivessem maõ, emofondo do Requerimento dodito Escrivam naõ Sô naõ prendeo | o Criminozo, Como ainda Continuou Com elle ajugar, Cumer, ebeber | em Sua Caza, e ahy o ConServou publica mente athé de noite aoras que | oembarcou para o Seu Engenho aCompanhado deSeos escravos armados, | Sendo o Cazo aContecido as 8 oras damenhaã. | Naõ parou aqui o odio, evingança deste Juis, porque | Logo nodia Seguinte 11 mandou por dois officiaes de Justiça Conduzir | a Sua prezença ahuma mossa denome Ignacia Maria filha de huã viuva | Anna Joaquina moradora namesma villa, epondoa em Sua C[aza] | pelas duas oras datarde Sem Requerimento departe, eapezar devio lencias | amiassando-a Com cadeya,


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ealiciando-a Compromessas de duzen|tos mil Reis obrigo[u] apublicar que odito Escrivam atinha deflorado, e | Raptado daCaza deSua May dizendo-lhe, que por Ser o Escrivam vil | lhepagaria para isso duzentos mil Reis, Se ella naprezença deVossa Excelencia naõ ||1v Naõ dissesse o contrario disto, emandandolhe fazer exame por duas | Mulheres, formou hum Aucto deDevassa exoficio, eentrou | adevassar do Cazo fundamentado tal vês naordem, enaLey de | dezanove de Julho, digo dedezanove de Junho de 1775, que man=|da devassar pelo crime de Rapto, Seduçaõ aLiciaçaõ Solicitaçaõ, | e desfloramento, naõ Sabendo que esta ley está deRogada pela nova=| Sima de 6 de Outubro de 1794 [estragado], e depois deassim prosseder odito | Juis mandou depozitar amossa em caza de Ignacio Jozé daPuri=|ficaçaõ onde esteve athé anoite do dia Seguinte, epara lhemandar | [e]lla dizer por aquele depozitario, que Seelle dito Juis obrava Seme=|lhantesinSolencias para efeito deprosseder Contra odito Joaõ Affon=|ço, que ficasse desenganado, que ella tal naõ fazia, tanto para que | nada doque elle tinha prossessado hera verdade, Como porque este lhe | [naõ] devia aSua honra, eella para Satisfazer a vingança do Juis | naõ queria gravar aSua Conciencia, pois tanto naõ tinha Sido | Raptada da Caza deSua May, que Com ella estava morando em | Caza deSua Avó. Com esta proposta tanto Seemforesseu | [o] Juis que Respondeo aodito depozitario adiante dosque prezentes esta|vaõ Com estas paLavras = diga aesse diabo que Sevã Com os=| diabos, que oque eu dela queria já tenho, e Com taõ Cego odio, que | aprincipiou atirar a devassa nodia 13, edos Prazeres deNosso Senhora; fe=|rios feixadas ad honorem Dei, intimidando ostantos para jurarem | aSeu gosto, naõ atendendo aos Requerimentos que fazia amossa, em | que deCLarava naõ ConSentia emtal aLeyvozia, Continuou | atirar adita devassa, dizendo que avia fazer Certo o Seo dito. | deperder aoEscrivam em fazer que Vossa Excelencia obotasse fora daComarca, | eainda aqui naõ parou o excesso devingança do Juis, pois | dahi em diante entrou ainjuriar aoEscrivam depalavras publi=|cas, eparticular mente mandou Cercar, eCorrer a Caza para o pren| der fingindo huã ordem emque dizia Secorresse a Caza do= | Escrivam para prender amôssa, que Lá Seachava oCulta, quando pelo Con|trario amolher doEscrivam h)e muito honorada,


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eincapás de ConSentir | em Sua Caza molher desse Caracter: dahi emdiante entrou a= ||2r Entrou aquerer prender os escravos do Escrivam, eaSoytalos no Pilouro, | eopôs em tal aperto quelhe foi percizo Sahir daquela Villa oCulta | mente para esta Com todos os Seus escravos, homens desamparando a | Sua Caza deixando aSua molher Sõ Com duas escravas, tomando | o Caminho deterra demais de40 leguas para esta Villa.| Já hé Excellentissimo Senhor dispotismo dehum Juis proSeder| Contanta violencia, eultraje Contra hum Escrivam daouvedoria | Contra aRazaõ, Contra ajustiça, Levado depaixaõ, efia[do] | tal vês naRiqueza que [estragado] , eno desamparo emque Seacha | odito Escrivam depois damorte do Dezembargador Francisco Nunes da Costa, Cor|regedor que foi desta Comarca que o destinguia, ehonrava Como elle | meresse. | Quando este Escrivam meressesse algum Castigo tinha nessa| Cidade aVossa Excelencia, enesta Comarca amim para o Castigarmos.| Inda quando odito Escrivam inda naõ desmeresseo em Couza alg)ua| aquele bom nome que lhedava, e bons officios que delle fazia o Dezembargador | Francisco Nunes, porque elle hé obidiente aos Seos Superiores, pron|to nas Suas obrigassoens, Limpo demaõs, grato para as partes, emuito | entendido para o Seu officio, eisto diraõ todos aexcepçaõ daquele | orgulhozo Juis.| Eu por Cauza do Rigorozo inverno, eventos Contrarios que | me prohibem hir aVilla do Cayrú, tenho dado Comissaõ ao Juis Or=|dinario daVilla de Boipeba para Susponder, eSumariar odito Juis pelo | Cazo do Criminozo, eproSeder Contra elle Comforme aLey, | Se Vossa Excelencia naõ mandar o Contrario | Deos Goarde aVossa Excelencia Ilheos 27 deAbril de | 1795 | O Ouvidor Inteirino da Comarca dos Ilheos — | Bartholomeu Serqueira Lima [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 27 deAbril de1795 | CartadoOuvidor interino dos Ilheos, partici-|pando os injustos procedimentos do Juis Ordinario | deCairú. Jozé Leandro Monis | Respondida emCartade18 de | Mayo domesmoanno.


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Ilhéus, 31 de agosto de 1795 – Bartolomeu Serqueira Lima

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Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor | Ilheos 31 Agosto 1795 Tenho Cumprido aordem de Vossa Excelência aRespeito do | Juis ordinário daVila do Cairú, Jozé Liandro Mo | nés oqual sefazia indigno do Lugar que o cupa: | dei chei aoEscrivão só mente o direito de usar daSu[a] | Justiça epor officio que dirigi ao Juis ordinário da | Vila de Boipeba, João Francisco dos Santos: não S[estragado] | deichei ao dito Juis do Cairú o cupar o Seo Lug[estragado] | Como mandei Suspender o Sumario, que Contra | Elle Sepertendia por erros do officio. | Omesmo Escrivão João Affonço | Liberato, que Seacha desde de Abril seriamente do | ente deSezoens. manda nesta o cazião tira[r] | Provizão do Seo officio, posto que fica Reciozo | dos amiaços Comque o dito Juis do Cairú otratou | eu tenho já emformado aVossa Excelencia aptidão, e ca | pacidade, easim espero da Inata Bondade de Vossa | Excelencia lhedé nova Provizão, para que nelle Senãoa | cha erros do Officio, antes mente em telligencia, eobedi = | encia aos Seos Superiores. Deos Guarde aVossa Excelencia | Ilheos 31 deAgosto de 1795 | O ouvidor dacomarca dos Ilheos Bartholomeu Serqueira Lima | [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 31 de Agosto de 1795 | Do Juis ordinario da comarca dos Ilheos que | serve de Ouvidor interino da Comarca | sobre aessecação que dará ordens [ilegível] | [ilegível]


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Ilhéus, 10 de maio de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Illustrissimo e Excelentissimo Senhor| 1796 Ilheos 10 Maio Já oanno passado servindo deOuvidor interino desta Com-| marca omeu antecessor Bartholomeo Serqueira Lima, quis este re-| meter para essa Cidade osubsidio Literario das deferentes Villas des-| ta Commarca, para oque expedio Ordens pelos Juizes Ordinarios del| las, recomendando-lhes a remessa dos dinheiros pertensentes aesta ar-| recadaçaõ tanto oque sedevia actual, como oatrazado; remeteraõ| as Camaras de Camamû, e Barcellos; porem o Juiz Ordinario [da]| Villa de Cairú naõ fez cazo desta recomendaçaõ, eathé op[re]| zente della senaõ tem remetido oreferido dinheiro, emenos livro| para rubricar eathé oprezente existem nesta contumacia; ehé| taõ forte emnaõ cumprir as ordens desta Ouvedoria, que| sendo-lhe taõ bem recomendado, naõ consentisse servir pe-| rante elle official algu) de justiça, Escrivaens, e Advo| gados que naõ tivessem provizam de Vossa Excelencia, ou provimento| deste Juizo; hé bem constante que desta recomendaçaõ| naõ fez omenor cauzo, porque ainda Escrivam algu| daquella Villa menaõ apresentou provizaõ comque ser-| ve o officio, nem quis o meu = Cumpra-se =: nella ser-| ve hum alcaide, seu Escrivam, e alguns Advogados sem| provizaõ, ou provimento: hu Tabeliaõ Escrivam dos Orfaos| Joaõ da Silva Ribeiro rapaz demenos de 25 annos, Irmaõ| do Vigario daquella Villa, que talvez poristo, pella sua pouca| idade inconsideradamente o faça, está macommunado| com hu intrigante rabula Ignacio Jozé deBarbuda||| 1v Debarbuda que taobem serve semprovisaõ ou provi| mento, aconselhaõ aos Juizes e publicaõ que a minha juris-| diçaõ hé somente restricta a des paixar alguns autos que estejaõ| parados, que ás minhas Ordens senaõ deve dar cumprimento,| que eu ali naõ tenho mando algu), que selá fôr, o Juiz em-| trez dias mefarâ despejar daterra: nestas circunstan| cias vivo inhabilitado, eprecizo deentrar naquella Villa| arecolher dinheiros de Auzentes, afazer recenciamento e remeça| delles eo


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mais que seperciza no cofre que ali existe no Con-| vento dos Franciscanos, ea fazer as mais obrigaçoens do-| meu officio: odito Juiz naõ só remete o dinheiro do subsi-| dio, nem as devaças de Janeiro oque tudo ja lhefoi pedido,| senaõ que naõ dá cumprimento aordens algumas que eu lhe-| derija: e passando omeu antecessor provimento dos officios| de inquiridor e mais anexos a Jozé daSilva Doarte, e-| de Alcaide aPedro Bernardo, o Juiz que actual| mente serve Gaspar de Armasbrum, os naõ cumprio;| e com despachos petulantes naõ quis dar posse aos providos, dizen-| do ao Alcaide, que assua nomeaçaõ lhebastava: elles faze’| quanto querem; de sorte que fallecendo Leandro Jozé Farinha| sem filhos, e com herdeiros auzentes em Portogal; seprinci-| piou o seu Inventario poreste Juizo, eestando em ter-| mos desefazer partilha com asua Viuva, e herdeiros| Auzentes sucedeo fallecer adita Viuva; mandou o Juiz|||2r O Juiz dispotecamente fazer inventario pelo seu Juizo de todos| os bens do casal, fez partilha, arematou bens em Praça eathe| o prezente menaõ remeteo os autos eo produto dos bens arre-| matados, emenos denada medeo parte quando alias lhenaõ per-| tensia, senaõ darme parte eobter commiçaõ minha: nes-| tas circunstancias se-menaõ acodir a pro tecçaõ de Vossa Excelencia| com estes máos exemplos ficarâ toda a Commarca su-| sublevada, e tem atençaõ ao cargo que occupo, nem as or-| dens deVossa Excelencia amim dirigidas que devaõ ser executadas| pelos Juizes das villas teraõ o seu devido cumprimento.| Haja Vossa Excelencia demeordenar oque devo fazer neste ca| zo, e de dirigir officio a Camara eJuizes daquela Villa aque| obriguem os Escrivaens ameaprezentarem suas provizoens,| aque cumpram as minhas Ordens, efiquem eximidos| do abuzo que lhes ingire aquele Escrivaõ eorabula seu| companheiro, que remetaõ os subsidios, equadernos para| rubricar, que cumpram com as ordens deste Juizo, enaõ| seintrometaõ najurisdiçaõ delle e naõ consintaõ| servir official algu sem provizaõ ou provimento.| Pelos muitos requerimentos dos povos desta| Commarca que me-requerem aminha existencia naVilla do| Camamû por ficar esta no Coraçaõ da Commarca,| eestarem dali neste Juizo parados muitas cauzas de cir-| cunstancias; pertendo passar-me para

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ella, atendendo|||2v Atendendo aolonge da Commarca que desta Villa ado-| Cairû distaõ quarenta legoas por caminhos scabrozos,| altas, e pedrozas serras; por mar, perigozas barras, e bra-| vas costas, peloque só espero a Rezoluçaõ de Vossa Excelencia| para fazer naquela Villa aminha existencia.| A Villa de Olivensa amuitos annos| seacha sem Capitam mor, e como hé habitada de Indios| que sem este superior sempreandaõ em dizordem, per-| tendo; seVossa Excelencia naõ medeterminar o contrario; ir| para ella afazer com a Camara Nominata des-| te posto, conforme aLei, e só medemoro emquanto recebo| a Rezoluçaõ de Vossa Excelencia.| Para tudo espero as Extima[d]as| Direçoens deVossa Excelencia que Deos guarde Ilheos 10 de| Maio de1796| Oouvidor interino daComarca dos Ilheos| Gonçalo Francisco Monteiro [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em10 deMaio de1796| DoOuvidor interino daComarca dosIlheos so| bre adesobediencia dos Juizes Ordinarios| dasVillas dadaComarca, efaltadeum privato| dassuas ordens, e remessas de [estragado] e| do dinheiro dos Defuntos auzentes – vide ares| posta em 8 dejulhodo| anno etc


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Ilhéus, 14 de junho de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Illustrissimo e Excelentissimo Senhor| 1796 Ilheos 14 junho Contra o meu genio, erezoluçaõ que tinha tomado de=| naõ pegar mais em penna para mequeixar a Tribunal algum:| por sucego meu, e dos moradores desta Villa dos Ilheos (naõ por-| outra razaõ) Sou percizado a vencer-me, e por narespeitavel| prezensa de Vossa Excelencia os excessos de Antonio Rodrigues de Fi=| gueredo, homem detanta malevoLensia, que hé forçozo fazer| com muita magoa Lembrança delle a Vossa Excelencia, dequem espero| o remedio para meu Sucego, ede todo este povo, esatisfaçaõ a-| tantos males que tem este sugeito cauzado, aos nacionais, ecircum-| vizinhos desta mencionada Villa.| Este homem Excellentissimo Senhor hé taõ in=| cLinado a impiedade, que naõ vacilla senaõ namaldade, etan-| to assim, que saindo cazualmente hu) seu primo de nome Jozé| Francisco Lima por Juiz Ordinario nesta Villa noanno| de94, e tomando-o por seu concelhero, ou acessor, este só trata-| va de odeitar aperder, aconselhando-o aque prendesse os homens| a ordem de Vossa Excelencia aao depois porquaes quer vinte patacas, ea-| inda por menos os estava Soltando; cujos cLamores por chega| rem aos piedozos olhos deVossa Excelencia o houve porbem demandar| ir aSua prezensa, e Suspendelo.| Hé outro sim homem detaõ má condu-|ta, revoltozo, inquietador do Sucego pubLico, e pertur-| bador da Republica, que chega ater saido com embar-| gos frivolos as novas Justiças, entrando pela Caza daCa-| mara dentro, e gritando com palavras petulantes, di-|zendo, que a Camara estava sobornada, eoutras pa| lavras indecentes ataõ respeitavel acto, eisto só a-||1v Afim de haverem pendencias, e perdiço=| ens: hé taõbem oposto aos Ouvidores, procurando meios| de os ultrajar, como assim sucedeo Com oDoutor Jozé| da Silva Lisboa, que sendo mandado dessa Ca-| pital pelo Senhor Marquez de Valenssa para exercer| o cargo de Ouvidor desta Commarca; este sugeito to-| do se-lheopoz,


