Revista Projeto 2 2017/1 - Arq Urb UEG - Lara Pamplona

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Lara Pamplona Carvalho


UEG Universidade Estadual de Goiás Arquitetura e Urbanismo Projeto de Arquitetura 2 3º Período 2017/1


Orientadores

Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves





prólogo O objetivo do presente trabalho envolve a evolução nos detalhes projetuais de uma edificação e as especificidades ligadas a um projeto educacional, no caso, um museu de ciências. A topografia e acessibilidade foram pontos de estudo que tiveram foco para o início da idealização do edifício. Trabalhados para um entendimento real do terreno e as possibilidades de implantação adequadas para cada situação; e para prever um espaço que atenda as necessidades e possa receber todos de forma igualitária. A evolução do processo foi consequência de orientações particulares e conjuntas, em que foram apontados problemas individuais e gerais que ajudaram a detectar futuras falhas e otimizar o tempo, que seria gasto se

não tivéssemos contato com o andamento de outros projetos e outras soluções para um mesmo problema. Outro fator de grande importância para adquirir mais conhecimento durante o processo, foi a aplicação da atividade ‘‘300’’, que possibilitou a ajuda mútua, para o recomeço em um novo projeto e para a evolução dos museus através das referências utilizadas para suporte na projeção do planetário. Guiado e orientado por professores que nos acompanharam e que foram fundamentais no processo, Fernando Chapadeiro e Rodrigo Alves, chegamos ao fim de um processo com a apresentação de um museu de ciências da UEG.



argumento O enfoque projetual é voltado para edificações educacionais, das quais foi escolhido o museu de ciências para planejamento. Este edifício tem como objetivo fornecer conhecimento interativo e receber públicos de diversas idades. No seu interior, os espaços de exposição formam a parte principal do espaço como um todo, que tem como objetivo envolver os visitantes com novas pesquisas e experimentos, permitindo um aprendizado dinâmico. Seu exterior deve convidar o visitante a vivenciar a experiência proposta pelo museu, e trazer na sua forma a proposta interior.

As exposições são criadas e propostas por alunos da própria instituição (UEG). Através da interação com público de todas as idades, principalmente com estudantes , o objetivo é não só educacional como também cultural; proporcionar a troca de conhecimentos e experiências, entre alunos, visitantes, monitores e professores.



entorno O terreno de estudo para onde se planeja o museu, está localizado na cidade de Anápolis no bairro JK Nova Capital, numa praça/ rotatória que contém e considera a pré- existência de um planetário. À sua volta, há sete vias em que duas ( Av. Jamel Cecílio) se destacam pelo maior fluxo que proporciona no entorno dessa circunferência.

A topografia do terreno decai de sul a norte em média quatro metros. No planetário a solução escolhida para instalação foi o talude, em sua maior parte, de aterro. O espaço estudado está incluso em um meio que há energia elétrica, com postes de iluminação distribuídos não ao redor do espaço, mas, mais centralizados em volta do planetário e outras instalações pré existentes, como a quadra e o espaço para prática

de exercícios, as ruas e avenida são asfaltadas, e em seu entorno há poucos bueiros para escoamento da água.

A ocupação dos lotes próximos ao terreno em questão, possuem uma tipologia semelhante de construções. Em sua maioria são pequenos comércios de em média um e dois pavimentos. Destaca- se apenas um edifício de oito pavimentos localizado próximo a região sudeste da praça. A estética dos edifícios que compõem o entorno não possuem interação nem com o espaço nem entre si, estabelecendo fachadas estáticas sem o objetivo de atrair e receber aquele que passa por ali. Analisando tais fatos surge a ideia de contraste do projeto que busca a negação de todo o entorno já existente.




abordagem O projeto para o museu de ciências toma suas especificidades de acordo com as referências adquiridas por cada um e as intenções para tal edificação. Depois de realizar a análise sobre o terreno e o entorno, o objetivo foi negá- lo, e como consequência negar a regularidade e as formas presentes no espaço, o que se deu através do uso de ângulos diferentes de 90º. A interação entre o planetário pré existente e o novo edifício também tem como enfoque o contraste e não a semelhança entre si. Para destacar e evidenciar tal oposição, uma solução que possibilitaria acesso privilegiado a pedestres e que ainda proporciona maior interação não só com o museu, como também com o planetário é a reabertura da rua que cortava a praça mantendo a Av. Jamel Cecílio desempedida.

No entanto seria uma passagem apenas para visitantes e não para veículos, o que contrasta mais uma vez com o entorno, ja que as vias presentes ali são voltadas para o transitar de veículos. Apesar da rua ligar a avenida, sua forma no entanto não segue seu traçado inicial, acompanha a instalação do planetário. A partir daí o recuo formado pela rua é rebatido e tomado como possível forma para o volume que será instalado. Evoluindo essa forma aliada a busca por fazer com que o edifício interaja e seja um espaço de convivência, a cobertura é inclinada e cria uma rampa. Que traz a ideia do circuito que normalmente é percorrido no interior de museus, para seu exterior, mais especificamente, para sua cobertura.




