Revista Projeto 2 2017/2 - Arq Urb UEG - Deborah da Silva Rodrigues dos Santos

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Deborah da Silva Rodrigues dos Santos

novo ensino mĂŠdio


Universidade Estadual de Goiás Arquitetura e Urbanismo Projeto de Arquitetura 2 3º Período 2017/2


orientadores

Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves





Este volume faz parte da terceira coleção da revista prjt2 disciplina de projeto de arquitetura do 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG que investiga temas básicos de reflexão e metodologia do projeto contemporâneo na escala do estudo preliminar e tem como meta a elaboração de projeto arquitetônico para uso educacional ou saúde com a capacidade de ordenação de espaços de complexidade moderada. Investiga a escala das relações entre arquitetura e espaço urbano: arquitetura, lugar e cidade e dá ênfase no estudo do programa de necessidades, na topografia e na preocupação com a acessibilidade. Neste semestre tratamos do tema Novo Ensino Médio Brasileiro e CRAS Centro de Referência de Assistência Social em um bairro e seu entorno com demanda reprimida para estes temas. Por isso temos dois volumes um tratado dês de o inicio do semestre Novo Ensino Médio Brasileiro e o outro a partir da metade do processo como meio de recuperar um processo mal sucedido o CRAS. Este ultimo através de uma metodologia criada pelo professor Ricardo Frageli e adaptado

ao projeto de arquitetura e urbanismo pelos professores Fernando Chapadeiro e Rodrigo Santana denominado 300 que visa a inversão da sala de aula e o aprendizado colaborativo entre os estudantes LUGAR, PROGRAMA, VOLUME, CIRCULAÇÃO e MATERIALIDADE. São os elementos trabalhados durante o processo e foram abordados como camadas durante as orientações permitido o entendimento do processo de projetação utilizando como apoio, dez do inicio, a maquete de estudo em duas escalas (a do bairro e a do entorno imediato) como meio de entendimento do objeto proposto. E para a exteriorização de ideias foi exaustivamente trabalhado os diagramas de conceito como resumo da proposta e evidencia os elementos citados. A interdisciplinaridade do Projeto foi sincronizada com a disciplina de Maquete que serviu como apoio e permitiu alcançarmos os objetivos propostos. Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves



A sociologia percebe que toda sociedade é formada por indivíduos que possuem uma gama enorme de “ferramentas” (linguagens, normas, valores etc) que são utilizadas em seus esforços diários em seus diferentes meios e contextos sociais. E não é só isso, somos capazes de distinguir o certo do errado, saber que palavras usar em determinada situação, que roupa usar, não jogar lixo no chão , e assim por diante. São coisas básicas, mas como é comum se escutar “ninguém nasce sabendo” o mais interessante é que isso aprendemos em algum lugar, alguém nos ensinou. Apesar de grande parte de nossa personalidade e atitudes ser de parte biológica, a nossa formação não é baseada nesse princípio, não nascemos sabendo uma língua, sabendo o que uma faixa de pedestres significa. Essas são habilidades que se desenvolvem por meio de uma educação, não uma simples, mas por um processo educacional que temos no decorrer de nossas vidas.

Esse processo educacional é tanto familiar como o meio de educação mais comum em várias décadas: A escola. Como é comum saber a escola tem um papel primordial na vida de todos. A proposta para o novo ensino médio tem como base propor a flexibilização da grade curricular, o novo modelo permitirá que o estudante escolha a área de conhecimento para aprofundar seus estudos. Com isso, o projeto de uma escola não deve ser so a possibilidade de fazer um belo edifício. Mas sim propor um projeto que com suas funcionalidades permita que a escola seja capaz de se adaptar bem a nova proposta e assim poder dar à luz das novas demandas profissionais do mercado de trabalho para seus alunos. E, sobretudo, permitirá que cada um siga o caminho de suas vocações e sonhos, seja para seguir os estudos no nível superior, seja para entrar no mundo do trabalho.



O lugar escolhido para o projeto fica localizado no bairro Summervile, na cidade de Anápolis/GO. O terreno se encontra, na Avenida Summervile, avenida principal do bairro, próximo a uma área arborizada na Rua Delta, rua pela qual faz ligação com o Bairro de Lourdes. O terreno é em uma grande esquina, sem construção. Em seu entorno se encontra edifícios com tipologia residencial, alem de lotes vazios. É um bairro novo, de classe média baixa. As casas são simples, tendo no máximo dois pavimentos. Mesmo sendo um bairro novo, já possui instalações sanitárias e elétricas, e o transporte público também é presente. O comercio do local é bem escasso, tendo pequenas mercearias e farmácias na avenida principal. A arquitetura do lugar é simples, a maioria são construções padronizadas, possuindo uma estética não convidativa.