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desattendendo-o com descortejos taes, que| em hua occaziaõ viose odito Ouvidor taõ percipitado que| o foi pessoalmente prender juntamente com os seus offici| aes, o que com facilidade consegio, eo remeteu prezo para a-| Cadeia dessa Cidade, dedonde por infelicidade des-| te mizeravel povo saio, e voltou para esta mesma| Villa continuando nas suas maldades cada vez| mais, e tomando efeitos, eoutras couzas alheias sem| satisfazer os seus donos; alem de outras couzas que| por modestia callo.| Amim de alguma sorte se metem| oposto perturbando-me ja com volumozos numeros de-| requerimentos, nos quaes naõ cessa de medescompor| oque se nesessario fôr prezentarei aVossa Excelencia: ja passan-| do por mim sem metirar o chapeo, eultimamente| dizendo, que naõ heide acabar o anno com ava-| ra de Ouvidor, e thé seopondo a execuçaõ das minhas| ordens. Em fim Excelentissimo Senhor quer Deos que Vossa| Excelencia naõ hade deixar deolhar para as maldades, ea-| nimo de semelhante homem; inda quando dis elle que po-| de fazer quanto quizer, enunca hade ficar mal; porque||2v Porque hé fidalgo, e portal seintitula, edis| ter nessa Cidade homens demuito vallor.| Outrosim naõ sessa de fingir Ordens| falsas dos Illustrissimos Senhores Governadores, para prender, ou-| taõ somente inquietar os homens, como proximamente sucedeo| que pedindo Soldados ao Capitam Manoel Ignacio com-| elles cercou a Caza do Sargento mor Manoel Felis de-| Barros para oprender aOrdem deVossa Excelencia, correndo-|lhe os intriores da Sua Caza Com hu)a Catana| nua na maõ, eisto fez so afim dever se por este| meio apanhava algumas patacas do dito Sargento mor, po| is deste modo hé que vive, alem das grandes descençoens que| diariamente estã cauzando aopovo, in duzindo-álguns| que tragaõ pLeitos, e tal vez injustos, para ter elle oprodu| to das procuratorias, e dealguns sinistros requerimentos| que taõ bem faz, dos quaes em naõ tendo despachos a seu gosto| logo sepoem afallar mal dos julgadores com inju-| ria de seus cargos, e pessoas; sendo deste procedimento| toda acauza ademaziada ociozidade em que vive, oque| bem seprova comser elle cazado nessa Cidade, elá| deixar aobrigaçam de Sua Caza, e passar-se para esta| Villa com procedimentos taes que só em volumozo papel| se poderia relatar.|


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Por cauza dehuma desattençaõ, e disfeita| que taõ bem fez o mesmo Antonio Roiz deFigueredo| ao defunto Capitam mor das Ordenansas desta Villa An-| tonio de Araujo Soares, e ao seu Sargento mor queixa-||2v Queixaraõ-se estes ao Senhor Dom Rodrigo con-| digno antecessor deVossa Excelencia oqual Senhor mandou que ode| funto Francisco Nunes daCosta Ouvidor que foi desta| Commarca sumariasse delle, oque com efeito fez;| porem como logo faleceu ficou o sumario sem sen-| tensa, e seacha neste meu Cartorio da Ouvedoria| Pesso aVossa Excelencia que pelas chagas de Christo haja por| bem de mandar ir a Sua prezença o tal sumario, oudar| licensa ça para se sentenciar conforme o seu mereci-| mento. O que sobre tudo dezejo hé naõ sair| da graça deVossa Excelencia e que Deos Nosso Senhor lhe| felicite avida, e guarde por muitos annos. Villa| de Sam Jorge dos Ilheos 14 de junho de1796.| Doouvidor interino | daComarca dos Ilheos | Gonçalo Francisco Monteiro [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em14 dejunhode1796| DoOuvidor interino daComarca dosIlheos| contra Antonio Rodrigues deFigueredo pelosfactos| insolentes, e despoticos – Sua Excelencia oman| davir aesta Cidade, respondeo ao ouvidor| vide asCartas de 8 de do mez etc.


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Ilhéus, 23 de julho de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro – apógrafo

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llustrissimo eExcelentissimo Senhor | 1796 Ilheos 23 julho O Juiz Ordinario daVilla de Cairû Jozé de Jezus| Maria Passos meescreveo a carta, que incluza| remetto aVossa Excelencia determi nando-me, que logo esem| perda detempo sem eu admittir pretexto, ourazam| alguma, faça hir arespeitável prezença de Vossa Excelencia; ao-| Escrivam desta Ouvedoria Joaõ Affonso Liberato, fa-| zendo primeiramente hir aVilla de Cairû; odito Escrivaõ| estâ prompto para executar aordem deVossa Excelencia, eeu| naõ menos deomandar, como devo; esó sedemora| emquanto Vossa Excelencia rezolve sobre esta que agora derijo a-| Vossa Excelencia.[espaço] Este Escrivam Excelentissimo Senhor ainda athe oprezen-| te naõ tem delinquido em couza alguma poronde me-| ressa o menor castigo; ainda naõ desmereceo obom| nome, efama, que delle dava oDezembargador Corregedor desta| Commarca Francisco Nunes daCosta, hé muito exacto nas-| suas obrigaçoens, limpo demaons, despachador das par-| tes, einteligente noseo officio: elle meinforma, elle mein-| forma com verdade, epela pratica que tem a quinze annos| desta Commarca da indole dos individuos della; aplica| oque hé abem doRealServiço em nenhuã das Villas| desta Commarca há quem delle sequeixe: eu onaõ posso| separar de mim; tem bom nome em toda a commarca| excepto na Villa de Cairû depois que teve nella huma| dezordem com elle oSargento mor Jozé Liandro| Munis, que o ultrajou: odito Escrivam achase nesta| Villa assistindo, efazendo as suas obrigaçoens desde| o mez de Janeiro do anno passado, elogo que aqui che-| gou adoeceo de humas perniciozas cezoens, que es-| teve emgrande perigo devida; edaqui sahio em-| setembro dodito anno para aVilla deCamamu, a| tomar outros ares; alí esteve em Dezembro sem|||1v Sem esperan ças devida de huma grande mali-|gna, que padeceo, e quando convaleceo foi nomez de-| Março deste anno emque foi para Cairû na semana| deLazaro, ahi esteve aSemanaSancta, e na de-| Paschoella veio para esta Villa, onde athé oprezente estâ| assistindo sem daqui sahir aparte alguma, servin| dooseuofficio,


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eobedecendo-me em tudo como hon-| rado; ebom subdito: naõ sei como em taõ poucos di-| as, em tal tempo daSemanaSancta podesse fazer| desturbios, inquietaçoens, e intrigas, cujos improperios| lheempoz aquelle Juiz em huma carta que meescreveo| em resposta dehu officio que lhederigi odenandolhe fi-| zesse remetter para este Juizo os dinheiros deSubsidio Literario | que a muitos annos Senaõ remette, e muito menos quadernos no-|vos para se rubricarem huns dinheiros de auzentes pertensentes| ao fallecido Liandro Jozé Farinha, ejuntamente que| fizesse suspender aos Advogados Escrivaens, e-| Meirinhos que seachassem sem Provizaõ, ou Pro-| vimentos, eque amesma suspençaõ praticasse comhu)| Veriador, e hu Procurador Joaquim deFreitas, eFrancisco-| Xavier doNascimento que ambos actualmente servem naCa-| mara daquella Villa sem Carta deUzança: | nada disto cumprio aquelle Juiz, antes supondo| que este meo officio seria lembrado pelo dito Escrivaõ| desta Ouvedoria, como na minha carta sea-| nimou a dizer-me, talvez que por si, oupor inter-| posta pessoafizesse alguma sinistra queixa a-| Vossa Excelencia induzindo-o para isso aquelle poderozo inimigo| dodito Escrivam que publicamente protesta perder-ll[o], e-| tirar-llo do officio: naõ mequeixei aVossa Excelencia nem| fiz o menor cazo de dizer oEscrivam da Camara|||2r DaCamara daquella Villa Joaõ daSilva Ribeiro| que alem das muitas faltas que tem noseu officio dehu)| genio vaidozo esoberbo fiado talvez emser | Irmaõ doVigario que disse nacara do mesmo Escrivam| perante algumas testemunhas que eu naquella Villa naõ| tinha jurisdiçaõ alguma, eque seeulá fosse| dentro em trez dias mefaria despejar: esse Es-| crivaõ hé muito Amigo do Juiz, e hé quem oa conselha,| eo mais hé que eu estou vendo executada asua| falsa prepoziçaõ, porque ordem nenhua tendente| aomeuofficio vai para aquella Villaque se cumpra| isto naõ mehé deficil mostrar autenticamente pa-| r[a] ante Vossa Excelencia.[espaço]Hé bem constante asua| bondade e Benignidade deVossa Excelencia emque confio naõ| permitta que sefaça ludibrio deste honrado Es-| crivaõ, pois estâ bem visto que aquelle Juiz quer fa[r]| tar oseu antuziasmo com a passage doEscrivam pelo| Cairû para assim mostrar, que sem eu ser ouvido so[letra ilegível]| be elle satisfazer a sua paxaõ, edos mais daquella| Villa opostos ao meu mizeravel Escrivam| etalvez

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para assim contar aVossa Excelencia que odito Escrivam| estava naquella Villa praticando as falsas malda| des que elle, ou algu) seu apaxonado poria na Pre| zensa deVossa Excelencia| Rogo aVossa Excelencia pelas suas entra-| nhas depiedade naõ queira ser instrumento davingansa| daquelle Juiz, eoutros seus apaixonados, pois a e[x]| ceçaõ daquella Villa julgo naõ haverâ quem macule| ahonra do meu Escrivam, porquem torno arogar aVossa| Excelencia o conserve noseu officio deque hé muito digno| odispense dehir asua prezença, o naõ separede|||2v De mim ainda nesta occaziaõ taõ critica| emque pertendo passar a Camamû aapaziguar| as desordens que ahi se movem para oque mehé muito preciza a Companhia do meu indigente Escrivaõ.| Espero resposta, e as Saudaveis| Determinaçoens deVossa Excelencia para executar neste| cazo oque Vossa Excelencia meordenar.| Deos guarde aVossa Excelencia Ilheos| 23 deJulho de1796 Oouvidor interino daComarca dos Ilheos| Gonçalo Francisco Monteiro [2v, paisagem, alto-direita e outra letra] Em 23deJulho de1796| DoOuvidor interino daComarca dosIlheos| sobre anecessidade daComarca que tinha doEscrivam| daOuvedoria Jozé Affonço Liberato, que | Sua Excelencia mandava vir a essa Cidade| Vide aresposta de1deAgosto | do corrente anno.

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Senhor Ouvidor da Comarca | Por ordem que teve deSua Excelencia o Senhor General em a-| qual me ordena que logo, e Logo, Sem perda detempo | faça ir aSua Prezença Joaõ Affonço Liberato, es-| crivaõ da Ouvedoria desta Commarca, nao lhe admitindo | eu pretexto, ou Razaõ alguma, que haja de embaraçar | aSua Ordem, eporisso em observancia da mesma | ordem dodito Senhor Vossa Merce ofara vir a esta Villa do | Cayrû para della se transportar para aCidade da Ba-|hia a prezença domesmo Senhor. Deos Goarde a Vossa Merce etc. | etc. Cayrû 12 de Julho de1796 | De Vossa Merce | Attenciozo Venerador e Servo | O Juiz Ordinario Jozé deJESUS Maria Passos.


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Ilhéus, 23 de julho de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Illustrissimo e Excelentissimo Senhor | Fiz sciente á Camara destaVilla | daCarta de ordem de Vossa Excelencia, em que determina a | paz, esocego desta Comarca, eo quanto abuza Vossa Excelencia | as desordens, e dispotismos naõ só dos Juizes ordinarios | das diferentes Villas desta Comarca, como deou-|tros de Governança; de que ficaraõ entendidos; e | o mesmo pertendo praticar com as Camaras, eJui-|zes das mais Villas, para onde pertendopassar pes-|soal mente : os Individuos desta Comarca, Excelentissimo Senhor, | naõ se atreviaõ adispotismos, vivendo o Respeito do Dezembargador | Corregedor dellaFrancisco Nunes da Costa, com afalta | deste cada hum quer ser Ouvidor, todos que-|rem mandar, enenhum obedecer, detestaõ da paz e | da Súma Bondade de Vossa Excelencia, e publicaõ que he nem|huã a minha Jurisdicção: mas eu lhes pertendo mostrar | o contrario, se Vossa Excelencia mo permitir, e animar com o | seu grande Respeito, e illimitado poder.| Ficaõ muito satisfeitos os Lavradores de man|diocas do Contorno destaVilla com asoltura do pre-|ço das farinhas, e me periuado que naõ deichará deter | augmento estaLavoura pelo grande gosto, com que | todos prometem plantar. | Deos Guardea Vossa Excelencia Ilheos, 23 de | Julho de 1796 | O Ouvidor interino da Comarca dos Ilheo | Gonçalo Francisco Monteiro. || [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Em 23 deJulho de1796 | Do Ouvidor interino dos Ilheos emque | participa a Sua Excelencia ter intimado | a ordem pela qual Sua Excelencia Recomen-|dou aos Juizes Ordinarios daquella | Comarca apaz eSocego, eboa administraçam | da justiça dos moradores; e que osLavradores | deMandioca ficaraõ satisfeitos | com opreço Livre das farinhas


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Ilhéus, 17 de agosto de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Ilustrissimo, e Excelentissimo Senhor | Ilheos 17 deAgosto Neste instante pellas novehoras danou|te recebo as Cartas incluzas com a Portaria deOu-|vidor de Porto Seguro, emque de clara o deploravel | estado, em quese acha aquellaComarca hostilizada | deduas Náos Francezas, agora mesmo expesso dous | proprios com esta; as ditas Cartas, e Portarias a Vossa Excelencia ; e | ainda que nesta pobre, emizeravel Villa houvessecom | quem socorrer tam grande aperto, eu mesmo ja meoffe|recia, naõ obstante ogrande perigo, em que fica esta Villa, | etoda aComarca da invasaõ dessas Náos, emhum | tempo taõ critico, que as munçoens devento Sul impe-|dem daqui todo o auxilio; omais que posso providen|ciar neste cazo, he expedir, como ja expesso ordem áos | Indios deOlivença para todos se acharem prontos nesta | Villa, armados, para que aCamara, eDireitor faça | recolher atodos os que estaõ por suas Rossas, e os faça | existir na dita Villa armados para socorro desta, quetem | Barra aberta, enaõ tem omenor resguardo. | DeosGuarde a Vossa Excelencia Ilheos 17 de | Agosto de 1796 | O Ouvidor Interino da Comarca dos Ilheos | Gonçalo Francisco Monteiro|| [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Em 17 de Agosto de 1796 | DoOuvidor interino daComarca dos | Ilheos remetendo asCartas de | PortoSeguro emque sedava par-|te deaparecerem algumas em-|barcaçoe)s Francezas, eparticipando | a Sua Excelencia a providencia que dera demandar | vir osIndios daVilla de Olivença | para Socorro daquela Villa. | Respondida em 20 domesmo mes


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Ilhéus, 17 de agosto de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | 1796 Ilheos 17 Agosto Estando eu ja Com embarcaçaõ prompta com-|Mestre eMarinheiros daequipagem, elotaçaõ para | fazer remeter aesta hora, que hé huã depois demeia | noite, pormeSer ex cessivamente recomendado peLo Ouvidor | eCamara daVilla dePorto Seguro a conduçaõ de | taõ importante negocio aordem deSua Mages|tade, mevi nostermos denaõ conseguir aviagem | porque tendo o Capitam dos Pardos desta Villa, | Victorino Rabello dos Sanctos em penho em que naõ | fosse de Marinheiro na embarcação hu) Emig-|dio Jozé quis privar oseu embarque dizendo,| e gritando em altas, edesconsertadas vozes, que eu naõ | tinha jurisdiçaõ demandar nesta deligencia | Soldado algum, nem menos de prender como Ou|vidor sem lho pedir aelle, trazendo por aresto o que | a conteceo ao Juiz desta Villa Jozé Francisco de | Araujo Lima aquem Vossa Excelencia foi servido depor do car-|go, doque sejata o mesmo Capitam, eporisso seatre|ve adesputar publicamente aminha jurisdicçaõ, dan-| do maos exemplos e pondo com elles em risco dese | naõ efetuarem as deligencias do Real Ser-|viço, como esta, edeficar abandonado omeu | respeito, ejurisdicçaõ: tudo tenho sufrido | com paciencia, esperando da honra de Vossa Excelencia ||1v De Vossa Excelencia huã publica satisfaçaõ, eex-|emplo contra esta temeridade.| Deos guarde a Vossa Excelencia Ilheos | 17 de Agosto de 1796 | O Ouvidor interino da Comarca dos Ilheos | Gonçalo Francisco Monteiro || [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Em 17 de Agosto de 1796 | Do Ouvidor interino da Comarca dos Ilheos | queixando-se do Capitam dos Pardos Vic|torino Rabelo dosSantos lhenaõ | querer dar hum Soldado para cer-| ta diligencia.| Respondida em20 domesmo mez.