Convivência Circulação exterior Circulação Circulação horizontal Administração Educacional


programa Para criar um espaço eficiente o programa de necessidades rege e define detalhes determinantes na forma final do museu, que não tem como objetivo apenas a inserção da setorização, mas um agenciamento lógico e funcional desta. Outro fator determinante em como os ambientes são dispostos são os usuários e suas necessidades, como acesso, circulação, fluxo, e acessibilidade. O foco do museu de ciências da UEG é atender usuários variados com foco em estudantes, principalmente em grandes grupos, o que já define por exemplo a proximidade do estacionamento da entrada. Além dessa análise, para estabelecer os espaços é necessários fazer um levantamento das regiões de maior insolação, ventilação e os ambientes que se apropriam

de tal condição de forma adequada. A setorização basicamente está dividida de forma que o setor educacional ocupa o térreo e o andar superior, para gerar uma circulação fluida principalmente ligada às exposições; assim como o educacional, a parte de convivência está distribuída pelo edifício nos dois pavimentos. A parte administrativa e de serviço estão distribuídas pelo térreo, por questão de facilitar o acesso dos trabalhadores e evitar longas distâncias em caso de reuniões por exemplo.


Exposição temporária A: 250 m²

Depósito do acervo A: 100 m²

Exposição física A: 100 m²

Sala de reunião A: 25 m²

Sanitário F A: 20 m²

Sanitário M A: 20 m²

Exposição química A: 100 m²

ADM

Sala prof. A: 20 m² Livraria A: 12 m²

Convívio

Educacional

A:142 m²

A:1070m²

Almoxarifado A: 9 m² Financeiro A: 12 m²

Diretoria A: 12 m² Pedagogia A: 12 m²

Curadoria A: 12 m²

Exposição matemática A: 100 m²

Café A: 20 m²

A:335m²

Sanitário F A: 20 m²

Sanitário F A: 30 m² Exposição geografia A: 100 m²

Sanitário M

Sanitário M A: 20 m²

A: 30 m²

Café A: 20 m²

Exposição biologia A: 100 m²

Praça de alimentação A: 30 m²

Serviço A:70 m²

Copa A: 8 m² Sala de segurança A: 20 m² Vestiário F/M A: 42 m²

Auditório A: 160 m²



diagramas de conceito N

A proposta inicial parte do pressuposto de contradizer o entorno e o edifício pré- existente. A solução aplicada é a reabertura da rua, adaptando ao formato do planetário e ligando a Avenida Jamel Cecílio.


N

O formato da rua é replicado como recuo do volume, o que assume uma forma semelhante. A área interior necessária para abrigar o programa determina o volume necessário e faz com que se adeque um ao outro.

N

O volume é dividido em dois para formar um circuito contínuo não só no seu interior, mas também como forma.


N

A ideia de circuito se estende para além do interior e da forma vista em planta. A cobertura é rebaixada em um dos lados, se tornando uma rampa que permite o acesso ao terraço e livre circulação por esse espaço.

N

No centro do edifício é aberto um pátio para iluminação, ventilação, convivência e para a realização das aberturas já que a vedação é completamente fechada para o exterior ( o que reafirma a oposição ao entorno).




N SANITÁRIO FEMININO A=24m² +0,02

A EXPOSIÇÃO 2 A=117.71m² +0,02

SANITÁRIO MASCULINO A=21.23m² +0,02

SALA PROF. A=18.37m² +0,02

COPA A=8m² +0,02

EXPOSIÇÃO 1 A=194.54m² +0,02

DEPÓSITO DO ACERVO A=110m² +0,02

A

B

VESTIÁRIO F A=22.74m² +0,02

VESTIÁRIO M A=19.21m² +0,02

Ra m

pa

SALA DE SEGURANÇA

EX

i= 6%

PO

A=20.28m² +0,02

SIÇ A=

ÃO

15 +0 3.4 ,02 5m

²

TE

M

PO

RA R

PÁTIO ABERTO IA

A

A

CAFÉ A=22m² +0,02

LlVRARIA A=9.41m² +0,02

DIRETORIA A=10.79m² +0,02

CURADORIA A=10.75m² +0,02

HALL A=166.92m² +0,02

FINANCEIRO A=9.72m² +0,02

B ALMOX. A=9.44m² +0,02

SALA DE REUNIÃO A=25.95m² +0,02

RECEPÇÃO A=13.15m² +0,02

0

1

2

5

10




N A

EXPOSIÇÃO 4

EXPOSIÇÃO 5

EXPOSIÇÃO 3

SANIT. F A=18m² +3

SANIT. M A=20.33m² +3

B

A

Ra m

pa

i= 6%

A

A

AUDITÓRIO 1 A=166.92m² +3

B

0

1

2

5

10


o t fo e t e u q a r m erio p su


N A

B

A

A

A

B

0

1

2

5

10


Corte AA

Corte BB


0

0

1

2

1

2

5

5

10

10


Corte CC

0

1

2

5

10


N PLANTA TOPOGRAFIA ORIGINAL

0 1 2

5

10


N A

B

A

A

A

B

0

1

2

5

10





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