A partir de análises e estudo do lugar alguns pontos foram julgados importantes para o desenvolvimento do projeto. O local designado pra o projeto situa-se em uma área residencial, com poucos atrativos de lazer, recreação e carece de instituição de ensino, contendo apenas o CMEI Idelfonso Limíro na redondeza. Com isso se tem como proposta fazer uma escola que agregue valor ao local, além de trazer a primeira escola de ensino médio do bairro. Fazendo com que se torne acolhedora tanto para alunos e comunidade. Para isso é proposto no nível mais baixo do terreno uma praça possibilitando o acesso da população á escola de uma forma mais convidativa, além da biblioteca e ginásio serem de uso coletivo.

Com o intuito de priorizar o acolhimento de alunos, e gerar um convite ao interesse da comunidade, propõe rebaixar o pátio 3 metros abaixo da linha natural do terreno, e fazer com que a escola aconteça em volta, propiciando uma sensação de proteção e acolhimento. O convite ao interesse se da pelo fato dos blocos não estarem acompanhando a topografia original do terreno mas sim estando semienterrados. A vista obtida por quem circunda a escola, é de um bloco sobressaindo o chão. Gerando curiosidade e o convite de se achegar.




o t fo e t e u q a m cala s a e d a i l p m a



o t fo e t e u q a m tudo s e esso c o r p


o t fo e t e u q a m


O projeto proposto é uma Escola de Ensino Médio, onde o foco principal é atender adolescentes. Usuários pela qual com a nova proposta de ensino médio, procuram além de preencher a carga horária necessária da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), usufruir dos chamados itinerários formativos, onde poderão escolher a área que vão se aprofundar, já no início do ensino médio. A partir de estudos sobre a nova proposta para o ensino médio no Brasil, o programa foi estudado para além de atender essas novas funcionalidades, tivesse um agenciamento lógico e funcional - fatores que contribuíram para a forma final. Ao analisar o programa, que contém as áreas: pedagógica, convivência, serviço, administração, foi pensado em blocos com diferentes perímetros, onde ambos atendessem a proposta inicial - de gerar acolhimento e proteção para alunos - e proporcionasse as necessidades do usuários; acesso, circulação e acessibilidade.

A escola se organizará em dois níveis: Térreo e primeiro andar. O nível zero é do acesso, da informação ( secretária, biblioteca) da vivência entre os pátios, e espaço de uso comum (auditório, biblioteca, laboratórios de informática), juntamente com a parte de serviço administrativo e convivência. No primeiro andar, foi disposto o restante do programa pedagógico, salas de aula e o restante dos laboratórios de química e física, de uma forma que os terraços de convivência no intervalo das salas de aula, proporcionasse a interação das turmas.


Refeitório

.

Serviço

m

De

Salas de Aula

Laboratórios Ad

Dep.

35%

p.

Laboratório/ Salas de Aula

te c

a

Terraço

io

Laboratório/ Salas de Aula

Bi

bl

Audio Visual

3%

Auditório

Salas de Apoio

2%

Salas de Aula Terraço

Pátio

Salas de Aula

Refeitório

Sala Cênica

Sala Multiuso

Terraço de Convivência

Laboratótios Biblioteca

Pátios

Ginásio

Salas de aula

Copa Coz.D.M.LDepós. Lavag. Secret.Sl. Prof.Acervo Diret.Tesouraria Sl. Reun.

60%

Ginásio

Serviço Administrativo Pedagógico Convivência


o t fo e t e u q a m om o c ã ç n e v r e t in

Pedagógico

Administrativo Convivência Serviço

Circulação Horizontal Circulação Vertical



Pedagógico

A partir da proposta inicial, o programa

Convivência

é analisado, inicialmente sem seu pré dimensionamento.

Serviço

Convivência

Administração

Com o programa em pauta, é feita uma disposição no terreno. Pensa-se em blocos com diferentes perímetros.


Pedagógico

Administrativo

Serviço

?

Com o vazio gerado a partir da união dos blocos é proposto um pátio central. O perímetro a ser construído terá importância semelhante com o vazio.

Quadra Esportiva

Adm.

Pedagógico

Pedagógico

Pátio Coberto

Serviço

O programa após ser dimensionado, teve uma nova configuração. O pátio central que será coberto, servirá como ligação ente os blocos, tornando o todo em um. Possibilitando nesse espaço: convivência e atividades

Quadra Esportiva

escolares. O pátio em L é proposto pois permite fácil circulação, boa ventilação e iluminação.


Bloco sobressaindo o chão

Os blocos ficarão semienterrados a 3 metros abaixo do nível natural do terreno. Isso possibilitará a sensação de proteção e acolhimento para os alunos. A visada obtida por quem circunda a escola é de um bloco sobressaindo o chão, gerando assim a curiosidade e o convite de se achegar.