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Ilhéus, 23 de julho de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Ilustrissimo, e Excelentissimo Senhor | 1796 – Ilheos 23 Julho Tive a honra de receber a Respeita-|vel Carta de Vossa Excelencia com outra para Antonio Rodrigues | deFigueiredo : este homem ja naõ esta nestaVilla, e julgouse | passou para essa Cidade, se ca tornar lhe entregarei | a Carta de Vossa Excelencia, e executarei tudo mais, que Vossa Excelencia | a seu respeito me ordenar : so posso asegurar a Vossa Excelencia, que | depois que elle daqui se auzentou, está esta Villa em | huã paz tranquilla, naõ ha nella novidades, nem in|trigas, eestá o meu espirito no melhor socego. | Deos Guarde a Vossa Excelencia Ilheos 23 de | Julho de 1796 | O Ouvidor interino da Comarca dos Ilheos | Gonçalo Francisco Monteiro [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Em 23 deJulho de1796 | DoOuvidor interino dos Ilheos, em que dá | parte a Sua Excelencia denaõ ter entregue | aAntonio Rodrigues de Figueiredo aCartaque | lhefoi dir igida por seter retirado | para estaCidade.


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Ilhéus, 23 de julho de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Ilustrissimo, e Excelentissimo Senhor | 1796 Ilheos 23 Julho Acabo de receber a Carta de ordem | de Vossa Excelencia com a Reprezentaçaõ, que lhe fez o Juiz dos or-|faons deVilla deCamamú Mauricio Pereira da Cunha, | tendente ás desordens, que contra elle, e seos enteados move | o Sargento mor Braz Diniz com outros; fico-me apron| tando para passar a aquella Villa, ealy sumariamente in-|formar-me da verdade por pessoas condecoradas, eassim me-|lhor executar aRespeitavel ordem de Vossa Excelencia. | Deos guarde a Vossa Excelencia Ilheos 23 de | Julho de 1796. | O Ouvidor interino da Comarca dos Ilheos | Gonçalo Francisco Monteiro || [2v, paisagem, metade direita, outra letra] Em 23 deJulho de1796 | Do Ouvidor interino da Comarca dos | Ilheos sobre aCarta que Recebeode | Sua Excelencia para informar a Representaçam | que fez o Juis deorphaõs doCa-|mamú contra os procedimentos pra|ticados pello Sargento mor Braz | Dinis e outros etc.


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Ilhéus, 08 de dezembro de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro

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Illustrissimo e Excelentissimo Senhor | 1796 Ilheos 8 Dezembro A vinte nove de Novembro recebi huma| Carta deVossa Excelencia com adata de 14 do mesmo mez| elogo sem perda de tempo mandei para as Villas da| minha Comarca para que as Camaras meinformem| na realidade os rendimentos que tem os officios da| Justiça das ditas villas para Com certeza os [po]| der avaliar, como assim meordena Vossa Excelencia| e como me paresse naõ terei respostas das ditas Vil-| las neste anno, e em tudo dezejo acertar, dezejar aque| Vossa Excelencia me determinasse se heide remeter aVossa Excelencia| as ditas in formaçoens sem as avaliar por ja naõ| ser no meu anno, ou oque heide fazer dellas. De[os]| guarde a Vossa Excelencia Ilheos 8 de Dezembro| de1796.| Oouvidor interino| daComarca dos Ilheos.| Gonçalo Francisco Monteiro [2V, paisagem, alto-direita e outra letra] DoOuvidor interino daComarca dos Ilheos| dandoparte deter escrito asCamaras| das Villas daquella Comarca para Remete-| rem informaçaõ sobre avaliaçaõ| dosofficios dejustiça emCumprimento| do officio que recebera de Sua Excelencia.


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Ilhéus, 27 de fevereiro de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro Apógrafo

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Ilustrissimo e Excellentissimo Senhor | Ilheos 27 fevereiro 1796 Os desconcertos emque Se acha esta Villa com-| aumento para sua declinaçaõ, eruina dos habitantes della | meobriga reprezentaraVossa Excelencia omeio porque Se conduz para | sua ruina. | O povo padece amaior indignaçaõ por falta | depam havendo manifesta fome por falta de agricultu-|ra, eexercicio deplantaçaõ demandiocas. | Esta falta procede naõ Só das preteritas Ca-|maras, como daprezente, naõ Seguirem as ordens Superiores | porque havendo muitos, e muitos habitantes, que podendo plan-|tar roças onaõ fazem porque geralmente estaõ Largando | as ditas plantaçoens, evindo assistir naVilla com frivolos | pretextos que naõ Só ser vem decadencias aSuas famili-|as, e pecoas, como denehu) Lucro aoRei, mas antes grande | desagrado aDeos Nosso Senhor oqual naõ relato por modestia. | Este manifesto estâ provado comoDizimo | que Sepagava aSuaMagestade Com prejuizo doReal | Erario, indo emgrande diminuiçaõ em razaõ deque pagando-| se, erendendo odito Dizimo quinhentos mil reis, agora an-|da porduzentos, e cincoenta, Comoseja este trienio em-|que estamos.| Poresta demonstraçaõ verâ Vossa Excelencia omi-|zeravel estado deste povo dehu)a Villa Cabeça de Comarca para que haja de dar as providencias que lheparec[am]||1v Justas afim deanimar opovo e, impedir avadiaçaõ demuitos | As respectivas Camaras disgostaõ os povos, digo, os pou|Cos plantadores que huns o fazem unicamente Comoseu braço, eoutros | Comhu) thé dous escravos, tanto para sua sustentaçaõ, como | deSuas familias, eestes mesmos Sevem obrigados naõ Só aarran |Carem as Suas mandiocas verdes Sem rendimento algu), como | taõbem a conduzirem as farinhas para adita Villa, oque tudo | fazem Com grande detrimento, eprejuizo Seu, Com medo das-| alteradas Comdemnaçoens que lhes impoem as Sobreditas Cama-|ras talvez Severem constrangidas dotal povo.|


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Os mizeraveis plantadores recorrem amim, emere-|querem que obrigue eu aodezocupado povo daVilla aque vaõ com-|prar cada hu) delles as farinhas que lheSaõ precizas aSuas | fazendas, tanto por lhesevitar o Laboriozo trabalho que tem de-|as condu zirem para aVilla, como paraque lhes fique algum | tempo depoderem pLantar mais, eSobre este particular | há debates, e Contendas, que receio desordens emque merequerem pro-| videncia. [espaço em branco] Eurogo e, humilde Suplico aVossa Excelencia para que | dando-me as providencias necessarias possa bem obrar, pois | Sem ellas Sou falto donecessario Conhecimento, etodo omeudezejo hé | naõ Sahir doagrado deVossa Excelencia que Deos Nosso Senhor felicite aVida | e goarde por muitos annos. Villa dos Ilheos 27 deFeve-|reiro de1796||2r DeVossa Excelencia | oSubdito mais humilde | DoOuvidor da Comarca | dos Ilheos | [outra letra] Gonçalo Francisco Monteiro || [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em27 deFevereirode1796 | DoOuvidor interino daComarcados | Ilheossobreafalta dafarinha | oCasionada pelaCamara [estragado] | [estragado] osLavradores, e falta de | plantaçaõ – vide aresposta | em 8deJulho do anno


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Ilhéus, 13 de julho de 1796 – Gonçalo Francisco Monteiro Anexo – José Caetano Saavedra

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Illustrissimo, eExcelentissimo Senhor | 1796 //outra letra Ilhéos 13 julho //mesma letra anterior Parabem, e com verdade obedecer ao venerando despacho| de Vossa Excelencia, emque meordena o informe arespeito de An-| selmo Gomes Savedra pertendente dos officios de-| Escrivaõ dos Orfaõs, Tabeliaõ, e mais anexos daVilla| doRio das Contas que esta actualmente exercendo pôr| Provimento deste Juizo mandei informar a camara| respectiva, aqual medeo a excessiva informaçaõ que| incluza remetto aVossa Excelencia; earespeito de seacharem| vagos os officios informo a Vossa Excelencia, que este officio de Orfa-| os amuitos annos vagou porque fallecendo Manoel Cardo-| zo Ribeiro que os exercia muito em vida do defunto Francisco| Nunes da Costa por naõ haver quem aelle seopuzesse, e por| que Antonio Manoel da Asençaõ que occupava| ooutro da Camara, e Tabeliaõ era perito, e limpo| de maos o conservou odito Ministro em ambos os offi-| cios, e porque este naõ quis mais servir foi nelles Provi-| do por essa Secretaria de Estado Manoel daCos-| ta Silva, oqual seapossou de todos os officios pelos achar| assim unidos, eninguem selheopor aaqueles dos Orfaõs:| Odito Manoel da Costa Silva emquanto viveo o dito Dezembargador| servio os officios, e noanno emque morreu odito Ministro| alcansou licensa delle para poder hir a essa Cidade atra-| tar decurar huma formidavel erne que ainda hoje pa| desse e de antaõ para cá nunca mais poz os pes naquella| Villa, e a trez annos ou mais tem tirado Provizaõ| emSeu nome Servindo porelle como seus Aju-| dantes primeiramente o Suplicante Anselmo Gomes Savedra||1v Savedra, edepois Jozé Joaquim daSilva| Roza; este que ultimamente Servia acabado o tem| po da ultima Provizaõ do Seu Provido foi para| essa cidade, abandonou o Cartorio, e ficou aVilla| sem Escrivam algu) oque me-reprezentou a Cama| ra, e por cujo motivo mandei passar Provimento| ao Suplicante dos officios de Orfaos, e Tabeliaõ que senaõ| comprehendia naProvizaõ dodito Manoel daCos-| ta Silva para com esteProvimento poder odito|


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Suplicante servir outro officio que seachavasem| serventuario. Sei que odito Dezembargador Francisco| Nunes daCosta nunca quis seunissem os offi-| cios, e os servisse hu só official só sim que o pro-| vido na Camara eo Tabeliaõ servisse ambos| porque senaõ opunha aodos Orfaõs Sugeito idoneo| hé oque posso informar aVossa Excelencia que manda| râ oque for servido. Villa dos Ilheos 13 de Julho| de1796| OOuvidor interino daCommarca| dos Ilheos.| Gonçallo Francisco Monteiro [2v paisagem, alto-direita e outra letra] Em13 deJulho de1796| DoOuvidor interino daComarca| dosIlheos sobreoofficio queperten| dia servir Ancelmo Gomes Sa| vedra, eSua Excelencia proveo antecedente| mente, eporessacauza foi escuso| o Requerimento etc.

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ANEXO Senhor Ouvidor Interino da Cabeça da Comarca| O Provido Ancelmo gomes Saavedra, he filho da Patria| cazado hum dos Proceres, limpo demaos, bem procedido, eho-| norifico, noqual concorre os requizitos daley da Ordenaçaõ; pelo| contrario; Manoel da Costa Silva, eseo Ajudante Joze| Joaquim da Silva e Roza, abanido, aquelle, alem de outras| imperfeiçoes absossas, he achacado dehum hernia car-| nozo, e varicozo, ede hu)a maõ admodum, que lhepriva| assuas obrigaçoes, ea compustura; e este deturbatus | e deacçoes absorbendas, compertus emerros de officio| edelles suspenço com condenaçaõ pecuniaria para as| despezas da Relaçaõ, mayor monte alcançadoemdinheiros| de Orphaos, Auzentes edepartes que senaõ achaõ seguros em| depozito como era sua obrigaçaõ fazello; etalves| poressa cauza repudiase aremessa dos Inventarios| dos falecidos Joaquim de JESVS Sabaoth, eo de Manoel| Luiz da Purificaçaõ Director daVilla do Prado que sefi| zeraõ por parte dos Auzentes, pormandado desse Juizo| daOuvedoria, eeste deprecado poraquelle Juizo| daComarca de Porto Seguro, porrequerimento do Tuttor| dos Orphaos filhos do mesmo falecido habelitados na-| quella Villa em Correiçaõ


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para seacostar ao seu Inventario| noqual está alcançado; eo mais que pormodestia onaõ| expomos: Hanesta Villa pessoas idoneas, que sirvaõ| os officios da forma da criaçaõ della Tabeliam Escrivam| daCamera, Tabeliam, e Escrivam de Orphaos como fes oPro| vido comfiança como dispoem a mesma Ordenaçaõ, como| tambem odas Execuçoes, tudo com separaçaõ. Repu| diamos homens extrangeiros Abdomines porseporta-|rem commao procedimento. He oque informamos, que| sendo necessario, ofazemos jurando debayxo dos| nossos cargos, VossaMerce mandará oque for derazaõ.||1v e Justtiça Villa da Barra doRio de Contas, em Camera| 9 de Julho de 1796| Baltazar Daroxa Joaquim Joze de Souza| Antonio Roiz Campos José Bento da Silva| Joze Caetano Soavedra

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8 de janeiro de 1769 – Ignacio de Bairros Pereira

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Fasme percizo dar conta a Vossa Magestade Fedilissima que | nesta villa de São Jorge dos Ilheos, tem o comcelho [d]ella | huma [ilegível] decham-os, os quais setem a[bor]dado | avarios moradores, pagando estez Suas Rendas para | o mesmo com selho, e por ter este muito pouco Rendimento | que por esta Rezão deixou prouido, por pustura o Doutor Dezembargador | Ouvidor geral desta comarca. SeRetirasem os caualos, e Bestas | que andacem pastando, nos Referidos xam-os, pena | depagarem os donoz delles dois mil Reis para o mes| mo Com selho, pello prejuizo que faziaõ aos po| bres Rendeiros, todos os Seculares Rectiraram as | suas bestas, depois de avizados, Exceto hum Sacer| dote que, tem tres, chamado Padre Ignacio Soares deA| zeuedo, por Rebelde e mal atencionado, naõ quer | fazer Retirar as ditas Suas tres Bestaz fazendo estas | tanto prejuyzo as plantas dos ditos Rendeiros, estru| indolhas, eSendo o dito Padre auizado pello Escrivam da | Camara para as Res[tituir] avista do prouimento, eposto| ra, por nenhum modo oquer fazer, mas antes, em | trou a dezacreditar a Justissa, fazendo mof[a] | della dizendo que estivera em termos dedar Com | hum bordaõ nodito Oficial, hé este Padre u| zeiro [e]uizeiro, a estaz eoutras maldades ultra| jando as Justissas de Vossa Magestade, Com palavras in| decentes Absoluto Sem temor de Deus |||1v Nem de Vossa Magestade Fedillissima, por esta Razao | Ser Bem Comum dopouo, me Resolui a [dar] | estaConta aVossa Magestade para dar providencia as de| zordeins deste Remisso, Reverendo. Padre. que por ser sacer| dote as faz. | EnoServiço de Vossa Magestade Fedilli-| sima que deus guarde, fico obedienti ssimo como Li-| al vassallo Villa de São Jorge dos Ilheos 8, de | Janeiro de1769|10 Juiz Ordinario eOrfaos Ignacio de Bairros Pereira


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Ilhéus, 6 de abril de 1797 – Manuel da Encarnação

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Ilustrissimo, e Excellentissimo Senhor | 1797 Ilheos 6 Abril Pello meu anteceSor Gonçalo Francisco Monteiro | meforaõ prezentes, e emtregues asRellaçoens que a Vossa Excelencia | Reme to das Camaras das Villas desta Comarca, faltando taõ | somente de Villa de Cairú e de Boipeba, sendo que tenho por duas | veses repetido ordens para me serem remetidas. | E porque naõ paressa omiçaõ minha dou | esta parte a Vossa Excelencia que mandará sobre esta materia | o que for servido. Deos Goarde a Vossa Excelencia por delatados | annos | De Vossa Excelencia | Sempre obediente Subdito | Villa dos Ilheos, em 6 | de Abril de 1797 | Manuel da Encarnaçaõ


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Ilhéus, 16 de janeiro de 1797 – Manuel da Encarnação – apógrafo

