cras
300
LaĂs dos Santos Virissimo
Universidade Estadual de Goiás Arquitetura e Urbanismo Projeto de Arquitetura 2 3º Período 2017/2
cras 300 novo ensino mĂŠdio orientadores
Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves
CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CRAS
CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CRAS
Turma 34 do curso de arquitetura e urbanismo - UEG Fonte: Arquivo pessoal
Este volume faz parte da terceira coleção da revista prjt2 disciplina de projeto de arquitetura do 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG que investiga temas básicos de reflexão e metodologia do projeto contemporâneo na escala do estudo preliminar e tem como meta a elaboração de projeto arquitetônico para uso educacional ou saúde com a capacidade de ordenação de espaços de complexidade moderada. Investiga a escala das relações entre arquitetura e espaço urbano: arquitetura, lugar e cidade e dá ênfase no estudo do programa de necessidades, na topografia e na preocupação com a acessibilidade. Neste semestre tratamos do tema Novo Ensino Médio Brasileiro e CRASCentro de Referência de Assistência Social em um bairro e seu entorno com demanda reprimida para estes temas. Por isso temos dois volumes um tratado dês de o inicio do semestre Novo Ensino Médio Brasileiro e o outro a partir da metade do processo como meio de recuperar um processo mal sucedido o CRAS. Este ultimo através de uma metodologia criada pelo professor Ricardo Frageli e adaptado
ao projeto de arquitetura e urbanismo pelos professores Fernando Chapadeiro e Rodrigo Santana denominado 300 que visa a inversão da sala de aula e o aprendizado colaborativo entre os estudantes LUGAR, PROGRAMA, VOLUME, CIRCULAÇÃO e MATERIALIDADE. São os elementos trabalhados durante o processo e foram abordados como camadas durante as orientações permitido o entendimento do processo de projetação utilizando como apoio, dez do inicio, a maquete de estudo em duas escalas (a do bairro e a do entorno imediato) como meio de entendimento do objeto proposto. E para a exteriorização de ideias foi exaustivamente trabalhado os diagramas de conceito como resumo da proposta e evidencia os elementos citados. A interdisciplinaridade do Projeto foi sincronizada com a disciplina de Maquete que serviu como apoio e permitiu alcançarmos os objetivos propostos. Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves
A proposta deste projeto é a concepção de um Centro de Assistência Social - CRAS, destinada à moradores do bairro Summerville localizado em Anápolis. Esse CRAS é de origem do governo Lula, no qual, busca diminuir a marginalidade, vandalismo, e tempo ociosos de crianças, adolescentes, jovens e idosos. O método utilizado para diminuição desses problemas é através de programações sociointerativas que unem os moradores de tal região, mantendo assim a interação comunitária e fortalecendo os vínculos familiares. Como citado acima, o CRAS não só atende o indivíduo, mas também famílias que precisam de assistência social. Há programações semanais ou mensais que envolve a participações das famílias, além da participação individual de cada integrante da mesma. Através desse método, a diminuição da criminalidade e má influências fica cada vez mais evidentes principalmente na região onde é implantado o centro de assistência.
Sabendo disso, a implantação do CRAS é feita de acordo com a necessidade social de cada bairro. Costuma-se ser feita a implantação dentro de bairros de baixa infraestutura e moradores de classe média baixa. Visto que as pessoas que moram nessa região tem mais dificuldade de participar de programas interativos particulares, a função do CRAS é se voltar para atender essas famílias dentro da sua realidade e fazendo assim o envolvimento social ser inteiramente gratuito por ser um programa do governo para a sociedade.
300 CRAS Centro de Referência de Assistência Social
Bairro Summerville (local de implantação do edifício) fonte: Arquivo pessoal
O local da proposta de implantação do CRAS está localizado no bairro Summerville na cidade de Anápolis. O bairro é predominantemente residencial, tendo poucos pontos de comércio, escolas, creches, e postos de saúdes. O bairro é de classe média baixa, e com infraestrutura razoável, pois ainda apresenta lotes sem calçadas, acessibilidade inexistente, sinalização das vias precária e o acesso por transporte coletivo feito por somente uma única linha de rota. As vias são pavimentadas e iluminadas com fácil acesso de veículos. As vias que passam pelo bairro Summerville, são vias locais e coletoras. O lote onde será implantado o CRAS tem como vias de acesso, a ligação entre bairros vizinhos com o bairro Summerville, o que facilita a comunicação de vários bairros com o CRAS, e potencializa o atendimento para os moradores dos demais bairros que necessitam desse atendimento social.
As casas que estão presentes no bairro, são aparentemente casa de construtoras que tem uma lógica de venda e especulação mobiliária. Essas casas não tem uma arquitetura contemporânea, e são em sua maioria geminadas. Por serem geminadas, podem ser consideradas casas seriadas, com plantas praticamente iguais e comuns. Visto que o entorno se encaixa nos pré-requisitos do CRAS, a aplicação de uma arquitetura contemporânea dentro de um bairro comum, evidenciaria ainda mais existência do CRAS e sua metodologia de assistência teria cada vez mais sucesso por ser um programa de atendimento aos moradores do seu entorno, pois um edifício contemporâneo chamaria a atenção do público desta região.
Bairro Summerville (entorno da implantação do edifício). Fonte: Arquivo pessoal
Vista superior do bairro Summerville (foto via satĂŠlite). Fonte: Arquivo pessoal.