A aposta por desenvolver o programa no perímetro do terreno, visa delimitar o espaço público e privado. A criação de pátios em diferentes escalas organiza os setores em escalas: Doméstica

Gregária

Pequenos

Grande

Pátios

Pátio

Terreno Natural


Pequenos pátios nos intervalos dos blocos são pensados, gerando espaços mais reservados e protegidos - voltados para a interação das turmas. O grande pátio assume a escala gregária. Aberto para a vivência e uma ampla visão do funcionamento geral da escola.

Serviço Pedagógico Convivência

Adm.

Pedag.

Pedagógico

Convivência

Bi bl

io

te c

a

Pedag.

Os blocos do setor pedagógico é cortado tranversalmente, para o melhor aproveitamento do espaço. Criando circulação entre os blocos e no primeiro andar circulação entre os terraços de convivência. O espaço criado entre os blocos serviço e administrativo, tem como objetivo gerar o acesso direto a eles. E incluir a biblioteca, perto do acesso principal da escola, sendo assim de fácil acesso da comunidade.



1

Planta Implantação

5 2

10


Quadra Poliesportiva

SOBE

+5.76

+5.76

+5.80 +5.78

+5.78

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+6.20

+6.20

RAMPA i=8,33%

+6.20

RAMPA

2/2

B

i=8,33%

+5.80

+5.80

Planta Quadra Poliesportiva

1

5 2

10



SOBE

2/2

B

SOBE

+9.60

RAMPA i=8,33%

+10.40

+8.80

+8.82

+8.82

+8.82

+8.82 +8.82

+8.82

+8.82

+8.82 +8.82

+8.82 +8.82 +8.82

+8.82

+8.82

+8.78 +8.82

+8.82

+8.80

+8.82

+8.78

+8.82

+8.82

A

A

2/2

2/2

+8.82

+8.82 +8.78

+8.80

SOBE

SOBE

+8.78 +8.78

+8.82 +8.82 +8.80

+8.80

+8.82

+8.82

+8.80

+8.80

+8.82

+8.80

SOBE +8.82

+8.78

+8.78

RAMPA i=8,33%

+8.80

+8.78

+8.82

RAMPA i=8,33%

+8.78

+8.80

+9.80

+8.80

+8.80

+8.78

+8.00 +8.80

RAMPA i=8,33%

RAMPA i=8,33%

+5.80

RAMPA i=8,33%

+7.20

SOBE

+5.76

+5.76

+6.40 +5.78 +5.76

+5.78

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+5.76

+6.20

+6.20

RAMPA i=8,33%

RAMPA

2/2

B

i=8,33%

+6.20

+5.80

+5.80

Planta Térreo

1

5 2

10




2/2

B +11.80

+11.20

+10.40

RAMPA i=8,33%

+10.30 +9.60

RAMPA i=8,33%

+8.80

30% TELHA FIBROCIMENTO

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

30% TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO

+12.20

30%

TELHA FIBROCIMENTO

30%

TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

A

A

2/2

2/2 +10.05

+10.05

+8.80

+12.20

+12.20

+12.20

+9.80

RAMPA i=8,33%

RAMPA i=8,33% +12.20

+12.18

+12.20

+12.18

+12.18 +10.60

30% TELHA METÁLICA

30%

2/2

B

TELHA METÁLICA

Planta Primeiro Andar

30%

+11.40

+12.20

+12.20

TELHA FIBROCIMENTO

+12.20

+12.20

30%

TELHA FIBROCIMENTO

+12.20


30% TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO 30% TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO

30%

30%

TELHA FIBROCIMENTO

TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO 30%

TELHA FIBROCIMENTO

30%

30%

TELHA FIBROCIMENTO

TELHA FIBROCIMENTO COBERTURA METÁLICA

30%

30%

TELHA FIBROCIMENTO

TELHA FIBROCIMENTO

30%

30%

30%

TELHA FIBROCIMENTO

30%

TELHA FIBROCIMENTO

TELHA FIBROCIMENTO

30%

30%

TELHA FIBROCIMENTO

TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA FIBROCIMENTO

30% TELHA METÁLICA

30% TELHA METÁLICA

Planta de Cobertura

1

5 2

10


o t fo e t e u q a m ista v r o i r e p su


+12.20

L.N.T

+12.20

+12.20

L.N.T

+8.82

+8.82

+8.78

+8.78

+8.80

+8.80

Corte A

L.N.T

L.N.T

L.N.T

L.N.T

Corte B


L.N.T

+8.80

+8.82

1

5 2

10

+11.80 +12.18

+12.18

+12.18

+12.18

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

+12.20

L.N.T

L.N.T L.N.T RAMPA i=8,33%

+12.18

L.N.T

+8.80

+8.80

+8.78

+8.78

+8.82

+8.80

+8.82

+8.78

+8.78

+8.82

+8.80

+8.82

+8.82

1

5 2

10


TopograďŹ a Original


Topografia Modificada


h l e m ª 2 a m a d


o t o f r o h e t e u q a



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