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Illustrissimo, e Excelentissimo Senhor| 1797 16 janeiro Para meresser aproteçaõ e amparo deVossa Excelencia como| muito dezejo naServentia do lugar que na prezente comgectura| ocupo, meanimo ahir por meyo desta suplica Reprezen| tar aVossa Excelencia, que sendo eleito nos Pilloros da Justiça desta Villa| para servir ocargo de Juis Ordinario, Orffaos este Anno, etoman| do delle posse no primeiro do corrente de Janeiro pela Camara desta| villa, como Ouvidor que servia meem carregaraõ taõ bem da| serventia do mesmo lugar de Ouvidor Interino desta Comarca na for| ma da Leis.| E como dezejo em tudo servir agosto, e con-| tento de Vossa Excelencia, e taõ bem dos povos damesma Comarca tudo| com satisfaçaõ, eabono daminha pesoa; comsedirando| que em tudo, e para tudo semeopoem os comtinuos desacôr| dos, mau prossedimento hé em comfidencia de Escrivam que tem| servido nesta mesma Ouvedoria, Jozé Affonço Liberato,| que alem de inumeraveis êrros, e falcidades, que tem cometido na| serventia do dito officio vive sem temor das Justiças, nem| respeita aos seos superiores animandosse a abrir huma car| ta derigida por Vossa Excelencia ahum dos meos antesesores Bartho| lomeo de Serqueira Lima, eigualmente outra que omesmo meo an| tesesor remetia aVossa Excelencia, respectiva a informaçaõ que| Vossa Excelencia ordenava ao mesmo lheenviasse do prossedimento de Ma| noel do Carmo de Jesus, que pertendia olugar deEscrivam Deretor| daVilla da nova olivença fazendo a tirar depois defeixada e| lacrada, e introduzindo outra a sua satisfaçaõ afim deque Vossa| Excelencia provesse aodito Manoel do Carmo de Jesus, nolugar que| pertendia sem merecimento e com efeito asim susedeu.| Comsedirando mais que alem detodo o expendido hé| odito Jozé Affonço devida e custumes libertinos comcubinad[o]||1v Eexcandelozo, sem temor de Deos, nem respeito aos superiores| eque oprezente semenaõ tem aprezentado com Provisaõ,| ou sem


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ela, nem com os mais papeis tendentes aeste Jui| zo da Ouvedoria intretendo-sse em fumsoens, e comvivenssas,| faltando porisso as obrigassoens de seo officio, tudo com pre-| juizo grande, e in comviniente no direito das partes.| Hove por-| bem afim de remediar tudo do modo pocivel nomiar na| serventia do dito officio de Escrivaõ desta Ouvedoria a Anto| nio Rodrigues deFigueredo de Essa eCastro, em quem comcorrem todos| os requesitos nesesarios para odito emprego, oque havendo a Vossa Excelencia| assim por bem, recorrerá asua Provisaõ, na forma do Esti-| llo.| Alem dos extravagantes prossedimentos que tenho reprezentado| aVossa Excelencia do dito Jozé Affonço meocorre mais reprezentar| que omesmo tem destrebuido varias porsoens de dinheiros que seaxa-| vaõ em seo poder, e Juizo, pertencentes avarias com| sinasoens, entre as quais entraõ tresentos etantos mil Reis | dehuma tistementaria de Dona Maria Jozé de Sousa,| tudo em prejuizo dos erdeyros.| No caso deque Vossa Excelencia quei-| ra emtudo quanto tenho expôsto protegerme havendo por bem| deque fique servindo odito officio de Escrivam oque tenho nomiado,| e Suspenço o já referido Jozé Affonço para asim aplacar| oClamor destes povos medeterminará oque for servido com-| as providencias mais sanctas com que Vossa Excelencia custuma res-| plandesser. Deos Guarde a Vossa Excelencia felismente por muito Amor para| Gloria da Naçaõ etc. DeVossa Excelencia| Em 16 de Janeiro| Sudito muito omilde| de 1797 Manuel daEncarnaçaõ [outra letra]

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[2v paisagem, alto-direita e outra letra] Em 15 dejaneiro de1797| CartadoOuvidor interino dos Ilheos, que reprezenta| oEscrivaõ Jozé Affonço Liberato, aqueSua Excelencia respondeo| emCarta de 20domesmomes.


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Maraú, 06 de outubro de 1763 – Vital Cardoso de Souza

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Senhor | Sendo eu eLeyto noPelouro, que fez o Dezembargador Ouvidor da Co-| marca por Juiz ordinario daVilla doMaraú, aberto o ar-| chivo, tomey posse dolugar de Juiz, que actualmente ocu-| po, enomesmo exercicio continuo, sem nota contraria a | obom zello dajustiça, ecomo o Juiz, quesahio namesma | eleyçaõ por meu companheiro o Capitam Urbano daSilva | se livrasse deexercer, eocupar olugar de Juiz Ordinario;| recebi do Dezembargador Ouvidor da Comarca hum mandado para afac-| tura de Juiz deBarrete que sustituisse afalta do | nomeado, eeleyto nos Pelouros, que seescuzou.| Tendo noticia domandado, que apoucos dias havia | eu recebido do Dezembargador Ouvidor da Comarca para eleyçaõ de Juiz | deBarretecomfalça narrativa cumulados, econfedera| dos Miguél deSá comSebastiaõ Francisco, eaconselhados | pelo escrivaõ daVilla dos Indios, epelo Capitam mor Raymun-| doMonteiro conseguirão hum despacho para que o Juiz da | Villa do camamú fosse aquella doMaraú, efizessea | eleyçaõ deJuiz deBarrete ecom effeito sem minha | assistencia elegeraõ aoVereador mais velho Jozé dos-| Reys Bacellar, que hé hum dos que tem prospicio por | tudo quanto quizerem delle conseguir.| Comeste Juiz deBarrete porseachar fin| do oPelouro preterito nafalta da assistencia do Ouvidor da | Comarca sepretendefazer anova eleyção dos Juizes, | emais officiaes, que nos annos futuros ham deservir |||1v sem aminha assistencia, sendo eu o Juiz mais velhopor-| eleyçaõ compreferencia ao JuizdeBarrete, que menão po-| deprivar defazer euoPelouro com assistencia dos offici-| aes daCamara, emais pessoas, que dispoem o Regimento | das Eleyçoe)s.| Concorre mais adevassa, que tirey do so-| borno, com que foi feito odito Juiz deBarrete, ficando com-| prehendidos nella aquelles mesmos, que confederados pre-| tendem queodito Juiz deBarretefaça anova eleyçaõ para | introduzirem nella futuros Juizes


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da suaparcialidade | com escandalo dopovo, eprejuizo daRepublica, cujo dã-| no devo acautelar, pondo naprezença deVossa Magestade para | premissão quecomo Juiz mais velho tenho para afac-| tura da nova eleyçaõ, ecom aprovidencia doremedio cumpri-| rey o quefor ordenado por Vossa Magestade que DEOSGo-| arde.| Do Juis Ordinario daVilla do Mayraû| Vital Cardoso deSouza


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Morro de São Paulo, 29 de novembro de 1782 Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo: eExcelentíssimo: Senhor. | Morro de São Paulo 29 Novembro 1782 Por virtude das ordens deVossa Excelencia entrei | hoje n’este Prezidio do Morro e dando principio | á sua execução, me participa o Governador a or- | dem, que tem de Vossa Excelencia para ir á sua Pre- | zensa, cuja Viágem; e retirada me deixa emba- | raçado nas deligencias de que estou imcombido, | principalmente, na que dis Respeito à conta | das confrarias em que se fás indespençavel | a acistencia do mesmo Governador, pelo que | Rógo aVossa Excelencia o mande suspender du- | rante a minha rezidencia n’esta Práça, sen- | do assim do agrádo deVossa Excelencia. | Deos Goarde aVossa Excelencia. Morro | de São Páulo 29 de Novembro de 1782 | ODezembargador ouvidor da Comarca. | Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 29 de Novembro de 1782 | DoDezembargador Ouvidor da Comarca dos | Ilheos, sobre anecessidade de Sargento Mor | Governador noPrezidio doMorro, áque | já serespondeo em 5 de Dezembro.


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Morro de São Paulo, 30 de novembro de 1782 Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo: eExcelentíssimo: Senhor | Môrro São Paulo 30 Novembro 1782 Participo aVossa Excelencia, que procedendo hoje | á abertura, e conferencia dos cófres das duas com- | frarias de Santo António, e Nossa-Senhora da Lux, | faltou hu)a cháve, que existe em poder do ca- | pitam João-Francisco Xavier, aqual Vossa Exce- | lencia mandará entregar ao Soldádo-portador | d’esta para se efeituar a abertura, e se cumpri- | rem as ordens de Vossa Excelencia; aquem tambe) | devo d’esde já participar, que das contas té aqui. | formalizádas rezulta hum conciderável al- | cance contra o sargento-Mór José António | Caldas, procedente das cobranças, que fés das concignadas annoáes ou chamádas confrarias dos | soldádos, que d’esta Praça passárão para essa | cidade, cujas quantias não entrárão nos có- | fres; nem també alguas importantes quan- | tias, que arrecadou de vários devedores, como | consta dos abónos da própria letra do mês- | mo Sargento Mór nos créditos respectivos, | e cobrádos por elle nessa cidade ate ao | anno de 1782 que semelhantemente não | derão entráda nos cófres; e como elle o fés em | certo-módo authorizádo por Vossa Excelencia, | epelos seos Exselentissimos Antecessores pa-| rece justo, que Vossa Excelencia dé alguá Pro- | videncia para asegurança d’estas parcelas, ||1v Pois sera coiza-injusta, que a Irmandade | as perca, eos devedores paguem duas vezes: | finalizáda a conta remeterei aVossa Excelen- | cia o calculo d’este alcance, legalizádo | com os exames, e conferencia dos livros. | Deos Goarde aVossa Excelencia. Morro de São Paulo 30 de Novembro de 1782.| DeVossa Excelencia |Muito afetuozo Subtido ODezembargador, ouvidor, daCamara. Francisco Nunes daCosta [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 30 de Novembro de 1782 | Do Dezembargador Oouvidor daComarcados | Ilheos sobre achave do docofre da Irmandade- | doMorro, ealcance decaldos; e que | já serespondeo em 5 deDezembro.


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Morro de São Paulo, 02 de dezembro de 1782 Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo: eExcelentíssimo Senhor. | Morro São Paulo 2 Dezembro 1782 Participo aVossa Excelencia, que pelo exame, | econferencia aque tenho procedido da confra-| ria de Santo António d’este Prezidio do Morro, | rezulta, dever a Real Fazenda ao mesmo | santo os soldos de sento, e vinte mil reis | annoaes, como soldo d’Alféres, desde o- | anno de 1776 - até ao prezente ou | oque na verdáde constar dos livros da Vêdo- | ria aonde háde estar este assentamento | e clareza; rogo aVossa Excelencia mande | passar as ordens percizas para este pa- | gamento, com honra do mesmo santo, | e tambe) para melhor ordem, e clareza das | contas, de que estou encarregado por | Vossa Excelencia. | Deos Goarde aVossa Excelencia. | Morro de São Paulo 2 de Dezembro | de 1782 | ODezembargador; ouvidor da Comarca Francisco Nunes daCosta_ [Fólio 2v. paisagem, metade inferior] Em 2 de Dezembro de 1782 | Do Dezembargador ouvidor daComarcados | Ilheos, arespeito dosoldo de Santo Antonio | do Prezidio do Morro, áque já se | respondeo em 5 do dito mez.


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Morro de São Paulo, 20 de fevereiro de 1783 Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor | Morro deSão Paulo 20 fevereiro 1783. Tenho concluído as contas das Confrarias Mili- | táres deste Prezidio do Morro, em cujas contas, ear- | recadaçoens dos seos Alcances, gastei dés dias com | dous Escrivaens, e contador; pergunto aVossa Excelen- | cia se devo contar os salários da Lei, ou se hé | da sua Mente, que esta Deligencia seja gratui- | ta. Esta Proposição faço aVossa Excelencia em | atenção aos oficiáes; eme conformarei inteiramen | te com a Detreminação de Vossa Excelencia, que | ficará servindo de Regra para o futuro. | Deos Goarde aVossa Excelencia. | Morro de São Paulo 20 de Fevereiro de 1783 | ODezembargador; ouvidor; dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v. paisagem, metade inferior] Em 20 de Fevereiro de 1783 | Carta do Ouvidor dos Ilheos sobre | as Irmandades do Morro.


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Morro de São Paulo, 06 de dezembro de 1788 Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor. | Morro de São Paulo 6 Dezembro 1788 Pelo [Fesrriel], que livre na Inspeção dos Reáes- | Córtes, remeto a tersura Revista, compósta dos | suspeitos, cujas qualidádes constão da Lista | incluza; ainda réstão alguns, que estão | prezos na Villa dos Ilheos, e detidos pela | menção Contraria, que impede a navega- | ção para o Nórte. No numero dos | mencionádos na Lista Vai Manoel Antó- | nio d’ Oliveira servir Voluntáriamente: hé | filho d’hum Escrivão, que serve perante | mim: Rogo aVossa Excelencia o queira | aplicár no Regimento do Coronel António | Jozé de Souza Portugal, e á Vista daSua | boa figura, e esperanças, que tenho de que | proceda bem, me animo até ao ponto | de rogar aVóssa Excelencia, que haja de | o recomendar com algua especialidade: | Este, e os mais, que tenho mandádo na qualidade de volutários, hé o primeiro exem- | plo, desde os tempos mais remótos, que há | nesta Comárca, onde Sempre se teve em | orror o Servisso Militar: para desvane- | cer este errádo principio, e esta preocu- | pação tao Contrária ao bem do Está- | do, hé que tenho interposto os meos | oficios para Convencer os Páis, inspi- | rando lhe os espiritos de honra, que ||1v Que devem animar os Fieis Vassálos. | Talves, que com obom Serviso d’estes Vo- | luntários, e pelas noticias, que eles Como- | mecarem do bom agazalho, que espero ahi | encontrem, se animem outros oseguír o- | mesmo destino, e aCabi aSua antiga | preocupação. | A superação dos Re- | crutas, a que Vossa Excelencia Foi servido | deferir; sendo hum Beneficio Comum | e transcendente atoda esta Comárca, hé | para a Grandesa da Vóssa Excelencia | me podia destribuir: os Póvos ficão Conhe- | cendo o que devem aVóssa Excelencia, aben| çoando a Poderóza Mão donde lhe prece- | de a sua Felicidade; e eu Cada Vês, mais | obrigádo a servir a Sua Majetáde Com | a maior satisfação de baixo das ordens | d’hum tão Brio, como Ilustrado Gover- | nador. | Dezembargador, Ouvidor da Comarca dos Ilheos. | Francisco Nunes da Costa.


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[f贸lio 2v, paisagem, metade inferior] Em 6 de Dezembro de 1788 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos com a Reme莽a | de recrutas


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Rio de Contas, 27 de junho de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor_ | Rio de Contas 27 Junho 1782 Serve esta de aCompanhar outo ToCanos; | Passaros na sua especie muito agradaveis,| e de dificil encontro; estimarei, que chegue) | Vivos, para Vossa Excelencia ter o gosto de | os ver, e remeter para a Córte: elles se | sustentão de Mamoens e banana; mas | dizemme, que facilmente se custumão | a comer milho cozido, e farinha em piraõ: | A minha maior honra hé cumprir exacta- | mente todas as ordens de Vossa Excelencia. | Deos Goarde aVossa Excelencia. Rio | de Contas 27 de Junho de 1782. | Francisco Nunes da Costa_ [fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 27 deJunho de 1782 | Do Dezembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos | comaremessa de oito Parassos etc.

Rio de Contas, 04 de julho de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo eExcelentíssimo Senhor | Parte a Bárca com a madeira constan- | te do Mápa-incluzo, e continua a Labora- | çaõ dos Córtes sem novidade de que haja de | participar aVossa Excelencia. | Deos Goarde aVossa Excelencia. | Rio de Contas 4. De Julho de 1782 | ODezembargador Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 4 de Julho de 1782 | Do Ouvidor da Comarca. dosIlheos com | arellação das madeiras deconstrução quefiz | Remetter naBarca deSua Magestade. | Etc.


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Rio de Contas, 15 de julho de 1782 – Francisco Nunes da Costa

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Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor | Rio deContas 15 Julho 1782. N’esta ocazião remeto á ordem deVossa Excelen- | cia coátro Tóras, ou Móstras de Páo-Bra- | zil, do que abundão as Mátas adejacentes aeste Rio de Contas; sendo elle na qualidade, | próprio, e legitimo, póde Vossa Excelencia | assim reprezentado aSua Magestáde nacerte- | za de que se póde abrir a feitoria com grau | de avantágem da Real Fazenda, e Be- | neficio commu) d’estes Póvos. | Deos Goarde aVossa Excelencia. | Rio de Contas 15 de Julho de 1782 | ODezembargador Corregedor daComarca. | Francisco Nunes daCosta [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 15 de Julho de 1782 | Do Ouvidor daComarca. Dos Ilheos emque | participa daremessa que faz áSua dequa- | tro toras de páu brazil, eque hé | abundante. delle etc.