300 A metodologia dos 300, idealizada pelo prof. Ricardo Fragelli, da Universidade de Brasília (UnB), tem como objetivo proporcionar o estudo colaborativo entre alunos. O nome vem do filme 300, que conta a história de um exército onde a estratégia era não apenas atacar, mas também proteger os companheiros durante as batalhas. No atelier de projeto, o objetivo é estimular a colaboração e a solidariedade entre alunos. Adaptado ao atelier de projeto a metodologia dos 300 funciona da assim: após a Segunda entrega de projeto, os estudantes que o projeto tem uma boa proposta fundamentada em um partido arquitetônico que reflete o conceito adotado (os ajudantes) auxiliam os estudantes que não conseguiram desenvolver umpa proposta que tenha coerência entre conceito e partido arquitetônico (os ajudados) a refazer o projeto mudando o tema Novo Ensino Médio Brasileiro
para CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, trocando também de orientador até o final do processo. Num período de duas semanas, ajudantes e ajudados devem se reunir para recomeçarem o processo de projeto em orientações onde os dois orientadores acompanham o processo e orientam em conjunto a nova proposta. Os ajudados fazem uma nova entrega, desta maneira, têm a chance de continuar com êxito o processo e também de aumentar a sua nota. Os ajudantes não fazem a nova entrega, acompanham os colegas e adiantam os desenhos e a confecção da maquete em outra escala, mas tem a chance de melhorar suas notas dependendo da melhora dos estudantes ajudados. Igualmente ao exército dos 300, estudantes que têm mais facilidade irão colaborar com aqueles que têm menos facilidade possibilitando um final feliz para ambos e fortalecendo vínculos.
novo ensino mĂŠdio
Proposta de projeto para escola com novo ensino mĂŠdio.
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novo ensino mĂŠdio
Segunda proposta de projeto para escola com novo ensino mĂŠdio.
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novo ensino mĂŠdio
Programa da sengunda proposta de escola do novo ensino mĂŠdio.
CRAS
Projeto do Centro de AssistĂŞncia Social em escala ampliada.
CRAS
Setorização esquemático de programa Fonte: Arquivo pessoal
Maquetes de estudo do projeto
1
2
As maquetes de estudo tinham como função o estudo da forma dentro de um programa específico do CRAS. A foto 1 apresenta um edifício maior em função do programa existente e programas adicionados, sendo inviável pois o CRAS tem um programa fixo. As fotos 2 e 3 apresentam o edifício dentro de um programa específico como consequência seu volume se torna melhor, tendo assim mais área externa útil para possível interação comunitária. 3
Administrativo
Convivência
Convivência
Administrativo Serviço
Visto que o programa de um CRAS é específico e podendo-lhe ser acrescentado apenas áreas de convivência, a boa estruturação desse programa, voltado para atendimento anual de 1000 pessoas, consiste em: 1 Recepção 2 Salas de atendimento 2 Salas de uso coletivo 1 Copa Banheiros Todo o edifício deve ter acessibilidade para pessoas com deficiência. Sendo assim, para complementar o programa, foi acrescentado áreas de convivência, sendo elas: 1 Pátio coberto 1 Refeitório 3 Salas de serviços O pátio coberto tem como objetivo ampliar os espaços de convivência, fazendo possível a maior diversificação de atividades interativas pelos usuários do
programa de assistência social. O refeitório tem o objetivo de trazer conforto para os funcionários no momento de suas refeições e também proporciona a melhor assistência para uma possível atividade que envolva a alimentação. As salas de serviços foram acrescentadas para guardar materiais e equipamentos, facilitando o uso e a vida útil desses dos mesmos.
Maquete de intervenção fonte: Arquivo pessoal
Visto que o CRAS é um centro de assistência voltadas para atender as famílias de um região, analisar o entorno é fundamental para a concepção da proposta de projeto. Ao fazermos um corte esquemático, percebemos a volumetria apresentada no entorno frente ao local de implantação do edifício, visto que é o mais próximo, a análise das casas na frente do terreno, torna o entendimento volumétrico mais coerente quanto a forma do entorno.
A partir do corte esquemático, é possível perceber os ângulos utilizados no entorno, e trazer isso para o projeto, torna a interação com o entorno mais evidente. A importância de interação com o entorno é pelo fato da função do CRAS para o atendimento das famílias dessa região. Por isso foi considerado a interação entre o entorno e as famílias que serão atendidas pelo CRAS implantado na região.
A partir da análise feita com as casas frente ao terreno, é visto que a essas casas são geminadas, podendo assim ser consideradas como seriadas. Ao fazermos o recorte para obter blocos, possibilita o novo agrupamento desses blocos que podem ser dispostos como o projetista considerar o melhor. Nesse caso, foi rejeitado o agrupamento desses blocos a se tornar alinhamento contínuos ou lineares.
Essa rejeição de alinhamento contínuos e lineares na disposição dos blocos tem como objetivo quebrar a rigidez dos muros que compõe o cenário do entorno. Por isso, foi trabalhado recuos para compor uma nova disposição dos blocos.
Esquema de implantação
Vista superior maquete fonte: Arquivo pessoal
Acesso Principal fonte: Arquivo pessoal
Acesso Recepção Fonte: Arquivo pessoal
Acesso para o pรกtio coberto Fonte: Arquivo pessoal
Vista superior maqute fonte: Arquivo pessoal
Cortes AA
Cortes BB
Topografia modificada fonte: Arquivo pessoal
Topografia original. Estudo de implantação de edifício. fonte: Arquivo pessoal
Perspectiva da maquete. Fonte: Arquivo pessoal
Perspectiva da maquete. Fonte: Arquivo pessoal