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Rio de Contas, 03 de novembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo, eExselentissimo Senhor | Rio deContas 3 Novembro 1785 Ponho na Prezensa deVossa Excelencia hum | facto muito escandalozo, e digno da Compaixão, | e Justiça comque Vossa Excelencia socórre, e | protege os Póvos, que sua Magestáde lhe | confiou. | Em Junho de 1787, se pôs à carga | n’este Rio de Contas hum Bárco de que hé | dono Jozé Maciel Ferreira, Tenente d’Artelharia | n’essa Cidade, e Mestre, Salvador Pires: todas | as pessoas constantes de Lista, que acompanha | esta, caregárão no mesmo Barco, as diferentes | partidas, que constão da mesma Lista, para | serem conduzidas, e Vendidas por sua conta, e ris- | co, e sugeitos ao fréte como hé costume: che- |gando o Barco aessa cidade foi prezo o Mes- | tre por ordem de Vossa Excelencia, e neste cázo | tomou conta do Bárco, edispos da carga o re- |ferido dono o Tenente Jozé Maciel-Ferreira, | mas com tanta Cavilação, e má fé, que thé | hoje não deo mais conta do seo producto, pa- | decendo os póbres Lavradores afalta doseo | dinheiro comque podião remediar sua | pobreza. [espaço] Esta espécie de furto co metido | debáixo dabôa fé do comercio, e nunca || 1v. Thé hoje praticádo neste porto onde ocon- | tinuo comercio das farinhas se fás na bôa-fé | da palávra dos Mestres, e condutores, merece | a Justiça deVossa Excelencia para acodir | aestes pobres, fazendo dár do rendimento dos | efeitos eque me seja remetido para eu ofa- | zer destribuir pelos interesádos. [espaço] Para | melhor averiguaçaõ, exame, ecabal certeza | d’este facto remeto a Prezensa deVossa | Excelencia Mestre do mencionádo Barco | Salvador-Pires, para que à vista do | mencionado dono, edo Termo feito peran- | te mim, e da Lista dos carregadores, | haja Vossa Excelencia de deci dir este | ponto, e providenciar aestes Póbres, que | toda asua vida abençoarão o digno | Nome deVossa Excelencia, e a Amável Me| mória do seo Felix-Governo. | Deos_ || 2r. Deos Goarde aVossa Excelencia. Rio | de Contas 3. de Novembro de 1785 | ODezembargador, Ouvidor da Comarca. | Francisco Nunes daCosta_


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[fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 3 de novembro de 1785 | Do Dezembargador Ouvidor aComarca dos Ilheos | sobre ter conduzido aLancha de Jozé Maci | el Ferreira Tenente reformado Artilharia | varias cargas dos Moradores da sua Comarca | eque sendo prezo oMestre ficara avenda dacarga | adespozição do dono, eque este athé o prezente | não tem dado conta doseu producto; pedindo | aSua Excelencia providência aeste respeito etc.


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Rio de Contas, 04 de novembro de 1785 – Francisco Nunes da Costa

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Illustrissimo, eExselentissimo Senhor | Rio deContas 4 Novembro 1785 No dia 17, ou 15 do proximo precendente outu- | bro representei aVossa Excelencia os máos | procedimentos de Joaquim Jozé deSousa, | e de Manoel Jozé daCunha, fundado na | Cárta do Capitam Mór d’esta Villa Mano- | el Pereira d’ Ascenção, epedindo aVossa | Excelencia lhe fizesse Justiça na ocazião | em que dessim entráda de quatro centos | alqueiras de farinha no celeiro-publico | segundo as ordens de Vossa Excelencia, ea | Guia, que os acompanháva: mas [ilegível] | tal oseo dezaforo, e liberdade, que venderão | afarinha onde lhe pareceo, e forão no | dia d’ontem aessa cidade, e fazendo | entrega da minha carta nasecretaria, segundo o bilhete-incluzo, se retirárão | imediatamente, e favorecidos da Menção, | entrárão hoje mesmo nesta Bárra, fa- | zendo publica ostentação da sua audácia, | e do bom lucro, que fizerão. Pasei logo as | devidas ordens para serem prezos, que se não | executou, por que fugirão, apenas tiverão || 1v. Tiverão noticia deque eu me axáva nesta | Villa: forão prezos dois Marinheiros | os Indios Francisco, e João, que remeto | à Prezensa deVossa Excelencia para elles | darem melhor informação da sahida, e | venda da Farinha, e Vossa Excelencia | lhe fazer Justiça. Eu me retiro d’esta Villa | no dia 7. do corrente, e não [ilegível] os tante as aper- | tádas ordens, que deixo para serem prezos, | e a carta de oficio, que aeste respeito | fiz em Nome de Vossa Excelencia ao | Capitam Mór d’esta Villa para os prender, | e remeter, duvido muito, que assim seja, | epor isso rogo aVossa Excelencia queira | imediatamente ordenar ao Capitam Mór | esta deligencia, que se fás tão neceçaria para | exemplo dos mais, epara conservação do | respeito, e temor com que devem ser | executádas as ordens deVossa Excelencia.| Deos || 2r. Deos Goarde aVossa Excelencia.| Rio de Contas 4. de Novembro de 1785| ODezembargador, ouvidor daComarca dos Ilheos | Francisco Nunes daCosta


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[anexo] Emtregou Nesta Secretaria [ilegível] Joaquim | Jozé de [Silva] hum cartao ainda Dezembargador ou= | vidor da comarca [dos olheos] Francisco Nunes [da] | Costa Bahia 3 de novembro de 1785 | [ilegível] | [ilegível] [fólio 2v., paisagem, metade inferior] Em 4 de novembro de 1785 | DoDezembargador Ouvidor daComarca dos Ilheos sobre oprocedimento | de Joaquim Jozé deSouza e Manoel Jozé da Cunha con- | tra os [ilegível] dasua ouvidoria, terão vindo [ilegível] | entregar acarta, receberem o recibo da [ilegível] vendám | a farinha que contarião contra a ordem de Sua [ilegível] [ilegível] aa | prestarem noceleiro publico, ao que serespondeu em | omesmo mez etc.


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Rio de Contas, 3 de janeiro de 1791 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustrissimo Excellentissimo Senhor | PartiCipo aVossa ExCelenCia que Com | huã muito felix viagem por már, che-|guei a este Rio de Contas no dia dadata | d’esta, eachei Com efeito o Mastro de Fra gata alinhádo, e inteirisso; a Grande para | ser emendádo; Cázo, que hum Paó, que vai | hoje examinar-se naõ dé melhor óbra | que omenCionádo, que esta pronto: vá-|mos agóra entrar no Laboriozo servisso da | Conducçaõ, e desCida do Rio paraque estão | dadas todas as providenCias: poróra só en | Contro aContradicção dos muitos Trabalhadores, | que adoeCem de sezoens, em Cujo numero já | se Conta o Mestre Jozé Domingues, e eu, | naõ estou Com pouCo reCeio d’este terrivel | mal. Hé poróra oque se ofereCe para | ComoniCar a Vossa ExCelenCia. | Deos Goarde aVóssa ExCelenCia | Rio de Contas 3 de Janeiro de 1791 | O Dezembargador, Inspetor, das Reáes Cortes | Francisco Nunes da Costa [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 3 deJaneiro de 1791 | Cartado DezembargadorFranciscoNunesda | Costasobre os Mastros danova Fragata, esCri-|tadoRio dasContas. etc.


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Rio de Contas, 25 de junho de 1765 – Antônio Rodriges Lopes

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Por me achar servindo abem da Ordenação oCar-| go deJuis de Orphaon)s destaVilla de Nossa | Senhora doLivramento das Minnas do Ryo | das Contas Como Juiz Ordinario della | por falta daquelle Juiz, ponho napre| sença de Vossa Magestade aduvida, que se | tem movido arespeito daCobrança dos | juros daFazenda dosOrphaon)s, que | se tem emprestado sobre este Rendi| mento. | PorCostume veterano desse | Juizo, epracticado noEstado doBra| sil, setem dado varias, eavultadas | parcellas ajuro á rasaõ de seis, ehum | quarto por Cento, emCuja forma | setem athé opresente observad[estragado]| innovaçaõ, estipullando desta [estragado] | os devedorez as Suas obrigaçoen[s] [estragado] | hu)ns por escripturas, eoutrospor ter-| mos Segundo as quantias deSuas | dividas.| Presentemente perten <dem>||1v pertendem alguns Solver osjuros | arasão deCinco por Cento, encontrand[o] [estragado]| o e[sty]llo, eas clausulas vilas de suasobri-| gaçoens, auxiliados do as[estragado], aoque | Vossa Magestade por Ley especial de 15 de | Janeiro de 1757 mandara Cassar | o ditto estyllo, ordenandoComgrandes | penas aSua extinçaõ emandando | debaixo destas Cumprir a deter | minaçaõ danova Ley.| Ecomo esta naõ foy publi| cada nesta Villa, eComarca, enaõ | seachaõ registadas nos Livros das | Camaras, nem osSupplicados deve| dores apresentaõ Certidam do | Seo [ilegível], eobservancia, entrey na | d[.]vida [ilegível]amandar por emprac-| tica neste Juizo pello prejuizo, | que Recebem osOrphaon)s, ereicar | para ofuturo materia, que [estragado] possa | Lezar.<Avista>||2r Avistas doque para emtudo proceder | Como devo, imploro de Vossa Magestade adeci=| [s]aõ doComo meheide portar nesta | materia, e estillo, que seSehade observar | daquy emdiante arespeito dos ditos juros, | mandando Vossa Magestade / Cazo Seja Cer| ta aLey apontada/ expedir para este | Juizo as Orden)s necessarias Com | asCopias damesma Ley. | Vossa Magestade porém mandarâ, oque | por mais justo. Nosso Senhorguarde a | Vossa Magestade, Como todos os seos Vassallos


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| havemos myster. Villa de Nossa Senhora | doLivramento das Minnasdo Ryo das | Contas 25 de Junhode 1765 | Ojuis ordinario eorfaaos | AntonioRodrigues Lopes


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Cartas Baianas Setecentistas

Rio de Contas, 25 de junho de 1765 – Antônio Rodriges Lopes Apógrafo Início do fólio 4r – Rodrigues 4r/4v – Francisco Gomes Pereira Guimarães A partir do fólio 5r – João Gomes da Silva – apógrafo

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Senhor A Vossa Magestade reprezento como=| Juiz Ordinario actual da Villa de Nossa Senhora | do Livramento das Minnas do Ryo das Contas, | que sendo em o dia dous de Junho do p[rezen=]| te anno nos Arrebaldes desta Villa em a Es=| trada geral, que segue para as de mais Min=| nas, sahio ao encontro Joaõ Gomes d[a] | Silva homem peaõ, que vive de taverna de=| bebidas, e molhados a Antonio Ferreiro | Braga homem Viandante das Minnas Ge=| raes, que hia seguindo Viagem c[estragado] com| boyo de mole ques novos, e de preposito, | e cazo pensado/ por humas leves reixas, que entre sy tinhaõ tido poucas horas an=| tes, arespeito do trafego de negocios des| tas, eaquellas Minnas/ lhe atirou com du=| as pistolas, que para isso tinha Carregadasde | sobre maõ, as quais naõ tiveraõ effeito of=| fensivo, por arrebentar huma pella de ma=| ziada carga, e errar da outra a pontaria, a| cudindo ao estrondo dos eccos varias pes=| soas, com cuja presença se evitou mayor | desastre.| Por esta cauza, [e pu=]| blicidade dodelicto, e ser comettido qua[ndo] ||1v dentro da praça em os Arrebaldes da Po=| voaçaõ desta Villa as dez para as onze horas | do dito dia, fundamentado na Lei Extraordinaria | de [ilegível] de Janeiro, que manda de vaçar | dos delictos comettidos com pistollas, ema=| is armas prohibidas, e no que aponto | Guarniçam de mandei procceder devaça | dos referidos tiros, inda que delles se naõ | seguio ferimento algum, como consta | dos autos insertos na Certidam L. A., | por dous principios.| Primeiro: haver sido perpetrado de rixa velha, cazo pensado, as | barbas da Justiça, com escandalo des=| ta, da Republica, emoradores soando | atodos o seo estrondo, e por precaver, | que ficando impunivel, era abrir aple=| be huma porta franca para


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intentarem | em qual quer ocasiaõ todo ogenero de | dispothismos, naõ só pella serteza | de senaõ devaçar [estragado]lles, como pello | generico modo [em]que semen[estragado]| za nestes certoens e jurisdicçaõ [estragado]| Justiças de Vossa Magestade Com grande [estragado]| injuria da sua Autoridade. Porque ||2r Porque setem feito taõ commu) | ouzo de armas prohibidas offensivas nestes | Certoens, que acada passo se vé andarem | com estas, eo que mais hé apouca obser| vancia das Leis, e Pragmaticas, naõ sea=| chando assuas Copias nos livros daCama=| ra, premetindo a longetude serem tracta=| dos os officiaes deJustiça com pouco de=| Couro atrevendo-selhes qualquer confiados na=| vastidaõ das terras, edeterem da sua par=| te pessoas, que os apoyaõ, ede senaõ deVa| çar destes insultos.| Segundo o reciar me justamente | que deixando supitado o menor procce=| dimento, poderia ser increpado na deVaça | geral da Correiçaõ, e ficaria a vara deJu| iz naopiniaõ destes moradores sem ju=| risdiçaõ alguma, easua authoridade de todo | desatendida, abilitados os Povos para vi| verem sem obediensia.| Pois, sendo assim principiada | adita deVaça, quando pella prova della | rezultante pertendia proceder con[tra] | o delinquente, sujeitou este com[o] petiçaõ L.||2v L. C. feita comsubtilezas, e simu| laçoens para horrorizarme afim desus| tar nadita devaça com o fundamento de naõ [fazer]| cazo della, ede semandar naLei Extraordinaria | inquerir por de vaça ger[al, enaõ] par| ticullar, mayor mente naõ havendo-| ferimento, requerendo-me o [estragado]| com Acessor letrado com ochamado | protesto deperdas, e damnos, asseve| rando-me alguns ser quando mui=| to Cazo decrella se houvesse parte.| EComo da Certidam L. | B. semanifesta naõ ser cust[a-]me | perguntarsenas devaças geraes se | milh[.]te materia, e me pareseu se | naõ podia fazer argumento noprezen| te Cazo com alimitasaõ da Lei nesta | parte, porque esta naõ precaveo os | futuros contingentes, posto que | Leyt. de jur. lusitan. tom. qe. .| no. fallando em diversos termos | inhibe [o] demitiremse semilhantes | petiçoens, com tudo estou irresolu| to no que heide obrar pella indigen| cia, que há nesta Villa de letrados forma=<dos>||3r for-


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mados, que me possam dirigir coma| certo, para o qual imploro aVossa Magestade me | determine o que devo obrar neste cazo, e | por conseguinte se pella dita deVassa hei| de, ou naõ proceder contra o dilinq[u]ente, | dispensando Vossa Magestade em qual quer nu| lidade revalidandoa, ou anulando o seu | fim ulterior, no Cazo de senaõ poder de| numinar atroz oacontecido.| Tam bem ponho na pre=| zensa deVossa Magestade, que emrezam da=| extinçaõ do termo desta Villa susedem al=| guns dilitos, dos quais naõ tem noticia a=| Justiça se naõ depois de passados muitos | tempos, como prezente mente fui scien| te da morte aContecida nos limites do ter| mo desta Villa em hum dos mezes do anno | de 1762, ou 1763, da qual athé | o prezente senaõ devasou por seigno=| rar, em cujos termos para proceder sem nu=| lidade rogo a Vossa Magestade adeterminasaõ do=| que devo praticar neste cazo, e nos mais | desta natureza, em que senaõ tem devassa=| do dos delitos ac[on]tecidos, ou por ig[no]| ransia, ou por descuido, afim de <com> ||3v de com especial decreto deVossa Magestade | seguir emtudo, o que me for man=| dado, ficando daqui emdiante [ser]| vindo dearesto para outras semilhan| tes; dignando-se outro sim Vossa Magestade | de mandar expedir para esta Villa asco| pias das Extraordinarias e Pragmati[cas] aeste | respeito, e afavor das Justiças.| Vossa Magestade mandará o=| que formais justo. Nosso Senhor | Guarde aVossa Magestade, como todos os seos Vas| salos havemos mister, e dezejamos.| Villa deNossa Senhora do Livramento das Min| nas do Rio dasContas, eJunho 25 | de 1765. OJuiz ordinario Antonio Rodriguez Lopes ||4r O Tabaliaõ francisco gomes pereira guimarais pa| se porCertidam, opedesta dosdevasas Janeiri| nhas que setiram nesta vila aNual men[te] se | deLas C[ons]ta pelos Jnteregatorios preguntas[estragado] | pelas pesoas que Custumaõ uZar transgesores | da Lei depistolas emais armas proibidas Vila | dorio das Contas 20 de Junho de 1765 | Antonio Rodrigues Lopes |


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FranciscoGomezPereira Guimara| enscidadam doSenadodaCamara | daCidade daBahia, eProprietario | do officio deTabelliam publico do | judicial eno tas nesta novaVilla | deNossaSenhora doLivramento | dasMinnas doRyo dasContas | eseo termo porVossaMagestadeFidelissima | queDeusguarde etc. Certifico | efaço Certo aos que apresentevi| rem efor apresentada que Reven| do osInterrogatorio dasDevaças | Janeirinhas que setem tirado pelo | Juiz Ordinario destaVilla athê | opresente anno demil eSete| Centos eseCenta eCinco, dellez ||4v Delles naõConsta queSeinquira, e | pergunte pellos transgressores daLey, | ouzodearmas Curtas prohibidas offen| sivas, edeffensivas. Hé oque | Consta dasd itasDevaças aqueme | Reporto, edellas passey aprezente | Certidam deminha LetraeSig| nal semcousa queduvidafaça | pello mandado daPortaria retro | deJuis Ordinario actual thenente | Antonio RodriguesLopes nesta | sobredita Villa dasMinnas do | Ryo dasContas aosvinte deJu| nhodemil esetecentos esecen| ta, eCinco annos Escrivye | asigney FranciscoGomesPereiraGuimaraens ||5r Diz Joaõ Gomez, homendenegocio, emorador | nesta Villa, que sucedendo passar pella portaSupplicante hum | Comboyo nodia do Corrente mes de Junho as des para | as onze horas da manha, sucedeo Cazual mente dis| pararse huma arma de fogo,deCujo Sucesso Rezultou | publicarem algumas pessoas mal afeitas ao Supplicante, que de Cazo | pensado o tirara. odito tiro noSupplicado, oqual vindo aca| za domesmo Confesou diante demuitas pessoas que oSupplicante lhe | não fizera offença alguma, nem seachou ferido, nem | ainda selhevio nas suas Roupas amais Leve queimadu| ra; por onde sepoderia Conjecturar que lheforadado o | dito tiro: semEmbargo doque tem oSupplicante noticia | que vossa merce dera primeyro atirar devassadeste Cazo, por | sedizer que odito tiro foradado Compistolla, edeca| zo pensado, fundado tal vez naLey do Senhor Rey Dom | João de 20 de Janeiro que manda proceder adevassa | sobre ouzo das armas prohibidas, que só tem Lugar | nas devassas Geraes, enão pordevassa particular, como diz a mes| ma Ley, que he fundada naOrd. doLIb. 1. tto. 65 $ | 52 |


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Em Cujos termos denenhuma sorte sepode, ou | devExtender adispozição dasditas Leys aos Cazos | emque expressamente, não fallam, nem Compreen| dem, por se firmar adevassa pelo motivo dotiro, oque ||5v o que Certa mente não he Cazodella, pois para isso seRe=| quer quehajão feridas Como expressamente odiz adita ord. | doLib. 1 tto. 65 $ 31. | §| E sobre ferimento feito denoute | §| E bem assim sendo alguma pessoa | ferida no Rosto | §| Ou sendo ferida Combesta, ou | es pingarda | Eainda no cazo doferimento, sendo as feridas Le=| ves, senão procede adevassa justa ord. doLib. 1 tto. 65 | $ 37; eque não seja oprezente Cazo dedevassa odizem espressamente | os Provimentos daCorreyção. | Sendo certo que ossenhores Julgadores são ex=| ecutores das Leys, enão podem alterar, ou mudar apre=| ferida formadasuadisposição variando osprocedimentos | de hum cazo aoutro tam dessimilhante comdis | Leyt. dejur. Lusit. tract. 3. gc. 3 no. 435 <Eporisso> ||6r Eporisso não podem osditos senhores Julgadores | fora dosditos Cazos proceder adevassa particular, edo Contrario | ficão obrigados apagarem aspartes todas asperdas, edam=| nos, que lheCauzarem, alem deser adevassa nulla, Co=| mo expressamente dispoem o $ 68 dasobredita Ley. | §| Edevassando sobre outros Cazos, emaleficios, fora osa| simaditos...pagará todas as Custas, perdas, e damnos | que porellas seCauzarem, aquais quer partes, eadita | inquirição devassa, será nenhuma, eporella senão | procederá Contra pessoa alguma etc | Nem ofundamento que setomou para aditadevassa | deser dado otiro Comarma pro hibida / por ser Como | sedis depistolla / he sufficiente para este procedimento, | porque pella Ley novissima de 749; quepro hibe o=| Uzodas armas defezas sedá aforma deproceder e | semelhante Cazo, que he pordenunçia emsegredo.|


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Eseouve aLey Comtal Cautella, que adue[estragado]| e Recomenda muito em SeReceberem semelhantes [de]| nuncias, evitandodollos, falsidades, evinganças.||6v evinganças per formalira | §| Porem os Ministros quetomarem asditas denum=| ciassooes, sehaveram Comgrande Cautella, e=| exame, emtal forma que seevitem todo o=| dollo, falsidade, ou vingança que sepossão in=| tervir nellas.| E ainda que não interviessem todas as Refiridas nu=| llidades; numca sedevia Criminar ao Supplicante, porque | não foy acha do, nem apanhado comadita pistolla | comosecolhe daspalavras da dita Ley novissima.| §| Quetroxerem Comsigo asditas facas, easma=| is armas, einstromentos pro hibidos.| Eda Ord. Lib. 5. tto. 8o quepro hibe asarmas $ 1.| §| o que for achado | § for achada. ||7r Omesmodizem Lopez Ferreira 1. p. tract. | 3 p. 6. no. 26. Opte. Pheb. 2. p. Ares t. 95. 27o.=| eserá demuita emportancia. | Pelo que não sendo oSupplicante achado, nem | apanhado com adita pistolla, nem Rezultando feri=| mento dodito tiro senão deve proceder aditadeva=| ssa Como fora mos trado, por senão dar occazião aal=| gum prejuizo que pode experimentar oSupplicante por ser a=| Lias hum homendenegocio, Comobrigação demulher, e=| filhos, eportudo. | Pede avossamerce que emobservancia das | citadas Leys, mande suspender nadeva| ssa, edo Cru pro testemunha oSupplicante portoda a=| nullidade, perdas, edamnos dehaver de | quem distº for, epara que valha este seu pro=| testo Como, seasine, e Reff aVossamerce que | despache ComaAuer Letra para não | allegar ignorançia, juntandosse esta | adevassa ERecebeMerce | JoãogomesdaSilva


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Taperoá, 18 de abril de 1789 – Francisco Nunes da Costa

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Ilustríssimo, e Excelentíssimo Senhor. | Pelo Mestre Antonio dos Santos, Reme- | to Pedro Franscisco Alexandrino, e Ber- | nardino de Sena, ambos, desertores do Se- | gundo Regimento da Infantaria de- | essa cidade, cuja deserção Vos sa Excelen- | cia me havia participádo, e ordenádo | sua prisão, e Reméça. | Deos Guarde Vóssa | Excelencia. Taperuá 18 de Abril de | 1789 | Desembargador, Ouvidor da Comarca. Francisco Nunes da Costa. [Fólio 2v, paisagem, metade inferior] Em 18 de Abril de 1789 | Do Desembargador Ouvidor da Comarca dos Ilheos com a Remeça dos- | Desertores Pedro Francisco Alexandrino, e Bernardino de Sena. | Respondida em 23 de junho


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Feira de Santana, 13 de março de 1771 – Manoel Jorge Coimbra

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Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | O que posso imformar aVossa Excelencia sobre o Requerimento na | petição de queyxa : de com: o sum mario junto na for| ma que Vossa Excelenciamedetermina averba do qual man| daraVossa Excelencia o que for Servido, villa de São João de | Agoafria, [estragado]deMarço 13 de 1771 ||2r Testemunhas quesummariamente | se perguntaram perante oJuiz or| dinario davilla deSamJoão deAgoa | fria emobservancia do Despachodo | ILLustrissimo eExceLentissimo Se| nhor Conde Governador desta capita| nia por bem do Requerimento da | petição Retro. eantecedente | Termo deaSentada | Aos vinte eSete dias domes deFevereyro.| demil Sete centos Setenta e hum annos | nesta villa deSam Joam deAgoafria ec[a]| zas da morada do Juiz ordinario eAlfere[s]| Manoel Garcia deSouza onde eu Escrivaõ | por elle nomeado para esteSummario fuy | vindo eSendo ahy mandou [ilegível] Juiz or| dinario vir perante Sy astestemunhas | que por elle foram Inquiridas epergunta| das cujos [ilegível] nomes Idades [ilegível] ecostu| mes Sam o[s] que ao diante SeSegue deque | para constar fiz este termo deaSentada, | euManoelJorgeCoimbra Tabelliam queEs| crevy.___| Testemunhas| Domingos Francisco Roris homembranco | solteyro morador na fazenda chamada | Santhiago Freguezia deSamJosedas Ita| purorocas dotermo davilla daCachoeyra | que viue deSeus officios deCarapina aPedrey| ro daidade que disse ser deSecenta etres | annos pouco mais ou menos testemunha | jurada aos Santos Evangelhos embom Li| vro delles emquepos Sua mao direyta | e per meteo dizer verdade do queSoubesse | e lhe fosse perguntado__| Eperguntado aelle testemunha se||2v Testemunha pello contheudo na petiçaõ | de queyxa feita ao ILLustrissimo eExceLen| tissimo Senhor Conde Governador destaCa| pitania, dissi queSabe


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por Ser publico eno| torio que Mano el Gonçalves mosso, eMa| no elCarvalho escravo daadministraçaõ deSan| taBarbara doposso do Capim, Joam daCos| ta Mestisso forro, e hum criollo pornome Gon| çalo quefugio das Gallés daCidade daBa| hia setem todos incorporados, eunido em | furtos degados cavallos eEgoas : furtando em | humas partes evendendo emoutras contan| to dezaforo, esem temor das Justiças que | andam armados com Espingardas ca| tanas facas de Arrasto, e facas de ponta | botados avalentes ameassando aquelles mo| radores quesefallarem nos furtos eabsur| dos que elles fazem uz and e matar, e desta | Sorte andamfazendo por todas estas ve| zinhanças e fazendas aquell[es] ex acrandos | delictos sam que ninguem lhopossa | incontrar por setomarem daquelles vo| Luntarios pornaõ terem estes queperde| rem eaLem destes nomeados aSima que | Sam os mais facenherozos ha tambem hum | Luiz Francisco Mestisso forro morador na | Borda da Mata debayxo que tambem | uza de furtar Gados alheyos para delles | sevtilizar com no torio Es candalo eper| da dos cria dores daquella deLig encia e [ilegível]| nam desse nem do costume eaSignou | eSeujuramento Comedito Juiz ordinario | eeuManoel deJorgeCoimbraTabelliam que | escrevy | Saue [outra letra] Domingosfranciscorodrigues | Testemunha | Luiz daSilveyra homem branco cazado ||3r cazado morador na fazenda chamada | oEscurialFreguezia deSamJoze dasItapa| rorocas do termo davilla deCachoeyra queviue | deSuas Lavouras deidade que disse ser de | quarenta enove annos pouco mais oumenos | testemunhajurada aosSantos Evang elhos | em hum Livro delles emquepos Sua maõ direy| ta eper meteo dizer fer dadedaqueS oubesse | elhefosseperguntado__| Eperguntado aelle testemunha pello | contheudo napetiçaõ de queyxa feita ao | Ilustrissimo eExceLentissimo SenhorConde | Governador disse queSabe que Manoel | Gonçalves mosso deLadram publico degado | eCavallos, ejuntamente furtou este huma | negra aFrancisco Alvares Pinheyro morador | noSalgado, eateve Refugiada, e Escondida | para fugir com ella para [ilegível]: fazendo | nasua caza coito deNegros fugidos, ecome| lles seserve tanto para os furtos quefas como | para omais Servisso deque


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[ilegível], e da mesma | sorte sabeelle testemunha que Manoel | Carvalho Cabra escravo daad menistração de | SantaBarbara do Posso do Capim, heLa| dram publico degado, ecavallos [sociado] [com] | varios companheyros, hum delles odito Mano| el Gonçalves mosso que ultimamente Lepro| cimo furtam hum Cavallo ao criollo vicente | damesma ad menistração aLem deoutros La| trocinos que ha muytos annos costumaõ fazer, | damesma sorte Joaõ daCosta Mestisso forro.| morador nafazenda chamada [ilegível] melhor | tambem he Ladrao de Cavallos egados e de ||3v Egados edeEscravos alheyos que aLem dos | Latrocinos antigos quesempre costumaraõ | fazer proximamente furtou humaEscra| va aFrancisco Alvares Pinheyro, ehum cava| llo aLuiz Teyxeira deCarvalho para acondu| zir, como tambem, hum criollo por nome Gon| çalo quefugio das Galles dacidade daBa| hia tambem he sociado com os mes mos a| sima nomeados detalSorte andamunidos | e armados com Armas deEspingardas facas | de harto - facas de ponta ecatanas etem da| do atodos os moradores daquelle c[on]tininte | e todos estes sam unidos nosfurtos que fa| zem aonde os vam dispor dehuma parte | para outra semver[go]nha nem termo de | Deos edaJustiças contanto dezaforo que | Sepor acazo algum morador falla nos | seus Latrocinos ovam dez[a]f[ia]r aporta | e ameassar queosand e Matar com Tudo | com elle testemunha, e damesmasorte | tem ouvido dizer elle testemunha que | not ermo desta villa de Agoafria, há hum | Francisco Gonçalves deoLiveyra mosso branco | filho deJoanna Maria Rodrigues, e hum | Joze Soares deAlmeyda asociados com hum | Bento detal que he morador no Engenho | do BomJardim ? elles tres samLadroins | publicos degados que athechegam a encon| trarsse comos proprios donos, e ameassallos que | se fallarem os and e matar, e Eirirem| sse Embora por serem este temerarios | eandaremsempre armados, eo dito Joze | Soares criminoso, enaõ há justiça que ||4r que os peguem por serem façanhorozos eos | nam disse nem do costume easignouLe seu? | Juramento depois de lhe ser Lido comhuma | cruz seusignal costumado como dito Juiz | ordinario eEuManoelJorgeCoimbra Tabelli| am que oEscreuij. | Signal de Luis [cruz] daSilveira | Manoel GarciadeSouza |


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Testemunha | ManoelPinheyro deCarvalho homembranco | cazado morador nadita fazenda chamada | aspor teyras Freguezia deSamJoaõ Joze | das Itapororocas dotermo davilla deCacho| eyra que viue desuas Lavouras deidade que | disse ser detrinta e tres annos pouco mais | ou menos testemunha jurada aosSantos | Evangelhos emhum livro delles emquepos | sua maõ direyta epermeteo dizer verdade | doque soubesse elhefosse perguntado ___/| Eperguntado aelle Testemunha pello | contheudo napeticaõ dequeyxa feitaao Ilus| trissimo e Excelentissimo Senhor conde | Governador disse quesabe pello ouvir dizer | pubLiCamente avarias pessoas [ilegível]dito que | Mano el Gonçalves mosso branco morador na | fazenda chamada aCipipira, eManoel | Carvalho Cabra escravo da ad menistracaõ deSan| ta Barbara do posso do Capim, [.]ehum Joaõ | daporta Mestisso forro, morador dafazenda | dos vermelhos, hum criollo por nome Gonçalo | que fugio das Galles da cidade daBahia | seram ouvidos todos e incorporado em | andaremfurtando gados, ecavallos e agre ||4v EAgregando Escravos alheyos para com | elles seservirem emsam elhantes Latroci| nos furtando emhuma parte ev endendo | emoutra contanto dezaforo epouco temor de | Deos ed asJustiças ques ealguma pessoa fa| lla naquelles maLeficios que elles costumam | fazer costumaõ ameassallos dizendo queos | ande matar éoutros fazerlhes osdamnos que | lhe parecer é de tal sorte sam temidos poran| darem Armados com armas defogo. catanas | facas deaRasto efacas deponta e desta sor| te tem intimidado aquelles moradores daque| lle certam ques enaõ Atrevem aquey xar por | temerem algumas vioLencias daquelles mal| feitores eaLem dossobre ditos asima que | tambem ouve dizer publicamente queno | termo desta villa desamJoaõ de Agoa | fria tambem andam furtando publi| camente gados, hum Francisco Goncalvez | deoLiveyra filho deJoanna Maria Ro| drigues por cujos Latrocinos foy Já prezo | epor Empenhos foy SoLto.Como tambem | humJozè Soares deAlmeyda pardo forro; | ; e hum criollo forro por nome Manoel | dePayva moradores nos aRabaldes destadita | villa sam tambem Ladroens publicos | e destimidos que naõ tem temor algum |


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dasJustiças e damesmasorte Andam | Armados ameassando qual quer pessoa | doPovo quesequey xar deseus Latrocinos | edestasorte nimguem seatreve queyxar | delles pornaõ expermentar algum desca| tejos ou amus sucessos ealnem disse nem | do costume easignou eseuj uramento | comodito Juis ordinario eEuManoel | JorgeCoimbra Tabelliam que oEscrevy.| [ilegível] ManoelPinheyrodeCarvalho | Testemunha ||5r Testemunha Felles Pereyra deAraujo hom embranco sol| teyro morador nas uafazenda chamada aCa| na Braba Freguezia deSam Joze daItapo| rorocas dotermo da Villa daCachoeyra que | viue desuas Lavouras deidade qued isse ser | desinco enta e hum annos testemunhajura| da aossantos Evangelhos emhumLiuro delles | emquepos sua maõ direyta permeteu dizer | verdade doquesoubesse e lhe fosse perguntado | Eperguntado aelle testemunha pello | contheudo napeticaõ da queyxa feita ao | ILLustrissimo e Excelentissimo Senhorconde | Governador disse que sabe pello ouvir dizer | publicamente queMano el Carvalho cabra[.] | escravo daadmenistraçaõ deSanta Barba| ra suciado com Manoel Goncalves mosso | morador no sitio da Capipira Andampu | blicam ente furtando gados, ecavallos venden| doos dehuma terra para outra como elle | testemunha vio muytas vezes passar pella | sua porta odito Cabra ManoelCarvalho | comvacas e bois alheyos amarrados e emRabados | ao Rabo de hum cavallo aLem deoutras que | Levava empalhitados eoutras vezes soLtos que | verdadeyramente naõtem outros [ilegível] | mais do que andar furtando e hir vender pa| ra osEngenhos andando Armado comArmas | defogo catanas e facas deaRasto ede ponta | edizem todos que oconhecem que elle anda | asuciado naquelles Latrocinos comodito Mano| el Goncalves mosso ecomhum criollo por nome | Gonçalo que fugio das Gallés uzando destes | maLeficios contanta ouzadia que selhe | [.]andam de pessoa alguma emenos teme ||5v Temme a Justiça mas antes ameassam a | qualquer pessoa comamorte quefallarem | nosseus Latrocinos por serem absoLutos ete| merarios eal nam


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disse nem do costume | e asignou oseujuramento comod ito Juiz | ordinário eEuMano eLJorgeCoimbraTabe| lliam queoEscrevy | Sauz? FelixPereyradeAraujo | Testemunha | Fellipe de Maga lhanz Cerqueyra homem | branco cazado morador naf azenda cha| mada apuada Freguezia desam Joaõ digo | desamJoze dasItaparorocas dotermo davi| lla daCachoeyra que viue de suas Lavou| ras deidade que disse ser de trinta ehum | annos pouco mais oumenos testemunha | Jurada aossantos Evangelhos emhum | Liuro delles emquepos suamaõ direyta | epermeteo dizer verdade doque soubesse elhe fosseperguntado__| E perguntado aelle testemunha pello | Contheudo dapetiçaõ dequeyxa feita ao | Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor Conde | Governador disse queSabe por ser pu| blico enotorio queyxar ensse todos os moradores | daquelle continente doSalgado deManoel | Carvalho cabra escravo da administraçaõ de | Santa Barbara dePosso do Capim que | este he Ladraõ publico degados ecavallos que | todos os que comerceam comelle lhefas os pa| gamentos com cabeças degado naõ otendo | elle eque elle testemunha algumas vezes | tem visto passar sua fazenda ||6r Fazenda doSalgadinho alguns comerciantes | dodito cabra com Rezes empag am ento como d ito | tem e fas osseus Latrocinos tampublicamente | queselhenaõ da depessoa alguma, e taõ abso| Luto que sendo Captivo anda como forro sem | dar obediencia ao administrador dadita Cappe| lla e ameassando a todos os que fallarem nos | seus Latrocinos queoshade matar como sucedeo | com hum MuLato delle testemunha quetem | por vaqueyro nadita suafazenda que por fa| llar emalguns furtos dodito cabra o fora deza| fiar a sua porta econeffeito odito MoLa| to naõ corre para dentro decaza o [ilegível] Mata | com humaf aca de ponta porasim andar | armado ecom arma de fogo e [ilegível] | [ilegível] ouvio dizer elle testemunha que | odito cabra tem commercio com hunMa| noel Gonçalves mosso morador nafazenda da Cipipira [ilegível] equesamso cios emseus furtos | eda mesmasorte tem ouvido dizer elletes| temunha publicamente avarias pessoas do | termo desta villa que hum Francisco Gon| çalves deoLivejra mosso branco


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Filho de | JoannaMaria Rodrigues tamb em fur| ta gados publicamente [ilegível] dispor para | onde lhes parece eal naõ disse nem docostu| me eaSig nou eseuj uramento Comodito | Juiz ordinario eeuManoeLJorgeCoimbra | Tabelliam que oEscrevy | FellipeDeMagalhanz Serqueyra | Testemunha ||6v Testemunha | Joze Martins valverde homembranco | cazado morador nafazenda chamada o | Bombassa Freguezia deSam Joze dasIta| pararocas dotermo davilla daCachoeyra | queuiue desuas Lavouras deIdade que | disse ser quarenta esinco annoa teste| munhaj urada aosSantos Evangelhos em | hun Livro delles emque pos sua mam | direyta epermeteo dizer verdade doque | soubesse e lhe fosse perguntado ___| Eperguntado aelle testemunha pello | contheudo napetiçaõ dequeyxa feita ao | Ilustrissimo e Excelentissimo SenhorCon| de, disse quesabe pello ouvir dizer publi| camente que ocabra ManoelCarvalho | Escravo dadmeinistraçaõ deSantaBarba| ra he Ladram degado há mais dos annos | porem deprezente setem feito mais pu| blico semtemor deDeoz edasJustiças | deSuaMagestade por que os tem visto | passar varias vezes pellas cercas doseu | citio com Rezes amarradas eo utras | vezes comgados soLtos ahir vender pa| ra aPovoascaõ eoutros Lugares aondelhe | pareceetamb em ouvio dizer elle teste| munha que odito cabra tem cortado varias Rezes no citio da Cipipiraonde | he morador Manoel Gonçalves mosso | por dizerem quesam socios naquelles | furtos e damesmasorte ouvio elleteste| munha dizer avarias pessoas decredito | que nadita caza deManoel Gonçalves | seajuntava hum Joaõ daCosta Mestisso ||7r Mestisso forro e hum criollo por nome Gonçalo | quefugio das Galles dacidade daBahia por | dizer em quetodos samsocios Vnidos, equeesta| vamfazendo matalotages para se Reti| rarem paraocer taõ equetambemsabe | elleTestemunha por lhe dizer oCapitam do | Mato Joze daSilva Doria quequerendo herdar | em hum mocambo emSanta Barbara onde | seachava nelle odito Manoel Carvalho ca| bra eManoel Gonçalves | mosso, eosdous com| panhejros Joaõ daCosta eo criollo Gonçalo | e dizem que alguns Escravos alhejos que tinhaõ | aLy Refugiados e


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empedira hum Manoel Gon| çalves velho Pay dodito mosso dizendo que | naõ estavam Lá edebayxo disto lhemandou | avizo para os ditos cumpLices seRetirarem | daquelle mocambo, econeffeito andara os di| tos deLinquentes armados com armas defogo | facas de ponta, ecatanas e facas de Rasto | entimidando aquelles moradores para naõ | fallarem dos seus Latrocinos e damesma | sorte sabe elle testemunha que noter| mo destavilla há dous Ladroens degado | quepublicam ente se queyxam delles osmora| dores que he hum Francisco Gonçalves deoLi| veyra filho deJoanna Maria Rodrigues | suciado com Jozé Soares deAlmeyda contanto | dezaforo queja senaõ ocultam dosproprios | do nos antes os ameassamque andetirar avida | sesequeyxarem por serem homens [va]Lentes | e tem erarios ealnaõ disse easignou [se] [...] | digo naõ dosse nem do costume easignou | e seu iuramento como d ito Juiz ordinario | eeuMano elJorg eComibra Tabelliam que | oescrevy | saus? Joseph Martins Valverde | Termo de asentada ||7v Termo de asentada | Aoprimeyro dia do mes deMarço demil | setecentos setenta hum annos nestavi| lladeSamJoam deAgoafria e cazas demoradas | doJuiz ordinario oAlferes Mano el | GarciadeSouza ondeeu Thabelliam aodi| ante nomeado fuy vindo e sendo alyman| dou aodito Juiz vir perante sy testemu| nhas para sum mariamente as perguntar | aserca docontheudo napeticaõ dequeyxa | asquais vindo forampello dito JuizIn| queridas eperguntadas cujos ditos dellas | nomes moradas idades officios ecostumes | samosque aodiante sesegeu dequepara | constar fez este termo EuManoelJor| geCoimbra Tabelliamqueoescrevy __//| Testemunha | LuizTeixeira deAmorim Homem | branco s[ol]teyro morador nafazenda | chamada aTrindade Freguesia deSam | Joze das Itaparorocas do Termo daVilla | daCachoeyra que viue deseuofficio deCa| rapona deIdadeque disse ser desincoen| ta equatro annos testemunhajurada | aosSantos Evang e lhos emhum Livro de| lles emquepozsuamaõ direyta eper| meteo dizer verdade doquesoubesse | e lhefosse perguntado__//__//|


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Eperguntado aelleTestemunha | pello contheudo napetiçaõ dequeyxa | feita ao Ilustrissimo e Excelentissimo | Senhor Conde Governador disse que | sabe desiencia certa epor serpublico, eno| torio que Manoel Carvalho, cabra Escra| vo daadmenistraçaõ deSanta Barbara | do posso do Capim hé Ladraõ publico assim ||8r Asim degados: como decavallos furtando em | huma parte e hir vender naoutra suciado com | Manoel Goçalves mosso morador na fazenda | chamada a Capipira, eJoaõ dacosta Mestisso | forro morador nafazenda chamada osvermelhos | ehum criollo chamado Gonçalo quefugio das Ga| lles da cidade daBahia todos estes unidos | tem feito varios Latrocinos : Como deprezente | furtou odito Cabra Mano elCarvalho hum | Cavallo a hum filho de José deSouza deAraujo | morador no Parnamirim, eodito criollo Gonca| Lo fugido das Gallés tras consigo duas negras | fugidas eanda pellas Estradas Roubando, eto| dos estes tem huma suciedade [ilegível] dos furtos que fazem principalmente odito cabra | hé Ladraõ publico á muytos annos degados | alheyos dos outros por andarem Armados com | armas de fogo facas deponta edeRasto, eca| tanas ecaxorros Brabos, epara assim mais | atimidar em os moradores daquelle continente | brotam publicamente que se fallarem nos | seus Latrocinos oshande matar dando poresta | sorte mau exEmplo aoutros ealnaõ disse | nem do costume easignou eseguramente | com huma cruz seu signal costumado por | ordinario eEuMano elJorgeCoimbra Tabe| lliam queoEscrevy | Signal deLuiz [cruz] Teyseyra de Amorim | Manoel Garcia deSouza | Testemunha | Luis Teyxeyra deCarvalho homem pardo forro | cazado morador nasua fazenda chamada ||8v Chamada oRio dopeyxe Freguezia deSaõ | Jose das Itaparorocas do termo davila deCa| choeyra que viue decriar seus gados edesuas | Lavouras deidade que disse ser desincoenta | eseis annos pouco mais oumenos testemu| nha jurada aossantos Evangelhos emhum | Livro delles emque pos sua maõ direyta eper| meteodizer verdade doquesoubesse elhefo| sse perguntado __//__//__//| Perguntado aelleTestemunha | pello contheudo napeticaõ dequeyxa feita | ao Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor | Conde


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Governador disse quesabe por se | queyxar em publicamente os moradores, ecri| adores de gados daquelle continente doSalgado esuas vezinhanças que ManoelCar| valho cabra Escravo daad menistraçaõ | deSanta Barbara hé Ladraõ degados ha | muytos annos edecavallos e detudoquan| to pode[..] apanhar, furtando em huma parte | e hir vender naoutra, ehoje notempo pre| zente seacha mais Escandaloso comseus | furtos por seachar suciado com hum Ma| noel Gonçalves mosso morador na fazenda | chamada aCipipira, ecom hum Joaõ da | Costa Mestisso forro.aSistante nafa| zenda chamada osvermelhos oqualdito | Joam daCosta furto u aelle testemunha | hum cavallo por cujo motivo oseguio elle | testemunha com dous Homens e lhetirou | ofurto deseupoder, como tambem sevnio | ao dito, hum criollo por nome Gonçalo que | fugio das Gallés da cidade da Bahia, ea| sim unidos andam furtando o gados e cavallos | eEscravos a lheyos: contanto dezaforo epou| co temor de Deus e das Justiças quepara | mais serem temidos andam armados | dearmas defogo facas de ponta deRasto .||9r E deARasto e Catanas e paramais seg uran| ça dosseus furtos eapanhar gados comserva | aodito Manoel cabra huns caxorros Brabos | e de ssasorte diz publicamente queoquefa| llar nelle osade matar ecomeste mau ex em| plo está vivendo com osseus parciais eani| mando aoutros para viverem no mes mo Escan| dalo como seja a hum moLato pornome Di| ziderio escravo dehuma Sebastianna detal | moradora junta afazenda chamadad aformiga | como tambem humFrancisco daCosta homem | vermelho Pay do Manoelcabra morador | nafazenda chamada posso do capim tambem | uza dematar Rezes no mato e fazer moquens | para secar acarne etrazer para caza para comer | eque elle testemunha vio osditos moquens | ealnam disse nem do costume easignouse | seuj uramento comodito Juiz ordinario eEu | Mano elJorge Coimbra Tabelliam queo Escrevy | Saus Luis Teixeira deCarvalho | Termo deAsentada | Aos quatro dias domes deMarço demil | setecentos setenta e hum annos nesta | villa deSam Joam deAgoafria ecazas de | moradas doJuiz ordinario o Alferes | Mano el Garcia deSouza ondeeu Tabe|


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lliam ao diante nomeado fuj vindo e | sendo [aly] mandou odito Juiz ordinario | vir per[ante] sy testemunhas para segui| mento deste summario as quais vindo | foram pello dito Juiz Inqueridas e per| gunta das cujos ditos dellas nomesmora| das idades officios ecostumes = Saõ os que ||9v sam os que ao diante sesegue. Eque | para constar fiz este termo de asen| tada eeuMano el Jorge Coimbra Tabelli| am que oEscrevy__//__| Testemunha | Joam Pereyra Simoiz homem branco | soLteyro morador nos aRabaldes desta | villa que viue decriar seus gados e de | suas Lavouras deidade que disse ser | de sinco enta annos testemunha jura| da aos Santos Evangelhos em hum Livro | delles emque pos sua maõ direyta e | permeteo dizer verdade doque soubesse | elhe fosse perguntado.__//__//| Eperguntado aelle testemunha | pello contheudo napeticaõ de queyxa | feita ao Ilustrissimo e Excelentissimo | Senhor conde Governador disse quesabe | por ser bem publico enotorio ha muy| tos annos que Mano elCarvalho cabra | escravo daadministraçaõ deSantaBar| bara hé Ladraõ publico de gados, ecava| llos asuciado naquelles annos antecedentes | comFrancisco Gonçalves deoLiveyra que | tamb em hé mal feitor publicamente | desem elhantes Latrocinos, ehoje notempo | prezente ouvio dizer elle testemunha | que odito Cabra seacha asuciado para | os ditos furtos com os mais nomeados | neste Requerimento, eo dito Francisco Gon| çalves feito com nova suciedade com | Joze Soares de Almeyda par do forro mo| rador nos aRabaldes desta villa, e hum | Bento detal hom em pardo morador ||10r Morador no Engenho dobom Jardim que | lhe serve [ilegível] e condutor dos gados que | fartam para os dispor por aquellas partes | aLem dos que matam, evendem de noyte | em quartos pellas cazas dealguns morado| res tanto assim que naõ viuem deou| tra couza com que sesustentam, vinhaõ | e asuas amazias com quem viuem Escanda| lozamente fazendo aqueles Latrocinos | tam publicamente que elle testemunha | ostem encontrado comgados furtados ti| rando lhe osignal con[..]uas para asim | serem desconhecidos, eelle testemunha | tem hido dar com couros de seu proprio | gado, e ferro, esignal


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em cazas donde | elles otem vendido e desta forma an| daõ Roubando osgados dos moradores deste | continente s[.]m[...] [...]denen hum | e a Razam que tem havido, [.]á para[...]| naõ acuzar a[...] he por serem homems | Revultosos e andarem armadoscom ar| mas de fogo efacas deponta ecatanas di| zendo p[ubl]ica mente quese fallarem nelles | que os hande matar por serem homens | façanharozos sem temor de Deos, nem | das Justiças fiados em serem estas te| rras certoinz onde d[i]ficul[toza]mente | sepodem fazer deLigencias pellaJusti| ssa, esó sepoderem fazer com brasso me| Litar. aLem destes asima nomeados | que furtam publicamente tambem há | outros que fazem seus furtos como seja | hum Manoel dePayva criollo forro sucia| do com humLeandro deAlmeyda Pampa ||10v Pampalona homem criminoso pardo | cazado moradores notermo desta villa | que nam vivem deoutro aver oquetudo | defama constante e publica osquais | tambem andam armados ebrotando | contra quem os quizer prender ounelles | fallarem que oshande matar e alnaõ | disse nem decostume easignou oseu | juramento comodito Juiz ordinario | eEuManoelJorgeCoimbra Tabelliam | que oEscrevy Joaõ Pereyra Simoins | Sau? | Testemunha | ManoeLAlvarez daCosta Ho mem| branco solteyro morador nasua fa| zenda chamada a Gamelleyra Fregue| zia e termo desta villa que viue de | criar seus gados e desuas Lavouras deida| de que disse ser detrinta enove annos | testemunha jurada aos Santos Evan| gelhos em hum Livro delles emque pos sua | mam direyta e permeteo dizer verda| de doque soubesse elhe fosse perguntado | Eperguntado aelle testemunha | pello contheudo napeticaõ de queyxa | feita ao ILLustrissimo e Excelentissimo | Senhor conde governador disse que | sabe por ser publico e notorio elhodize| rem varias pessoas decredito que Mano| eLCarvalho cabra escravo daadministra| çam deSanta Barbara doposso do capim | aLem de ser há muytos annos Ladram | degados deprezente consta aelle tes||11r Testemunha seacha asuciado com | Manoel Gonçalves mosso morador nafazenda | chamada a Cipipira, e com Joam daCosta | Mestisso forro asistente nafazenda chama| da osvermelhos, com hum criollo que f[u]gio | das Gallés da cidade


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daBahia andampu| blicamente furtando gados, ecavallos, even| dendoos de huma parte para outra sem te| [m]or de Deos nemdasjustiças Armados com | Armas defogo facas deponta eCatannas | trazendo consigo Caxorros Brabos atimu| rizando os moradores daquelles continentes, | com a m eassas: dizendo quese fallarem nos | seusLatrocinos que fazem os ande matar | e desta sorte andaõ [...], e aLem des| tes asima nomeados inda há outra maLo| qua de Ladro[ins] [publicos] moradores no ter| mo desta villa que tambem seguem m[es]| mo exemplo dos asima nomeados, quevem | aser hum Francisco Gonçalves deoLiveyra | filho deJoanna Maria Rodrigues, ehum | Joze S[o]ar[e]s deAlmey da homem pardo ehu) | Bento detal moradores no Engenho do Bom | Jardim quelhe serve decondutor aosgados | quefurtam eosVay dispor para o dito | Lugar, e desta sorte andam publicamente | fazendo estes furtos aLem dogado que | matam, evendem emquanto denoyte | pellas caz[as] dealguns moradores para come| rem vestirem esustentar as amazias | com notavel Escandallo fazendosse fa| ssanhozos por andarem armados com ar| mas defogo facas deponta ecatannas ||11v Ecatannas publicando que seos donos dos | gados os acuzarem a Justiça os andema| tar emaltratar e hir emse Embora para | os e destaSorte tem [...] oque | cido os animos dos moradores para senam | queyxarem as Justissas deSua Mages| tade Fedelissima que Deos g[o]arde, e a| Lem destes que andaõ publicos há hum | criollo forro por nome Mano eld[aSyl]| va suciado com humL eandro de [A]lmey| da Pampelona homem pardo [...] | moradores no termo desta villa quetam| bem [...] defurtar gados cabras [...] | ros comques esustentaõ tambem por | serem [...] e pouco tem entes asJus| tiças por di[ze]rem selhenaõ dam delles | andando tambem [arma]dos com armas | de fogo facas de Rasto e deponta metendo | terror aos moradores eaos mesmos offi| ciais deJustiça e[al]nam disse [nem] do | costume easignou o seuj uramento | com odito Juiz ordinario [eEu] Manoel | JorgeCoimbra Tabelliam queoescrevy | Saur Manoel Alves da Costa | Testemunha | Fellipe Nevis Barboza hom embranco | cazado moraodor nasua fazenda chama| da Tauhá Freguezia etermo destavi| lla que viue


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desuas Lavo[uras] deidade | que disse ser de trinta equatro para | trinta esinco annos testemunhaj urada | aos Santos Evangelhos em hum Livro de| lles emque pos sua maõ direyta eper||12r Direyta epermeteo dizer verdade doques ou| besse elhefosse perguntado__//__//__//__//| Eperguntado aelletestemunha pello con| theudo napetiçaõ dequeyxa feita ao ILLus| trissimo eexcelentissimo Senhor Cond ego-| vernador disse ques abe pello ouvir dizer | publicamente há bastantes annos, que Ma| no elCarvalho homem cabra Escravo daadmi| nistraçaõ deSanta Barbara doposso do ca| pim sempre foy uzeyro, evezeyro costu| mado a furtar gados ecavallos, e hillos vender | aoutra parte sempre com Escandallo pu| blico dos moradores daquelle continente, [...]| deprezente com mais Escandallos por lhe | constar aelletestemunha fez suciedade com | os mais nomiados na petiçaõ de queyxa Em | ques am intereçados naquelles Latrocinos,| e namsó estes [...] Ladroens publicos como | tambem o sam hum Francisco Gonçalves | de Oliveyra, filho deJoanna Maria Ro-| drigues, e hum Jose Soares de[...] digo | Soares de Almeyda moradores no termo | desta villa suciados com hum Bento de | tal homem pardo morador no bomJardim | que lhes serve decondutor dos gados queelles | furtaõ tam dezaforadamente por [se]rem | homens temerarios e andarem armados | com armas defogo facas deponta e catanas | taõ voluntariam ente e publicos nosseus | Latrocinos queja senaõ escondem de quem | os emcontra com os ditos furtos mas antes | os emessaõ aos moradores quese falarem | os han de matar e fugirem paraocertaõ, | e damesmasorte sabe elle testemunha ||12v Testemunha por lho dizerem algumas | pessoas decredito que hum Leandro deAl| meyda Pãpalona homem pardo ecrimino| zo suciado com hum criollo por nome Ma| no el dePayva moradores neste mesmo ter| mo tambem vivem de furtar gados cabras | e carneyros contanto pouco temor daJus| tiça que dizem publicamente queosoffi| ciais queosforem prender os ande matar | fiados em naõ terem nada queperder | e prezados deva lentoens eandarem tam| bem armados com armas de fogo e facas | deponta as quais armas lhes tem elletes| temunha visto muytas vezes, e destasor| te atimidos os officiaes deJustiça eosmais | moradores ealnaõ disse


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nem do costume easignou oseuj uramento como dito Juiz | ordinario eeuManoel Jorge CoimbraTabe| lliam que oEscrevy | Saur? FelipeNeveBarboza | Termo deAs entada | Aos treze dias domez deMarço demil setecentos | setenta e hum annos nesta villa deSamJoaõ | deAgoa fria ecazas de moradas doJuiz ordi| nario oAlferes Mano el Garcia de Souza on| de eu Tabelliam deseu cargo aodiante nome| ado fuy vindo esendo aly mandou odito | Juiz vir perante sy testemunhas para se| guimento deste summario as quais vindo | foram pello dito Juiz Inqueridas e pergun| ta das cujos ditos dellas nomes moradasidades | oficios ecostumes Saõ os que ao diante se | segue deque | para constar fiz este termo ||13r Termo euMano el Jorge Coimbra Tabelliaõ que | oEscrevy __//__//__//__//| Testemunha | Mano elFernandes dosSantos Homembran| co cazado morador na sua fazenda chamada | eu [ilegível] Freguezia e termo desta villaque viue | de suas Lavouras deidade que disse ser de secen| ta e dois annos testemunha Jurada aossan| tos Evang elhos em hum Livro delles emque| pos sua maõ direyta eper meteo dizer verda| de doque soubesse elhe fosse perguntado.____//| Eperguntado aelletestemunha pello | contheudo napetiçaõ de queyxa feita ao ILLus| trissimo eexcelentissimo Senhor Conde Governa| dor deste Estado disse ques abe pello ouvir di| zer publ icamente há muytos annos, que Mano| elCarvalho homem cabra escravo daad ministra| çaõ deSanta Barbara doposso do Ca pim, heLa| dram publico de gados ecavallos furtando em huma | parte e hir ven[dendo e]moutra como sucedeo este | anno preterito demil setecentos esetenta | hir elle dito cabra vender aoLugar daPovoa| çaõ varios Lotes degado furtados pello naõ ter | des ua criaçaõ, contanto dezaforo, que senaõ | o cultava dep essoa alguma o que he sem duvida | que od ito cabra he Rezoluto vaLentam eanda | sempre armado com armas defogo facas depon| ta ecatannas, eque tambem ouviu dizer elle | testemunha apessoas decredito que odito cabra | anda asuciado com outros domesmoprocedimen| to por em queosnaõ conhece elle teste-


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munha | etambems abe elle testemunha por serpublico | enotorio entodo este continente, que hum Fran| cisco Gonçalves mosso branco filho deJoanna | Maria Rodrigues suciado com Joaõ Soares | deAlmeyda homem pardo, e hum Bento | dacruz homempardo morador no bom Jardim | todos tres sam Ladroenz publicos degados a| lheyos ecavallos comtanto escandallo publico | sem temor de Deos nem daJustiça que asvezes ||13v que asvezes avista dos mes mos donos osEstam furtando, | e dos proprios vizinhos dos mesmos criadores que ostopaõ | com os mesmos gados conhecidos com tanta ouzadia que | lhe dizem, ques efallarem nos latrocinos quelhevem | fazendo osande matar e fugirem para ocertaõ, epor | estaforma atemidaõ os homens quesenaõ atre| vem aqueyxar asJustiças deSuaMagestade Fede| lissima que Deos goarde, por talvez naõ ter effeito | asegurança das pessoas daquelles malfeitores ecorrer | Risco avida daquelles ques equey xar em por serem os | ditos malfeitores homens Rezolutos, eandarem pellos | pastos furtando os ditos gados com armas defogo fa| cas deponta e catannas e falando publicamente | quesealgum sequeyxar, oulhetirar ogado que leva| remfurtado os andematar como dito tem, edames| masorte sabeelle testemunha pello ouvir queyxar | avarias pessoas que hum Mano el dePayva criollo forro | morador nestemes mo termo suciado com humLean| dro deAlmeyda Pampalona homem pardo crimino| zo quetambem uzam defur tar seus gados miados | de carneyros ovelhas ecabras deque sesustentam | por naõ terem outra couza deque viverem, econtanta | ou[za]dia que odito Leandro deAlmeyda estando | criminozo por crime demorte senaõ temedasJusti| ssas por ser façanharozo eandar sempre armado | com armas de fogo efacas depontas e de Rasto e desta | sorte vivendo tam escandalozamente que vivem os | muradores deste continente atimi[d]adospello mau | oprocedimento daquelles deLinquentes e alnaõ disse | nem do costume easignou oseuj uramento comodito | Juiz ordinario eeu Manoel Jorge Coimbra Tabelliaõ | que oEscrevy | Saur ManoelFernandesdosSantos | Alferes Domingos Francisco Braga | homembranco cazado morador nasuafazenda | o Irara Freguezia otermo destavilla que | viue


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desuas Lavouras deidade quedisseser | de sincoenta etres annos pouco mais oumenos ||14r Ou menos testemunhaj urada aossantos Evan| gelhos emhum Livro delles emque possuamaõ | direyta epermeteo dizer verdade doque soube| sse elhe fosseperguntado__//__//__//| Eperguntado aelle testemunha pello con| theudo napetiçaõ de queyxa feita ao ILLustri| ssimo eexcelentissimo Senhor condegovernador | deste Estado disse ques abepello ouvir dizer | publica egeralmente aos criadores de gados daque| lle continente queMano elCarvalho homemcabra | escravo daadministraçaõ dacappella deSanta | Barbara doposso do capim que hé Ladraõdega| dos ecavallos alheyos suciado com outros de que | elle testemunha naõ tem cabal [conhecimento]| furtando [em][humas] [partes][ev end endo] emoutras | sem pejo nem temor de Deos nem dasJustiças por | andar este taõ absoLuto. E armado comarmas | defogo facas deponta ecatanas quepublicamen| te dis [...] [...] [fallar]no seu m[o]do de v[ida] | que os ande [matar] [...][da] [mesma] sorte virem [...] | escandalosamente hum Francisco Gonçalves | deoLiveyra mosso branco filho deJoanna Ma| riaRodrigues, ehumJoze SoaresdeAlmeydamo| radores no termo desta villa suciados com hum | Bento dacruz morador nobomJardim que | lhes serve decondutor aos mais dos gados furtados | de que vivem para os hir dispor aLem deosa| judar afurtar tao escandalosamente p[ois]a| Th[e] noscurrais dos moradores lhe vam tirar os pro-| prios gados denoyte ecom [ilegível], eoutras | matando.os dedia publicamente como sucedeo | matar odito Francisco Gonçalves deoLiveyra no | curral delle testemunha hum Boy deJoaõ Pereyra | si[..]is edestasorte andam publicamente fur| tando pellos pastos alheyos cadaves queq uer em | semvergonha domundo armados com armas | de fogo facas deponta ecatanas ameassando | atodos que falarem no seu viver queosande ||14v Que os ande matar , esam muyto capazes | deo fazer em por serem homens Rezolutos enaõ | terem queper der por naõ pessuhirem couza | alguma, e por esta sorte atimidaõ aquelles mo| radores ques enaõ atrevem a queyxar delles asJus| tiças, edamesma sorte viuem hum criollo por | nome Mano


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eldePayva suciado com humLe| andro deAlmeyda Pampelona hom em pardo e | criminozo que vem digo que vive taõ absoLuto | sustentandosse comfurtos degados miados deo| velhas carneyros ecabras, econ fama defurtar | tambem gado [vac]um quetambem naõ vivede | out[ra] [couza] por naõ pessuhirem nada deseu ean| da[m] armados com armas defogo. faca deponta eca| tan[as] am eassando aqualquer official dejustica | que osquiz er prender que os ade matar vivendo | com escand allo publico entre aquelles moradores | ealnaõ disse nem do costume easignou seuj ura| mento comodito Juiz ordinario e[eu] Mano el | JorgeCoimbra T abelliam queoEscrevy | Saura Domingo FranciscoBraga ||15r [outra letra, paisagem, metade inferior] Do Juiz ordinario da Villa deAgoa fria no Requerim[ento] | dosmoradores das freguesias [de] [Saõ] Jozè das Itapororocas,| edamesmaVilla deAgoa fria que foi deferido | com odespacho seguinte . OCapitaõ mór daOrdenam-| ça da Villa ponha toda eficaz deligencia para pren| der aos decLarados nesta queixa e Remetêlos aesta | Cidade com segurança, que cheguem aser entregues | naCadea publica della com este despacho, decuja exe| cuçaõ medará conta. Bahia 22 deAbril de 1771


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Ficha Técnica Mancha 11,5 x 18,5 cm Formato 16 x 22 cm Tipologia AGaramond e SILDoulos IPA 12/16 Papel miolo: off-set 75 g/m2 capa: cartão branco 180 g Impressão e acabamento GRÁFICA FFLCH/USP Número de páginas 240 Tiragem 500


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